Jornal - Edição especial
GRUPO DE AVALIAÇÃO – FACED/UFBA
AVALIAÇÃO NA CLASSE HOSPITALAR
EDITORIAL
Prezados leitores,
O Jornal do Grupo de Avaliação, em parceria com estudantes de Pedagogia da
FACED, lança neste mês, uma edição especial sobre Avaliação na Classe Hospitalar.
Refletindo sobre o processo de avaliação tanto Institucional quanto da aprendizagem.
traremos ainda outras informações relevantes sobre a classe hospitalar, dicas de
livros, filmes, cursos, eventos e hospitais de Salvador que hoje já possuem uma classe
hospitalar.
Não deixem de ler as demais colunas, pois através delas vocês terão um pouco mais
de conhecimento sobre este tema, que tem sido bastante discutido atualmente.
Boa leitura!
Expediente
Publicação especial do GA – Grupo
de Avaliação da Pós-graduação em
Educação da FACED – UFBA
REDAÇÃO
Geane Cristina, Helma Gleice e
Luana Guimarães
IMAGENS
http://www.google.com.br
Contatos
[email protected]
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www.portaldaavaliacao.ufba.br
Telefone
87162550
www.faculdadedacidade.edu.br
Devido à crescente preocupação com as
crianças hospitalizadas, começaram a
surgir algumas propostas de trabalho
que
atendem
às
necessidades
educacionais dessas crianças. A seguir
apresentaremos o conceito de Classe
Hospitalar, um breve histórico de como
ela surgiu e como se dá a avaliação,
para que você leitor, possa entender
melhor o processo da classe hospitalar e
sua importância.
Leia!
Hospitais em Salvador que
já possuem a classe
hospitalar:
Hospital Santa Isabel, Couto
Maia,
Ana
Nery,
Roberto
Santos,
Martagão
Gesteira,
Eládio Lassere, João Batista
Caribé, Centro Pediátrico Osman
Oliveira,
Hospital
Sarah
e
Hospital Oside
FIQUE ATENTO!
Curso de extensão.
 A Faculdade da
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40.015-140 oferece o
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curso acessem o site:
A praxis pedagogica no contexto da escola
hospitalar - Descrição: Tese de
doutorado. Faculdade de Educação.
UFBA/2005. PAULA, Ercilia Angeli T.
A pratica pedagogica em uma enfermaria
pediatrica: contribuicoes da classe
hospitalar a inclusao des Descrição: artigo.Revista Brasileira de
Educacao, n.12,p.84-93,1999. Alessandra
Santana BARROS.
Classe Hospitalar: Estratégias e
Orientações - Ministério da
EducaçãoDescrição: documento oficial.
MEC/SEESP. Governo Brasileiro. Brasília,
2002.
Telefone para
contato: 3254 6000
Pós-graduação
 Pós-graduação em
Pedagogia Hospitalar
- Unime Bahia
http://www.unime.edu.br
 8 a 11 set/ 2009
6º Encontro
Nacional sobre
Atendimento Escolar
Hospitalar
http://www.unilasalle.org/
Jornal - Edição especial
GRUPO DE AVALIAÇÃO
FACED - UFBA
O
Que
é
Classe
Hospitalar?
A criação de classes escolares em hospitais é resultado do
reconhecimento formal de que crianças hospitalizadas,
independentemente do período de permanência na
instituição ou de outro fator qualquer, têm necessidades
educativas e direitos de cidadania, onde se inclui a
escolarização. É uma modalidade de atendimento prestada
a crianças e adolescentes internados em hospitais, em
casas de apoio, ou em tratamento domiciliar. Ela parte do
reconhecimento que a enfermidade os afasta da rotina de
uma escola, os priva da convivência em comunidade, e os
submete ao risco de transtornos ao desenvolvimento.
O adoecimento representa para a criança a penetração
compulsória em um estranho mundo asséptico: o hospital.
Em contrapartida, a libertação deste mundo, sinalizada
pela alta hospitalar, aciona o medo do enfrentamento da
condição de normalidade. È neste momento que a escola
assume papel de relevância ao inserir a criança na vida
livre da hospitalização e no retorno ao ciclo do
conhecimento.
A Classe Hospitalar atende, preferencialmente, crianças e
adolescentes. Mas muitos hospitais aproveitam a
oportunidade criada pelas condições de ensinoaprendizagem e estendem a oferta da modalidade a
pacientes jovem-adultos e/ou aos acompanhantes das
crianças – em sua maioria mães. A Pedagogia Hospitalar
refere-se ao campo do conhecimento que vem
progressivamente se consolidando para dar subsídio às
reflexões e práticas da Classe Hospitalar. Para produzir
conhecimento ela se beneficia de contribuições da
Psicologia Hospitalar, da Psicopedagogia, da Educação em
Saúde, da Antropologia Médica, da Saúde Pública, da
Terapia Ocupacional, do Serviço Social, da Psicanálise, da
Enfermagem, da Medicina Social, da Educação Especial,
dentre outras tantas áreas de saber.
Dicas de livros:
Na Faculdade de Educação da UFBA
existe um grupo que faz um trabalho
bem legal nesta área, vale a pena
conferir:
www.cerelepe.faced.ufba.br
Como caracterizamos o processo de avaliação
existente nas práticas da Classe Hospitalar?
Maria Celeste Ramos da Silva
O mais pertinente para respondermos de maneira coerente esta
questão, seria, analisarmos em primeira instância como estão
organizadas administrativamente, ou seja, verificarmos a forma como
em cada cidade, Estado ou unidade Hospitalar estas classes estão
organizadas. Podem estar regidas sob um contrato entre as secretarias
estaduais ou municipais e o terceiro setor (ONGs, Associações, entre
outros), convênios de cooperação tecnocientifica entre universidades
(Hospital Escola) e unidades hospitalares, ou ainda uma rede organizada
entre as secretarias de saúde e educação no sentido de oferecer
cobertura ampliada a todas as crianças, garantindo-lhes o direito de
assistência integral, como acontece no Estado do Paraná na gestão da
rede SAREH, onde uma equipe de professores tanto do Estado como do
Município formam uma equipe de atenção a crianças e adolescentes
hospitalizados.
Quando se fala em avaliação institucional, a impressão primeira tomada
pelos professores de modo geral e daqueles que atuam em unidades
hospitalares, é de que alguém mais apto, em disponibilidade de alguns
aspectos e métodos que norteiam o processo avaliativo, julgará sua
ação determinando, portanto a relevância, eficácia ou ineficácia do
trabalho realizado. A avaliação da aprendizagem preocupa-se não
apenas com o desempenho, mas também com e a certificação dos
alunos, no entanto não se confunde com os objetivos e tampouco com
suas políticas.
Embora seja relevante a atenção educacional a crianças e adolescentes
na circunstância de adoecimento e hospitalização, muitos professores
pouco sabem a respeito do que seja possível realizar junto a este
público no sentido de favorecer situações de aprendizagens. Dado a
este desconhecimento, pode-se pressupor que mesmo sendo alvo da
política da Educação Especial, ainda pouco se sabe a respeito das
possibilidades de incluir tais sujeitos nas escolas regulares em razão do
descrédito em sua capacidade de trabalho. Ademais conceber que
mesmo numa outra ordem pela complexidade existente no hospital,
perspectiva de tempo e flexibilização em meio a uma rotina não
estabelecida e de um planejamento que possa fluir com dantes se
esperava numa sala de aula, professores possam propor atividades
pedagógicas para alcance de resultados, dando continuidade ao
processo de ensino-aprendizagem, principalmente investindo em sua
auto-estima e em sua capacidade intelectiva. Assim, avaliar pressupõe
levantamento de dados, o que comporta nesse sentido, numa atividade
que a partir da informação de qualidade do processo que está sendo
avaliado, implica numa tomada de decisão para melhoria deste processo
em âmbito geral envolvendo todos que participam da gestão, alunos,
professores, profissionais de saúde, representantes das secretarias de
educação além daqueles que trabalham com os alunos-pacientes nas
escolas regulares, espaço de origem do aluno. Conforme dados
apresentados por Fonseca (2007), no Brasil há pouco mais que 111
classes hospitalares em 17 estados e no Distrito Federal. Esse número
revela o quanto ainda é frágil afirmarmos sobre a garantia desses
direito a criança e adolescente possam usufruir deste serviço, muito
embora seja um prenúncio de lei. Se pensarmos que para um adulto o
enfrentamento de adoecimento e hospitalização não é vista com bons
olhos, ainda que se tenha consciência de sua necessidade, imaginemos
para as crianças e adolescentes que logo se sentem ameaçados,
amedrontados pela estranheza que este espaço denota.
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FACED - UFBA
A hospitalização é uma ameaça constante à sua liberdade, sua
privacidade e consequentemente à sua identidade. O espaço
hospitalar é muito estranho, pois comporta uma série de
procedimentos que não são fazem parte da sua rotina, de seu
cotidiano. Ademais, não se configura socialmente como espaço
agradável de aceitação. O processo de hospitalização distancia a
criança e o adolescente de seu ambiente tornando-os, de certa
maneira, vulneráveis social e intelectualmente. Ao se encontrarem
afastadas de seus ambientes cotidianos, sentem-se excluídos por
estarem doentes e distantes de suas casas, de suas escolas, de seus
colegas, de professores e amigos, o que os leva, dessa forma, a
manifestarem, com freqüência, distúrbios da auto-estima.
O professor pode ser, assim, um mediador capaz de estabelecer uma
comunicação mais próxima e afetiva entre o paciente e o ambiente
hospitalar, capaz de criar possibilidades de trocas interativas e que
pode fazê-lo sentir-se mais confiante ao aliviar sua passagem no
hospital. Isso justifica, portanto, não só a presença do professor
dentro do hospital, quanto o investimento na continuidade do
processo de escolarização deste paciente - que é ao mesmo tempo
um educando. Todavia, o sucesso desse empreendimento depende da
constante interlocução com os professores de escolas de origens
daquelas crianças.
É possível verificar, portanto tanto nas falas dos alunos que
necessitam de reinternações quanto na fala dos professores de
classe hospitalar que escutam ao realizar um contato com alguma
escola, o desconhecimento não só dos professores, como também
dos coordenadores e diretores das escolas regulares com relação à
existência dessa modalidade de ensino. Em geral esse
desconhecimento se identifica quando da solicitação, por parte da
escola hospitalar, de atividades e conteúdos para acompanhamento
educacional dos alunos-pacientes, bem como quando do envio de
relatórios e avaliação para essas unidades, exigindo desses
profissionais maior esclarecimento sobre o assunto. Não se tem
clareza da importância deste atendimento e institucionalmente
organizado um documento oficial pelas secretarias que garantam a
aceitabilidade por parte dos diretores e professores das escolas
regulares. Questiona-se não apenas a validade do documento, mais
frequentemente a veracidade da realização de atividades que
traduzam os objetivos de tais escolas, níveis/idades/séries destes
alunos que correspondam ao que foi trabalhado nestas escolas, dado
que a classe hospitalar não segue a organização seriada.
Tal atendimento pode ser realizado em espaços e tempos que não
seguem a rotina da escola regular. Geograficamente a escola pode
ser no corredor, na enfermaria, em um leito, pois concorre com a
situação de adoecimento de cada aluno-paciente. Assim, se as
escolas fossem mais engajadas em práticas de Educação em Saúde,
saberiam mais a respeito das causas de morbidade (adoecimento) de
sua clientela (crianças e adolescentes). Saberiam que seus alunos
são potencialmente pacientes de tais e quais agravos e enfermidade
e não só saberiam reflexivamente, como agiriam como tais e
colaborariam criando redes de atenção na educação e saúde.
•
Links interessantes:
A avaliação dos processos de escolarização institucionalizados
em diferentes hospitais, evidentemente, possibilitaria melhor
esclarecimento das propostas pedagógicas nas experiências
aventadas na modalidade de classe hospitalar. Por outro lado,
evidenciaria, seu impacto social; além de destacar o papel do
professor em um ambiente tão heterodoxo como o hospital e
das demandas ao desenvolvimento intelectual e afetivo,
requeridas por crianças e adolescentes, cujas doenças são
fatores
que
concorrem
negativamente
com
esse
desenvolvimento, serviria como caminho para sustentar tal
proposta. Além do mais, esclarecer que o trabalho desenvolvido
na classe hospitalar, na sua dimensão interna, deve alimentar a
reflexão própria da escola, de sua comunidade, sobre as formas
de gestão educativa sobre seus propósitos e resultados,
representados no seu projeto pedagógico.
Esta, portanto, a avaliação, tem a possibilidade de se constituir
numa iniciativa que pode garantir e instigar outras reflexões,
baseada na auto-reflexão (da sua cultura interna e externa),
pode proporcionar o alcance de objetivos básicos como o
processo contínuo de aperfeiçoamento de sua missão de educar;
instrumento da gestão educativa, elemento para políticas
públicas e prestação de conta aos educandos e seus familiares,
bem como a sociedade como todo.
Maria Celeste Ramos da Silva - Pedagoga pela Universidade do
Estado da Bahia. Mestre em Educação pela Universidade
Federal da Bahia. Atualmente é professora de Classe Hospitalar
- Obras Sociais Irmã Dulce - Hospital da Criança, docente da
Faculdade da Cidade, membro do grupo CERELEPeFACED/UFBA (Centro de Estudos sobre Recreação,
Escolarização e Lazer em Enfermarias Pediátricas), membro do
Comitê de Ética e Pesquisa das Obras Sociais Irmã Dulce,
atuando principalmente nos seguintes temas: inclusão/exclusão,
ética, educação/saúde do escolar, hospital, ensino e
aprendizagem e educação especial.
Grupo de Artistas Solidarios - Hospital Universitario Professor Edgar
Santos http://www.facom.ufba.br/com112_2001_2/gas/index.ht
m
Terapeutas do Riso (Salvador BA) http://www.terapeutasdoriso.com.br/2005/index.php
Doutores da Alegria http://www.doutoresdaalegria.org.br
Dicas de filmes:
Mande sua contribuição,
faça críticas, envie
sugestões. O processo
está em construção.
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FACED - UFBA
Avaliação da Aprendizagem no espaço hospitalar.
Armando C. Arosa
Segundo Arosa: “Apesar da existência de vasta literatura sobre avaliação
da aprendizagem, quando se trata de sua prática no espaço hospitalar
ainda há uma grande lacuna a ser preenchida. O pequeno número de
pesquisas, bem como o pouco tempo de existência desse tipo de
atendimento educacional podem apontar para falta de reflexão acumulada
sobre esse assunto”.
A avaliação não pode ser compreendida de forma isolada das demais
práticas desenvolvidas no interior da escola, principalmente porque sua
ocorrência não está restrita a este espaço. No caso da avaliação escolar, é
importante compreender as relações entre as concepções que norteiam as
práticas avaliativas e aquelas que organizam os conhecimentos a serem
transmitidos, bem como com as próprias concepções do que seja
conhecimento. Desse modo, planejamento, avaliação, currículo e
concepções de conhecimento são indissociáveis. È nesse caminho que se
pretende fazer um exercício de reflexão acerca dos processos avaliativos
que se desenvolvem no interior de uma escola em ambiente hospitalar.
Na perspectiva classificatória da avaliação, a reprovação e a
disciplinarização dos alunos são considerados elementos indispensáveis
para o sucesso escolar, gerando uma relação entre professor e aluno na
qual a avaliação é utilizada como moeda troca, fazendo parte do jogo de
produção desse sucesso/fracasso.
Na escola, o professor é a autoridade e, muitas vezes, encontra na
avaliação o seu instrumento de coerção, garantindo seu lugar de soberania.
Neste sentido, qual é o lugar da avaliação no trabalho pedagógico realizado
em espaço hospitalar?
Uma possibilidade a ser tomada como ponto de partida é a da “Avaliação
Formativa”. Esta perspectiva configura-se como concepção que possibilita
simultaneamente a significação da ação educativa hospitalar e a formação
permanente de seus professores e alunos. Pode ser identificada como um
modo de investigação acerca da realidade da realidade educativa,
centrada no processo e não no produto, considerando que o aluno aprende
de diversas formas, em diferentes tempos e a partir de suas experiências
cotidianas, essa concepção de avaliação possibilita mostrar a professores
e alunos como ocorrem seus processos de ensinar e aprender.
Um processo de avaliação que se constitua a partir de uma concepção
emancipadora, que esteja a serviço da libertação e não da domesticação,
como quer Freire, deve produzir as descrições, a análise e a crítica da
realidade, visando a transformá-la (SAUL, 2000). Essa concepção
pressupõe a construção de práticas avaliativas que revelem o grau de
autoconhecimento dos sujeitos em suas diversas dimensões. Esses sujeitos
apuram a consciência de si e do mundo, na medida em que percebem
criticamente sua inserção no contexto em que vivem. No hospital, isso
significa conhecer sua condição de sujeito, não que se submete a um
tratamento, mas que é seu partícipe, e principal interessado. Para isso, é
preciso conhecer a natureza de sua enfermidade, suas manifestações, o
funcionamento do seu corpo, os procedimentos terapêutico, mas também
seus direitos como paciente, a função de cada espaço, as relações que se
estabelecem no hospital. Esses elementos, portanto, passam a constituir o
currículo escolar, praticado no espaço hospitalar. Entretanto, a avaliação
não pode ser realizada para aferir a quantidade acumulada desses
conhecimentos, mas para revelar o momento em que se encontra a criança
no processo de construção desses conhecimentos, sua forma de
elaboração e, principalmente com esses conhecimentos participam da
tomada de consciência da situação em que vive e como podem ser
utilizados na intervenção a ser produzida para transformar essa realidade
no sentido de fazê-lo sair do estado de opressão em que se encontra.
Esse movimento ultrapassa o aspecto cognitivo e ganha
dimensão existencial e política, na medida em que a criança
reconhece sua condição de sujeito de direitos.
Compreende- se, por fim, que o processo de avaliação traz uma
dimensão política que não pode ser ignorada. Sua prática irá
refletir toda uma série de pressupostos que a coloca em
sintonia com um conjunto de objetivos que fazem pertencer a
um determinado campo social e político. A reflexão permanente
sobre esses pressupostos e sobre as práticas que a constituem
é imprescindível para compreender sua função e sua adequação
ao projeto político-pedagógico a ser posto em sua prática.
Assim, a opção que se faz quando se quer instituir uma avaliação
emancipadora revela o claro entendimento de que a educação
não pode servir de instrumento de exclusão social, mas de
promoção permanente de cidadania.
Referência:
AROSA, A. C. e SCHILKE, A. L.A escola no
hospital: espaço das experiências emancipadoras.
Niterói : Intertexto, 2007.
O que diz a Lei sobre a Classe
Hospitalar...
Só na década de 90 que, no Brasil foram criadas leis
especificas para a “Classe Hospitalar”, por meio das quais
houve um olhar especifico para esta necessidade. Até
então, as classes hospitalares eram regidas pela
Constituição Federal de 1988 e pela LDB 9.394/96,
apenas com base na idéia de que a educação é para todos.
Dentre essas leis específicas podemos citar: o Estatuto
da Criança e do Adolescente, em especial, o artigo 9, que
trata-se do direito à educação: “Direito de desfrutar de
alguma forma de recreação, programa de educação para a
saúde” a lei dos Direitos das Crianças e Adolescentes
Hospitalizados, através da Resolução n 41 de 13/10/1995.
Essas leis visam a proteger a infância e a juventude,
sendo um instrumento de tentar garantir uma sociedade
mais justa.
A classe hospitalar está inserida na LDB 9.394/96 como
educação especial, em uma visão de educação inclusiva.
Atualmente, incluem-se alunos com necessidades
educacionais especiais os deficientes mentais, auditivos,
físicos, com deficiências motoras e múltiplas, síndromes
no geral e os que apresentam dificuldades cognitivas,
psicomotoras e de comportamento, além daqueles alunos
que estão impossibilitados de freqüentar as aulas em
razão de tratamento de saúde que implique internação
hospitalar ou atendimento ambulatorial.
http://www.smec.salvador.ba.gov.br/site/documentos/es
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