DA I N D Ú S T R I A G R Á F I C A ÓRGÃO OFICIAL DO SINDICATO DAS IN D U STR IA S GRÁFICAS NO ESTADO DE SÃO PAULO N Ú M E R O 15____________________S Ã O P A U L O . 15 D E J U N H O D E 1 9 5 0 ________________ ANO I O L U G A R DAS ARTES G R Á F I C A S que as artes núcleo artístico colocar em evidência a proje gráficas têm influência, direta ou indiretamen Muito embora se reconheça ção de sua arte. Dentre êsses fatores, há que te, em todos os setores da atividade humana, colocar-se, ao lado de sua fôrça de expressão, não gozam elas, principalmente em nosso país, o congraçamento da classe, a união dos es do luqar de destaque a que. por fôrça de sua forços no intuito a ser colimodo. A s iniciati expressão e de sua própria natureza de exis vas isoladas tência, têm direitos adquiridos, mas não confe fraqueza, e a falta de espírito associativo de ridos. A velha arte de imprimir, na realidade, tornouse indústria, ramificou-se, desdobrou-se em seto res vários, a isso obrigada pela necessidade de, como dissemos acima, interferir nas mais diver sas e variadas atividades do homem. Se analisar mos, no entanto, o conjunto de suas ramificações, veremos que, mesmo industrializada, não per deu o sentido e o cunho da arte, não de que se originou mas que implantou com a sua cria ção, e como tal deve ser encarado o invento do venerando Gutenberg, mormente quando reivin dica para êle um mínimo de atenção de que necessita para se colocar em seu devido lugar no concêrto das realizações de um povo. Fatores os mais diversos influenciam naqui lo que se pode chamar de oportunidade para um geralmente se perdem pela sua termina o fracasso de tôda a iniciativa, por re conhecidamente útil que seja. Com a nossa arte gráfica, forçoso é reconhe cer, vem acontecendo justamente isso — vive ela de frustação em frustação das iniciativas particulares que têm visado o seu aprimora mento e consequente projeção no cenário das coisas nacionais. Só mesmo conseguiram vin gar as poucas iniciativas que contaram com o apôio de algum grupo forte ou o beneplá cito dos poderes públicos, sem que se conseguis se, no entanto, atingir ao verdadeiro congra çamento da classe, à conta de cuja negativa se deve lançar, a nosso ver, o propalado atraso em que vivemos com relação a outros países menores, que não dispõem dos recursos huma nos e materiais de que dispomos. ( Contínua na página 6) Boletim da Indústria Gráfica S. FERRAZ - D IR E T O R R e d a ç ã o e A d m in is t r a ç ã o : P r a ç a d a Sé, 3 9 9 - 5.° Andar, S a la 5 0 8 ______________________________________ P UB LIC A-S E — Fone 2 -4 6 9 4 — S ã o P a u lo Q U I N Z E N A L M E N T E ____________________________________ ____________________ C O M P O S T O E I M P R E S S O NA E S C O L A DE A R T E S G R Á F I C A S D O S E N Al_____________________ COLABORAM N E S TA EDIÇÃO : A N T Ô N I O S O D R É C. C A R D O S O PUBLICAÇÕES RECEBIDAS Registramos e agradecemos o rece bimento regular de mais as seguintes publicações: “ Boletin Siga” , da Asso ciação de Industriais Gráficos da A r gentina; “ Gaceta Grafica” , da Câmara da Indústria Gráfica de Buenos Aires; “ Boletim Linotípico” , publicado pela Mergenthaler Linotype Co.; “ Notícias da O. I. T.” , mensário da Organização Internacional do Trabalho, Suiça; “Taquigrafia” , órgão da Associação Taquigráfica Paulista; “ Sési Jornal” , publicado pela Divisão de Educação Social do Serviço Social da Indústria; “Boletim do SA PS” , que ültimamente está sendo impresso em oficinas pró prias; e “Piratininga” , mensário da Cia. Nacional de Seguros Gerais e Acidentes do Trabalho. CURIOSO ÊRRO TIPOGRÁFICO Na primeira página da edição do “ New York Times” de 21 de abril pas sado saiu publicado um curioso êrro tipográfico, destinado a ficar famoso. O correspondente daquele jornal em Berlim referiu-se ao hino alemão “Deutschland uber Alies” , título que, no entanto, saiu assim: “ Deutschland uber A lliee” — Alemanha sôbre os Aliados. ESCRITÓRIO DA 0. I. T. EM SÃO PAULO Segundo o mensário “Notícias da O. I. T.” , fo i decidido estabelecer, nes E RAM ILFO LUÍS PEREIRA ta Capital, o Escritório da Mão de Obra para a América Latina da Orga nização Internacional do Trabalho. Acrescenta aquêle órgão que “a inau guração desta importante repartição se realizará em breve na metrópole paulista, centro vital do parque indus trial brasileiro, e o mais importante da América Latina. A O. I. T. demons tra assim, mais uma vez, sua preocu pação constante pelos problemas do novo mundo.” PAPEL PARA IMPRENSA COM RESÍDUOS DE ÁLAMO Notícia de Estocolmo nos dá a co nhecer que durante os últimos anos a fábrica de Ostrand, pertencente à Cia. Sueca de Celulose, vem empregando resíduos de álamo, que anteriormente eram apenas considerados bons como combustível, para a produção de uma polpa de sulfato semialvejada, ade quada para a fabricação de papel para imprensa. A produção dessa polpa no corrente ano é calculada em 21.000 toneladas, ou seja, uma quinta parte da produção total da fábrica. É desti nada à fabricação de papel que será exportado para a Inglaterra e outros países europeus. Acredita-se que só resíduos de madeira de álamo, consistentes de ramos delgados e re torcidos que abundam na Suécia, po derão substituir em alguma extensão a madeira de coníferas da qual há es cassez. B O L E T IM D A IN D Ü S T R IA G R A F IC A P A G IN A 3 A INDÚSTRIA GRÁFICA DO INTERIOR EM REVISTA No intuito de dar a conhecer aos nossos leitores informes sôbre as artes gráficas do Interior de São Paulo, êste quinzenário se dirigiu a todos os jornais e tipografias interioranos so licitando a remessa de fotografias fi xando aspectos que consigam expres sar o que possuímos em nosso “hinter- land” com relação à arte dos tipos móveis. Tendo em vista a nossa finalidade, esperamos ser atendidos em nossa so licitação, para que o nosso propósito não sofra solução de continuidade. Já recebemos algumas poucas foto grafias, que não vieram acompanha- Os três flagrantes que estampamos hoje nos foram enviados pela T IP O G R A F IA E L IV R A RIA M A C H A D O , de Tatuí, estabelecimento que existe na terra natal de Paulo Setúbal há mais de vinte anos, e que vem emprestan do eficientemente a sua colaboração na difu são da cultura, do comércio e da indústria daquela próspera cidade paulista, que conta ainda com outras casas gráficas das, no entanto, dos dados que ne cessitamos para as legendas. A fim de evitar que não as possamos uti lizar — o que para nós será por de mais lamentável — , as fotos devem vir acompanhadas de informes es clarecedores. P A G IN A 6 B O L E T IM D A IN D Ú S T R IA G R Á F IC A O LU G A R D AS A RTES G R Á F IC A S Movimento da Janta Comercial ( C o n tin u a çã o da p á g in a 1) Encarada como arte ou simplesmente como indústria — a que se destinou o papel relevan te de levar o nosso pensamento, as nossas rea lizações, as nossa conquistas, enfim tôdas as Extraímos do Diário Oficial do Estado o seguinte movimento da Junta Comercial com relação a firmas gráficas e correlatas, nas sessões de 21-4-50, 25*4-50, 28-4-50, 2-5-50 e 5-5-50, ratificadas respectivamente pelas de 25-4-50, 28-4-50, 2-5-50, 5-5-50 e 9-5-50: N. 121.187 — Irmãos Contesini — Atibaia — Rua Tomé Franco, 237 — ramo de ti pografia e papelaria no estabelecimento de nominado Tipografia e Papelaria Santa Teresinha — Cr$ 20.000,00 em partes iguais en tre Miguel P ilegi Contesini e Octávio Pilegi Contesini — brasileiros — solidários — in determinado — ass. em 9-2-50. N. 121.242 — Artefatos de Papel Cury Ltda. — Capital — Rua Muniz de Souza, 442 — confecção de impressos, artigos de papelaria em geral — Cr? 300.000,00 em partes iguais entre Irmgard Emíla Lichtenberger Paes, que se assina Irmgard Paes e Walter Rhormens, brasileiros — 10 anos — ass. em 18-4-50. N. 121.248 — Epag — Editora Paulista de A rte G ráfica Ltda. — Capital — Páteo do Colégio, 3 — edição, fabricação, comércio de produtos de papel e papelão com e sem impresso e importação e exportação — CrS 500.000,00 sendo Cr$ 350.000,00 de Carl Israel Stern; CrS 100.000,00 de Heinz Norbert Israel Stern e Cr$ 50.000,00 de Sara Rosy Stern, alemães — indeterminado a contar de 1-1-49 — ass. em 18-1-50. N. 121.307 — Gráfica R elêvo Universal Ltda. — Capital — cont. 72.288 — alts. até 100.860 — Benedito Barbosa Junior, tendo ajustado a cessão das suas 5 cotas de ca pital no total de Cr$ 25.000,00 ao sócio Abel Marques Nogueira, de quem recebeu dita importância, retira-se da sociedade — O capital continua o mesmo de CrS 250.000,00 sendo CrS 140.000,00 cessionário — CrS .. . 25.000,00 de cada um dos srs. Manoel Henri que Nogueira de Assunção, Domingos José Sapienza, Amadeu Nogueira de Assunção e Maria Rosalina Nogueira de Assunção e Cr$ 10.000,00 de Eros Bedei — ass. em 25-3-50. N. 121.342 — Grafiartes Ltda. — Capi tal — R. José Bento, 36 — comércio de ti- nossas ações ao conhecimento dos que aqui vivemos e dos que lá fora têm interesse pelo que fazemos — , por que não colocarmos a ar te gráfica nacional no lugar de projeção que lhe compete, propugnando para que lhe se jam dadas as escolas de que necessita, a com preensão que lhe é negada nas suas justas rei vindicações, a elevação de seu conceito no concenso popular e, acima de tudo, o congraçamento de todos aquêles que nela militam? Agora mesmo cogita-se na criação de uma Escola de Artes Gráficas anexa à Universidade de São Paulo. Seria, assim, o ensino gráfico tor nado universitário, a exemplo do que acontece em todos os países da Europa e das Américas que não se descuidam do veículo de transmis são de seu pensamento e feitos. E seria isso, com a união de todos em tôrno da concreti zação dessa idéia, o verdadeiro marco para o início de um movimento visando o aprimora mento de nossas artes gráficas e sua conse quente projeção. — S. F. pografia e artes gráficas — CrS 20.000,00 em partes iguais entre Luiza Vieira, Joanna Caparroz Bonel, Maria Taboada de Souza e Josepha Coucurdi Morenilea, a prim eira iugoslávia e os demais brasileiros — in determinado — ass. em 17-4-1950. N. 121.480 — Indústrias Gráficas “ A Co marca” Ltda. — Capital — Rua 25 de Março, 1 061 — indústrias gráficas, bem como edi ções de jornais — Cr$ 500.000,00 — sendo Cr$ 350.000,00 do Dr. João Abdalla e C r$ . . . 50.000,00 de cada um dos sócios Manoel João Abdalla, Nicolau João Abdalla e Dr. Antônio João Abdalla — brasileiros — As atividades sociais serão ini ciadas com uma oficina em Araçatuba e a edição do Jornal " A Comarca” na mesma cidade — 5 anos. Sácaícc L e m b ra n d o m ovim entos A rt e s G rá fic a s deAtóeá. úfaáfecaà. anexa à p ró - de S. (Paula A entrevista que hoje transcrevemos, resumidamente, foi concedido ao "Jornal de São Paulo" pelo sr. Antônio Sodré C. Cardoso, diretor do Departamento de Pesquisas em Artes Gráficas de nosso Sindicato, a propósito da criação, nesta Capital, de uma Escola de Artes Gráficas anexa à F a to r do d esen vo lvim en to da In d ú s tria G rá fic a nossa Universidade. “ Uma escola de artes gráficas é uma medi da realmente necessária. Disso sabemos nós, no Departamento de Pesquisas em Artes Gráficas, pois que sintetizamos a opinião de inúmeros interessados pelos assuntos de que tratam as artes gráficas, com os quais mantemos perma nente contato. São bibliotecários, jornalistas, publicitários, professores, particulares e mesmo gráficos, que querem aperfeiçoar a sua cultura e conhecer as técnicas modernas de impressão, os processos das diversas atividades da indús tria gráfica, a execução artística e estética de uma obra, a admihistração de oficinas, e outros tantos conhecimentos que lhes faltam e que em muito contribuiríam para melhor desempenho de suas funções. EXISTE UM A ESCOLA “ Já existe uma escola de artes gráficas em São Paulo. A do SENAI, que se ocupa, porém, da formação de operários aprendizes durante o dia e que, à noite, se dedica ao aperfeiçoamen to rápido de operários, preferencialmente. Nesse curso noturno podem ingressar também inte ressados que não sejam operários, mas para êsses a percentagem de admissão às vagas exis tentes é relativamente pequena. Ademais, a instrução é tôda ministrada por processos prá ticos de produção, limitando-se à formação rá pida de tipógrafos, linotipistas, impressores e encadernadores, não se preocupando com a for mação de artistas e a especialização aprofunda da. E\ portanto, uma escola de artes gráficas para operários da indústria. As artes gráficas necessitam de alguma coisa mais, pois a sua infiltração se faz em quase tôdas as atividades humanas. Tal Escola, mais uma vez frisamos, é uma necessidade para as nossas artes gráficas, e também um valioso subsídio à difusão de nossa cultura — uma vez que virá a ser o fator preponderante co aprimoramento da arte de imprimir em nossa terra. que trabalham diversas. em profissões completamente MOVIMENTOS PRÓ-ARTES G R ÁFIC AS “ Dentre os inúmeros movimentos pró-artes gráficas no terreno educativo e cultural, lembramo-nos de alguns. Na Escola Politécnica houve um curso de fotografia. Na Faculdade de M e dicina, fo i organizado um curso sôbre documen tação científica, no qual se descreviam os pro cessos das artes gráficas. Na Faculdade “ Saedes Sapientiae” existem cursos de jornalismo, bi blioteconomia e artes gráficas. A Associação Paulista de Propaganda manteve, até há pou co, um curso de publicidade, e uma das cadei- t DE INTERÊSSE GERAL “ O interêsse pelas artes gráficas é geral. ê s" se assunto cativa qualquer pessoa. Não há quem não deseje saber como se faz um livro, um impresso ou qualquer outro trabalho grá fico. A história das artes gráficas é tema de permanente curiosidade e desperta o interêsse de um grande público. E* engano pensar que artes gráficas interessam apenas aos que nela trabalham. Temos encontrado um sem número de pessoas interessadas pelas artes gráficas e paganda. Durante a realização do Congresso de Editores e Livreiros, a Câmara Brasileira do L ivro propôs a criação de um curso para edi tores e livreiros, onde se obtivessem noções de biblioteconomia e artes gráficas. P or outro lado, no Museu de Arte de São Paulo, está sendo criado um curso para gravadores em buril e xilogravura. Também o SÉSI promoveu um curso de biblioteconomia há pouco tempo ♦ e agora está realizando um curso de jornal de emprêsa. Nas Escolas Normais oficiais aprende-se a encadernação, como prática de traba lhos manuais. Não devem ainda ser esquecidos os cursos de artes gráficas da Escola Técnica Getúlio Vargas, o curso vocacional de artes gráficas da Cia. Antartica Paulista, os cursos de artes gráficas das Escolas Salesianas e aa noções sôbre encadernação artística do Liceu de Artes e Ofícios. Isso tudo para demonstrar que em quase tôdas as atividades, quer sejam universitárias, artísticas ou profissionais, existem grupos in teressados pelas artes gráficas e que a escola do cuja criação se está cogitando viria justa mente atender a grande número de interes sados. As matrículas seriam mais ràpidamente preenchidas do que se pode imaginar. Disto já se poderia ter uma comprovação antecipada pelo sucesso alcançado nas escolas de jornalis mo, nas escolas de biblioteconomia e mesmo nesses cursos de artes gráficas que esporàdicamente são realizados. Se não conseguirmos brevemente uma escola de artes gráficas, de nível elevado e com os cursos de especialização que se fazem necessá rios, haverá no futuro grande disparidade en tre a formação dos bons jornalistas e dos bi bliotecários eficientes, que hoje se faz com tanto cuidado, e a formação insuficiente dos que tra balham em artes gráficas, que não poderão, por sua vez, acompanhar e atender às exigên cias de um trabalho moderno, perfeito e à altura do que lhes será pedido para a feitura material de um jornal, livro ou simples impres so avulso. FATOR DE DESENVOLVIM ENTO IN D Ú S TR IA G R Á F IC A DA “ O desenvolvimento de nossa indústria grá fica depende da quantidade de pessoas habili tadas que nela possam aplicar a contento as práticas adquiridas pela instrução especiali zada. As nossas indústrias gráficas estão apa relhadas com a mesma maquinaria que existe nos Estados Unidos. No entanto, os bons ser viços gráficos executados entre nós não somam quantidade que se possa sequer comparar com os bons trabalhos que nos chegam daquele país, pois quase nada se conhece dos proces sos modernos e a maioria das tipografias ainda se prende a processos tradicionais. Se existis se uma escola de artes gráficas de nível eleva do, os alunos não se limitariam a conhecer so mente o que existe entre nós. Familiárizar-seiam com os processos mais modernos, o manêjo de máquinas novas, a prática de técnicas progressistas, o trabalho organizado, a adminis tração ideal e tantas coisas úteis e necessárias. DE CARÁTER UN IV E R SITÁR IO “ Uma escola de artes gráficas de caráter universitário abriria caminho para uma série de realizações de inestimável valor. Para isso, não faltam motivos e razões bem justificadas, uma vez que nas artes gráficas se apoiam os processos de disseminação de cultura, e, ainda, constituem elas o melhor meio de projeção e valorização, no Exterior, de tôdas as nossas atividades, quer sejam artísticas, literárias, co merciais ou industriais. MUSEU DE ARTES G R ÁFIC AS “ Quanto ao museu de artes gráficas, a sua criação também seria bastante interessante para as artes gráficas e para todos os estudiosos em geral, mas bem poderia êle existir em função da escola de artes gráficas, isto é, anexado à essa mesma escola. E também poderia compor tar o museu do livro, cuja realização já foi idealizada por um grupo de bibliófilos. Tudo isso, porém, depende de uma iniciativa preliminar, depois da qual não tardarão a se apresentar colaboradores, técnicos e entusiastas pelo assunto, que oferecerão todos os seus esforços para a realização dêsse grande empreendimento em prol das artes gráficas. Urge, pois, que a escola de artes gráficas e as realizações que se planejam em tôrno da mesma sejam consubstanciadas o quanto antes, pois êsse seria um passo dos mais acertados em prol do desenvolvimento cultural do nosso povo” . B O L E T IM D A IN D Ü S T R IA G R A F IC A P A G IN A 7 G-rniímícacLcu dxS- SindicatoRE LAÇÃO DE DOIS TERÇOS A té 30 do corrente deverão ser entregues ao Departamento Esta dual do Trabalho as relações de 2/3 (relações nominais dos em pregados). As firmas que não ti verem empregados deverão fazer declaração negativa. FERIADO O D IA 29 De acordo com a lei municipal n.° 3 857, de 30 de março do cor rente ano, será feriado o próximo dia 29 do mês em curso. LEG ISLA Ç ÃO T R A B A L H IS T A Transcrevemos abaixo os artigos 482 e 483 da C. L. T., que norteam a rescisão do contrato de trabalho por justa causa, tanto pelo empre gador como pelo empregado: “ Art. 482 — Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: a) ato de improbidade; b ) incontinência de conduta ou mau procedimento; c) negociação habitual por con ta própria ou alheia sem permis são do empregador e quando cons tituir ato de concorrência à emprêsa para a qual trabalha o em pregado, ou for prejudicial ao ser viço; d) condenação criminal do em pregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da exe cução da pena; e ) desídia no desempenho das respectivas funções; f ) embriaguez habitual ou em serviço; g ) violação de segrêdo da emprêsa; h) ato de indisciplina ou de in subordinação; i) abandono de emprêgo; j ) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físi cas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, pró pria ou de outrem; k ) ato lesivo da honra e boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierár quicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; l ) prática constante de jogos de azar” . “ Art. 483 — O empregado pode rá considerar rescindido o contra to e pleitear a devida indenização quando: a) forem exigidos serviços su periores às sus forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; b ) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; c) correr perigo manifesto de mal considerável; d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra êle ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama; f ) o empregador ou seus pre postos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; g ) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo êste por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivel mente a importância dos salários. § l.° — O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato, quando ti ver de desempenhar obrigações le gais, incompatíveis com a continua ção do serviço. § 2.° — No caso de morte do empregador constituído em emprêsa individual, é facultado ao em pregado rescindir o contrato de trabalho” . E S C O L A DE A R T E S G R Á F I C A S DO SEIMAI NOTICIÁRIO FÉRIAS DE INVERNO Encerraram-se, hoje, dia 15, as aulas dos Cursos Diúrnos de Aprendizagem da Escola de Artes Gráficas. Têm iní cio, assim, as esperadas “Férias de In verno” , almejadas pelos alunos e, que se prolongarão até 15 de julho. A lm e jadas porque, conforme princípio es tabelecido entre o SEN A I e a Indús tria, as férias de trabalho dos menores aprendizes que a elas têm direito, são concedidas durante o mês de férias es colares. Ao se encerrarem as aulas, o Bole tim de Matrículas referente a maio p. p., registrou o seguinte movimento de alunos: M A T R ÍC U L A T O T A L DO SEMESTRE C. P. (Curso Prelim inar) C. A.O. (Curso de Aprendizes de O fício) . . . . C. A. I. (Curso de Aspirantes à Indústria . . . . T o ta l: 20 182 38 ................................ 240 C U R S O N O TU R N O DE ARTES G R Á F IC A S INTERESSE E AFLUÊNCIA OE CANDIDATCS Abertas, em 6 do corrente, às 7 ho ras da noite e encerradas às 9 horas da mesma noite, as inscrições de can didatos para os Cursos Noturnos de Artes Gráficas foram fechadas com o seguinte movimento: CANDIDATOS INSCRITOS Tipógrafos Linotipistas Impressores Encadernadores T o ta l: . . . . . . . . .' . . . . . . . . . . . 111 187 81 43 422 Isto demonstra o grande interêsse dos candidatos pelos Cursos de Artes Gráficas, noturnos, do SENAI. Os nú meros falam por si: 422 candidatos inscritos para 88 vagas. PROVAS DE HABILITAÇÃO F A R A I I 8." OUTORGA DE CARTA DE OFÍCIO Submetem-se a exames, desde 12 do corrente, para direito ao desejado diploma de “ Carta de O fício” , a turma que concluiu o Curso de Aprendizes de Ofício neste semestre. Com a presença de representantes fiscais das entidades de classe patro nais, de trabalhadores e banca exami nadora para êsse fim instituída, pas sam os alunos pela “ prova de fogo” pois que os exames teóricos de Cál culo Técnico, Tecnologia e Desenho e a Prova Prática de Ofício abrangem tôda a matéria dada no decorrer do currículo escolar do curso. VISITA DE ESTUDOS ÀS INSTALA ÇÕES DA FÁBRICA DE PAPEL DA CIA. MELHORAMENTOS DE S. PAULO, EM CAYEIRAS A convite do diretor do Departa mento de Pesquisas em Artes Gráfi cas do S. I. G. E. S. P., professores, instrutores e alunos do 6.° têrmo da Escola de Artes Gráficas visitaram, em 30 de maio p. p., as instalações da fábrica de papel da Cia. Melhora mentos de São Paulo, em Cayeiras. A caravana se compunha de profes sores e alunos de várias escolas, grá ficos profissionais e estudiosos do as sunto. Cicerones capacitados, gentilmente postos à disposição da caravana pela Cia., guiaram os professores e instru tores pelas diversas secções que, assim orientados tiveram oportunidade de “in loco” explicar aos alunos as fases da fabricação do papel. No próximo número pensamos co mentar os ensinamentos colhidos e o resultado prático obtido.