6. EXPERIMENTOS FATORIAIS 6.1 Algumas definições São experimentos que envolvem dois ou mais fatores. Exemplo: temos a níveis do fator A e b níveis do fator B, então cada repetição terá ab tratamentos. Efeito principal de um fator: é o quanto mudou a variável resposta devido a mudança no nível do fator. Exemplo: + 30 52 Efeito principal de A: A Fator B - 20 40 - + Fator A Figura 6.1 40 52 20 30 21 2 2 Média nível Média nível baixo alto Interpretação: passando do nível baixo para o alto de A causa um aumento médio de 21 unidades na resposta. 1 B Efeito principal de B: 30 52 20 40 11 2 2 Interação: quando a diferença na variável resposta entre os níveis de um fator não é a mesma nos níveis dos outros fatores. Exemplo: + 40 12 Para B- o efeito de A é: 50-20=30 Para B+ o efeito de A é: 12-40=-28 Fator B - 20 50 - + Efeito da interação: AB=(-28-30)/2=-29 =(ab-b-a+1)/2 40 B- =(12-40-50+20) /2 50 20 Efeito significativo da interação Fator A Figura 6.2 12 B+ - + Fator A Figura 6.4 2 B+ B- - + Fator A Figura 6.4 Não tem efeito da interação 3 Modelo de regressão: quando os fatores em estudo são quantitativos (temperaturas, doses de nitrogênio, tempo, etc.), indica-se fazer uma análise de regressão. O modelo de regressão para um experimento com 2 fatores, com dois níveis, fica: y β 0 β 1x1 β 2 x 2 β 12 x1x 2 ε Onde: y é a variável resposta, os ’s são os parâmetros a serem estimados, x1 e x2 são as variáveis que representam os fatores A e B respectivamente, é o termo do erro aleatório. As variáveis x1 e x2 são codificadas como -1 e +1, e x1x2 representa a interação entre elas. Efeitode A 21 Estimativas dos parâmetros: ˆ1 10,5 2 2 (Método dos mínimos quadrados) Efeitode B 11 βˆ2 5,5 (ab-b-a+1) /2 2 2 (52-30-40+20)/2=1 Efeitode AB 1 ˆ β 12 0,5 2 2 βˆ0 20 40 30 52 4 35,5 Modelo ajustado: yˆ 35,5 10,5x1 5,5x2 0,5x1 x2 Pequeno efeito, retirar do modelo 4 Representação gráfica do modelo (sem a interação). Interpretação: existe um efeito linear de x1 e x2; a resposta aumenta com os valores maiores de x1 e x2. 5 Modelo com interação: yˆ 35,5 10,5x1 5,5x2 8x1 x2 Para o experimento da figura 6.2 o efeito de A vale 1 pode-se pensar que não existe o efeito de A Interpretação: o fator A passa de -1 para 1 e vai aumentando. O fator B não é estável--> passando de -1 para 1 não aumenta a produção nos níveis baixo de A, entretanto aumenta a produção para os pequeno níveis altos de A. porém, para os diferentes níveis de B, o efeito de A é significativo. Na presença de interação significativa, o pesquisador deve estudar o efeito de um fator dentro dos níveis do outro fator:por exemplo, A(B=-1) . 6 6.2 A vantagem dos esquemas fatoriais Quando deseja-se estudar os efeitos das interações entre os fatores. Permite estimar os efeitos de um fator dentro dos níveis do outro fatorresultados mais abrangentes. 6.3 Experimentos fatoriais com dois fatores a níveis do fator A b níveis do fator B cada repetição contém ab tratamentos n repetições Exemplo: uma pesquisadora deseja produzir um novo tipo de vinagre a base de kiwi. Os fatores em estudo foram: Fator A: quantidade de açúcar (a=2 níveis: 8% e 20%) Fator B: adição de nutrientes (b=2 níveis: com e sem) n = 7 repetições 4 x 7 = 28 unidades experimentais variável resposta: concentração de etanol 7 6-3.1 Exemplo Projeto de uma bateria. Fatores em estudo: Material (tipos 1, 2 e 3) e temperatura (15oF, 70oF e 125oF). 4 baterias são testadas para cada combinação de material e temperatura, num total de 36 baterias, testadas em ordem aleatória. Delineamento experimental: Inteiramente Casualizado. Material como fator A e Temperatura como fator B. Questões: 1. Qual o efeito do tipo de material e temperatura na vida das baterias? 2. Existe um material que produz uma bateria com vida mais longa independente da temperatura? Dados de vida (em Horas) para o experimento de um projeto de bateria Tipo do Temperatura (oF) Material 15 70 1 130 155 34 74 180 80 2 150 188 136 159 126 106 3 138 110 174 168 160 150 40 75 122 115 120 139 125 20 82 25 58 96 82 70 58 70 45 104 60 8 De modo geral, a matriz dos dados é dada da seguinte forma: Fator B Fator A 1 2 . a 1 y111, y112, ..., y11n y211, y212, ..., y21n 2 y121, ..., y12n y221, ..., y22n ya11, ya12, ..., ya1n ya21, ..., ya2n ... b y1b1, ..., y1bn y2b1, ..., y2bn yab1, ..., yabn O modelo estatístico: i=1,2,...,a y ijk i j ( )ij ijk j=1,2,...,b k=1,2,...,n yijk é o efeito do i-ésimo nível do fator A, j-ésimo nível do fator B e k-ésima repetição; é uma constante (média geral); i é o efeito do i-ésimo nível do fator A; j é o efeito do j-ésimo nível do fator B; ()ij é o efeito da interação entre i e j e ijk é o componente do erro aleatório. 9 O modelo de médias: yijk μij εijk μij μ τ i β j τ βij O modelo de regressão: yi β0 β1 x1i β2 x2i β12 x1i x2i εi 10 Hipóteses de interesse 1. Interação H 0 : ( )ij 0 para todo i, j H 1 : pelo m enosum ( )ij 0 2. Efeito do fator A H 0 : 1 2 ... a 0 H1 : pelo menosum i 0 3. Efeito do fator B H 0 : 1 2 ... b 0 H1 : pelo m enosum j 0 11 6-3.2 Análise estatística do modelo de efeitos fixos Tabela da ANOVA para um experimento fatorial com dois fatores de efeitos fixos Causas de variação Soma de Graus de Quadrados médios E(QM) quadrados liberdade a Fator A SQA a-1 QMA = SQA/a-1 2 Fator B SQB b-1 SQAB (a-1)(b-1) a QMAB= SQAB/(a-1)(b-1) 2 Erro SQE ab(n-1) Total SQT abn-1 SQE/ ab(n-1) i 1 an 2j j 1 i 1 j 1 QM A QM E F0 QM B QM E b 1 b n ( ) F0 a 1 b QMB = SQB/b-1 2 Interação A x B bn i2 F0 F0 2 ij (a 1)( b 1) QM AB QM E 2 12 2 y 2 SQT yijk ... abn i 1 j 1 k 1 Suposições : 1 a 2 y...2 SQA yi.. bn i 1 abn Os erros ijk são normalmente e independentemente distribuídos com variância constante 2; y...2 1 b 2 SQB y. j . an j 1 abn Os F0 são distribuídos como F com a-1, b-1, e (a-1)(b-1) g no numerador e ab(n-1) gl no denominador, e a região crítica é a cauda superior da distribuição F. a SQsubtotais b n y...2 1 a b 2 yij. n i 1 j 1 abn Assume-se que o modelo está ajustado; SQAB SQsubtotais SQA SQB SQE SQT SQsubtotais 13 14 Análise estatística do experimento de baterias Software utilizado: SAS (arquivo: battery.sas) Exemplo de um experimento fatorial com dois fatores Pagina 240 do livro do Montgomery 4 15:33 Sunday, April 27, 1997 General Linear Models Procedure Dependent Variable: VIDA Source DF Sum of Squares Mean Square F Value Pr > F Model 8 59416.22222222 7427.02777778 11.00 0.0001 Error 27 18230.75000000 675.21296296 Corrected Total 35 77646.97222222 R-Square C.V. Root MSE VIDA Mean 0.765210 24.62372 25.98486026 105.52777778 DF Type I SS Mean Square F Value Pr > F 2 2 4 10683.72222222 39118.72222222 9613.77777778 5341.86111111 19559.36111111 2403.44444444 7.91 28.97 3.56 0.0020 0.0001 0.0186 DF Type III SS Mean Square F Value Pr > F 2 2 4 10683.72222222 39118.72222222 9613.77777778 5341.86111111 19559.36111111 2403.44444444 7.91 28.97 3.56 0.0020 0.0001 0.0186 Source MATERIAL TEMPERAT MATERIAL*TEMPERAT Source MATERIAL TEMPERAT MATERIAL*TEMPERAT 15 Conclusões: 1) O modelo está ajustado. Cerca de 77% da variabilidade na vida das baterias é explicada pelo modelo adotado. 2) Como a P(F>3,56)=0,0186 existe efeito significativo da interação entre o tipo de material e temperatura; 16 Verificação das suposições do modelo (Análise de resíduos) Resíduos: eijk yijk yˆ ijk onde yˆ ijk yij. eijk yijk yij. 17 O gráfico não revela qualquer problema, embora o maior resíduo (negativo) (-60,75, para o material 1 e temperatura 15oF) está fugindo um pouco da distribuição dos resíduos. O valor padronizado desse resíduo é 60,75/ 675,21 2,34 é o único resíduo superior a 2 (valor suspeito). 18 Esse gráfico indica uma tendência moderada da variância dos resíduos aumentar com a vida das baterias. 700F e material 1 contém os dois resíduos mais extremos: -60,75 e 45,25 O material 1 apresenta maior variância dos resíduos 19 Indica que para 150F existe maior variância dos resíduos. Ambos os gráficos indicam moderada desigualdade de variâncias com a combinação de 15oF e material tipo 1, porém não invalidam os resultados. Variâncias dos materiais e temperaturas: Materiais 1 2 3 2360,88 2447,52 1279,17 Temperaturas 15 70 125 1004,52 1838,99 659,06 20 Comparações múltiplas Quando a interação é significativa deve-se fazer o desdobramento da interação. Pode ocorrer dois casos: 1) Os dois efeitos principais são significativos ou não. Estuda-se o comportamento de um fator dentro dos níveis do outro; 2) Apenas um dos efeitos principais foi significativo. Estuda-se o comportamento do fator não significativo dentro dos níveis do outro fator. Outra consideração: verificar o fator influenciado, por exemplo, os materiais são influenciados pelas temperaturas, assim, deve-se estudar o efeito dos materiais dentro de cada temperatura, ou seja, influenciado(influencia). 21 Estudo da interação: Fixar o fator B (temperatura) num específico nível e aplicar o teste de Tukey para as médias do fator A (tipo de material (qualitativo)). Exemplo: dados de vida de baterias. Vamos comparar as médias dos tipos de materiais dentro de cada uma das temperaturas, pelo teste de Tukey, ao nível de significância de 5%. Vamos utilizar o sistema SAS. General Linear Models Procedure Least Squares Means MATERIAL*TEMPERAT Effect Sliced by TEMPERAT for VIDA TEMPERAT 15 70 125 DF 2 2 2 Sum of Squares 886.166667 16553 2858.666667 Mean Square 443.083333 8276.333333 1429.333333 F Value Pr > F 0.6562 12.2574 2.1169 0.5269 0.0002 * * 0.1400 22 Médias observadas no experimento: MATERIAL TEMPERAT 1 1 1 2 2 2 3 3 3 15 70 125 15 70 125 15 70 125 VIDA LSMEAN 134.750000 57.250000 57.500000 155.750000 119.750000 49.500000 144.000000 145.750000 85.500000 Diferenças entre os pares de médias de materiais para temperatura 70oF: Mat 3 vs Mat 2: 145,75-119,75=26,00 Mat 3 vs Mat 1: 145,75-57,25=88,50 Mat 2 vs Mat 1: 119,75-57,25=62,50 23 Teste de Tukey Como a interação foi significativa, suponha que desejamos comparar as médias dos três tipos de materiais para temperatura fixada em 70oF. O erro padrão das médias é dado por: S y QM E 675 ,21 12,99 n 4 Da tabela VII (Apêndice) obtemos: q0 ,05 ( 3;27 ) 3,50 A Diferença Mínima Significativa (DMS) é dada por: T0 ,05 q0 ,05 ( 3,27 )S y 3,50(12,99 ) 45 ,47 Para temperatura de 70oF Material 3 145,75 a Material 2 119 ,75 a Material 1 57 ,25 b 24 Contraste na presença de interação Contraste: Material 1 e a média dos materiais 2 e 3 para temperatura = 70oF Passos: 1. Escreva a hipótese de interesse em termos de médias de caselas 2. Reescreva a hipótese em termos dos parâmetros do modelo 3. Calcule os coeficientes para o contraste 25 Tabela de médias de caselas para os 9 tratamentos Temperaturas 15 70 125 Materiais 1 2 3 11 21 12 22 31 15 32 70 13 23 33 125 1 2 3 ij i j ( )ij A hipótese escrita em termos de médias de caselas é dada por: H 0 : 12 1 22 32 2 Em termos dos parâmetros do modelo a hipótese fica: 1 2 ( )12 1 ( 2 2 ( ) 22 ) ( 3 2 ( )32 ) 2 26 11 12 2 12 3 ( )12 12 ( )22 12 ( )32 0 O comando CONTRAST no SAS fica: contrast 'M1 vs (M2+m3)/2 T=70' material 1 -0.5 -0.5 material*temperat 0 1 0 0 -0.5 0 0 -0.5 0; Resultado do comando CONTRAST: Contrast DF Contrast SS Mean Square M1 vs (M2+m3)/2 T=70 1 15200.66666667 15200.66666667 F Value 22.51 Pr > F 0.0001 Exercício: testar o contraste ‘ Material 2 vs material 3 para temperatura=70’; 27 6-3.4 Estimação dos parâmetros do modelo y ijk i j ( )ij ijk Os parâmetros do modelo de efeitos são estimados pelo método dos mínimos quadrados. y... ˆi yi.. y... i 1,2,...,a ˆ j y. j . y... j 1,2,...,b yij yi.. y. j . y... i 1,2,...,a e j 1,2,...,b ij 28 Parameter Estimates Term DF Estimate INTERCEPT 1 85.50 (TEMPERAT='15') 1 58.50 (TEMPERAT='70') 1 60.25 (TEMPERAT='125') 0 0 (MATERIAL='1') 1 -28.00 (MATERIAL='2') 1 -36.00 (MATERIAL='3') 0 0 (MATERIAL='1' & TEMPERAT='15') 1 18.75 (MATERIAL='1' & TEMPERAT='70') 1 -60.50 (MATERIAL='1' & TEMPERAT='125') 0 0 (MATERIAL='2' & TEMPERAT='15') 1 47.75 (MATERIAL='2' & TEMPERAT='70') 1 10.00 (MATERIAL='2' & TEMPERAT='125') 0 0 (MATERIAL='3' & TEMPERAT='15') 0 0 (MATERIAL='3' & TEMPERAT='70') 0 0 (MATERIAL='3' & TEMPERAT='125') 0 0 Std. Err. 12.99 18.37 18.37 . 18.37 18.37 . T 6.581 3.184 3.279 . -1.524 -1.959 . Pr > |T| 0.0000 0.0036 0.0029 . 0.1392 0.0605 . 25.98 0.722 0.4768 25.98 -2.328 0.0276 . . 25.98 1.838 0.0771 25.98 0.385 0.7034 . . . . . . . . . . . . 1 2 3 0 3 1 2 3 58,50 60,25 118,75 Efeito negativona resposta . Parameter Estimates The predicted model is VIDA = 85.50 + 58.50*(TEMPERAT='15') + 60.25*(TEMPERAT='70') 28.00*(MATERIAL='1') -36.00*(MATERIAL='2') +18.75*(MATERIAL='1' & TEMPERAT='15') 60.50*(MATERIAL='1' & TEMPERAT='70') + 47.75*(MATERIAL='2' & TEMPERAT='15') + 29 10.00*(MATERIAL='2' & TEMPERAT='70') . 6-3.5 Determinação do número de repetições As curvas características de operação, Apêndice V, podem ser usadas para determinar o n (número de repetições). Cálculos: 1) graus de liberdade: apresentados na tabela da ANOVA 2) cálculo de 2, onde D é a diferença entre duas médias (do fator A, B ou interação AB) , a qual o pesquisador deseja que o experimento detecte como significativa: 2 nbD 2 2 a 2 (para o fator A) 2 naD 2 2 b 2 (para o fator B) 2 nD 2 2 2 [( a 1)( b 1) 1] (para efeito da interação) Exemplo: A hipótese de nulidade deve ser rejeitada com alta probabilidade se a diferença na vida média entre duas temperaturas é de 40 horas. Então D=40. Assume-se =25 e =0,05. 2 2 2 naD 2 b 2 n ( 3)( 40 ) 2 ( 3)( 25 ) 2 1,28n 30 v1 n 2 3 4 2 2,56 3,84 5,12 1,60 1,96 2,26 (GL numerador) v2 (GL denominador) 2 2 2 9 18 27 0,45 0,18 0,06 Para n=4 tem-se 94% de probabilidade de rejeitar a hipótese quando a diferença entre duas médias de temperatura for da ordem de 40. 6. Ajustando curvas e superfícies de resposta. Utilizar uma equação de regressão que vai relacionar os níveis dos fatores com a resposta. Pode ser usada para predição de y. Com 1 fator quantitativocurva de resposta. Com dois ou mais fatores quantitativossuperfície de resposta. Em geral são usados métodos de regressão linear para ajustar estes modelos aos dados experimentais. Exemplo: experimento de vida de baterias. O fator temperatura é quantitativo com 3 níveis (15, 70 e 1250F) igualmente espaçados. Esse fator tem dois graus de liberdade e portanto podemos calcular o efeito linear (1 g.l.) e quadrático (1 g.l.). 31 Cálculo dos efeitos linear e quadrático para o fator temperatura Níveis de temperatura 15 70 125 Totais de tratamentos 1738 1291 770 3 Efeitos: ( c j y. j . ) Coeficientes do contraste ortogonal (cj) Linear Quadrático -1 1 0 -2 1 1 TL=-968 TQ=-74 j 1 2 3 c j y. j . j 1 Soma de quadrados: 3 2 an c j j 1 SQTL= 968 39042 ,67 342 2 SQTQ= 74 2 76,05 34 6 S.Q.Temperatura = SQTL + SQTQ = 39.042,70*+76,05NS 32 Partição da interação do seguinte modo: - Material*efeito linear de temperatura (M x TL) [2 graus de liberdade] - Material*efeito quadrático de temperatura (M x TQ) [2 graus de liberdade] 33 Cálculo dos componentes da interação: serão calculados os efeitos lineares e quadráticos de temperatura dentro de cada tipo de material. T(M=1)=2 g.l. TL (1 g.l.) TQ (1 g.l.) T(M=2)=2 g.l. TL (1 g.l.) TQ (1 g.l.) T(M=3)=2 g.l. TL (1 g.l.) TQ (1 g.l.) 6 g. l. =4 + 2 (MxT + T) 34 Níveis de temperatura Totais por tipo de material 1(y1j.) 15 539 70 229 125 230 Efeitos: M1 x TL=-309; M1 x TQ=311; Soma de quadrados: 2(y2j.) 3(y3j.) 623 576 479 583 198 342 M2 x TL=-425; M2 x TQ=-137; Coeficientes do contraste ortogonal (cj) Linear Quadrático -1 +1 0 -2 +1 +1 M3 x TL=-234 M3 x TQ=-248 309 2 425 2 234 2 (968 ) 2 2315 ,08 SQM x TL= 432 42 3112 137 2 248 2 74 2 7298 ,70 SQM x TQ= ** 4 36 46 Interpretação próximo slide S.Q.MxT=S.Q.M x TL+S.Q.M x TQ Cálculo da soma de quadrados do efeito linear de temperatura dentro do material 1. SQM1 xTL 309 2 4 2 11935,125** Hierarquia do modelo 35 Interpretação da interação Materiais*efeito quadrático de temperatura Cada material apresenta um comportamento curvilíneo (quadrático) para temperatura, porém, duas são convexas e uma côncava. 36 Output do SAS Source DF Type I SS Mean Square MATERIAL TEMPERAT MATERIAL*TEMPERAT 2 2 4 10683.72222222 39118.72222222 9613.77777778 5341.86111111 19559.36111111 2403.44444444 Contrast SS Mean Square 39042.66666667 76.05555556 39042.66666667 76.05555556 57.82 0.11 Contrast DF ef.linear tempera 1 ef.quadratico temper 1 F Value 7.91 28.97 3.56 F Value Pr > F 0.0020 0.0001 0.0186 Pr > F 0.0001 0.7398 A*ef.linear de B A*ef.quadra de B 2 2 2315.08333333 7298.69444444 1157.54166667 3649.34722222 1.71 5.40 0.1991 0.0106** ef.linear ef.quadra ef.linear ef.quadra ef.linear ef.quadra 1 1 1 1 1 1 11935.12500000 4030.04166667 22578.12500000 782.04166667 6844.50000000 2562.66666667 11935.12500000 4030.04166667 22578.12500000 782.04166667 6844.50000000 2562.66666667 17.68 5.97 33.44 1.16 10.14 3.80 0.0003 0.0214** 0.0001** 0.2914 0.0036 0.0619* T T T T T T d. d. d. d. d. d. mat1 mat1 mat2 mat2 mat3 mat3 SQM x T+SQT=48732,50 37 Como encontrar os contrastes para os efeitos ? Para isso vamos usar a tabela de médias de caselas. Materiais 1 2 3 Tabela de médias de caselas para os 9 tratamentos Temperaturas 15 70 125 11 21 12 22 31 15 32 70 13 23 33 125 1 2 3 ij i j ( )ij Exemplo: encontrar o contraste para efeito linear de temperatura dentro de material 1. (1) 11 (0) 12 (1) 13 11 13 1 1 11 1 3 13 1 3 11 13 Exercício: encontrar o efeito quadrático da temperatura dentro do material 3. 38 Equações de regressão de 20 grau para cada material - Modelo de Regressão Modelo com coeficiente linear e quadrático para os três materiais y 01 11Temp 21Temp2 02 12Temp 22Temp2 03 13Temp 23Temp2 onde 01 é o coeficiente linear do material 1, 02 é o coeficiente do termo linear de temperatura, 03 é o coeficiente do termo quadrático de temperatura e é o erro aleatório. Modelo na forma matricial: y X 39 150 155 74 180 34 40 80 75 20 70 82 58 150 188 159 126 136 y 122 106 115 25 70 58 45 138 110 168 160 174 120 150 139 96 104 82 60 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 X 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 15 225 225 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 15 225 225 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 70 70 70 70 4900 4900 4900 4900 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 125 125 125 125 0 15625 15625 15625 15625 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 15 0 0 0 0 225 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 15 15 15 70 70 70 225 225 225 4900 4900 4900 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 70 125 125 125 4900 15625 15625 15625 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 125 0 15625 0 0 1 0 15 0 225 0 0 0 0 0 1 15 225 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 15 15 70 225 225 4900 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 70 70 4900 4900 0 0 0 0 0 1 70 4900 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 125 125 125 15625 15625 15625 0 0 0 0 0 1 125 15625 40 β 01 11 21 02 β 12 22 03 13 23 2 3 4 . . 334 41 XtX= 12 840 83000 840 83000 9198000 83000 9198000 1.07281E9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 XtY= 998 52865 4837125 1300 67625 5581025 1501 92200 8330050 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 840 83000 0 0 0 840 83000 9198000 0 0 0 83000 9198000 1.07281E9 0 0 0 0 0 0 12 840 83000 0 0 0 840 83000 9198000 0 0 0 83000 9198000 1.07281E9 169.3800 -2.5000 0.0130 159.6240 (XtX)-1XtY= -0.1730 -0.0057 132.7624 0.9030 -0.0100 42 Equações de regressão: Material 1: atura 0,0129Temp eratura2 ˆy 169,38 2,50Temper Material 2: ratura 0,00566Tem peratura2 ˆy 159,624 0,173Tempe Material 3: eratura 0,0102Temp eratura2 ˆy 132,76 0,9029Temp 43 Equação de regressão de 20 grau para temperatura dentro de material 1 *Aplicação de Polinômios Ortogonais* y 0P0 ( x) 1P1 ( x) 2P2 ( x) Os polinômios são dados por: P0 ( x) 1 x x P1 ( x) 1 d x x 2 a 2 1 P2 ( x) 2 d 12 Onde d=(distância entre os níveis de x)=55; a=(número de níveis)=3. i obtidas na tabela (Apêndice X). Níveis de x= 15, 70 e 125. No exemplo, temos: P1 ( x 15) 1 P1 ( x 70) 0 P1 ( x 125) 1 P2 ( x 15) 1 P2 ( x 70) 2 P2 ( x 125) 1 44 Estimativas dos parâmetros do modelo: ˆ 0 yP0 ( x ) [ P0 ( x )]2 y 12 998 4 3 83,1667 yP1 ( x ) 309 ˆ1 2 4 ( 2 ) 38,6250 [ P ( x )] 1 yP2 ( x ) 311 ˆ 2 2 4 ( 6 ) 12,9583 [ P2 ( x )] 2 32 1 x 70 x 70 yˆ 83,1667 38,625(1) 55 12,8583(3) 55 12 yˆ 169,38 2,50x 0,013x 2 (Através do Mapple) 45 Equação de regressão de 20 grau para temperatura dentro de material 2 e 3 Output do SAS ------------------------------MATERIAL=2 -----------------------Dependent Variable: VIDA Parameter INTERCEPT TEMPERAT TEMPERA2 Estimate 159.6239669 -0.1733471 -0.0056612 T for H0: Parameter=0 10.14 -0.30 -1.41 Pr > |T| 0.0001 0.7711 0.1934 Std Error of Estimate 15.74782536 0.57818640 0.00402760 ------------------------------MATERIAL=3 ------------------------ Parameter Estimate INTERCEPT TEMPERAT TEMPERA2 132.7623967 0.9028926 -0.0102479 T for H0: Parameter=0 7.37 1.36 -2.22 Pr > |T| Std Error of Estimate 0.0001 0.2055 0.0532 18.01817433 0.66154298 0.00460826 46 Experimentos com 2 fatores quantitativos: superfície de resposta (arquivo: toollife) Exemplo: período de tempo útil de um instrumento cortante. Fatores que afetam o tempo de vida útil: ângulo do instrumento e a taxa de movimento. Ângulo 15 20 25 y.j. 125 -2 -1 0 2 -1 0 -2 Taxa de movimento 150 -3 0 1 3 5 6 12 yi.. 175 2 3 4 6 0 -1 14 -1 16 9 y... = 24 Usou níveis eqüidistantes. Delineamento experimental: inteiramente casualizado. Fatorial 32=9 tratamentos. Duas repetições. 47 Tabela da Análise de Variância (efeitos fixos) - saída do SAS Dependent Variable: LIFE Source DF Model Error Corrected Total Sum of Squares Mean Square F Value Pr > F 8 111.00000000 13.87500000 9.61 0.0013 9 13.00000000 1.44444444 17 124.00000000 Modelo Ajustado R-Square C.V. Root MSE LIFE Mean 0.895161 90.13878 1.20185043 1.33333333 Source DF Type I SS Mean Square F Value Pr > F ANGLE (A) CUTTING (C) 2 2 24.33333333 25.33333333 12.16666667 12.66666667 8.42 8.77 0.0087 0.0077 ANGLE*CUTTING (A*C) 4 61.33333333 15.33333333 10.62 0.0018** 48 Partição da interação: os quatro graus de liberdade da interação podem ser desdobrados da seguinte forma: ACLxL ACLxQ ACQxL ACQxQ onde L=efeito linear e Q=efeito quadrático. Para os cálculos necessita-se dos totais das caselas e dos coeficientes dos contrastes ortogonais. Significado de ACLxL : efeito da interação entre o efeito linear de ângulo e efeito linear de cutting. 49 Cálculo de ACLxL: AC AL CL ACLxL 11 -1 -1 1 3 12 -1 0 0 13 -1 1 -1 21 0 -1 0 22 0 0 0 23 0 1 0 31 1 -1 -1 32 1 0 0 33 1 1 1 3 ACLxL cij yij. 1(3) 0(3) 1(5) 0(2) 0(4) 0(10) 1(1) 0(11) 1(1) i 1 j 1 ACLxL 8 A soma de quadrados para o contraste ACLxL é dada por: ACLxL 2 SQACLxL n cij2 ( 8) 2 2( 4) 8,00 50 Cálculo de ACLxQ: AC AL CQ ACLxL 11 -1 1 -1 12 -1 -2 2 13 -1 1 -1 21 0 1 0 22 0 -2 0 23 0 1 0 31 1 1 1 32 1 -2 -2 33 1 1 1 ACLxQ 32 SQACLxQ ( 32 ) 2 2 (12 ) 42,67 Output do SAS: Contrast DF AC_ll AC_lq AC_ql AC_qq 1 1 1 1 Contrast SS 8.00000000 42.66666667 2.66666667 8.00000000 Mean Square 8.00000000 42.66666667 2.66666667 8.00000000 F Value Pr > F 5.54 29.54 1.85 5.54 0.0431* 0.0004** 0.2073 NS 0.0431** Temos que: 8+42,67+2,67+8=61,34 51 Efeito linear e quadrático dos fatores: Contrast ef. linear de ef. linear de ef.quadratico ef.quadratico angle cuttin de ang de cut DF Contrast SS 1 1 1 1 8.33333333 21.33333333 16.00000000 4.00000000 Mean Square F Value 8.33333333 21.33333333 16.00000000 4.00000000 5.77 14.77 11.08 2.77 Pr > F 0.0398* 0.0039* 0.0088** 0.1305 Exercício: encontrar os coeficientes do contraste: efeito quadrático de ângulo. 52 Modelo de regressão: y 0 1 A 2C 3 A2 4C 2 5 AC 6 AC2 7 A2C 8 A2C 2 Em termos matriciais: y X y= -2 -1 -3 0 2 3 0 2 1 3 4 6 -1 0 5 6 0 -1 X= 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 15 15 15 15 15 15 20 20 20 20 20 20 25 25 25 25 25 25 125 125 150 150 175 175 125 125 150 150 175 175 125 125 150 150 175 175 225 225 225 225 225 225 400 400 400 400 400 400 625 625 625 625 625 625 15625 15625 22500 22500 30625 30625 15625 15625 22500 22500 30625 30625 15625 15625 22500 22500 30625 30625 1875 234375 1875 234375 2250 337500 2250 337500 2625 459375 2625 459375 2500 312500 2500 312500 3000 450000 3000 450000 3500 612500 3500 612500 3125 390625 3125 390625 3750 562500 3750 562500 4375 765625 4375 765625 28125 3515625 28125 3515625 33750 5062500 33750 5062500 39375 6890625 39375 6890625 50000 6250000 50000 6250000 60000 9000000 60000 9000000 70000 12250000 70000 12250000 78125 9765625 78125 9765625 93750 14062500 93750 14062500 109375 19140625 109375 19140625 0 1 2 3 β 4 5 6 7 8 53 -1068.00 136.30 14.48 -4.08 1 t t βˆ X X X y -0.0496 -1.864 0.0064 0.056 -0.000192 y 1068 ,0 136 ,3 A 14 ,5 C 4 ,1 A2 0 ,0496C 2 1,864 AC 0 ,0064 AC 2 0 ,056 A2 C 0 ,000192 A2 C 2 54 Podemos usar esta superfície de resposta para predizer o tempo útil para vários valores de ângulo (x1) e movimento (x2) ou ajudar nos processos de otimização. Por exemplo A=25 C=150 y(chapéu)= 5,50 55 Examinando o gráfico de contornos podemos verificar que o máximo de tempo de vida ocorre em torno de taxa de 150 e ângulo de 25. Ou, então, com taxa de 180 e ângulo de 19. 56 Vimos experimentos fatoriais, com dois fatores, no delineamento inteiramente casualizado. Podemos, sem nenhum problema, utilizar outros delineamentos experimentais como blocos casualizados e quadrado latino (Montgomery, páginas 271-276). 57