RELAÇÕES SÓCIO-FAMILIARES DOS USUÁRIOS DO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – CAPS II DO MUNICÍPIO DE QUEIMADOS/RJ, BRASIL Endereço: Travessa Marques, 195 – Centro/RJ PAÍS: BRASIL ÁREA PSIQUIATRIA EJES CLÍNICAS Y POLITICAS: PROCESSOS DE SUBJETIVACIÓN E INVENCIÓN Autores: Simone Monteiro Oliveira de Souza - [email protected] Roseli Pereira de Souza – [email protected] Teresa Cristina Gonzalez Vasquez – [email protected] Introdução Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são serviços preconizados a partir do início do movimento da reforma psiquiátrica, como substitutivos aos hospitais psiquiátricos. São serviços de saúde abertos e comunitários do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo locais de referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja severidade e/ou persistência justifiquem sua permanência num dispositivo de cuidado intensivo, comunitário, personalizado e promotor de vida (BRASIL, 2004). Além desse tipo de serviço, vários outros foram criados como também diversas parcerias são estabelecidas visando à intersetorialidade e à abrangência do portador de transtorno mental como um ser biopsicossocial. Para que o tratamento aconteça efetivamente, é necessário que o serviço e a família estejam envolvidos no processo. Com certeza, o serviço tem que ser uma referência para o tratamento e possibilitar, por meio do projeto terapêutico, a remissão dos sintomas ou a estabilização de igual importância, para que o usuário possa estar inserido, na sociedade convivendo com outras pessoas, e, principalmente, com os seus nos espaços familiares. Todavia, também a família pode se fazer presente, participando e ajudando ativamente na reintegração do portador de transtorno mental junto à sociedade e na promoção dos laços sociais. Objetivo O presente trabalho busca refletir sobre as relações sócio-familiares dos usuários do CAPS II e a importância das famílias no tratamento com o portador de transtorno mental e o trabalho do serviço social na tentativa de reconstrução dos laços familiares dos usuários do CAPS Queimados visando sua reinserção social. Desenvolvimento O CAPS II do município de Queimados/RJ tem como finalidade intervir junto às famílias, proporcionando possibilidades na superação de dificuldades vividas no convívio com o portador de transtorno mental e, assim, oferecer serviços de atenção psicossocial voltados não somente ao portador de transtorno mental, mas incluindo seu grupo familiar. Um dos objetivos do CAPS é incentivar que as famílias participem, do cotidiano dos serviços uma vez que os familiares são, muitas vezes, o elo mais próximo que os usuários possuem com o mundo e, por isso, são personagens importantes para o trabalho em equipe do CAPS, não somente incentivando o usuário no envolvimento com o projeto terapêutico estabelecido, mas também participando das intervenções produzidas no cotidiano da unidade de atendimento. Os familiares são considerados pelos CAPS como parceiros no tratamento. (Brasil, 2004, p.29) Percebe-se que é de suma importância o vínculo familiar, pois a família é o maior meio social de estímulo. O reconhecimento da importância da família no contexto da vida social está explícita no artigo 226 da Constituição Federal Brasileira, quando declara que a “família é a base da sociedade e tem especial proteção do Estado”, endossando, assim, o artigo 16 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que trata a família como núcleo natural e fundamental da sociedade. O objetivo maior é potencializar a família como unidade de referência, promovendo seus membros e possibilitando o desenvolvimento de ações intersetoriais que visem à sustentabilidade, evitando que os mesmos tenham seus direitos violados, recaindo em situações de risco. Conclusão A principal intenção na construção deste trabalho é a relação que pode ser estabelecida entre CAPS e família, problematizando-se, assim, a produção de cuidado pelas famílias com os usuários do CAPS Com o resultado deste estudo, pretende-se contribuir para a reflexão sobre estes dados para que todos tenham direitos iguais e participação social em plena igualdade de tratamento. Referências bibliográficas 1- AMARANTE, Paulo. SAUDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL.. Rio de Janeiro,Fiocruz, 2007. 2- BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, SECRETARIA DE ATENÇÃO A SAÚDE, DEPARTAMENTO DE AÇÕES PROGRAMÁTICAS ESTRATÉGICAS, SAÚDE MENTAL NO SUS: Os Centros de Atenção Psicossocial. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 3- CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, 1988. 4- FUREGATO, Antônia Regina., et al.. O fardo e as estratégias da família na convivência com o portador de doença mental. Texto & Contexto Enfermagem. Florianópolis, v. 11, nº 03, p. 51-56, 2002.