JORNAL DO BRASIL
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Ciência e Tecnologia
04/04 às 18h04
Into entra para grupo dos
melhores hospitais ortopédicos
do mundo
O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) acaba de ser incluído
como mais novomembro da International Society of Orthopaedic Centers, sociedade
internacional que engloba os melhores hospitais do setor em todo o mundo.
O diretor geral do Into, João Matheus Guimarães, disse hoje (4) que para o órgão do Ministério
da Saúde ser membro da instituição internacional significa uma conquista, porque “o Brasil vai
ser o terceiro país da América Latina a fazer parte desse seleto grupo de institutos voltados
para as patologias do sistema musculoesquelético da ortopedia e da traumatologia”.
Ao todo, são 17 centros ortopédicos de diversos países que integram a Sociedade
Internacional de Centros Ortopédicos. Da América Latina, participam a Clinica Alemana, do
Chile, e o Instituto Nacional de Rehabilitación, do México. A sociedade é liderada pelo Hospital
of Special Surgery, localizado em Nova Iorque, com o qual o Into já tem relação estabelecida.
A grande vantagem em participar da sociedade, informou o diretor do Into, é que abre um
campo vasto para intercâmbio de especialistas, mostrando as características da instituição
brasileira. Ele acrescentou que a inclusão do Into significa também o reconhecimento do
trabalho atual que vem sendo feito pelo órgão, que teve de cumprir algumas exigências.
“Mostrar a qualidade no atendimento da ortopedia e também a parte de ensino, treinamento e
pesquisa, que são grandes missões que o instituto tem”.
Além de atender e operar pacientes, o Into tem uma área de formação de profissionais, não
apenas com residência médica e especialização em subáreas da ortopedia, mas agora
também com mestrado no sistema musculoesquelético. O instituto tem, ainda, laboratórios de
pesquisa que incluem pesquisas clínicas.
A participação na sociedade internacional reforça ainda o compromisso do Into de ser uma
referência no tratamento e na cirurgia ortopédica. “Para manter esse selo de qualidade, a gente
vai trabalhar para estar cada vez mais capacitado. É um comprometimento que a gente vai ter
para manter a qualidade e a segurança no tratamento desses pacientes”. A ideia é obter
ganhos em agilidade e produtividade, além da formação de capacitação de profissionais para
atuar nessa área.
A meta do Into para este ano é operar 10 mil pacientes, o que corresponde a cerca de mil
pacientes por mês, e efetuar 210 mil consultas ortopédicas.
Graças à parceria firmada com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), João Matheus
Guimarães espera que o curso de doutorado no Into na área de ortopedia esteja em
funcionamento ainda em 2014. “Isso faz parte de uma outra estratégia que o Into está criando,
que é chamada Rede Into”. O instituto quer capacitar alguns hospitais em diversas cidades do
país, onde possam ser utilizados os mesmos protocolos que o Into usa. Já existe parceria
fechada com esse objetivo em Belo Horizonte. Estrutura semelhante será montada em São
Paulo. “Acho que a Rede Into será um ganho a mais para o instituto em que nós vamos ter
uma representatividade em todo o país”.
O Into tem atualmente grande demanda de doentes de outros estados. João Matheus
Guimarães acredita que se conseguir montar alguns hospitais em pontos estratégicos do país,
isso irá facilitar bastante a ação do Into e acabar muito com a sobrecarga. “A ideia é a gente
estar descentralizando esse atendimento, mas sempre mantendo a qualidade Into”.
Antes da revisão efetuada no ano passado, a fila de doentes que aguardavam cirurgia no Into
alcançava 20 mil pessoas. “Já caiu para 16 mil”, sublinhou o diretor geral. O instituto se
prepara agora para iniciar a montagem dos mutirões de cirurgias que serão feitas durante o
ano, para tentar diminuir o tempo de espera dos pacientes na fila. “Será um esforço
concentrado, inclusive nos sábados, para poder diminuir a fila”. Além disso, será feita uma
nova revisão da lista, tendo em vista que alguns pacientes acabam sendo operados em outros
hospitais. A revisão, salientou Guimarães, visa também a dar um atendimento de melhor
qualidade de vida aos doentes que aguardam pelas cirurgias, como tratamento fisioterápico.
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