Sábado 27
AÇORIANO ORIENTAL
SÁBADO, 21 DE JUNHO DE 2014
COORDENAÇÃO HUGO GONÇALVES, JOÃO CORDEIRO E LÁZARO RAPOSO
DIREITOS RESERVADOS
Este é um
dos melhores
anos dos
festivais
de Verão
Sem desculpas
para não ouvir
boa música
O Meia de Rock
apresenta aqui um
roteiro com os
melhores concertos
dos festivais do Verão
de 2014
SÓNIA MIRANDA
[email protected]
Sempre fui fã dos festivais de Verão. Para nós, ilhéus, é a melhor forma de podermos assistir a muitos concertos ao
mesmo tempo a um preço relativamente acessível. O meu
primeiro festival foi Paredes de
Coura, em 2007, e desde aí fiquei
fã do conceito. Este ano, o meu
estado de graça levou-me a abdicar das lides dos festivais, mas
Como se pode ver este ano não
existem desculpas para não se
ouvir música de qualidade ao
vivo em Portugal. Aliás existem
muitos outros festivais que apesar de não serem mencionados,
são altamente recomendados
como o Festival de Músicas do
Mundo em Sines, o Festival MED
em Loulé ou o tão nosso Maré
de Agosto. Da minha parte só
faço votos para que esta qualidade se mantenha ano
após ano
nos festivais do
nosso
país, para
que dentro
de pouco
tempo sejamos
uma referência mundial na
área.
The National estiveram a este mês no Porto
confesso que 2014 é o ano dos festivais de Verão em Portugal, e que
muito me tem custado ter de assistir de sofá a alguns dos concertos.
Começo pelo Rock em Rio, que
contou com nomes como Rolling
Stones, Queens of the Stone Age
e Arcade Fire. Assistir pela televisão deixa-nos ainda com mais
vontade de lá estar, porque só assim se sente toda a envolvência e
o ambiente de festival, e se sente
a emoção de ver uma das nossas
bandas preferidas subir ao palco.
Mas os grandes cartazes deste
Verão não se resumem ao Rock
in Rio. No início do mês de Junho, no Parque da Cidade, no
Porto, teve lugar o NOS Primavera Sound, com nomes sonantes como Mogwai, Pixies e The
National. A 10 de Julho começa
o Optimus Alive no Passeio Marítimo de Algés com Arctic
Monkeys, Ben Howard, Interpol,
The Lumineers, dia 11 destacam-se do cartaz Black Keys e
MGMT, e dia 12 temos Foster the
People. O Optimus Alive sempre
se apresentou, na minha opinião,
como o cartaz ideal para os principiantes nestas andanças dos festivais, pois tem um cartaz extremamente abrangente e de muita
qualidade, está muito bem localizado, servido de parque de campismo e de acessos muitos bons.
Para quem pretende aventurarse num festival no continente sugiro que comece por aqui.
No fim de semana seguinte, de
17 a 19 de Julho, temos o Super
Bock Super Rock no Meco, que
este ano apresenta nomes como
Massive Attack, Cat Power, Eddie
Vedder, Kasabian e Foals. Ao
mesmo tempo, em Vila Nova de
Gaia decorre o Festival Marés Vivas, que tem como destaques The
Prodigy a 17 de Julho e Portishead
a 19. Atenção, estou a mencionar
apenas algumas bandas que fazem parte do extenso cartaz de
qualquer um destes festivais. Para
uma pesquisa mais intensiva sobre cada festival sugiro uma consulta detalhada aos respetivos sítios na internet.
Por fim, temos o mítico Paredes de Coura, que decorre na
Praia Fluvial do Rio Tabuão, e
que, a meu ver, é o festival com o
melhor cenário possível. Este
com Cage de Elephant, a 20 de
Agosto, no dia 21 Franz Ferdinand e no dia 23 James Blake e
Beirut. Distant Satellites - novo disco de Anathema
DIREITOS RESERVADOS
HUGO GONÇALVES
hugo.gonç[email protected]
Ao longo dos anos os britânicos
Anathema sofreram várias transformações no som da banda o
que levou ao inevitável afastamento de alguns fãs mas, ao mesmo tempo, ganharam outros tantos que rapidamente se
identificaram com a nova sonoridade praticada.
Longe vão os tempos do
doom/death metal do início da
década de 90 que deu lugar a um
som atmosférico e progressivo
o qual teve o seu início com o lançamento de Eternity, em 1995.
Distant Satellites é o mais recente capítulo da carreira da ban-
da e com ele surgem novos desenlaces numa história que tem
vindo a ser pautada pela excelência. Os Anathema são daquelas bandas que têm facilidade em
despertar todo um conjunto de
emoções que não deixam ninguém indiferente. Neste aspeto, o ambiente de esperança e positivismo que vinha a ser trilhada
nos últimos dois álbuns continua
a ser nota dominante, contudo,
a forma de lá chegar mudou ligeiramente. O virtuosismo das
guitarras e as mudanças rítmicas
mais vincadas deram lugar a uma
orquestração polida e presente
em momentos chave, harmonias
vocais e alguns momentos mais
eletrónicos que, no seu todo, con-
Som da banda tem evoluído ao longo da carreira
tribuem para uma composição
onde o mais importante é a atmosfera criada. Contudo, não podia deixar de destacar a prestação vocal tanto de Vince
Cavanagh, como de Lee Douglas,
esta última como voz de apoio. A
excelente forma de ambos e o nível de cumplicidade que atingiram é, sem dúvida, um ponto positivo que fica bem patente ao
longo de todo o disco. Apesar das
mudanças, Distant Satellites é
um álbum que segue a lógica que
a banda vem seguindo nos últimos anos mas tem, claramente,
a capacidade de angariar uma
nova horda de fãs com esta nova
roupagem. Uma vez mais, a não
perder. 
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Este é um dos melhores anos dos festivais de Verão