INS TRUMENTO DE LUTA , UNIDADE DA CLASSE E DE CONS TRUÇÃO DE UMA CENTRAL Em defesa da educação pública e de qualidade Em dezembro de 2010 encerrou a vigência do Plano Nacional de Educação (PNE) e o Brasil ficou muito longe de cumprir as suas metas. $ Apenas 18% das crianças estão em creche. $ O País convive com mais de 14 milhões de analfabetos. $ Nossas crianças chegam ao final do ensino fundamental sem saber ler e escrever corretamente. Em defesa do PNE da sociedade brasileira $ Apenas 50% dos jovens chegam ao ensino médio na idade correta e temos 1,5 milhão fora da escola. $ Apenas 14% dos jovens conseguem chegar ao ensino superior, mas em cada 100 jovens apenas 26 conseguem cursar uma universidade pública. Essa exclusão educacional tem profundas marcas sociais, regionais e raciais. Atualmente, o governo gasta quase a metade do orçamento federal para pagar os juros da dívida pública. Isso demonstra que o tesouro tem dinheiro, mas infelizmente esses recursos só servem para beneficiar banqueiros e especuladores. A sociedade exige um Plano Nacional de Educação que garanta o acesso a escola para milhões de brasileiros, que a oferta escolar seja majoritariamente pública, inclusive na universidade, e que se estabeleça um padrão mínimo de qualidade em todo o País. O Projeto de Lei 8035/10 que cria o novo Plano Nacional de Educação não representa os interesses do povo. O governo quer que a educação continue nas mãos do setor privado, no ensino superior e ensino profissionalizante, quer que as creches sejam mantidas por entidades filantrópicas e não quer aumentar os investimentos públicos necessários. Para que isso aconteça é necessário que o poder público aplique ao menos 10% do PIB em educação pública. Em 2001 o Brasil aplicava 3,9% do PIB em educação. Dez anos depois, passamos apenas para 5%. E até 2020, o governo quer que esse valor cresça apenas 2%, alcançando 7%. É muito pouco! Somente a mobilização popular poderá conquistar um PNE que represente os interesses do povo brasileiro. Uma educação pública de qualidade necessita que os governos parem com a mercantilização do ensino público, através das terceirizações, da meritocracia e da falta de autonomia e democracia nas escolas. A Intersindical conclama a todos a organizar comitês em defesa do investimento de 10% do PIB para a educação pública, em cada escola, local de trabalho ou de moradia. A população tem o direito de decidir onde o dinheiro público é investido. Por isso, queremos um plebiscito para que a sociedade decida onde deve ser investido o dinheiro dos impostos pagos pelos trabalhadores. A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tam pouco a sociedade muda. Paulo Freire