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“Não há investimento!”
Os constrangimentos económicos vão continuar. Importa olhar para as empresas e
perceber quais as suas estratégias e expectativas. A nova Regulamentação Térmica
vai entrar em força no início do próximo ano num contexto em que as grandes
obras estão paradas. Fomos falar com algumas marcas e perceber como encaram o
momento que estamos a viver.
LG: Nuno Lourenço, Coordenação e direcção comercial
de Portugal e Espanha
“A evolução na construção seguiu as tendências de
mercado no que diz respeito à sustentabilidade e
eficiência, minimizando os custos associados aos
consumos eléctricos, tornando-se assim cada vez mais
sustentável. Com a nova Regulamentação Térmica
iremos assistir a uma nova melhoria nos conceitos
de construção ecológica, gerando mais-valias para
quem adquirir casas novas, principalmente pela considerável redução de consumos. Com estas novas
regulamentações os fornecedores de sistemas de
climatização terão certamente de seguir estas tendências, concebendo equipamentos com eficiências
muito elevadas e integradas na concepção do edifício.
Cada vez mais a concepção de projectos será mais
minuciosa e precisa, sendo as necessidades térmicas
por consequência minimizadas pelo que os custos
associados aos sistemas de climatização terão a tendência de reduzir, perspectivando-se por esse motivo
um impulsionar nas adjudicações.
Para as marcas este é um grande desafio, em que
a elevada eficiência dos equipamentos passa a ser
um dos grandes objectivos. Por outro lado, também
poderá eliminar algumas marcas ou equipamentos
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menos prestigiados que não conseguem cumprir a
nova regulamentação.
O mercado tem sofrido muito com o momento financeiro actual, mas o grande desafio e objectivo é saber
tirar o máximo partido deste momento turbulento que
estamos a viver. Tenho a certeza que as empresas
que resistirem a estes momentos, sairão fortalecidas
num futuro próximo.
Na minha opinião, penso que o maior erro é as empresas pensarem que vender com margens baixas (por
vezes sem qualquer lucro) ou com um risco elevado é
a solução para o problema. Sinceramente penso que
neste momento actual, as empresas devem minimizar
todos os riscos de negócio, sem descurar as margens
de negócio que alimentam a saúde financeira das
empresas. Por outro lado, tem de haver coerência e
credibilidade, pois não se pode vender hoje um produto
ou serviço por 50 quando antes custava 100! Acho
que este é um grande momento de aprendizagem
e sem dúvida um grande desafio para as empresas,
pois o grande objectivo é: como vencer perante a
situação actual!
No caso da LG, estamos sempre a optimizar processos
e focados em melhorar o nível de serviço e satisfação
do cliente. Continuamos a actuar no mercado nacional
de forma independente, apesar de eu ter assumido a
coordenação e direcção de Portugal e Espanha”.
Mitsubishi Electric: Vasco Correia, Director comercial
“A nova Regulamentação Térmica e o novo SCE Sistema de Certificação Energética são bem-vindos,
pois visam a melhoria da eficiência energética, o que,
aliás, vem ao encontro do nosso posicionamento nesta
matéria. Esta alteração normativa vai limitar a venda,
no nosso mercado, a produtos que alcancem níveis
mínimos de classificação energética. Isto implica que
só poderão ser comercializados equipamentos com
uma razoável eficiência energética, o que, inevitavelmente, terá consequências no mercado, afectando
sobretudo as marcas e canais de distribuição que
baseiam os seus negócios em produtos “low cost”
de fraca eficiência energética.
Pensamos que tudo o que contribua para a promoção
da eficiência energética é bom para o país e para o
sector do AVAC. No nosso caso, a aplicação desta nova
regulamentação não terá qualquer desvantagem. Pelo
contrário! Pois há muito que a Mitsubishi Electric se
vem posicionando na 1ª linha do desenvolvimento
de sistemas de climatização de elevada eficiência
energética. Logo após a publicação da directiva europeia ERP (Energy-related Products), que obriga a
adequação dos equipamentos aos novos parâmetros
de classificação energética SEER e SCOP e que vigorará já no próximo ano, a Mitsubishi Electric realizou
um notável investimento em soluções capazes de
garantirem a conformidade integral com as normas
daquela directiva. Desde então, e sobretudo durante
o corrente ano, as nossas fábricas têm vindo a intensificar a produção de equipamentos de elevada
eficiência energética, de modo a poderem assegurar,
para 2013, uma gama de produtos Mitsubishi Electric
totalmente adequada à nova legislação.
O mercado da climatização tem uma forte relação com
o mercado da construção e obras públicas. Naturalmente, na actual conjuntura de contracção daquele
mercado, o sector da climatização também é afectado.
Não é expectável que, num futuro próximo, o mercado da construção venha a recuperar a dinâmica que
marcou as últimas décadas, pelo que as empresas
do sector da climatização têm, necessariamente, que
se concentrar noutras vertentes do negócio. A probabilidade do mercado de Arrendamento vir a crescer
proximamente apresenta um potencial interessante
para o negócio da Climatização. Por um lado, é previsível que com o aumento da concorrência de casas
para alugar, os proprietários necessitem de elevar o
seu nível de qualidade para as tornar mais atractivas
e, neste caso, a oferta de Ar Condicionado contribuirá
para a sua diferenciação positiva. Por outro lado, o
Ar Condicionado também é um recurso ao alcance
dos inquilinos para melhorar o nível de conforto das
casas alugadas em que habitam.
Outro mercado cuja evolução estamos a acompanhar
e que, acreditamos, poderá vir a crescer é o da reabilitação de edifícios, quer domésticos, quer comerciais
ou de serviços. Este mercado tem um potencial enorme para o Ar Condicionado, até porque, em muitos
casos, se tratam de edifícios urbanos com instalações
antigas de ar condicionado, que obrigatoriamente,
tem que ser substituídas. Nalgumas situações essa
substituição é urgente, pois tratam-se de sistemas de
ar condicionado instalados há mais de quinze, vinte ou
até trinta anos, que, além de terem esgotado o seu
ciclo de vida, se caracterizam pelo excessivo consumo
energético e por representarem um autêntico perigo
ambiental, dado utilizarem fluidos frigorigéneos altamente poluentes”.
Systemair: Pedro Pereira, Director comercial
“Estamos convencidos de que, tal como o país, o
mercado dos equipamentos de AVAC não vai fechar,
no entanto a redução no numero de obras implicará
a continuação da redução do numero de empresas
do ramo em operação. O número de obras caiu dramaticamente, as condições de pagamento foram
agravadas, as alterações ao projecto são constantes
e arrastam a execução das obras durante meses e
mesmo anos, e tudo isto mergulha o nosso mercado
numa incerteza muito grande.
Assistimos diariamente ao encerramento de empresas
de instalação, gabinetes de projecto e fiscalização e
empresas distribuidoras. São casos que socialmente
são muito complicados, mas o caso do encerramento
de empresas instaladoras é um pouco mais dramático,
não só pelo número de funcionários que normalmente
é elevado, mas também pelos montantes avultados
de dívidas aos fornecedores que ficam por liquidar.
Este problema asfixia os fornecedores que nos últimos
anos têm funcionado como financiadores de algumas
das obras no nosso país, uma vez que fornecem
equipamento ao instalador que vai liquidar a dívida 6
e mais meses depois, quando a liquidação da dívida
dos fornecedores ao exterior se faz por norma em 30
a 60 dias. Como os fornecedores não tem capacidade
de se financiarem na banca, os fornecimentos param
e o circuito pára, sem possibilidade de ser retomado
facilmente.
Todos estes problemas com base na falta de trabalho
no mercado nacional, levam a que as empresas tentem
a sua sorte no exterior. Na nossa posição, temos uma
visão privilegiada dos mercados em que estamos
presentes, e estando também a Systemair há algum
tempo a actuar nesses mercados, vemos que menos
de metade dessas empresas têm capacidade de se
instalarem de forma duradoura nesses mercados, não
por falta de competência técnica, mas sim de capacidade financeira. Desengane-se quem pensa que se
pode ir para o exterior sem capital e cria-lo por lá. É
preciso ter capital disponível durante um período longo
de tempo para se ir operando até chegar o retorno,
e mesmo isto não é um dado adquirido.
Internamente, a recuperação do mercado depende
muito pouco dos intervenientes, estando mais ligada
a possíveis investidores que tragam obra para o mercado. Podíamos no entanto aproveitar este período
para organizar um pouco mais o mercado, criando
modelos de operação mais adequados à nossa realidade. Devemos aproveitar para reorganizar o mercado
e sobretudo as mentalidades de quem trabalha nesta
área, pois nada vai voltar a ser o que era, e quem
estiver mais preparado vai ter vantagem quando o
mercado retomar.
Caupel: Carlos Pedrosa , Director-geral
Para que uma RT e um SCE ajudem os portugueses,
e entre eles a nossa área de negócio, há que fazer
regulamentos de acordo com a situação económica
do país, não esquecendo os custos de investimento
pois os nossos salários, pelo menos da grande maioria
dos portugueses, não dão sequer para comprar um
sistema solar... Só impondo regras que levem a custos
mínimos de investimento e às maiores poupanças
energéticas possíveis, mesmo que estas não sejam
as que as Directivas impõem, é que a nossa área de
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Válvulas + Sistemas Premium
negócio frutificará devidamente pois assim ainda se
irá melhorando algumas situações, havendo trabalho
para as empresas, graças aos muitos pequenos investimentos que muitas pessoas poderão fazer. Não
será a situação óptima mas será que estamos em
condições de pensar mesmo numa situação boa? Relativamente ao mercado ele está péssimo pois a
construção civil parou. Quer a nova, quer a de reabilitação não existe. Os salários da grande maioria das
pessoas diminuíram. Não há investimento. Mais, com
a RT e o SCE existentes os custos de investimento na
nossa área aumentaram consideravelmente o que
ainda reduz mais o mercado. Espero que haja o bom
senso de fazer regras que se apliquem à realidade do
nosso País pois se tal não acontecer vamos ter mais
“elefantes brancos”. Que fazer? Quem puder deve
internacionalizar-se, pois caímos num poço muito
fundo e vão demorar muitos anos até que saiamos
dele. No entanto tal vai levar à emigração de muitos Portugueses, o que já está a acontecer, podendo
muitos deles não voltar com as respectivas nefastas
consequências”.
Daikin: Jorge Carvalho, Consulting Sales Manager
“De uma maneira geral, espera-se que a nova RT
venha promover uma maior qualidade térmica das
novas construções e das reabilitações, bem como
evitar o desperdício energético. Espera-se também
que esta regulamentação não substitua a necessidade
de se continuarem a fazer projectos de execução.
Contamos que a importância dos sistemas INVERTER
seja relevante e que as suas classificações energéticas
sejam de igual modo factores de preferência como
também as eficiências sazonais cada vez mais importantes. Se os factores atrás referidos forem levados
em linha de conta será uma grande ajuda para as
empresas que apostam nestes desenvolvimentos.
O mercado doméstico no próximo ano não é expectável subir, antes pelo contrário espera-se uma descida. Nos serviços igualmente espera-se uma descida,
tentaremos equilibrar as nossas vendas no sector
Industrial. O “phase-out” do R-22 que se aproxima
poderá ser um factor de ajuda, bem como o mercado
da reabilitação”.
Lennox: Rui Pedro Torres,Business Development
& Consultants Manager
“Penso que a nova regulamentação, na continuidade
evolutiva da actual, terá como um dos seus objectivos
o ‘asset rating’ de todos os edifícios tendo em vista
a sua classificação energética e de QAI.
O equipamento de climatização é um dos utilizadores de energia e participante na garantia da QAI nos
edifícios, pelo que penso que fará sentido que este
‘asset rating’ seja suportado por valores que garantam
a fiabilidade da classificação do edifício.
Sendo o desempenho dos equipamentos (ao nível da energia produzida ou transferida) a fonte de
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comparação, esperamos que seja vertida na nova
regulamentação a obrigatoriedade de que os equipamentos, para serem instalados nos edifícios, apresentem certificações independentes externas que
garantam as eficiências e performances declaradas
pelos fabricantes segundo normas europeias em vigor
(certificação EUROVENT). Tal situação permitirá a real
equidade comparativa e declarativa das performances
de equipamentos ou soluções. Adicionalmente, defenderá não só o utilizador/cliente final mas também
o propósito desta regulamentação.
Em sintonia com as disposições normativas, directivas
e tendências mundiais que seguramente encontraremos na nova regulamentação, penso ainda ser
pertinente referir que a LENNOX tem vindo a aumentar
a eficiência energética e sustentabilidade dos seus
equipamentos nos últimos anos. Como exemplo quero referir a inclusão do sistema eDriveTM na maioria
dos equipamentos tendo em vista a redução dos
consumos de energia de ventilação ou bombagem,
podendo atingir diminuições da ordem dos 70%, ou
a última renovação da gama de Rooftops que introduziu sistemas de compressão, ventilação e controlo
perfeitamente inovadores tendo em vista não só a
obtenção da classe A de eficiência energética que
actualmente ostenta e a melhoria da QAI dos edifícios,
mas também para garantir que a “dinâmica do edifício”
seja acompanhada com estratégias de controlo que
promovam esta eficiência energética”.
EFCIS: Alexandre Pereira, Director comercial
“A situação no mercado nacional é de facto muito
complicada, no entanto a internacionalização já é algo
que faz parte da nossa estratégia desde sempre e
nesta altura mais do que nunca! Se até aqui estivemos
com maior concentração da nossa actividade comercial
nos PALOP, neste momento estamos a apontar para
encontrar dentro da nossa linha de produtos, quais os
que poderão ser trabalhados a nível europeu.
A diversificação fará sempre parte da nossa estratégia,
mas a diferenciação dos produtos é neste momento
o ponto-chave, para garantirmos a sobrevivência.
Trabalhamos com marcas de referência e todas elas
passarão a ser tratadas de forma específica”.
Emmeti: Pedro Azevedo, Director-geral da Retafi
“Ouvimos algumas opiniões diariamente sobre o aumento de impostos, que promove a economia paralela.
Eu temo que o excesso de regulamentação nesta área
vá dar mais uma vez origem ao não cumprimento por
parte da maioria dos projectos. Vão existir incompatibilidades técnicas dos próprios equipamentos importados
dos mercados europeus e asiáticos e como o nosso
mercado não tem dimensão para implementar uma
regra ou uma alteração de fabrico num equipamento
produzido na Europa ou Ásia, as marcas irão desistir
do mercado de Portugal se forem confrontados com
regulamentações e normas rígidas”. 
Sistemas solares térmicos eficientes com grande design
para aquecimento de água potável e aquecimento geral
Prémios para o colector de tubos de vácuo:
Boa construção (ergonomia) –“Deutscher Designer Club“
Nomeado para o melhor design da Alemanha
Exemplo: Instalação solar térmica numa casa familiar
Colector solar plano “OKF”
Colector tubos de vácuo “OKP”
Grupo solar
“Regusol X-Duo” com permutador de calor
Grupo solar
“Regusol EL-130” com controlador
Controlador para solar térmico
“Regtronic PM“
Dispositivo de enchimento e limpeza
“Regusol”
Estações de água potável (para
aquecimento da água potável)
A Oventrop disponibiliza sistemas solares
térmicos para aquecimento de água potável
e aquecimento geral (incluindo piso e parede
radiante).
Vantagens:
- utilização dos melhores materiais (tudo
fabricado na Alemanha)
- todas as válvulas provenientes de um só
fornecedor (Oventrop)
- possibilidade de fornecer o sistema completo
- Instalação muito rápida
- Grupo de válvulas com isolamento
Mais informações co ntactar:
Alemanha:
OVENTROP GmbH & Co. KG
Paul-Oventrop-Straße 1 D-59939 Olsberg
Telefone: +49 (0) 29 62 82-0 · Fax 82-400
Internet www.oventrop.de
Portugal:
Pedro Lopes (Representante)
Telefone: +351 91 772 09 86
E-Mail: [email protected]
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