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CUSTOS DOS PRODUTOS
I – NOÇÕES GERAIS
1. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS
Existem diversas classificações de custos, as quais variam em função das finalidades a que se
destinam. As principais classificações são:
1.1 - EM RELAÇÃO AO PRODUTO
Custos Diretos:
São custos que podem ser diretamente identificados e objetivamente mensurados no produto.
Custos Indiretos:
São os custos que, ou não são diretamente identificados, ou não são objetivamente mensurados no
produto. São os custos que não podem ser diretamente apropriados aos produtos ou não oferecem uma
medida objetiva de consumo. Qualquer tentativa de alocação de tais custos aos produtos tem de ser feita de
maneira estimativa e de forma arbitrária.
1.2 - RELAÇÃO AO PERÍODO DE APLICAÇÃO
Custos Do Produto:
São os custos atribuídos pelos insumos contidos na produção terminada, porém ainda em estoque.
Custos Dos Produtos Vendidos:
É quando, pela venda, a receita é “realizada” e o produto é transferido ou colocado à disposição do
cliente. Na realidade neste momento não existe Custo pois considerando conceito de Custos enunciado
acima, os recursos econômicos já foram utilizados na produção dos bens e serviços. Na realidade, pelo
princípio da confrontação entre Despesas e Receitas, o Custo dos Produtos Vendidos é reconhecido como
tal no momento da venda, mas não tem muita diferença em relação às demais despesas. Trata-se na verdade
de subdivisão de dois grupos:
a)
Gastos especificamente incorridos para a consecução das receitas que estão sendo
reconhecidas pela venda (Custo)
b)
Gastos incorridos genericamente para a obtenção de receitas, além das que estão sendo
reconhecidas pela venda.
1.3 -RELAÇÃO AO VOLUME DE ATIVIDADE
Custos Fixos:
São os custos que permanecem inalterados em função das variações dos volumes de produção. Ex.:
o valor do aluguel do prédio da fábrica é independente do volume de produção alcançado num determinado
mês.
Custos Variáveis:
São custos que variam em relação ao volume de produção. Ex.: Custos dos Materiais Diretos.
Explo: Tecido para a fábrica de confecções. Quanto maior a produção maior a quantidade de tecido
consumida.
Custos Semifixos Ou Semi Variáveis
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São custos que permanecem inalterados em função das variações dos volumes de produção,
obedecidos determinados “intervalos de relevância”. Após este intervalo passam a variar. São também
chamados de custos de capacidade ou custos por degraus.
2. ELEMENTOS QUE COMPÕEM OS CUSTOS DO PRODUTO
2.1
- MATERIAIS DIRETOS – MATERIA PRIMA
São aqueles que permitem identificação direta e uma mensuração objetiva em relação ao produto.
Características
1. Utilização no produto;
2. Identificação direta do material consumido com o produto;
3. Mensuração objetiva no produto, do material utilizado.
Classificação
Matérias-primas
Materiais que serão aplicados diretamente e totalmente transformados na fabricação dos produtos.
Exemplo: Tecidos para a fabricação de camisas.
Componentes
Materiais diretos que serão agregados, montados, colocados, diretamente nos produtos. São
montados aos produtos sem que sejam transformados, modificados ou alterados, permitindo desta forma,
que ao serem desmontados ou desagregados do produto, permaneçam com suas características básicas
iniciais intactas. Ex.: Ao retirarmos um botão de uma camisa já pronta, podemos reutilizá-lo na confecção
de outra peça, visto que tal botão mantém todas as suas características básicas iniciais.
Material de Embalagem
Materiais diretos utilizados para embalar, empacotar os produtos, mantendo-se as características de
identificação direta e mensuração objetiva com os produtos. Tais materiais de embalagem são utilizados
para estocagem e transporte dos produtos acabados. Exemplo: As caixas de papelão, nas quais as camisas
são embaladas e armazenadas. Os gastos com embalagens tanto podem ser considerados custos quanto
despesas, dependendo de sua aplicação. Quando um produto pode ser colocado à venda sem a embalagem,
então terão tratamento em separado. Quando um produto para ser colocado à venda intrinsecamente exige a
embalagem então esta faz parte dos custos. No exemplo anterior, a camisa pode perfeitamente ser vendida
sem am caixa. Já se o produto fosse óleo comestível, por exemplo, a embalagem é essencial à
comercialização do produto.
Materiais de acondicionamento
Materiais diretos utilizados para acondicionar, manter em boas condições, os produtos,
permanecendo as características de identificação direta e mensuração objetiva com os produtos. Tais
materiais de acondicionamento são utilizados para garantir a perfeita integridade do produto, protegendo-o
contra eventuais danos ou acidentes. Exemplo: Os sacos plásticos, os alfinetes e o papelão nos quais as
camisas são acondicionadas antes de serem embaladas em caixas.
Os conceitos dos materiais de embalagens e dos materiais de acondicionamento como materiais
diretos estão relacionados com os produtos até o momento em que esses são entregues à comercialização.
2.1.1 - O QUE INTEGRA O CUSTO DOS MATERIAIS DIRETOS
Nos custos dos materiais diretos serão incluídos todos os gastos para sua obtenção e colocação na
produção em condições de utilização.
Preço Líquido de Aquisição - Integra o custo dos materiais diretos.
Fretes, Seguros, Impostos e Transporte - Quando específico de cada material (diretamente identificados e
objetivamente mensurados no material direto), integram os custos de materiais diretos.
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Descontos Comerciais - Quando constam na Nota Fiscal (diretamente identificados e objetivamente
mensurados no material direto), integram os custos dos materiais diretos.
Descontos Financeiros - Não integram os custos dos materiais diretos, visto terem um caráter eventual e o
seu aproveitamento está vinculado à situação financeira da empresa como um todo, num dado período e
não com o material direto adquirido.
Gastos Alfandegários - Quando diretamente identificados e objetivamente mensurados nos materiais
diretos adquiridos, integram os custos destes.
Impostos Recuperáveis - Não integram os custos dos materiais diretos. Ex: ICMS , IPI.
a - Materiais diretos tributados na compra e os produtos tributados na venda.
Neste caso a empresa funciona como intermediária entre o pagador final dos impostos e o
recolhimento ao governo, e, portanto, tais impostos não integram os custos dos materiais diretos.
b - Os materiais diretos tributados na compra e os produtos finais isentos ou não tributados
na venda.
Neste caso a empresa não irá se recuperar dos impostos pagos pela aquisição dos materiais diretos,
quando da venda de seus produtos; ou seja, os encargos são exclusivamente da empresa e, portanto, tais
impostos são parte integrante dos custos dos materiais diretos consumidos.
c - Materiais diretos tributados na compra e os produtos finais incentivados na venda.
Situações como essa ocorrem, por exemplo, com os produtos exportados, onde, por motivo de
incentivos fiscais, os preços de venda dos produtos finais não são acrescidos destes impostos, porém a
empresa compensa essa “redução de preços” com outras obrigações fiscais. Neste caso, os impostos não
integram os custos dos materiais diretos, e os incentivos fiscais concedidos pelo Governo deverão ser
tratados como uma receita adicional às vendas incentivadas.
2.2 - MÃO-DE-OBRA DIRETA
Representa valor financeiro do trabalho humano para a produção de bens ou de serviços; desde que
diretamente identificados e objetivamente mensurados no produto final.
Características
1. Utilização de recursos sob a forma de trabalho humano na produção de bens ou serviços;
2. Possibilita a identificação direta com o produto;
3. Permite mensuração objetiva.
Diferenciação Entre O Custo Da Mão-De-Obra E A Folha De Pagamento
Os gastos com mão-de-obra geralmente representam uma considerável parcela dos gastos totais
incorridos por uma empresa na produção, comercialização, administração e distribuição de seus produtos.
Isto nos leva a uma consideração de que um operário ligado diretamente à produção de bens ou
serviço e que tenha cumprido efetivamente todas as horas estabelecidas, irá receber o seu salário por
completo ao final do mês, independente do seu nível de produção e mesmo que tenha dedicado seu tempo
integralmente à produção de bens ou serviço.
Fica claro que uma coisa é folha de pagamento e outra coisa é Custo da mão-de-obra Direta; a
primeira está vinculada ao tempo que um operário/funcionário ficou à disposição da empresa (observadas a
regras da legislação trabalhistas) e a segunda está relacionada com o tempo diretamente identificado e
objetivamente mensurado na produção de bens ou serviços.
A apuração dos custos com Mão-de-obra só é possível depois de equacionados os dois tópicos
básicos:
♦ Quanto tempo foi gasto na produção do bem ou do serviço?
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♦ Qual o custo estabelecido por unidade de tempo?
2.2.1 - O QUE INTEGRA O CUSTO DA MÃO-DE-OBRA DIRETA
Fundamentalmente, o custo da Mão-de-obra consiste no salário acrescido de outros fatores, tais
como:
Prêmios de Produção - Pagamento adicional à título de recompensa por se ter superado algum parâmetro
previamente estabelecido.
Encargos Sociais – Encargos por conta da empresa., tais como, FGTS, INSS, etc...
Benefícios – Parcelas por conta da empresa, tais como, plano de saúde, programa de alimentação, etc...
Horas Extras - Seu custo integra o valor da Mão-de-obra Direta.
2.3
– CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO
O terceiro elemento do custo da produção é o item Custo Indireto de Fabricação, também
denominado Gastos Gerais de Fabricação ou inadequadamente Despesas Gerais de Fabricação. Enquanto
os Custos dos Materiais Diretos consumidos e o Custo da Mão-de-obra Direta incorrida são relativamente
fáceis de se registrar e coletar, o mesmo não ocorre com os Custos Indiretos de Fabricação, pois estes não
possuem uma relação direta com os produtos fabricados.
Conceito
Custos Indiretos de Fabricação representam a utilização de recursos necessários à produção de bens
ou serviços, os quais não são passíveis de identificação direta ou mensuração objetiva em relação aos
produtos fabricados.
Características
♦ Utilização na Fabricação dos Bens ou Serviços;
♦ Inviável a identificação direta ou a mensuração objetiva destes custos em relação ao produto
♦ Necessária a adoção de rateios para apropriação destes custos aos produtos.
II - SISTEMAS DE CUSTEIO
Custeio é o método utilizado para apropriar custos aos produtos. Exitem varios tipos de custeio,
como o Custeio por absorção, Custeio Direto (ou Variável) Custeio Padrão, Custeio ABC, RKW, etc.
Ao interpretarmos o resultado de determinado período contábil de qualquer empresa industrial,
haverá destaque na Demonstração do Resultado do Exercício para o valor dos Custos dos Produtos
Vendidos normalmente podem surgir dúvidas, tais como: quais custos compõem os valores dos produtos
elaborados? Como avaliar os estoques não vendidos? O que deve ser descarregado para o resultado do
exercício?
Dentre os diversos métodos de Custeio estudaremos aqueles mais presentes em Editais de
Concursos Públicos.
1
- CUSTEIO POR ABSORÇÃO
Custeio por absorção é um método de custeio, segundo o qual os produtos fabricados absorvem
parcelas de todos os custos incorridos no processo de fabricação. Consiste na apropriação de todos os
custos de produção aos bens elaborados. O Custo do período é simplesmente dividido pelo número de
unidades produzidas.
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Podemos verificar que comporão os custos dos produtos tanto os custos diretamente vinculados aos
produtos, como os custos indiretos de fabricação; tanto os custos variáveis (que só existem quando cada
unidade é fabricada) quanto os custos fixos (que independem da fabricação das unidades, estando
relacionados com a criação das condições de se produzir). A legislação brasileira obriga que empresas
adotem o método de custeio por absorção para avaliação dos estoques e apuração de resultado do exercício.
1.1 - APURAÇÃO DOS CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS PELO CUSTEIO POR
ABSORÇÃO
Pelo Custeio por Absorção, a apuração dos Custos dos Produtos Vendidos é realizada conforme
segue:
(+) Estoque Inicial De Materiais Diretos - MD
(+) Compras (Líquidas) De Materiais Diretos
(-) Estoque Final De Materiais Diretos
= Custos Dos Materiais Diretos Consumidos (MDa)
(+) Custos Da Mão-De-Obra Direta
(+) Custos Indiretos De Fabricação
= Custos De Produção Do Período (CPP)
(+) Estoque Inicial de Produtos Em Processo
(-) Estoque Final de Produtos Em Processo
= Custos Da Produção Acabada (CPA)
(+) Estoque Inicial Produtos Acabados
(-) Estoque Final Produtos Acabados
= Custos Dos Produtos Vendidos (CPV)
1.1.1 – Roteiro para Apuração do Custo dos Produtos Vendidos
1 - Verifica-se pelo quadro acima que a primeira providência a ser tomada é o cálculo dos Materiais
Diretos que foram consumidos no processo de fabricação. Este cálculo é feito considerando-se o estoque
de materiais existentes no início do período, adicionando-se o valor das compras líquidas, considerando os
valores que integram o materiais conforme estudado no item 4.1.1 e subtraindo-se o estoque dos materiais
que vai para o período seguinte. Traduzindo em fórmula teríamos:
MDa = EI
+ C
MD
- EF
MD
MD
Onde :
MDa - Materiais Diretos Aplicados
EI
- Estoque Inicial de Materiais
MD
C
- Compras de Materiais (Líquidas)
MD
EF - Estoque Final de Materiais
MD
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2 - A etapa seguinte é calcular o Custo do Período, isto é, verificar todos os gastos incorridos na produção.
Para tanto adiciona-se aos MDa calculados anteriormente, o valor da Mão de Cobra Direta e dos Custos
Indiretos de Fabricação. Em termos de fórmula, teríamos:
CPP = MDa + MOD + CIF
Onde :
CPP MDa CIF -
Custo de Produção do Período
Custo dos Materiais Diretos Aplicados
Custos Indiretos de Fabricação (*)
(*) Salientamos que os Custos Indiretos de fabricação, poderão também ser denominados Gastos Gerais de
Fabricação ou inadequadamente de Despesas Gerais de Fabricação. Neste trabalho, adotaremos sempre a
expressão Custos Indiretos de Fabricação – CIF
3 – Neste ponto calcula-se o Custo Unitário do Período. É um cálculo essencial para se determinar as
etapas seguintes, visto que o custo unitário do período irá determinar o valor a ser atribuído aos estoques
nas etapas seguintes. Para cálculo do custo unitário, divide-se o CPP (todo o custo do período, pelo número
de unidades que foram produzidas no período, tendi sido completadas ou não. Assim temos:
Cunit =
CPP
N
Onde :
CPP- Custo de Produção do Período
N - Número de Unidades Produzidas no Período (Completas ou não)
4 – A etapa seguinte é a apuração do Custo dos Produtos Acabados ou Custo da Produção Acabada – CPA.
Isto porque nem todas as unidades que são iniciadas num período, ficam totalmente prontas, sendo,
portanto consideradas como unidades EM Elaboração, EM Fabricação, EM Processo. Qualquer uma das
expressões é válida. O importante é saber que trata-se de unidades que foram iniciadas e não concluídas.
Assim temos :
CPA = CPP + EI
EM
EF
EM
Onde :
CPA - Custo dos Produtos Acabados
EI
- Est. Inic. Produtos Em Elaboração
EM
EF
- Est. Final dos Produtos Em Elaboração
EM
4.1 – Determinação do Valor dos Estoques de Produtos Em Elaboração – Equivalente de Produção
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Na determinação do valor dos produtos que ficam inacabados, utiliza-se um artifício denominado
EQUIVALENTE DE PRODUÇÃO.
Equivalentes de produção em resumo pode ser conceituada como o quanto uma unidade inacabada
equivale (percentualmente) em termos de custos quando comparada com uma unidade totalmente
acabada. Não esqueça que no Custeio por absorção todas as unidades “ absorvem” custos, mesmo aquelas
não totalmente acabadas.
O equivalente de produção é dado em termos físicos, levando em conta o etágio de produção que a
unidade inacabada está em relação a uma unidade totalmente acaba. Por isso que na determinação do
número de unidades (N) estudado no item anterior indicamos que incluem-se tanto as unidades acabadas,
quanto as inacabadas, estas, é claro, em termos percentuais.
5 – A determinação do Custo dos Produtos Vendidos - CPV, dá-se somando-se o Custo das unidades
acabadas no período ao Custo das unidades em estoque do período anterior, excluindo-se o estoque das
unidades acabadas que vão para o período seguinte. Assim temos:
CPV = CPA + EI
AC
Onde :
CPV EI
AC
EF
AC
EF
AC
Custo do Produtos Vendidos
Est. inicial dos produtos acabados
-
Est. final dos produtos acabados
5.2. - DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO PELO CUSTEIO POR ABSORÇÃO
A Demonstração do Resultado do Exercício segue as determinações da Lei das S/As. e de forma
reduzida é a abaixo apresentada:
Vendas Brutas
(-) Deduções de Vendas (Imp, Desc., Dev. Abat.)
(=) Vendas Líquidas
(-) Custo dos Produtos Vendidos
= Lucro Bruto
(-) Despesas Operacionais
(+) Outras Receitas Operacionais
(=) Lucro Operacional
(+ / -) Resultado não operacional
= Lucro antes o Imp.Renda e CSLL
- Imposto de renda e CSLL
- Participações
= Lucro Líquido do Exercício
a. – APLICAÇÃO DOS CONCEITOS DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO – Um Exemplo
Prático
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Para aplicação dos conceitos estudados para o Custeio por Absorção, será desenvolvido um exemplo
completo. Suponhamos que a empresa Industrial Céu Azul, tenha iniciado suas operações neste mês (M
1), apresentando os seguintes dados:
Dados de Mês 1:
Compras de matéria prima e outros materiais diretos (2.000 un x $ 25)
$ 50.000
Mão de Obra Direta
$ 39.000
Aluguel do Galpão da fábrica
$ 8.000
Água, Luz e outros gastos da fábrica
$ 1.000
Depreciação Máq. e Equipamentos
$ 2.000
Despesas Administ. e de Vendas
$ 5.000
Número de unid. fabricadas no mês 1.000 un
Número de unid. vendidas no mês
650 un
Preço de venda unitário
Estoque Final de mat. prima outros
800 un
$ 100
Dados Mês 2 :
Compras de Matéria prima e outros materiais
Diretos (1500 unidades x $ 30)
$ 45.000
Mão de Obra Direta
$ 55.000
Aluguel do Galpão da Fábrica
$ 8.000
Água, e outros gastos da Fábrica
$ 1.540
Depreciação Máq. e Equipamentos
$ 2.500
Despesas Admin. e de Vendas
$ 16.000
Num. de unid. Inic. e acabadas no mês
1.200 u
Número unidades inic. e não terminadas
1u
Número de unidades vendidas
1.500 u
Preço unitário de venda
$ 150
Est. Final de matéria prima e outros
400 u
Dados Mês 3 :
Compras de Matéria prima e outros materiais Diretos 1.000 unidades x
Mão de Obra Direta
$ 60.000
Aluguel do Galpão da Fábrica
$ 10.000
Água, e outros gastos da Fábrica
$ 4.640
Depreciação Máq. e Equipamentos
$ 2.500
Despesas Admin. e de Vendas
$ 15.000
Num. de unid. Inic. e acabadas no mês
800 u
Núm. de unid. Inic. e não terminadas
10 u
Número de unidades vendidas
830 u
Preço unitário de venda
$ 200
Estoque Final de matéria prima e outros
200 u
$ 40.000
i. – Cálculo do CPV para o primeiro mês – M 1
a) Cálculo da Matéria Prima e Materiais Diretos aplicados na produção
Fórmula :
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MDa = EI
+ C
- EF
MD
MD
MD
MDa M 1 = 0+(2.000 u x $ 25)–(800 u x $ 25)*
MDa M 1 = $ 50.000 - $ 20.000
MDa M 1 = $ 30.000
(*) O estoque final foi avaliado pelo método PEPS
b) Cálculo do Custo de Produção do Período (CPP)
Fórmula :
CPP = MDa + MOD + CIF
CPP=$30.000+$39.000+($8.000+$1.000+$2.000)
CPP M 1 = $ 80.000
c ) Cálculo do Custo Unitário. Fórmula :
Cunit =
C.unit. M 1 = $ 80.000
CPP
N
= $ 80
1.000 u
d) Cálculo do Custo da Produção Acabada
Fórmula:
CPA = CPP + EI
- EF
EM
EM
CPA M 1 = $ 80.000
Não existem unidades EM Elaboração pois todas foram acabadas dentro do mês.
e) Cálculo do Custo dos Produtos Vendidos
Fórmula :
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CPV = CPA + EI
AC
EF
AC
CPV M1 = $ 80.000 + 0 – (350 un x $ 80)*
CPV M1 = $ 80.000 – $ 28.000
CPV M1 = $ 52.000
• As unidades em estoque final foram determinadas da seguinte forma :
Unidades produzidas – unidades vendidas = 1.000 – 650 = 350
• O custo de $ 80 foi o custo unitário do período calculado conforme item c
A demonstração completa do CPV para o primeiro mês ficaria assim:
(+) Est. Inic. De Mat. Diretos - MD
(+) Compras (Líquidas) Mat. Diretos
(-) Estoque Final Materiais Diretos
=Custos Mt.D.Consumidos (MDa)
(+) Custos Da Mão-De-Obra Direta
(+) Custos Indiretos De Fabricação
= Custos Produção Período (CPP)
(+) Est.Inic.de Produtos Em Processo
(-) Est.Final de Prod. Em Processo
= Custos Prod. Acabada (CPA)
(+) Est. Inicial Produtos Acabados
(-) Estoque Final Produtos Acabados
= Custos Prod. Vendidos (CPV)
0
50.000
20.000
30.000
39.000
11.000
80.000
0
0
80.000
0
28.000
52.000
ii. - Demonstração do Resultado do Período para M 1 :
Vendas Brutas
(-) Deduções de Vendas
(=) Vendas Líquidas
(-) Custo dos Prod. Vendidos
= Lucro Bruto
(-) Despesas Operacionais
(+) Outras Receitas Operacionais
(=) Lucro Operacional
(+ / -) Resultado não operacional
= Lucro antes do IR e CSLL
( - ) Imposto de renda e CSLL
( - ) Participações
= Lucro Líquido do Exercício
a)
65.000
0
65.000
52.000
13.000
5.000
0
8.000
0
8.000
0
0
8.000
iii. – Cálculo do CPV para o Segundo mês – M 2
Cálculo da Matéria Prima e Materiais Diretos aplicados na produção
Fórmula :
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MDa = EI
+ C
MD
- EF
MD
MD
MDa M 2 = (800u x $25)+(1.500u x $30)–(400 u x $ 30)*
MDa M 2 = $ 20.000 + $ 45.000 - $ 12.000
MDa M 2 = $ 53.000
(*) O estoque final foi avaliado pelo método PEPS
b)
Cálculo do Custo de Produção do Período (CPP)
Fórmula :
CPP = MDa + MOD + CIF
CPP M 2 =$53.000+$55.000+($8.000+$1.540 + $ 2.500)
CPP M 2 = $ 53.000 + $ 55.000 + 12.040
CPP M 2 = $ 120.040
c ) Cálculo do Custo Unitário. Fórmula :
Cunit =
CPP
N
C.unit. M 2 = $ 120.040 = $ 100
1.200,40 *
Neste mês ficou unidade em elaboração. Para se definir o número de unidades produzidas (N), é
necessário se estabelecer o EQUIVALENTE DE PRODUÇÃO para a unidade inacabada, isto é,
quanto esta unidade quando comparada com outra totalmente acabada representa em termos
percentuais. Como exemplo, atribuímos que esta unidade está num estágio de 40 %.
Assim para determinarmos o N, temos :
1.200 u.100%(Acabadas)
Mais 1 u a 40% (Inacabada)
=1.200x 1,00 = 1.200,00
=1
x 0,40 =
0,40
Total de Unidades do Mês
=
1.200,40
d) Cálculo do Custo da Produção Acabada
Fórmula:
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CPA = CPP + EI
- EF
EM
EM
CPA M 2 = $ 120.040 + 0 – (0,40 x $ 100) *
CPA M 2 = $ 120.040 - $ 40
CPA M 2 = $ 120.000 **
* Neste mês o Estoque de Produtos em Elaboração é representado por aquela unidade inacabada
(estágio de 40%) multiplicado pelo custo unitário do mês, calculado conforme item c.
** De fato o custo das unidades acabadas corresponde a 1.200 completamente acabadas multiplicado pelo
custo do mês (1.200 x $ 100 = 120.000)
e) Cálculo do Custo dos Produtos Vendidos
Fórmula :
CPV = CPA + EI
AC
EF
AC
CPV M 2=(1.200u x $100)+(350u x $80)–(50 u x $ 100) *
CPV M 2= $ 120.000 + $ 28.000 - $ 5.000
CPV M 2= $ 143.000
* As unidades em estoque final foram determinadas da seguinte forma : Unidades produzidas no mês +
unidades do mês anterior – unidades vendidas = 1.200 + 350 – 1.500 = 50
** O custo do estoque final foi $ 100 porque adotado o método PEPS
A demonstração completa do CPV para o segundo mês ficaria assim:
(+) Est.Inic.Mat. Diretos - MD
(+)Compras (Líquidas)Mat.Diretos
(-) Est. Final De Materiais Diretos
=Custos Mt.Dir.Consumidos MDa)
(+) Custos Da Mão-De-Obra Direta
(+) Custos Indiretos De Fabricação
= Custos Produção Período (CPP)
(+) Est. In. de Produtos Em Processo
(-) Est.Final Produtos Em Processo
= Custos Prod. Acabada (CPA)
(+) Est. Inicial Produtos Acabados
(-) Estoque Final Produtos Acabados
=Custos Produtos Vendidos (CPV)
iv. - Demonstração do Resultado do Período para M 2 :
Vendas Brutas
(-) Deduções de Vendas
20.000
45.000
12.000
53.000
55.000
12.040
120.040
0
40
120.000
28.000
5.000
143.000
225.000
0
12
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(=) Vendas Líquidas
(-) Custo Prod. Vendidos
= Lucro Bruto
(-) Despesas Operacionais
(+)Outras Rec. Operacionais
(=) Lucro Operacional
(+/-) Resultado não operacional
= Lucro antes do IR e CSLL
( - ) Imposto de renda e CSLL
( - ) Participações
= Lucro Líquido do Exercício
225.000
143.000
82.000
16.000
0
66.000
0
66.000
0
0
66.000
v. – Cálculo do CPV para o Terceiro mês – M 3
a) Cálculo da Matéria Prima e Materiais Diretos aplicados na produção
Fórmula :
MDa = EI
+ C
- EF
MD
MD
MD
MDa M 3=(400u x $30)+(1.000u x $40) – (200 u x $ 40)*
MDa M 3 = $ 12.000 + $ 40.000 + $ 8.000
MDa M 3 = $ 44.000
(*) O estoque final foi avaliado pelo método PEPS
b) Cálculo do Custo de Produção do Período (CPP)
Fórmula :
CPP = MDa + MOD + CIF
CPP M 3=$44.000+$60.000+($10.000+$4.640+
$ 2.500)
CPP M 3 = $ 44.000 + $ 60.000 + $ 17.140
CPP M 3 = 121.140
c ) Cálculo do Custo Unitário. Fórmula :
Cunit =
CPP
N
C.unit. M 3 = $ 121.140 = $ 150
807,60 *
* Neste mês o número de unidades produzidas, fica determinado da seguinte forma:
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a - Foi terminada a unidade inacabada do período anterior. Como no mês passado ela estava num
estágio de 40%, este mês foi necessário acrescentar os 60% restante para completar a unidade. = 1 x
0,60 = 0,60
b – Foram iniciadas e terminadas 800 u, portanto a um estágio de 100% = 800 x 1,00 = 800
c – Foram iniciadas mas não terminadas 10 unidades. Vamos estabelecer que estas 10 unidades
estão todas num estágio de 70% = 10 x 0,70 = 7,00
Assim, somando-se o calculado em a + b + c, temos:
800,00
7,00
807,60
0,60
d) Cálculo do Custo da Produção Acabada
Fórmula:
CPA = CPP + EI
EM
EF
EM
CPA M 3 = $ 121.140 + $ 40 – (7 u x $ 150) *
CPA M 3 = $ 121.140 + $ 40 - $ 1.050
CPA M 3 = $ 120.130
Este custo da produção acabada de M 3, estará assim composto:
a -1 unidade ao custo de $ 130 (40% x $ 100 = 40 que é o custo do segundo mês, mais os 60% x $
150 que é o custo deste mês)
b – 800 unidades ao custo de $ 150 (Iniciadas e acabadas neste mês , portando ao custo deste mês. =
800 x $ 150 = $ 120.000
Somando-se a + b, têm-se o custo das acabadas deste mês
e) Cálculo do Custo dos Produtos Vendidos
Fórmula :
CPV = CPA + EI
- EF
AC
AC
CPV M3=$120.130+(50 x $ 100)–(21u x $ 150)*
CPV M3 = $ 120.130 + $ 5.000 - $ 3.150
CPV M3 = $ 121.980
* As unidades em estoque final foram determinadas da seguinte forma :
Unidades produzidas no mês + unidades em estoque no mês anterior – unidades vendidas = 801 +
50 – 830 = 21
* O custo de $ 150 foi considerado em função do método PEPS.
A demonstração completa do CPV para o terceiro mês ficaria assim:
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(+)Est. Inicial Mat.Diretos - MD
(+)Compras (Líquidas)Mt.Diretos
(-) Est.Final De Materiais Diretos
=CustosMt.Dir.Consumidos (MDa)
(+) Custos Da Mão-De-Obra Direta
(+) Custos Indiretos De Fabricação
= Custos Produção Período (CPP)
(+) Est. In. de Produtos Em Processo
(-) Est.Final de Produtos Em Processo
= Custos Produção Acabada (CPA)
(+)Estoque Inicial Produtos Acabados
(-) Estoque Final Produtos Acabados
= Custos Produtos Vendidos (CPV)
12.000
40.000
8.000
44.000
60.000
17.140
121.140
40
1.050
120.130
5.000
3.150
121.980
vi. - Demonstração do Resultado do Período para M 3 :
Vendas Brutas
(-) Deduções de Vendas
(=) Vendas Líquidas
(-) Custos Produtos Vendidos
= Lucro Bruto
(-) Despesas Operacionais
(+)Outras Rec. Operacionais
(=) Lucro Operacional
(+/-) Resultado não operacional
= Lucro antes do IR e CSLL
( - ) Imposto de renda e CSLL
( - ) Participações
= Lucro Líquido do Exercício
166.000
0
166.000
121.980
44.020
15.000
0
29.020
0
29.020
0
0
29.020
QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES
CONCURSO INSS 2002 – ESAF
CUSTOS
1 - (AUDITOR INSS – 2002 - ESAF) No segundo trimestre de 2002, a Indústria Esse de
Produtos Fabris concluiu a produção de 600 unidades do item X2, tendo logrado vender 400
dessas unidades, ao preço unitário de R$ 120,00.
No mesmo período foram coletadas as informações abaixo:
- Custo Variável unitário R$ 20,00.
- Total de Custos Fixos R$ 18.000,00.
- Despesas variáveis de vendas de R$ 2,00 por unidade.
- Inexistência de Estoque Inicial de Produtos no período.
Com base nas informações acima, feitas as devidas apurações, pode-se dizer que:
o Custo dos Produtos Vendidos;
o Estoque Final de Produtos e
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o Lucro Líquido do período, calculados, respectivamente, por meio do Custeio por Absorção e do
Custeio Variável, alcançaram os seguintes valores:
a) R$ 18.000,00; R$ 6.000,00; R$ 8.000,00;
R$ 6.000,00; R$ 27.000,00; R$ 21.000,00.
b) R$ 16.000,00; R$ 4.000,00; R$ 12.000,00;
R$ 3.000,00; R$ 26.500,00; R$ 20.500,00.
c) R$ 20.000,00; R$ 8.000,00; R$ 10.000,00;
R$ 4.000,00; R$ 27.200,00; R$ 21.200,00.
d) R$ 15.000,00; R$ 5.000,00; R$ 14.000,00;
R$ 8.000,00; R$ 25.400,00; R$ 23.200,00.
e) R$ 12.000,00; R$ 10.000,00; R$ 16.000,00;
R$ 6.000,00; R$ 22.200,00; R$ 20.200,00.
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CUSTOS - Apuração dos custos dos Pr. Vendidos