EXPORTAÇÃO Nesta edição lista das fazendas de MS aptas a exportar para Europa. Págs. 10 a 12 Dourados-MS 67 3416-5200 Campo Grande-MS 67 3345-6200 FEVEREIRO DE 2012 • ANO XIV – Nº 337 | NAS BANCAS R$ 3,50 Nesta edição ENTREVISTA | ROGÉRIO COAN “Maioria ainda ignora real custo de produção de uma arroba” Pesquisa realizada com 1.400 pecuaristas revela número alarmante no campo: 99,89% não sabiam dizer qual o custo por arroba produzida, por arroba engordada, por arroba estocada e custo por hectare. PÁGINAS 24 e 25 Showtec mostra que o mercado paga melhor por soja convencional Produtor catarinense inventa anel que evita infecção em animais Produção de soja não geneticamente modificado confere ao Brasil condições para atender um mercado consumidor altamente exigente. PÁGINA 12 Anel é colocado no brinco de identificação dos animais. Desenvolvimento contou com apoio do SENAR de Santa Catarina. PÁGINA 14 Acrissul vê riscos para realização da Expogrande 2012 Falta de condições para atender acordo judicial mantém probição a shows no Parque. “Sem shows não haverá Expogrande”, afirma o presidente Chico Maia. BOLETIM ACRISSUL EM AÇÃO 2 FEVEREIRO 2012 P RIMEIRA IMPRESSÃO Cadeia produtiva da carne bovina teve um ano muito positivo A crise econômica internacional também era um foco de grande preocupação, pois seus eventuais efeitos sobre o consumo (interno e externo) poderiam provoConsiderando os acontecimentos car fortes quedas nos preços e afetar negativamente a externos à cadeia produtiva da rentabilidade da atividade. carne bovina, 2011 pode ser consiMesmo com o agravamento da crise, notadamente derado um ano positivo para os prona Europa no segundo semestre, o consumo dos países dutores, ainda que talvez não tão emergentes e o contexto de baixa oferta no mercado bom para a indústria frigorífica. mundial garantiram preços altos, inclusive no mercado A rentabilidade dos produtores externo. primários, a principal variável que determina o cresA competitividade brasileira não foi tão prejudicada cimento da atividade no médio e longo prazos, foi em pela apreciação cambial e neste final de ano pode-se 2011 muito boa, notadamente para os produtores de até contar com certo alívio nesse aspecto. ciclo completo e para os criaPara a indústria frigodores que não arcaram com os rífica, o alto preço da sua altos custos da reposição de matéria-prima básica foi um animais de engorda e recria. sério problema que afetou De fato, em 2011 os pecuanegativamente os resultados ristas receberam pelos animais Mesmo com o agravamento econômicos. de reposição e de abate preOs dois maiores procesda crise, notadamente ços muito acima das médias sadores de carne bovina na Europa no segundo históricas e mesmo da média tiveram prejuízos expresside 2010, que já havia sido rasemestre, o consumo dos vos numa situação de alta zoavelmente boa. alavancagem derivada do países emergentes e o É fato que, não fossem alagressivo processo de excontexto de baixa oferta guns percalços da economia e pansão e internacionalização outros fatores, como embargos no mercado mundial que empreenderam em anos de exportação, poderíamos ter passados. garantiram preços altos, tido um ano ainda melhor. Mas, O saldo final em 2011, inclusive no mercado em comparação a outros setoentretanto, parece ser pores, não há do que se queixar. sitivo. Com os resultados externo. Uma das grandes preofavoráveis para a produção cupações do setor no início primária, é certo que os indo ano era a tramitação do Código Florestal no Convestimentos em produtividade terão continuidade em gresso. Havia o temor de que prevalecessem posições 2012, o que acaba fatalmente redundando em ganhos radicais de ambientalistas, que trariam sérios prejuízos também para os outros elos da cadeia produtiva e para à atividade. os consumidores. Felizmente, a versão aprovada, que ainda voltará para nova discussão na Câmara, parece mais equiliJOSÉ VICENTE FERRAZ É ENGENHEIRO AGRÔNOMO E DIRETOR TÉCNICO DA INFORMA ECONOMICS FNP. brada e menos prejudicial à pecuária. JOSÉ VICENTE FERRAZ ESPECIAL PARA A FOLHA MARÇO 2011 www.agroline.com.br vessan do sua s narina JçÄ«Ê 2011 • s. ANO XIII – Nº 330 ero um | NÝ ÄÝ R$ , par 3,50 | E®Ê EÝÖ®½ ra um Malibua o caçaConfinamento pob www.leiloboi.com.br uase sem re e arisco MÙÊ PÁGINAS 2 e 3 nha vid pre no so 2011 a Nesta ed • ANO a vez, de menino XIII – Nº içã realize o 326 | NÝ i estadores ssarin de Mato Grosso• ANO XIII ÄÝ ho DE 2011 do Sul) realiza R$ 3,50 corte tra abatido, assemb FEVEREIRO leia geral para O bom nsversal diretoria, que irá dirigir eleger a nova Nesta edição os destinos daÊ EÝÖ®½ atirado entidade de Izabella Costa é a nova a gente rapa-CNPGC 2011 a 2013. 3,50 | E® r, Ý R$Duas chapas Emb con concorrem ao Ä de pleito. promessa do sertan ARQUIVO pec marqu hecia o | NÝ ACRISSUL 328 Dina EM vã AÇÃO Nº s – inhas. ejo FOTOS promove VIA LIVRE • ANO XIII ilingue l mentoemrisMS Ex-presidentes su Natural de São ½ 2011 3,50 pendulga AÙ® R$ Gabriel do OesJu 8 25 Ac a xibir a A to te, a cantora ÄÝ de 23 a 23 na qua de 26 PÁGIN aprovam proje | NÝ placa seus sucesso anos já emmatáv I –nti14 Nº 327 hã’ s no cenário de mesclar dinâmiamos. XII nacional. PAGINA Com a tradição levas ‘Acrissul Aman palestra • AN eiO 37 1ert tecnológicos, QM dentes 201 - era na asa, , Emcas ou roteiros Max ocasião rsal AÙ®½ mesma O colégio de ex-presi m as u o projeto entre 25 e mini-cur LesosilãnaoCorte promov ra taenate usadas exA da Acrissul conhece pa as proGIN sua Deputa para brapa-Gado delotesfevereir o, PÁ mudanç as do e aprovou ÇÃO e 25 de TA EDI os dias 2358 tra no dia federalNES acontecer no Dinapec, fará pales- em Campo Grande, a VI gramadas para cobiço ver ões Laucídio o novo 14 de março sede um de o produtor grande Parque de Exposiç Cód sobre talgia. uma oportunidade contatosdireto 14 Expocom Brasileiro. igo Floresta em Só l ShowPÁGINA 5 e Coelho. PÁGINA VIA LIVRE as tecnologias, PÁGINA r passar de riqu guzerá adores. pesquis 11 itécnicos campeeão Zé Henrilel g Horse ven inha boa , grande & GabKin DER, 21 meses abril INA 16 lão Isidoro do s alvos? 75 mil PÁG 14 quintail Lei Mica hela Teló R$ Fazenda São Marcos a maduReunidos em assembléia geral, abr égu o Bosco do Riacho Fundo, em Corguinh ta Joã o, MS, é uma propried bar lae os associados da Acrissul aprova15 sex and il de diferenciada aogr abr por conta da tecnolog ram no dia 10 de maio a prestação ws Exp cortar Sho empregada e ia PÁGINA 10 16 sábado o seu profissio de contas da gestão do presidente Flores nalismo. Com uma área Raul de 2.149 hectares Francisco Maia. A diretoria aproHugo e abrilunda orreferenciada, , geique o aos a fazenda tem Gabriel veitou e fez um balanço de suas l Com o 3º maior Pedro Henr 18desegcorte números abril que impressionam. rebanho o e Raurique & Fernando matei sendo um gigante HugMato atividades durante os dois anos do País, É a personagem terça Hen Acrissul realiza eleiçã o Nesta edição Nesta edição Acrissu l.com.br www.acrissu l ça Expogra lan 1nd4e;e a õesAlddoiaRebe otraz s portda exposiloçãdia 14 u se bre ricada 2011 aição históFazen São Marcos aprovam contas d rande é um modelo em MS da Acrissul Pecuária de MS vive Expog l garante e u MS enfrenta baixa oferta gado magrodesafios ss ri entrede Ac qua nƟd ade e Dinap qualidade Maia rei a de vin ece a fronteir .br ssul.com www.acri Vapor da e grand Rancharia, cavalo campeãoneiro panta dicsa a árede OIE reconh a daafto Embrap colunalivr eModelo. da Tecnologias ajudam a Fazenda pa a 25 ra a PÁGINA MS como áre Acris18PÁGINA a proteger oFinasolo sul lidade seria AGRONE Brasil co GÓCIO S/A de carn rta vendas e para o Egito do Sul Pedro nanGrosso hozpermane do deil animais eventos de grande na produçãoabr decemandato, que termina em jugenética e Mun relevância movime & ,Fer carne. abril A agrope Mariano Neste mês nho, quitando dívidas superiores terça ntam todo nhozo rtao &NESTA Indústri nacional Muqua cuária m riansetor. sceu e, hoje, aa entidacriticacre foi a invasão artEDIÇÃO a R$ 3 milhões & Ma estrange adulto canchi abril rta ira de emáquina abril 15 Rest ão touro PIB do nos último a atividade de tem certidão negativa cre- s e impleme O Brasil precisaria de ao menos novas qua ta agrícola s agrope cuári s ntos set tart que 20 dez ano s no país. PAGINA lor 21Resquin Bruno & dibilidade em todos os âmbitos. 13 es mo or, que rep s. A mé mais produtoras de álcool abril exclusivamente lei abril no & Marrone Bru quinta BOLETIM ACRISSUL EM AÇÃO ços pro netários de resenta a som dia do s-usinas e já em - sext para 21funcionamento mudança em e rronaeaumentar a ana Ma duzido todos abril 22 peNESõe PÁGINA 26 tana Luan Sant oferta aponta ÃOdo combustível. s, os ben a em vaand abril Câmara aprova na Expogr TA EDIÇ n San 14 s cam um cre no período s 22 sexabrtail 23Lua sábado quanto de 200 e serviws sciment PÁGINA eiINAro 0 o PIB 6 e permite sho 3029-9033 -90s:33 geral o anual de 3,6 a 2010, prim 23 sábado de 3,5 29 PÁGINA 11 çõe ra de pro a promo campe Embrapa desenvolve e transfere tecnovas ção alda, grande da Esmer outrasado-de ganho deFeiƟço logias para que os produtoreserurais peso visa mento como ndo o mel tem práticas agrícolas sustentáveis, horagenéƟc o. PÁG o plantio direto na palha (foto). PÁGINA 12 a Cinza d e bagaço Informade primeilore de define ca an n lco da Ne gr l ca a pa na po éƟ su é cio en Ex bsƟtui ande ão Sna grpe Expo G pom Neto, atual AS Laucídio Coelho PARA AS MUDANÇ de Castro Rondon, Andrade: AVAL Neto, Cândido Ântônio de Moraes Maia, e Flávio Benjamin Corrêa presidente Francisco o, KA do Pingad touro campeãonelore jovem mocho a tradiçao da feira. Projeto reconhece M mExca coent24aº co edição da a ov Ɵcom népr 18 Exporagel CG ias dia olog ato Ru Sindic ro de Tecn Encont A 13 PÁGIN 11 PÁGINA 30 ações: Inform A5 PÁGIN do paí 9% (mé s mostr 7%, endia por a avanço ano). PÁGINA 14 areia n o concr eto PÁGIN A 20 www.folhadofazendeiro.com.br Mais rural do que nunca VIA LIVRE Comunicação e Agromarketing Rua Sebastião Lima, 919 Jd. Monte Líbano – CEP 79.004.600 Campo Grande – MS Fone: (67) 3042-7587 [email protected] DEP. COMERCIAL E ASSINATURAS ANA RITA BORTOLIN (67) 3026-5014 - 9604-6364 [email protected] EXPEDIENTE A Folha do Fazendeiro é uma publicação mensal da Via Livre Comunicação e Agromarketing [email protected] EDIÇÃO: José Roberto dos Santos [email protected] TEXTOS: Fabiano Reis e José Roberto dos Santos, com Agência Folha [email protected] EDITORAÇÃO GRÁFICA Wainer Gibim PÁGIN A 20 Agrop o setor ecuária é que ma cr e e c Indús tria chinesa ameaça sceu m stra na déca is Demanda19 poroetanol a serv o do de máquinas da 19içmais exige o d2015ausinas tecnolomerca gia VIA LIVRE Comunicação e Agromarketing CNPJ. 05.212.423/0001-99 Rua Sebastião Lima, 919 Jd. Monte Líbano – CEP 79.004.600 Campo Grande – MS Fone: (67) 3042-7587 [email protected] DEP. COMERCIAL E ASSINATURAS ANA RITA BORTOLIN (67) 3026-5014 - 9604-6364 [email protected] 3 FEVEREIRO 2012 Análise Pecuária Janeiro: mês complicado para a pecuária FABIANO REIS DA REDAÇÃO FOLHA DO FAZENDEIRO Janeiro de 2012, de certa maneira, é melhor o pecuarista esquecer. O mês começou bastante complicado para a pecuária de corte brasileira, com mais um foco de aftosa no Paraguai – confirmando os boatos que já circulavam na imprensa do país vizinho uma semana antes. Além disso, a queda forte do valor do bezerro segundo o índice ESALQ/BM&FBovespa, que chegou a recuar perto da casa dos 7% e o futuro do boi para outubro e novembro, pouco animador, trouxe preocupação. Moderada, mas trouxe. O bezerro. Poucas vezes houve uma queda tão considerável no valor deste produto. Claro que para quem faz a recria, o momento era o ideal para a compra, afinal, não há tantos recursos para o criador de bezerro segurar muito e esperar a melhora de preços. Ainda assim, quem conseguiu, viu o recuo de 6,65% atingido no dia 27, se recuperar e perder 2,28%. Falando em preços, a surpresa ruim do bezerro que fechou o mês de dezembro de 2011 estimado em R$ 736,66 pelo indicador Esalq/ BM&FBovespa para Mato Grosso do Sul, chegou a R$ 687,68 (-6,65%) pelo mesmo parâmetro (o valor chegou a ficar entre R$ 630,00 e R$ 650,00 em algumas regiões do Estado, segundo o relato de alguns produtores) trouxe preocupação por conta da comparação com o preço do boi e, posteriormente, arroba. Entretanto, no dia 31/01/2012 o bezerro Esalq/BM&FBovespa fechou em R$ 720,18, variação negativa de 2,24%, devolvendo parte das perdas acumuladas durante o mês de janeiro. Falando em Bolsa, algumas pontuações são relevantes em relação ao valor no mercado futuro e, o ano de 2012, se apresenta de maneira pouco clara. O contrato para boi gordo para o mês de outubro fechou em R$ 100,33 no dia 31/01/2012, para novembro também na casa de R$ 100,80, enquanto no passado outubro teve o teto de valores de R$ 99,00 e novembro R$ 107,00. O valor atual para o contrato de fevereiro está em R$ 97,95, diferença muito pequena entre os valores de safra e entressafra, com queda em relação ao último ano e muito distante do valor praticado em 2010, fator que deve deixar o pecuarista mais atento. Janeiro também mostrou que o Paraguai pode continuar a oferecer sustos na produção pecuária do Brasil principalmente em Mato Grosso do Sul e Paraná. No primeiro dia útil do ano veio a confirmação das autoridades do país vizinho, após muita especulação na imprensa pelo menos sete ou dez dias antes. O jornal ABC Color chegou a publicar que o Senacsa havia sido condizente com a propriedade do primeiro foco em setembro de 2011, livrando alguns milhares de bovinos do rifle sanitário. Por outro lado, as autoridades brasileiras se manifestaram, tranqüilizaram o produtor e a população, lembrou que o Brasil estava pronto para o desafio, que as articulações e estruturas já estavam montadas, ressaltou a parceria com o Ministério da Defesa, o ministro da Agricultura Mendes Ribeiro Filho veio ao Estado, mas a situação continua sendo de alerta. (ver tabela na página 4). FABIANO REIS É JORNALISTA, MESTRE EM PRODUÇÃO E GESTÃO AGROINDUSTRIAL. APRESENTADOR DO BOM DIA PRODUTOR/CANAL DO BOI E REDATOR DA FOLHA DO FAZENDEIRO 4 FEVEREIRO 2012 VIA LIVRE Dinapec aborda tecnologias sustentáveis de 14 a 16 de março na Embrapa-CNPGC Evento pode trazer ministro Mendes Ribeiro (Mapa) E ntre os dias 14 e 16 de março acontece em Campo Grande a VII edição da Dinapec, na sede do Centro Nacional de Pesquisa em Gado de Corte da Embrapa. O evento vai trazer, através das pesquisas, dinâmicas e minicursos, tecnologias geradas por várias unidades da instituição e entidades parceiras. A novidade este ano fica por conta ênfase para tecnologias que compõem o Programa ABC. Segundo Pedro Paulo Pires, chefe Adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa, o visitante vai interagir com as tecnologias que integram o Programa ABC. “Nossa intenção é trazer o ministro Mendes Ribeiro para fazer o lançamento oficial do programa. Por outro lado, é im- portante ressaltar que toda a tecnologia desenvolvida pelas unidades da Embrapa sempre observou os conceitos da Agricultura com Baixa Emissão de Carbono, independente do programa, temos a técnica, produtos e processos”, afirmou Pedro Paulo. Uma das características da Dinapec é apresentar aos produtores rurais e demais visitantes as tecnologias através de dinâmicas. “Trata-se dos giros técnicos quando apresentamos os melhores resultados em pesquisa agropecuária. Além disso, há a visitação voluntária, a conversa direta com os pesquisadores que vão estar de plantão para atender o público, assim como os bolsistas e monitores da feira”, explicou Pedro Paulo. Indicador Bezerro ESALQ/BM&FBovespa Mato Grosso do Sul Data 31/01/2012 30/01/2012 27/01/2012 26/01/2012 25/01/2012 24/01/2012 23/01/2012 20/01/2012 19/01/2012 18/01/2012 17/01/2012 16/01/2012 13/01/2012 12/01/2012 11/01/2012 10/1/2012 9/1/2012 6/1/2012 5/1/2012 4/1/2012 3/1/2012 2/1/2012 29/12/2011 Valor R$ 720,18 697,93 687,68 690,79 688,87 687,97 693,74 696,97 699,26 713,48 728,33 734,62 734,62 740,38 726,57 725,29 726,86 726,86 726,86 730,27 733,31 734,09 736,66 Var./mês -2,24% -5,26% -6,65% -6,23% -6,49% -6,61% -5,83% -5,39% -5,08% -3,15% -1,13% -0,28% -0,28% 0,50% -1,37% - 1,54% - 1,33% - 1,33% - 1,33% - 0,8% -0,46% - 0,25% Pedro Paulo: 11 unidades da Embrapa no evento Tendo como público-alvo o produtor rural, a Dinapec atrai visitantes de todo o País. “Trata-se da transferência de tecnologia, uma ação importante para passar o conhecimento, transferir. Para isso, temos duas ferramentas. A prospecção – saber o que o público quer ver e a divulgação, comunicação e transferência”, explicou. “Teremos também os minicursos com abordagem à conservação de solo, manejo de pastagem, Integração Lavoura, Pecuária e Floresta, entre outros assuntos que serão tratados. Teremos 11 unidades da Embrapa participando”, disse Pedro Paulo. Na edição de 2011 a Dinapec destacou a ILP e a ILPF, atraindo profissionais e produtores de todo país. Como Adelmo Oliveira Gomes, engenheiro agrônomo e gerente da fazenda Santa Luzia, de São Raimundo das Mangabeiras, Maranhão, uma propriedade que trabalha com a ILP desde 2004, em uma parceria com Embrapa que traz excelentes resultados. “A integração entrou na propriedade via Embrapa. Sua principal vantagem é a sustentabilidade do negócio, além da produção de grãos na safra de verão. Na entresafra há engorda de boi, com um sistema de plantio que no verão coloca milho e soja, e 20% de milho e brachiaria. A engorda de boi é constante e a palhada serve como plantio direto”, disse, explicando que a propriedade trabalha com a cria e recria. A programação prévia da Dinapec 2012 traz a ênfase para tecnologias que compõem o Programa ABC; recuperação de pastagens degradadas; integração lavoura-pecuária-floresta e de Sistemas Agroflorestais; Sistema Plantio Direto; Fixação Biológica do Nitrogênio; Florestas plantadas; tratamento de dejetos animais; melhoramento genético animal; nutrição animal; integração lavoura-pecuária; produção de leite a pasto; higiene na ordenha; consórcios pastagem com Leguminosas e manejo de ovinos e bovinos. A expectativa da Embrapa Gado de Corte é receber cerca de 2.000 visitantes, entre produtores rurais, acadêmicos e pesquisadores. “A chefia da Unidade espera uma participação interessada para usufruir do conhecimento. A Embrapa investe para o produtor seja bem recebido”, informou Pedro Paulo. ILPF é tema de dia de campo em Sinop A Embrapa Agrossilvipastoril promove, no próximo dia 17 de fevereiro, o 2º Dia de Campo sobre Integração LavouraPecuária-Floresta. Realizado na vitrine de tecnologias do Centro de Pesquisa, em Sinop (MT), o evento irá apresentar diferentes opções de culturas para os sistemas integrados de produção agropecuária. Serão sete estações nas quais pesquisadores da Embrapa e de instituições parceiras irão abordar temas como as plantas forrageiras recomendadas para sistemas integrados, consórcio milho-braquiária em sucessão ao cultivo de soja, espécies florestais e frutíferas, plantas de cobertura e adubação verde, cultivares de soja convencional e tecnologias de produção de milho e sorgo e de arroz e feijão. Além de acompanhar as palestras, o público presente ao evento terá a oportunidade de visualizar no campo as tecnologias abordadas pelos pesquisadores. As inscrições para o 2º Dia de Campo sobre Integração Lavoura-Pecuária-Floresta são gratuitas e poderão ser feitas no local do evento. Mais informações no site da Embrapa Agrossilvipastoril: www. embrapa.br/cpamt. Este dia de campo é uma realização da Embrapa Agrossilvipastoril com apoio da Embrapa Arroz e Feijão, Embrapa Milho e Sorgo, Embrapa Soja e Embrapa Agropecuária Oeste. Local: Centro de Pesquisa da Embrapa Agrossilvipastoril – Rodovia MT-222, Km 2,5 – Sinop (MT) Inscrições gratuitas e feitas no local Informações: www.embrapa.br/cpamt 5 FEVEREIRO 2012 Brasil importa de coco a óleo de dendê Até feijão passa a ser importado da China; compras de alumínio e de álcool também crescem em 2011 TATIANA FREITAS DE SÃO PAULO A perda de competitividade do Brasil chegou a produtos nacionais típicos. Em 2011, as importações de óleo de dendê avançaram 414%, as compras de coco seco subiram 172% e as de álcool, 1.058%, segundo o Ministério do Desenvolvimento. Sem falar nas cargas de feijão chinês e na evolução das importações de alumínio do país que possui a terceira maior jazida mundial de bauxita (minério de alumínio). O câmbio, que em parte do ano passado esteve entre R$ 1,50 e R$ 1,60, o aumento do custo da mão de obra e a alta carga tributária explicam a maior concorrência em produtos que têm a cara do Brasil, segundo especialistas. “O país está muito caro, especialmente na produção. Por isso, perde competitividade até em setores em que tem vocação natural”, afirma José Augusto de Castro, presidente em exercício da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil). A força do mercado interno também justifica as maiores importações. “Todo mundo quer vir para cá. Fatalmente, as importações sobem”, diz Mauro Moreno, vice-presidente da Abal (Associação Brasileira do Alumínio). No caso do alumínio, fatores conjunturais, como o alto preço da energia, desestimulam a produção local, o que também contribui para o aumento das compras. Vantagens Alguns países se aproveitam de acordos comerciais para atingir o hoje cobiçado mercado brasileiro. É o caso da Colômbia, no óleo de dendê. Terceiro maior produtor mundial, o país, que paga tarifas mais baixas do que os rivais asiáticos, abastece parte da indústria alimentícia. A produção nacional não é suficiente para responder ao consumo. No caso do coco, o Brasil precisou, há cerca de dez anos, impor salvaguardas para proteger a produção local. Mas, em 2011, as importações superaram em 30% o permitido, que é 6.000 toneladas. “Não tem como competir com os produtores asiáticos”, diz Francisco de Paula Domingues Porto, presidente do Sindcoco (Sindicato Nacional dos Produtores de Coco). Mas não é só de países emergentes que o Brasil compra. A Suíça respondeu por 83% das importações de café industrializado em 2011. As importações do produto cresceram 90%, reflexo do aumento da renda e da sofisticação do consumo. Já a compra de feijão chinês foi um negócio de ocasião, graças à baixa do dólar. “Não houve necessidade de grandes importações, mas oportunidades de trazer feijão a um preço competitivo”, diz Vlamir Brandalizze, sócio da Brandalizze consultoria. A importação de álcool foi necessária para cobrir a primeira queda da produção nacional em dez anos, em um cenário de forte demanda. 6 FEVEREIRO 2012 Agronegócio S.A. Carne processada terá nova líder global Com troca de ativos com Brasil Foods, Marfrig amplia capacidade de produção de industrializados a partir de 2012 FOTO PAULO WHITAKER|FOLHAPRESS MAURO ZAFALON COLUNISTA DA FOLHA TATIANA FREITAS DE SÃO PAULO - AGÊNCIA FOLHA A Marfrig deve se tornar a maior processadora de carnes do mundo após receber os ativos da Brasil Foods. Segundo a Folha apurou, com base em dados anualizados das vendas de industrializados de carnes das empresas no terceiro trimestre, a Marfrig deve ultrapassar a sua rival em volume de vendas de industrializados após a transferência das fábricas, o que deve ocorrer até o fim do primeiro semestre de 2012. Marfrig e BRF anunciaram no início deste mês acordo para a transferência de ativos que representam um mercado de 300 mil toneladas de alimentos processados por ano, segundo a Marfrig, considerando a ociosidade de 50% dessas unidades hoje. O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) fez a BRF vender parte de sua produção para concluir a fusão entre Sadia e Perdigão. As vendas anuais de industrializados da Marfrig, hoje estimadas em 1,8 milhão de toneladas por ano, devem subir para cerca de 2,1 milhões. As vendas de carne processada da BRF, estimadas em cerca de 1,8 milhão de toneladas por ano, cairiam para 1,6 milhão de toneladas. O cálculo considera a perda das 300 mil toneladas que vão para a Marfrig e o ganho de 100 mil toneladas que a companhia terá ao receber, em troca, os ativos da concorrente na Argentina, conforme o acordo entre ambas. Em busca da meta Apesar do rápido avanço, a Marfrig perseguirá a meta de ter metade do faturamento em industrializados. Unidade do frigorífico Marfrig, em Promissão (SP); acordo Marfrig e BRF representa um mercado de 300 mil toneladas de alimentos processados por ano Hoje, 37% de sua receita líquida vem de produtos com maior valor agregado. Após a incorporação dos ativos da BRF, esse percentual irá para 45%, segundo o presidente da Marfrig, Marcos Molina. Portanto, em 2012 será “mandatório” - nas palavras de Mayr Bonassi, diretor-geral da Seara- aumentar a participação de industrializados na receita total, o que contribuiria para a melhora dos resultados da empresa. A Marfrig acumula prejuízo de R$ 605 milhões até setembro deste ano e, para aumentar a sua margem de lucro, vem investindo na divulgação da marca Seara e na expansão da capacidade. “O crescimento que planejávamos para cinco anos vai chegar em 60 dias com os ativos da BRF”, disse Bonassi. A Marfrig também terá como aliadas as dez marcas de processados de carne BRF que serão repassadas à empresa, como a Rezende. Consideradas pelo mercado como “marcas de combate”, elas vendem 264 mil toneladas de alimentos por ano e têm participação de mercado de 12%. “Vamos tentar pegar o máximo da capacidade dessas marcas e convencer o consumidor e o varejista de que nós somos a opção certa para ficar no lugar da Perdigão”, afirma Bonassi. Por determinação do Cade, a Perdigão ficará fora de alguns mercados pelo prazo de três a cinco anos, período que coincide com a Copa do Mundo de 2014, que tem a Seara como patrocinadora oficial. Ao final de um ano turbulento para a empresa, Molina diz que o pior já passou. “O mais difícil foi construir a marca Seara e aumentar a nossa base de produtos industrializados. Agora, é colher os frutos”, diz. 7 FEVEREIRO 2012 A GRONEGÓCIO S.A. Com crise do euro, Europa reduz até o consumo de carne DE SÃO PAULO Os altos preços e a restrição no orçamento das famílias estão reduzindo a demanda europeia pela carne bovina brasileira, segundo James Cruden, diretor da divisão de bovinos da Marfrig. Segundo ele, os preços de exportação para a Europa são os mais altos da história. “Estamos vendendo filé mignon para a Europa a US$ 22 por quilo, o que é quase R$ 38, um absurdo”, afirmou. Quando uma subida muito forte de preços encontra uma restrição financeira, a demanda cai, disse. “Só que desta vez está sendo muito menor do que em 2008, quando houve uma parada total devido aos altos estoques.” Para compensar a fraqueza da Europa, que responde por 44% das ex- Ano da empresa foi marcado por polêmicas O ano foi turbulento para a Marfrig. No primeiro semestre, o câmbio e o preço dos insumos impactaram o seu resultado. Em agosto, suas ações despencaram influenciadas pela desmontagem de operações arriscadas da gestora GWI, que tinha ao menos 5% da companhia. A saída do fundo desencadeou questionamentos sobre o tamanho da dívida da Marfrig, considerada alta por analistas, prejudicando a recuperação dos papéis. O presidente, Marcos Molina, aumentou, então, a sua participação na Marfrig com a compra de ações na Bolsa, o que também gerou polêmica. portações da empresa -especialmente pelos cortes nobres-, a Marfrig vem direcionando a sua produção para o mercado interno e para o Chile, que voltou a abrir as suas portas para a carne brasileira. O aumento de preço dos cortes bovinos nacionais é explicado pela restrição na oferta de boi e pela queda do dólar, que aumentou a participação dos EUA no mercado mundial. Mas, para Cruden, o aumento previsto para a oferta de boi, a recente alta do dólar e os ganhos de eficiência da indústria farão o Brasil retomar a competitividade no mercado externo. DE SÃO PAULO 8 FEVEREIRO 2012 FEVEREIRO 2011 Três Lagoas Florestal acontece de 10 a 13 de abril Evento já vem sendo considerado a maior do setor florestal já realizada no Centro-Oeste brasileiro, com 164 estandes A 1ª Feira da Cadeia Produtiva da Indústria de Base Florestal Sustentável da Região de Três Lagoas, ou simplesmente Três Lagoas Florestal, que vai acontecer entre os dias 10 e 13 de abril, já está movimentando diversos segmentos da economia em Três Lagoas. Promovida pela Prefeitura de Três Lagoas, a feira será um marco na consolidação dessa cadeia produtiva. O evento está programado para ser a maior feira do setor florestal já realizada no Centro-Oeste brasileiro, com foco nos temas de florestas sustentáveis, energia, celulose e papel. Já confirmaram presença empresas de todos os segmentos da cadeia produtiva: floresta, madeira, celulose, papel, energia e logística. “Precisamos lembrar que não se trata apenas dos grandes produtores e consumidores da madeira plantada, como as fábricas de papel e celulose, mas de todo um universo que engloba também as empresas locais, como fornecedores de insumos, equipamentos e serviços. Isso gera empregos, promove o aquecimento e o crescimento real da economia, e contribui para melhorar a vida do nosso cidadão”, avalia a prefeita Márcia Moura. Para os diretores da Painel Florestal, que é responsável pela organização da feira, a perspectiva de sucesso da feira pode ser projetada pela aceitação em todos os segmentos. “Não só os empresários das grandes companhias, como também o pequeno fornecedor local, todos estão bastante entusiasmados com a feira. E para a comunidade vai ser uma grande oportunidade de conhecer melhor o setor, compreender a dinâmica, os mecanismos e os processos de produção desse ramo, que já é uma realidade na vida cotidiana do três-lagoense”, comenta Robson Trevisan, diretor de eventos da Painel Florestal. Programação 10 de abril de 2012 - terça • 14:00 às 18:00 - Reunião Ordinária da Câmara Setorial de Florestas • 18:00 às 19:00 - Abertura Oficial do Três Lagoas Florestal • 19:00 às 22:00 - Jantar “Capital Mundial da Celulose” com palestra do presidente da ABRAF, Sérgio Alípio. Presenças do Governador André Puccinelli e Prefeita Márcia Moura. Participação As inscrições para participar do evento estão abertas e são totalmente gratuitas, incluindo as palestras, visitação aos stands e demais áreas da feira, além das visitas técnicas às fábricas e áreas das empresas de celulose. Para se inscrever basta acessar o site do evento (www.treslagoasflorestal.com.br) e preencher o formulário. Os participantes previamente inscritos pela internet vão precisar apenas retirar seu crachá na entrada da feira, evitando filas e agilizando o acesso ao recinto. No site também estão disponíveis todas as informações sobre o Três Lagoas Florestal, notícias a respeito da feira e dos expositores, contatos e atendimento. 11 de abril de 2012 - quarta • 14:00 às 22:00 - Visitação da Feira • 15:00 às 17:00 - Visitas Técnicas Monitoradas • 15:00 às 20:00 - Ciclo de Palestras – Auditório “Casa do Criador” 12 de abril de 2012 - quinta • 14:00 às 22:00 - Visitação da Feira • 14:30 às 17:30 - Visitas Técnicas Monitoradas • 14:30 às 20:00 - Ciclo de Palestras – Auditório “Casa do Criador” 13 de abril de 2012 - sexta • • • • 14:00 às 22:00 - Visitação da Feira 14:30 às 17:30 - Visitas Técnicas Monitoradas 14:30 às 18:00 - Ciclo de Palestras – Auditório “Casa do Criador” 19:00 às 21:00 - Palestra de Encerramento com XICO GRAZIANO – Auditório “Casa do Criador” Fonte: Painel Florestal Estrutura do evento O recinto do Três Lagoas Florestal está sendo montado no Parque de Exposições Joaquim Marques de Souza, ocupando uma área de 22 mil metros quadrados, onde estarão montados 164 stands, divididos em setores: Indústria, Entidades, Silvicultura, Serviços, Bens de Consumo, Máquinas e Implementos. Entre essas categorias, estarão representadas as áreas de energia, logística, tratamento de madeira, comércio de madeira, marcenaria, construção civil, serviços, celulose, papel, serraria e carvão vegetal. Parte do parque está reservada para demonstrações e equipamentos onde os expositores poderão mostrar a aplicação ou funcionamento de seus produtos. Já estão instaladas no parque pequenas áreas de plantio de eucalipto e seringueira, também para demonstração. O cenário de progresso da região será um dos temas da programação de palestras gratuitas do Três Lagoas Florestal, que vão esclarecer o público sobre o plantio de florestas e suas possibilidades comerciais. Já está confirmada a palestra de abertura com o presidente da Abraf (Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas) e diretor presidente da Veracel Celulose, Antônio Sérgio Alípio, e também a palestra de encerramento da feira, com o agrônomo e ex-secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Xico Graziano. Estão previstas ainda visitas técnicas nas empresas da região, com foco em produção de mudas de eucalipto, plantio e colheita florestal. Também está programada para Três Lagoas a próxima reunião da Câmara Setorial de Floresta Plantada do Ministério da Agricultura, prevista para a tarde do dia 09 de abril, véspera da abertura da feira. A previsão é que circulem 10 mil pessoas pelo parque de exposições nos quatro dias de feira, entre profissionais e empresários ligados ao setor, produtores rurais e comunidade local. 9 FEVEREIRO 2012 FEVEREIRO 2011 Abiec lança o projeto “Pecuária do Brasil” Análise Pecuária Desafio é produzir cortes bovinos com certificação de qualidade PAULO DE CASTRO MARQUES ESPECIAL PARA A FOLHA A pecuária brasileira está aprendendo com outros países que conseguiram se posicionar de maneira diferenciada no mercado global. Cada um à sua maneira, Estados Unidos, Austrália, Argentina e Uruguai, por exemplo, criaram e cultivam verdadeiras grifes que os identificam, conquistam clientes, agregam valor -traduzido no melhor pagamento pelo produto- e sensibilizam os consumidores. Tendo como base as raças bovinas de origem europeia (bos taurus), esses países estão hoje entre os maiores exportadores de carne vermelha do mundo. EUA e Austrália dividem com o Brasil a liderança em termos de quantidade. O Uruguai é um exportador nato, tendo até abertura de venda para os EUA -desejo antigo da pecuária brasileira. Já a Argentina, que sempre foi um “player” importante, hoje está mais voltada para o atendimento da demanda interna, muito por conta de definições do seu governo. A conquista do mercado global não é um processo imediatista. Requer tempo, disposição, investimento em marketing e em qualidade. A carne brasileira é, entre a dos países citados, a de pior remuneração internacional. Assim, o país é líder em quantidade, porém oscila quando o indicador é a receita obtida na exportação. Um dos motivos mais evidentes dessa dificuldade de a carne brasileira alcançar melhores preços no exterior é a falta de padrão. É histórica a reclamação dos traders de que nosso produto varia em termos de maciez e de teor de gordura. Recentemente, até a questão ambiental tornou-se relevante. Os compradores querem saber onde foi criado o gado, em que condições, qual sua alimentação, detalhes do manejo etc. Mesmo tendo como característica principal a criação a pasto, temos de provar ao mundo que a carne não provém de animais do bioma amazônico. Nesse cenário, ganha importância a certificação de origem e de qualidade. Trata-se de um processo que ainda engatinha no Brasil. Mas há bons exemplos de programas de entidades de classe, de raças e até de indústrias frigoríficas. É pouco se considerarmos o tamanho da pecuária brasileira. Os números oscilam de acordo com a fonte, mas se estima que o abate anual no Brasil fique entre 42 milhões e 45 milhões de cabeças de gado. Talvez nem 5% desse total provenha de iniciativas devidamente certificadas. Mas é um começo, e quem investe em certificação de origem e de qualidade reconhece que esse é o caminho para a valorização da carne, para o ganho do pecuarista e para a confiança do consumidor. O consumidor sai ganhando, pois a carne é produzida segundo critérios bem definidos. O pecuarista também tem benefícios, já que recebe até 12% a mais do que o preço-base da arroba do boi gordo. Além disso, as raças ganham mais visibilidade. Todos os envolvidos ganham. Está aí mais um desafio para a pecuária brasileira enfrentar e vencer. Os programas de certificação existentes mostram o caminho, mas é preciso avançar ainda mais. O objetivo é nobre: remunerar melhor a cadeia produtiva e oferecer alimento de melhor qualidade ao consumidor, ganhando mais condições de valorização no mercado internacional. PAULO DE CASTRO MARQUES, EMPRESÁRIO E PECUARISTA, É PROPRIETÁRIO DA CASA BRANCA AGROPASTORIL, ESPECIALIZADA NA CRIAÇÃO DE GADO ANGUS, BRAHMAN E SIMENTAL SUL-AFRICANO, E PRESIDENTE DA ABA. Objetivo é mostrar a importância do setor para o desenvolvimento do País Desde o descobrimento, a pecuária sempre teve um papel fundamental para o desenvolvimento do Brasil. No passado, as fazendas de gado ajudaram a demarcar nossas fronteiras. Hoje, as receitas geradas com a exportação de carne, que beiram os 5 bilhões de dólares, movimentam a economia de milhares de cidades em todo o país. Porém, essas histórias de sucesso protagonizadas pelos pecuaristas brasileiros nunca foram devidamente contadas. Buscando resgatar parte dessa memória e apresentar de forma transparente as melhores práticas do setor, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) lança o projeto “Pecuária do Brasil” – um plano de comunicação que mostrará, através de histórias reais, um setor cada vez mais moderno e sustentável. Com o lema “O Brasil evolui com a pecuária. A pecuária evolui com o Brasil”, o “Pecuária do Brasil” tem como principal objetivo mostrar algumas das muitas contribuições do setor para o desenvolvimento do país, assim como a evolução dos criadores e dos processos industriais ao longo dos anos. Sempre apoiado em histórias reais de sucesso. Histórias que mostram que produtividade e sustentabilidade podem sim andar juntas. Trazendo ARQUIVO Projeto vai mostrar a cara da pecuária brasileira com essas histórias informações importantes para que outros pecuaristas sigam no mesmo caminho. Ações através de redes sociais, como o Facebook e Twitter, além de publicidade focada em formadores de opinião também estão dentro da estratégia e serão fundamentais para levar a informação a um número ainda maior de pessoas. No início do próximo ano, está previsto um evento nacional, onde serão apresentados os destaques do setor no país. O projeto “Pecuária do Brasil” é isso: mostrar as histórias de sucesso, reavivar o orgulho dos pecuaristas e motivá-los na direção da sustentabilidade. 10 16 FEVEREIRO 2012 FEVEREIRO 2011 Ministério divulga fazendas aptas a exportar para a UE Mapa assume a responsabilidade de gerir a lista de fazendas habilitadas a exportar, além de divulgar a relação O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) voltou a publicar a lista de fazendas autorizadas a fornecer bovinos para abate e venda da carne in natura para a União Europeia (UE). Com a decisão, o Brasil retoma o gerenciamento da relação – conhecida como “lista trace” –, que desde 2007 era feito exclusivamente pelas autoridades europeias. Segundo o diretor de Programas do Mapa, Ênio Marques, a medida demonstra o reconhecimento dos avanços no sistema brasileiro de rastreabilidade e a retomada da confiança da UE em relação ao cumprimento das exigências de saúde animal por parte do Brasil. A intenção do Brasil é reduzir a burocracia no processo. A solicitação de retirada da exigên- ARQUIVO Atualmente 1.948 propriedades brasileiras fazem parte da chamada Lista Trace cia de que a lista de fazendas habilitadas fosse publicada no diário oficial europeu (Diretiva 61) era uma reivindicação permanente do Brasil nos últimos anos. O impasse foi tema de inúmeras reuniões com a Direção-Geral de Saúde e Consumidores da Comissão Europeia (DGSanco, sigla em inglês), em Bruxelas. Além da gestão da lista de fazendas habilitadas a exportar, as autoridades brasileiras ficarão responsáveis pela publicação da relação – que será atualizada a cada 15 dias – no site do Ministério da Agricultura. Os relatórios de auditoria não precisarão mais ser transmitidos para a Comissão Europeia. Atualmente, 1.948 fazendas estão credenciadas a vender carne para o bloco. Somente as propriedades que cumprem as exigências da Instrução Normativa nº 17, que regulamenta o sistema brasileiro de rastreamento (Sisbov), podem ingressar no cadastro. Lista de fazendas aptas a exportar de Mato Grosso do Sul UF MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS Município Água Clara Água Clara Água Clara Água Clara Água Clara Água Clara Água Clara Água Clara Água Clara Alcinópolis Amambaí Amambaí Amambaí Amambaí Anastácio Anastácio Anastácio Anastácio Anastácio Anastácio Anastácio Anastácio Anaurilândia Anaurilândia Anaurilândia Anaurilândia Anaurilândia Anaurilândia Angélica Angélica Angélica Angélica Nome do Estabelecimento Fazenda Japuanga MARIA CLAUDIA Fazenda Colorado FAZENDA RIO BRILHANTE FAZENDA MATEIRA OLHO D’ AGUA Fazenda Jatiuca FAZ.AGUA SANTA I Fazenda Jandaia FAZENDA RANCHO PLANALTO SERRITO FAZENDA VERA CRUZ AGUA VIVA Fazenda Santa Magdalena FAZENDA PLANALTO FAZENDA CEDRON Fazenda Rio das Emas Fazenda U 6 parte l V FAZENDA PEDRA SANTA SITIO SAO JERONIMO II Fazenda Estancia Betania Fazenda U6-V FAZENDA JANDAIA Fazenda Barro Preto MUTUM Fazenda Sao Luiz do Quiteroi Fazenda Sorriso FAZENDA SANTA RITA PARTE I Fazenda Santa Inês FAZENDA PIRAVEVE Fazenda Sao Fernando Fazenda Cerejo UF MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS Município Angélica Aparecida Do Taboado Aparecida Do Taboado Aquidauana Aquidauana Aquidauana Aquidauana Aquidauana Aquidauana Aquidauana Aral Moreira Bandeirantes Bandeirantes Bandeirantes Bandeirantes Bandeirante Bandeirantes Bataguassu Bataguassu Bataguassu Bataguassu Bataguassu Bataguassu Batayporã Batayporã Batayporã Bela Vista Bela Vista Bodoquena Bodoquena Bodoquena Bodoquena Fonte: MAPA Nome do Estabelecimento FAZENDA AURORA FAZENDA PASSAGEM BOA FAZENDA TRES MENINAS FAZENDA LAÇO DE OURO GRALHA AZUL Fazenda Sao Jose FAZENDA SANTO ANTONIO SANTO ANTONIO DA CAROLINA PRIMAVERA FAZENDA BURITIZAL Fazenda Santa Maria - Area C Fazenda Brilhasol NATAL Fazenda Pontinha IPACARAI CACHOEIRAO BOM RETIRO Fazenda Santa Terezinha Fazenda Monte Alto FAZENDA NOVA SANTA MARIA FAZENDA JUMA Fazenda Santa Rosa Estancia Osvile Fazenda Santa Ilidia FAZENDA REMANSO FAZENDA CONQUISTA FAZ CAMPO BELO SAO MATEUS Fazenda Nova Fazenda Vô Tile FAZENDINHA FAZ. BELVEDERE UF MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS Município Bonito Brasilândia Brasilândia Brasilândia Brasilândia Caarapó Camapuã Camapuã Camapuã Camapuã Camapuã Camapuã Camapuã Camapuã Camapuã Campo Grande Campo Grande Campo Grande Campo Grande Campo Grande Campo Grande Campo Grande Campo Grande Caracol Caracol Caracol Cassilândia Cassilândia Chapadão Do Sul Chapadão Do Sul Corguinho Corguinho Nome do Estabelecimento FAZENDA SAO JOSE Fazenda Barra Mansa Fazenda Ype Fazenda Santa Tereza FAZENDA AQUARIUS FAZENDA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS PARAISO FAZENDA ALIANÇA FAZENDA ÁGUA BRANCA FAZENDA MARLI Fazenda Ranchinho (parte) FAZENDA VIVEL I FAZENDA NOSSA SENHORA APARECIDA MIRANTE FAZENDA BREYJON Fazenda Sao Judas Tadeu CASCATA FAZENDA CASA DE CAMPO SAO JOSE JATOBAZINHO FAZENDA SAO JOAO SAO JOSE DAS TRES BARRAS Fazenda Primavera FAZENDA RANCHO DO SOL Fazenda Ouro e Prata FAZENDA MORRITO FAZENDA ARARA AZUL Fazenda Boa Esperanca III FORTALEZA FAZENDA SANTO ANTONIO Fazenda Vale dos Sonhos ESTANCIA UNIAO FAZENDA REGINA 11 17 FEVEREIRO 2012 FEVEREIRO 2011 Lista de fazendas aptas a exportar de Mato Grosso do Sul UF MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS Município Corguinho Corguinho Corumbá Corumbá Corumbá Costa Rica Dois Irmãos Do Buriti Dourados Eldorado Figueirao Iguatemi Iguatemi Iguatemi Iguatemi Inocência Inocência Inocência Itaquiraí Itaquiraí Itaquiraí Itaquiraí Itaquiraí Itaquiraí Itaquiraí Itaquiraí Itaquiraí Itaquiraí Itaquiraí Ivinhema Ivinhema Ivinhema Ivinhema Jaraguari Jaraguari Jaraguari Jaraguari Jaraguari Jaraguari Jaraguari Jaraguari Nome do Estabelecimento SANTO ANTONIO Estancia Santa Tereza FAZENDA FANTASIA FAZENDA CAMPO NOVO FAZENDA ANGICO Fazenda Cachoeira DONA IDAIR INHERENDU FAZENDA SAO PEDRO Fazenda Bom Jardim FAZENDA MATO ALTO FAZENDA GUAVIRA FAZENDA ALTO ALEGRE Fazenda São Sebastião FAZENDA SÃO FRANCISCO Fazenda Seriema FAZENDA ESTRELA FAZENDA SANTA TEREZINHA FAZENDA ITAKIRAY PARANAIARA PORTO OCULTO FAZENDA BOA ESPERANÇA FAZENDA IPORA FAZENDA SANTA ADELAIDE Fazenda Sao Sebastiao FAZENDA SANTA PAULA FAZ MARAGOGIPE Fazenda Itaquirai FAZENDA MATUBA SHALON AGUA SANTA FAZENDA DA BARRA BELA VISTA I Fazenda Santo Antonio da Barra do Cervo FAZENDA NOVA CAMPINA RANCHO ALEGRE Fazenda Boa Vista PARAISO RETIRO DO CERVO I ALEGRIA UF MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS Município Jardim Jateí Jateí Jateí Jateí Jateí Jateí Juti Laguna Carapã Maracaju Maracaju Miranda Miranda Miranda Miranda Naviraí Naviraí Naviraí Naviraí Naviraí Naviraí Nioaque Nioaque Nioaque Nioaque Nioaque Nioaque Nioaque Nova Alvorada do Sul Nova Alvorada Do Sul Nova Alvorada Do Sul Nova Alvorada Do Sul Nova Andradina Nova Andradina Nova Andradina Nova Andradina Nova Andradina Nova Andradina Nova Andradina Nova Andradina Nome do Estabelecimento Fazenda Cabeceira do Prata Fazenda Uniao FAZENDA SÃO FAZENDA SANTA Fazenda Sao Joao do Guirai Fazenda São José do Pica Fumo FAZENDA COMENDADOR GENTIL GERALDI Fazenda Sao Pedro Fazenda Campanario FORMOSA PARTE FAZ TURVO Fazenda Mariana Fazenda Charqueada do Agachy FAZENDA NOVO HORIZONTE FAZ. NOSSA SENHORA APARECIDA -PARTE I Fazenda Sao Nicolau Fazenda Dom Arlindo FAZ. TRES IRMAOS FAZENDA SANTA ELIZA FAZ. SANTA UMBELINA Fazenda Santiago do Tinguara CLARAO DA LUA BOA ESPERANCA MESTICO SENHORA ABADIA FAZENDA IPÊ Fazenda Caacupe FAZENDA CERRO AZUL VO TAUFIC Fazenda São Pedro DUAS IRMAS FAZENDA RETALHO FAZENDA SERTÃOZINHO SANTA EDWIGES FAZENDA JUNQUEIRA Faz. Guarani FAZENDA PIRANGI FAZENDA 4 CORACOES Fazenda Portofino FAZENDA FLOR DA MATA UF MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS Município Paranaíba Paranaíba Ponta Porã Ponta Porã Ponta Porã Porto Murtinho Porto Murtinho Porto Murtinho Ribas Do Rio Pardo Ribas Do Rio Pardo Ribas Do Rio Pardo Ribas Do Rio Pardo Ribas Do Rio Pardo Ribas Do Rio Pardo Ribas Do Rio Pardo Ribas Do Rio Pardo Ribas Do Rio Pardo Ribas Do Rio Pardo Ribas Do Rio Pardo Ribas Do Rio Pardo Ribas Do Rio Pardo Ribas Do Rio Pardo Rio Brilhante Rio Negro Rio Negro Rio Negro Rio Verde De Mato Grosso Rio Verde De Mato Grosso Rochedo Rochedo Rochedo Rochedo Rochedo Rochedo Rochedo Rochedo Santa Rita Do Pardo Santa Rita Do Pardo Santa Rita Do Pardo Santa Rita Do Pardo Nome do Estabelecimento FAZENDA ALVEMI Fazenda Ilusao Fazenda Paqueta FAZENDA AGROMATOGROSSO FAZENDA CACHOEIRINHA MONTANA YNDIANA FAZENDA SÃO ROQUE CAMPO ALEGRE ALVORADA FAZENDA MARANDU FAZENDA MARIA IZABEL FAZENDA RECREIO MONICA CRISTINA LAGOA Fazenda Indiana II Fazenda Sao Sebastiao FAZENDA SÃO JOÃO DA PAPAIZ Fazenda Sete Voltas Fazenda Sao Donato BARROCA SAO SEBASTIAO FAZENDA CAÇADINHA ESTÂNCIA CAROLINA FAZENDA CARANDA FAZENDA ALTO DA SERRA Fazenda Independencia PAREDAO SANTA EDWIGES TRIANA II Fazenda Monte Castelo ESPERANCA Fazenda Arara Azul FAZENDA JATOBA DA MATA SANTA IRENE FAZENDA LAGO AZUL FAZENDA ESPERANÇA Fazenda Bela Vista FAZENDA MATER Fazenda Jaragua FAZENDA TAROBA 12 FEVEREIRO 2012 Lista de fazendas aptas a exportar de Mato Grosso do Sul UF MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS Município Santa Rita Do Pardo Santa Rita Do Pardo Santa Rita Do Pardo Santa Rita Do Pardo São Gabriel Do Oeste São Gabriel Do Oeste Selvíria Selvíria Selvíria Selvíria Selvíria Selvíria Sidrolândia Sidrolândia Sidrolândia Sidrolândia Sonora Sonora Nome do Estabelecimento Fazenda Santo Expedito FAZENDA RECANTO FAZENDA MATEIRA CAMPOS ELISEOS FAZENDA TABOCA REFUGIO FAZENDA PERDIGAO II Fazenda Colina Fazenda Sao Jorge Fazenda Santa Ofelia Fazenda Furnas FAZENDA CANAAN FAZENDA VITÓRIA Fazenda Sao Jorge da Vanguarda FAZENDA NOVO HORIZONTE FAZENDA UNIÃO FAZENDA SANTA LUIZA PRIMEIRO DE MAIO Fazenda Lagoa da Serra UF MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS Município Tacuru Tacuru Tacuru Tacuru Tacuru Tacuru Taquarussu Taquarussu Terenos Terenos Terenos Terenos Terenos Terenos Terenos Três Lagoas Três Lagoas Três Lagoas Três Lagoas Nome do Estabelecimento Fazenda Escondido FAZENDA CERRO VERDE BOA SORTE FAZENDA GUASSU FAZENDA ESPERANCA FAZENDA NOSSA SENHORA APARECIDA Fazenda XV de Agosto Fazenda Campo Verde PRIMAVERA FAZENDA BREJO DOS ANAPURUS FAZENDA TOCA DO LEÃO ESTANCIA ALEGRE Fazenda Sao Sebastiao do Varadouro ASA BRANCA Fazenda Sao Joao do Varadouro Quinhao PASSAPORT Fazenda Paranoa Fazenda União Fazenda Casa Branca UF MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS Município Três Lagoas Três Lagoas Três Lagoas Três Lagoas Três Lagoas Três Lagoas Três Lagoas Três Lagoas Três Lagoas Três Lagoas Três Lagoas Três Lagoas Três Lagoas Três Lagoas Três Lagoas Três Lagoas Três Lagoas Três Lagoas Três Lagoas Nome do Estabelecimento Fazenda Katayama I Campo Triste Fazenda Brioso Fazenda Querencia Fazenda Brilhante Fazenda Indiana III Fazenda Indiana IV Fazenda Reluz Fazenda Santa Alice Gleba C Fazenda Aliança Fazenda Sao Jose do Paraiso Fazenda Santa Maria do Rio da Prata Fazenda Barra Bonita I Fazenda Aragoas FAZENDA SAO JOSE FAZENDA SANTO ANTONIO FAZENDA RIO BRANCO PARTE Fazenda Santo Antonio do Buriti Fazenda Oasis FAZENDA NOVA MONTE ALTO T ECNOLOGIAS Soja não transgênica garante maior lucro para o produtor Produção de soja não geneticamente modificada dá ao Brasil oportunidade de atender mercado consumidor altamente exigente FOTOS VIA LIVRE FABIANO REIS, DE MARACAJU-MS Uma das necessidades abordadas e que ficaram evidentes durante a Showtec 2012 foi o destaque para variedades de soja e milho não geneticamente modificadas. O destaque para este trabalho ficou por conta do Programa Soja Livre, apresentado por pesquisadores da Embrapa Soja, Fundação Meridional e Abrange – Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados. Segundo Ivan Domingos Paghi, diretor técnico da Abrange, a produção de soja não geneticamente modificada confere ao Brasil condições de atender um mercado exigente, dando maior lucratividade ao produtor rural. “No principio a soja geneticamente modificada dava ao produtor algumas vantagens, por serem mais resistentes às pragas e também por manter a lavoura mais limpa. Entretanto, a diferença veio diminuindo com o tempo e hoje temos a produção da soja livre de transgenia com a mesma capacidade de produção, maior resistência e ainda com um valor de venda superior”, garantiu. “Os outros grandes players do mercado mundial de soja não produzem soja livre de transgenia, uma necessidade da União Européia, Japão e Coréia do Sul, entre outros países que pagam bem Soja livre de transgenia tem mesma capacidade de produção da variedade transgênica Ivan D. Paghi é diretor da Abrange pelo nosso produto”, explicou Paghi. Pensando neste mercado e também nas questões de sustentabilidade ambiental, as instituições que compõem e divulgam o Programa Soja Livre desenvolvem cultivares de soja com indicação por região edafoclimática, com consideração a diversidade de ecossistemas e tipos de solo e clima. Também são trabalhadas questões como a época de semeadura, população das plantas e densidade de semeadura, entre outros fatores. Paghi explica que os materiais não problemas na produção. Uma delas é o cuidado no Flushing, trata-se da operação realizada no inicio da colheita com o objetivo de limpar as partes internas da colheitadeira através da passagem de um fluxo de grãos para descontaminação do equipamento. A prática do Roguing que a eliminação de plantas diferentes do que foi plantado. “Os níveis para uma produção ser considerada livre de transgenia é entre 99% e 99,9%, determinado por testes, previstos na ABNT – NBR 15.974”, afirma Paghi. geneticamente modificados são os que não passaram por qualquer processo ou mudança em sua genética e, por conta disso, são mais valorizados de acordo com o nível de pureza. “Hoje há mecanismos capazes de avaliar se uma produção está contaminada por produto geneticamente modificado. A lei que regulamenta a questão foi publicada em 22 de agosto de 2011, como ABNT – NBR 15.974”, disse. Segundo o material informativo da Abrange o produtor precisa estar atento há algumas definições e dicas que evitam 13 17 FEVEREIRO 2012 FEVEREIRO 2011 T ECNOLOGIAS Soja Livre é apresentada na Showtec 2012 Área de cultivo de soja hoje é ocupada por 30% com produção do grão convencional, diz Embrapa FOTOS VIA LIVRE Uma das principais atrações da Showtec 2012 foram as variedades lançadas durante a exposição tecnológica, foram 80 variedades colocadas durante o período de evento. Com uma área plantada de cerca de 24 milhões de hectares, o Brasil é consolidado como um dos maiores produtores da oleaginosa do mundo. Neste contexto, durante a Showtec, o programa Soja Livre apresentou variedades de soja Não Geneticamente Modificada (convencional). “Podemos afirmar que hoje temos cerca de 30% de toda a produção de soja do país convencional, estando esta modalidade de cultivo concentrada na região Centro-Oeste. Enquanto que a soja transgênica se concentra na região Sul, com destaque para o Rio Grande do Sul, com 98% da área resultado de transgenia”, afirmou o pesquisador da Embrapa Soja, Luiz Carlos Miranda. Para o pesquisador o Programa Soja Livre apresenta para o produtor rural a Luiz Carlos Miranda é pesquisador da Embrapa Soja: Instituição é contra a monocultura por transgenia possibilidade de escolher o que é melhor para a sua área de produção e mercado que vai atender. “Hoje as variedades de soja não geneticamente modificada e as geneticamente modificadas não possuem qualquer diferença na produção. Os custos de controle químico são equiva- lentes, a GM não possui uma área mais limpa, o manejo de campo é equilibrado. Portanto, hoje o produtor é livre para escolher, por isso, Programa Soja Livre”, afirmou Miranda, ressaltando que mercados exigentes como a União Européia, Japão e Coréia do Sul exigem que a soja seja livre de transgenia e pagam valores Premium por esse produto. “Acreditamos que opção integral por uma única variedade de soja seja ela transgênica ou não, traz prejuízos e desgastes para a produção rural. O chamado 100% em uma única das produções é o que pode causar problemas, neste aspecto a palavra de ordem é equilíbrio”, contou o pesquisador da Embrapa Soja, lembrando que a instituição levou para a Showtec variedades não-GM resistentes às pragas que atingem a lavoura, ao estresse hídrico trazendo o melhoramento genético da planta. “Para a Embrapa a questão do 100% transgênico, causa uma espécie de monocultura genética, traz a erosão, infestação de ervas daninhas e os controladores químicos até então utilizados, perdem a sua eficiência. Por isso difundimos a utilização do equilíbrio e da sustentabilidade que resultam na maior rentabilidade para o produtor”, contou Miranda que resumiu as ações do programa Soja Livre “a mudança na cultura passa pela mudança de manejo. E evita perpetuar a monocultura, que traz problemas para o produtor”. Agricultura de precisão mostra caminho para aumento da produtividade Assunto foi tema de giro técnico no Showtec; técnica deve ser entendida como maneira de atuar sem desgastar os recursos naturais A agricultura de precisão como é chamada, aborda o uso de tecnologias atuais para o manejo do solo, insumos e culturas, de maneira adequada às variações espaciais e temporais em fatores que afetam a produtividade. Em resumo, aumenta a eficiência, com base em manejo diferenciado e estes conceitos foram abordados durante a Showtec 2012. Tema de giro técnico durante a exposição tecnológica, o manejo sustentável possível pela agricultura de precisão deve ser compreendido como uma maneira de atuar sem desgastar os recursos naturais. “Utiliza-se diversos recursos que vão de equipamentos como uma colheitadeira, totalmente guiada pelo sistema de posicionamento global e que em breve vai poder até fazer a curva no campo sozinha, mas passa por elementos mais básicos, como o trabalho de correção, seleção de se- mentes com taxas variadas, entre outros fatores”, explicou o produtor rural Luiz Carlos Ross, durante a sua palestra, lembrando que há diversos níveis de aplicação da agricultura de precisão entre os produtores. Ele lembrou sua experiência com a agricultura de precisão, os principais objetivos e observou alguns temas relevantes para a técnica. Entre as informações, a definição de um manejo adequado da variabilidade espaço e tempo de produção de grãos em sistema de plantio direto, precisa ser observado, assim como o uso de sensores para intervenção no sistema de produção no ciclo da soja e a transferência tecnológica. “Temos que observar todos os itens, como a aquisição de maquinário, sistema e software. Neste caso, é até possível que os sistemas interajam, mas o software não. Por isso, é sempre melhor utilizar apenas um, pois isto evita conflito e também falta mapeamento de fertilidade de solo”, disse ao explicar a experiência em sua propriedade, lembrando que os mapeamentos precisam observar a necessidade de cada grid trabalhado. “Os grids podem ser diferentes e o produtor precisa ficar atento com sua assessoria”, afirmou Ross. No caso da assessoria, Ross explica que o produtor precisa de um suporte para conseguir alcançar Produtor rural Luiz Carlos Ross fala em giro técnico no Showtec os resultados objetivados. “São várias observações que precisam de precisão nos dados”, explicou Ross. ser feitas, desde o plantio a taxa variada “Vários fatores são observados na que depende da região a ser cultivada, agricultura de precisão e, como dito, há a regulagem de maquinário, gerenciadiversos estágios entre os produtores. mento de lavouras, entre outros”, disse Entretanto, alguns são elementares, por ao ressaltar o trabalho realizado pela conta disso, o trabalho sempre passa por Fundação MS. (F.R) um bom mapa de colheita e também 14 FEVEREIRO 2012 NOVO$ EMPREENDEDORES Produtor patenteia produto que evita infecções em animais Anel é colocado para evitar as infecções nas orelhas dos animais após a colocação dos brincos de identificação É possível inovar e ser um empresário no campo com incentivo e apoio. O produtor rural pode ter visão empreendedora e fazer a diferença. Um bom exemplo vem do município de São José, no litoral de Santa Catarina. Um produtor não só teve uma boa ideia como foi atrás e desenvolveu o projeto: criou um anel que é colocado no brinco de identificação dos animais para evitar a ocorrência de infecções. Com o apoio da Administração Regional do SENAR de Santa Catarina, órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (FAESC), patenteou o produto e pensa em comercializá-lo. Oscar Nazareno de Sousa é pecuarista e técnico em reprodução animal e possui uma propriedade em Forquilhinhas, São José. Ao analisar que era comum a ocorrência de infecções nas orelhas dos animais após a colocação do brinco de identificação, começou a pensar em produtos que evitassem as doenças, mas que fossem diferenciados dos existentes. Em 2011, quando participou do Programa Empreendedor Rural (PER) do SENAR/SC em Angelina, o produtor manifestou interesse do projeto e recebeu o apoio dos instrutores da entidade e do Sindicato Rural de São José para desenvolver a pesquisa. A experiência iniciou com 150 bovinos e deu certo. Em outubro, Sousa encaminhou o processo para patentear o produto, registrado como “Anel repelente e cicatrizante para identificação animal”, para ser usado em bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos. Hoje, o produto serve como base de pesquisa em búfalos, na região de Dourados (SP), coordenada pelo Centro de Pesquisa do Agronegócio da Universidade de São Paulo (USP). FOTOS DIVULGAÇÃO Anel contém anti-inflamatório que evita a ocorrência de doenças nos animais brincados “É muito gratificante ver um projeto se desenvolvendo e, ainda mais, por ser um produto benéfico para milhares de produtores que enfrentam esse problema com os animais”, salienta o produtor. Sousa comenta que geralmente os produtores aplicam o brinco e deixam o animal ir ao campo. Quando percebem, as infecções tomaram conta da orelha do animal. O anel contém um anti-inflamatório que evita a ocorrência de doenças. Além disso, o repelente mata as larvas que são deixadas pelas moscas no local, impedindo a presença de miíase – mais conhecida como bicheira. “Os medicamentos atuam cerca de 35 dias no local, prazo superior as duas semanas consideradas críticas para o surgimento de doenças após a perfuração para o uso do brinco”, explica. O laudo científico que comprova os resultados sairá nos próximos dias. O passo seguinte, de acordo com o produtor, é buscar incentivos para comercializar o produto. “Já recebi proposta para vender o projeto ou então negociar e receber os royaltes mensalmente. Mas há também a possibilidade de investir na comercialização, se conseguir apoio”, enfatiza. Na avaliação do produtor, o apoio do SENAR/SC foi fundamental para o desenvolvimento do projeto. “A participação no PER me fez ver que é possível gerenciar a propriedade, agregando valor ao nosso trabalho. Também nos proporcionou visão de gestão e empreendedorismo, essenciais para crescer e permanecer no campo”, conclui. PER O Programa Empreendedor Rural - PER é oferecido gratuitamente pelo SENAR, tem duração de 136 horas e visa transformar o produtor rural em empreendedor, desenvolver competências inovadoras e preparar líderes para ações sociais, políticas e econômicas sustentáveis no agronegócio brasileiro. “É uma forma de preparar os produtores para enfrentar o mercado cada vez mais exigente. Ter resultados de projetos como esse desenvolvido em São José nos motiva a investir cada vez mais em qualificação no campo. Dessa forma o SENAR/SC e a FAESC fortalecem o meio rural, além de elevar a qualidade de vida das famílias rurais catarinenses”, avalia o superintendente do SENAR/SC, Gilmar Zanluchi. O médico veterinário da fazenda e o produtor Oscar Nazareno de Sousa, que também é técnico em reprodução animal 16 FEVEREIRO 2012 FEVEREIRO 2012 17 Canal 36 da NET Pela Agromix TV BOLETIM DA ACRISSUL - ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO DO SUL - FEVEREIRO DE 2012 | [email protected] | 67 3345-4200 Expogrande corre riscos de não acontecer este ano, afirma presidente Chico Maia E m entrevista coletiva na manhã do dia 6 de fevereiro, o presidente da Acrissul, Francisco Maia, anunciou que a Expogrande está suspensa por conta da interdição do Parque de Exposições Laucidio Coelho para a realização de shows e eventos. O líder da instituição disse ainda que estaria reunindo-se com o governador André Puccinelli, em um dos últimos esforços para tentar realizar uma das cinco maiores feiras agropecuárias do País. A situação é grave, anualmente a Expogrande movimento o comércio de Mato Grosso do Sul, através da circulação financeira em shows, leilões e apresentações. No último ano foram R$ 120 milhões e o parque recebeu cerca de 350 mil pessoas. “Temos direitos e deveres, individuais e coletivos, que garantem direitos iguais para todos. Fato é que áreas como a Praça do Papa, Estádio Morenão, Praça do Rádio Clube e Jóquei Clube podem realizar shows e apresentações, enquanto nós, que realizamos o maior evento do Estado de Mato Grosso do Sul, não podemos exercer nosso di- Francico Maia: “A Acrisul não tem condições de atender exigências do TAC” reito”, declarou Chico Maia. Maia destacou ainda que na compra da área do parque em 1943 não havia nada no local. “Quando chegamos não havia nada no local, não havia vizinhança, que segundo as pesquisas apóia a realização da feira”, disse. O presidente da instituição garantiu ainda que sem vontade política não será realizada a feira. “Entraremos com uma ação, com pedido de liminar para suspender os efeitos de interdição contra eventos no Parque Laucidio Coelho”, garantiu Chico. Chico também lembrou que a feira utiliza banheiros químicos, portanto não haveria necessidade de galerias de esgoto. “Assinamos no ano passado a TAC ‘Termo de Ajustamento de Conduta’ e entramos com o projeto de Licença Ambiental.Fizemos, mas eles estão cobrando a instalação das galerias de esgoto e um projeto acústico. Precisamos de tempo, custa em torno de R$ 1 milhão para realizar”, disse. Chico ao final garantiu. “Somos a favor da legalidade, portanto, a realização da Expogrande está suspensa, vamos nos concentrar com esforços em uma última tentativa. Entretanto, a geração de empregos, impostos, 48 leilões e a festa mais importante de Mato Grosso do Sul, por enquanto não está mais garantida”, afirmou. Acrissul debate com governador temas do agronegócio No último dia 7 de fevereiro o presidente da Acrissul, Francisco Maia, esteve reunido com o governador do Estado André Puccinelli, para discutir questões ligadas ao agronegócio de Mato Grosso do Sul e na oportunidade tratou de assuntos relativos à realização da Expogrande 2012, ameaçada pela interdição do parque imposta pela falta de licenciamento ambiental. A reunião foi acompanhada pelo deputado Zé Teixeira, a titular da Seprotur – Tereza Cristina Correa da Costa, do tesoureiro da Acrissul, Luiz Vieira, entre outros representantes do agronegócio sul-mato-grossense. Na oportunidade Chico Maia apresentou ao governador as questões ligadas à realização da feira, a apresentação do projeto de licenciamento ambiental, os custos para se construir galerias fluviais e de esgoto no Parque Laucidio Coelho. “É muito oneroso, quase R$ 1milhão, sendo que usamos banheiros químicos, o que elimina qualquer necessidade de realizar este tipo de adequação”, afirmou. Maia frisou a importância do apoio e participação do governo do Estado na Expogrande. “É uma das mais tradicionais feiras do país, uma das cinco mais importantes, já contamos com 48 leilões confirmados e ainda, podemos, em um grande esforço garantir shows de qualidade para nossa população”, afirmou. Ciente do crescimento da cidade e da área ao em torno do Parque Laucidio Coelho estar cada vez mais urbanizada, Chico Maia apresentou o projeto de um novo parque em uma BOLETIM DA ACRISSUL - ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO DO SUL área concedida pela Embrapa Gado de Corte. “É inovador. Já temos uma tratativa com a Embrapa e apresentamos o projeto ao Pedro Arraes, presidente da instituição, serão 300 hectares, com locais para dinâmicas agrícolas, cientificas, além de toda a carga da pecuária. É um projeto que precisa movimentar e unir a Acrissul, Famasul, Governo do Estado, Seprotur e todos que queiram tornar a Expogrande uma feira diferente de todas as outras”, disse. 19 FEVEREIRO 2012 População do entorno do Parque quer shows na Expogrande U ma importante pesquisa realizada pela Ícone Pesquisa e Consultoria em Marketing mostra que a 77,3% dos moradores da região do Parque de Exposições Laucídio Coelho aprovam a organização de shows no local, sendo que 83,3% acredita que os shows devem continuar sendo realizados durante a Expogrande. Ontem a pesquisa foi enviada para o prefeito de Campo Grande Nelson Trad Filho, para o governador de MS André Puccinelli, para a Câmara de Vereadores e para o procurador-geral de Justiça, Paulo Alberto de Oliveira. O público consultado foi de 150 pessoas com idade igual ou superior a 16 anos, residentes nos bairros Jardim América, Progresso, Jockey Clube, Taquarussú, Vila Carvalho e Vila Glória. A pesquisa foi encomendada pela Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul. A interdição do parque também apareceu na pesquisa sendo uma atitude reprovada por 75,3% dos pesquisados, enquanto 75,6% se declaram a favor da realização de apresentações musicais no local. Outro fator relevante é a musica como expressão cultural desta amostragem da população de Campo Grande, 63,3% declararam que as apresentações musicais são suas expressões artísticas preferenciais. ARQUIVO E, em um universo de 401 entrevistados, entre 16 e 34 anos, a Ícone Pesquisa e Consultoria em Marketing observou que 70,1% preferem shows musicais, em relação às artes na cidade. A pesquisa apontou que 71,3% já assistiram algum show no Parque de Exposições Laucídio Coelho e que 78,6% aprovam o local para a realização de shows e apresentações musicais. Entre outros dados, a pesquisa realizada apenas com o público jovem mostra que a sede da Acrissul está diretamente envolvida nas iniciativas culturais de Campo Grande: 74,6% já participaram de eventos musicais, 55,1% de feiras agropecuárias, 34,7% de festas juninas, 15% da festas das nações e 12% de leilões. A pesquisa com o público jovem envolveu um universo de 401 entrevistas, com questionários estruturados com 23 perguntas abertas, margem de erro de 4,9%, para mais ou para menos, dentro de um coeficiente de confiança de 95%. A atividade de campo aconteceu no intervalo dos dias 22 e 30 de novembro de 2011. Shows fazem da festa uma atração turística A pesquisa foi de caráter quantitativo e a coleta de dados aconteceu entre os dias 25 e 30 de novembro, com uma amostra de 150 entrevistas. A abordagem foi através da aplicação de questionário estruturado, em entrevistas pessoais e domiciliares, com 23 perguntas abertas e fechadas. Para este estudo a margem de erro é de 8%, para mais ou para menos, dentro de um coeficiente de confiança de 95%. Jovens querem shows no Parque Laucídio Coelho A Acrissul quis saber também o posicionamento dos jovens em relação às manifestações artísticas em Campo Grande. SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA Nº 48, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2011 O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe confere os artigos 10 e 42 do Anexo I do Decreto nº 7.127, de 4 de março de 2010, tendo em vista o disposto no decreto nº 5053, de 22 de abril de 2004 e o que consta do processo nº 21000.014393/2011-70, resolve: Art. 1º Proibir em todo o território nacional o uso em bovinos de corte criados em regime de confinamentos e semi-confinamentos, de produtos antiparasitários que contenham em sua formulação princípios ativos da classe das avermectinas, cujo período de carência ou de retirada descrito na rotulagem seja maior do que vinte e oito dias. Parágrafo único: a proibição prevista no caput se aplica também ao uso em bovinos de corte criados em regime extensivo, na fase de terminação. Art. 2º O descumprimento do disposto nesta Instrução Normativa ensejará ao infrator as penas da lei. Art. 3º - Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. FRANCISCO SERGIO FERREIRA JARDIM D.O.U., 29/12/2011 - Seção 1 Boletim Informativo | FEVEREIRO 2012 Mão-de-obra e serviços SALÁRIO MÍNIMO RURAL: R$ 621,00 MÉDIA/R$ N° INFORMAÇÕES Técnico Agrícola 1.053,60 02 Inseminador 621,00 02 Encarregado de Máquinas 693,16 01 Operador de Máquinas de Esteira 1.043,77 04 Tratorista - pneus 621,00 04 Motorista 673,75 02 Capataz de Campo 1.138,32 06 Retireiro 621,00 05 Peão Campeiro (tralha própria) 621,00 07 Praieiro/Caseiro (serviços manuais) 621,00 04 Cozinheira 621,00 04 Diária Bruta (empreiteiro) 25,70 02 'RPDGH&DYDORJUDWLÀFDomR Aceiro Leve/KM (pé da cerca) Aceiro Pesado/KM (1,5 mts cada lado) Roçada de Pasto Pesado/Há (manual) Roçada de Pasto Leve/Há (manual) Tirar e Lampinar Poste 3,68 03 Tirar e Lampinar Firme 5,80 05 Tirar e Lampinar Palanque (3,20mts) )LQFDU3RVWHÀRVFEDODQFLQV )LQFDU3RVWHÀRVVEDODQFLQV Trator de Esteira D-4 / hora 156,48 01 Trator de Esteira D-6 / hora 223,00 03 Trator de Pneu Traçado 140 CV acima/hora 124,28 01 Pá carregadeira W-20 / hora 111,14 01 Motoniveladora / hora 167,66 01 &DPLQKmR&DoDPED7UXFDGRKRUD &DPLQKmR&DoDPED7RFRKRUD Colheita de Grãos (mecanizada) 5 a 8% do Valor do Produto FONTE: CONVENÇÃO COLETIVA JULHO 2011 http://www.ruraldemiranda.com.br/OBSERVAÇÕES:- TODOS O VALORES CONSTANTES NESTE BOLETIM, SÃO VALORES BRUTOS SEM QUAISQUER DESCONTOS, JÁ ACRESCIDOS DE TODOS OS BENEFÍCIOS. BOLETIM DA ACRISSUL - ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO DO SUL 20 FEVEREIRO 2012 Palavra do Presidente FRANCISCO MAIA, PRESIDENTE DA ACRISSUL ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO DO SUL A Expogrande é um patrimônio da cidade Depois de ser suspensa uma única vez na sua história – durante a Segunda Grande Guerra – a Expogrande corre sério risco de ser banida do calendário das festas populares de Mato Grosso do Sul por conta daquilo que podemos chamar de intolerância injustificada. Estamos, desde o acordo judicial do ano passado com o Ministério Público, atuando em todas as frentes para cumprir as exigências assumidas no TAC, mas infelizmente nossos recursos são limitados e estão em fase de exaustão. Protocolamos o projeto de licenciamento ambiental na Prefeitura de Campo Grande em agosto do ano passado, e até hoje ainda aguardamos resposta. Estamos a praticamente dois meses do início da feira e todos os esforços investidos até agora foram em vão e a Expogrande corre sério e concreto risco de não ser realizada este ano. Expogrande é sinônimo de festa popular – há 80 anos. Imaginar uma Expogrande sem as grandes atrações nacionais é o mesmo que imaginar o carnaval baiano sem a folia nas ruas, sem o desfile dos blocos e sem trio elétrico. Sem shows não existe Expogrande. Aliás, há décadas a história de Mato Grosso do Sul tratou de “furtar” para si a exposição, guardando-a na galeria vip de suas datas festivas. Todos os anos cada sulmato-grossense prepara-se para vir à Expogrande. Nos palcos da arena de shows do Parque de Exposições brotaram artistas regionais que hoje estão consagrados no Brasil e no mundo afora. O palco da Expogrande foi alçado a lugar de honra àqueles que almejam o sucesso no mundo musical. A Acrissul é uma entidade que depende dos recursos oriundos da Expogrande para atender suas obrigações ao longo do resto do ano e assim cumprir com sua função social. Administramos um parque de exposições de 180 mil metros quadrados, que com a proibição de shows e eventos se transformará num grande elefante branco, que só gera ônus e nenhum bônus. Sabemos que em 70 anos a cidade evoluiu, ilhou o parque na região, mas sua importância para a cultura e para o lazer do sul-matogrossense continua lá – firme como nunca. Mesmo sob ameaça. A Expogrande não é só a vitrine da pecuária de elite. É a vitrine da pecuária brasileira. Mato Grosso do Sul é uma referência nacional da produção pecuária. E a exposição é o reflexo dessa qualidade que nunca para de crescer. Estamos investindo nossos últimos esforços para salvar a Expogrande. Vamos à Justiça para exigir não a violação às leis e à ordem estabelecida, mas para exigir o direito de que a lei deva ser aplicada para todos. Como previsto na Constituição. Ainda queremos fazer desta a melhor exposição de todos os tempos. Mais do que nunca, agora depende de todos. Acrissul convida presidente Dilma para Expogrande A Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) mobilizou a bancada federal, através do deputado federal Vander Loubet e do senador Delcídio Amaral, para encaminhar um convite oficial para a presidente Dilma Rousseff participar da cerimônia de abertura da Expogrande 2012, no dia 12 de abril. O convite será entregue à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Em 2010 (foto) uma comitiva da diretoria da Acrissul levou o convite para então ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, que não pode comparecer mas enviou como representante o ministro Paulo Bernardo. Setores do comércio, restaurante e hotelaria apóiam a realização da Expogrande Campo Grande está entre os cinco mais importantes destinos do país quando o assunto é feira agropecuária. Tudo isso graças a Expogrande, evento anual realizado pela Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul desde 1933 e que corre o risco de não acontecer ou não ser realizada da maneira tradicional. Relevante para a capital e Estado, a feira traz forte impacto para o comércio e setor hoteleiro. “O impacto positivo da Expogrande sobre o comércio local é enorme. Basta relacionar as atividades temporárias que acontecem dentro do parque de exposições, as pessoas que circulam, a geração de trabalho, renda e impostos. É um evento vital para a cidade”, explicou Omar Andrade Aukar, presidente da Associação Comercial de Campo Grande. “O risco da feira não acontecer tira Campo Grande e Mato Grosso do Sul do circuito das grandes feiras do país. Vai prejudicar os negócios em leilões, no transporte, hotelaria e a economia de forma geral”, ressaltou Omar Aukar, lembrando BOLETIM DA ACRISSUL - ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO DO SUL que a Expogrande traz visitantes de outros centros de desenvolvimento da bovinocultura, para buscar genética na cidade. “É muito difícil falar em Campo Grande sem falar na Expogrande, ano passado tivemos uma explosão de artistas de nossa terra, estamos no momento de ver eles de volta na nossa feira e trazer alegria para o público”, afirmou Aukar. Quem divide da opinião de Aukar é Gilberto Pertinari presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e similares. Para ele, a Expogrande é essencial para Campo Grande. “Somos uma cidade que cada vez mais se destaca por conta do turismo de eventos e temos no mês de abril a Expogrande, referência para cidade. Contamos com ela”, explicou. “A feira traz desenvolvimento econômico para o setor, trata-se de um evento consolidado para os negócios e cultura. Lamentaríamos muito caso não tenha a feira e estamos à disposição para que a Expogrande aconteça”, declarou Gilberto Pertinari. 21 FEVEREIRO 2012 Pré-Agenda de Leilões Expogrande 2012 DATA DIA HS EVENTO LOCAL 31/3/2012 2/4/2012 3/4/2012 5/4/2012 7/4/2012 8/4/2012 9/4/2012 sabado segunda terça quinta sabado Domingo segunda 10/4/2012 11/4/2012 12/4/2012 terça quarta quinta 12 hs 19 hs 20 hs 19 hs 12 hs 19 hs 20 hs 19 hs 20 hs 19 hs INICIO EXPOGRANDE 19 hs 19 hs 13 hs 19 hs 19 hs 12 hs 14.30 hs 17 hs 19 HS 12 HS 12 hs 20 hs 19 hs 19 hs 19 hs 21 hs 20 hs 20 hs 19 hs 19 hs 19 hs 19 hs 19 hs 19 hs 12 hs 17 hs 20 hs 12 hs 13 hs 18 hs 19 hs 33º Leilão Nelorão do MS 12º Leilão de Corte Mulher BPW 2º Leilão 3WF´S 3º Leilão Taquari de Corte Expogrande 5º Leilão Brahman de Peso do MS Leilão Só Cruzamento 16º Leilão Melhoradores Leilão Matrizes MM e Fronteira 6º Leilão do Ranking Nelore MS 8º Leilão Produção LS Estancia Orsi Tatersal 1 Tatersal 1 Tatersal 2 Tatersal 1 Tatersal 1 Tatersal 1 Tatersal 2 Tatersal 2 Taersal 1 40º Leilão LS 11º Leilão Bezerros do MS - Ranking Leilão de Corte Capitaliza 5º Leilão Reprodutores Progenel 2º Leilão King Horse Sale - QM & PH 14º Leilão Touro Jovem - IPB 4º Leilão Goya Galiléia Leilão União da Raça Crioula (EQUINOS) 11º Leilão Matrizes do Futuro - Ranking Leilão de Gado Leiteiro Faz Stª Helena 13º Leilão VR JO 11º Leilão Cavalo Pantaneiro (EQUINOS) Leilão Produção Ouro Verde e São Jose Lageado 26º Leilão Max QM (EQUINOS) Mega Leilão de Corte (AC/ A N) Leilão Prenhezes 42 2º Leilão Agropecuaria Menta e Conv Leilao Toka do Jacare 8º Leilão Bonsmara Leilao Guzera da ZOOM Leilão Top Gir Leiteiro MS 3º Leilão Nelore MM & Fronteira Leilão Produção IATF-Nelore e Cruz.Indust 3º Leilão Força do Senepol - Elite Leilão Touros Campo Grande 16º Leilão Girolando Fazendão 25º Leilão Top MS (EQUINOS) 4º Leilão Matrizes- IPB Leilão de Corte Expogrande 2012 10º Leilão Comitiva 7º Leilão GPL Tatersal 1 Tatersal 2 Tatersal 2 Tatersal 2 Tatersal 1 Estancia IPB Tatersal 1 Tatersal 2 Tatersal 1 Tatersal 2 Tatersal 1 Tatersal 1 Tatersal 2 Tatersal 1 Tatersal 2 Buffet Golden Class Tatersal 2 Tatersal 1 Tatersal 1 Tatersal 2 Tatersal 2 Tatersal 1 Tatesal 1 Tatersal 2 Tatersal 1 Tatersal 2 Tatersal 1 Estancia IPB Tatersal 2 Tatersal 2 Tatersal 1 13/4/2012 sexta 14/4/2012 sabado 15/4/2012 domingo 16/4/2012 segunda 17/4/2012 terça 18/4/2012 quarta 19/4/2012 quinta 20/4/2012 sexta 21/4/2012 sabado 22/4/2012 domingo Agenda provisória, sujeita a alterações e confirmação. Informações: (67) 3345-4200 www.acrissul.com.br BOLETIM DA ACRISSUL - ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO DO SUL 22 FEVEREIRO 2012 Feiras crescem fora do eixo Rio-São Paulo Aumento foi de 44% em cidades de menor porte entre 2009 e 2012; nas duas capitais, foi de 7% NATÁLIA CANCIAN COLABORAÇÃO PARA A FOLHA DA AGÊNCIA FOLHA Estandes à vista A Feiras devem ser realizadas no Brasil neste ano s feiras de negócios estão mais segmentadas, atreladas a palestras e congressos e migrando para cidades fora do eixo Rio-São Paulo. Essa é a avaliação de organizadores, especialistas em negócios e associações do setor consultados pela Folha. De 201 grandes feiras esperadas para este ano, 65 (32%) devem ocorrer fora das duas cidades. Em 2009, foram ao menos 45 (26%) de um total de 172, segundo a Ubrafe (União Brasileira dos Promotores de Feiras). Enquanto o número de eventos cresceu 7,1% nos grandes centros, fora deles o aumento chega a 44% na comparação dos dois anos. Para Gustavo Carrer, consultor do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), essa mudança ocorre devido à migração das empresas para outras regiões. “À medida que os negócios se deslocam, as feiras vão atrás”, diz. A mesma avaliação é feita pelo presidente da Ubrafe, Armando Campos Salles. “Há uma escolha natural pelo local de produção ou pelo destino das mercadorias”, frisa. O presidente da organizadora de feiras Francal, Abdala Jamil, diz que o custo do metro quadrado --mais barato em cidades menores-- e a dificuldade para obter hospedagem em São Paulo também colaboram para a mudança. Foram esses os motivos que fizeram Amilton Mainard participar de feiras de menor porte, há 12 anos. Dono de uma pequena empresa de medidores de espessura, a Mainard, ele decidiu conquistar o público em eventos regionais --mesmo com sede na capital paulista. Hoje o empresário participa de sete por ano e já arrisca feiras maiores. Mas con- 201 Houve aumento de 17% de 2009 (172) a 2012 no número de eventos, segundo a Ubrafe (União Brasileira dos Promotores de Feiras) Principais cidades Locais que abrigarão mais feiras de negócio Belo Horizonte Curitiba Recife Rio de Janeiro São Paulo Vitória Prejuízos tinua indo para outras regiões. “Começo por Novo Hamburgo [RS] e depois vou para outras cidades”, assinala. Já para Larissa Di Pietro, proprietária da Chezi, fabricante de boias, cadeiras flutuantes e artigos para piscina, a experiência de participar de um evento distante da sede da empresa não foi boa. Com pouco mais de um ano de negócio, ela decidiu participar de uma feira em Recife após perceber que tinha dificuldade para vender produtos em São Paulo no inverno. A estratégia não deu o retorno que a empresária esperava. Hoje, ela atribui o problema ao fato de ter escolhido uma feira que estava na primeira edição. Os custos de transporte e hospedagem também pesaram. “Voltei com 90% do estoque de produtos que tinha levado para a feira”, relata. A melhor maneira de escolher o evento é analisar o público e a capacidade de gerar negócios, indica Carrer. 23 FEVEREIRO 2012 ISADORA BRANT/FOLHAPRESS Evento na internet tem rodadas de negócio e estande Elas têm tudo: entrada, espaço de credenciamento, corredores com “visitantes” e estandes. Com uma diferença: estão na internet. As feiras on-line, ainda pouco conhecidas no Brasil, têm sido a opção de empresários para aumentar a chance de negócios. Embora sem estatísticas oficiais, o mercado apresenta crescimento. Ao menos três feiras virtuais ocorreram em 2010. Em 2011, foram 13, segundo levantamento feito pela Folha com empresas organizadoras. Por meio de uma plataforma virtual, é possível escolher as cores do estande e inserir vídeos, contatos e catálogo de produtos. O “visitante” pode marcar empresas favoritas e participar de chats e rodadas de negócio. O custo de contrato e manutenção do espaço varia de R$ 500 a R$ 1.500 --valores próximos ao do metro quadrado em feiras presenciais. Em geral, as feiras virtuais complementam as físicas e duram três meses após o início delas. Mas há exemplos de eventos exclusivamente on-line, como a ExpoBaby (www. expobusi ness.com.br/expobaby), de produtos para gestantes. Renata Aranha, diretora da Danny Luvas, participou da ExpoSST (www.expo business.com. br/expo sst), feira de segurança no trabalho, e diz que conseguiu fechar negócios. Mas não conseguiu fazer tudo on-line. Foram necessários telefonemas e visitas, diz. Amilton Mainard em seu escritório. Ele fabrica medidores e balanças e participa sempre de feiras Empresa de um sócio tem baixa adesão na 1ª semana Falta de informação faz interessados pelo modelo postergarem inscrição ALESSANDRO SHINODA/FOLHAPRESS PATRÍCIA BASILIO DE SÃO PAULO DA AGÊNCIA FOLHA Há quase uma semana em vigor, a Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada) caminha a passos lentos. De segunda a sexta-feira, 41 empresas foram protocoladas -entre constituições e migrações de modelo- na Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo). No Rio de Janeiro, uma foi constituída. Criado em 2011, o formato permite a empresários abrir negócio sem sócio e resguardar os bens pessoais ao separá-los do patrimônio social do empreendimento. A adesão “inexpressiva” deve-se à demora na divulgação da regulamentação da lei -publicada em novembro de 2011- e à dificuldade para aplicá-la, pondera José Constantino de Bastos Júnior, presidente da Jucesp. “Faltou informação para o empresário. Esperamos para analisar as normas, mas elas só vieram no fim do ano”, assinala. O veto à abertura da Eireli por pessoas jurídicas, imposto pelo DNRC (Departamento Nacional de Registro do Co- Exigência de capital social adia inscrição Para abrir uma empresa de tradução há dois anos, a professora de letras Damiana de Oliveira, 28, teve de constituir sociedade limitada. Sócia majoritária, deixou cota de 10% a uma amiga para cumprir as exigências da legislação. Com a vigência da Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada), a empresária pensou em migrar para o modelo. A ideia, no entanto, dissipou-se quando soube da necessidade de ter capital social de cem salários mínimos (R$ 62,2 mil). Diretor administrativo da A10TI Distribuidora de Software Eireli, Belmir Menegatti, 48, primeira em SP a se cadastrar na Eireli mércio), resultou em “esvaziamento” de interessados, diz. Na prática, uma empresa ou um grupo não podem abrir uma Eireli para expandir suas atividades -apenas o empresário, como pessoa física. A decisão, segundo Romulo Rocha, coordenador-geral do DNRC, “reflete o entendimento prevalente no meio jurídico e entre procuradores das juntas comerciais”. Alguns pontos ainda estão em debate. O Supremo Tribunal Federal deve analisar tópicos como “É uma exigência ridícula. Pequenos negócios como o meu não têm condições de acumular esse montante.” o valor do capital social exigido (R$ 62,2 mil) e sua indexação ao salário mínimo. Com as indefinições, advogados e contadores aconselharam clientes a esperar a maturação do modelo. O advogado Rodrigo de Camargo foi um deles. “Só valerá a pena apostar na lei quando ela for definida.” Amadurecimento Esse também é o posicionamento do tributarista Miguel Silva. “Jogaram um balde de água fria vetando o que havia sido aprovado”, diz ele, sobre a proibição de pessoa jurídica abrir Eireli. Disposto a dar fim a uma sociedade de três anos em empresa de construção civil devido a desentendimentos com o sócio, Nilton Neres, 38, orientado por seu contador, decidiu esperar ao menos uma semana para migrar para a Eireli. “Quero continuar meu trabalho sem pedir favor [para abrir sociedade] a ninguém.” 24 FEVEREIRO 2012 FOTO: DIVULGAÇÃO OCB MS Entrevista Rogério Coan “Pesquisa feita com 1.400 pecuaristas mostra que 99,89% não sabiam dizer qual o custo por arroba produzida (...)” A Folha do Fazendeiro entrevistou o diretor técnico da Coan Consultoria, Rogério Coan, zootecnista, mestrado e doutorado em Produção Animal. O tema recorrente na atividade pecuária: custos de produção. Além disso, Coan falou sobre confinamento e sobre o 7º Encontro de Confinamento que acontece no mês de março em Ribeirão Preto. “Produtor desconhece o quanto gasta para produzir uma arroba” Folha do Fazendeiro – No seu entenna relação de desembolsos financeiros dimento, o produtor rural conhece em cada setor da fazenda (administraos seus custos de produção? ção, nutrição animal, insumos agropecuRogério Coan – Não, o produtor ários, sanidade, salários, manutenções, infelizmente não conhece o custo de impostos e taxas, alimentos, reprodução produção na fazenda. Para reforçar essa e inseminação, investimentos, etc). Os questão vou fazer uso de uma pesquisa itens podem variar de uma propriedade de mercado que fizemos juntamente com maior intensificação do que outra com a Academia da Pecuária com mais de menor, uma vez que normalmente esde 1.400 pecuaristas. A resposta a essa tratificamos mais os centros e classes de pergunta é que 99,89% dos pecuaristas custos. Mas isso é uma questão de “prenão sabiam dizer qual o custo por arroba ciosismo”, pois com os mesmos centros e produzida, custo classes de custos por arroba engorpodemos admidada, custo por nistrar qualquer arroba estocada fazenda, indepene custo por hectadentemente do re. Falar em lucro nível tecnológico Acredito que o então é algo muito e tamanho. Vale confinamento se encaixa distante para os ressaltar que as pecuaristas entredepreciações das perfeitamente no vistados. Foi por instalações, pastasistema de produção de isso que desenvolgens, benfeitorias países tropicais como vemos uma ferrae maquinários menta em Excel, fazem parte do o Brasil, pois temos que chama-se PEcusto de produestações climáticas CGESTOR-GR, de ção e, para isso, o forma que o pecuapecuarista deverá muito bem definidas na rista pudesse ter o contabilizá-las na maioria das regiões. custo de produção avaliação dos cusnão mão e tomar tos e resultados. decisões acertadas na condução do seu Os indicadores de eficiência produtiva negócio. (zootécnica e agronômica) são relevantes para avaliar se a fazenda está conQuais são os fatores determinantes duzindo bem suas atividades produtivas. no custo de produção da pecuária? É como mensurar em um veículo o conOs fatores determinantes referem-se sumo por km rodado. Se o consumo for aos centros, classes de custo e indicadoalto, algo está errado. Na pecuária não res de eficiência produtiva ou zootécnica. é diferente. É necessário avaliarmos a Os centros e classes de custo implicam mortalidade, taxa de prenhez, taxa de desmama, peso ao abate, produtividade (@/ha/ano) e com isso fazer os ajustes necessários para que a propriedade melhore seus números gradativamente. Por muito tempo o pecuarista esteve mais ou só preocupado com o valor da arroba do que com o valor investido para se produzir. Essa realidade tem mudado? Com certeza essa preocupação ainda persiste para alguns pecuaristas e a explicação é fácil, no meu entender. Pelo fato de não saberem os custos de produção, quanto maior a remuneração da arroba maior será a tranquilidade do pecuarista em produzir, uma vez que ele não consegue aferir se está tendo lucro ou prejuízo e com uma arroba mais cara ele pode se dar ao luxo de dizer que está bom ou ótimo. A questão é que o pecuarista não deve se preocupar somente com a remuneração da arroba, pois o mais importante é saber a qual custo ele está produzindo e qual a margem de lucro diante daquela remuneração da arroba, pois na verdade o pecuarista produz um produto e vende sem saber se está tendo lucro ou prejuízo. Já imaginou uma indústria que produz carne e não sabe o custo de produção? Como essa indústria vai permanecer em um mercado tão competitivo. Difícil, não é? Em qual momento o confinamento se apresenta como a solução mais viável? Acredito que o confinamento se encaixa perfeitamente no sistema de produção de países tropicais como o Brasil, O maior componente do custo operacional de um confinamento refere-se aos animais, seguido pela alimentação. pois temos estações climáticas muito bem definidas na maioria das regiões. No verão temos todos os fatores favoráveis (temperatura, umidade e luminosidade) para uma maior taxa de crescimento e capacidade de suporte das pastagens. Já no inverno, as condições são adversas, o que implica em menor crescimento do capim e, consequentemente, em menor capacidade de lotação das pastagens. Com isso, fica fácil de entender que o confinamento é uma estratégia que se encaixa perfeitamente nesse modelo de produção, pois permite “aliviar” a taxa de lotação das pastagens em um momento onde as pastagens já não apresentam capacidade de crescimento e produção. Com a tecnologia do confinamento o pecuarista “protege” suas pastagens do uso exaustivo, que levaria à degradação e ainda aumentar a produtividade da fazenda. Ter um confinamento em sua propriedade é para todo pecuarista? O confinamento é hoje uma tecnologia acessível a todo pecuarista, com certeza. Digo isso porque a tecnologia em nutrição animal evoluiu tanto que hoje já confinamos sem a necessidade de utilização de alimentos volumosos. Para isso, basta o pecuarista comprar milho em grãos e um núcleo peletizado e a dieta estará pronta. Esse tipo de tecnologia viabilizou o confinamento 25 FEVEREIRO 2012 E NTREVISTA de pequenos números de animais, pois o investimento é praticamente direcionado à montagem de uma linha de cochos e bebedouros e até uma “manga” do curral pode ser adaptada ao confinamento dos animais. Só não confina nos dias de hoje quem não quer... Para o confinador, quais itens devem ser observados para diminuir custos? O maior componente do custo operacional de um confinamento refere-se aos animais, seguido pela alimentação. Com isso, para o pecuarista que deseja reduzir os custos de produção, este deverá ter muita habilidade na produção ou compra do animal que será confinado. Um custo de produção elevado ou uma compra mal feita poderá, com certeza, inviabilizar a operação de confinamento. A compra de insumos seria o segundo item de maior custo e, por isso, há a necessidade de um planejamento muito bem elaborado para se comprar os insumos (milho, sorgo, aveia, casca de soja, farelo de soja, caroço de algodão polpa cítrica, entre outros) na hora certa. A hora certa acaba sendo a safra e é por isso que informações sobre o mercado de commodities e insumos são relevantes para a condução da atividade do confinamento. A Coan é realizadora do 7º Encontro Confinamento em Ribeirão Preto no mês de março. Quais serão os temas abordados? Estaremos abordando assuntos ponresultado econômico no confinamento. tuais e de relevância para o pecuarista, No confinamento, como acontece o seja ele confinador ou não. No dia sete controle de investimentos e resultados? de março teremos a pecuária de corte De maneira geral, em um projeto de brasileira e suas novas estratificações; confinamento dimensionamos, em virtuperspectivas do mercado de commodide do número de animais confinados, as ties; pecuária do futuro: como será e instalações, benfeitorias e maquinários como chegar lá; para a correta manejo operaciooperacionalizanal de grandes ção do mesmo. confinamentos; Diante disso, esestratégias de taremos avaliancompra de boi do a necessidade De maneira geral, o magro e venda de investimento, confinador brasileiro de boi gordo pela os custos de proBM&F e uma dução e os resulse preocupa mais com mesa redonda que tados esperados, o peso e rendimento vai tratar do risco para diferentes compartilhado na cenários de precide carcaça do que cadeia de produficação da arroba. com uma carcaça mais ção e atendimenEm um conpadronizada e que vá de to do consumidor finamento já interno externo. encontro com os anseios implantado, os No segundo dia do investimentos dos frigoríficos. evento (08/03/12), são dimensionavamos trabalhar dos em função o gerenciamenda capacidade to da informação no confinamento; operacional já instalada. Se o sistema cruzamento industrial: eficiência protem uma boa estrutura operacional e dutiva e econômica no confinamento; a atividade apresenta bons resultados modulação dos custos e resultados do técnicos e econômicos, os investimentos confinamento via promotores de eficisão direcionados somente na ampliação ência alimentar; tecnologias em saúde do projeto. Agora, se os resultados não animal para incremento da produtisão satisfatórios por questões operaciovidade no confinamento; viabilidade nais (dimensionamento errado), deve-se técnica e econômica da floculação de então avaliar os investimentos necesságrãos no Brasil e a eficiência biológica x rios para se buscar a máxima eficiência econômica do sistema, seja na aquisição de novos equipamentos, maquinários ou até na construção de barracões. Em itens como padrão de carcaça, terminação, a questão do animal inteiro ou castrado. Hoje o confinamento faz um produto que o frigorífico deseja? De maneira geral, o confinador brasileiro se preocupa mais com o peso e rendimento de carcaça do que com uma carcaça mais padronizada e que vá de encontro com os anseios dos frigoríficos. Na verdade, o confinador e também o pecuarista tradicional se preocupa em obter o mínimo de acabamento (3 mm), de forma que a carcaça não seja penalizada por falta de cobertura de gordura, que traria prejuízos ao frigorífico em relação à preservação pelo frio. Em relação aos animais serem castrados ou inteiros, na maioria dos confinamentos os animais são inteiros, uma vez que nesses animais há maior desempenho zootécnico quando comparado aos animais castrados. Logicamente que para os frigoríficos seria muito melhor que o confinador utilizasse animais castrados, pois com certeza ele teria melhor resultado financeiro ao processar uma carcaça com maior rendimento de cortes de traseiro e melhor proteção ao frio (gordura) quando comparado com os animais inteiro (maior rendimento de dianteiro e menor proteção ao frio - pouca gordura de cobertura). 26 FEVEREIRO 2012 Agro&Energia Demanda por etanol permanece estável em janeiro Na primeira quinzena de janeiro o volume processo foi de 465 mil toneladas, com 10 unidades em operação O volume de cana-de-açúcar processado pelas unidades produtoras da Região Centro-Sul do País, desde o início da safra 2011/2012 até 16 de janeiro de 2012, atingiu 492,70 milhões de toneladas. O número representa queda de 11,53% ante as 556,95 milhões de toneladas registradas na safra 2010/2011. Na primeira quinzena de janeiro, o volume processado foi de apenas 465,37 mil toneladas, já que apenas 10 unidades produtoras estavam em operação (três no Estado do Espírito Santo, quatro no Mato Grosso do Sul, duas em Minas Gerais e uma no Paraná). O diretor técnico da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), Antonio de Padua Rodrigues, afirma que “conforme já havíamos adiantado no último informe à Imprensa, o volume de cana a ser processado neste início de ano é residual.” Diferente do observado em outros anos, apenas cinco unidades produtoras devem continuar moendo cana na segunda quinzena de janeiro, acrescentou o executivo. Produção de açúcar e etanol A produção acumulada de açúcar desde o início da safra até 16 de janeiro de 2012 somou 31,19 milhões de toneladas, contra 33,50 milhões de toneladas no final da última safra, uma redução de 6,91%. Já o volume total de etanol hidratado alcançou 12,71 bilhões de litros, queda de 29,30%, ante os 17,97 bilhões de litros produzidos na safra 2010/2011. Já a produção de etanol anidro apresentou crescimento de 6,29% quando comparado à safra passada: até 16 de janeiro de 2012 foram produzidos 7,88 bilhões de litros do produto, total superior aos 7,41 bilhões de litros na safra anterior. ARQUIVO | UDOP Venda de etanol pelas unidades produtoras do Centro-sul totalizaram 627 milhões de litros em 15 dias de janeiro Conforme enfatiza Rodrigues, “foram importados 790,38 milhões de litros de etanol anidro pela região Centro-Sul desde o início da safra, em abril, até a primeira quinzena de janeiro, aumentando a oferta do combustível ao mercado interno.” Vendas de etanol As vendas de etanol pelas unidades produtoras da região Centro-Sul totalizaram 627,06 milhões de litros nos primeiros quinze dias de janeiro. Desse total, 619,02 milhões de litros foram destinados ao mercado interno, e apenas 8,04 milhões foram exportados. Para o diretor da UNICA, “os primeiros 15 dias de janeiro apresentaram vendas de etanol no mercado interno dentro do esperado; a retração observada em relação ao volume vendido em dezembro é natural devido à sazonalidade do consumo de combustíveis, com menor demanda nos meses de janeiro e fevereiro.” As vendas de etanol anidro para o mercado interno, nos primeiros quinze dias de janeiro, totalizaram 255,64 milhões de litros, abaixo dos 277,76 milhões de litros comercializados nos últimos 15 dias de dezembro. Já as vendas de hidratado totalizaram 363,38 milhões de litros na primeira quinzena de janeiro, contra 410,04 milhões de litros observados na segunda quinzena de dezembro. Rodrigues explica que “nas últimas quatro semanas, o preço do etanol hidratado vendido pelo produtor recuou quase R$ 0,10 por litro, chegando a R$ 1,09/l na semana passada.” Se essa queda for repassada ao preço de bomba, haverá uma leve recuperação da demanda de etanol hidratado em algumas regiões, acrescenta o diretor técnico da UNICA. No acumulado desde abril de 2011, as vendas de etanol anidro pelas unidades produtoras do Centro-Sul totalizaram 6,47 bilhões de litros, sendo 626,12 milhões de litros destinados ao mercado externo e 5,84 bilhões de litros ao mercado doméstico – aumento de 9,85% em relação ao volume observado no mesmo período da safra passada. Destaca-se que as vendas internas de etanol anidro incluem os volumes importados por produtores e não produtores. As vendas acumuladas de etanol hidratado atingiram 10,41 bilhões de litros até 16 de janeiro, queda de 31,64% em relação ao valor observado em igual período da safra 2010/2011 (15,23 bilhões de litros). Do total vendido nesta safra, 1,02 bilhão de litros foram destinados ao mercado externo, e 9,39 bilhões ao mercado doméstico. 27 FEVEREIRO 2012 DIVULGAÇÃO A GRO&ENERGIA Diesel menos poluente encalha nos postos Apenas veículos fabricados em 2012 são obrigados a abastecer com o S50, o que limita a demanda pelo produto TATIANA FREITAS DE SÃO PAULO AGÊNCIA FOLHA O diesel menos poluente S50, que começou a ser vendido neste ano no varejo de combustíveis, encalhou nos postos por falta de demanda. Apenas veículos com motores adaptados ao novo diesel, produzidos a partir deste ano, são obrigados a abastecer com o S50 -caso contrário, o motor será danificado. Como praticamente não há veículos fabricados em 2012 em circulação, o con- sumo do S50 está limitado a “curiosos”, segundo representantes de distribuidoras e postos. “Apenas donos de camionetes estão comprando o S50”, diz Ricardo Hashimoto, diretor de postos de rodovias da Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis). Veículos fabricados até o ano passado podem ser abastecidos com o S50, mas os benefícios ambientais são limitados. Por isso, a produção e o abastecimento do S50 foram planejados para atender à nova frota. Os donos de postos, no entanto, estão decepcionados com o movimento. “Esperávamos que um caminhão se- minovo também abastecesse com o S50, mas nem isso está acontecendo, porque o preço do novo diesel encarece o frete”, diz José Alberto Gouveia, presidente do Sincopetro (sindicato dos postos de São Paulo). Dependendo da região, o novo diesel chega ao consumidor por um preço de R$ 0,12 a R$ 0,16 maior do que o S500, que é o mais comum hoje nos grandes centros urbanos, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo). Nas refinarias da Petrobras, a diferença é de R$ 0,06 por litro. “O preço é uma barreira para adesão ao novo diesel. A experiência do carro flex nos mostra que o consumidor migra de acordo com o preço”, diz Allan Kardec Duailibe, diretor da ANP. Problemas Os estoques altos preocupam o setor. “Se veículos novos não são vendidos, cria-se um problema. O mercado de combustíveis não pode ficar refém de uma expectativa de venda”, diz Kardec. A ANP obrigou 4.200 postos no país em que o número de bicos de diesel supera o de outros combustíveis a vender o S50 a partir do dia 1º. “O posto é obrigado a tirar um equipamento produtivo na venda de diesel normal por outro que vende muito pouco, gerando ineficiência”, diz Alísio Vaz, presidente do Sindicom (Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis). Na sexta-feira, dia 20, de 8 postos fiscalizados pela ANP na Grande São Paulo, 2 foram multados por não ter o S50 em seus tanques. A manutenção da qualidade do combustível é outra preocupação do setor. A ANP estabelece prazo de 30 dias para o diesel ficar armazenado nos tanques dos postos. “Se ficar muito tempo parado, o produto pode se degradar e trazer sérias sanções ao dono do posto”, diz Hashimoto, da Fecombustíveis. Veículos não adaptados ainda estão à venda As vendas, pelos fabricantes, de caminhões e ônibus que utilizam o diesel mais poluente continuam até o fim de março. Segundo a Fenabrave (federação dos distribuidores de veículos), após esse prazo os veículos podem ser adquiridos em revendedoras. No prazo, fabricantes e distribuidores esperam comercializar todo o estoque nacional, que hoje representa 40 dias, segundo dados do setor. No ano, a fabricação de caminhões e ônibus fechou 10,7% acima das vendas. Segundo o presidente-executivo da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, ainda há interesse pelos veículos. “Os fabricantes anteciparam a produção e agora eles têm até o fim de março para repassar e cumprir a regra”, disse. O vice-presidente de vendas da Mercedes-Benz, Joachium Maier, afirmou que o estoque próprio do modelo anterior é menor que um mês. “Nós produzimos conforme a demanda do mercado e agora estamos vendendo”, disse. A Anfavea (associação dos fabricantes) afirmou que considera o estoque normal para o período e que as montadoras já dispõem dos novos modelos de caminhões e ônibus. Em 2011 foram fabricados 263.835 caminhões e ônibus, segundo o setor. (Venceslau Borlina Filho, Agência Folha, de São Paulo) 28 FEVEREIRO 2012 ARQUIVO | FAEG Análise Energia Produtores europeus de açúcar ganham competitividade PLINIO NASTARI ESPECIAL PARA A FOLHA A bem-sucedida ação iniciada em 2002 pelo Brasil na Organização Mundial do Comércio contra exportações subsidiadas de açúcar da União Europeia, e que contou com a adesão da Austrália e da Tailândia, motivou a grande reforma do regime comum europeu para o açúcar. A decisão final do Órgão de Solução de Controvérsias, de 2005, limitou as exportações subsidiadas europeias a 1,3 milhão de toneladas, fez com que a Comissão Europeia reduzisse o preço mínimo de garantia da beterraba e implementasse leilões pelos quais produtores menos eficientes poderiam vender suas cotas de produção, posteriormente remanejadas para outros produtores, ou eliminadas. As transformações causadas por essa ação foram profundas para toda a indústria europeia, com o fechamento de dezenas de usinas, a extinção da produção na Grécia, em Portugal, na Irlanda e na Finlândia e a redução significativa na Itália, na Holanda e na Espanha. As exportações europeias caíram de 6,6 milhões para 2 milhões de toneladas entre 2005 e 2010. O país que mais se beneficiou dessa ação foi o Brasil, que, no mesmo período, aumentou as exportações de 13,3 milhões para 28 milhões de toneladas. No mês passado, a França comemorou 200 anos de introdução da beterraba açucareira, trazida da Prússia por Napoleão, em 1811, para contornar o bloqueio continen- tal imposto pela Inglaterra. A Confederação Geral dos Produtores de Beterraba da França promoveu uma reunião especial para comemorar o bicentenário. Uma semana antes do evento, a Direção Agrícola da Comissão Europeia anunciou a intenção de eliminar por completo o sistema de cotas de produção em 2015. Os produtores franceses são os mais eficientes e competitivos da Europa. Nos últimos cinco anos, se reagruparam, reduziram a área cultivada nas regiões menos produtivas e realizaram enorme esforço para aumentar a produtividade, que subiu de 11,5 para 16 toneladas de açúcar por hectare. A INTENÇÃO DE ELIMINAR por completo as cotas de produção representa novo choque de liberação e, até que seja implantada, se isso ocorrer, vai encontrar muitas resistências. Porém a posição relativa de competitividade no mercado mundial dos produtores da França e da Alemanha mudou muito, e melhorou graças à reforma do regime comum europeu e à perda de competitividade do Brasil, que tem vários fatores explicativos, mas tem a valorização do real como o principal. Em 2002, o diferencial de custo entre o Brasil e a França era de 300%. Atualmente, essa diferença é de aproximadamente 30%. A reforma gerada pela ação do Brasil na OMC foi muito dolorosa, mas permitiu que os produtores europeus tenham atingido um novo patamar de competitividade. PLINIO NASTARI É MESTRE E DOUTOR EM ECONOMIA AGRÍCOLA E PRESIDENTE DA DATAGRO CONSULTORIA. Mato Grosso comemora 16 anos sem registrar nenhum caso de febre aftosa no Estado Pecuaristas do MT gastaram R$ 63,1 milhões com vacinas contra aftosa em 2011 Estado obteve o melhor índice de imunização registrado: 99,6% Os pecuaristas de Mato Grosso desembolsaram R$ 63,1 milhões só com a compra de vacinas contra a febre aftosa em 2011 para imunizar o maior rebanho de gado de Brasil nas etapas de vacinação de maio e novembro. “Esse é um gasto que o pecuarista faz somente com a compra das vacinas, mas o montante é bem maior no processo de vacinação, porém o produtor tem consciência da importância dessa imunização para continuarmos exportando para mais de 180 países”, frisou o superintendente da Acrimat – Associação dos Criadores de Mato Grosso – Luciano Vacari. O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) divulgou os resultados da etapa de vacinação de novembro de 2011em todo rebanho. Os dados demonstram que se obteve o melhor índice de vacinação espontânea já registrada no Estado com 99,76% do rebanho. Foram vacinados 29.122.232 animais em 108.359 propriedades rurais que produzem gado nos 141 municípios mato-grossenses. O rebanho total cresceu 1,5% com relação a 2010 e chegando a 29.193.319 cabeças. Com esse montante, Mato Grosso continua no topo de ranking como o maior produtor de gado do Brasil. Para vacinar todo esse gado o pecuarista gastou R$ 44,66 milhões, pagando um preço médio pela dose de R$ 1,53, segundo levantamento feito pelo Imea – Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária. O histórico de Mato Grosso quanto a imunização do rebanho contra a febre aftosa levou o estado a comemorar 16 anos sem registrar nenhum caso da doença. Esse fato desencadeou um processo de eliminação nas etapas de vacinação. Mato Grosso chegou a ter 04 etapas de vacinação contra febre aftosa. A partir de 2009 passou para 03 etapas, sendo uma em fevereiro para animais de zero a 12 meses da fronteira com a Bolívia, em maio para animais de 0 a 24 meses e outra em novembro para animais de todas as faixas. A partir deste ano a etapa de fevereiro também foi retirada do calendário. “O Indea fez um levantamento sorológico minucioso e constatou que os animais de zero a 12 meses localizados na fronteira e que recebiam vacina em fevereiro apresentavam a mesma imunidade que os demais animais dessa faixa etária que não eram vacinados nesse período”, disse o presidente do Indea, Valney Souza Côrrea. Diante disso, foi feita a solicitação junto ao Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – para retirada da etapa de vacinação de fevereiro. Ele ressaltou que os produtores da Bolívia continuarão recebendo a doação de vacinas contra aftosa. No ano passado foram 190 mil doses repassadas aos produtores bolivianos. 29 FEVEREIRO 2012 Real H, 27 anos de crescimento e inovação Uma história de sucesso surge de oportunidade, confiança e de muito trabalho. E são esses os pilares que baseiam a história da Real H, o maior e mais importante laboratório homeopático da América Latina, que no dia 8 de fevereiro de 2012, completou 27 anos de constante inovação no mercado de nutrição e saúde animal. A Real H existe desde 1985, quando iniciou suas atividades como loja de produtos veterinários e artigos para fazendas no município sul-mato-grossense de Ribas do Rio Pardo. Quatro anos depois, em 1989, uma pequena fábrica destinada à produção de suplementos minerais foi inaugurada, dando início a uma nova fase para a organização. No período entre 1985 e 1988, um fato ocorrido nas fazendas do Centro-Oeste causou a morte de mais de 70 mil cabeças de gado. Enquanto os cientistas afirmavam que eram casos de botulismo, a teoria foi logo descartada pelo Médico Veterinário Homeopata Dr. Claudio Real, que com base em mais de 45 anos de estudo de homeopatia, tinha certeza de que o problema era outro. “Realizamos estudos e análises de dosagens bioquímicas, e constatamos que o problema não era botulismo, era um problema mineral. Decidimos utilizar a homeopatia, não como tratamento de cura, mas para melhorar a absorção de cálcio e de outros nutrientes”, afirmou. Os testes com 600 animais duraram quase dois anos, e por se tratar de um rebanho, idealizou-se a mistura da homeopatia no suplemento animal. Ao final dos testes ficou comprovado que a homeopatia era efetiva nesta forma de aplicação coletiva, e os resultados foram surpreendentes. Na ocasião, surgia no mundo a primeira aplicação em caráter populacional para bovinos, sem estresse para os animais, já que o gado se automedicava no cocho, sem a necessidade de levá-los ao brete. A Real H As pesquisas do Dr. Claudio Real marcaram um novo período para a Real H e para a pecuária nacional. Mas todo esse sucesso aconteceu porque seus dois filhos acreditaram que a incorporação da homeopatia poderia auxiliar os produtores rurais. Marcelo Renck Real e Mário Renck Real, Crônica do mês Situações indesejáveis São muitas as situações constrangedoras que temos de enfrentar nesta vida. Lembro - me de algumas, particularmente, engraçadas para quem assiste de camarote e muito desagradáveis para quem as passa. O casamento era simples. No almoço, servido aos convidados, macarronada com frango. Para tomar, vinho de garrafão e Tubaína. A festa, um baile numa barraca de lona, armada no terreiro, em frente à casa do noivo. Para animar, um pobre conjunto composto por sanfona, violão e pandeiro. Chovia muito e já chegamos, ao sitio, molhados e enlameados vindos da cidade. A noite prometia e nada nos tirava o ânimo de dançar madrugada afora, afinal, este tipo de acontecimento era muito raro e esperado lá na roça. Os recém - casados extravasavam alegria. E assim que chegaram à barraca, foram convidados, pelo sanfoneiro, a dançarem a valsa - como era de costume. A música escolhida e tocada pela chorosa sanfona foi - Saudade de Matão, uma composição, do inesquecível Mario Zan. O noivo, já, meio “tchuco” pelo vinho, pouco acima “do nível”, e querendo caprichar nas rodopiadas, acabou perdendo o equilíbrio e estatelando-se no chão. Pior, arrastou a pobre noiva junto. Aos recém, agora, enlameados só restou uma opção trocarem de roupa enquanto os convidados riam muito sem parar, no entanto, sem interromper o baile. Eu mesmo passei por algumas situações desagradáveis. A primeira diz respeito ao exame de fezes, daqueles de antigamente, onde o conteúdo era acondicionado num vidro de Toddy ou em lata de manteiga vazia. Eu rezava para a farmácia estar inabitada, quando da entrega do produto para análise laboratorial, mas, isso, quase nunca acontecia. Que vergonha quando o farmacêutico, cínico por sinal, me perguntou em alto e bom som, o que eu desejava, mesmo sabendo o motivo. Faltava-me coragem para lhe dizer: vim trazer as fezes para examinar. Lá na roça, a gente chamava de m... ou de b... mesmo. Foi na cidade que inventaram este nome fezes que, para nós, soava afrescalhado. Tenha a também médicos veterinários, decidiram tomar a frente da empresa e assumiram, juntamente com Jorge Leite e Cláudia Maria Real Leite, o processo de expansão. Hoje a Real H possui mais de 250 funcionários e uma rede de colaboradores e distribuidores que estão presentes no Brasil, Paraguai e expandindo as negociações para outros países da América Latina. Sua sede se transferiu para Campo Grande (MS), e por questões estratégicas, possui filiais em Cuiabá (MT) e Ji-Paraná (RO). Seu laboratório é considerado o maior laboratório homeopático da América Latina, e em seu mix estão dezenas de produtos da Linha Saúde, Linha Nutrição e da Homeopet, esta última direcionada a pequenos animais. Os números expõem a grandiosidade da empresa, e mostram o comprometimento das pessoas envolvidas em seu crescimento. “Neste momento em que comemoramos mais um aniversário ficamos extremamente felizes, pois é com o trabalho e dedicação de todos os colaboradores, e o reconhecimento de nossos clientes, que continuamos nossa trajetória com sucesso”, ressaltou o Diretor Comercial Marcelo Renck Real. A luta para vencer desafios é constante, e o crescimento sustentável é uma obrigação. “Nesses 27 anos temos desenvolvido políticas e projetos que contribuem para a conscientização de nossos funcionários, seus familiares e a comunidade sobre a importância do respeito e conservação dos recursos naturais utilizados no dia-a-dia”, comentou o Diretor Técnico Mário Renck Real. Um dos projetos mais conhecidos é o Ciclos Reciclagem, desenvolvido para conscientizar os colaboradores sobre as questões do meio ambiente. A intensa participação dos funcionários mostra o compromisso com as ações da empresa. “Temos que agradecer o empenho e o comprometimento de todos que, ao longo destes 27 anos, trabalham e contribuem para crescermos juntos”, afirmou Claudia Real Leite. A Real H busca os padrões de excelência investindo nas competências individuais e na valorização do trabalho, sempre visando proporcionar melhor qualidade de vida aos envolvidos na cadeia produtiva de alimentos, bem-estar à sociedade, e seu crescimento sustentável. “Do mais humilde funcionário, até o mais graduado, todos fazem parte do sucesso desta empresa. A Real H realmente constitui uma grande família”, completou Dr. Claudio Real. Osvaldo Piccinin | [email protected] santa paciência! Capiau dando uma de fino - destoa! - Caprichou no volume heim? Nem precisava tanto! Disse - me o atrevido farmacêutico. Graças a Deus que este maldito exame se modernizou, e a discrição se faz presente. Às vezes chega no laboratório disfarçado num tupperware. Até a embalagem ganhou status - coletor de amostras! É o nome dado ao potinho com tampa vermelha! Logo após minha vasectomia fui fazer um espermograma, para testar a esterilidade. Esse sim é de lascar amigo! A atendente, uma moça bonita, me cumprimentou dizendo: - pois não? Em que posso lhe ajudar? Bem que eu pensei: ah se você, realmente, pudesse me ajudar, tudo seria mais fácil! - Eu vim fazer um espermograma, senhorita. Em seguida me trouxe um coletor. Conduziu-me até uma baia com um potinho na mão, onde fiquei isolado e sem ação, tentando me recuperar da falta de ar e da vergonha sentida. Notando minha demora, ela sutilmente, me perguntou: - está tudo bem aí, Osvaldo? Apenas respondi: - humm! Vou falar o que, num momento, com meio caminho andado? Olhei para os lados, procurei uma revista Playboy e nada. Pensei, mas que laboratório sem criatividade! Vou reclamar. Imaginei. Para desistir em seguida. Fingindo estar cheio de moral e com a missão cumprida, dirigi-me ao balcão. Sem encarar a moça, e com voz firme indaguei-lhe: - quando sai o resultado? - Senhor, se não precisar repeti-lo, em uma semana estará disponível. Pode ser pela internet, se o senhor preferir. O que? Repetir? Nem pensar, capriche na análise, porque aqui não volto mais. - Sabe senhor é que muitas vezes, logo após a vasectomia, acontece do paciente não produzir material suficiente para a análise. - Espero não ser este o meu caso, senhorita! Até hoje não voltei para buscar o exame. A santa internet me salvou. Anos depois, fiz a reversão para ter o terceiro filho. Era prudente fazer novamente o vexatório exame. Agora, para checar se eu havia recuperado a fertilidade. Como minha esposa engravidou em seguida, nunca quis fazê-lo, e também me neguei a fazer o DNA. Por quê? Porque minha sogra sempre diz: - este menino é sua cara! Melhor assim sogrinha! Como se diz: pai é quem cria e não quem faz! Quá, quá, quá, quá! Perco um amigo, mas não a piada! E VIVA AS SITUAÇÕES INDESAJÁVEIS! 30 FEVEREIRO 2012 Som de Cerrado Cristian e Rony preparam lançamento do 2º CD Dupla promete mexer com o coração dos amantes da boa música sertaneja A dupla Cristian e Rony é a união de um sonho de dois jovens que viveram a sua infância e juventude na Cidade de Bonito/MS, sem que um soubesse do sonho um do outro. Rony desde criança já se inspirava na música raiz do então saudoso Tião Carreiro e Cristian autodidata em viola se inspirou em seu tio que tocava nas reuniões familiares. O encontro da dupla se deu quando Rony voltava de seu trabalho, passando em frente a um salão de beleza, ouviu um rapaz que tocava sua viola, chamandolhe a atenção pela sintonia musical, como tudo que toca os nossos sentimentos. A carreira profissional artística iniciou em 2006, sonho que se tornou realidade, quando a dupla começou a compor as músicas que hoje fazem parte do repertório, com uma pitada de regionalismo. Na trajetória da dupla inúmeros shows foram realizados com repertório de mexer com o coração dos amantes da boa música Brasileira e da verdadeira moda de raiz, fazendo com que o público reviva as emoções de um passado tão presente e já com o lançamento da turnê 2011/2012 – apresentam uma proposta de cenário totalmente voltada a preservação do meio ambiente, ou seja, constituído de materiais reciclados (pneus, latinhas, madeira, copos descartáveis e outros), algo inédito. Cristian e Rony lançam em 2012 seu segundo CD “ao vivo” cujo nome, SUL-MATOGROSSENSE, composto de nove músicas inéditas, sendo seis composições da dupla e três de compositores parceiros, na qual duas é do grande violeiro do MS, Aurélio Miranda (Chão da saudade e Mulher Pantaneira) e de Welington Britto (VO CU TU CA NO), demonstrando a perfeita harmonia que existe entre a dupla. Cristian nasceu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul em 01 de agosto de 1986, e foi criado na Cidade de Bonito. Aos oito anos, teve seu primeiro contato com uma viola “emprestada” pelo tio, violeiro, e se encantou com o instrumento. Na escola onde estudava as atividades que mais o encantava era as aulas de dança e canto, sendo a viola sempre a sua melhor companhia. De lá pra cá, nunca mais abandonou sua paixão pela viola. Músico autodidata busca o seu aperfeiçoamento treinando de 7 a 8 horas por dia. Aos 15 anos comprou sua primeira viola toda talhada e charmosa e que até hoje abrilhanta os seus espetáculos por onde passa. Com 19 anos decidiu ser músico profissional, montando sua própria dupla com um rapaz que conhecera ao passar pelo salão de beleza em que trabalhava. Viajaram por cerca de 3 anos pela região Centro-oeste divulgando a sua arte. Cristian como é chamado na dupla Cristian e Rony, se apresentaram em vários estados brasileiros levando o melhor da moda de viola, música raiz, que encanta e alegra o público fazendo-os reviver um passado tão presente. A dupla atualmente completa 5 anos de carreira artística. Rony nasceu em Bonito, Mato Grosso do Sul, em 19 de novembro de 1977, e sempre foi criado na Cidade de Bonito. O primeiro contato com a música fora através de canções ouvidas no radinho que tinha logo pela manhã no antigo ranchinho da família. Entusiasmado com as modas de viola que ouvia ele as acompanhava cantando como um canarinho. O tempo foi passando a música já não era tanta prioridade em sua vida e sim seus estudos. Sua mãe fez com que concluísse o segundo grau e disse que a partir dali teria de escolher o que seria melhor para seu futuro. A paixão pela música sempre esteve presente em sua vida e o destino fez com que ele optasse por ela. Em uma das oportunidades que voltava de seu trabalho, conheceu um jovem rapaz sentado a frente de um salão de beleza que tocava uma viola que logo lhe chamou a atenção pela sintonia musical, como tudo que toca os nossos sentimentos Rony naquele momento sentiu vontade de levar a música de raiz à todos aqueles que a admiram e vibram na mesma sintonia, então se aproximou e pediu para tocar uma moda juntos. A primeira música tocada foi o grande sucesso do saudoso Tião Carreiro – Amargurado. Atualmente com 5 anos de carreira a dupla Cristian e Rony se apresenta em vários estados brasileiros, levando o melhor da moda de viola e a verdadeira música raiz, encantando uma imensidão de pessoas por onde passam. Contatos: (67) 9912-0080 / 9243-5054 www.cristianerony.com.br 31 FEVEREIRO 2012 ARQUIVO | EMBRAPA GADO DE CORTE E STATÍSTICA Famasul projeta indicador de custo de produção na pecuária Sistema de indicadores deve ficar pronto até o final de 2012 P ara subsidiar os pecuaristas com informações mais precisas de preço de custo e tendência de mercado, a Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) está criando uma ferramenta de levantamento de dados da bovinocultura. Com variáveis como evolução de rebanho, abate e trânsito de animais desde 2007, o estudo vai facilitar um diagnóstico mais apurado do setor para indicar ao produtor rural benefícios de investimento na atividade ou na diversificação de produção. “Com uma análise mais detalhada, o produtor poderá fazer projeções e mesmo comparações com outras atividades. Isso vai facilitar sua visão de negócio para que ele decida como aumentar sua produtividade e lucratividade”, explica a economista e assessora técnica da Famasul, Adriana Mas- carenhas. O sistema de indicadores deve ficar pronto até o final de 2012. Durante todo o ano, a Famasul irá ouvir pecuaristas e entidades representativas na produção de gado. Para a Associação Sul-mato-grossense de Produtores de Novilho Precoce (ASPNP), a iniciativa vai complementar as ações de modernização que o Estado tem adotado na pecuária. “Ao longo dos últimos cinco anos, o produtor teve de se adaptar à tecnologia. Com a informatização do sistema de controle de trânsito animal e vacinação feito pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO), por exemplo, sabemos da verdadeira quantidade de cabeças nas propriedades”, diz Alexandre Scaff Raffi, presidente da entidade. Mas a maior contribuição do indicador Indicador pode ajudar a acabar com a falta de informações sobre o rebanho bovino sul-mato-grossense para os pecuaristas está na avaliação real da rentabilidade da produção. “Com dados do que foi vendido, comprado e exportado, vamos ter um raio x da evolução da pecuária no Estado e entender a dinâmica do mercado. O produtor terá mais condições de avaliar qual retorno esta tendo e o que pode dispor para diversificar”, analisa Alexandre. (Com informações da Sato Comunicação) 32 FEVEREIRO 2012 LARISSA ALMEIDA | CAPITAL NEWS Professor Marcos Fava Neves, no Showtec 2012: “Agronegócio ainda é o maior gerador de riquezas” “Cooperativas são o futuro do agronegócio”, afirma palestrante do Showtec Marcos Fava Neves falou sobre o tema “Agricultura Brasileira. Profissionalização, competividade e sustentabilidade” O professor da Universidade de São Paulo e palestrante do Showtec 2012, Marcos Fava Neves, defendeu que o agronegócio é o principal gerador de riqueza do Brasil. Na palestra “Agricultura Brasileira. Profissionalização, Competitividade e Sustentabilidade”. “Antes precisávamos pagar para participar dos congressos internacionais, hoje somos pagos para estarmos lá”, apontou. Fava Neves afirmou que para acompanhar as novas tendências de mercado, as organizações cooperativas são o futuro do agronegócio. “O Brasili precisa aumentar o número de cooperativas, que ainda é baixo, para fortalecer o agronegócio”, afirmou. O palestrante ainda apontou que até 2020, o agronegócio deve gerar US$ 200 bilhões. Em 2011, o setor rural gerou US$ 95 bilhões. Sem os números positivos da agropecuária brasileira, o saldo da balança comercial ficaria negativo. “Cairíamos de 44,7 bilhões de dólares positivos, para 20,2 bilhões de dólares”, apontou Fava Neves, comparando os saldos de 2005 para 2010. Para ele a crise mundial não vai atrapalhar o crescimento brasileiro. Tudo porque em 2.000, 60% do que era exportado ficava centralizado para os Estados Unidos e os países da Europa. Já em 2010, o percentual de comércio com esses locais caiu para 34%. “Nossos compradores se diversificaram, logo se a Europa enfrenta uma crise, ela não afetará o Brasil”, conclui Fava Neves. O palestrante também vê na África, além da Ásia, uma potencialidade como mercado consumidor. “O País [África] cresceu mais do que a Ásia, e esse reflexo vem na compra de mais alimento”, apontou, informando que as crises afetam menos a aquisição de alimentos. Distribuição de renda O professor da USP apontou ainda que o agronegócio brasileiro é também um distribuidor de renda. “O agronegócio reduz a desigualdade social”, comentou. Ele explica que é preciso gerar renda, antes de distribuí-la. Como o agronegócio produz riqueza, gerando empregos, aumentando o consumo interno e trazendo novos investimentos por meio da instalação de novas industrias, ele distribui melhor os recursos.