UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE EDUCAÇÃO O educador versus prática utilizada diante da resistência dos alunos em Matemática Idelmarise de Oliveira Bomfim1 Nadja Luiz de Santana2 Carlos Eduardo Monteiro3 RESUMO Com o objetivo de nos aprofundarmos nas práticas pedagógicas, especificamente com a metodologia aplicada por duas professoras da Rede Municipal do Recife àqueles alunos que apresentam resistências às atividades matemáticas é que nos propusemos a realizar este artigo. A pesquisa desenvolveu-se mediante um estudo de caso e os procedimentos metodológicos adotados foram a observação da rotina de aula das professoras e uma entrevista semi-estruturada também com as duas docentes que no momento atuam no 1o ano do 2o ciclo. Os resultados indicaram que as professoras aplicam metodologias diferenciadas quanto ao trabalho com atividades matemáticas e que a prática utilizada pela professora B em relação as concepções teoricas adotadas não visa subsidiar mudanças que melhorassem a qualidade de ensino e consequentemente diminuam-se as resistências e bloqueios na disciplina. Palavras-chave: Prática pedagógica / Matemática / Resistência 1 Concluinte de Pedagogia – Centro de Educação – UFPE. [email protected] Concluinte de Pedagogia – Centro de Educação – UFPE. [email protected] 3 Professor Adjunto do Depto. de Psicologia e Orientação Educacional – Centro de EducaçãoUFPE – [email protected] 2 1 1. JUSTIFICATIVA Inquietamos em investigar e refletir sobre as ações metodológicas dos educadores na disciplina de Matemática em relação a resistência dos alunos diante das atividades na mesma, quando em nossos estágios na disciplina de Pesquisa e Prática Pedagógica vivenciamos as dificuldades dos educadores em trabalhar a resistência dos alunos quanto às realizações de atividades na disciplina. Sendo assim, acreditamos que o processo de ensino aprendizagem na matemática deve considerar a realidade do educando, não torná-lo um mero receptor de conteúdos. Uma prática educativa comprometida com uma transformação social dos professores e alunos, propiciando aos alunos a construção do conhecimento matemático através da interação com o meio, reelaborando e utilizando os conteúdos no dia-a-dia. Neste sentido, e envolvidos nesse contexto de trabalhar a matemática levando em conta a realidade dos alunos e as influências que suas crenças podem trazer para o sucesso ou fracasso dentro do processo de ensino aprendizagem, é que concordamos com a citação. “Os educadores construtivistas afirmam que a percepção dos estudantes sobre o sucesso e o fracasso escolar influi em sua motivação para a aprendizagem da matemática. Da mesma forma as crenças dos alunos têm grande influência na aprendizagem, podem debilitar sua habilidade para resolver problemas não rotineiros que requerem um profundo processamento de informações" (Chacón, 2003 p. 58). Considerando ainda as concepções da autora, o ensino e a aprendizagem não acontecem em um âmbito isolado e neutro, mas dependem do contexto no qual se ensina e do comportamento humano dos participantes. É importante atentarmos para atuação do docente diante do processo de ensino na matemática, isso porque como ressalta Chacón (2003). "Qualquer professor de matemática em atividade reconhece que as crenças e as ações dos professores e as características nas atuações dos estudantes, incluindo as atitudes, influem nas atuações dos alunos em sala de aula, bem como em seus resultados na aprendizagem" (p. 151). Por ser a matemática uma disciplina aplicada no cotidiano das pessoas 2 e que o conhecimento lógico matemático é construído pela abstração reflexiva, se faz necessário que o ambiente escolar não só propicie o desenvolvimento integral de seus educandos, mas os incentive a pensar, pois se pensam são capazes de aprender e construir conceitos. Neste sentido, visando subsidiar mudanças para melhorar a qualidade do ensino de Matemática. E consequentemente diminuir o fracasso escolar de muitos, devido bloqueios e resistências na disciplina apresentamos as seis etapas do processo de aprendizagem em matemática defendida Dienes (1975): 1. Jogo livre – promove a adaptação do indivíduo ao meio. 2. Apresentações dos jogos estruturados, regularidades – é a descoberta pela criança do seu meio. 3. Jogos realizados – equivale a percepção das estruturas comuns dos jogos. 4. Utilização das representações – é o processo de refletir e falar das abstrações. 5. Valorização das propriedades de abstração conquistadas. 6. Descrição a um domínio finito para chegar às regras do jogo e demonstração – teorema de sistema. Dienes enfatiza que devemos levar em conta essas etapas no planejamento de ensino por ser um elemento importante que garantirá o acesso das crianças à Matemática. Neste contexto, vemos que o método convencional (aluno receptor/ professor transmissor) apresenta direção contrária às etapas propostas por Dienes (1975). Ressaltamos ainda que sua proposta de trabalhar a aprendizagem em matemática a partir do concreto, dos jogos com intuito de tornar o ensino de matemática dinâmico, atraente, está também presente em outras propostas pedagógicas mais recentes tais como a de Ferreira. "O uso do jogo na aprendizagem matemática, pode contribuir para que a formação dos conceitos se torne uma atividade desafiadora, motivadora, num ambiente descontraído, onde a criança pode errar sem que isso signifique uma derrota” (2000: p. 57). 3 2. REFERENCIAL TEÓRICO Segundo Chacón (2003) será a partir de 1992 com a realização dos trabalhos de Mcleod, (matemático que fundamentou seu trabalho na teoria do psicólogo Mandler e na psicologia cognitiva, evolutiva e construtivismo social) que as implicações para reconceituação da dimensão emocional em educação matemática ganha força significativa. Trabalhar a educação matemática a partir da reconceituação de afeto, é buscar uma interação entre a cognição e o afeto, é racionalizar a dimensão afetiva em matemática dentro da cultura geral, e mais particularmente na cultura da sala de aula. Essa perspectiva de trabalho da educação matemática enfatiza as relações interpessoais de professor e aluno, e as influências do meio são bastante relevante. Pois como ressalta Chacón (2003) “O ato emocional é gerado pelas avaliações cognitivas das situações e estas, por sua vez, são influenciadas pela ordem social local”. (p. 52). Assim auxiliando nossas reflexões, Chacón salienta que os estudos sobre afeto não devem ser separados dos estudos sobre cognição, ou seja, é relevante levar em conta suas inter-relações, isto porque os estudos sobre crenças, valores, atitudes e emoção não devem estar separados do estudo sobre como as pessoas aprendem. Reconceitualizar a dimensão emocional em educação matemática, ou seja, para estudar a reação afetiva em relação a matemática como também a motivação pela aprendizagem dos estudantes na mesma, devemos considerar a realidade social e o contexto sociocultural desse aluno, pois estes produzem reações. O aluno não deve ser visto apenas em níveis de sujeito ou restrito a sala de aula, deve-se compreender o contexto sócio cultural, dentro e fora do âmbito escolar, que certamente influi nos alunos. Ratificamos que desde muito cedo os alunos são informados sobre a significação da matemática para a vida, de como é importante a aprendizagem 4 da mesma. E assim podemos dizer que é a partir dessas informações, dessas crenças, dessa visão do mundo matemático e principalmente de sua identidade social, que o aluno vai formar seu autoconceito sobre a matemática. Esse autoconceito terá grande influência sobre sua visão matemática, como também sobre sua reação para com a mesma. Entretanto, será a partir do autoconceito dos alunos que se desenvolvem os processos cognitivos e afetivos da aprendizagem na matemática. Tanto as resistências quanto os bloqueios em relação a aprendizagem matemática irão se configurar a partir da representação da informação e da reação emocional ocorridas no momento no sujeito. Chacón (2003) também enfatiza que influências socioculturais, vinculamse na maneira como os alunos internalizam as informações vindas do meio e, portanto, interferem no modo como eles irão estruturar suas crenças e consequentemente a construção de seus conhecimentos. As influências afetivas em relação a aprendizagem matemática variam em intensidade e duração, podendo ainda assumir um caráter positivo ou negativo. Esse direcionamento vai depender do nível de consciência do aluno, em relação às dificuldades que podem aparecer no momento da resolução das atividades matemáticas. Assim, Chacón afirma que para se evitar reações intensas e negativas que irão levar o aluno à frustração, ao abandono da atividade, ao bloqueio e resistência, devemos levar o aluno a perceber a reação emocional quando esta surge no momento da resolução. E também levá-los a ser consciente de que o erro, a interrupção em um plano de resolução deve ser encarado como o momento de determinar um novo caminho, uma nova meta de resolução. Dessa maneira, a redução das frustrações e os bloqueios serão automáticos sem que nem mesmo o aluno se dê conta do processo, como ressalta Chacón: “Se quem resolve os problemas é consciente de suas reações emocionais, pode melhorar sua habilidade para controlar suas respostas automáticas e conseguir um sucesso maior”. (p. 54). Ainda segundo a autora, ao compreender que a resolução de uma atividade matemática envolve interrupções e bloqueios, os alunos podem perceber suas frustrações como um obstáculo rotineiro, e não como um sinal 5 para abandonar o problema. Os educandos também podem a partir daí aprender que a euforia da descoberta e resolução não deve ser motivo para relaxar no processo de aprendizagem da matemática. É dentro dessa perspectiva de trabalhar as emoções na aprendizagem de matemática, que os alunos aprenderão a rever soluções, buscando outras alternativas de resolução nas atividades. Neste sentido, é relevante ressaltar que Chacón (2003), em um trabalho de pesquisa referente a temática abordada, ratifica que para compreender a dimensão afetiva do estudante em relação a matemática, é preciso uma observação de cenários complexos. Ou seja, devemos considerar o aluno em seu sentido local (crenças, atitudes e valores) e em seu sentido global (sistema de valores, idéias e práticas do contexto sociocultural). Pois será a partir da observação desses contextos que iremos detectar situações que caracterizem ou desencadeiem condutas de resistências e repúdio em relação a aprendizagem em matemática. Assim, a atuação do docente neste processo de ensino aprendizagem deve ser consciente de que suas próprias crenças, ações e atitudes irão influenciar nas características e atuações dos estudantes, tanto na sala de aula quanto nos resultados de suas aprendizagens. Desse modo, procurando analisar este contexto, vemos claramente que o educando por si só, a partir de suas crenças de seu contexto local, não é responsável pela desmotivação, resistência em relação as atividades matemáticas, mas que todo o contexto sociocultural contribuem de alguma forma para que tal sentimento apareça e se desenvolva. Assim, para Dienes (1975) trabalhar a matemática a partir dos jogos é propor um ambiente escolar dinamizado, procurando ensinar matemática num contexto participativo, levando em conta a realidade dos educandos como também o comportamento de todos que estão envolvidos no processo. Neste sentido vemos que tanto Chacón, como Dienes, apresentam teorias relevantes para o processo de ensino aprendizagem na educação matemática, ambos acreditam que a matemática não pode ser uma disciplina repassada de professor para aluno. A matemática deve ser vista como a 6 ciência do pensar, do raciocínio lógico, dedutivo e que todos tem capacidades para aprendê-la. Sendo assim ratificamos que a metodologia de ensino em matemática, deve trazer em seu planejamento um projeto pedagógico que tenha como referência o papel de atividades lúdicas no processo de ensino, para que o educador possa chegar o mais perto possível da realidade de seus alunos, e torne as aulas de matemática mais interessantes e motivadas. Neste contexto salientamos que incentivar os alunos a buscarem diferentes formas de resolver problemas permite uma reflexão mais elaborada sobre os processos de resolução, sejam eles através de algoritmos convencionais, desenhos, esquemas, jogos etc. Aceitar e analisar as diferentes estratégias de resolução além de serem importantes no processo de desenvolvimento do pensamento permitem a aprendizagem pela reflexão e auxiliam o aluno a ter autonomia e confiança em sua capacidade de pensar matemática como ressalta Smole: “Quando incentivamos as crianças buscarem diferentes resolução podemos observar e acompanhar como pensam e registram as diferentes formas de resolução. Permitindo assim uma intervenção direcionada tanto às dificuldades (bloqueios) quanto aos avanços que os alunos podem apresentar”. (2001:p. 125). Discutir os problemas com os alunos na sala de aula, procurando não classificar as respostas como certas ou erradas, mas instigando a classe a buscar estratégias diferentes, estamos ampliando o leque de possibilidades das crianças e quando usamos desenhos, jogos, ou seja material concreto além de criar momentos de interação, podemos também apresentar intervenção direcionada na qual trabalharemos os conceitos necessários por meio de uma aula dinâmica e diferenciada. Entretanto, segundo as reflexões de Smole uma aula dinâmica utilizando materiais concretos requer bastante cuidado e atenção por parte do professor, pois é necessário que o mesmo trabalhe com material de natureza abrangente para que a criança apresente várias idéias de resolução além das relacionadas as soluções numéricas. A matemática faz parte do nosso cotidiano e podemos nos deparar com situações em que será necessário pensar para resolver por nós mesmos. 7 Aplicar uma metodologia que possibilite os alunos a criarem suas próprias estratégias para resolver problemas, favorece uma maior interação entre as crianças e a situação na sala de aula, e assim eles se sentirão mais responsáveis e aumenta-se a possibilidade de aprender e melhor expor seu raciocínio durante a discussão com seus colegas. Neste contexto teremos situações em que o erro será visto de maneira não traumática pois, os alunos perceberão que errar faz parte das resoluções de atividades e é necessário no processo de ensino-aprendizagem matemática. Quando surge o erro é importante que o professor se posicione de modo à garantir o respeito e a confiança em sala de aula para que as crianças sintam-se a vontade para lidar com esse erro. Debater com o grupo o erro é uma das maneiras de incentivar os alunos a rever suas soluções e buscar novas alternativas, avançando a partir das resoluções erradas. É neste contexto que ressaltamos o que diz Smole: “Para tanto, é preciso que sejam encorajados a se engajarem ativamente em situações novas. Acreditamos que trabalhando com diferentes explorações e reformulações, buscando desenvolver o interesse pelo problema, explorando sua linguagem, incentivando e desafiando nossas crianças, estamos contribuindo para que elas sejam muito mais autônomas e capazes de enfrentar os problemas propostos sem medo ou receios”. (2001:p. 149). Desse modo, auxiliando nossas reflexões, Bicudo salienta que: “Se a norma é imposta pelo professor (heteronomia), ela constrange e desmotiva o aluno, que não se sente responsável por seu cumprimento; se o professor é muito permissivo e não co-opera (opera junto) na elaboração de um contrato de trabalho, num pacto quanto ao processo de ensinagem, deixando-o só a critério do aluno, o ambiente pode tornar-se de anomia com ausência de padrões desejáveis e indefinições de papéis”. (1999:p. 191). Ainda segundo Bicudo (1993): “Na Educação Matemática não se separa aquele que aprende daquele que ensina. Pág. 186. Logo, nessa perspectiva e por acreditarmos no lúdico como alternativa eficiente para a motivação e “ensinagem” de conteúdos matemáticos, apontamos a Psicologia dos jogos para a Educação Matemática pois, como ressalta Bicudo: 8 “Assim, se os professores utilizassem o jogo como uma atividade voluntária, à qual não se pode obrigar ninguém, e considerassem o lúdico como um recurso associado a motivação, talvez o exercício ou tarefa se tornassem mais desafiantes, provocadores de curiosidade, e o dever de casa fosse percebido como um prazer de casa, permitindo maior envolvimento e compromisso com o desafio do conhecimento da realidade, de si mesmo e do outro, facilitando o aprender a aprender”. (p. 190). Nesse sentido, os objetivos do nosso trabalho se configuram da seguinte forma: • Analisar os pressupostos metodológicos e teóricos utilizados por educadores quanto ao trabalho com alunos que apresentam resistências à matemática. • Identificar metodologias aplicadas durante o processo de ensino aprendizagem através de observação da aula e realização de entrevista semiestruturada com o professor. 3. METODOLOGIA E TRATAMENTO DOS DADOS 3.1. Sujeito A pesquisa foi realizada com duas professoras da rede pública municipal do Recife, e que lecionam especificamente em uma turma do 1o ano do 2o ciclo. O critério da escolha dessas professoras baseou-se nos seguintes aspectos: 1. Observações realizadas nas disciplinas de pesquisa e prática pedagógica por uma das pesquisadoras, que caracterizou a prática das professoras como sendo uma metodologia que pressupunha o ensino de Matemática numa perspectiva dinâmica, construtivista; 2. Uma das regente atuando como docente em Matemática do ensino fundamental I há 20 anos; 3. Disponibilidade dos sujeitos em participar da pesquisa; Optamos pela realização de um estudo de caso, (pesquisa qualitativa) pois, segundo Lüdke & André (1986), o estudo de caso se caracteriza por procurar apreender uma realidade, em particular, dentro de um sistema mais 9 amplo, que tem um valor em si mesmo, ainda que posteriormente venham a ficar evidentes semelhanças com outros casos e situações. O interesse incide naquilo que ele tem de único, de particular. O nosso estudo de caso teve a duração de três dias e as observações foram realizadas nos meses de maio/junho do ano de 2006. Descreveremos a seguir nossos sujeitos, salientando que a forma como as professoras estão sendo denominadas representa uma opção das alunas pesquisadoras em mantê-las no anonimato. Professora A: Trabalha há 20 anos na função. Sua trajetória de ensino foi em escolas públicas nas séries do Fundamental I. Sua formação é superior em Letras pela Faculdade de Formação Vitória de Santo Antão e ao longo desse período de experiência ela busca aprimorar seus conhecimentos participando de capacitações, palestras e seminários voltados a realidade da comunidade escolar. A professora A ressaltou que baseia sua metodologia de ensino com livros didáticos, explanação oral, exercícios escritos individuais e em grupo, jogos, exploração de material concreto, pesquisas, oficinas, etc... Ela justifica a metodologia aplicada por considerar a Matemática uma disciplina que faz parte do cotidiano do aluno. Professora B: Atua em sala de aula há 4 anos, possui nível médio (Magistério), porém cursando Pedagogia na UFPE no 3o período. Sua proposta de ensino é baseada nos PCNs e metodologia aplicada fundamenta-se em exercícios escritos, construção de conceitos, utilizando leituras de gráficos e tabelas. Contudo, ela considera a Matemática, uma área de conhecimento que vai dar ferramentas para a vida cotidiana. 10 3.2 Procedimentos Metodológicos 3.2.1. Observação das aulas Realizamos quatro observações em sala de aula com duas professoras que possibilitaram como diz Lüdke & André: “um contato pessoal e estreito do pesquisador com o fenômeno pesquisado (...) e a experiência direta é sem dúvida o melhor teste de verificação da ocorrência de um determinado fenômeno” (1986, p. 26). Durante as observações, verificamos os materiais didáticos utilizados no desenvolvimento metodológico do conteúdo matemático como: livro didático, caderno, calendário, cartazes etc., porém não consta análise dos mesmos. 3.2.2 – Entrevistas Com o objetivo de buscar uma interação de influência recíproca entre pesquisador e objeto de estudo, optamos por uma entrevista semi-estruturada pelo caráter que possui de permitir perguntas abertas. Neste sentido, as professoras foram solicitadas a falar sobre: formação acadêmica, concepção de ensino, metodologia aplicada entre outros aspectos que estão relacionados com a prática docente no ensino da Matemática. Segundo Lüdke & André (1986), a entrevista semi-estruturada se desenrola a partir de um esquema básico, não aplicado rigidamente, permitindo que o entrevistador possa fazer as adaptações necessárias. Fizemos uso de um roteiro que guiou a entrevista através de tópicos que considerávamos fundamentais. Com a utilização desses instrumentos de investigação, buscamos levantar dados necessários para podermos averiguar a prática no ensino da Matemática no que diz o tratamento dado pelas docentes aos alunos que apresentam resistência diante das atividades nesta disciplina. Para a análise de dados tomamos como referencial a análise de conteúdo temático abordado, pois, como bem coloca Bardin (1977), o investigador 11 escolhe o tipo de conteúdo a ser examinado, podendo ser ele manifesto ou latente, cujo interesse é perceber não só o que é dito, mas refletir no que está oculto no discurso. 4. Análise Um dos objetivos de estudo foi analisar a metodologia aplicada durante o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de Matemática identificando os materiais didáticos e de apoio utilizados pelas professoras para auxiliar os alunos que apresentam resistência na realização das atividades. Vimos que a professora A tem um domínio de sala muito bom, que planeja as atividades com passos que gradativamente favorecem a aprendizagem do conteúdo. Durante toda a aula, ela interage diretamente com os alunos, buscando sempre fazer com que os alunos dispersos participem da atividade. Nas duas aulas, ela utilizou estratégias diferentes: explanação oral, dinâmica, atividade individual e em dupla, explorou material concreto, indagou situações do cotidiano e sistematizou o conteúdo com exercícios escritos e expressões verbais. Sobre esta questão, Kothe nos diz que: “É necessário dar um estímulo adicional às faculdades de pensamento e expressão verbal que se desenvolvem no contato natural, com o meio ambiente. Também para o descobramento do pensamento matemático são necessárioas condições que estimulam e provoquem as crianças.” (Kothe, S, 1997, p. 8) Percebemos claramente que os alunos respondiam às indagações da professora (descritas nos anexos 1 e 2) de modo objetivo, comprovando o domínio do conteúdo vivenciado em sala. Este resultado é produto da atenção dispensada pela professora individualmente aos alunos que apresentavam uma certa resistência à disciplina dizendo-lhes: “Olhe direito, observe, tenha calma, você consegue, vocês são capazes e inteligentes, precisam apenas ter interesse”. (P.A) A professora até palmas batia quando eles respondiam corretamente, era notável sua expressão facial de satisfação por eles terem conseguido. 12 Segundo Kothe, é pedagogicamente muito importante como os adultos reagem quando as crianças enfrentam os problemas, os auxílios na solução têm valor educacional somente se eles consistirem de atividade infantil no sentido apropriado. Consideramos também Chacón (2003) “O ato emocional é gerado pelas avaliações cognitivas das situações e estas, por sua vez, são influenciadas pela ordem social local”. (p. 52). Lembramos as concepções defendidas por Lovell, quando ressalta que para Piaget, o pensamento somente pode tomar lugar da ação em base dos dados que a própria ação proporciona – também destaca que somente depois que as operações mentais são desenvolvidas e coordenadas em resultado de ação e experiência, é que o indivíduo pode compreender seu ambiente. Fazendo uma relação da prática educativa observada com os dados coletados na entrevista semi-estruturada, percebemos uma coerência e aplicabilidade dos pontos de vista mencionados. Isto é um fato relevante que atribuímos à acumulação das experiências adquiridas pela professora ao longo dos 20 anos de atividade. Mas também temos a consciência de que isto só aconteceu porque suas concepções sobre o processo ensino-aprendizagem foram aperfeiçoadas e atualizadas como ressalta a mesma: “Minha metodologia é fundamentada nos livros didáticos, nas capacitações da rede adaptadas à realidade da comunidade escolar. (P.A) Considerando às características pessoais e interesses do professor, às quais se refere Bicudo (1999). “A medida que refletimos sobre nossa realidade, se fazemos uma análise crítica, podemos mudar e nos desenvolver, e a decisão de mudar ou resistir à mudanças é permeada por nosso conhecimento, crenças, características pessoais e interesses.” (p. 250). Infelizmente, percebemos na professora B um certo desinteresse em dedicar atenção aos alunos que questionavam não compreenderem o quê e como realizar as atividades propostas. Isso se caracteriza nas seguintes falas: “Quando o aluno não aprende, nem quer aprender, não adianta nada e eu não tenho mais interesse em me esforçar pela turma, pois todos são rebeldes demais, não se interessam e a família não ajuda. (P.B)” 13 Podemos verificar que a metodologia aplicada durante a aula propiciava uma prática centrada no livro didático, desvinculada da realidade dos alunos. Nesse contexto, a prática da professora voltava-se para aulas que serviam a propósitos de memorização de fórmulas e conteúdos através de exercícios repetitivos. Com relação à metodologia utilizada salientamos o que diz Eufrásio / Aldenise (1994): “A centralização da metodologia no livro didático coloca o aluno muito aquém da posição que deveria ocupar no processo de ensinoaprendizagem. (p. 155)” Numa reflexão crítica, a professora em sua entrevista reconhece a importância do conhecimento matemático como ferramenta para a vida cotidiana, entretanto em nenhum momento das observações aplicou uma metodologia que envolvesse técnicas estimulantes e dinamizadoras, nas qual pudesse haver participação direta dos alunos no sentido de interagir com a realidade e construir o conhecimento e não apenas receber um saber puramente transmitido, pronto e acabado. Sendo assim, é importante ratificarmos que o processo de ensino aprendizagem na Matemática deve considerar a realidade do educando, não torná-lo um mero receptor de conteúdos. Como salienta Bicudo (1999) em: “... a interação social é indispensável para o desenvolvimento da lógica; que o professor deve levar o aluno a um posicionamento, sem conformá-lo à sua própria imagem, nem impor um saber suportamente verdadeiro, que sem suprimir o conflito, a dúvida, a decepção ou as dificuldades, deve acolhê-las e confrontar o aluno com a polêmica, o mistério, a possibilidade do erro e a impossibilidade de eliminá-lo do processo de ensino-aprendizagem.” (p. 195). Com isso, ficou claro que não existe uma relação de proximidade, troca de experiências e diálogos entre as professoras que trabalham conteúdos distintos usando estratégias metodológicas completamente diferenciadas, estando as mesmas no mesmo contexto, local e série. 14 Considerações Finais Em nosso estudo tentamos prioritariamente enfatizar os pressupostos teóricos e a aplicabilidade das estratégias metodológicas, utilizadas pelos educadores visando melhorar o desempenho dos alunos que apresentam resistência nas atividades, que envolve a área de Matemática. Temos consciência que tratou-se de um quantitativo restrito a duas professoras em quatro observações práticas e mais uma entrevista semiestruturada. Apesar disso, parece que temos conseguido demonstrar que independentemente do tempo que se trabalhe o jogo aplicado como recurso metodológico é uma ferramenta que propicia estímulo aos alunos na realização de atividades propostas em Matemática. Durante o trabalho seguimos alguns passos para captar dados que nos oportunizou confrontar com as referências bibliográficas pesquisadas. Uma entrevista semi-estruturada cujas respostas nos possibilitou perceber as concepções pedagógicas e suas aplicações na prática de sala de aula. Porém segundo as análises dos resultados, constatamos que a professora B não conseguiu na prática se apropriar de procedimentos metodológicos que visassem trabalhar os conceitos matemáticos de modo a propiciar uma aprendizagem participativa através de processos dinâmicos e reflexivos. Segundo Kothe (1968) o ensino moderno da Matemática elementar é caracterizado pela representação material de qualquer fato. Para tal emprega-se material estruturado. Entretanto, a professora B reconhece a Matemática como uma área do conhecimento que dá ferramenta para a vida cotidiana e os jogos como um procedimento metodológico que incentiva os alunos na aprendizagem dos conteúdos matemáticos. Nesse contexto ratificamos que refletindo sobre nossa realidade, fazendo uma análise crítica, podemos mudar e nos desenvolver e a decisão de mudar ou resistir a mudança é permeada por nosso conhecimento, crenças, características pessoais e interesses. 15 Podemos dizer que todo professor reflete, mas a profundidade da reflexão determina uma disposição ou não para pesquisa, constante ou não em sua vida profissional. Nosso estudo apresenta limitações devido às restrições de tempo às quais estivemos expostos. Todavia, consideramos relevante o desenvolver do tema, tendo em vista sugerir a adoção de práticas dinâmicas através dos jogos, pois a aplicabilidade dos mesmos propicia o desenvolvimento integral dos alunos. Desse modo, Bicudo ressalta o que diz Moura (1997): “A criança aprende e desenvolve suas estruturas cognitivas ao lidar com o jogo com regras... o jogo promove o desenvolvimento, porque está impregnado de aprendizagem... os sujeitos ao jogar passam a lidar com regras que lhes permitem a compreensão do conjunto de conhecimentos veiculados socialmente. (p. 80). 16 Referências Bibliográficas BARDIM, L. Análise de Conteúdo. Edição 70. Lisboa: 1977. BEZERRA, Eufrásio Alves. O Cotidiano Escolar. O fracasso da prática ou prática do fracasso? Manaus / IVEP / VA: 2a ed. Revista. 1994. BICUDO, Maria Aparecida Viggiani. Pesquisa em Educação Matemática. Concepções Perspectivas Organizadoras. São Paulo: UNESP, 1999. CHÁCON, Inês Maria Gomes. Matemática Emocional: Os afetos na aprendizagem Matemática. Porto Alegre: Artmed, 2003. DIENES, Paul Zoltan. As seis etapas do processo de Aprendizagem Matemática. São Paulo: Universitária, 1975. FERREIRA, Ana Maria Rotta. Educação em debate. O papel dos jogos e brinquedos na Aprendizagem de Matemática. Fortaleza, pág. 57 art. VI – n 39, 2000. KOTHE, Siegfried. Pensar é divertido. São Paulo: E.P.U. 1968. LOVELL, Kurt. O desenvolvimento dos conceitos matemáticos e científicos na criança. 1988. LÜDKE, M e André, M. E. D. A Pesquisa em Educação: Abordagens Qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: 21a Cortez – Edição Revista Ampliada. SMOLE, Kátia Stocco. Ler, escrever e resolver problemas. Habilidades básicas para aprender Matemática. Porto Alegre: Artmed, 2001. 17 ANEXOS 18 ENTREVISTA COM O EDUCADOR A – REALIZADA EM 04/05/2006 1. Qual a sua formação acadêmica? R. – Superior Letras – Faculdade de Formação Vitória de Santo Antão. 2. Há quanto tempo você leciona Matemática? R. – Há 20 anos. 3. O que Matemática representa para você na Prática Educativa? R. – Parte fundamental no processo ensino-aprendizagem, pois sem a Matemática não seria possível desenvolver competências necessárias à formação humana, intelectual, social. 4. Quais as bases teóricas que você utiliza para fundamentar sua metodologia de ensino? R. – Minha metodologia é fundamentada nos livros didáticos, nas capacitações da rede adaptadas à realidade da comunidade escolar. 5. Quais atividades você oferece aos alunos para trabalhar os conceitos matemáticos? R. – Com explanação oral, exercícios escritos, jogos, exploração de material concreto, pesquisas, oficinas, etc... 6. Quais os comentários mais comuns apresentados pelos alunos enquanto realizam atividades em Matemática? 19 R. – A Matemática faz parte de uma área muito inserida no cotidiano do aluno, o que facilita a sua compreensão, levando-os a comentários de experiências vividas no dia-a-dia. 7. Como os alunos se sentem ao conseguir resultados positivos durante a realização das atividades em Matemática? R. – Eleva a auto-estima e estimula até na realização em outras disciplinas. 8. Quais as dificuldades apresentadas pelos alunos mais frequentemente? R. – Nas atividades de leitura e interpretação de problemas por conta das dificuldades apresentadas na língua portuguesa. 9. O que você faz para superá-las ou mesmo evitá-las? R. – Trabalhar a parte de leitura e compreensão de texto em todas as áreas estudadas, isto vem ajudando-os a obter melhores resultados. 10. Qual seria as possíveis respostas dos alunos diante da pergunta: De que modo você gostaria de aprender Matemática? R. – Da forma mais prática, vivenciando situações do dia-a-dia. 20 ENTREVISTA COM O EDUCADOR B – REALIZADA EM 04/05/2006 1. Qual a sua formação acadêmica? R. – Nível médio (Magistério) – Cursando Pedagogia UFPE – 3o Período. 2. Há quanto tempo você leciona Matemática? R. – Há 4 anos. 3. O que Matemática representa para você na Prática Educativa? R. – É uma área de conhecimento que vai dar ferramentas para a vida cotidiana. 4. Quais as bases teóricas que você utiliza para fundamentar sua metodologia de ensino? R. – A proposta da rede baseada nos PCNs. 5. Quais atividades você oferece aos alunos para trabalhar os conceitos matemáticos? R. – Exercícios escritos, a construção de conceitos, tentar que eles estabeleçam as relações entre os conteúdos com leituras de gráficos, tabelas. 6. Quais os comentários mais comuns apresentados pelos alunos enquanto realizam atividades em Matemática? R. – Acho que eles gostam mais da Matemática do que de Português, eles aprendem com mais facilidade. 21 E quanto aos comentários que eles fazem? R. – O que acontece quando precisam fazer continhas, para entender os valores da conta de luz, água, da feira, o que acontece com eles no dia-a-dia. 7. Como os alunos se sentem ao conseguir resultados positivos durante a realização das atividades em Matemática? R. – Se sentem muito auto-confiantes, querem ajudar os colegas. 8. Quais as dificuldades apresentadas pelos alunos mais frequentemente? R. – Representações dos números em algarismos. (formação do número 1.700). 9. O que você faz para superá-las ou mesmo evitá-las? R. – Dar uma atenção individual, repetir a explicação no quadro. 10. Qual seria as possíveis respostas dos alunos diante da pergunta: De que modo você gostaria de aprender Matemática? R. – Eles iriam dizer jogando, porque já fiz um jogo com o conteúdo unidades, dezenas e centenas e eles gostaram muito. E quanto à aprendizagem do conteúdo com o jogo? R. – Ah! Não teve diferença, o aluno que não aprende, nem o jogo ajuda, ele é difícil mesmo. 22 ATIVIDADE PROPOSTA PELA PROFESSORA A NA 1a OBSERVAÇÃO REALIZADA EM 18/05/2006 1o) Se um ano tem 12 meses, quantos meses têm 2 anos? D 1 x U 2 2 2 4 2o) Se um mês tem 30 dias, quantos dias têm 5 anos? D 3 x U 0 5 15 0 Oralmente, a professora fazia perguntas com o calendário fixo no quadro: – O que é isto? Para que serve? – Para quê mamãe usa o calendário? – O comércio precisa de calendário? – Se eu comprar uma coisa hoje e tenho que pagar daqui a um mês, quando é que vou pagar? – A escola precisa de um calendário? – A igreja precisa de um calendário? 3o) Foi entregue um calendário em branco para cada dupla. – Qual o primeiro dia do ano? – Se 1o de janeiro caiu num domingo, em que dia vai cair 1o de fevereiro? – Se fevereiro terminou numa terça-feira, em que dia vai cair 1o de março? 4o) Solicitou que pintassem o sábado de azul e os domingos de vermelho. – Escolha o nome de um mês. – Qual é o dia desse mês que corresponde ao 1o sábado? – Quantos dias depois do 1o sábado acontece o 2o sábado? – Anote os dias do mês escolhido que caíram numa quarta-feira. – Complete o quadro com os dias da semana. Domingo 23 – Em que dia da semana começou este ano? – Em que dia da semana vai terminar esse ano? – Em que dia vai começar o ano que vem? – Que dia do mês é hoje? – Daqui a duas semanas começaremos as provas. Em que dia e mês começarão as provas? – Um semestre tem 5 meses. Quantos semestres tem o ano? – Um trimestre tem 3 meses. Quantos trimestres tem o ano? – Um bimestre tem 2 meses. Quantos bimestres tem o ano? – Quantos e quais são os meses de 30 dias? – Quantos e quais são os meses de 31 dias? Para casa: Páginas 22/23 do livro de Matemática. ATIVIDADE PROPOSTA PELA PROFESSORA A NA 2a OBSERVAÇÃO REALIZADA EM 01/06/2006 1o) Pinte 3 das quatro partes do círculo. a) Que fração representa a parte pintada? b) Quantas partes formam o círculo inteiro? c) Se dividir o círculo em 8 partes iguais, cada parte será igual a que fração? 24 d) Se dividir em 8 partes e pintar 2, que fração temos? 2o) Dinâmica – A professora entregou algumas folhas com figuras desenhadas para alguns alunos e pediu para que eles as observassem. Ela copiou no quadro: a) Observe se cada parte tem o mesmo tamanho. b) Que fração a figura inteira representa? A professora chamou os alunos na frente, um por um, seguindo a ordem de numeração das figuras. O quadro foi dividido em duas partes onde ela denominou de falsa e verdadeira. Quando cada aluno chegava à frente com o desenho, a professora perguntava: – Em quantas partes está dividida? – Qual o formato? – Todas as partes são iguais? – Que fração representa? Quando o aluno respondia, a professora questionava o resto da turma se ele estava correto ou não e porquê. 3o) Descubra 3 maneiras de dividir estes retângulos em quatro quartos. 25 ATIVIDADE PROPOSTA PELA PROFESSORA B NA 1a OBSERVAÇÃO REALIZADA EM 18/05/2006 Correção no quadro (referente à aula anterior) 1o) Observe o número e escreva os nomes das classes a) 45.732.426.325 b) 35.432 c) 201.429.634 2o) Escreva os números em algarismos indo-arábicos. a) b) c) d) e) Dois mil, setecentos e trinta e seis. Quatrocentos e oitenta e cinco mil. Três milhões, quinhentos e vinte mil e oitenta. Oito milhões. Treze bilhões, vinte e cinco milhões, quatrocentos e setenta e nove mil e seiscentos. ATIVIDADE PROPOSTA PELA PROFESSORA B NA 2a OBSERVAÇÃO REALIZADA EM 01/06/2006 Livro de Matemática, página 22. Conteúdo: Numeração ordinal. 1o) A professora escreveu no quadro: João Vitor está na fila para ir fazer Educação Física, na sua frente tem 3 pessoas. Qual a posição dele? Exercício de Classe 1o) Represente os números ordinais com algarismo. a) vigésimo quarto b) nonagésimo sétimo c) centésimo quadragésimo terceiro 26 d) Octogésimo septuagésimo quinto e) Milésimo f) Trecentésimo sexagésino 2o) Escreva por extenso os seguintes números ordinais. a) b) c) d) 15o 42o 76o 28o 27