FUNDADO EM 1868
DIRETOR: Rui Alas Pereira
ISSN: 0873-170 X
Acasos de vida
13-1-2014,
Associação de inquilinos e
empresários preocupados
Agenda
Aplicação dos
novos prazos
legais dos
contratos das
rendas
Cultura e espectáculos
Desporto
Economia
Educação
Empresas
Especial
As associações de inquilinos e
empresários manifestaram, na
comissão de monitorização da
reforma do arredamento
urbano, preocupações com a
aplicação dos novos prazos
legais dos contratos das
rendas.
Geral
Grande plano
Internacional
Local Lisboa
Local Porto
Motor
A Associação dos Inquilinos do Norte de Portugal (AINP) comentou que a possibilidade de o senhorio
unilateralmente fazer o contrato cessar no final de sete anos (cinco anos do período transitório e dois anos de
prazo certo de vigência do contrato), “pode não conferir ao arrendatário a garantia de recuperação do
investimento realizado no edificado”.
A Associação dos Inquilinos Lisbonenses (AIL), por seu turno, alertou para o encerramento de empresas,
como estabelecimentos de comércio de proximidade/tradicional, “designadamente na restauração e nos
serviços, em consequência do aumento das rendas para valores que as atividades não conseguem
acomodar”.
A AIL acrescentou, como consequências deste cenário, a redução da cobrança de impostos, aumento do
desemprego e dos espaços devolutos e menor segurança nas ruas.
Com dados referente até 15 de novembro, a Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) indicou celebrar,
em média, seis novos contratos de arrendamento não habitacional por mês e informou que “grande parte” dos
seus 10 mil associados tem lojas sujeitas ao regime de rendas antigas.
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Nas estatísticas da ALP, o valor médio de renda atualizada é de 400 euros mensais. Nos novos contratos de
arrendamento não habitacionais os valores médios de renda são 600 euros.
A ALP indicou, ainda, que as situações de despejo por obras profundas devem ser em “pequeno número” e
que não acompanhou qualquer processo deste tipo.
A Associação Nacional de Proprietários (ANP) informou que, no Porto, a renda média atualizada em função do
Valor Patrimonial Tributário (VPT) é de cerca de 340 euros, “raras vezes atingindo os 500 euros”. Em Lisboa,
esse valor, em média, está fixado nos 425 euros.
A Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) apresentou dados
que mostram que o “valor médio de renda pedido em Portugal decresceu” em escritórios e lojas.
A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) registou que os aumentos propostos nos valores
das rendas rondarão os 150 a 200%, havendo situações de 900%, embora envolvendo casos em que o ponto
de partida inicial seja muito baixo.
A Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) informou que a reforma tem tido
um “impacto negativo” nas atividades do alojamento, restauração e bebidas e lembrou que as características
mais marcantes nestes setores são a “estabilidade e a inamovibilidade”.
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Aplicação dos novos prazos legais dos contratos das rendas