UTILIZAÇÃO DE ÁCIDO GLICÓLICO E MANDÉLICO NO COMBATE AO ENVELHECIMENTO CUTÂNEO Franciele Caroline de Oliveira∗ Mylena Cristina Dornellas da Costa∗∗ RESUMO: O organismo ao longo do tempo esta sujeito ao envelhecimento cutâneo por diversos fatores, tanto intrínsecos,quanto extrínseco. Com o aumento da expectativa de vida, cada vez mais procura-se tratamentos que auxiliem a regeneração da pele, como os ácidos glicólico e mandélico, que são amplamente utilizados na estética e na cosmética para obtenção de inúmeros benefícios no tecido cutâneo envelhecido. PALAVRAS-CHAVE: envelhecimento, acido glicólico, acido mandélico,estética e cosmética. INTRODUÇÃO O presente projeto de pesquisa tem como objetivo orientar sobre a importância da utilização, ou seja ,dos benefícios dos ácidos: glicólico e mandélico no combate ao envelhecimento cutâneo, haja vista que muitas pessoas hoje em dia buscam tratamentos estéticos e cosméticos, para eliminar ou ao menos amenizar, linhas de expressão, rugas, manchas senis, flacidez de pele, pele desvitalizada, entre outras queixas, onde a utilização destes dois ácidos ao longo da história tem sido bastante difundida, principalmente na composição de cosméticos. DESENVOLVIMENTO Segundo GOBBO (2010), desde o nascimento a pele está sujeita ao processo biológico de fenômenos fisiológicos do envelhecimento, onde o mesmo pode ser classificado entre extrínseco e intrínseco, sendo respectivamente causada por fatores ambientais, radiação UV, fumo, entre outros fatores e sendo classificados como envelhecimento intrínseco, todos ∗ Acadêmica do 3° ano do Curso Superior Tecnólogo de E stética e Cosmética- Centro Universitário Filadélfia ∗∗ Docente da Disciplina de Cosmetologia Aplicada a Estética do Curso Superior Tecnólogo em Estética e Cosmética– Centro Universitário Filadélfia 1 os fatores cronológicos, ou seja, de degradação ao longo do tempo dos componentes do organismo. Com o aumento da expectativa de vida, o interesse pelo retardo do envelhecimento tem aumentado, principalmente quando se trata de cuidados estéticos, ainda mais com a moderna tecnologia e com todos os recursos para maximizar os resultados dos tratamentos. (SOUZA; JUNIOR ,2008). O objetivo dos profissionais da estética e cosmética é a melhoria das condições da pele e a prevenção de danos nela induzidos, por todas as situações que aceleram os processos de envelhecimento, com base nisso, são empregados os usos de antioxidantes, retinoides, e alfa- hidroxiácidos (HARRIS, 2003). Onde dentro deste contexto, os alfa-hidroxiacidos, correspondem a um peeling, que promove a renovação da epiderme, provocando leve descamação, discreta ardência e vermelhidão, agindo na retirada de manchas superficiais, da aspereza, auxiliam as peles cansadas e maltratadas, rugosidades finas entre outros, provenientes do envelhecimento cutâneo. (PIMENTEL, 2008). Dos ácidos utilizados em cosméticos, o de maior uso é o acido glicólico. (NARDIN; GUTERRES, 2012). O ácido glicólico é derivado da cana de açúcar, altamente solúvel em água, dos ácidos é o que tem o menor peso molecular, no qual há apenas dois átomos de carbono (PIMENTEL, 2008). O peeling de acido glicólico, age no envelhecimento, promovendo melhoras em relação ao tratamento de rugas superficiais,médias e profundas,manchas senis, flacidez de pele, pele seca, entre outras. O acido glicólico age na atenuação das rugas, por aumentar a síntese de glicosaminoglicanas, que tem capacidade de fixar a molécula de H2O nos tecidos, aumentando assim o turgor da pele, melhorando o aspecto das rugas superficiais e médias, entre outras substancias intercelulares da derme que aumentam sua síntese, estimulando por exemplo os fibroblastos a produzir colágeno e elastina. (MENE; ANDREONI;MORAES;MENDONÇA, 2012). O acido glicólico alem de estimular a produção de colágeno, reduz a produção de melanina, sendo úteis no combate as hiperpigmentações. (DEPREZ, 2007). O peeling de acido glicólico em longo prazo demonstra melhora gradual na qualidade e no tônus da pele, se tornando mais macia e uniforme; por se tratar de um peeling 2 não toxico ao melanócito, pode ser utilizado em peles escuras e em todas as estações, lembrando-se de utilizar sempre o filtro solar. (DEPREZ, 2007). Em contrapartida ao acido glicólico, o acido mandélico é considerado o AHA de maior peso molecular, com absorção lenta da pele , favorecendo um efeito uniforme, indicado principalmente a peles sensíveis, é obtido do extrato de amêndoas amargas, bastante utilizado para combater hiperpigmentações, alem de ser utilizado como peeling, o acido mandélico é bastante utilizado em cremes rejuvenescedores com combinações de vit. A, C e E, para o tratamento de rugas finas, linhas de expressão, melhora da textura da pele e para clarear manchas (agindo na inibição da síntese de melanina, bem como na melanina já depositada); inclusive vantajoso para o rejuvenescimento de peles mais morenas. (PIMENTEL, 2008). A aplicação de ácidos tem seus resultados variáveis em relação a penetração na pele e seus resultados, dependendo de sua concentração na formulação, quantidade de acido aplicado, numero de aplicações, sensibilidade da pele, entre outros. (RIBEIRO,2010) CONCLUSÃO Este projeto de pesquisa encontra-se em andamento, porém, até o presente momento conclui-se que os benefícios da utilização do ácido glicólico e do ácido mandélico no combate ao envelhecimento cutâneo, são bastante favoráveis, sendo uma ferramenta útil da estética, visando o bem estar e satisfação do nosso paciente. Lembrando sempre que para um bom resultado de qualquer procedimento, depende do profissional e especialmente do paciente, tendo todos os cuidados diários que a pele necessita,como por exemplo o uso e reaplicação ao longo do dia do filtro solar. REFERÊNCIAS DEPREZ, P.; Peeling Quimico- Superficial,médio e profundo; Rio de Janeiro, Ed. Revinter Ltda , 2009. GOBBO, Priscila Dal. Estética Facial Essencial: Orientações para o profissional de estética. São Paulo. Editora Atheneu, 2010. 3 HARRIS, Maria Inês Nogueira de Camargo. Pele: Estrutura, Propriedades e Envelhecimento. 3° Edição. São Paulo. Editora Senac São Paulo, 2009. MENE; ANDREONI;MORAES;MENDONÇA; Peelings químicos combinados. Disponível em: <http://www.owl-ind.com.br/pdf%20files/peelingscombinados.pdf>. Acessado em: 05 de junho 2012. NARDIN,P; GUTERRES,S.S.; Alfa-hidroxiacidos-Aplicações cosméticas e dermatológicas;caderno de Farmácia,v.15, n°1,pg 7 a 14,Porto Alegre, 1999. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/19373/000296082.pdf?sequence=1>. Acessado em: 04 de junho de 2012. PIMENTEL, A. S.; Peeling, mascara e acne; São Paulo: ed. Livraria Medica, 2008. RIBEIRO, C. J.; Cosmetologia Aplicada a Dermoestética; 2. ed., São Paulo: Ed. Pharmabooks, 2010. SOUZA, Valéria Maria de; JUNIOR, Daniel Antunes. Ativos Dermatológicos: Guias de Ativos Dermatológicos Utilizados na Farmácia de Manipulação para Médicos e Farmacêuticos. v. 5, São Paulo: Pharmabooks Editora, 2008. 4