Informação técnica Cálculo de resistência para poços de proteção WIKA folha de dados IN 00.15 Aplicações ■■ O cálculo de resistência para um poço de proteção é uma prova matemática da capacidade do mesmo em resistir aos esforços estáticos e dinâmicos do processo, como pressão e temperatura Características especiais ■■ Serviço de engenharia para dimensionamento de poços de proteção construídos de barras maciças baseado na norma ASME PTC 19.3 TW-2010 ■■ Recomendações de alterações estruturais nas especificações dos poços de proteção nos casos onde os limites de tensão admissíveis são excedidos Representação gráfica pela análise de elementos finitos (FEA) dos esforços na ponta e na base do poço de proteção Descrição O cálculo pela norma ASME PTC 19.3 TW-2010 é utilizado para poços de proteção construídos de uma barra maciça (sem emendas) na forma cônica, reta ou com rebaixo, por exemplo, nos modelos TW10, TW15, TW20, TW25 e TW30. Os dados de processo necessários para realizar o cálculo conforme ASME PTC 19.3 TW-2010 são: Velocidade de fluxo Densidade de meio Temperatura Pressão Viscosidade dinâmica 1) Unidade SI Inglesa Outros m/s kg/m³ °C bar mm²/s ft/s lb/ft³ °F psi ft/1000s --------cP PTC 19.3 TW-2010. O usuário final é responsável pela conformidade dos dados de processo usados no cálculo. Geralmente nenhuma garantia pode ser oferecida pela WIKA pelos resultados do cálculo conforme a ASME PTC 19.3 TW-2010. Os resultados têm caráter informativo. Para mudanças nas especificações onde as tensões admissíveis estão excedidas, as seguintes informações adicionais serão também necessárias: ■■ Diâmetro interno do bocal ■■ Altura do bocal (comprimento protegido) ■■ Diâmetro interno e a espessura da parede da tubulação ou vaso 1) Opcional para ASME PTC 19.3 TW-2010 A WIKA garante que o cálculo foi feito com base na ASME WIKA folha de dados IN 00.15 ∙ 11/2013 Página 1 de 5 ASME PTC 19.3 TW-2010 ASME PTC 19.3 TW-2010 é dividida pelos resultados dos cálculos dinâmico e estático. Para meios gasosos, a razão máxima entre as frequências, rmax = 0,8, geralmente é ainda válida, no entanto, existem alguns casos em que isso pode variar. Para meios líquidos, na maioria das aplicações, a razão máxima entre as frequências, rmax = 0,4 onde temos a introdução da nova frequência “em linha”. Ressonância “em linha”: “Drag-oscilação” Ressonância principal: “Lift-oscilação” Recomendações de mudanças construtivas no poço de proteção, caso a razão permissível rmax seja excedida Ao exceder a frequência limite máxima rmax para a ressonância “em linha” ou ressonância principal, as alterações construtivas abaixo podem ser uma solução: a) Redução do comprimento de inserção É o método mais efetivo (e o método recomendado pela ASME PTC 19.3 TW-2010) para melhorar a razão de frequência r. Amplitude de vibração b) Aumento do diâmetro da base do poço de proteção Aumentando o diâmetro da base, a frequência natural fn é aumentada, a razão da frequência r é otimizada. c) Aumento do diâmetro da ponta do poço de proteção Aumentando o diâmetro da ponta, a frequência de excitação fs é reduzida, otimizando a razão da frequência r. rmáx: 0,4 0,5 rmáx: 0,8 1 r = fs/fn Relação de frequência A análise dos resultados dinâmicos é feita através do fator de amortecimento NSC (O Número de Scruton NSC tem relação direta com a razão permissível rmax, entre a frequência de excitação fs e a frequência natural fn). Para meios gasosos encontra-se normalmente NSC > 2,5, e em meios líquidos normalmente o valor é de NSC < 2,5. NSC > 2,5 NSC < 2,5 ResistênciaRes < ResistênciaPerm rmáx: 0,4 r = 0,5 Ressonância “em linha” 0,6 r = fs/fn rmáx: 0,9 r=1 Ressonância principal Para que a relação de frequência r < 0,8 seja usada também como limite permissível para meios líquidos, é necessário que sejam verificadas as tensões admissíveis do material do poço de proteção com as tensões efetivas em caso de ressonância. Adicionalmente, uma avaliação da resistência do material deve ser realizada com relação aos esforços de fadiga à flexão na área da base do poço de proteção. Os resultados estáticos da ASME PTC 19.3 TW-2010 são gerados a partir da máxima pressão admissível de processo (dependendo da temperatura de processo e da geometria do poço de proteção) e da tensão de flexão na área da base do poço de proteção. A tensão de flexão é causada pela vazão incidente no poço de proteção e esta depende da altura do bocal do flange de espera. Página 2 de 5 d) Utilização de colar Colar ou outros métodos de apoio estão fora do escopo da norma ASME PTC 19.3 TW-2010. O uso de colar geralmente não é recomendado, uma vez que, um apoio rígido somente ocorrerá se na instalação um ajuste com interferência entre o colar e o bocal de instalação for obtido (ver itens 6-7 da ASME PTC 19.3 TW-2010). Em caso de solicitações específicos, poços de proteção poderão ser construídos com colar. O poço de proteção será especificado de acordo com os critérios de cálculo da norma ASME PTC 19.3 TW-2010, entretanto, não faz parte do escopo da norma ASME PTC 19.3 TW-2010. Neste caso o usuário torna-se responsável pela instalação do poço de proteção ao bocal com interferência, o que significa que o colar poderá, se necessário, ser ajustado. Generalmente a garantia da utilização do colar não é oferecida pela WIKA! ASME PTC 19.3 TW-2010 não é aplicável para poços de proteção fabricados de tubo. Por favor, entre em contato com seu representante WIKA para obter informações para métodos de cálculos para estes tipos de construção. WIKA folha de dados IN 00.15 ∙ 11/2013 Detalhes de construção Determinando a posição do primeiro colar O colar do poço de proteção é calculado conforme a seguir: Comprimento de bocal - 25 mm (1 polegada) Exemplo: Comprimento de bocal 356 mm (14 polegadas). O primeiro suporte de apoio é localizado a 330 mm (13 polegadas) da face do flange. Construção do bocal Altura do bocal Número e posição do colar Se a distância do primeiro colar da face do flange é menor que 127 mm (5 polegadas), somente será necessário a utilização de um colar. Se a distância do primeiro colar é maior que 127 mm (5 polegadas), a utilização de um segundo colar será necessário e este deverá ser posicionado na metade da distância entre o primeiro colar e a face do flange. Por favor, entre em contato com seu representante WIKA para bocais com alturas maiores que 762 mm (30 polegadas). Exemplo nº 1 – Dois colares O comprimento do bocal é de 356 mm (14 polegadas). O primeiro colar é colocado á 356 mm (14 polegadas) – 25 mm (1 polegada) = 330 mm (13 polegadas). Como esta distância é maior que 127 mm (5 polegadas), um segundo colar será necessário. A posição deste colar será calculada conforme a seguir, com 330 mm (13 polegadas) / 2 = 165 mm (6,5 polegadas). Assim a posição do segundo colar é de 165 mm (6,5 polegadas) da face do flange. Colar 2 Colar 1 Exemplo nº 2 – Um colar de suporte O comprimento do bocal é de 114 mm (4,5 polegadas). O colar será colocado na seguinte posição, comprimento de 114 mm (4,5 polegadas) – 25 mm (1 polegada) = 89 mm (3,5 polegadas). Como este comprimento é menor que 127 mm (5 polegadas) somente um colar será necessário. WIKA folha de dados IN 00.15 ∙ 11/2013 Página 3 de 5 Montagem típica no bocal Detalhes Ajuste com interferência entre colar e diâmetro interno do bocal ≥ 45 mm (1,75 inch) 12,7 mm (½ inch) veja “Detalhes” Colar com 4 pontos “A” Comprimento de inserção Ured “A” Processo Seção “A”-“A” Recomendação do diâmetro externo do colar conforme as dimensões do bocal DN Unidade 1" polegadas mm polegadas mm polegadas mm 1 ½" 2" Diâmetro exterior do colar SCH.10 SCH.40 SCH.STD 1,107 28,1 1,692 43,0 2,167 55,0 1,059 26,9 1,620 41,1 2,077 52,8 1,059 26,9 1,620 41,1 2,077 52,8 SCH.80 0,967 24,6 1,510 38,4 1,949 49,5 SCH.XS 0,967 24,6 1,510 38,4 1,949 49,5 SCH.160 0,825 21,0 1,348 34,2 1,697 43,1 SCH.XXS 0,609 15,5 1,110 28,2 1,513 38,4 Recomendação do diâmetro máximo da base conforme as dimensões do bocal DN Unidade 1" polegadas mm polegadas mm polegadas mm 1 ½" 2" Página 4 de 5 Diâmetro da base máximo SCH.10 SCH.40 SCH.STD 0,938 23,8 1,500 38,1 1,875 47,6 0,875 22,2 1,375 34,9 1,750 44,5 0,875 22,2 1,375 34,9 1,750 44,5 SCH.80 0,813 20,6 1,250 31,8 1,625 41,3 SCH.XS 0,813 20,6 1,250 31,8 1,625 41,3 SCH.160 0,688 17,5 1,125 28,6 1,500 38,1 SCH.XXS 0,500 12,7 1,000 25,4 1,250 31,8 WIKA folha de dados IN 00.15 ∙ 11/2013 Especificações de construção conforme ASME PTC 19.3 TW-2010 Descrição Forma cônica e reta Forma com rebaixo Comprimento de inserção L 63,5 mm (2,5 polegadas) 3,175 mm (0,125 polegadas) 9,2 mm (0,36 polegadas) 0,58 0,16 2 3 mm (0,12 polegadas) 127 mm (5 polegadas) 6,1 mm (0,24 polegadas) - 609,6 mm (24 polegadas) 6,7 mm (0,265 polegadas) - 0,5 0,583 2 0 3 mm (0,12 polegadas) 0,8 0,875 0,6 - Mínima Diâmetro de furo d Diâmetro da ponta B Relação conicidade B/A Relação B/A para B = 12,7 mm Relação B/A para B = 22,2 mm Relação d/B Relação L/B Relação Ls/L Espessura mínima de parede (B-D)/d Legenda Comprimento de inserção Diâmetro de furo Diâmetro da ponta Diâmetro da base conforme ASME nas folhas de PTC 19.3 TW-2010 dados da WIKA L d B A U B V Q Máxima Mínima 609,6 mm (24 polegadas) 20,9 mm (0,825 polegadas) 46,5 mm (1,83 polegadas) 1 0,71 - Máxima Se as dimensões do poço de proteção forem baseadas em especificações do cliente ou aplicações especificas, e estas estiverem em desacordo com os requisitos da norma ASME PTC 19.3 TW-2010, os resultados de cálculo serão apenas em caráter informativo. Nestas condições, a WIKA não poderá oferecer nenhuma garantia. Dados necessários para cálculo Os exemplos da tabela abaixo mostram os dados de processo e as especificações do poço de proteção, que devem ser enviados a WIKA para cálculo. Tabela de exemplo com os dados necessários para o cálculo Tag nº TW-0301 TW-0303 TW-0305 TW-0307 TW-0309 TW-0311 T P v rho Viscosidade Modelo Dimensões em mm 220 220 235 220 235 400 1,5 1,5 10 10 30 31,5 23,6 25,7 19,6 13 8,9 31,9 2,4 2,0 6,1 8,9 28,3 10,1 0,013 0,017 0,015 0,014 0,013 0,017 TW10 TW10 TW10 TW10 TW10 TW10 em °C em bar em m/s em kg/m³ dinâmico em cP 03/2014 PT based on 11/2013 GB Legenda Tag nº Identificação do instrumento T Temperatura P Pressão v Velocidade rho Densidade do meio de processo L Ød ØA ØB Tt Comprimento de inserção Diâmetro do furo Diâmetro da base Diâmetro da ponta Espessura da ponta L 250 250 250 355 355 355 Ød 8,5 8,5 8,5 8,5 8,5 8,5 ØA 25 25 25 25 25 25 ØB 19 19 19 19 19 19 Tt 6,4 6,4 6,4 6,4 6,4 6,4 NID 38,3 38,3 38,3 38,3 38,3 38,3 NL 220 220 220 220 220 220 Material (ASTM) 316L 316L 316L 316Ti 316Ti 316Ti Diâmetro interno do bocal NID Altura do bocal NL Modelo Modelo do poço de proteção WIKA © 2014 WIKA Alexander Wiegand SE & Co. KG, todos os direitos são reservados. Especificações e dimensões apresentadas neste folheto representam a condição de engenharia no período da impressão. Modificações podem ocorrer e materiais especificados podem ser substituídos por outros sem aviso prévio. WIKA folha de dados IN 00.15 ∙ 11/2013 Página 5 de 5 WIKA DO BRASIL Indústria e Comércio Ltda. Av. Ursula Wiegand, 03 Polígono Industrial 18560-000 Iperó - SP / Brasil Tel. +55 15 3459-9700 / 0800 979 1655 Fax +55 15 3266-1196 [email protected] www.wika.com.br