ARQUITETURA MODERNA
1914-1918
Primeira Guerra Mundial
Império Austro-hungaro invade a Sérvia
Império Alemão invade a Bélgica
Imperialismo + controle das rotas marítimas
1919
Resultados da Primeira Guerra Mundial
O Pós-guerra
•Aceleração industrial
•Crescimento da população urbana
•Classe operária adquire peso político (principalmente na Rússia)
•Problema urbanístico tratado com maior objetividade (combate à
especulação imobiliária)
MODIFICAÇÃO RADICAL DA FIGURA DO ARQUITETO
•Antes de ser um construtor, deve ser um URBANISTA, projetar o
espaço urbano
•A luta pela arquitetura moderna foi uma luta política:
progressistas (modernos) x reacionários (fascismo, nazismo)
PRINCÍPIOS GERAIS DA
ARQUITETURA MODERNA:
Prioridade do planejamento urbano
sobre o projeto arquitetônico
Economia máxima na utilização do
solo e na construção
Ludwig Mies van
der Rohe:
Cadeira
“Barcelona” (1929)
Busca da resolução definitiva do
problema da moradia
Rigorosa racionalidade das formas
arquitetônicas (extrema objetividade)
Josef Knau (escola do metal da Bauhaus)
Recurso à padronização, à préfabricação em série de objetos
relativos à vida cotidiana (desenho
industrial)
Concepção da arquitetura e da
produção industrial com caráter
“educacional”
Le Corbusier: Cité Radieuse
(1946)
Marcel Breuer: Poltrona “Wassili” (1926)
DIVERSAS ORIENTAÇÕES, DE ACORDO COM SITUAÇÕES OBJETIVAS, SOCIAIS E CULTURAIS:
1) RACIONALISMO METODOLÓGICO DIDÁTICO:
ALEMANHA (Walter Gropius – Mies Van der Rohe)
03) RACIONALISMO FORMAL:
FRANÇA (Le Corbusier)
02) RACIONALISMO com base no
ESTILO: HOLANDA (Gerrit Rietveld)
04) RACIONALISMO ORGÂNICO: EUA
(Frank Lloyd Wright)
05) RACIONALISMO EMPÍRICO:
ESCANDINÁVIA (Alvar Aalto)
Henry Van de Velde:
Teatro - Exposição Werkbund, 1914
ALEMANHA
•Conflitos de classe: grandes
capitalistas e militares culpam
o derrotismo da classe operária
pela derrota e defendem o
rearmamento e o
fortalecimento do Estado para
desencadear uma nova guerra,
como revanche
Walter Gropius:
Fábrica - Exposição Werkbund, 1914
•Classe intelectual: movimento
oposto, propondo a renovação
cultural alemã em busca de um
renascimento ideal
•Deutscher Werkbund
•Expressionismo
•BAUHAUS (Gropius)
Configuração atual
(após a Segunda
Guerra Mundial)
EUA
Arquitetura orgânica
França
Racionalismo estrutural
Bélgica - Holanda
Art Nouveau
ART
DECÓ
(Objetivo de
renovação
estética)
Inglaterra
Arts and Crafts
Alemanha
Expressionismo
Deutscher Werkbund
Áustria
Secessão
Cubismo, Construtivismo, Futurismo
BAUHAUS
(objetivo de
transformação
estrutural)
ART DECÓ
Movimento derivado dos conceitos estéticos
desenvolvidos desde o final do século XIX
(art nouveau e expressionismo alemão),
sem o desprendimento das propostas dos
modernos.
Conhecido contraditoriamente como “estilo
moderno”, sua intenção é exclusivamente
decorativa.
Van Alen. Chrysler Buliding. Nova York (1930)
Marlin Hotel. Florida (1939)
WALTER GROPIUS
A BAUHAUS
•Fundada sobre o princípio da
colaboração, da pesquisa conjunta
entre mestres e alunos
•Bauhaus = casa da construção
•Por que uma escola democrática é
uma escola da construção?
•Defensor de um PROGRAMA,
de uma IDÉIA, de um
MÉTODO
•Funda uma ESCOLA com
base em seu posicionamento
político: a SOCIALDEMOCRACIA
•Não acredita na
universalidade da arte mas no
ENSINO sistemático de novos
programas
Porque a forma de uma sociedade é
a cidade e, ao construir a cidade, a
sociedade constrói a si mesma
URBANISMO: o fundamento do
estudo democrático
BAUHAUS
Programa fundamental (1919)
Com a direção de Walter Gropius:
•Formação de uma nova “guilda” de artesãos
•Contra as distinções de classe
•Quebra das barreiras entre o artesão e o artista
•Busca da “obra de arte total”, ou gesamtkunstwerk
(integração entre arquitetura, pintura e escultura)
•Reformulação no ensino das artes na Alemanha (belas
artes x artes aplicadas)
Resultado:
•Formação de uma instituição mista (Academia de Arte e
Escola de Artes e Ofícios) com a supremacia da
arquitetura
•Proposta de encontrar uma forma única e simples, um
TIPO para todas as necessidades da vida do homem
comum
•Postura positivista em relação à indústria, baseando o
trabalho do design na produção em série e em contato
com todo o processo de produção
Xilogravura de Feininger para a proclamação
da Bauhaus em 1919: A Catedral do futuro
•Banimento o estudo da história da arquitetura (após 1933)
BAUHAUS
“A libertação do ser humano do sistema de classes através de
um ambiente tecnológico”
Fundamentos do “estilo” que irá
dominar a arquitetura mundial (o
Estilo Internacional)
A contribuição definitiva para a
arquitetura moderna
Inicialmente, o modernismo da
Bauhaus foi um MÉTODO, não
um estilo
Iniciativa pioneira da planta livre,
da janela em fita (fachada livre)
Utilização do concreto, aço e
vidro
Abolição total do ornamento e
do volume, em função da forma
pura e da fluidez espacial
A exaltação do ângulo reto
Walter Gropius. Edifícios da Bauhaus em Dessau (1926)
Walter Gropius:
Bauhaus em Dessau (1926)
•Influências do De Stijl e do Sachlich (novo
objetivismo)
•Composição formalista de elementos
assimétricos
•Forma centrífuga (“cata-vento”)
•A concepção que “invade” o tecido urbano
com um corpo translúcido é a proposta de
harmonização do individual com o coletivo
•Abolição do volume para destacar o
ESPAÇO
“É o dinamismo da função que determina não só
a forma, mas também a tipologia dos edifícios”
Walter Gropius: “O Teatro total” (1926)
•A arquitetura corresponde à função das ações
cênicas (música, peça, cinema, ópera etc) e onde
o público não é o espectador, mas
PARTICIPANTE do espetáculo
•A sociedade democrática não tem classes, tem
apenas funções
GERRIT RIETVELD
Neoplasticismo ou De Stijl:
•Movimento de vanguarda fundado por
Theo Van Doesburg
•Derivada de um juízo negativo sobre a
história (consequência da guerra)
•De Stijl é uma revolução no interior de
uma cultura moderna a fim de imunizá-la
contra os “perigos” de qualquer
corrupção ou impureza possível
Gerrit Rietveld. “Cadeira Red and Blue” (1917)
Gerrit Rietveld. “Cadeira do bebê”
(1918)
Theo Van Doesburg. “Contraponto V”
(1924)
•Atividade artística condicionada à
imunidade histórica
Piet Mondrian. “Composição A” (1920)
CÍRCULO CROMÁTICO – cor pigmento
Cores complementares: são cores “opostas” umas às outras.
Quando misturadas, produzem o preto ou cinza
Cor primária: não pode ser decomposta de outras cores
(vermelho, azual e amarelo). Quando é misturada a outra cor
primária, produz a cor secundária (verde, laranja e violeta).
Cor terciária: mistura da cor secundária com outra cor primária
A técnica deve-se reduzir ao mínimo
necessário para manifestar a forma essencial,
intrínseca ao ser humano: a forma pura,
geométrica
A arte é apenas um instrumento. O importante
é REALIZAR A EXPERIÊNCIA ESTÉTICA, a
ação com que a consciência se torna forma
A forma geométrica e as cores não são
símbolos, mas os próprios “materiais” de
construção
Theo Van Doesburg: Projeto para uma casa particular (1920)
Rietveld é o arquiteto mais fiel às premissas teóricas e ao
rigorismo formal do movimento neoplasticista
Princípio: nenhuma forma existe em si, a priori: obtèm-se a forma
com a ação do construir, juntar, compor
Casa Schröder: utilização de elementos pré-fabricados para
compor uma CONSTRUÇÃO ELEMENTAR, “FEITA” pelos
moradores
1) Estendem-se planos suspensos para deter o volume do corpo
principal; 2) Indica-se com uma haste vertical a aresta de um
volume “vazio”; 3) Contrapõe-se aos planos frontais, os planos
horizontais.
Gerrit Rietveld
Casa Schröder (1924)
Plantas planas e regulares
Assimetria do conjunto
As cores “puras” (primárias)
correspondem à pureza
abstrata do espaço
Abordagem “filosófica” do
ângulo reto
“Anti-cúbica em sua forma,
anti-decorativa em suas cores”
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