LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Revisão das Informações Trimestrais (ITR) Trimestre Findo em 31 de Março de 2008 1 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Demonstrações financeiras Em 31 de março de março de 2008 e 31 de dezembro de 2007 (Em milhares de Reais) Conteúdo Relatório de Revisão dos Auditores Independentes auditores independentes 3-4 Balanços patrimoniais 5 Demonstrações de resultados 6 Demonstrações das mutações do patrimônio líquido 7 Notas explicativas às Informações Trimestrais 2 8 - 63 Relatório de Revisão dos Auditores Independentes Ao Conselho de Administração e aos Acionistas da LAEP Investments Ltd. Bermuda 1. Revisamos as informações contábeis contidas nas Informações Trimestrais - ITR, individuais e consolidadas, da LAEP Investments Ltd., referentes ao trimestre findo em 31 de março de 2008, compreendendo os balanços patrimoniais, as demonstrações de resultados, o relatório de desempenho e as notas explicativas, elaborados sob responsabilidade de sua administração. 2. Exceto quanto ao mencionado no parágrafo 3, nossa revisão foi efetuada de acordo com as normas específicas estabelecidas pelo IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, em conjunto com o CFC - Conselho Federal de Contabilidade, e consistiu, principalmente, em: (a) indagação e discussão com os administradores responsáveis pelas áreas contábil, financeira e operacional da Companhia e suas controladas, quanto aos principais critérios adotados na elaboração das Informações Trimestrais; e (b) revisão das informações e dos eventos subseqüentes que tenham ou possam vir a ter efeitos relevantes sobre a situação financeira e as operações da Companhia e suas controladas. 3. Conforme mencionado na Nota Explicativa 3j, até a aprovação dessas informações trimestrais, a administração da Companhia e suas controladas não haviam concluído seus estudos sobre os impactos das modificações nas práticas contábeis introduzidas pela Lei n° 11.638/07 e Instrução CVM nº 469/08, de forma a possibilitar o registro contábil de eventuais efeitos ou divulgar uma estimativa dos possíveis efeitos das alterações introduzidas pela Lei no patrimônio líquido e no resultado do período apresentado. 4. Com base em nossa revisão, exceto pelo assunto mencionado no parágrafo anterior, não temos conhecimento de qualquer modificação relevante que deva ser feita nas Informações Trimestrais acima referidas, para que estas estejam de acordo com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), aplicáveis à elaboração das Informações Trimestrais, incluindo a Instrução CVM nº 469/08. 3 5. As informações trimestrais da controlada indireta Parmalat do Brasil S.A. Indústria de Alimentos foram preparadas de acordo com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), aplicáveis a uma companhia em continuidade normal dos negócios as quais pressupõem a realização dos ativos, bem como a liquidação das obrigações no curso normal de suas atividades. A controlada indireta apresenta em 31 de março de 2008 capital de giro negativo e prejuízos recorrentes como também se encontra em processo de recuperação judicial. Em maio de 2006 assumiu um novo controlador e os planos e ações da nova administração para o encaminhamento daqueles assuntos estão descritos na Nota Explicativa n°1. O desenvolvimento normal das atividades da controlada está diretamente condicionado ao sucesso desse plano e das ações da Administração e do empenho dos acionistas em capitalizar e alongar o seu endividamento, conforme Notas Explicativas nº 17 e 18. As informações trimestrais não incluem nenhum ajuste relativo à recuperação e classificação dos ativos ou aos valores e à classificação dos passivos, que poderia ser necessário em função da resolução desta incerteza. 6. Em 31 de março de 2008, a controlada indireta Parmalat do Brasil S.A. Indústria de Alimentos e Só-Nata Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios S.A. possuíam registrado em seu ativo não circulante, na rubrica impostos a recuperar, créditos acumulados de PIS e COFINS tomados de insumos utilizados em seus processos produtivos, no montante de R$ 65.297 mil e R$ 6.890 mil, respectivamente, (R$ 54.536 mil e R$ 5.533 mil em 31 de dezembro de 2007) os quais não vêm sendo compensados na mesma proporção de sua geração. Conforme mencionado na Nota Explicativa nº 8, com os lançamentos de novos produtos da divisão fornos e sucos, e o aumento esperado de volume e faturamento destas divisões, além de estudos em andamento, junto com seus assessores jurídicos e tributários, para encontrar alternativas para a realização desses créditos. A Administração acredita na realização desses créditos no curso normal dos negócios e não espera incorrer em perdas significativas na realização desses ativos. São Paulo, 14 de maio de 2008 KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6 Adelino Dias Pinho Contador CRC 1SP097869/O-6 4 Laep Investments Ltd. Balanços patrimoniais Em 31 de março de 2008 e 31 de dezembro de 2007 (Em milhares de Reais) Controladora Ativo Circulante Caixa e banco Aplicações financeiras Contas a receber de clientes Estoques Impostos a recuperar Outros créditos Gastos com representação a apropriar Despesas antecipadas Não circulante Realizável a longo prazo Depósitos judiciais Bens destinados à venda Impostos a recuperar Imposto de renda e contribuição social diferidos Gastos com representação a apropriar Outros créditos Ativo permanente Investimentos Ágio e deságio Imobilizado e intangível Diferido Nota Consolidado Controladora 31/03/2008 31/12/2007 31/03/2008 31/12/2007 28.704 23.122 - 29.231 23.122 - 36.715 117.243 199.841 107.694 13.547 43.254 2.700 4.623 16.325 328.784 139.791 81.581 6.718 40.876 313 51.826 52.353 525.617 614.388 5 6 7 8 9 22 12 8 10 9 13 14 15 16 - - 8.079 2.921 83.080 19 24.075 8.663 7.013 2.921 67.830 7 7.291 - - 126.837 85.062 442.798 (55.516) - 472.014 (55.516) - 139 57.351 746.002 3.329 206 32.312 665.347 986 387.282 416.498 806.821 698.851 439.108 468.851 1.459.275 Passivo Circulante Empréstimos e financiamentos Fornecedores Debêntures Obrigações tributárias Salários, encargos e provisões Credores quirográfarios Contas a pagar na aquisição de empresas Representações a pagar Outras contas a pagar Não circulante Exigível a longo prazo Empréstimos e financiamentos Obrigações tributárias Debêntures Credores quirografários Provisão para riscos trabalhistas, tributários e cíveis Impostos diferidos sobre reserva de reavaliação Outras contas a pagar Representações a pagar As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 5 17 19 18 20 21 17 20 18 21 22 10 31/03/2008 31/12/2007 31/03/2008 31/12/2007 - 202 - 34.196 131.042 62.242 41.405 14.094 51.531 39.439 15.667 20.053 42.901 97.993 60.718 35.547 11.665 59.412 11.701 - 202 409.669 319.937 - - 28.813 193.676 71.932 69.369 62.366 100.462 13.191 11.333 20.446 194.531 84.930 74.318 61.847 101.897 11.762 - - - 551.142 549.731 Resultado de exercícios futuros 14 - - 59.309 59.309 Participações de minoritários 4 - - 47 675 Patrimônio líquido Capital social Reserva de capital Reserva de reavaliação de ativos de controladas Prejuízos acumulados 1.398.301 Nota Consolidado 24.a 24.c 24.b 5.284 505.226 16.580 (87.982) 5.284 505.226 16.950 (58.811) 5.284 505.226 16.580 (87.982) 5.284 505.226 16.950 (58.811) 439.108 468.649 439.108 468.649 439.108 468.851 1.459.275 1.398.301 Laep Investments Ltd. Demonstrações de resultado Para o trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais, exceto prejuízo por ação) 31/3/2008 Nota Receita operacional bruta Venda de produtos Serviços prestados Controladora Consolidado - 408.732 259 - 408.991 - (43.236) (17.220) Receita operacional líquida - 348.535 Custos dos produtos vendidos e dos serviços prestados - (292.715) Lucro bruto - 55.820 Deduções Impostos sobre as vendas e serviços Devoluções e abatimentos (Despesas) outras receitas operacionais Vendas Administrativas e gerais Despesas financeiras Receitas financeiras Resultado da equivalência patrimonial Amortização de ágio Outras receitas operacionais, líquidas 25 26 27 27 13 14 Prejuízo operacional Resultado não operacional (306) (362) 295 (29.168) - (44.584) (32.849) (14.121) 6.135 (1.038) 58 (29.541) (30.579) (29.541) Prejuízo antes do imposto de renda e da contribuição social Imposto de renda e contribuição social 3f (29.541) Prejuízo antes da participação dos minoritários - Participação dos minoritários Prejuízo do período Prejuízo por ação - R$ As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 6 (31.108) 1.169 (29.939) 398 (29.541) (29.541) (0,21) (0,21) 142.681.981 Quantidade de ações ao final do período (529) 142.681.981 Laep Investments Ltd. Demonstrações das mutações do patrimônio líquido Para o trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) Reserva de capital Ágio na emissão de ações Capital social Saldos em 20 de junho de 2007 (data de constituição da Companhia) Reserva de reavaliação Ativos de controladas Prejuízos acumulados Total - - - - - Integralização de capital com ações da controlada Lácteos 2.899 - - - 2.899 Aumento de capital em dinheiro 2.385 - - - 2.385 Ágio na emissão de ações - 505.226 - - 505.226 Reavaliação espontânea - - 16.950 - 16.950 Prejuízo do período - - - (58.811) (58.811) 5.284 505.226 16.950 (58.811) 468.649 Reserva de Reavaliação - - Prejuízo do trimestre - - - (29.541) (29.541) 5.284 505.226 16.580 (87.982) 439.108 Saldos em 31 de dezembro de 2007 Saldos em 31 de março de 2008 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 7 (370) 370 - LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) 1 Contexto operacional a. LAEP Investments Ltd. (“LAEP”) A Companhia foi constituída em 20 de junho de 2007, em Bermuda, e tem como objeto social desenvolver, por meio de suas controladas diretas ou indiretas, ou ainda diretamente, desenvolvimento de atividades agropecuárias, aquisição e desenvolvimento de propriedades rurais ou urbanas, desenvolvimento de projetos de agricultura, desenvolvimento de culturas vegetais e animais, compra de rebanho, de propriedades agrícolas, investimentos em equipamentos e tecnologia, pesquisa e desenvolvimento, melhoria da qualidade genética do rebanho e treinamento e qualificação dos produtores, bem como na distribuição, beneficiamento, industrialização, envase de leite e produtos lácteos, desenvolvimento de marketing e produtos afins, consolidação do setor lácteo, dentre outros que possam vir a ser identificados como de oportunidades de investimento bem como participação em outras sociedades. A LAEP Investments Ltd. foi criada para capturar oportunidades no setor lácteo no Brasil e no exterior, tanto na integração da cadeia produtiva do leite (upstream), quanto no beneficiamento e distribuição de produtos lácteos (downstream). A partir de julho de 2007, a Companhia passou a deter de forma indireta 98,5% do capital social da Parmalat Brasil S.A. - Indústria de Alimentos, conforme demonstrado na Nota 4. Também em julho de 2007, foi constituída a controlada indireta Integralat Integração Agropecuária S.A., que visa estabelecer relações comerciais de longo prazo com os produtores regionais de leite, compartilhando a melhor tecnologia disponível e valendo-se do conhecimento das necessidades e potenciais específicos de cada bacia leiteira no Brasil, e aprimorar sua rede de relacionamento com os produtores espalhados pelas principais bacias leiteiras do Brasil. Adicionalmente, a Integralat Integração Agropecuária S.A. adquiriu, no final de julho de 2007, o controle da RE Piauí Agro-Negócios Ltda. (atual Integralat Agro-Negócios Ltda.) e da In Vitro Brasil Ltda., enquanto a controlada direta Lácteos do Brasil S.A., em setembro de 2007, adquiriu 98,7% de participação na Só-Nata Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios Ltda. 8 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) Em fevereiro de 2008, a Controladora indireta Integralat – Integração Agro-Negócios Ltda adquiriu 100% de participação na Mayoria S.A., empresa detentora da Fazenda “El Caldén” localizada na cidade de Soriano, Uruguai. b. Lácteos do Brasil S.A. (“Lácteos”) - Controlada direta A Lácteos do Brasil S.A. Indústria de Alimentos tem por objeto social a participação em outras sociedades, nacionais ou estrangeiras, na qualidade de sócia, acionista ou quotista, bem como a gestão e comercialização de bens próprios. c. Parmalat Brasil S.A. Indústria de Alimentos (“Parmalat Brasil”) - Controlada indireta A Parmalat Brasil tem por objeto social: • Indústria e comércio de produtos alimentícios em geral, inclusive laticínios, cereais, frutas e outros de origem animal ou vegetal, incluindo sucos concentrados, sucos naturais e artificiais, massas, biscoitos, doces, produtos dietéticos e ração para animais, bem como a produção, industrialização e comercialização de equipamentos e insumos para os referidos produtos, assim como seus derivados e conexos, inclusive sementes, fertilizantes, produtos químicos e produtos agropecuários, podendo para tanto, importar e exportar os citados produtos; • A exploração de supermercados e postos de combustíveis; • Aluguel de imóveis; • Compra, venda, permuta e administração de imóveis; • Aluguel de máquinas e equipamentos; • Locação de mão de obra; • A exploração da indústria e comércio de sorvetes e seus derivados, bem como a prestação de serviços, inclusive o de assessoramento e assistência técnica pertinente ao ramo; • Franquias do sistema e o licenciamento e/ou sub-licenciamento de marcas no território nacional e/ou no exterior; e 8 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) • Participação em outras sociedades. d. Áster Holding S.A. (“Áster”) - Controlada indireta que tem como controladora a Parmalat Brasil e que no trimestre findo em 31 de março de 2008 não teve atividade operacional A Áster tem por objeto social: • Efetuar negócios de fomento mercantil (factoring) na compra, total ou parcial, de direitos resultantes de vendas mercantis e/ou de prestação de serviços realizados à prazo por suas empresas-clientes contratantes; • Selecionar e avaliar os sacados-devedores ou fornecedores das empresas-clientes contratantes; • Realizar negócios de fomento mercantil no comércio nacional e internacional de exportação e importação; e • Participar como sócia ou acionista de outras sociedades. e. PRLT S.A. Indústria de Alimentos (“PRLT”) - Controlada indireta que tem como controladora a Parmalat Brasil A PRLT tem por objeto social: • Exploração da indústria e comércio de produtos alimentícios em geral, inclusive laticínios, cereais, frutas e outros de origem animal ou vegetal, incluindo sucos concentrados, sucos naturais e artificiais, massas, biscoitos, doces, produtos dietéticos e ração para animais, bem como a produção, industrialização e comercialização de equipamentos e insumos para os referidos produtos, assim como seus derivados e conexos, inclusive sementes, fertilizantes e produtos químicos, e ainda animais de raça e produtos agropecuários, podendo para tanto, importar e exportar os citados produtos; • Exploração de supermercados e postos de combustíveis; • Aluguel de imóveis; • Aluguel de máquinas e equipamentos; 9 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) • Locação de mão de obra; exploração da indústria e comércio de sorvetes e seus derivados, bem como a prestação de serviços, inclusive o de assessoramento e assistência técnica pertinente ao ramo; abrir franquias do sistema e o licenciamento/ou sublicenciamento de marcas no território nacional e/ou do exterior; e • Participação em outras sociedades e investimentos, inclusive em fundos de investimento imobiliário. f. Integralat - Integração Agropecuária S.A. (“Integralat”) - Controlada indireta que encontra-se em fase pré-operacional em 31 de março de 2008, e tem como controladora a Lácteos A Integralat tem por objeto social: • Integração e comercialização de insumos agropecuários; • Fomento de criação, desenvolvimento e comercialização de bovinos, caprinos e ovinos; • Capacitação de treinamento de pessoas para a criação e exploração comercial de bovinos, caprinos e ovinos; • Capacitação em zootecnia e veterinária; • Industrialização de produtos agropecuários, incluindo, mas não se limitando a bovinos, caprinos e ovinos; • Operação de pontos comerciais, industriais e empreendimentos agropecuários; • Exploração do comércio de sêmen e embriões de origem animal, sua produção, distribuição, importação e exportação; • Produção e comercialização de todo e qualquer instrumento ou material relacionado à inseminação artificial e à reprodução animal; • Planejamento, orientação e assistência técnica à pecuária; 10 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) • Representação de produtos biológicos e quimioterápicos, relacionados com seu objetivo, bem como, a exploração de atividades comerciais e industriais de produtos agropecuários em geral; • Integração, comercialização de insumos oriundos da agricultura, em especial, mas não se limitando a frutas e vegetais; • Locação, compra, venda, permuta e administração de imóveis; e • Participação em outras sociedades. g. Integralat - Integração Agro-Negócios Ltda. (“Integralat Agro”) - Controlada indireta que tem como controladora a Integralat A Integralat Agro tem por objeto social: • Exploração da agricultura e pecuária, em propriedade da empresa e de terceiros, bem como todos os serviços decorrentes do produto objeto desta exploração, como comercialização de insumos e arrendamento da propriedade; • Cultura, industrialização, exploração, produção e usinagem de Cana de Açúcar e seus derivados, inclusive álcool e açúcar; • O reflorestamento e a bovinocultura; • A participação em outras sociedades, na qualidade de sócia, quotista ou acionista. h. In Vitro do Brasil Ltda. (“In Vitro”) - Controlada indireta que tem como controladora a Integralat A In Vitro tem por objeto social a produção e comercialização de embriões bovinos e a pecuária bovina. i. Só-Nata Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios S.A. (“Só-Nata”) que mudou a razão social em 30/04/08 para “Cia de Alimentos Glória” - Controlada indireta que tem como controladora a Lácteos A Só-Nata tem por objeto social: 11 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) • Exploração da indústria e o comércio de produtos alimentícios em geral, inclusive laticínios, cereais, frutas e outros de origem animal ou vegetal, incluindo sucos concentrados, sucos naturais e artificiais, massas, biscoitos, doces, produtos dietéticos e ração para animais, bem como a produção, industrialização e comercialização de equipamentos e insumos para os referidos produtos, assim como seus derivados e conexos, inclusive sementes fertilizantes e produtos químicos e ainda animais de raça e produtos agropecuários, podendo para tanto, importar e exportar os citados produtos; • Exploração de supermercados; • Aluguel, compra, venda, permuta e administração de imóveis; • Aluguel de máquinas e equipamentos; • Locação de mão de obra; • Exploração da indústria e comércio de sorvetes e seus derivados, bem como a prestação de serviços, inclusive o de assessoramento e assistência técnica pertinente ao ramo; • Transporte de carga própria e de terceiros por meio rodoviário; e • Participação em outras sociedades. j. Companhia de Alimentos Ibituruna S/A (“Ibituruna”) - Controlada indireta por Contrato de Comissão Mercantil A Companhia de Alimentos Ibituruna S/A tem por objeto social: • Exploração da indústria e o comércio de produtos alimentícios em geral, inclusive laticínios, cereais, frutas e outros de origem animal ou vegetal, incluindo sucos concentrados, sucos naturais e artificiais, massas, biscoitos, doces, produtos dietéticos e ração para animais, bem como a produção, industrialização e comercialização de equipamentos e insumos para os referidos produtos, assim como seus derivados e conexos, inclusive sementes, fertilizantes e produtos químicos, e ainda ração de animas e produtos agropecuários, podendo para tanto, importar e exportar os citados produtos; • Exploração de supermercados; • Aluguel, compra, venda, permuta e administração de imóveis; • Aluguel de máquinas e equipamentos; 12 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) • Locação de mão de obra; • Exploração da indústria e comércio de sorvetes e seus derivados, bem como a prestação de serviços, inclusive o de assessoramento e assistência técnica pertinente ao ramo; • Participação em outras sociedades. Em 18 de janeiro de 2008, por meio da controladora direta Lácteos, foi assinado contrato para aquisição de 100% do negócio de industrialização e comercialização de leite e seus derivados da Cooperativa Agro Pecuária Vale do Rio Doce Ltda. (“Cooperativa”), localizada na cidade de Governador Valadares em Minas Gerais. Em 01 de fevereiro de 2008, foi constituída a Companhia de Alimentos Ibituruna S/A (“Ibituruna”), com acervo líquido oriundo da Cooperativa, que ainda permanecia, societariamente, como controladora integral da Ibituruna. Em função dos entraves legais para início das operações da Ibituruna e efetiva aquisição das ações desta empresa pela Lácteos, celebrou-se um Contrato de Comissão Mercantil, entre as partes, para que a Cooperativa pudesse praticar, em nome próprio e por conta e ordem da Lácteos, a exploração dos negócios comerciais da Ibituruna. Muito embora, societariamente, como já mencionado anteriormente, a Ibituruna tivesse como controladora integral a Cooperativa, o poder de decisão sobre os rumos do negócio era todo do Grupo LAEP. Em função disso, as demonstrações financeiras da Ibituruna, para o período compreendido entre 01 de fevereiro e 31 de março de 2008, geradas a partir do Contrato de Comissão Mercantil, foram consolidadas pela Companhia. Os saldos das principais rubricas da Ibituruna, em 31 de março de 2008, são demonstrados a seguir: Total do ativo Total do passivo Patrimônio líquido Prejuízo do período de 01/02/2008 a 31/03/2008 13 87.008 71.719 15.289 (2.337) LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) Em 11 de abril de 2008, a controlada direta Lácteo cedeu à controladora indireta SóNata, os direitos de aquisição da Ibituruna. A Só-Nata, na mesma data, adquiriu 100% das ações emitidas pela Ibituruna, pelo preço de R$ 38.171. Em 30 de abril de 2008, a Assembléia Geral Extraordinária da Só-Nata, aprovou a incorporação da Ibituruna na empresa, sendo o laudo feito por peritos independentes. Cabe ressaltar, que apesar dos eventos mencionados, a Cooperativa continua a explorar o negócio adquirido pela Só-Nata, conforme reza o Contrato de Comissão Mercantil, em função da regularização legal da filial da Só-Nata em Governador Valadares ainda não ter sido concluída. k. Mayoria S/A A Mayoria S/A tem por objeto social: • Industrializar e comercializar em todas as suas formas, mercadorias, arrendamentos de bens, obras e serviços em todos os ramos de alimentação, artigos de casa e escritório, bar, bazar, bebidas, carnes, borracha, cinema, combustíveis, construções e subsidiárias, couro, esporte, eletrotécnica, ensino, espetáculos, essências, farmácia, serralheria, fotografia, fibras sintéticas, produtos do país, hotel, empreitada, joalheria, brinquedo, lã, livraria, madeira, máquinas, marítimos, mecânica, medicina, metalúrgica, minério, música, óptica, papel, perfumaria, pesca, plástico, prensa, propaganda, química, radio, serviços profissionais, técnicos e administrativos, cigarro, televisão, têxtil, transporte de pessoas, coisas, semoventes e noticias, turismo, valores mobiliários, roupa, veterinária e vidro; • Compra,venda, arrendamento, administração, construção e toda classe de operações com bens imóveis, respeitando as proibições legais em vigências; • Construir por conta própria e de terceiros toda classe de obras de engenharia civil, industrial, química e eletrônica; • Importação, exportação, representação, comissão e consignação; • Casa de câmbio, prévia autorização das autoridades competentes, devendo cumprir as disposições legais e regulamentações em vigências; 14 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) l. Plano de Recuperação Judicial - Parmalat Brasil S.A. - Indústria de Alimentos O Plano tem por objetivo viabilizar, nos termos da Lei de Falências e Recuperação de Empresas, a superação da crise econômico-financeiro da Parmalat Brasil, preservando sua função social na comunidade brasileira e mantendo sua condição de entidade geradora de bens, recursos, empregos e impostos. O Plano pretende atender, principalmente, os interesses de seus credores, estabelecendo a fonte de recursos e o cronograma de pagamentos oferecidos. A previsão da forma de pagamento dos Credores foi inicialmente estabelecida no Plano de Recuperação Judicial aprovado em Assembléia Geral de Credores (AGC) de 22 de dezembro de 2005 e homologado em 2 de fevereiro de 2006. Posteriormente, em 26 de maio de 2006 foram aprovadas, em AGC, alterações ao Plano, tendo sido homologadas em 8 de junho de 2006. Esse Plano prevê as seguintes ações: l.1. Subscrição de capital A Parmalat Brasil deveria proceder a um aumento de capital de no mínimo R$ 20.000. Esta operação foi concluída com êxito e, na AGC de 26 de maio de 2006, foi aprovado o aumento e subscrição do capital social e sua integralização foi efetuada pela atual controladora Lácteos do Brasil S.A. no valor de R$ 20.010 por meio da emissão de 345.000.000 ações ordinárias, na mesma data. l.2. Credores financeiros quirografários Correspondem às instituições financeiras credoras da Parmalat Brasil sem garantia. Os pagamentos de acordo com o último aditamento ao Plano de Recuperação Judicial, em 26 de maio de 2006, homologado pelo juízo da recuperação judicial em 8 de junho de 2006, consistiam no pagamento a título de Refinanciamento Antecipado, o valor de R$ 120.000, pelo total da dívida dos Credores Financeiros Quirografários. Destes, o montante de R$ 19.000 foi pago imediatamente após o recebimento de recursos oriundos da Subscrição de Capital, conforme mencionado no item 1.j.1. acima. Os remanescentes R$ 101.000, conforme previsto, foram pagos com recursos provenientes da venda da participação da Parmalat Brasil na Batávia S.A., para a PDA Distribuidora de Alimentos Ltda., permitida após a homologação das alterações ao Plano de Recuperação pelo Juízo da Recuperação Judicial, em 9 de junho de 2006. 15 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) Ressalte-se que, com a conclusão do Refinanciamento Antecipado, a obrigação da Companhia de emitir Debêntures, de acordo com o Plano original e todas as obrigações inerentes a esta operação cessaram-se. l.3. Credores financeiros garantidos Correspondem às instituições financeiras credoras da Parmalat Brasil com garantia. Parte da primeira parcela aos Credores Financeiros Garantidos, no montante aproximado de R$ 870 (15,83%), foi paga antecipadamente, ou seja, concomitantemente ao pagamento da primeira parcela do Refinanciamento Antecipado aos Credores Financeiros Quirografários. O remanescente da primeira parcela, no montante de R$ 4.540, foi pago em 12 de junho de 2006. Os demais pagamentos seguem o fluxo normal, que de acordo com o Plano de Recuperação Judicial, serão em parcelas amortizadas semestralmente em 6 anos, corrigidas pelo IPCA mais 2% a.a., apresentados na Nota 21. De acordo com o Plano de Recuperação Judicial, não ocorrerão pagamentos em 2009 (período de carência). Até 31 de março de 2008, já foram pagas 4 parcelas, no montante total de R$ 25.274. l.4. Saldo Remanescentes dos credores financeiros quirografários Após a amortização da dívida em R$ 120.000, como mencionado no item 1.j.2. acima, o saldo remanescente de R$ 584.741, foi transferido por cessão de direitos em 14 de junho de 2006 para a atual controladora da Parmalat Brasil, Lácteos do Brasil S.A., conforme previsto no Aditivo ao Plano de Recuperação Judicial pela AGC de 26 de maio de 2006. Em 1º de julho de 2006, os acionistas da Parmalat Brasil decidiram que este crédito fosse utilizado para absorção de prejuízos contábeis acumulados. l.5. Credores operacionais Correspondem aos demais credores, que abrangem, dentre outros, produtores de leite e fornecedores de embalagens. Os valores reconhecidos, trazidos a valor de 28 de janeiro de 2004 (data do pedido de concordata preventiva), têm encargos correspondentes a 2% a.a. O Plano estabelece condições de pagamento para estes credores de forma a privilegiar aqueles com menores valores a receber, sendo que o escalonamento de pagamento prevê a quitação dos credores em aproximadamente 48 meses para o principal e os juros em 2 parcelas semestrais após o pagamento do principal. 16 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) Os pagamentos mensais foram iniciados em junho de 2006. Em 31 de março de 2008, o valor da dívida é de R$ 90.357, sendo que R$ 37.818 estão registrados no passivo circulante e R$ 52.539 no não circulante. Até 31 de março de 2008, foram pagas 22 parcelas, no montante de R$ 55.192, restando ainda 28 parcelas a serem pagas. m. Gestão de negócios A partir da entrada do Grupo LAEP e visando a melhoria operacional, aumento das margens e obtenção de rentabilidade, passou-se a orientar a gestão dos negócios da Parmalat Brasil com as seguintes premissas: • Redução de custos de produção: A atividade básica da Parmalat Brasil ainda concentra-se no leite UHT. Apesar dos preços dos produtos incluírem um “prêmio” em relação aos concorrentes, a margem bruta deste segmento pode ser melhorada. Várias ações foram tomadas na etapa da industrialização do leite, bem como nos processos de produção de derivados. Investimentos pontuais foram feitos na área industrial, para aumentar a produtividade; • Redução de custos indiretos: Foi modificada a forma de atuação do esforço de venda, objetivando a redução de custos de comercialização; • Redução de custos diretos: Foi realizada uma racionalização da área administrativa com transferência de certos departamentos para o nosso Centro de Distribuição em Jundiaí e dos departamentos restantes para uma nova sede em São Paulo. Na área comercial ocorreram profundas mudanças do escopo e equipe visando maior eficiência; • Melhora do “mix” de produtos: Foram desenvolvidos novos produtos, a serem lançados, que terão maior margem de contribuição; • Despesas financeiras: Foi realizado um trabalho para adequação do capital de giro ao ciclo de vendas crescentes e simultânea redução de despesas financeiras, que culminou com a emissão de debêntures mencionada na Nota 18; • Aumento de pontos de venda: Com o intuito de se aumentar a base de clientes, foi empreendido um maior esforço de positivação dos mesmos; • Esforço de logística para melhorar os serviços aos clientes e evitar a ocorrência de “stock out” em níveis inadequados; e 17 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) • Produtor de leite: O fortalecimento da estrutura de produção de leite “in natura” é de essencial importância para o sucesso de longo prazo da Parmalat Brasil. Iniciou-se a implantação de programas destinados à melhoria do plantel e formas de manejo dos produtores, programa este que a controlada indireta espera intensificar no futuro. A Parmalat Brasil firmou, em 22 de dezembro de 2004, contrato de licenciamento de marcas em que a antiga controladora Parmalat SpA licencia as marcas mistas Parmalat, o símbolo da rosácea e a marca mista Santal (tanto radicais marcários quanto derivados) para uso da Parmalat Brasil, sendo que para leite UHT, dentro outros produtos, tal uso da marca é exclusivo da Parmalat Brasil no território nacional (exceção feita a exportação). O prazo deste licenciamento prolonga-se até 30 de dezembro de 2017, podendo ser renovado por períodos adicionais equivalentes. Há uma carência no pagamento de royalties por 3 anos, sendo devidos pagamentos dos mesmos, nos termos do contrato, equivalentes a 0,5% das vendas líquidas durante o 4° ano de vigência do mesmo, 1,0% no 5° ano e 1,5% a partir do 6° ano. A Companhia possui incentivos fiscais de ICMS em diversos estados brasileiros, decorrentes de incentivos governamentais à indústria de laticínios. 2 Apresentação das demonstrações financeiras As informações trimestrais – ITR foram elaboradas com base nas práticas contábeis emanadas da legislação societária e normas da Comissão de Valores Mobiliários – CVM e em consonância com as principais práticas contábeis. Devido a Companhia ter sido constituída em 20 de junho de 2007, não estão sendo apresentadas informações trimestrais de resultado comparativas em 31 de março de 2007. 3 Resumo das principais práticas contábeis a. Apuração do resultado O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de competência do trimestre. A receita de venda de produtos, das controladas, é reconhecida no resultado quando todos os riscos e benefícios inerentes ao produto são transferidos para o comprador. A receita de serviços prestados, das controladas, é reconhecida no resultado em função de sua realização. Uma receita não é reconhecida se há uma incerteza significativa na sua realização. b. Moeda estrangeira 18 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) Os ativos e passivos monetários denominados em moedas estrangeiras foram convertidos para reais pela taxa de câmbio da data de fechamento do balanço e as diferenças decorrentes de conversão de moeda foram reconhecidas no resultado do trimestre. c. Ativos circulante e não circulante • Contas a receber de clientes As contas a receber de clientes são registradas pelo valor faturado incluindo os respectivos impostos. O critério para constituição de provisão para créditos de liquidação duvidosa considera a avaliação individual dos créditos, a análise da conjuntura econômica e a experiência de anos anteriores, sendo constituída provisão considerada suficiente pela Administração para cobertura de eventuais perdas na realização do saldo de clientes. • Estoques Registrados pelo custo médio de aquisição ou produção, ajustados ao valor de mercado e das eventuais perdas, quando aplicável. O custo dos estoques inclui gastos incorridos na aquisição, transporte e armazenagem dos produtos. No caso de produtos acabados e em elaboração, inclui também as despesas gerais de fabricação baseadas na capacidade normal de operação. As peças para reposição são registradas com base no custo de aquisição e baixadas para resultado por ocasião do consumo ou obsolescência. • Investimentos e ágio e deságio O investimento em empresas controladas foi avaliado pelo método de equivalência patrimonial, conforme demonstrado na Nota 13. Os demais investimentos permanentes são avaliados ao custo de aquisição deduzido de provisão para desvalorização, quando aplicável. O ágio e deságio decorrente de aquisição de investimentos é apresentado na rubrica “Ágio e deságio”, conforme demonstrado na Nota 14. Nas demonstrações financeiras consolidadas, o deságio está classificado como “Resultado de exercícios futuros”, no passivo não circulante. 19 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) • Imobilizado e intangível Representados pelo custo de aquisição corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995 e acrescidos de juros capitalizados durante o período de construção, quando aplicável e dos efeitos de reavaliação. As depreciações e amortizações são calculadas pelo método linear, que leva em consideração as taxas determinadas de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, conforme demonstrado na Nota 15. Gastos decorrentes de reposição de um componente de um item do imobilizado são contabilizados separadamente, incluindo inspeções e vistorias, no ativo imobilizado. Outros gastos são capitalizados apenas quando há um aumento nos benefícios econômicos desse item do imobilizado. Qualquer outro tipo de gasto é reconhecido no resultado como despesa. • Diferido Representado pelas despesas pré-operacionais das controladas indiretas Integralat, Integralat Agro e Ibituruna. • Demais ativos circulante e não circulante São apresentados pelo valor líquido de realização. d. Passivo circulante e não circulante São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos, variações monetárias e/ou cambiais incorridas até a data dos balanços. e. Provisão para riscos trabalhistas, tributários e cíveis Atualizadas até as datas dos balanços pelo montante provável de perda, observadas suas naturezas e apoiadas na opinião dos assessores jurídicos das controladas indiretas da Companhia. Para fins de demonstração, estão apresentadas líquidas dos depósitos judiciais correlacionados. Os fundamentos e a natureza das provisões para riscos trabalhistas, tributários e cíveis estão descritos na Nota 22. f. Imposto de renda e contribuição social 20 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) O imposto de renda e a contribuição social são calculados com base nas alíquotas de 15% acrescida do adicional de 10% sobre o lucro tributável anual excedente de R$ 240 para imposto de renda e 9% sobre o lucro tributável para contribuição social. Os impostos diferidos registrados no resultado referem-se a apropriação proporcional à realização da reserva de reavaliação registrada nas controladas indiretas. g. Receitas e despesas financeiras Representam juros e variações monetárias e cambiais decorrentes de aplicações financeiras, depósitos judiciais, empréstimos e financiamentos, credores quirografários e outras operações, além de amortização de deságio gerado no lançamento de debêntures, conforme demonstrado na Nota 27. h. Prejuízo por ação Calculado com base na quantidade de ações nas datas de encerramento das demonstrações financeiras. i. Estimativas contábeis A elaboração das informações trimestrais de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem o valor residual do ativo imobilizado, provisão para devedores duvidosos, estoques e provisão para riscos trabalhistas, tributários e cíveis. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados, devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Companhia e suas controladas diretas e indiretas revisam as estimativas e premissas ao menos trimestralmente. j. Mudança da legislação societária brasileira Em 28 de dezembro de 2007, foi promulgada a Lei nº 11.638, que altera, revoga e introduz novos dispositivos à Lei das Sociedades por Ações, notadamente em relação ao capítulo XV, sobre matérias contábeis, que entrou em vigor a partir do exercício que se inicia em 1º de janeiro de 2008. Essa Lei teve, principalmente, o objetivo de atualizar a legislação societária brasileira para possibilitar o processo de convergência das práticas contábeis adotadas no Brasil com aquelas constantes nas normas internacionais de contabilidade (IFRS) e permitir 21 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) que novas normas e procedimentos contábeis sejam expedidos pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM em consonância com os padrões internacionais de contabilidade. As modificações na legislação societária brasileira são aplicáveis para todas as companhias constituídas na forma de sociedades anônimas, incluindo companhias de capital aberto, bem como estendem às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. Conforme definido na Lei, considera-se de grande porte, para os fins exclusivos da referida Lei, a sociedade ou o conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000 ou receita bruta anual superior a R$ 300.000. Adicionalmente, companhias de capital fechado poderão optar por observar as normas sobre demonstrações financeiras expedidas pela CVM para as companhias abertas. Considerando a extensão e a complexidade das alterações promovidas pela referida Lei, a Companhia está acompanhando as discussões e debates no mercado, em especial nos órgãos e associações da classe contábil e junto aos reguladores, para a aplicação integral da Lei ao final do exercício de 2008. Dentre as principais alterações trazidas pela Lei 11.638/07, as aplicáveis às demonstrações financeiras da Companhia são: • Substituição da demonstração das origens e aplicações de recursos pela demonstração dos fluxos de caixa. A Administração irá apresentar essa demonstração no relatório anual; • Inclusão da demonstração do valor adicionado, aplicável para companhias de capital aberto, que demonstra o valor adicionado pela Companhia, bem como a composição da origem e alocação de tais valores. A Administração irá apresentar essa demonstração no relatório anual; • Possibilidade de manter separadamente a escrituração das transações para atender à legislação tributária e, na seqüência, os ajustes necessários para adaptação às práticas contábeis. A Administração está analisando os possíveis impactos sobre essa alteração; • Criação de novo subgrupo de contas, intangível, que inclui ágio, para fins de apresentação no balanço patrimonial. Essa conta registrará os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da Companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. Prática já adotada pela Companhia desde o encerramento do exercício de 2007; 22 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) • Adicionalmente foram alterados os critérios de avaliação do ativo e do passivo, com destaque para os seguintes pontos: – Itens de ativo e passivo provenientes de operações de longo prazo, bem como operações relevantes de curto prazo, serão ajustados a valor presente, de acordo com as normas internacionais de contabilidade. A Administração está analisando os possíveis impactos sobre essa alteração; – Obrigatoriedade de a Companhia analisar, periodicamente, a capacidade de recuperação dos valores registrados no ativo imobilizado, intangível e diferido, com o objetivo de assegurar que: (i) a perda por não-recuperação desses ativos é registrada como resultado de decisões para descontinuar as atividades relativas a referidos ativos ou quando há evidência de que os resultados das operações não serão suficientes para assegurar a realização de referidos ativos; e (ii) o critério utilizado para determinar a estimativa de vida útil remanescente de tais ativos com o objetivo de registrar a depreciação, amortização e exaustão é revisado e ajustado. A Companhia já adota esta prática, conforme demonstrado na Nota 12; – Os direitos classificados no intangível deverão ser avaliados pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização. A Companhia já adota esta prática, conforme demonstrado na Nota 12; – Requerimentos de que as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, sejam registradas: (i) pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e (ii) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior. Todos os demais instrumentos financeiros devem ser avaliados pelo seu custo atualizado ou ajustado de acordo com o provável valor de realização, se este for inferior. A Administração está analisando os possíveis impactos sobre essa alteração. • Obrigatoriedade do registro no ativo imobilizado dos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da Companhia, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à Companhia os benefícios, os riscos e o controle dos bens (exemplo: “leasing” financeiro). Prática já adotada pela Companhia desde o encerramento do exercício de 2007; • Criação de um novo subgrupo de contas, ajustes de avaliação patrimonial, no patrimônio líquido, para permitir o registro de determinadas avaliações de ativos a preços de 23 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) mercado, principalmente instrumentos financeiros; o registro de variação cambial sobre investimentos societários no exterior avaliados pelo método de equivalência patrimonial (até 31 de dezembro de 2007 essa variação cambial era registrada no resultado do exercício); e os ajustes dos ativos e passivos a valor de mercado, em razão de fusão e incorporação ocorrida entre partes não relacionadas que estiverem vinculadas à efetiva transferência de controle. A Administração está analisando os possíveis impactos sobre essa alteração; • As participações de debêntures, de empregados e administradores, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa, deverão ser incluídas na demonstração do resultado do exercício. A Administração está analisando os possíveis impactos sobre essa alteração; • Eliminação da possibilidade de registro de reservas de reavaliação para as sociedades por ações. A nova Lei deu opção às companhias para manterem os saldos existentes e realizarem esses saldos dentro das regras atuais ou estornarem esses saldos até o final do exercício de 2008. A administração optou por manter os saldos de reavaliações, as quais serão realizadas de acordo com os termos da Deliberação CVM 183/95. Em razão dessas alterações terem sido recentemente promulgadas e nem todas ainda contarem com normativos contábeis específicos emitidos pelos órgãos reguladores e pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM, exceto aqueles constantes na Instrução CVM nº 469 de 2 de maio de 2008, a Administração está avaliando os efeitos que as alterações irão produzir em seu patrimônio líquido e resultado do exercício de 2008. Em 29 de janeiro de 2008, por meio da Deliberação CVM nº 534, foi aprovado o pronunciamento 2 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, que trata dos efeitos nas mudanças nas taxas de câmbio e conversão das demonstrações contábeis. As principais mudanças trazidas pelo CPC 02 são: (i) determinação da moeda funcional considerando o ambiente econômico principal onde se insere a empresa, (ii) reconhecimento e registro de variações cambiais de um investimento no exterior em conta específica de patrimônio líquido e (iii) tratamento de ágio decorrente de expectativa de resultados futuros na mesma moeda da investida no exterior. A Administração está avaliando os reflexos da aplicação do CPC 02 no cálculo e registro da equivalência patrimonial e variação cambial de seus investimentos em controladas indiretas localizadas no exterior. 4 Critérios de consolidação 24 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas em conformidade com os critérios de consolidação previstos pelas práticas contábeis adotadas no Brasil e pelas instruções normativas e deliberações da CVM, abrangendo as demonstrações financeiras da Companhia e de suas controladas diretas e indiretas, conforme a seguir: Participação - % 31/03/08 31/12/07 99,99 99,99 98,50 100,00 100,00 98,50 100,00 100,00 Integralat – Integração Agropecuária S.A. Integralat Agro-Negócios Ltda. In Vitro do Brasil Ltda. – consolidação proporcional Mayoría S.A. 99,99 99,99 52,33 100,00 99,99 99,99 52,33 - Só-Nata Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios S.A. Companhia de Alimentos Ibituruna (Contrato de Comissão Mercantil, conforme descrito na nota 1.j.) 100,00 98,70 100,00 - Participação direta: Lácteos do Brasil S.A. Participação indireta: Parmalat Brasil S.A. - Indústria de Alimentos Aster Holding S.A. PRLT S.A. Indústria de Alimentos Na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas, foram utilizadas demonstrações encerradas na mesma data-base e consistentes com as práticas contábeis descritas na Nota 3. Foram eliminados os investimentos na proporção da participação da investidora nos patrimônios líquidos e nos resultados das controladas diretas e indiretas, os saldos ativos e passivos, as receitas e despesas e os resultados não realizados, líquidos de imposto de renda e contribuição social, quando aplicável, decorrentes de operações entre as empresas. Foram destacadas as participações dos acionistas minoritários. A empresa com controle compartilhado, In Vitro, foi consolidada proporcionalmente em função do percentual de participação (52,33%). Cada rubrica das demonstrações financeiras foi, portanto, consolidada após a aplicação do percentual de participação. Conseqüentemente, não há destaque para participações dos acionistas minoritários. Os saldos, integrais, das principais rubricas dessa controlada em 31 de março de 2008 são demonstrados a seguir: 25 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) Total do ativo Total do passivo Patrimônio líquido Lucro do período de 01/02/2008 a 31/03/2008 1.766 300 1.466 124 Em 22 de fevereiro de 2008, a Controlada direta Lácteos, adquiriu os 1,30% restantes do capital da Só-Nata, conforme descrito na nota 14. As atividades das controladas diretas e indiretas estão descritas na Nota 1. 5 Aplicações financeiras Controladora 31/03/08 31/12/07 Certificados de Depósitos Bancários-CDBs “Money Market” Outras aplicações financeiras Consolidado 31/03/08 31/12/07 28.704 - 29.231 - 88.539 28.704 - 299.534 29.231 19 28.704 29.231 117.243 328.784 Em 31 de março de 2008 e 31 de dezembro de 2007 os CDBs estão sendo remunerados por taxas que variam entre 101,0% e 101,5% do Certificado de Depósito Interbancário - CDI. As aplicações em “Money Market” são remuneradas a 75% da “Federal Funds Rate”. 6 Contas a receber de clientes Controladora 31/03/08 31/12/07 No País No exterior Provisão para créditos de liquidação duvidosa Consolidado 31/03/08 31/12/07 - - 223.131 5.680 153.530 13.904 (28.970) (27.643) - - 199.841 139.791 Controladora e Consolidado 26 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) Saldo da provisão para créditos de liquidação duvidosa 31/12/07 Adições (*) (27.643) (1.327) Reversões 31/03/08 (28.970) (*) Provisão constituída conforme Nota 3.c. 7 Estoques Controladora 31/03/08 31/12/07 Produtos acabados Materiais auxiliares e de manutenção Materiais de embalagens e almoxarifado Estoques em poder de terceiros Matérias-primas Estoques em trânsito Produtos em elaboração Outros Provisão para perdas na realização dos estoques 27 Consolidado 31/03/08 31/12/07 - - 52.403 246 18.053 7.187 25.482 6.499 3.316 794 (6.286) 43.892 15.436 12.440 6.860 5.835 2.396 1.370 (6.648) - - 107.694 81.581 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) A movimentação, para o trimestre findo em 31 de março de 2008, da provisão para perdas na realização dos estoques está assim representada: Controladora e Consolidado Saldo da provisão para perdas na realização dos estoques (*) 8 31/12/07 Adições líquidas Baixas (*) 31/03/08 (6.648) - 362 (6.286) Refere-se às baixas dos produtos descartados pelas controladas. Impostos a recuperar Controladora 31/03/08 31/12/07 Consolidado 31/03/08 31/12/07 Circulante ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços a compensar sobre aquisição de insumos (a) ICMS a compensar sobre aquisição de ativos fixos (b) IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados a compensar Outros - - 8.610 2.125 244 2.568 3.373 1.389 331 1.625 - - 13.547 6.718 - - 59.083 13.104 49.147 10.922 - - 7.709 2.767 417 83.080 4.943 2.714 104 67.830 - - 96.627 74.548 Não circulante COFINS - Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (c) PIS - Programa de Integração Social (c) ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços a compensar sobre aquisição de insumos (a) Imposto de renda e contribuição social ICMS a compensar sobre aquisição de ativos fixos (b) Outros Total circulante e não circulante O saldo de crédito de impostos indiretos é gerado nas transações de compra e venda de insumos, das controladas indiretas, tendo relação direta também com os incentivos fiscais ao produto final (leite). A classificação entre circulante e não circulante decorre da avaliação de realização dos impostos. 28 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) (a) Há determinados incentivos, na controlada indireta Parmalat Brasil, com limitação da compensação do tributo, principalmente no Rio Grande do Sul, situação que se aplica especificamente ao ICMS e não tem o mesmo reflexo no PIS e na COFINS. Parte do crédito de ICMS é consumida pelas transferências feitas para a filial da Parmalat Brasil em Jundiaí e pela venda de bebidas e biscoitos. Entre outras ações, a Parmalat Brasil tem protocolado pedidos de homologação dos créditos de ICMS, de forma a poder negociar junto aos seus fornecedores e reduzir o saldo credor. (b) Os créditos de ICMS sobre aquisição de ativos fixos são compensados à razão de 1/48 avos mensais, conforme regras estabelecidas pela legislação vigente. (c) A Administração da Parmalat Brasil e da Só-Nata têm expectativa que os lançamentos de novos produtos da divisão fornos e sucos e o aumento esperado de volume e faturamento destas divisões, impactará na realização destes créditos. Adicionalmente, há estudos em andamento, junto aos assessores jurídicos e tributários destas empresas, para encontrar outras alternativas para o aproveitamento e/ou ressarcimento dos impostos. 9 Outros créditos Controladora 31/03/08 31/12/07 Consolidado 31/03/08 31/12/07 Circulante Créditos com produtores e transportadores (a) Adiantamento a funcionários Crédito por venda de ativo imobilizado Recursos bloqueados - Judiciais Outros (b) 23.122 23.122 12.691 1.010 452 53 29.048 13.923 519 470 53 25.911 23.122 23.122 43.254 40.876 - - 480.639 5.974 2.689 (480.639) 8.663 480.639 6.049 1.242 (480.639) 7.291 23.122 23.122 51.917 48.167 Não circulante PPL Participações Ltda. - “PPL” (antiga Parmalat Participações do Brasil Ltda.) e Parmalat Empreendimentos e Administração Ltda. (PEA) © Crédito por venda de ativo imobilizado, líquido (d) Outros Provisão para perdas – PPL e PEA Total circulante e não circulante (a) Os “Créditos com produtores e transportadores” referem-se aos saldos de conta correntes existentes na data da aprovação do Plano de Recuperação Judicial da controlada indireta Parmalat Brasil, que conforme determinado no mesmo, estão sendo utilizados para compensação com os pagamentos dos parcelamentos dos débitos junto a esses credores. Vide maiores detalhes sobre credores operacionais na Nota 1.l.5. e Quirografários na Nota 21. 29 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) 10 (b) O montante registrado na controladora, refere-se ao ressarcimento por parte da Fortune Jet do valor pago pela Companhia na aquisição de aeronave. O contrato entre as partes foi cancelado e a aeronave foi adquirida, em dezembro de 2007, pela controlada Lácteos, junto ao Banco Safra, na forma de leasing, conforme detalhado na Nota 17. (c) Os créditos junto a PPL Participações Ltda. (antiga Parmalat Participações do Brasil Ltda.) e Parmalat Empreendimentos e Administração Ltda. foram totalmente provisionados para perda. A partir de maio de 2006, com a mudança do acionista controlador da Parmalat Brasil, essas empresas deixaram de ser partes relacionadas, desta controlada indireta. (d) Do montante de R$ 6.049 registrado na rubrica “Créditos por venda de ativo imobilizado, líquido”, no ativo não circulante, R$ 5.000 têm como origem a venda de uma fábrica, em 10 de setembro de 2002, localizada em Cerqueira César, à Kremon do Brasil S.A. Indústria e Comércio (“Kremon”). A Parmalat Brasil tem como garantia real do crédito, o próprio bem. Em função do descumprimento do contrato de compra e venda por parte da Kremon, a Parmalat Brasil entrou, em 10 de dezembro de 2004, com pedido de reintegração de posse, para o qual aguarda-se ainda julgamento em 1a Instância. Imposto de renda e contribuição social a. Diferido Os valores de imposto de renda (IRPJ) e contribuição social (CSLL) diferidos, registrados nas demonstrações financeiras consolidadas, são provenientes, basicamente, dos impostos incidentes sobre as reavaliações registradas nas controladas indiretas da Companhia. Adicionalmente, há também o registro de imposto de renda e contribuição social diferidos provenientes de lucros não realizados decorrentes de transações entre partes relacionadas. Esses impostos diferidos estão mantidos no passivo não circulante e no ativo realizável a longo prazo (não circulante), considerando a expectativa de realização com base em projeções de geração de lucros tributáveis. Os valores são demonstrados a seguir: 30 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) Controladora 31/03/08 31/12/07 Consolidado 31/03/08 31/12/07 Ativo não circulante Diferenças temporárias: Efeito dos lucros não realizados nas transações entre partes Relacionadas (Nota 4) - - 19 7 Imposto de renda e contribuição social diferidos, ativo - - 19 7 Passivo não circulante: Diferenças temporárias: Impostos diferidos sobre reavalição de ativos - - 100.462 101.897 Imposto de renda e contribuição social diferidos, passivo - - 100.462 101.897 b. Imposto de renda e contribuição social - Resultado A receita de imposto de renda e contribuição social registrada no resultado consolidado da Companhia decorre, basicamente, do reconhecimento dos efeitos dos impostos diferidos incidentes sobre as reavaliações registradas nas controladas indiretas. Como as controladas indiretas que fizeram reavaliação possuem prejuízo fiscal, a apropriação destes impostos diferidos proporcional à realização da reserva de reavaliação é feita diretamente no resultado, conforme determinam as práticas contábeis adotadas no Brasil. 11 Transações entre partes relacionadas Em 31 de março de 2008 e 31 de dezembro de 2007 não há saldos de ativos e passivos relativos a operações com partes relacionadas. Da mesma forma, no trimestre findo em 31 de março de 2008, não ocorreram transações com partes relacionadas que tenham influenciado o resultado do trimestre. 12 Bens destinados à venda Referem-se a bens transferidos do ativo imobilizado para o realizável a longo prazo, em função do objetivo de venda por parte da controlada indireta Parmalat Brasil. O saldo está assim composto: 31 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) Controladora 31/03/08 31/12/07 Unidade de Petrolina - PE Terreno localizado em Laguna - SC Veículos Provisão para ajuste a valor de mercado dos bens 13 Consolidado 31/03/08 31/12/07 - - 2.602 841 150 (672) 2.602 841 150 (672) - - 2.921 2.921 Investimentos Controladora 31/03/08 31/12/07 Investimentos em controladas Outros investimentos Consolidado 31/03/08 31/12/07 442.798 - 472.014 - 139 206 442.798 472.014 139 206 O investimento na controlada direta Lácteos está demonstrado como segue: 31/03/2008 Lácteos do Brasil S.A. (Consolidado) Capital social Percentual de participação Patrimônio líquido da controlada Participação no patrimônio líquido Prejuízo do trimestre da controlada Valor contábil do investimento na controladora: Saldo em 31 de dezembro de 2007 Resultado da equivalência patrimonial Outros ajustes 459.541 99,99% 442.843 442.798 (29.172) Saldo em 31 de março de 2008 442.798 472.014 (29.168) (48) 32 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) 14 Ágio e deságio 31/03/08 Controladora Taxas anuais de Amortizaçã o-% Consolidado Custo corrigido Amortizaçã o acumulada Valor residual Custo corrigido Amortizaçã o acumulada Valor residual (55.516) - (55.516) 32.650 506 20.545 5.307 - (1.429) ( 13) (171) (44) - 31.221 493 20.374 5.263 - (55.516) - (55.516) 59.008 (1.657) 57.351 Intangível Ágio na aquisição da Só-Nata (a) Ágio na aquisição da In Vitro (b) Ágio na aquisição da Ibituruna(c) Ágio na aquisição da Mayoria(d) Deságio na aquisição da Lácteos (e) 10 10 10 10 - 31/12/07 Controladora Consolidado Taxas anuais de depreciaçã o-% Custo corrigido Amortizaçã o acumulada Valor residual Custo corrigido Amortizaçã o acumulada Valor residual 10 10 - (55.516) - (55.516) 32.425 506 - (597) ( 22) - 31.828 484 - (55.516) - (55.516) 32.931 (619) 32.312 Intangível Ágio na aquisição da Só-Nata (a) Ágio na aquisição da In Vitro (b) Deságio na aquisição da Lácteos (e) (a) Em 14 de setembro de 2007, a controlada Lácteos adquiriu o total de 11.839.919 quotas da Só-Nata, correspondentes a 98,7% do capital social desta empresa, pelo preço de R$ 46.210, originando um ágio de R$ 32.425. Em 22 de fevereiro de 2008, a Lácteos adquiriu por R$ 585, 160.081 ações da Só-Nata, correspondentes ao 1,30% restante do capital desta empresa, originando um ágio de 225. Os ágios mencionados anteriormente, estão fundamentados em laudo de avaliação emitido por peritos independentes com sustentação na expectativa de rentabilidade futura e estão sendo amortizados no prazo de 10 anos. Do preço total de aquisição dos 98,70% iniciais, R$ 8.521 são tratados contratualmente como bônus, sendo deste montante subtraídos eventuais desembolsos futuros decorrentes de passivos originados antes da aquisição. Este valor foi registrado como ágio, e a contrapartida está na rubrica “Outras contas a pagar”, no passivo não circulante. (b) Em 25 de julho de 2007, a controlada indireta Integralat, adquiriu o total de 628.000 quotas da In Vitro, correspondentes a 52,33% do capital social desta empresa, pelo preço de 33 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) R$ 1.109, originando um ágio de R$ 506. O ágio gerado está fundamentado em laudo de avaliação emitido por peritos independentes com sustentação na expectativa de rentabilidade futura e está sendo amortizado no prazo de 10 anos. (c) Conforme mencionado na nota 1.j a controlada indireta Só-Nata adquiriu 100% de participação na Companhia de Alimentos Ibituruna, representada por 17.626.856 ações ordinárias nominativas e sem valor nominal, pelo preço de R$ 38.171, originando um ágio de R$ 20.545, que está fundamentado em laudo de avaliação emitido por peritos independentes com sustentação na expectativa de rentabilidade futura e está sendo amortizado no prazo de 10 anos. (d) Em 20 de fevereiro de 2008, a controladora indireta Integralat Integração Agropecuária S.A. (“Integralat”) adquiriu 1.500.000 ações da Mayoria S.A., representando 100% do captial social da empresa, pelo preço de R$ 10.000, originando um ágio de R$ 5.307, que está fundamentado em laudo de avaliação emitido por peritos independentes com sustentação na expectativa de rentabilidade futura e está sendo amortizado no prazo de 10 anos. (e) Conforme mencionado na Nota 24.a., em 15 de julho de 2007, a LAEP Capital LLC, subscreveu aumento de capital na Companhia, com ações que esta detinha da Lácteos do Brasil S.A., cujo patrimônio líquido em 30 de junho de 2007 era de R$ 58.415, originando um deságio de R$ 55.516. O fundamento do deságio mencionado acima foi atribuído a outras razões econômicas. Conforme determina a Instrução CVM n° 247/96, este deságio será amortizado somente quando da realização ou perecimento do investimento. Para fins de consolidação, este deságio é apresentado na rubrica “Resultados de exercícios futuros”, no passivo não circulante, de acordo com o estabelecido pela mesma Instrução. A conta de “Resultados de exercícios futuros”, também contempla o deságio proveniente da aquisição integral, em 30 de julho de 2007, por parte da controlada indireta Integralat, das quotas da empresa RE Piauí Agro Negócios Ltda., que até então era parte relacionada da Companhia. Naquela data, a RE Piauí promoveu a alteração de sua razão social passando a denominar-se Integralat Agro-Negócios Ltda. O valor da aquisição foi de R$ 24.000, originando um deságio de R$ 3.793. 34 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) 15 Imobilizado e intangível IMOBILIZADO Terrenos Terrenos - Reavaliação Edificações Edificações - Reavaliação Máquinas e equipamentos Máquinas e equipamentos Reavaliação Equipamentos de Informática Equipamentos de Informática – Reavaliação Veículos Veículos - Reavaliação Benfeitorias Móveis e Utensílios Móveis e Utensílios Reavaliação Imobilizações em andamento Aeronaves Outras imobilizações Outras imobilizações Reavaliação Animais em formação Propriedades rurais Propriedades rurais Reavaliação Taxas anuais de depreciação - % Software Marcas e patentes Total Custo corrigido Valor residual Custo Corrigido 31/12/07 Consolidado Depreciação acumulada Valor residual 2,11 2,33 5,63 15.271 8.444 117.754 41.236 383.382 (20.063) (1.366) (196.380) 15.271 8.444 97.691 39.870 187.002 13.660 8.444 107.859 41.236 352.475 (19.422) (1.112) (184.825) 13.660 8.444 88.437 40.124 167.650 5,16 13,72 265.652 16.558 (21.017) (13.786) 244.635 2.772 264.971 15.123 (23.449) (13.306) 241.522 1.817 14,04 3,80 5,09 1,29 8,67 2.254 9.537 7.256 3.747 6.884 (311) (5.586) (559) (3.308) (4.145) 1.943 3.951 6.697 439 2.739 2.254 6.951 7.256 3.377 6.372 (227) (5.083) (248) (3.297) (4.000) 2.027 1.868 7.008 80 2.372 4,71 10,00 0,05 2.665 44.337 35.010 7.458 (279) (675) (7.401) 2.386 44.337 34.335 57 2.666 21.500 27.000 7.973 (246) (7.438) 2.420 21.500 27.000 535 9,45 - 7 6.180 40.122 (3) - 4 6.180 40.122 689 2.837 28.000 (3) - 686 2.837 28.000 1.589 1.015.343 (274.879) 1.589 740.464 1.589 922.232 (262.656) 1.589 659.576 (3.773) - (3.773) (3.773) - (3.773) 1.011.570 (274.879) 736.691 918.459 (262.656) 655.803 - Provisão para perdas INTANGÍVEL 31/03/08 Consolidado Depreciação acumulada Taxas Anuais de amortização - % 13,72 - Custo corrigido Amortização acumulada Valor residual Custo corrigido Amortização acumulada Valor residual 22.776 2.237 (15.702) - 7.074 2.237 22.179 2.232 (14.867) - 7.312 2.232 25.013 (15.702) 9.311 24.411 (14.867) 9.544 1.036.583 (290.581) 746.002 942.870 (277.523) 665.347 As seguintes reavaliações foram efetuadas nas controladas indiretas da Companhia: • Em 30 de junho de 2007, a controlada indireta Parmalat Brasil efetuou reavaliação dos bens 35 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) do ativo imobilizado que contemplou os grupos de “Máquinas e equipamentos”, “Equipamentos de informática”, “Veículos” e “Móveis e utensílios” e resultou no registro de mais valia no montante de R$ 44.997 no ativo imobilizado em contrapartida de reserva de reavaliação, no patrimônio líquido, além da revisão das taxas anuais de depreciação. Adicionalmente, a Parmalat Brasil contabilizou os impostos diferidos, incidentes sobre a mais valia, no montante de R$ 15.299. O laudo de reavaliação foi emitido pela empresa Advanced Appraisal Consultoria e Planejamento. • Em 30 de novembro de 2007, a controlada indireta Integralat Agro efetuou reavaliação de fazenda de sua propriedade e resultou no registro de mais valia no montante de R$ 1.589 no ativo imobilizado em contrapartida de reserva de reavaliação, no patrimônio líquido. O laudo de reavaliação foi emitido pela empresa Advanced Appraisal Consultoria e Planejamento. • Em 31 de dezembro de 2007, a controlada indireta Só-Nata efetuou reavaliação dos bens do ativo imobilizado que contemplou os grupos de “Máquinas e equipamentos”, “Equipamentos de informática”, “Veículos”, “Móveis e utensílios”, “Terrenos” e “Edificações” e resultou no registro de mais valia no montante de R$ 22.210 no ativo imobilizado em contrapartida de reserva de reavaliação, no patrimônio líquido, além da revisão das taxas anuais de depreciação. Adicionalmente, a Só-Nata contabilizou os impostos diferidos, incidentes sobre a mais valia, no montante de R$ 6.646. O laudo de reavaliação foi emitido pela empresa Century Consulting. Conforme determina a Deliberação CVM nº 183/95, a Parmalat Brasil não reavaliou os bens pertencentes a unidades paralisadas. O valor residual contábil desses ativos não reavaliados era de R$ 38.909, há época da reavaliação. Alguns bens do ativo imobilizado das controladas indiretas da Companhia, principalmente Parmalat Brasil, foram penhorados e/ou arrolados como garantia de processos judiciais desta empresa, conforme descrito na Nota 22. 36 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) 16 Diferido Controladora 31/03/08 31/12/07 Despesas pré-operacionais – Integralat e Integralat Agro (*) Despesas pré-operacionais – Ibituruna (*) Despesas pré-operacionais – In Vitro (*) Consolidado 31/03/08 31/12/07 - - 3.290 985 - - 39 - 1 - - 3.329 986 Refere-se às despesas incorridas desde a data de constituição das controladas indiretas até 31 de março de 2008. Estas despesas serão amortizadas em prazo não superior a dez anos, a partir do início da operação normal ou do exercício em que passem a ser usufruído o benefício delas decorrentes. 17 Financiamentos e empréstimos 31/03/2008 Modalidade Controladora Consolidado Vencimento Janeiro de 2012 (48 parcelas mensais a partir de janeiro de 2008) Encargos Garantias 33% sobre o saldo devedor Banco Safra (Leasing aeronave) - 27.000 Banco BBM - 4.720 Abril de 2008 Juros de 3,49% + 100% do CDI (1) a.a. Juros de 3,49% + 100% do CDI (1) a.a. Banco Bradesco - 16 Abril de 2008 Juros de 8,75% a.a. Banco Itaú Finame Banco Itaú - 173 46 Abril de 2008 Agosto de 2011 Juros de 6,75% a.a. Juros de 4% a.a. Consórcio Rodobens Dainmler Chrysler (Leasing veículos) Banco Bradesco S/A - 54 Novembro de 2012 - - 87 Novembro de 2008 Maio a Julho de 2008 - - 2.348 Banco Bradesco S/A 136 - 155 - 24 - 9 210 Banco Bradesco S/A Banco Bradesco S/A Banco Bradesco S/A Banco do Brasil S/A Bem arrendado Leite Longa Vida Juros de 6,75% a.a. Maio de 2010 - Notas promissórias 1.5000.000 litros de leite UHT 1.5000.000 litros de leite UHT Bem financiado Bem objeto consórcio TJLP (2) + 1,95% a.m. Julho de 2009 a Março de 2010 Fevereiro de 2010 Juros de 1,95% a.m. TJLP (2) + 0,57% a.m. Dezembro de 2008 TJLP (2) + 10,00% a.a. Maio a Junho de 37 Alienação Fiduciária +N.P Alienação Fiduciária +N.P Alienação Fiduciária +N.P Alienação Fiduciária +N.P Aval + Duplicatas, LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) 31/03/2008 Modalidade Controladora Consolidado Banco do Brasil S/A Vencimento 2008 Encargos TR (3) +12,54 % a 19,56% a.a. Abril de 2008 - IRP (41) + 13,14% a.a. 258 Banco do Brasil S/A Abril de 2009 a Setembro de 2010 CDI (1) + 1,97% a 2,9% a.a. - 2.949 - 500 Outubro de 2008 Juros 1,9% a.m. - 911 Setembro de 2008 Juros 1,49% a.m. 2.370 Junho a Setembro de 2008 Maio a Julho de 2008 Juros de 17,45% a 19,56% a.a. - Juros de 6,75% a.a. Junho de 2008 Juros de 6,75% a.m. Abril a Julho de 2008 Juros de 6,75% a.m. Maio de 2010 Juros de 1,20% a.m. Setembro de 2010 Juros de 15,11% a.a. Novembro de 2008 Junho de 2008 Juros de 16,50% a.a. TJLP (2) de 4,5% a.a. Junho de 2008 Agosto a Outubro de 2010 Juros de 6,75% a.a. TJLP (2) de 4,3% a 6,0% a.a. Dezembro de 2010 Abril de 2012 (48 parcelas mensais a partir de abril de 2008) Pré 1% e Pós CDI 110% CDI (1) a.m. Banco do Brasil S/A Banco Crediriodoce Ltda – Conta Garantida Banco Crediriodoce Ltda – Conta Garantida Banco Itaú S/A - 5.501 - 2.508 Banco Fibra S/A Banco HSBC S/A 1498 Banco HSBC S/A 74 Banco HSBC S/A - 74 845 - 31 2.096 - 117 1.101 Outros - 6.751 447 Total - 63.009 Circulante Não circulante - 34.196 28.813 Banco Real S/A Banco Real S/A Banco Safra S/A Banco Safra S/A Leasing Equipmanetos Leasing Helicóptero Abril de 2008 38 Garantias Aval Aval + Duplicatas+ Dupl Aval + 50% Duplicatas+ 30% Duplicatas Aval Diretores NP + Aval + Equipamentos Aval + 100% Duplicatas, Aval Leite Longa Vida, Duplicatas Mercantil Duplicatas Mercantil NPRS, Aval+NP Rural Aval+Alienação Fiduciária Aval+Alienação Fiduciária Aval Aval+Alienação Fiduciária Aval Alienação Fiduciária+ N.P,Aval+Alienaçã o Fiduciária Próprio bem Próprio bem LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) Ano Controladora Consolidado 2009 2010 2011 2012 - 9.749 9.964 8.484 616 - 28.813 31/12/2007 Modalidade Controladora Consolidado Vencimento Encargos Garantias 33% sobre o saldo devedor Cessão fiduciária 1.5000.000 lts de leite UHT 1.5000.000 lts de leite UHT Bem financiado Bem objeto consórcio - 27.000 Janeiro de 2012 (48 parcelas mensais a partir de janeiro de 2008) Banco BBM Notas promissórias Rurais Banco Safra (Operação de Compror) - 18.182 10.023 Abril de 2008 Fevereiro de 2008 Juros de 3,49% + 100% do CDI (1) a.a. Juros de 3,49% + 100% do CDI (1) a.a. Juros de 6,75% a.a. - 4.249 Janeiro de 2008 110% CDI (1) a.m. Banco Bradesco - 1.802 Março de 2008 Juros de 8,75% a.a. Banco Itaú Finame Banco Itaú Consórcio Rodobens Dainmler Chrysler (Leasing veículos) - 1.503 205 198 Março de 2008 Agosto de 2011 Novembro de 2012 Juros de 6,75% a.a. Juros de 4% a.a. - - 185 Novembro de 2008 Total - 63.347 Circulante Não circulante (1) CDI - Certificado de Depósito Interbancário (2) TJLP – Taxa de Juros de Longo Prazo (3) TR – Taxa Referencial (4) IRP – Índice Reajuste de Poupança 42.901 20.446 Banco Safra (Leasing aeronave) 39 Notas promissórias Estoques Bem arrendado LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) 18 Debêntures Controladora 31/03/08 31/12/07 Consolidado 31/03/08 31/12/07 Circulante Valor nominal Deságio - - 67.081 (4.839) 65.557 (4.839) - - 62.242 60.718 - - 77.310 (5.378) 91.518 (6.588) - - 71.932 84.930 - - 134.174 145.648 Não circulante Valor nominal Deságio Total circulante e não circulante Em 26 de abril de 2007, mediante deliberação do Conselho de Administração, foi aprovada a 3ª emissão de 180.000 (cento e oitenta mil) debêntures simples, não conversíveis em ações, de emissão da controlada indireta Parmalat Brasil, da espécie quirografária, com garantia adicional representada pela cessão fiduciária de direitos de crédito, nos termos do art. 59 da Lei nº 6.404/76, perfazendo o valor total de R$ 180.000. Em garantia ao fiel e pontual cumprimento das obrigações de pagamento assumidas em decorrência da emissão de debêntures supracitada, em 26 de abril de 2007, a Parmalat Brasil celebrou com o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Não Padronizados da América Multicarteira (“FIDC”) um contrato de cessão fiduciária de direitos creditórios. Por meio deste, a Parmalat Brasil cedeu fiduciariamente ao FIDC os direitos de crédito originados e formalizados no futuro e de tempos em tempos, contra seus clientes, em decorrência das operações de compra e venda de produtos realizadas no período compreendido entre a data de emissão das debêntures e o cumprimento integral de todas as obrigações referentes a tal emissão. Na data da celebração do contrato a garantia representava R$270.000 e em 31 de março de 2008, R$143.577. Em 22 de maio de 2007, foi colocada a primeira tranche de 117.000 (cento e dezessete mil) debêntures. Em 15 de junho de 2007, foi colocada a segunda e última tranche de 63.000 (sessenta e três mil) debêntures. As debêntures foram comercializadas por valor inferior ao valor nominal, resultando em deságio de R$ 14.041, que é apropriado ao resultado pelo prazo da emissão das debêntures. Até 31 de março de 2008 o deságio apropriado ao resultado totalizava R$3.820. 40 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) As debêntures estão sendo amortizadas em 36 parcelas mensais, corrigidas pelo CDI, com vencimento final em 1° de junho de 2010. Até 31 de março de 2008 foram amortizadas 10 parcelas, no montante total de R$53.154. 19 Fornecedores Controladora 31/03/08 31/12/07 Nacionais diversos Produtores de leite Cooperativas de leite Fretes Outros 20 Consolidado 31/03/08 31/12/07 - 202 - 67.607 23.740 25.276 12.020 2.399 38.250 27.129 14.312 12.645 5.657 - 202 131.042 97.993 Obrigações tributárias Controladora 31/03/08 31/12/07 Consolidado 31/03/08 31/12/07 Circulante ICMS COFINS PIS IRRF – Imposto de renda retido na fonte ISS - Imposto sobre serviços Outros Parcelamentos: ICMS (a) ICMS - PPI (b) INSS (c) - - 5.403 6.978 1.644 536 104 959 5.643 1.273 1.044 459 - - 1.732 998 - - 1.919 2.066 21.023 2.699 1.889 20.583 - - 41.405 35.547 - - 152.635 13.446 2.691 150.870 13.293 2.660 - - 18.184 17.004 Não circulante COFINS sobre faturamento - liminar (d) COFINS outras receitas - liminar (d) PIS outras receitas - liminar (d) Parcelamentos: ICMS - PPI (b) 41 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) Controladora 31/03/08 31/12/07 - ICMS (a) INSS (c) Total circulante e não circulante Consolidado 31/03/08 31/12/07 524 2.068 6.196 8.636 - - 193.676 194.531 - - 235.081 230.078 (a) Refere-se a débitos de ICMS de diversas unidades da controlada indireta Parmalat Brasil, incluídos em parcelamentos, que possuem entre 2 e 118 parcelas vincendas. (b) Refere-se a débitos de ICMS, da Parmalat Brasil, objetos de execução fiscal, provenientes de: (i) transferência de créditos acumulados de ICMS para entre estabelecimentos das empresas do grupo, no período de abril de 1989 e fevereiro de 1990, para pagamento de aquisições de materiais não utilizáveis na industrialização dos produtos das empresas, nem classificáveis no ramo de atividade como matéria-prima, material secundário, máquinas, aparelhos e equipamentos industriais; (ii) exigência de ICMS sobre importações, no período de agosto a setembro de 1993; e (iii) diferenças apuradas na comprovação dos créditos apresentados na GIA - Guia de Informação e Apuração do ICMS no período de outubro de 1989 e dezembro de 1990. Em 30 de janeiro de 2008, a Parmalat Brasil aderiu ao Programa de Parcelamento Incentivado do Estado de São Paulo (PPI), e o montante da dívida incluída no programa foi de R$ 18.892, proveniente de débitos de ICMS, objetos de execução fiscal. Em função da entrada no PPI, a Companhia teve que desistir dos questionamentos judiciais aos débitos existentes, mas conseguiu como incentivo, além do parcelamento dos mesmos, a redução da dívida em R$ 14.639. O pagamento da dívida será feito em 120 parcelas mensais, corrigidas pela taxa Selic, sendo que o vencimento da primeira parcela ocorreu em 10 de fevereiro de 2008. Até 31 de março de 2008 foram pagas 2 parcelas, no montante total de R$ 317. Nenhum bem da Companhia foi arrolado para garantir à adesão ao PPI. (c) Refere-se a débitos de INSS, da Parmalat Brasil, incluídos em parcelamentos, que possuem, em 31 de março de 2008, entre 13 e 32 parcelas vincendas. (d) A Lei nº 9.718/98 aumentou a alíquota da COFINS de 2% para 3% e permitiu que esse diferencial de 1% fosse compensado, durante 1999, com a contribuição social a recolher do mesmo ano, bem como determinou a majoração da base de cálculo das contribuições ao PIS e à COFINS. A Parmalat Brasil, entretanto, impetrou, em de abril de 1999, mandado de segurança para questionar as majorações determinadas pela referida Lei, que foi julgado improcedente e, atualmente, aguarda julgamento do recurso extraordinário interposto pela Parmalat Brasil no Superior Tribunal Federal - STF. Em 9 de novembro de 2005, o Plenário 42 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) do STF decidiu que é inconstitucional a mudança das bases de cálculo do PIS e da COFINS, promovidas pela referida lei, que incluiu, além do faturamento (venda de mercadorias e prestação de serviços) a totalidade das outras receitas (aluguel, receitas financeiras em geral e etc.), relativamente aos períodos de fevereiro de 1999 até 1º de dezembro de 2002, para o PIS e fevereiro de 1999 a 1º de fevereiro de 2004, em relação à COFINS. No entanto, a decisão do STF não abrangeu a discussão sobre a majoração da alíquota de 2% para 3% da COFINS. Para evitar cobranças indevidas e até que haja julgamento definitivo do recurso extraordinário interposto pela Parmalat Brasil, o STF deferiu medida cautelar para autorizar a Parmalat Brasil ao recolhimento do PIS e da COFINS com base no faturamento, na forma da Lei Complementar nº 70/1991. Tanto a diferença de 1% da alíquota de COFINS, quanto à diferença de base de cálculo do PIS e da COFINS, exigidas na forma da Lei nº 9.718/1998, são provisionadas pela Parmalat Brasil, desde 1999, e estão atualizadas pela taxa Selic até as datas dos balanços. 21 Credores quirografários Controladora 31/03/08 31/12/07 Consolidado 31/03/08 31/12/07 Circulante Fornecedores nacionais - Credores operacionais Financiamentos com garantia real Fornecedores estrangeiros - Credores operacionais - - 37.435 13.713 33.500 25.184 - - 383 728 - - 51.531 59.412 - - 51.941 16.830 62.116 11.894 - - 598 308 - - 69.369 74.318 - - 120.900 133.730 Não circulante Fornecedores nacionais - Credores operacionais Financiamentos com garantia real Fornecedores estrangeiros - Credores operacionais Total circulante e não circulante A forma de parcelamento, assim como os encargos incidentes sobre os saldos acima, estão descritos nas Notas 1.l.3. e 1.l.5. 43 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) O quadro abaixo demonstra o fluxo de pagamentos, corrigido, de acordo com as condições estabelecidas no Plano de Recuperação Judicial da controlada indireta Parmalat Brasil: Ano-calendário Credores operacionais Com garantia real 27.615 43.529 19.213 - 18.588 3.900 3.900 4.155 46.203 43.529 23.113 3.900 4.155 90.357 30.543 120.900 2008 2009 2010 2011 2012 22 Total Provisão para riscos trabalhistas, tributários e cíveis As controladas indiretas da Companhia são parte em diversas ações judiciais e processos administrativos perante vários tribunais e órgãos governamentais, decorrentes do curso normal das operações, envolvendo questões tributárias, trabalhistas, aspectos cíveis e outros assuntos. Neste âmbito, alguns bens das controladas indiretas da Companhia, especialmente Parmalat Brasil, foram penhorados nos termos de certos processos. A Administração, com base em informações de seus assessores jurídicos, análise das demandas judiciais pendentes e, quanto às ações trabalhistas, com base na experiência anterior referente às quantias reivindicadas, constituiu provisão em montante considerado suficiente para cobrir as perdas estimadas com as ações em curso cuja risco de insucesso foi considerado provável. O saldo desta provisão, existente somente no Consolidado está assim composto: 44 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) Controladora 31/03/08 31/12/07 Riscos trabalhistas Riscos tributários Riscos cíveis (-) Depósitos judiciais Consolidado 31/03/08 31/12/07 - - 44.048 26.859 2.410 46.622 26.190 2.379 - - 73.317 75.191 - - (10.951) (13.344) - - 62.366 61.847 Riscos trabalhistas As controladas indiretas da Companhia, em 31 de março de 2008, são parte em 1.385 reclamações trabalhistas (1.457 em 31 de dezembro de 2007) movidas por ex-colaboradores e terceiros, incluindo processos ainda em fase de conhecimento, cujos pedidos referem-se, principalmente, a equiparação salarial, vínculo empregatício (originado de mão-de-obra terceirizada) e pagamento de horas extras. Os processos refletem, principalmente, as reduções no quadro de colaboradores da Parmalat Brasil ocorridas a partir de 2004. A Parmalat Brasil pleiteou e obteve, no ano de 2006, decisão judicial declarando que não se constitui como sucessora das condutas anteriores à alienação judicial do controle, mas por dever fiduciário e conservadorismo, a atual Administração decidiu seguir com a defesa do mérito, independentemente desta decisão. As provisões são revisadas periodicamente com base na evolução dos processos e no histórico de perdas das reclamações trabalhistas para refletir a melhor estimativa corrente. A movimentação, para o trimestre findo em 31 de março de 2008, da provisão para riscos trabalhistas está assim representada: Controladora e Consolidado 31/12/07 Adições e atualização monetária Reversões Pagamentos Risco trabalhista total provisionado 46.622 - (1.773) (801) Depósitos judiciais trabalhistas (13.344) - 2.393 - Risco trabalhista total provisionado, líquido dos depósitos judiciais 33.278 - 620 (801) 45 31/03/08 44.048 (10.951) 33.097 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) Riscos tributários Os riscos tributários provisionados são compostos pelos processos a seguir relacionados: Controladora e Consolidado 31/12/07 Adições e atualização monetária Reversões 31/03/08 7.167 4.524 3.904 3.892 186 117 84 101 - 7.353 4.641 3.988 3.993 Honorários advocatícios e outros 1.535 1.245 1.075 2.848 40 32 142 Risco tributário total provisionado 26.190 702 (33) (33) 1.575 1.277 1.075 2.957 26.859 - - - - 26.190 702 (33) 26.859 Execução fiscal federal - Compensação de COFINS com créditos de IPI (PA n° 11080.006220/98-99 e EF n° 1959/2007) (a) Auto de infração IRPJ e CSLL ano-base 2000 (PA n° 16327.002212/2005-00) (b) Processo administrativo - PIS (PA n° 11080.6219/98-18 e EF n° 4617/2005) (c) Execução fiscal - INSS (EF n° 96.0007883-1) (d) Execução fiscal - Descumprimento de parcelamento de ICMS (PA n° 000003.210105-00 e EF n° 001.05.007571-4) (e) Auto de infração - COFINS (PA n° 19515.003183/2004-85) (f) Auto de infração - Imposto territorial rural ano-base 2004 e 2005 (g) Depósitos judiciais tributários Risco tributário total provisionado, líquido dos depósitos judiciais (a) Refere-se a pedido de parcelamento rompido de COFINS, pela Parmalat Brasil, que foi inscrito em dívida ativa e foi incluído na Execução Fiscal Federal n° 1959/2007. Tal execução foi defendida por meio de Exceção de Pré-Executividade, que, por sua vez, aguarda julgamento em primeira instância judicial. (b) Trata-se de parte da autuação relacionada à não adição de preços de transferência do auto de infração lavrado pela Secretaria da Receita Federal, em virtude da desconsideração de documentos fiscais e contábeis da Parmalat Brasil referentes ao ano-base de 2000, implicando a presunção da ocorrência de: (i) pagamentos sem causa; (ii) omissão de receita passivo fictício; (iii) não comprovação de despesas financeiras - passivo fictício; (iv) multa pela não apresentação de arquivos magnéticos na forma prevista pela fiscalização; (v) ajustes de preços de transferência em operações realizadas com empresas vinculadas. O processo está em fase de diligência. (c) Refere-se a pedido de parcelamento rompido de PIS, pela Parmalat Brasil, que foi inscrito em dívida ativa e foi incluído na Execução Fiscal Federal n° 4617/2005. Tal execução foi definida por meio de Exceção de Pré-Executividade, que, por sua vez, aguarda julgamento em primeira instância judicial. 46 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) (d) Trata-se de execução fiscal promovida pelo INSS que visa à cobrança de supostos débitos relativos a contribuições previdenciárias dos períodos de apuração de setembro de 1989 a janeiro de 1994. Aguarda-se julgamento dos recursos especial e extraordinário interpostos pela Parmalat Brasil. (e) Refere-se a execução fiscal movida pela Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Norte, contra a Parmalat Brasil, para cobrança de parcelamento descumprido de ICMS. O processo administrativo n° 000003.210105-00 originou-se de parcelamento de débito tributário de ICMS celebrado pela Parmalat Brasil, cuja responsabilidade foi assumida pela empresa Intergrupo Participações Ltda., em troca de compromisso de compra e venda de imóvel localizado em Natal. Em função do não pagamento de tal parcelamento, a Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Norte inscreveu a dívida e exige da Parmalat Brasil por meio de execução fiscal, que está sendo defendida. Aguarda-se a intimação da penhora do imóvel localizado em Natal, para abertura do prazo para oferecimento de embargos à execução. (f) Trata-se de auto de infração lavrado pela Secretaria da Receita Federal, contra a Parmalat Brasil, para exigência de COFINS sobre os chamados “bônus - Tetra Pak”, relativo ao anobase de 1999, que a Companhia contabilizava como redução de despesa. Aguarda-se julgamento da impugnação apresentada pela Parmalat Brasil. (g) Refere-se a auto de infração lavrado contra a Central Veredas de Agro Negócios Ltda. (“Central Veredas”), que tem a controlada indireta Integralat como sucessora responsável, para exigência de diferença no recolhimento do Imposto Territorial Rural, nos anos-base de 2004 e 2005, decorrente de inconsistências na área declarada de fazenda pertencente a Central Veredas há época. Riscos cíveis As controladas indiretas da Companhia, em 31 de março de 2008, são parte em 368 ações e procedimentos cíveis (387 em 31 de dezembro de 2007). As principais provisões de natureza cível são, substancialmente, referentes a antigos representantes comerciais e transportadores, da controlada indireta Parmalat Brasil, que durante os anos anteriores a 2004 e, sobretudo no início da crise que se abateu sobre a Companhia entre o final de 2003 e início de 2004, pleitearam indenizações por rescisões indiretas de seus contratos. A movimentação, para o trimestre findo em 31 de março de 2008, da provisão para riscos cíveis está assim representada: 47 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) Controladora e Consolidado 31/12/07 Adições e reclassificações Reversões Pagamentos 2.379 51 (14) (6) Risco cível total provisionado Depósitos judiciais cíveis Risco cível total provisionado, líquido dos depósitos judiciais 31/03/08 2.410 - - - - - 2.379 51 (14) (6) 2.410 Depósitos judiciais As controladas indiretas da Companhia possuem o valor contabilizado de R$ 18.536 (R$ 20.405 em 31 de dezembro de 2007) em depósitos judiciais, correspondentes à processos trabalhistas, tributários e cíveis. O saldo dos depósitos judiciais para os quais não há provisão para risco constituída, em 31 de março de 2008, totaliza R$ 8.079 (R$ 7.013 em 31 de dezembro de 2007), e está classificado na rubrica “Depósitos judiciais” no ativo não circulante. Contingências passivas As controladas indiretas da Companhia possuem ações de natureza cível, tributária e trabalhista, que não estão provisionadas, pois envolvem risco de perda classificado pela Administração e seus advogados e consultores legais como possível, no montante de R$ 357.351 (R$ 304.719 em 31 de dezembro de 2007), sendo que R$ 288.892 (R$ 235.687 em 31 de dezembro de 2007) referem-se a contingências passivas tributárias. As principais demandas tributárias não provisionadas são as seguintes: (a) Auto de infração da nº 19515-003182/2004-31 Secretaria da Receita Federal (SRF) - Processo Ao longo de 2004 a controlada indireta Parmalat Brasil foi objeto de diversas fiscalizações de órgãos e autarquias vinculados ao Governo Federal, incluindo a Secretaria da Receita Federal do Brasil, à época Secretaria da Receita Federal e Instituto Nacional da Seguridade Social. Muitas de tais fiscalizações originaram-se de ofícios enviados a tais entidades pelo então MM. Juiz da 42ª Vara Cível da Comarca de São Paulo, que havia decretado intervenção judiciária na Parmalat Brasil, após o escândalo ocorrido na então matriz italiana. Neste contexto, ao final do ano de 2004, foi lavrado auto de infração referente ao ano-base de 1999, relacionado a Imposto de Renda, com valor, há época, de R$ 10.718.000, com correspondente arrolamento de bens. O auto é resultado de: (i) glosa da dedutibilidade de despesas e custos da controlada indireta Parmalat Brasil, incluindo a desconsideração total da 48 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) contabilidade de custos; (ii) tratamento dos lançamentos contábeis patrimoniais como receitas tributáveis; (iii) caracterização como receita dos empréstimos e mútuos recebidos, bem como as transferências bancárias entre contas correntes de titularidade da Parmalat Brasil; e (iv) tratamento como pagamento sem causa os desembolsos realizados pela Parmalat Brasil no ano de 1999, incluindo, pagamentos de tributos e compra de leite, insumo básico para as atividades econômicas da mesma, bem como devoluções de máquinas e equipamentos à um dos principais fornecedores de embalagens. A receita bruta do ano de 1999, que alegadamente traria os fatos geradores deste auto de infração, foi de R$ 1.426.000. A Parmalat Brasil apresentou sua defesa tempestivamente, com a comprovação factual e documental das transações glosadas e/ou pagamentos questionados, momento em que foram entregues outros documentos, incluindo comprovações de devoluções e descontos concedidos à época, documentos das diversas operações ocorridas no ano de 1999, custo industrial e a metodologia de rateio dos mesmos, de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos. Foram ainda demonstrados na impugnação, além de vícios da metodologia de lavratura do auto de infração, também a impossibilidade de autuação em função de decadência de determinados tributos ou suas parcelas e outras nulidades que o viciavam. Em 4 de junho de 2007, houve decisão de primeira instância administrativa que resultou em diminuição de aproximadamente 94% do valor do auto de infração original, reduzindo-o para R$ 628.000, tenso sido, esta decisão, objeto de recurso voluntário apresentado em 4 de julho de 2007 ao Conselho de Contribuintes. Tendo em vista a decisão proferida, aos documentos apresentados e defesas quanto aos fatos, ao mérito e às preliminares apresentadas na impugnação e recurso voluntário, a Administração bem como seus assessores jurídicos externos são da opinião que a probabilidade de perda deste auto, inclusive da parcela remanescente da decisão de primeira instância, é remota. (b) Auto de infração da SRF - Processo nº 16327.002212/2005-00 No ano de 2005, foi lavrado auto de infração contra a controlada indireta Parmalat Brasil, também relacionado a imposto de renda, referente ao ano-base de 2000, no valor original de R$ 995.000. As bases da autuação foram substancialmente às mesmas mencionadas no item (a) acima, principalmente no que se refere a devoluções de mercadorias e descontos comerciais, glosa de despesas financeiras e pagamentos sem causa. A Parmalat Brasil apresentou tempestivamente pedido de impugnação com comprovação dos movimentos contábeis autuados e aguarda decisão administrativa de primeira instância. 49 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) Do valor original autuado de R$ 995.000, R$ 958.031 têm como avaliação dos assessores jurídicos da Parmalat Brasil, perda remota; R$ 32.552 são avaliados como perda possível e R$ 4.417, para os quais há provisão constituída, têm avaliação de perda provável. (c) Auto de infração da SRF - Processo nº 16561.000082/2006-71 Com a mesma natureza dos dois autos lavrados anteriormente, descritos nos itens (a) e (b) acima, no ano de 2006, a Parmalat Brasil foi submetida à nova fiscalização, referente ao anobase 2001, sendo lavrado auto no valor original de R$ 789.000. As bases da autuação foram substancialmente às mesmas mencionadas nos itens anteriores. A Parmalat Brasil apresentou tempestivamente pedido de impugnação com comprovação dos movimentos contábeis autuados e aguarda decisão administrativa de primeira instância. A opinião da Administração e de seus assessores jurídicos é de que a probabilidade de perda é remota. (d) Auto de infração da SRF - Processo nº 16561.000071/2007-71 Em 29 de junho de 2007, foi lavrado auto de infração exclusivamente contra a antiga controladora da Parmalat Brasil, Parmalat Participações (atual PPL Participações Ltda.), no valor de aproximado de R$ 2.653.000. Nesse processo, a Parmalat Brasil foi autuada como parte solidária, mesmo após sua alienação judicial nos termos do Plano de Recuperação Judicial, sendo alegado que a mesma teria suposto interesse nos fatos geradores que originaram o referido auto de infração. A autuação desconsidera a dedutibilidade das despesas financeiras provenientes de financiamentos contraídos pela PPL, em 2002, junto a instituições financeiras sediadas no país e no exterior, e questiona às motivações que originaram a captação dos referidos financiamentos. A saber, estas operações financeiras não envolveram a Parmalat Brasil, já que em 2002 a mesma estava sobre o controle da então matriz italiana Parmalat SpA ou do Poder Judiciário (intervenção). Vale destacar que, no segundo semestre de 2006, a controladora da Parmalat Brasil, Lácteos do Brasil S.A., obteve decisão judicial no curso do processo de Recuperação Judicial de sua controlada, atestando que não existe responsabilidade da Parmalat Brasil em relação a outras empresas que tenham, em algum momento, se relacionado comercial ou societariamente com esta, como é o caso da PPL. A Administração e os assessores jurídicos externos da Parmalat Brasil são da opinião que a probabilidade de perda para este auto é remota. (e) Autos de Infração - Carital e Zircônia 50 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) Em julho de 2007, foram lavrados autos de infração contra as empresas Carital Brasil e Zircônia Participações, integrantes do grupo societário ao qual a controlada indireta Parmalat Brasil pertencia, no ano de 2002. O valor atualizado destas autuações é de aproximadamente R$ 654.891 (R$ 650.852 e R$ 4.039 respectivamente). Estes autos referem-se a IRPJ, CSLL, PIS e COFINS e decorrem de: (i) supostas omissões de receita; (ii) pagamentos sem causa; e (iii) glosas na dedutibilidade de despesas e custos. A Parmalat Brasil foi considerada responsável solidária pelos débitos ora descritos, sob a alegação de que teria interesse comum nas situações que constituíam os fatos geradores das referidas obrigações tributárias, sendo importante destacar que estas transações não envolveram a Parmalat Brasil já que em 2002 a mesma estava sobre o controle da então matriz italiana Parmalat SpA ou do Poder Judiciário (intervenção). Vale destacar que, no segundo semestre de 2006, a controladora da Parmalat Brasil, Lácteos do Brasil S.A., obteve decisão judicial no curso do processo de Recuperação Judicial de sua controlada, atestando que não existe responsabilidade da mesma em relação a outras empresas que tenham, em algum momento, se relacionado comercial ou societariamente com esta, como são os casos da Carital Brasil e da Zircônia Participações. A Parmalat Brasil apresentou tempestivamente pedido de impugnação aos autos mencionados, os quais ainda não foram julgados pelas autoridades em primeira instância. A opinião da Administração e de seus assessores jurídicos é de que a probabilidade de perda é remota. (f) Autos de Infração - Créditos estornados de ICMS/SP - Guerra Fiscal Em novembro e dezembro de 2007, foram lavrados autos de infração e imposição de multa nos montantes de R$ 2.800 e R$ 13.070, respectivamente, contra a controlada indireta Parmalat Brasil, em função da guerra fiscal promovida pelo Estado de São Paulo para exigir o estorno de créditos concedidos por outros Estados no período de 2002 a 2003, sem base em convênio do Conselho Nacional da Política Fazendária - CONFAZ, com acréscimos de multa de 100% e juros moratórios. As impugnações foram tempestivamente apresentadas e alegam, em síntese, que não houve consideração do benefício do Estado de São Paulo para os produtos da cesta básica; que houve decadência de parte dos valores autuados e que o procedimento adotado pela Parmalat Brasil é legal por obedecer à legislação do ICMS. Destaca-se que há possibilidade de relevação ou redução da multa, nos termos do Parecer nº 256/2000 do Coordenador da Administração Tributária -CAT. A opinião da Administração e de seus assessores jurídicos é de que a probabilidade de perda é possível. (g) Auto de Infração - Ano-base de 2002 - PA nº 16561.000196/2007-00 51 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) No ano de 2007, a Parmalat Brasil sofreu fiscalização referente ao ano-base de 2002, resultando na lavratura de auto de infração relacionado ao IRPJ e CSLL, deduzidos do prejuízo fiscal obtido nos exercícios anteriores, bem como de PIS e COFINS, no valor de R$ 2.800. O auto é resultado de: (i) não comprovação de despesas comerciais - fidelidade, tidas como indedutíveis para fins de IRPJ e CSLL; e (ii) receitas financeiras e variações monetárias ativas não adicionadas ao lucro real (artigos 373 e 375 do RIR). A defesa foi tempestivamente apresentada e requer, em síntese (i) a decretação da nulidade da autuação, em razão da precariedade do lançamento efetuado e à configuração do cerceamento do direito de defesa da Parmalat Brasil; (ii) cancelamento das autuações referentes ao PIS e a COFINS, reconhecendo-se a extinção dos créditos pela decadência; (iii) pela procedência da defesa, pelos documentos acostados, ocasião em que o prejuízo fiscal utilizado para abatimento do crédito tributário deve ser integralmente reconhecido. A opinião da Administração e de seus assessores jurídicos é de que a probabilidade de perda é possível. 23 Programa de outorga de opções de ações Em 4 de outubro de 2007, o Conselho de Administração da Companhia aprovou plano de opção de compra de ações classe A (ou BDRs) por executivos e empregados da Companhia e suas controladas, sendo autorizada a emissão de até 20% do total de ações de emissão da Companhia, sendo metade a serem alocadas às opções outorgadas nos termos da Primeira Alocação e metade nos termos da Segunda Alocação. O total das opções outorgadas foi de 31.707.107 ações Classe A. As opções da primeira tranche, que correspondem à 10% do total das ações de emissão da Companhia, ou seja, 15.853.554 ações, poderão ser exercidas em cinco anos, por um preço equivalente ao preço de emissão por BDR. As opções da primeira tranche poderão ser exercidas nas datas que corresponderem a cada um dos cinco primeiros aniversários da respectiva data de outorga, sendo que em cada data de exercício se tornarão exercíveis 20% das opções outorgadas. As opções da segunda tranche, que correspondem à 10% do total das ações de emissão da Companhia, ou seja, 15.853.553 ações, poderão ser exercidas a qualquer momento pelo preço de R$ 17,55, equivalente a 234% do preço por BDR. As opções da segunda tranche poderão ser exercidas imediata e integralmente após a sua outorga durante um período de três anos a contar da data da Oferta Pública. 52 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) O saldo das opções em 31 de março de 2008 é de 31.707.107 ações, distribuídas conforme mencionado anteriormente. Vale destacar que em 31 de março de 2008 o referido plano não teria qualquer impacto nas demonstrações financeiras da Companhia, se esta decidisse contabilizar os efeitos do mesmo, isto porque, nesta data, o valor da ação é inferior ao valor de exercício das opções. 24 Patrimônio líquido a. Capital social Em 15 de julho de 2007, a LAEP Capital LLC, subscreveu um aumento de capital na LAEP Investments Ltd., equivalente a 120.000.000 ações classe A e 30.000.000 ações classe B, de valor nominal de US$0.01 cada ação, totalizando um aumento de capital de R$ 2.899 (equivalente a US$ 1.500.000), com as ações que a LAEP Capital LLC detinha da Lácteos do Brasil S.A. O registro do investimento na Lácteos resultou em um deságio no valor de R$ 55.516, conforme demonstrado na Nota 14. Em 17 de julho de 2007, a LAEP Capital LLC transferiu as 30.000.000 ações classe B que detinha da LAEP Investments Ltd., pelo valor de R$ 0,19 (US$ 100), para a LAEP Holdings Ltd., que passou a deter 30.001.000 ações classe B de emissão da LAEP Investments Ltd. Na mesma data, a LAEP Capital LLC transferiu 96.060.000 de suas ações Classe A da LAEP Investments Ltd. para a LAEP Investment & Restructuring Fund SPC - Segregated Portfolio A (“LAEP Fund”), pelo valor de R$ 1,62 (US$ 840); 10.260.000 ações Classe A para a North Sea Capital LLC, pelo valor de R$ 0,17 (US$ 90); 9.120.000 ações Classe A para a Brown Mountains Investments LLC, pelo valor de R$ 0,15 (US$ 80); e 4.560.000 ações Classe A para a Mamootot LLC, pelo valor de R$ 0,07 (US$ 40). Em 27 de julho de 2007, a LAEP Investments Ltd. transformou o capital social autorizado (mas não emitido) correspondente a 269.999.000 ações classe B para 269.999.000 ações classe A. Assim, em 27 de julho de 2007, o capital social da LAEP Investments Ltd. era de 569.999.000 ações classe A, dos quais 120.000.000 foram emitidos, integralizados e dividem-se da seguinte maneira: 96.060.000 para o LAEP Fund; 10.260.000 ações para a North Sea Capital LLC, 9.120.000 ações para a Brown Mountains Investments LLC e 4.560.000 ações para a Mamootot LLC; e 30.001.000 ações classe B de propriedade da LAEP Holdings Ltd. e 449.999.000 de capital autorizado mas não emitido de ações Classe A. Em 4 de outubro de 2007, o Conselho de Administração da Companhia aprovou o grupamento das ações emitidas e não emitidas, com base em 1 (uma) ação de valor nominal de US$0,02 cada para cada 2 (duas) ações emitidas e não emitidas de valor nominal de 53 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) US$ 0,01 cada. Após o grupamento o capital autorizado da Companhia passou a ser de US$ 6.000.000, dividido em 300.000.000 ações de valor nominal de US$ 0,02 por ação, e o capital social emitido passou a ser composto de 60.000.000 ações Classe A e 15.000.500 ações Classe B. Em 06 de novembro de 2007, a Companhia comunicou o encerramento da oferta pública de distribuição primária de 67.681.481 certificados de depósitos de ações (“BDR”), ao preço de R$ 7,50 cada um, sendo cada BDR representativo de 1 ação classe A de emissão da Companhia, com valor nominal de US$ 0,02. Como resultado dessa oferta pública, a Companhia captou R$ 507.611, que serão destinados em 60% para operações da cadeia de fornecedores Integralat (upstream) e em 40% para atividades de distribuição e comercialização de produtos lácteos (downstream). Vale destacar que do montante captado, 5% foram pagos ao Coordenador Líder (Banco UBS Pactual), às demais Instituições Participantes da oferta e aos Agentes, a título de descontos e comissões. Do montante total, R$ 2.385 foram registrados como capital social e R$ 505.226 como reserva de capital, no subgrupo “Ágio na emissão de ações”. Os gastos com Oferta Pública somaram R$ 26.921, conforme demonstrado na Nota 26. Em 28 de dezembro de 2007, a Brown Mountain Investments LLC transferiu as 4.560.000 ações classe A que detinha da LAEP Investments Ltd., para a LAEP Fund. Nesta mesma data, a Mamootot LLC transferiu as 2.280.000 ações classe A que detinha da LAEP Investments Ltd., também para a LAEP Fund, que então passou a deter 54.870.000 ações classe A de emissão da LAEP Investments Ltd. Em função dos eventos societários mencionados anteriormente, em 31 de março de 2008 e 31 de dezembro de 2007, o capital autorizado da Companhia é de 300.000.000 ações, das quais foram emitidas 127.681.481 ações classe A (incluindo 67.681.481 de BDR´s) e 15.000.500 ações classe B, no valor nominal de US$ 0,02 cada ação. O capital social da Companhia, nas mesmas datas, é de R$ 5.284, equivalente a US$ 2.854.630, distribuído (ações emitidas) conforme quadro a seguir: 54 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) Composição dos acionistas Acionistas Laep Holdings Laep Investment & Restructuring Fund SPC Segregated Portfolio North Sea Capital LLC BDR’s (ações negociadas em bolsa) Total Ações Classe A % Ações Classe B % Total % - - 15.000.500 100,00% 15.000.500 10,51 54.870.000 5.130.000 67.681.481 42,97 4,02 53,01 - - 54.870.000 5.130.000 67.681.481 38,46 3,60 47,43 127.681.481 100,00 15.000.500 100,00% 142.681.981 100,00 Ações da classe A de emissão da Companhia possuem direito de voto restrito em certas matérias. Ações da classe B de emissão da Companhia possuem direito de voto. Ambas as classes estão livres e desembaraçadas de quaisquer ônus ou gravames. b. Reserva de reavaliação Constituída em decorrência das reavaliações de bens do ativo imobilizado, nas controladas indiretas, conforme descrito na Nota 15, com base em laudo elaborado por peritos avaliadores independentes, líquida do imposto de renda e contribuição social diferidos, quando aplicável, que estão classificados no passivo não circulante. A reserva de reavaliação, líquida dos impostos diferidos, é realizada por depreciação ou baixa dos bens reavaliados, em contrapartida da conta de prejuízos acumulados. c. Reserva de capital Formada exclusivamente pelo ágio na emissão de ações proveniente do lançamento de BDR´s, conforme descrito no item a. acima. d. Distribuição de dividendos O Estatuto Social da Companhia e a legislação de Bermuda não prevêem o pagamento de dividendos mínimos obrigatórios. Dessa forma, a alocação do lucro líquido, quando ocorrer, nos termos das leis da Bermuda, será determinada pelo Conselho de Administração. 55 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) 25 Despesas com vendas 31/03/08 Controladora Consolidado Fretes e logística Despesas comerciais (contratos, pontos de venda e etc.) Despesas com pessoal Marketing Provisão para créditos de liquidação duvidosa Outros 26 - 22.880 12.179 4.878 4.321 263 63 - 44.584 Despesas administrativas e gerais 31/03/08 Controladora Consolidado Despesas com pessoal Despesas judiciais e reestruturação Depreciação Despesas com aluguel Despesas com assessoria Despesas com veículos Despesas com consultoria Despesas com comunicação Despesas de viagens Serviços de patrocínio Despesas com transportes Despesas com arquivo Serviços de análises laboratoriais Despesas com refeição Taxas Serviços de informática Despesas com atendimento Despesas indedutíveis Despesas com riscos trabalhistas, tributários e cíveis Outros 256 3 47 8.732 5.871 5.413 2.454 1.867 1.236 1.215 1.108 1.106 926 436 350 239 222 216 152 26 9 (3.643) 4.914 306 32.849 As despesas administrativas contemplam aproximadamente R$ 400, de gastos não recorrentes (salários, encargos, rescisões trabalhistas e etc.), provenientes da estrutura da Ibituruna, que vem sendo revista desde a aquisição pelo Grupo LAEP. 56 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) 27 Resultado financeiro 31/03/08 Controladora Consolidado Receitas financeiras: Juros com aplicações financeiras Ganhos com variações cambiais Descontos obtidos Ganhos com variações monetárias Outras receitas financeiras Despesas financeiras: Atualização monetária de debêntures Juros sobre impostos com exigibilidade suspensa Desconto concedido por pontualidade no pagamento Amortização do deságio de debêntures Perdas com variações cambiais Encargos quirografários Juros sobre atraso de pagamento Juros sobre empréstimos e financiamentos Juros sobre parcelamentos de impostos CPMF e impostos sobre outras receitas operacionais Perdas com variações monetárias Outras despesas financeiras Total do resultado financeiro, líquido 28 295 - 5.108 339 199 56 433 295 6.135 (361) (1) (3.889) (2.156) (2.060) (1.210) (1.030) (739) (656) (527) (497) (198) (146) (1.013) (362) (14.121) (67) (7.986) Instrumentos financeiros a. Considerações gerais Os valores de realização estimados de ativos e passivos financeiros da Companhia e suas controladas diretas e indiretas foram determinados por meio de informações disponíveis no mercado e metodologias apropriadas de avaliações. Entretanto, considerável julgamento foi requerido na interpretação dos dados de mercado para produzir a estimativa do valor de realização mais adequada. Como conseqüência, as estimativas não indicam, necessariamente, os montantes que poderão ser realizados no mercado de troca corrente. O uso de diferentes 57 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) metodologias de mercado pode ter um efeito material nos valores de realização estimados. A administração desses instrumentos é efetuada por meio de estratégias operacionais, visando liquidez, rentabilidade e segurança. A política de controle consiste em acompanhamento permanente das taxas contratadas versus as vigentes no mercado. A Companhia e suas controladas diretas e indiretas não efetuam aplicações de caráter especulativo, em derivativos ou quaisquer outros ativos de risco. Em 31 de dezembro de 2007 não existem operações com derivativos em aberto. A Administração avalia que os valores de mercado dos instrumentos financeiros ativos e passivos em 31 de março de 2008 e 31 de dezembro de 2007, registrados em contas patrimoniais, quando comparados com os valores que se poderia obter na negociação em mercado ativo, ou na ausência deste, com valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros, ajustados com base na taxa de juros vigentes no mercado, apresentam-se próximos aos reconhecidos pela Companhia e suas controladas diretas e indiretas. b. Risco de crédito As políticas de venda das controladas indiretas da Companhia estão subordinadas às políticas de crédito fixadas por sua Administração e visam minimizar eventuais problemas decorrentes da inadimplência de seus clientes. Este objetivo é alcançado pela Administração por meio da seleção criteriosa da carteira de clientes que considera a capacidade de pagamento (análise de crédito) e da diversificação de suas vendas (pulverização do risco). A provisão para créditos de liquidação duvidosa representava, no consolidado, 12,25% (16,51% em 31 de dezembro de 2007) do contas a receber de clientes em aberto em 31 de março de 2008. c. Risco de taxa de juros As receitas das controladas indiretas da Companhia são afetadas pelas mudanças nas taxas de juros, devido ao impacto que essas alterações têm nas despesas de juros provenientes de instrumentos de dívida com taxas variáveis e nas receitas de juros gerados a partir do saldo de caixa e das aplicações financeiras). As aplicações financeiras estão representadas por aplicações em Certificados de Depósito Bancário - CDB, com rendimentos correspondentes às taxas médias do CDI e aplicações em “Money Market” que são remuneradas à 75% da “Federal Funds Rate” (vide Nota 5). Além disso, foram emitidas debêntures com remuneração atrelada ao CDI (vide Nota 18). 58 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) O risco relacionado à variação da taxa de juros é significativo apenas na medida em que possa causar o aumento do custo dos financiamentos. Em 31 de março de 2008, a posição consolidada da dívida apresentava R$ 146.746 (R$ 179.506 em 31 de dezembro de 2007) de endividamentos e debêntures vinculados ao CDI. d. Risco cambial Em 31 de março de 2008 e 31 de dezembro de 2007, a Companhia não apresenta endividamento em moeda estrangeira. No entanto, variações nas taxas de câmbio podem afetar marginalmente a receita de venda de produtos lácteos. No 1º trimestre de 2008, aproximadamente 3,21% (5,74% em 2007) da receita operacional bruta, consolidada, foi proveniente de exportações. Assim, variações das taxas de câmbio podem afetar marginalmente os resultados operacionais da Companhia, na medida em que eventuais oscilações nessas taxas podem reduzir ou expandir os volumes de nossas exportações. e. Risco de Preço de Commodities A principal matéria-prima das controladas indiretas da Companhia é o leite in natura. O leite in natura é primordialmente comprado dos produtores locais de leite e compras suplementares são feitas no mercado spot, dependendo das condições de preço de mercado e níveis de demanda. O preço do leite é determinado pelo mercado de acordo com a oscilação da oferta e da demanda. As controladas indiretas da Companhia não possuem controle sobre os fatores internos e externos que afetam a flutuação do preço do leite in natura. Alterações bruscas e inesperadas na cotação do leite in natura, bem como oscilações na oferta e demanda de produtos lácteos no Brasil e no mundo, podem impactar diretamente o preço dos produtos, o que poderá ter um efeito adverso para as controladas indiretas da Companhia. 29 Plano de previdência privada A Parmalat Brasil criou, em fevereiro de 2003, um plano de previdência complementar (PGBL Plano Gerador de Benefícios Livre), intitulado “ParmalatPrev”, que é administrado pela Icatu Hartford S.A. No 1º trimestre de 2008, a Parmalat Brasil efetuou contribuições no montante aproximado de R$ 48 (R$ 36 em 2007). O benefício destina-se a proporcionar complementação de aposentadoria aos seus colaboradores. O plano possui as seguintes regras: 59 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) • Colaboradores com salários até R$ 3 terão sua contribuição totalmente custeada pela Parmalat Brasil, com recebimento do beneficio equivalente a três salários pagos em parcela única no momento da aposentadoria; • Colaboradores com salários a partir de R$ 3 contribuirão com até 4% do salário e a Parmalat Brasil efetuará o custeio do mesmo valor da contribuição do colaborador. O benefício planejado será de uma renda mensal e vitalícia de até 60% do salário nominal na aposentadoria; • Foi definida para aposentadoria a idade de 65 anos, desde que o colaborador tenha no mínimo 10 anos de participação no plano. Devido a natureza do plano (PGBL), o ônus da Parmalat Brasil está limitado ao valor desembolsado pelas parcelas mensais, não existindo compromissos após o desligamento do colaborador. 30 Prejuízos fiscais a compensar e diferenças temporárias Em 31 de março de 2008, as controladas indiretas da Companhia possuíam os seguintes saldos de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social: A - Prejuízos fiscais B - Base negativa de contribuição social 693.151 794.821 Em função das controladas indiretas da Companhia não apresentarem um histórico de lucratividade, bem como, efetiva expectativa de geração de lucros tributáveis nos próximos três anos que permitam absorver os prejuízos fiscais, não foi constituído crédito fiscal diferido sobre tais montantes. A compensação dos prejuízos fiscais de imposto de renda e da base negativa da contribuição social esta limitada à base de 30% dos lucros tributáveis anuais, gerados a partir do exercício de 1995, sem prazo de prescrição. Adicionalmente aos prejuízos fiscais supracitados, em 31 de março de 2008, as controladas indiretas da Companhia possuíam diferenças temporárias no montante de R$ 298.450 (R$ 299.250 em 31 de dezembro de 2007). Pela mesma razão mencionada anteriormente, não se constituiu crédito fiscal diferido sobre as diferenças temporárias. 60 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) 31 Seguros A Companhia e suas controladas diretas e indiretas adotam uma política de seguros que considera, principalmente, a concentração de riscos e sua relevância, contratados por montantes considerados suficientes pela Administração, levando-se em consideração a natureza de suas ativ0idades e a orientação de seus consultores de seguros. As premissas de riscos adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de uma revisão das informações trimestrais, conseqüentemente não foram revisadas pelos nossos auditores independentes. A cobertura dos principais seguros contratados, em valores de 31 de março de 2008, é assim demonstrada: Itens Complexo industrial Complexo industrial Aeronaves Complexo industrial Complexo industrial Complexo industrial Complexo industrial Tipo de cobertura Incêndio / Raio / Explosão de qualquer natureza e incêndio resultante de tumultos Vendaval, furacão, ciclone, tornado, granizo, impacto de veículos terrestres e aéreos e fumaça (demais bens) Casco, guerra, seqüestro e confisco – 3 aeronaves Equipamentos estacionários Danos elétricos - vultoso Equipamentos eletrônicos sem roubo Alagamento e inundação Importância segurada 325.292 105.500 77.422 27.500 5.500 1.100 1.000 32 Eventos subseqüentes a) Compra de Alegrete Em 02 de abril de 2008, a controlada indireta, Integralat Agro firmou escrituras públicas de compra e venda de uma fazenda localizada no 5º Sub-distrito do município de Alegrete, Estado do Rio Grande do Sul (“Aquisição”). O valor da Aquisição é de R$ 11.466 sendo 100% pagos à vista. A propriedade tem 2.548 hectares e está localizada em Alegrete, a 487 km de Porto Alegre, 653 km da fazenda adquirida no Uruguai e cerca de 250 km da fábrica da Parmalat localizada em Carazinho. Tal fazenda abrigará vacas holandesas. A Aquisição faz parte da estratégia da empresa de integração da cadeia produtiva do leite e servirá para o desenvolvimento de um projeto vertical no referido Estado. 61 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Notas explicativas às Informações Trimestrais Trimestre findo em 31 de março de 2008 (Em milhares de Reais) b) Montelac Alimentos S/A (ação judicial) Em 17 de abril de 2008, a controlada direta, Lácteos ajuizou ação judicial contra Montelac Alimentos S/A e seus acionistas em face da tentativa destes últimos de rescindir o Memorando de Entendimentos firmado em 27 de março de 2008. Tendo em vista as características vinculantes do referido Memorando de Entendimentos e a sua cláusula de exclusividade que impede qualquer negociação da Montelac Alimentos S/A com terceiros, a Lácteos propôs ação judicial com pedidos liminares para fazer valer seus direitos e prerrogativas contratuais, bem como ajuizará os necessários pleitos para evitar ou ressarcir danos. c) Arrendamento ativos Guaratinguetá Em 18 de abril de 2008, a controlada indireta Só-Nata, dando prosseguimento à estratégia de fortalecer sua atuação no setor de lácteos refrigerados, firmou, com a empresa Danone Ltda. (“Danone”), o Contrato Definitivo de Arrendamento de Ativos com Opção de Compra, tendo como objeto o arrendamento pela Danone à Só-Nata do imóvel e de todos os equipamentos industriais destinados à fabricação de produtos lácteos localizados no município de Guaratinguetá, Estado de São Paulo. d) Aquisição “Poços de Caldas” e licença marca “Paulista” Em 22 de abril de 2008, a controlada indireta, Só-Nata firmou Contrato de Compra e Venda de Ativos e Outras Avenças, com a Danone, tendo como objeto a alienação pela Danone à Só-Nata da Poços de Caldas, incluindo todas as marcas registradas e os pedidos de registro da Poços de Caldas, nome de domínio, assim como todos os ativos estratégicos relacionados a esta marca, incluindo todos equipamentos da linha de produção de requeijão. Foi firmado ainda, nesta data, o Contrato de Licenciamento de Uso da Marca, pelo qual a Danone concedeu a Só-Nata, a licença exclusiva para uso da marca “Paulista” no Brasil, Bolívia e Paraguai, para produção e comercialização de requeijão, manteiga, creme de leite fresco, leite em pó e leite pasteurizado, por um prazo de quinze anos. Inicialmente as negociações acerca dos instrumentos contratuais foram firmadas pela Parmalat Brasil, também controlada indireta da Companhia, atos estes amplamente divulgados ao órgão regulador e ao mercado, sendo que no dia 18 de abril de 2008, a Parmalat Brasil cedeu todos os direitos oriundos da transação à Só-Nata. Toda operação, incluindo alienação dos ativos e da marca “Poços de Caldas”, além da licença da marca “Paulista”, envolve o pagamento do valor global de R$ 50.000. 62 LAEP Investments Ltd. (Companhia aberta) Membros do Conselho de Administração Marcus Alberto Elias - Presidente do Conselho Eduardo Aguinaga de Moraes - Vice-Presidente Luis Manuel Conceição do Amaral - Conselheiro Flavio Silva de Guimarães Souto - Conselheiro Alysson Paolinelli - Conselheiro Independente Ian de Porto Alegre Muniz - Conselheiro Independente Membros da Diretoria Marcus Alberto Elias - Diretor-Presidente Flavio Silva de Guimarães Souto - Diretor Financeiro e Diretor de Relações com os Investidores Contadora Ana Lucia Koch Zingaro CRC 1SP 216883/O-7 63 1T08 LAEP DIVULGA RESULTADOS E SEGUE ESTRATÉGIA DE CONSOLIDAÇÃO São Paulo, 15 de maio de 2008: A LAEP Investments Ltd (BOVESPA: MILK11, Bloomberg: MILK11 BZ e Reuters: MILK11.SA) atua na produção, beneficiamento, comercialização e distribuição de leite e seus derivados e, para maximizar sua estrutura, produz e distribui biscoitos, bolos, sucos e chás. Com efetiva presença em todo o território nacional, a LAEP (“Companhia”) opera marcas reconhecidas no setor lácteo brasileiro, tais como “Parmalat”, “Glória”, “Alimba”, “Lacesa”, “Kidlat”, “Lady”, “Ibituruna”, “Poços de Caldas” e “Paulista”. A estrutura societária atual da LAEP é mostrada abaixo. A empresa Só-nata passou a ser denominada Companhia de Alimentos Glória (“Cia. Glória”), tendo passado também a ser a controladora da Cia. Ibituruna, que foi incorporada na Cia. Glória em 30 de abril de 2008. Para fins deste documento, as expressões abaixo farão referência aos dados mencionados a seguir, exceto quando indicado em contrário: • • • • Downstream – corresponde somente à empresa Parmalat no caso de dados referentes ao primeiro trimestre de 2007, diz respeito às empresas Parmalat e Cia. Glória no quarto trimestre de 2007 e janeiro de 2008 e às empresas Parmalat, Cia. Glória e Ibituruna em fevereiro e março de 2008; Upstream – corresponde apenas à Integralat e suas controladas; Holdings – corresponde às holdings controladoras Lácteos e LAEP Investments; LAEP – corresponde ao consolidado Downstream e Upstream, com os lançamentos ocorridos no nível das Holdings, bem como eventuais eliminações. Teleconferência Inglês 16 de maio de 2008 11h00 (10h00 Nova Iorque) Fone: (+1 973) 935-8893 Senha: 47515652 Replay: (+1 706) 645-9291 Teleconferência Português 16 de maio de 2008 9h00 (8h00 Nova Iorque) Fone: (+ 55 11) 2188-0188 Senha: LAEP Replay: (+ 55 11) 2188-0188 Contato RI Flávio Souto Christiane Bechara Fone: (+ 55 11) 3030-6016 [email protected] www.laepinvestments.com/ri 1 1T08 PRINCIPAIS DESTAQUES 1T08 E EVENTOS SUBSEQÜENTES No que diz respeito ao Downstream, o primeiro trimestre de 2008 foi dedicado à efetivação das aquisições, bem como de acordos comerciais visando aumentar a base de clientes. Nesse período, foi contratado um novo CEO para o referido segmento – André Mastrobuono - que tem a missão de incorporar a sinergia proveniente das aquisições, otimizando estrutura corporativa e parque industrial. Em relação ao Upstream, o período foi destinado à aquisição de terras necessárias e início da preparação das fazendas e obras para receber os animais no segundo semestre de 2008. DOWNSTREAM Em janeiro de 2008, foi assinado o contrato para aquisição de 100% do negócio de industrialização e comercialização de leite e seus derivados da Cooperativa Agro Pecuária Vale do Rio Doce Ltda (“Ibituruna”) ao preço de R$ 38 milhões (além de R$ 33 milhões em dívidas). A receita líquida da Ibituruna no ano de 2007 foi de R$166 milhões. Tal aquisição reforça a posição da Companhia nos mercados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Nordeste (especialmente Bahia) e Espírito Santo; Em fevereiro de 2008, a Lácteos adquiriu por R$ 585 mil a participação remanescente de 1,33% na Só-Nata (atual Cia. Glória), passando esta a ser sua controlada integral; Em fevereiro de 2008, foi celebrado contrato com a Ascal – Representações de Carnes Ltda (“Ascal”) para que a mesma agencie a venda de produtos Parmalat. A Ascal é líder no mercado de lácteos do Rio de Janeiro e possui aproximadamente 6 mil clientes ativos no Estado; Em março de 2008, foi firmado Memorando de Entendimentos para análise e aquisição do negócio de industrialização e comercialização de leite e seus derivados da empresa Montelac Alimentos S/A (“Montelac”). Em abril de 2008, foi ajuizada ação judicial contra a Montelac e seus acionistas em face da tentativa destes últimos de rescindir o Memorando unilateralmente, que possui características vinculantes e cláusula de exclusividade para impedir a negociação da Montelac com terceiros. A Companhia obteve uma liminar, confirmada pelo Tribunal de Justiça, que obriga os vendedores a disponibilizar os documentos para o processo de “due dilgence”. Em abril de 2008, foram firmados contratos com a empresa Danone Ltda. (“Danone”), visando: a) a alienação pela Danone da marca “Poços de Caldas”, incluindo todas as marcas registradas e os pedidos de registro da Poços de Caldas, nome de domínio, assim como todos os ativos estratégicos relacionados a esta marca, incluindo todos equipamentos da linha de produção de requeijão; b) a licença pela Danone do uso exclusivo da marca “Paulista” no Brasil, Bolívia e Paraguai, para produção e comercialização de requeijão, manteiga, creme de leite fresco, leite em pó e leite pasteurizado, por um prazo de 15 anos; c) arrendamento com opção de compra pela Danone do imóvel e de todos os equipamentos industriais destinados à fabricação de produtos lácteos localizados no município de Guaratinguetá, Estado de São Paulo pelo prazo de 10 anos; 2 1T08 d) As operações descritas nos itens “a” e “b” acima envolveram o pagamento do valor global de R$ 50 milhões. No caso do item “c”, o valor é de R$ 150 mil mensais. Essas ações dão prosseguimento à estratégia da Companhia de: complementar seu mix de produtos, fortalecendo sua atuação no setor de outros lácteos, por exemplo, refrigerados; aumentar sua rede de distribuição; e ser um importante “player” na consolidação do setor. 1. DESTAQUES LAEP DESTAQUES LAEP Captação de leite (l MM) 1T08 4T07 1T07 266,1 206,0 178,0 266,1 206,0 178,0 Upstream - - Holdings - DESTAQUES LAEP 4T07 1T07 154,0 345,1 1,0 Downstream 24,3 15,9 1,0 - Upstream 12,9 0,8 - - - Holdings 116,8 328,5 - 204,5 127,4 156,2 199,8 139,8 59,7 204,5 127,4 156,2 199,2 139,8 59,7 Upstream - - - Upstream 0,59 0,04 Holdings - - - Holdings 191,0 113,1 138,6 191,0 113,1 138,6 Upstream - - - Holdings - - - 348,5 293,0 230,4 348,3 293,0 230,4 Downstream Volume vendido (kg, l MM) Downstream Volume de lácteos (kg, l MM) Downstream Receita líquida (R$MM) Downstream Disponibilidades (R$MM) 1T08 Contas a receber (R$MM) Downstream - - - - 318,1 342,7 173,6 291,1 315,7 173,5 Upstream 0,01 - - Holdings 27,0 27,0 0,04 148,0 163,0 60,1 141,2 145,6 60,1 - Endividamento total (R$MM) Downstream Curto prazo (R$MM) Downstream Upstream 0,2 - - Upstream 0,01 Holdings - - - Holdings 6,8 17,4 0,04 170,1 179,7 113,5 149,9 170,1 113,5 - - - 20,3 9,6 - Longo prazo (R$MM) - EBITDA (R$MM) (9,2) (43,0) (11,4) Downstream (4,8) (16,2) (11,4) Upstream (0,0) (2,1) - Upstream Holdings (4,4) (24,7) - Holdings (9,1) (4,0) (11,4) Número de clientes 29.500 16.500 11.215 Downstream (4,7) (4,5) (11,4) 29.500 16.500 11.215 Upstream (0,0) (2,1) - Upstream - - - Holdings (4,4) 2,6 - Holdings - - - EBITDA ajustado (R$MM) Downstream Downstream 3 1T08 UPSTREAM Ao longo do trimestre, foram contratadas 13.000 barrigas de aluguel adicionais, totalizando 44.000 barrigas de aluguel desde o início da Integralat em outubro de 2007; Em abril de 2008, foi firmada a aquisição de uma fazenda localizada no 5º sub-distrito do município de Alegrete, Estado do Rio Grande do Sul: a) O valor da Aquisição foi de R$11,5 milhões, sendo 100% pagos à vista; b) A propriedade tem 2.548 hectares e está localizada em Alegrete, a 487 km de Porto Alegre, 653 km da fazenda adquirida no Uruguai e cerca de 250 km da fábrica da Parmalat localizada em Carazinho. Tal fazenda abrigará vacas holandesas; c) A Aquisição faz parte da estratégia da empresa de integração da cadeia produtiva do leite e servirá para o desenvolvimento de um projeto vertical no referido Estado, tendo como suporte nossa propriedade localizada no Uruguai. 2. DESEMPENHO DO SETOR A tendência atípica observada no final de 2007, de alta nos preços de captação de leite, acentuouse no primeiro trimestre de 2008, em virtude do aquecimento das demandas interna e externa e também pelo início da entressafra na região Sul. Como conseqüência, houve um aumento dos preços pagos ao produtor de cerca de 20% entre dezembro de 2007 e março de 2008. Tendo em vista que a indústria não conseguiu repassar a alta de custos de captação para o varejo, houve uma pressão negativa sobre as margens. No segundo trimestre, ocorrerá a entressafra nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o que também trará pressão aos preços. Entretanto, para os próximos meses, espera-se que os preços permaneçam em alta, mas que não sofram o acréscimo acelerado observado nos últimos períodos. A menor oferta de leite resultante da entressafra deverá permitir o repasse de preços para o varejo, possibilitando a recuperação de margens. 3. DOWNSTREAM 3.1. Desempenho Operacional e Financeiro - Downstream • Captação de Leite O volume de captação de leite efetuado pela Parmalat sofreu um acréscimo de 16% no trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior e de 14% em comparação com o último trimestre de 2007. Considerando-se a adição dos volumes captados pelas companhias adquiridas, a captação total foi elevada em 50% se comparada com igual período do ano anterior. Captação de Leite (MM litros) 266 36 23 Ibituruna Cia. Glória Parmalat 178 206 24 178 182 207 1T07 4T07 1T08 4 1T08 • Receita Bruta / Volume Bruto / Preços Médios A receita bruta de vendas e serviços alcançou R$ 408,8 milhões neste trimestre, 52,2% superior à receita do primeiro trimestre de 2007. A categoria de produtos lácteos, core business da Companhia, cresceu em 69,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. O volume bruto total vendido no trimestre foi de 212,8 milhões de kg / litros, superando em 31,3% o primeiro trimestre de 2007. O volume de lácteos, por sua vez, apresentou um incremento de 38,1% na comparação ano a ano. O volume vendido de lácteos pela Parmalat foi de 148 MM kg/litros, 25% superior ao verificado no último trimestre de 2007 (119 MM kg / litros), mostrando que a crise do leite é um fato superado, visto que na época os volumes caíram cerca de 10%. Tanto receita como volume foram influenciados não apenas pelo crescimento orgânico das vendas de Parmalat, mas também pela adição de Cia. Glória (antiga Só-nata) e Ibituruna. Receita Operacional Bruta (R$MM) Lácteos 1T08 1T07 Var. % Volume Bruto (kg, l MM) 1T08 1T07 Var. % 362,3 213,2 69,9% Lácteos 198,8 144,0 38,1% 303,4 213,2 42,3% 148,0 144,0 2,8% Cia. Glória 28,5 - - Cia. Glória 21,0 - - Ibituruna 30,4 - - Ibituruna 29,8 - - Parmalat Fornos 22,8 24,2 Sucos e Chás 8,1 11,7 Outros 4,3 2,0 11,3 17,5 408,8 268,6 Exportação Total Parmalat -5,8% Fornos 5,4 6,3 -14,3% -30,8% Sucos e Chás 3,6 5,0 -28,0% 115,0% Outros 2,9 3,3 -12,1% -35,4% Exportação 2,1 3,5 -40,0% 212,8 162,1 31,3% 52,2% Total * Obs.: Ibituruna contempla apenas receitas e volumes relativos a fevereiro e março de 2008 O gráfico abaixo apresenta a evolução dos índices de preço de captação, venda para mercado interno e externo, assumindo como base 100, os valores de janeiro de 2007. Observa-se que a pressão de custos de matéria prima se manteve ao longo do primeiro trimestre do ano. Entretanto, começou a ser verificada uma leve recuperação dos preços de venda nesse mesmo período, intensificada em março de 2008. Preços Históricos de Leite: Índices de Preço – Janeiro 2007 – Base 100 Pressão sobre margens 5 1T08 • Receita Líquida / Volume Líquido A receita líquida alcançou R$ 348,3 milhões neste trimestre, 51,2% superior ao mesmo período do ano anterior e 19% acima da receita verificada no último trimestre de 2007. O volume líquido vendido no trimestre, por sua vez, foi de 204,5 milhões de kg / litros, superando em 31% o primeiro trimestre de 2007 e em 61% o volume observado no trimestre anterior. Volume Líquido (kg, l MM) Receita Líquida (R$ milhões) 205 348 293 230 1T07 Receita Operacional Líquida (R$MM) Lácteos 4T07 1T08 +19% +51% 156 1T08 1T07 1T07 +31% 127 Var. % 4T07 Volume Líquido (kg, l MM) +61% 1T08 1T08 1T07 Var. % 311,7 186,4 67,2% Lácteos 191,0 138,6 37,8% 260,1 186,4 39,5% 142,0 138,6 2,5% Cia. Glória 25,8 - - Cia. Glória 20,7 - - Ibituruna 25,8 - - Ibituruna 28,3 - - Parmalat Fornos 17,9 18,8 Sucos e Chás 6,0 9,0 Outros 3,4 0,6 Exportação 9,3 15,6 348,3 230,4 Total Parmalat -4,8% Fornos 5,3 6,2 -14,5% -33,3% Sucos e Chás 3,4 5,0 -32,0% 466,7% Outros 2,9 3,3 -12,1% -40,4% Exportação 1,9 3,1 -38,7% 204,5 156,2 30,9% 51,2% Total * Obs.: Ibituruna contempla apenas receitas e volumes relativos a fevereiro e março de 2008 • Custos Dando prosseguimento à estratégia de redução de custos, foi observada a diminuição de todos os itens de custo com exceção da matéria-prima. Como explicado anteriormente, o custo de captação permaneceu em patamares elevados, tendo causado pressão negativa sobre os gastos e margens da Companhia neste trimestre. Custos Operacionais (R$MM) Matéria prima 1T08 % Receita Líquida 1T07 % Receita Líquida 195,1 56,0% 107,1 46,5% 63,2 18,2% 49,9 21,7% 7,5 2,2% 6,5 2,8% 12,9 3,7% 11,7 5,1% Depreciação 7,3 2,1% 6,6 2,9% Outros 6,5 1,9% 5,4 2,3% 292,6 84,0% 187,2 81,2% Embalagem Mão-de-obra direta Energia Total 6 1T08 • Lucro Bruto (R$ milhões) / Margem Bruta (%) Lucro Bruto e Margem Bruta 60 O lucro bruto aumentou em 29,2% no primeiro trimestre de 2008, se comparado ao mesmo período do ano anterior. Apesar desse aumento, a margem bruta sofreu uma redução de 2 pontos percentuais, como consequência do incremento de custos de matéria-prima, não acompanhado pelos preços de venda na mesma proporção. • 50 53 56 40 43 30 40 18,1% 30 20 18,8% 20 16,0% 10 10 0 0 1T07 4T07 1T08 Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas Em relação à receita líquida, as despesas foram reduzidas em 4,8% no primeiro trimestre de 2008 em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior, o que demonstra a habilidade e foco do “Management” em buscar cada vez mais sinergias e otimização da estrutura interna da Companhia. Despesas (R$MM) % Receita Líquida 1T07 % Receita Líquida Vendas 44,6 12,8% 38,5 16,7% Gerais e administrativas 27,7 7,9% 20,4 8,9% 26,9 7,7% 14,2 6,2% 4,1 1,2% 4,1 1,8% (3,6) -1,0% 3,8 1,6% Reestruturação 0,2 0,0% - 0,0% Outras despesas / (receitas) 0,1 0,0% (1,7) -0,7% 72,3 20,7% 58,9 25,6% Administrativas Depreciação e amortização Provisões / (reversões) Total • 1T08 EBITDA e EBITDA Ajustado No primeiro trimestre de 2008, a Companhia continuou aumentando a sua base de clientes e direcionando suas vendas para clientes de pequeno e médio porte, o que contribui favoravelmente para a rentabilidade do negócio, uma vez que as vendas para esses estabelecimentos apresentam melhores margens. Entretanto, as margens sofreram pressão negativa do aumento de custos de matéria-prima e da impossibilidade de repasse desse incremento ao preço de venda aos consumidores finais, especialmente nos meses de janeiro e fevereiro. Ainda assim, observa-se melhoria nas margens verificadas no primeiro trimestre de 2008 em relação ao mesmo período do ano anterior. 7 1T08 Evolução do Número de Clientes Ativos Vendas por Canal de Distribuição (%) 29.500 3.500 4.000 Só Nata Ibituruna 6.000 Ascal 16.000 Parmalat 59% 68% Grandes clientes nacionais e regionais 11.215 mar‐07 mar‐08 25% Pequenos e médios clientes 10% 16% Outros mar‐07 mar‐08 22% Nota: O número de clientes apresentado acima não considera efeitos de eventual sobreposição de clientes. RECONCILIAÇÃO DO EBITDA AJUSTADO (R$MM) 1T08 1T07 (+) Prejuízo do Exercício (28,1) (29,5) (+) Imposto de Renda e Contribuição Social (1,5) (1,1) (+) Depreciação e Amortização 12,0 6,0 (+) Despesas Financeiras Líquidas 12,8 13,2 EBITDA (4,8) (11,4) Despesas não recorrentes 0,1 EBITDA AJUSTADO (4,7) (11,4) MARGEM EBITDA AJUSTADA -1,4% -5,0% Nota: • O EBITDA é utilizado como uma medida de desempenho pela nossa administração. Nosso EBITDA foi calculado de acordo com o Oficio Circular CVM 1/2005, que determina que o EBITDA pode ser definido como lucros antes das receitas (despesas) financeiras líquidas, imposto de renda e contribuição social, depreciação e amortização e resultados não operacionais. O EBITDA não é uma medida adotada de acordo com o BR GAAP, não representa o fluxo de caixa para os períodos apresentados e não deve ser considerado como um substituto para o lucro líquido, como indicador do nosso desempenho operacional ou como substituto para o fluxo de caixa, nem tampouco como indicador de liquidez. Considerando que o EBITDA não possui significado padronizado, a nossa definição de EBITDA pode não ser comparável àquelas utilizadas por outras empresas. Resultado Financeiro Líquido Embora o endividamento tenha aumentado, a despesa financeira caiu em virtude da melhoria na situação financeira da Companhia, com taxas de juros menores, bem como da não realização de desconto de duplicatas. O resultado financeiro também foi beneficiado pela redução da taxa Selic / CDI e o fim da CPMF. (R$MM) 1T08 1T07 1,0 1,8 (Despesas Financeiras) (13,7) (15,0) Resultado Financeiro (12,8) (13,2) Receitas Financeiras 8 1T08 3.2. Endividamento - Downstream O segmento downstream aumentou seu endividamento para contribuir com a sustenção de seu crescimento. Endividamento Financeiro (R$MM) 1T08 1T07 Dívida de Curto Prazo 141,2 60,1 Dívida de Longo Prazo 149,9 113,5 Dívida Bruta 291,1 173,5 24,3 1,0 Dívida Líquida 266,8 172,6 % da Dívida de Curto Prazo / Total 48,5% 34,6% Disponibilidades 3.3. Créditos Tributários - Downstream Somos titulares de créditos tributários oriundos de base negativa de contribuição social no montante de R$ 786 milhões e possuímos prejuízos fiscais apurados até 31 de março de 2008 no montante de R$ 687 milhões, que reduzem a base de cálculo do imposto de renda de exercícios futuros, limitados a 30% do lucro auferido em cada exercício, gerados a partir do exercício de 1995 e sem prazo de prescrição. 3.4. Riscos Trabalhistas, tributários e cíveis – Downstream Não houve nenhum fato relevante relacionado a riscos trabalhistas, tributários e cíveis no trimestre. 3.5. Investimentos – Downstream Os investimentos no primeiro trimestre de 2008, que totalizaram R$25 milhões superaram em 19x os investimentos no mesmo período do ano anterior. Esses investimentos fazem parte do plano previsto para 2008, que tem como principais itens 2 Investimentos(R$ milhões) 25,0 1,3 1T07 1T08 fábricas de leite em pó, uma fábrica de queijo e investimentos em melhoria de produtividade, redução de custos, tratamento de efluentes e segurança. Em linha com a estratégia de incorporar novos produtos de maior valor agregado ao seu mix, a Companhia adquiriu ativos antes pertencentes à Danone relacionados à linha de requeijão, bem como a fábrica de refrigerados, localizada em Guaratinguetá, Estado de São Paulo. 9 1T08 Com essas aquisições a Companhia conta atualmente com um parque fabril englobando 14 plantas. 3.6 Participação de Mercado Segundo dados da A/C Nielsen, entre o primeiro trimestre de 2007 e o mesmo período de 2008, o mercado de leite UHT cresceu cerca de 7% em valor. Embora as receitas de venda de leite UHT da Parmalat tenham sido 20% superiores no trimestre em questão em relação ao primeiro trimestre de 2007 e as aquisições tenham contribuído com um incremento adicional de 30%, a participação de mercado da empresa se manteve estável nos últimos períodos, conforme mostrado nos gráficos abaixos. Market Share (R$): Leite UHT Receita Bruta: Leite UHT (R$ milhões) +50% 133 139 22 200 20 21 116 1T07 4T07 Ibituruna Cia. Glória 15% Aquisição da Parmalat Maio de 2006 +20% 8% 159 133 18% 1T08 8% 10% 10% 11% 11% 11% Parmalat 2002 2003 Dez Dez Dez Mar Set ’04 ’05 ’06 ’07 ’07 Dez Mar ’07 ’08 Atribuímos tal estabilidade à alteração nos canais de vendas, com foco em pequenos e médios clientes através de distribuidores e atacadistas, vis a vis a metodologia de análise adotada pela A/C Nielsen, fonte dos dados de “market share”. Tal metodologia contempla apenas parte do mercado total, o que pode fazer com que o crescimento em pequenos clientes não seja totalmente absorvido e demore a ser capturado. 4. UPSTREAM 4.1 Andamento do Projeto Em 2008, a Integralat deu início à implementação de 4 módulos, sendo 3 verticais e 1 integrado. O início das suas operações deve ocorrer no terceiro trimestre do ano corrente. Nesta primeira fase, o projeto contemplará aproximadamente 50.000 vacas e envolverá investimentos de cerca de R$ 350 milhões, a serem desembolsados em três anos. Para 2008, estão planejados investimentos de R$ 120 milhões, dos quais já foram comprometidos R$ 80 milhões. 10 1T08 Ao longo do primeiro trimestre de 2008, foram iniciadas as obras em duas fazendas verticais e no projeto de integração. A Integralat avançou bastante no desenho e especificação de seu sistema de controle. O quadro abaixo mostra o status de execução dos módulos: Uruguai / Alegrete (V) Cruzília (V) Bonito (V) Unaí (I) ‐Fazenda adquirida no Uruguai com 815 ha ‐ Fazenda arrendada em preparação ‐Fazenda adquirida em Bonito de Minas com 28.000 ha ‐ Fazenda adquirida em Unaí com 2.200 ha ‐ 600 vacas holandesas já produzindo leite ‐Fazenda adquirida em Alegrete com 2.500 ha ‐Vai abrigar 2.500 vacas holandesas provenientes do Uruguai ‐Vai abrigar 25.000 vacas holandesas provenientes do Uruguai ‐ 6.800 vacas girolanda ¾ já contratadas ‐Vai abrigar 20.000 vacas girolanda ‐ 1.000 candidatos a integrados em processo de seleção ‐Vai abrigar 2.500 vacas holandesas provenientes do Uruguai (V) = Módulo Vertical (I) Módulo de Integração 4.2 Resultado - UPSTREAM A Integralat se encontra em fase pré-operacional e todos os custos e despesas incorridos até o momento estão sendo capitalizados. Apenas a In Vitro é uma empresa operacional. A tabela abaixo mostra o resumo dos resultados consolidados do Upstream no primeiro trimestre de 2008: Reconciliação do EBITDA (R$MM) Prejuízo do Exercício 1T08 (0,07) IR e CSLL 0,01 Depreciação e Amortização 0,06 Resultado Financeiro (0,02) (Receitas Financeiras) (0,02) Despesas Financeiras 0,00 EBITDA (0,02) 5. Holdings As Holdings Lácteos e LAEP Investments não são operacionais e têm despesas relacionadas com o “senior management”, bem como gastos com auditoria, registro na Bolsa de Valores, banco custodiante dos BDRs, publicações e manutenção de site na internet. 11 1T08 Nas holdings também estão alocados os recursos remanescentes provenientes da Oferta Pública Inicial. Em 31.03.2008, o saldo disponível era de R$ 116,8 MM. 6. Uso dos Recursos da Oferta Pública Inicial (“IPO”) No IPO foram captados R$ 477 MM líquidos. Até o momento já foram gastos / comprometidos recursos conforme abaixo: DOWSTREAM – R$ 397 MM o o o Capital de Giro – R$ 170 MM Aquisições – R$ 167 MM Capex – R$ 60 MM UPSTREAM – R$ 80 MM o o Terras – R$ 60 MM Vacas e barrigas de aluguel – R$ 20 MM CONTATO RI Flávio Souto Diretor de Relações com Investidores Fone: (11) 3030-6016 Christiane Bechara Gerente de Relações com Investidores Fone: (11) 3030-6122 [email protected] www.laepinvestments.com/ri AVISO LEGAL As afirmações contidas neste documento relacionadas a perspectivas sobre os negócios, projeções sobre resultados operacionais e financeiros e aquelas relacionadas a perspectivas de crescimento da LAEP são meramente projeções e, como tais, são baseadas exclusivamente nas expectativas da diretoria sobre o futuro dos negócios. Essas expectativas dependem, substancialmente, de mudanças nas condições de mercado, do desempenho da economia brasileira, do setor e dos mercados internacionais e, portanto, sujeitas a mudanças sem aviso prévio. 12 1T08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 1T08 Demonstração de Resultados (R$ mil) LAEP Investments Ltd. 1T07 LAEP Consolidado LAEP Consolidado - 408.991 268.552 (10) - (60.456) (38.171) (43.226) (10) - (43.237) (25.092) Devoluções e abatimentos (17.220) - - (17.220) (13.079) Receita Operacional Líquida 348.350 185 - 348.535 230.381 (292.572) (143) - (292.715) (187.155) 55.778 42 - 55.820 43.226 Despesas / (Receitas) Operacionais (85.164) (111) (1.125) (86.400) (72.027) Vendas (44.568) (1) (15) (44.585) (38.523) Administrativas e gerais (27.733) (66) (5.050) (32.849) (22.111) Despesas financeiras (13.722) (3) (396) (14.121) (15.001) (Receitas financeiras) 970 19 5.147 6.135 1.839 Amortização de ágio (171) (57) (811) (1.039) - 62 (3) 0 59 1.769 (29.386) (69) (1.125) (30.580) (28.801) (535) 6 - (529) (1.797) 104 6 - 109 1.321 (639) - - (639) (3.117) (29.921) (63) (1.125) (31.109) (30.598) 1.470 (11) (290) 1.169 1.095 395 - 3 398 - (28.056) (74) (1.412) (29.542) (29.503) (+) Imposto de Renda e Contribuição Social (1.470) 11 290 (1.169) (1.095) (+) Depreciação e Amortização 11.976 59 1.486 13.521 6.021 (+) Despesas Financeiras Líquidas 12.752 (16) (4.751) 7.986 13.162 EBITDA (4.797) (20) (4.387) (9.204) (11.414) 75 - - 75 - (4.722) (20) (4.387) (9.129) (11.414) Downstream Upstream Receita Operacional Bruta 408.796 195 Deduções (60.446) Impostos sobre as vendas e serviços CPV / CSP Lucro Bruto Outras despesas / (receitas) operacionais Resultado Operacional Resultado Não Operacional Receitas (Despesas) Resultado antes do IR e CSLL Provisão para IR e CSLL Participação dos minoritários Prejuízo do Período Despesas / (receitas) não recorrentes EBITDA AJUSTADO Holdings 13 1T08 1T08 Balanço Patrimonial (R$ mil) LAEP Investments Ltd. Downstream Upstream 1T07 Holdings LAEP Consolidado (Eliminações) LAEP Consolidado ATIVO ATIVO CIRCULANTE 24.266 12.914 116.777 - 153.958 977 Contas a receber de clientes 199.248 594 - - 199.842 59.656 Estoques Disponibilidades 106.479 1.215 - - 107.694 67.591 Impostos a recuperar 11.893 169 1.485 - 13.547 10.755 Outros créditos 19.604 528 23.121 - 43.252 20.554 7.320 3 - - 7.323 687 368.809 15.423 141.383 - 525.616 160.219 Depósitos judiciais 8.079 - - - 8.079 12.000 Bens destinados à venda 2.921 - - - 2.921 5.256 83.080 - - - 83.080 34.369 0 - Despesas antecipadas Total do circulante REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Impostos a recuperar AFAC (1) - - 129.261 IR e CS diferidos - 19 - - 32.312 479 0 126.393 498 Outros créditos Total do realizável a longo prazo (129.261) 19 - (54) 32.738 9.575 129.261 (129.315) 126.837 61.200 56 PERMANENTE Investimentos Ágio e deságio Imobilizado e intangível Diferido Total do permanente TOTAL DO ATIVO 139 - 646.970 (646.970) 139 20.374 5.736 (24.274) 55.516 57.352 - 658.994 60.683 26.325 - 746.001 545.195 39 3.290 - 3.329 - 679.546 69.708 649.021 (591.454) 806.821 545.251 1.174.748 85.630 919.666 (720.769) 1.459.275 766.670 27.440 5 6.750 - 34.196 60.089 129.512 327 1.203 - 131.042 84.750 - PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO CIRCULANTE Empréstimos e financiamentos Fornecedores Debêntures 62.242 - - - 62.242 - Obrigações tributárias 40.263 489 653 - 41.405 38.654 Salários, encargos e provisões 13.691 244 159 - 14.094 8.677 Credores quirografários 51.531 - - - 51.531 45.722 AFAC (1) Outras contas a pagar Total do circulante 129.261 - - (129.261) 73.818 1.411 64 (133) 75.160 - 4.223 - 527.757 2.476 8.830 (129.394) 409.669 242.116 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 8.563 - 20.250 - 28.813 - 193.677 - - - 193.677 18.004 Debêntures 71.932 - - - 71.932 - Credores quirografários 69.369 - - - 69.369 113.453 Empréstimos e financiamentos Obrigações tributárias 61.291 1.075 - - 62.366 268.575 100.462 - - - 100.462 85.631 16.002 - 8.521 - 24.523 13.016 521.296 1.075 28.771 - 551.142 498.679 Resultado de exercícios futuros - 3.793 - 55.516 59.309 - Participações de minoritários - 3 - 44 47 - 886.007 30.001 464.825 (1.375.549) 5.284 868.608 4.257 - 505.226 (4.258) 505.226 4.257 203.517 1.589 221.040 (409.565) 16.580 170.962 (1.073.232) (1.168) (309.026) 1.295.444 (87.982) 20.549 30.421 882.065 (493.928) 439.108 Recursos para aumento de capital 105.146 47.861 - (153.007) PL e Recursos para aumento de Capital 125.695 78.283 882.065 (646.935) 439.108 25.875 1.174.748 85.630 919.666 (720.769) 1.459.275 766.670 Provisão para riscos trabalhistas, tributários e cíveis Impostos diferidos da reserva de reavaliação Outras contas a pagar Total do exigível a longo prazo PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social Reserva de capital Reserva de reavaliação de ativos de controladas Prejuízos acumulados Total do patrimônio líquido TOTAL DO PASSIVO E PL - (1.017.953) 25.875 - 14