5.6 ARTES 5.6.1 Pressupostos Teóricos O espaço das Artes nos anos iniciais é um avanço e uma conquista em pontos importantes, mas exige o esforço no sentido de perceber como articular seu saber. No que diz respeito ao ensino da arte tem-se como pressuposto que arte gera conhecimento. Possuidora de um campo teórico específico relaciona-se com as demais áreas, desenvolve o pensamento artístico e a reflexão estética. Por exemplo, o aluno que conhece arte pode estabelecer relações mais amplas quando estuda um determinado período histórico, exercita continuamente sua imaginação e esta mais habilitado a construir um texto, desenvolver estratégias pessoais para um problema matemático. A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e outras culturas. Vive-se uma experiência intransferível e ao vivê-la, tem-se a possibilidade de acesso aos bens culturais produzidos nas diversas culturas, apreendendo os seus significados. Conhecendo a arte de outras culturas, o aluno poderá compreender a relatividade dos valores que estão enraizados nos modos de pensar e agir, e pode criar um campo de sentido para a valorização do que lhe é próprio abrindo assim um canal; de compreensão à diversidade da imaginação humana. Além disso, torna-se capaz de perceber sua realidade cotidiana mais vivamente, reconhecendo objetos e formas que estão à sua volta, no exercício de observação crítica do que existe na sua cultura, podendo criar condições para uma qualidade de vida melhor. Uma função igualmente importante que o ensino da arte tem a cumprir diz respeito à dimensão social das manifestações artísticas. A arte de cada cultura revela o modo de perceber, sentir e articular significados e valores que governam os diferentes tipos de relação entre os indivíduos na sociedade. A arte solicita a visão, a escuta e os demais sentidos como portas de entrada para uma compreensão mais significativa das questões sociais. O conhecimento da arte abre perspectivas para que o aluno tenha uma compreensão do mundo na qual a dimensão poética esteja presente A arte ensina que é possível transformar continuamente a existência, que é preciso mudar referências a cada momento, ser flexível. Isso quer dizer que mudar e conhecer são indissociáveis e a flexibilidade é condição fundamental para aprender. O ser humano que não conhece arte tem uma experiência de aprendizagem limitada, escapa-lhe a dimensão do sonho, da força comunicativa dos objetos à sua volta, da sonoridade instigante da poesia, das criações musicais, das cores e formas, dos gestos e luzes que buscam o sentido da vida. Os conteúdos a serem abordados nas aulas de arte deverão contemplar uma postura interdisciplinar e corresponder às linguagens; visual, cênica e musical. Isto significa dizer que o professor de arte terá como ponto de partida, no seu planejamento, a linguagem específica de sua formação. Entretanto, as outras linguagens enriquecem as possibilidades de criação e produção. Portanto, cabe à escola, através do conhecimento de arte sistematizado, possibilitar ao aluno, a partir de sua inserção social, condições concretas para a satisfação de suas necessidades humanas de afirmação e interação com a realidade, na atividade artística. A criação artística, neste sentido, é a expressão da realidade, uma possibilidade de compreensão da mesma, pois ensina uma maneira de ver e este ver é revelador, sobretudo porque é construtivo. A relação estética que se objetiva na fruição deste fato artístico tem caráter social, e se realiza através dos sentidos humanos, e no processo de humanização da natureza e do homem percebemos que a Arte tem sido tomada ora como conhecimento técnico, ora como expressão espontânea, perdendo-se de vista a sua totalidade. Recuperar a arte como forma de conhecimento, trabalho e expressão, é buscar esta totalidade para dar conta da necessidade humana de expressar-se, interando-se com a realidade através do trabalho artístico. A prática reiterativa está apoiada em normas já conhecidas, ela tem como pressuposto a prática criadora, um modo de fazer com que, ao mesmo tempo em que inventa, cria suas regras. Para tanto é fundamental o papel da escola ao trabalhar com os conhecimentos necessários ao aluno, para que este reconheça e interprete na obra de arte, a realidade humana - social. O objeto artístico concretiza o olhar, a expressão do homem e enquanto forma específica de conhecimento da realidade é fruto de seu lazer imitativo ou criador, portanto, também impõe o domínio de determinados procedimentos para construção, da realidade e sua transfiguração artística. Criar é ampliar, enriquecer, transformar o mundo e o homem. Neste sentido o trabalho da arte tem ação conjunta do fazer, olhar, pensar, que resulta na fruição e criação, ligada a realidade de uma determinada época. Consideramos assim que o trabalho de artes deve ter como base a produção social já realizada, o conhecimento, a compreensão do mundo humano que o aluno quer refletir e expressar. Nesta perspectiva criativa, o aluno abre-se para novas possibilidades de ações, assim como para mudanças internas e externas. A arte é um elemento fundamental no desenvolvimento do ser humano e hoje, é compreendida como patrimônio cultural da humanidade. “A criatividade é uma dimensão da existência humana que evidencia o potencial do indivíduo para mudar, crescer e aprender ao longo da sua vida. A capacidade criadora esta comumente associada ao processo de viver e organizar experiências vividas, ampliando o repertório existencial do indivíduo”. (LEITE, 1994, 207) O ser humano pode manifestar-se de forma criativa na peculiaridade de programar a sua vida. O contato com a sua identidade cultural possibilita-lhe valorizar as suas raízes histórico-culturais, permitindo-lhe uma visão mais ampla de suas vivências como extensão da existência humana. É na socialização e humanização que o indivíduo desenvolverá o seu processo criativo, pois a socialização, valoriza o papel do cidadão participante, criador da história e transformador da cultura, valorizando e desenvolvendo a consciência da dignidade humana e também seu potencial criador. A criação artística é a expressão da realidade, realizada a partir da leitura da obra de arte, é também a leitura do ambiente que nos cerca dentro de uma visão holística ver, olhar o mundo de forma crítica e construtiva. Por isto a arte tem que propiciar a oportunidade de vivenciar um encontro ativo com o objetivo artístico, oportunizar pensar de maneira inteligente na imagem visual, musical e corporal, favorecendo assim o desenvolvimento do seu pensamento artístico. A arte educa a sensibilidade das pessoas. A prática artística implica, sempre, pensar e fazer simultaneamente. É exatamente por isso, que ela é imprescindível na formação obrigatória. Conhecer a arte no ensino fundamental significa apropriar-se de saberes culturais e estéticos inseridos nas práticas de produção e apreciação artística que são fundamentais para a formação e desempenho social do cidadão. Na história de ensino e aprendizagem da arte, sempre houve um descaso de muitos educadores e organizadores escolares, principalmente no que se refere a compreensão da arte como um conhecimento humano sensível, cognitivo, voltado para um fazer e apreciar artístico e estético e para uma reflexão sobre sua história na sociedade humana. Isso interferiu na presença disciplina Arte no mesmo patamar de igualdade com as demais disciplinas do projeto coletivo da escola Básica. Embora descontínuas e insatisfatórias quanto a especificidade artísticas, há algumas tentativas de melhoria do trabalho educativo de arte em Escolas Brasileiras nas últimas décadas do século XX. Mas a partir da Lei de Diretrizes e Bases na Educação Nacional de 1996, lei nº 9394 (art. 26 parágrafo 2), a arte tornou-se efetivamente presente nos currículos das escolas de Educação Básica. A importância da arte como desenvolvimento sensível cognitivo não deve ser deixada de lado, pois através dela manifestamos com significado, sensibilidades, modos de criação e comunicação sobre o mundo da natureza e da cultura. No ensino fundamental os alunos podem descobrir de modo instigante, que a arte manifesta uma variedade de histórias comunicacionais e, também das maneiras criativas e estéticas presentes nos fazeres artísticos. As pessoas em seus fazeres artísticos interligam as diversas linguagens e códigos, nos vários aspectos: elaboração inventiva com materiais, técnicas e tecnologias disponíveis na sociedade humana, percepções e elaboração de idéias, de representações imaginativas com significados, e das realidades da natureza e das culturas, expressões-sínteses de sentimentos, de emoções colhidas da experiência com o mundo socio-cultural. Os alunos ao desenvolverem trabalhos artísticos por meio das linguagens da música, artes visuais, dança, teatro e códigos podem aprender uma pluralidade de significados, de interferências culturais, econômicas, políticas ativante nessas manifestações culturais. Em resumo acredita-se que as práticas artísticas em música, artes visuais, teatro, além de possibilitarem uma ligação com as demais linguagens e códigos, podem favorecer a formação da identidade das crianças que se educam no Ensino Fundamental e formam uma consciência de uma sociedade multicultural onde é possível confrontar valores, crenças e competências culturais. Objetivo Geral O ensino das artes nos anos iniciais, objetiva, possibilitar aos alunos o acesso ao universo artístico, através do fazer, do fruir, do refletir, e do apreciar a Arte, explorando e experimentando materiais e técnicas expressivas de forma criativa, acessando saberes e conceito sobre Arte nas suas varias linguagens: artes visuais, teatro e musica. 5.6.2 Metodologia: Artes A preocupação com o ensino de aprendizagem em Artes é recente e tem acompanhado as mudanças educacionais, que caracterizam este começo de século. As mudanças forma provocadas pelas pesquisas em vários campos da ciência humana, que trouxeram avanços principalmente sobre como as crianças pensam e se desenvolvem, sobre seu processo criador sobre a arte de outras culturas e também reflexões de como o arte-educador pode levar o aluno a criar, experimentar e entender a arte nas diferentes linguagens: nas artes visuais, nas artes cênicas, na música e na dança. A arte é um modo privilegiado de conhecimento, de entendimento e de aproximação entre indivíduos de culturas diversificadas, pois possibilita o reconhecimento de semelhanças e diferenças que se expressam e se confrontam através de diferentes linguagens. Para que ocorra a comunicação através de diferentes linguagens. Para que ocorra a comunicação através da artes, é preciso que o professor e alunos se alfabetizem nessa área, possibilitando a leitura de obras de artes, de imagens fixas e móveis que estão presentes com muita intensidade, no nosso cotidiano. As atividades com os alunos devem ser realizadas onde possam observar, descrever, analisar e interpretar o objeto artístico. Assim, conteúdos devem ser trabalhados sempre a partir da produção da humanidade: obras de arte, reproduções, propaganda, desenho, vídeo etc. Estas interpretações também podem ser feitas através das produções dos próprios alunos. É importante, nesta fase escolar, que a criança interaja com materiais, instrumentos e procedimentos variados em arte, experimentando-os de modo individual e coletivo, isto faz com que a criança articule a percepção, a imaginação, a leitura e a produção artística nas diferentes linguagens. Quando o professor trabalhar obras de arte, cartazes, placas, ilustrações é importante que as mesmas sejam exploradas ao máximo, fazendo com que as crianças visualizem os elementos da composição visual contidos nestas obras, o professor deve também fazer perguntas como: O que você mais gostou na obra? Como o artista conseguiu essas cores? Que instrumentos e meios ele usou? Estas perguntas fazem com que as crianças instiguem a observação, descobrindo e assimilando os conteúdos intrínsecos nas imagens figurativas. É importante expor os trabalhos das crianças nas dependências da escola, isto faz com que as crianças ao entrarem em contato com as produções dos colegas, comentem os trabalhos desenvolvendo assim o senso crítico e estético. Levar as crianças a participarem de exposições organizadas dando destaque aos trabalhos realizados pelos alunos da pré-escola, colabora imensamente com a auto estima das crianças e seus familiares. O mundo atual caracteriza - se por uma utilização da imagem visual em quantidades inigualáveis, criando um universo de exposição múltipla para os seres humanos, o que gera a necessidade de uma educação para saber, perceber e distinguir sentimentos, sensações, idéias e qualidades. Por isto o uso de imagens pode favorecer uma compreensão mais ampla, fazendo com que o aluno desenvolva sua sensibilidade, afetividade, seus conceitos e se posicione criticamente em qualquer situação. A educação em artes visuais visa informar sobre conteúdos e experiências relacionadas aos materiais, às técnicas e as formas visuais de diversos momentos da história e dos artistas, inclusive contemporâneos. Para tanto, a escola deve colaborar para que os alunos passem por um conjunto amplo de experiências de aprender e criar, articulando percepção, imaginação, sensibilidade, conhecimento e produção artística pessoal e grupal. A educação visual deve considerar a complexidade de uma proposta educacional que leve em conta as possibilidades e os modos de os alunos transformarem seus conhecimentos em arte, ou seja, o modo como aprendem, criam e se desenvolvem na área. Criar e perceber formas visuais implica trabalhar freqüentemente com relações entre os elementos visuais da composição plástica, tais como (ponto, linha, cor, luz, etc). Estas atividades fazem com que os alunos assimilem tais normas de formação das imagens e recriem em seus trabalhos. Além disso, o aluno precisa conhecer técnicas, procedimentos, informações históricas, relações culturais e sociais, que darão suporte às suas representações sobre arte. No que tange a música sabemos que é justamente pelo canto que a criança aprimora a sua linguagem, desenvolve a sensibilidade, adquire conhecimentos novos na mensagem do texto e interpreta – o através de gestos e ainda encontra o estímulo para a criação de novas melodias. Considera-se o canto e a música uma das atividades mais importantes na educação musical e que se desenvolve de forma bem evidente com o emprego de canções, além de desenvolver a integração entre os aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos, assim com a promoção de interação e comunicação social. O teatro no Ensino Fundamental proporciona experiências que contribuem para o crescimento integrado da criança sob vários aspectos. No plano individual, o desenvolvimento de suas capacidades expressivas e artísticas. No plano coletivo, o teatro oferece, por ser uma atividade grupal, o exercício das relações de cooperação, diálogo, respeito mútuo, reflexão sobre como agir com os colegas, flexibilidade de aceitação das diferenças e aquisição de sua autonomia como resultado do poder e pensar sem repressão. O professor deve realizar as atividades de teatro em um espaço livre para que a criança possa se desenvolver conforme sua criação. Os alunos devem ter acesso a materiais adequados para as suas encenações. Deve-se organizar as aulas numa seqüência, oferecendo estímulos por meio de jogos preparatórios, com o intuito de desenvolver as habilidades necessárias para o teatro, como atenção, observação, concentração, preparar temas que instiguem a criação do aluno, levar para o aluno textos dramáticos que devem ser lidos ou recontados como estímulo na criação de situações diversas. É preciso levar as crianças a criarem várias possibilidades expressivas corporais, faciais, movimentos, usando a voz, gestos, improvisando e atuando, interpretando diversos personagens e situações. Tudo isso desenvolvendo jogos e brincadeiras onde as crianças realizem movimentos corporais, gestuais, faciais e vocais. É durante o Ensino Fundamental que o aluno deve desenvolver um maior domínio do corpo, tornando-o expressivo, tendo um melhor desempenho na verbalização, uma melhor capacidade para responder às situações emergentes, também ter uma maior capacidade de organização e domínio de tempo. Conteúdos para serem trabalhados nos anos iniciais Reconhecimento e experimentação de leitura dos elementos da composição visual, esses conteúdos devem ser trabalhados através de imagens que representem as diversas culturas. • Elementos visuais: ponto, linha, cor primária, secundária, terceira, complementares, quente e fria. • Monocromia e policromia. • Luz: contraste, claro/escuro e sombra. • Textura: própria, produzida, condensação e rarefação. • Linha: horizontal, vertical, inclinada etc, criação de volumes planos e movimento. • Formas e composição: bidimensional e tridimensional. • Semelhanças e diferenças nas formas. • Pontos de vista: frontal, de perfil e de topo. • Distância: longe, perto, em cima, em baixo. • Simetria e assimetria. • Deformação e Estudo das formas geométricas. • Contato freqüente, leitura e discussão de textos simples, imagens e informações orais sobre artistas, suas biografias e produções. • Fotografias, ilustrações, cartazes, histórias em quadrinhos. • Outdoor (publicidade). • Obras de arte (bidimensional e tridimensional). • TV, vídeo e computação gráfica. Este é o momento mais rico para o aluno, e onde ele interpreta a imagem, fazendo uma leitura global em todos os aspectos (composição, mensagem, etc), este momento deve ser bastante explorado, levando os alunos a observarem todos os detalhes, o professor deve articular os elementos da obra com o contexto cultural do aluno. Produção artística • Elaborar e reelaborar de várias maneiras os objetos do cotidiano. • Gêneros artísticos: paisagens, natureza morta e figuras humanas. • Representar textos escritos e verbais através da expressão plástica. • Criar e reelaborar histórias e temas plasticamente. • Desenho de observação, de imaginação e de memória. • A partir da leitura de imagens visuais, reelaborar alterando a aparência, significado dos objetos, espaços e temas. • Criação e produção artística de estruturas bidimensionais e tridimensionais, a partir de temas, imagens, propaganda etc. • Experimentação, pesquisa e utilização de diversos materiais, técnicas e procedimentos artísticos. • Utilizar as variadas fontes de informação e comunicação artística presente nas diferentes culturas (museus, mostras, exposições, galerias, ateliês e oficinas). • Reconhecimento da importância das artes visuais na sociedade e na vida dos indivíduos. • Som - silêncio - ruído (poluição sonora) • Qualidades sonoras: duração, intensidade, altura e timbre. • Duração: longo, médio, agudo. • Timbre: textura dos sons naturais, orgânicos e provocados, sons culturais, de objetos. • Ritmo: orgânico (natural), cultural (Provocado); andamento (rápido, médio, lento) • Voz: timbre, altura, respiração e dicção. • Instrumentos de percussão, sons determinados e de sons indeterminados. • Instrumentos de cordas: friccionados, dedilhados e de teclado. • Instrumentos de sopro: mecânico e humano. • Instrumentos elétricos. • Música: vocal, instrumental e mista. • Gêneros musicais: popular, folclórico e erudito. Leitura Auditiva Pode ser realizada a partir de atividades que promovam a percepção, a identificação e a apreciação. • Ouvir e identificar sons de diferentes qualidades e procedências. • Ouvir e identificar sons de diferentes gêneros e formas musicais • Pesquisar auditivamente sons de diferentes qualidades • Dançando, desenhando, pintando. • Representando graficamente os sons ouvidos e produzidos • Contextualizando músicas ouvidas • Analisar músicas conforme sua utilização (festas, igrejas, etc). Produção sonora • Cantar, percutir, dançar, improvisar, declamar. • Sonorizar situações, fatos, imagens, representações gráficas. • Produzir e reproduzir sons da natureza de qualidades diferentes e diversos ritmos • Representar graficamente os sons • Cantar fazendo algum tipo de som com variados instrumentos ou objetos que produzam sons. Conteúdos a serem trabalhados no primeiro e segundo ano • Atividades centradas nos aspectos lúdicos do teatro • Jogo - Desenvolvimento da funcionalidade. Contar histórias a partir do faz de conta, improvisação, e jogos dramáticos, envolvendo sempre um trabalho coletivo. • Estruturação de jogos a partir do desempenho de tarefas que propiciem o contato com a linguagem teatral (gestos, maquiagem, expressão corporal e gestual). Estes jogos não devem buscar a estruturação de cenas teatrais, mas sim permitir que as crianças desenvolvam práticas criativas grupais, com o fim de contar histórias e investigar temas de seu interesse. • Uso do espaço (transformação do espaço cotidiano em espaço teatral) • Representação como narrativas do próprio grupo. • Utilização de objetos cotidianos na narração da história. • Utilização de expressão corporal, gestual, facial e vocal. Nesta fase é importante trabalhar a noção do corpo no espaço criando potencial de teatralidade. Conteúdos a serem trabalhados no terceiro, quarto e quinto ano • Jogo teatral (aspectos lúdicos e estruturas narrativas). • Estruturação do grupo (papel do aluno na ação conjunta) • Uso do espaço • Construção do espaço para desenvolvimento da peça, trabalhando os elementos da ação dramática (história, personagens, espaço cênico, elementos sonoros, elementos visuais). • Exploração dos movimentos corporais, gestuais, faciais e vocais a partir de jogos dramáticos. Improvisação • Jogos de improvisação nos quais aparecem regras. Busca de soluções. Estabelecimento de um foco de atenção. • Exploração da expressividade a partir de estímulos vinculados ao universo das relações sociais e afetivas do aluno. • Produção de estruturas narrativas. • Improvisações livres com o fim de elaborar estruturas dramáticas. • Improvisações sugeridas sobre textos com o fim de desenvolver personagens. A improvisação estará centrada na produção de estruturas narrativas. O aluno deverá ser motivado a criar cenas a partir de estímulos diversificados, nas que estejam vinculados ao seu universo de relações sociais e afetivas. O objetivo dessas atividades será o de propiciar ao aluno uma organização de estruturas narrativas teatral. Cada passo desenvolvido buscará as características do personagem. • Representação de histórias a partir de narrativas do próprio corpo. • Utilização de objetos do cotidiano, manipulação e animação de objetos como diversos tipos de bonecos, e utilização de sucatas, etc. • Noção do corpo no espaço criando o potencial teatral. • Contar histórias conjugando as linguagens gestuais, corporais, faciais e vocais. 5.6.3 Avaliação As práticas avaliativas devem ser contínuas e diárias dentro do processo ensino aprendizagem, nas atividades realizadas em grupo ou individualmente. Por isso no percurso do ensino de artes espera - se que os alunos se apropriem dos conhecimentos artísticos, técnicos e científicos, frente à produção da humanidade e a sua própria produção, bem como no contato com o patrimônio artístico. Os alunos devem ser avaliados a partir dos seguintes critérios: • Criar formas artísticas. Com este critério pretende-se avaliar se aluno produz formas bidimensionais e tridimensionais, desenvolvendo um percurso de criação individual ou coletivo, se ele articula a percepção, imaginação, emoções e idéias na experimentação de suportes e técnicas. • Estabelecem relações com o trabalho de arte produzido por si e pelos outras pessoas (colegas) se discriminações estéticas e artísticas. • Identificar os elementos da composição visual que se encontram em múltiplas realidades. • Reconhecer e apreciar vários trabalhos e objetos de arte por meio das próprias emoções, reflexões e conhecimentos. • Valorizar as fontes de documentação, preservação e acervo da produção artística. • Identificar e compreender os vários códigos contidos no som e na musica. • Utilizar esses códigos de forma que os mesmos possam ser usados como meios de comunicação e expressão de suas idéias, sentimentos e emoções. • Analisar e relacionar a música como produto de um determinado contexto histórico cultural. Compreender o teatro como ação coletiva, isto é o aluno sabe organizar se em grupo, se há uma interação com seus colegas, colaborando com respeito e solidariedade nas conjuntas, se há envolvimento, entre os elementos do grupo na construção do espaço cênico (cenário, figurino, maquiagem, iluminação, sonoplastia) se a criança apresentou um processo de evolução na aquisição da linguagem dramática. A partir da avaliação desses critérios é que o professor irá saber se os alunos se apropriaram dos conteúdos trabalhados nas aulas de artes.