Centro Histórico de Pesquisa Paroquial
01
Santuário
A construção do Santuário
de São Francisco das Chagas
Terminada em 1796, em linhas
gerais, a construção do Santuário de
São Francisco das Chagas, os
canindeenses requereram a
fundação de um convento
franciscano ao lado do novo templo,
alegando o sofrimento e a
descontinuidade da assistência
religiosa dos missionários
franciscanos de Pernambuco.
Devido à supressão das Ordens Religiosas pelo governo colonial,
Canindé recebeu em 1798 um capelão terciário franciscano
chamado Padre João José Vieira que assumiu até 1812, quando da
sua morte, também a administração do patrimônio do Santo.
Súplica dos habitantes da povoação de
Canindé à CRIAÇÃO DA PARÓQUIA
Em 1800 foi feito um requerimento dos moradores pedindo a criação da
Paróquia de São Francisco, que porém se perdeu. Em 1801 os principais
fazendeiros e moradores encaminharam a “Súplica dos habitantes da
povoação de Canindé” expondo a triste situação religiosa dos sertanejos e
lamentando a pouca assistência do Vigário de São José de Ribamar.
O Vigário de São José de Ribamar Padre Cláudio Álvares da Costa,
consultado a respeito tentou desfazer os motivos alegados; porém o parecer
escrito pelo Visitador Eclesiástico Padre José Pereira de Castro, dirigido ao
governador da Diocese de Olinda, apoiou às queixas apresentadas pelos
canindeenses. O governador porém não atendeu ao requerimento alegando
a brevidade da posse do novo Bispo de Olinda.
Em 1816 os canindeenses tornaram a requerer ao governo a criação da
freguesia solicitada desde 1801, apoiados pelo Capitão-Mor Antonio José
Moreira Gomes e pelo Governador do Ceará Manoel Ignácio de Sampaio e
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02
.especialmente pelo Capelão
Padre Francisco de Paula Barros,
que foi incumbido pela população
de defender-lhes os interesses na
Corte do Rio de Janeiro.
O ex-Capelão partiu em julho
de 1816, de Canindé para Olinda e
em agosto para o Rio de Janeiro,
onde não só encaminhou o
processo de fundação da freguesia de São Francisco, mas também prestou
o costumeiro concurso para sua colação como Vigário.
O resultado não se fez esperar, pois em 1º de agosto de 1817 foi obtida
a confirmação de Dom Frei Antonio de São José Bastos, Bispo de Olinda, e
em 30 de outubro de 1817 foi assinado por Dom João VI o Alvará Régio
desmembrando da freguesia de São José de Ribamar e elevando à
categoria de Matriz o Santuário de São Francisco das Chagas.
As comunidades da nova Paróquia
A nova paróquia compreendia as ribeiras do Canindé, Curu e Cachitoré, dando-lhes por extremas a Barra do Cachitoré, a Serra de
Baturité e a freguesia de Quixeramobim.
O primeiro vigário
O primeiro Vigário Padre Francisco de Paula Barros, tomou posse da
Paróquia de São Francisco aos 11 de outubro de 1818, ficando, com
algumas interrupções, até 7 de fevereiro de 1834, quando foi eleito
Deputado Geral.
A partir de 1834 até 1898 a Paróquia esteve sob a administração de
sucessivos padres diocesanos, que também eram encarregados da
inspetoria do ensino primário.
Administração: Capuchinhos
Em 23 de setembro de 1898 Dom Joaquim José Vieira, segundo Bispo
do Ceará, entregou a Paróquia aos frades Missionários Capuchinhos da
Província Lombarda de Milão-Itália, que desempenharam abnegado
pastoreio ou como classificou o jornalista Augusto Rocha “foi providencial a
administração dos Missionários Capuchinhos que podemos igualmente,
com inteira justiça considerar o período de ouro da Igreja de São Francisco
de Canindé”, permanecendo até 1923.
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Administração: dos frades Menores
A convite de Dom Manoel da Silva Gomes, terceiro Bispo do Ceará, a
Paróquia de Canindé foi entregue aos 26 de março de 1923 aos Frades
Menores Franciscanos da Província Santo Antonio do Brasil. Até os nossos
dias, já são mais de 80 anos de evangelização na realidade do sertão e no
acolhimento aos romeiros nordestinos que acorrem a Canindé.
Saiba mais...
Súplica dos habitantes
da povoação de Canindé (1796)
Senhores do nobre Senado da Câmara da Vila de Fortaleza de N.Sra. da
Assunção.
Suplicamos a V.Mces. os moradores desta Ribeira do Canindé, abaixo
assinados, queiram V.Mces. por bem do serviço de Deus e de Sua Maje.Fma.,
representar à mesma Senhora a necessidade e miséria em que vivemos na
longitude destes sertões, cinqüenta léguas, que tanto dista esta Ribeira desta Vila,
sem ouvirmos missa, senão de ano em ano, quando vem o Pároco à desobriga
quaresmal, vivendo e morrendo como se fôramos hereges e a maior parte dos que
enfermam sem os sacramentos da confissão e da hora da morte e igualmente muitos
dos nossos filhos sem o batismo e porque nesta capitania e principalmente nesta
freguesia são poucos os sacerdotes seculares e os que há são ocupados nas suas
paróquias e toda esta capitania sem utilidade alguma está dando esmola às religiões
de Pernambuco, rogamos a V.Mces. queiram propor esta súplica a Sua Maje.Fma. e
impetrar da mesma soberana Senhora o socorro para nossas necessidades para
que seja servida conceder para esta nossa freguesia uma casa religiosa que
dispersos pela Ribeira deste continente exercitem todos os ofícios de que tanto
carecemos para o bem das nossas almas, os quais bem se podem manter e sem o
menor incômodo das nossas esmolas, e porque temos levantado à nossa custa uma
boa igreja distante da matriz do forte cinqüenta léguas com a invocação de São
Francisco das Chagas para nela sermos enterrados, o que de antes era no campo;
nenhuma outra religião nos poderá suavizar e acompanhar nos nossos trabalhos do
que a do mesmo patriarca; e quando não possa ser, ao menos queremos um pároco
para nos administrar os sacramentos e como temos certeza por felicidade nossa,
vinda da mão da divina Onipotência, de que a mesma Senhora como tão pia e tão
católica e protetora da Igreja e dos seus vassalos, há de remediar as nossas aflições
e as nossas angústias a V.Mces. recorremos para que da nossa parte sejam
servidos por na mesma augusta e real presença a nossa mesma necessidade do
que rogam mercê.
Fonte: WILLEKE, Frei Venâncio, OFM
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Santuário
Presença Franciscana
Sobre a presença franciscana e a
assistência religiosa prestada aos
moradores desta zona, informam os livros
paroquiais, principalmente os livros de
batizados de São José de Ribamar, que
figuraram como sacerdotes os Franciscanos
Menores do Convento de Recife Frei Manoel
de Santa Maria e São Paulo, OFM (1758),
Frei Bartolomeu dos Remédios, OFM
(1758), e de 1781 a 1800 Frei José de Santa
Clara Monte Falco, OFM.
Missionários Desobrigantes nos sertões de Canindé
Esses religiosos conhecidos como esmoleres franciscanos,
munidos do privilégio de usar altar portátil, onde não houvesse capela nem
igreja vizinha, como era o caso em toda região de Canindé e autorizados
pelo Vigário de São José de Ribamar desobrigavam os fiéis e celebravam a
santa missa nas próprias casas de vivenda, como aconteceu em 1759 na
Fazenda Campos, residência de Antonio dos Santos, e na Fazenda Longá,
de Julião Coelho da Silva.
Convento dos Frades, visto da Casa Paroquial
Outros registros dão conta da presença franciscana nas desobrigas
e santas missões, como em 1799 com Frei Vital da Penha, OFMcap, que
levantou o primeiro cruzeiro em frente a Basílica de São Francisco e Frei
Cassiano de Comachio, OFMcap, em 1888.
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Capuchinhos
Por convite do Reverendíssimo
Dom Joaquim José Vieira, segundo
Bispo do Ceará, a Missão dos Frades
Capuchinhos do Norte do Brasil
aceitou assumir uma residência no
Santuário de São Francisco das
Chagas em Canindé. O Geral da
Ordem era Frei Bernardo Andermatt,
Frei Paulino de Verdello era Provincial
de São Carlos em Lombardia e o
Superior Regular da missão era Frei
Rinaldi de Paullo.
Frades Capuchinhos
A comunidade para a nova
residência chegou em
Canindé no dia 23 de
setembro de 1898 e era
composta pelos religiosos:
Frei David de Dezenzano,
presidente, Frei Mathias de
Ponterânica, estudante de
teologia, Frei Daniel de
Samarate, clérigo estudante,
Frei Cyrilo de Bérgamo,
Canindé visto da Torre da Matriz, ao fundo Convento dos Frades
clérigo estudante, Frei Abel
de Brignano, clérigo estudante, Frei Agostinho de Carpignano, clérigo
estudante, Frei Serafim de Pisogne, leigo e Frei João Maria de Malegno,
clérigo estudante.
Os religiosos foram encontrados pelo povo de Canindé tendo à
frente o Vigário da Freguesia Padre Manoel Cordeiro da Cruz, que deu
entusiásticos vivas, repetidos pelo povo. Seguiram para a residência do
Capelão Padre Luiz de Sousa Leitão, que os recebeu amistosamente e
caridosamente lhes serviu um gostosíssimo jantar. Em seguida dirigiramse para a Casa da Caridade, nova residência missionária, que daí em
diante passou a chamar-se Casa de São Francisco.
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Irmãs Missionárias
Capuchinhas
Após o massacre de Alto Alegre (São José da Providencia) em Barra
do Corda-MA em que foram mártires cinco irmãs capuchinhas de
Gênova, Frei Reinaldo de Paullo, Superior Regular, outros dois
sacerdotes e um casal de terceiros franciscanos, o novo superior Frei
João Pedro de Sexto São João teve a inspiração de buscar uma resposta
nordestina fundando a Congregação das Irmãs Missionárias
Capuchinhas em 18 de dezembro de 1904 com cinco moças terceiras
franciscanas de Canindé: Ana Macambira (Irmã Clara de Canindé), Maria
Cordeiro Barbosa (Irmã Inês de Santa Quitéria), Maria de Magalhães
Barbosa (Irmã Isabel de Canindé), Cecília Rodrigues Pimenta (Irmã
Verônica de Canindé) e Maria de Nazaré Santos Lessa (Irmã Madalena
de Canindé).
Após a fundação ocorrida
no Convento de Belém, as
fundadoras se instalaram na
Colônia do Prata e no ano de
1913 fincaram suas raízes em
Canindé, assumindo a direção
do Orfanato Santa Clara.
Aos 27 de fevereiro de
1913 chegaram em Canindé as
religiosas Irmã Águeda de São
José, Irmã Margarida Martins e a
Madre Escolástica de
Redenção.
Irmãs Missionárias Capuchinhas
Despedidas dos Capuchinhos
Foram 25 anos de providencial administração dos Missionários
Capuchinhos, que podemos igualmente com inteira justiça, considerar o
período de ouro da Igreja de São Francisco. No dia 25 de março de
1923, deu-se a despedida dos abnegados capuchinhos de Canindé.
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Frades Menores
Por convite de Dom Manoel da Silva Gomes, terceiro Bispo do
Ceará, o Superior Provincial Frei Damião Klein, OFM, da Província
Santo Antonio do Brasil, decidiu que os Frades Menores assumiriam o
trabalho de cuidar do Santuário de São Francisco das Chagas de
Canindé.
No ano de 1923
chegaram a Canindé o
Provincial Frei Damião
Klein,OFM, o Definidor Frei
Matias Teves, OFM, e o
membro da província Frei
Casimiro Brochtrup,OFM,
que acompanharam Dom
Manoel da Silva Gomes em
sua visita pastoral daquele
ano.
Frandes Menores da Província de Santo Antônio do Brasil
Após um tempo com
acompanhamento de Frei Mathias de
Ponterânica, no dia 26 de março de 1923
tomou posse da Paróquia o novo Vigário
Frei Lucas Vonnegut, OFM, e em abril
chegaram os primeiros cooperadores
Frei Estevão Roettger, Frei Paulo
Klinkene, Frei Maurício Mellage, Frei
Nicácio Kipshagen. Em 1924 chegaram
Frei Policarpo Cornelius e Frei Paulino
Ramalho.
Frei Policarpo Cornelius de moto
Frei Diogo de moto
Os primeiros cuidados dos filhos de
São Francisco foram dispensados às
associações religiosas, o atendimento
aos romeiros e o acompanhamento das
capelas.
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Religiosas Missionárias
da Imaculada Conceição
Aos 26 de novembro de 1923
chegaram a Canindé as primeiras religiosas
Missionárias da Imaculada Conceição,
sendo Madre Clara Eller, Irmã Paula, Irmã
Agostinha e Irmã Gabriela que assumiram o
Educandário Santa Clara.
Irmãs da Ordem
de Santa Clara
(Clarissas)
Aos 11 de agosto de 1994
chegaram a Canindé as Irmãs da
Ordem de Santa Clara (Clarissas)
provenientes do mosteiro de
Campina Grande, sendo elas, Madre
Maria Betânia, Irmã Deogracias, Irmã
Anunciada, Irmã Maria Tadeu, Irmã
Ana Clara e Irmã Gertrudes (Noviça),
que residiram provisoriamente na
Casa da Pastoral da Saúde, sendo
que em 27 de dezembro de 1996 foi
concluído e inaugurado o Mosteiro do
Santíssimo Sacramento como
residência desta Segunda Ordem da
família franciscana, que se dedicam à
vida orante e contemplativa em favor
da Igreja, por toda a humanidade e
cristãos de vida ativa.
Mosteiro do Santíssimo Sacramento
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09
Atuação franciscana
A história, a vida do povo, a cultura, e o
desenvolvimento de Canindé têm ligação
profunda com a esplendida atuação dos
franciscanos nestes mais de 80 anos de
caminhada nos sertões de Canindé. Canindé e
sua gente não seriam o que são sem a família
franciscana, seja na atuação pastoral, no
acolhimento ao irmão romeiro e no serviço
social.
Destacamos a fundação do Hospital São
Francisco (1965), o Curso Profissional (1965), o
Centro de Catequese (1975), o Lar São José
(1976), o Centro Educacional São Francisco
(1967), a Rádio São Francisco (1989), o Centro
do Desnutrido (1999), a Casa da Mamãe (1999)
e o Centro de Atendimento Psicosocial (1991),
além de inúmeras campanhas, mutirões e
movimentos em favor dos excluídos
Fonte: WILLEKE, Frei Venâncio, OFM
NEMBRO, Frei Metódio, OFMCap. Frei João Pedro – Missionário
Capuchinho Superior e Fundador.Tradução de Antônio Angonese
Editora Vozes Ltda
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Basílica
Construção da capela dedicada
a São Francisco das Chagas
O Benemérito e ilustre cearense Senador Pompeu, de venerada
memória, em sua obra Ensaio Estatístico da Província do Ceará, tomo II,
remonta a ereção da Capela de São Francisco das Chagas de Canindé
ao ano de 1775.
Diz-nos a tradição que, no fim do século XVIII, veio para este
lugar um homem de nacionalidade portuguesa, chamado Francisco
Xavier de Medeiros, e aqui se demorou no intuito de construir uma
Capela dedicada a São Francisco das Chagas. Nessa época, o
sertão de Canindé era pouco habitado; o lugar onde se encontra na
atualidade a cidade, era ocupado, então por poucas casinhas e
cerradas caatingas. Medeiros construiu uma casa alpendrada no
sítio em que deveria lançar os alicerces do Santuário.
Fundamentos primitivos de Canindé
Podemos também asseverar que os
fundamentos primitivos de Canindé datam
dos meados para o fim do século XVIII,
sendo certo que antes de Xavier de
Medeiros estabelecer-se aqui, já haviam
alguns moradores, sendo o seu primeiro
habitante um caboclo chamado Gonçalo,
descendente da tribo dos Canindés.
À margem do Rio Canindé e em outros
pontos mais centrais haviam fazendas de
gado de proprietários ricos que aqui se
haviam estabelecido, vindos uns de
Jaguaribe e outros de Fortaleza e MonteMor o novo d’América, hoje cidade de
Baturité, como fossem o Comandante
Simão Barbosa Cordeiro, em São Pedro;
Julião Coêlho da Silva, no Longá; Antônio
dos Santos Lessa, na Lisboa, tronco da
família Santos Lessa.
Igreja de S o Francisco até 1910
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Conclusão dos
Trabalhos
Antigo altar-Mor da Igreja de São Francisco
Este último, numas
memórias que deixou em
manuscrito, assevera que sendo
suspensos, no ano de 1792, os
trabalhos da Capela por causa da
grande seca que então solapou o
Ceará, só em 1796 foram eles
concluídos definitivamente.
Da elevação
Por Alvará de El-Rei Dom João VI, de 30 de outubro de 1817, a
Capela de São Francisco passou à categoria de MATRIZ COLADA.
O primeiro Vigário desta
freguesia foi o Reverendo Padre
Francisco de Paula Barros, que já
exercia aqui o cargo de Capelão; Foi
apresentado a esse benefício por
carta régia de 10 de junho de 1817, e
confirmado pelo Bispo de
Pernambuco daquele tempo, Dom
Frei Antônio de São José Batos, em
1º de agosto do citado ano.
Igreja de São Francisco , reconstruída (1910-1915)
A Igreja de São Francisco que
se tornara cenário de estupendos
favores celestes e Santuário do povo
do norte e nordeste do
Brasil mereceu em 30 de novembro
de 1925 o privilégio especial do
Papa Pio XI elevando o Santuário
à categoria de “BASÍLICA
MENOR”.
Fonte: WILLEKE, Frei Venâncio, OFM.
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A vida de
São Francisco
São Francisco nasceu em Assis, na
Itália aos 26 de setembro de 1182, e em
circunstâncias tais, que o tornaram desde o
nascimento semelhantes ao Salvador. O pai do
nosso santo era rico negociante de nome Pedro
Bernardone Moriconi; a mãe Giovanna
Bourlemont, da Provença. O menino na pia
batismal, recebeu o nome de João Batista,
mais tarde o pai preferiu chamá-lo de
“Francisco”.
Francisco passou a mocidade rodeado
de rapazes levianos e amigos de divertimento, e
entre todos era ele o chefe. Esse jovem tinha
algo fora do comum, que o tornava estimável por todos e mesmo tendo
sido educado para o mundo do comercio, não se inclinava à posse de
bens e riquezas.
Após uma prolongada doença, sentiu o jovem, desejo de glórias
militares, e pôs-se a caminho para tentar a sorte das armas. Uma noite,
porém, Deus lhe falou: -“Francisco, quem te pode fazer maior bem, o
Senhor ou o servo?” O jovem responde: “Maior bem me pode fazer o
Senhor.” Então a voz divina insistiu: - “Por que deixas o Senhor pelo
servo?” – “QUE QUERES, SENHOR, QUE EU FAÇA?” inquietou-se
Francisco, - “Volta para tua pátria”, respondeu o Senhor. Desde então
Francisco compreendeu a mensagem: “Se alguém me quiser seguir,
renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Mt 16, 24).
Pouco depois, ouviu a voz divina que lhe dizia: “Vai Francisco, e
reconstrói a minha casa, como vês, ameaça ruína”. E Francisco é
levado diante do bispo pelo próprio pai que exigia que o filho
modificasse seu comportamento em relação aos bens. Francisco
renuncia até as roupas do corpo e responde: “Agora posso dizer em
verdade: Pai Nosso que estais nos céus”.
Centro Histórico
Histórico de
de Pesquisa
Pesquisa Paroquial
Paroquial 02
13
Centro
Depois de 1221 o Santo parece iniciar uma nova fase em sua
vida: passa a retirar-se gradualmente das atividades apostólicas para
se dedicar mais intensamente àquela vida feita de penitência e
contemplação. Dois anos antes de morrer, em 17 de setembro de
1224 no Monte Alverne recebe em seu corpo as marcas da Paixão,
os Sagrados Estigmas da cinco Chagas de Jesus Crucificado. São
Boaventura comenta “- o amor do Crucifixo” tinha ocupado a
mente de Francisco ao ponto que o Espírito
o fez sofrer as dores de Cristo em sua
própria carne.
A partir daquele dia o mundo e todas as
criaturas ganharam novo sentido para
Francisco: Ele começa a gostar com grande
afeto e devoção da natureza e dos seres e põese a exaltá-las pra que louvem ao Senhor que
os criou, por devoção inefável da bondade de
Deus.
Compôs o Canto do Irmão Sol onde
chama a todos irmãos e irmãs, porque o seu
espírito gozava da liberdade dos filhos de Deus
e sabia penetrar no mistério das criaturas,
melhor que qualquer outro poeta ou cantador.
Francisco recebe as chagas de Cristo no Monte Alverne
Na tarde de 03 de outubro de 1226, Francisco finalmente
regressou ao reino celeste enquanto seus frades cantavam. Não
tinha nada de próprio, inquietou a muitos e como herança deixou um
exemplo para o mundo de hoje, uma espiritualidade cercada de leveza
e encanto.
Francisco de Assis mais que um ideal é um espírito e um modo
de ser que se mostram numa prática, sendo que as três ordens que
fundou, a primeira, para homens, estabelecida em 1209, com o nome
de Ordem dos Frades Menores; a Segunda fundada juntamente com
Santa Clara em 1212 com o nome de ordem das Senhoras Pobres ou
Clarissas e a Terceira Ordem fundada em 1221 com o nome de Ordem
da Penitência, para os leigos; convidam para uma ação alternativa no
mundo de hoje, onde haja mais compaixão para com os outros, mais
ternura para com os pobres e mais respeito para com a natureza.
Fonte: www.paroquiadecaninde.com.br
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Romaria
O que é Romaria?
É uma prática de piedade popular. É
uma experiência de peregrinação
religiosa feita a algum santuário distante
para se estabelecer uma relação afetiva
com o Sagrado, a fim de conseguir graças
ou superação dos males.
Painel de São Francisco
A romaria ao Santuário de
São Francisco das Chagas de Canindé
É reconhecida e favorecida pelas autoridades eclesiásticas e foi
difundida em todo nordeste pela ação missionária dos frades
capuchinhos e franciscanos, transpondo inclusive os limites do Estado,
chegando ao Pará, Acre e Amazônia.
Para além da Igreja Oficial é devoção popular que pertence à essência
da fé Cristã e constitui uma prática comum dos nossos antepassados.
A fé no glorioso padroeiro
Já no século XVIII havia fervorosa fé nos favores e graças que se
obtinham de Deus pela intercessão do glorioso Padroeiro de Canindé;
muitos peregrinos, de distantes terras, aqui vinham deixar seus óbolos,
em penhor de seus agradecimentos. Isso atestam as tradições
transmitidas e conservadas pela atual geração, e uma dessas é a que se
refere à milagrosa salvação do pedreiro Antonio Maciel que, quando
trabalhava na Capela, se desprendeu de um andaime.
Corre com bons fundamentos, e ouvimos a nossos antigos, que esse
homem ao desprender-se, de vertiginosa altura, implorou, num grito de
desespero, o socorro de São Francisco; a queda seria fatal, atendendo à
altura em que trabalhava ele.
Mas, prodigiosamente, mal gritou pelo nome do Santo, sentiu-se
suspenso pela camisa à ponta de uma tábua, sendo imediatamente salvo
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Os primeiros milagres
Diz-nos ainda a tradição dos nossos antepassados que, quando
Francisco Xavier de Medeiros deu início aos primeiros fundamentos da
Capela votiva de São Francisco, o terreno escolhido para a sua
colocação pertencia a três proprietários residentes na capitania de
Pernambuco, cujo terreno fazia parte da velha fazenda Renguengue;
estes, por seu procurador, opuseram-se à continuação da obra iniciada,
negando-se a vender o terreno ou doá-lo ao Santo, como lhe propôs
Medeiros, e puseram embargo judicial à obra.
Aconteceu, porém, que um deles logo em seguida caiu gravemente
enfermo, do que veio a falecer. Igual sorte teve o segundo, e o último,
finalmente, adoecendo também, prometeu fazer doação a São Francisco
do terreno em que estava sendo edificada a Capela, caso por sua
intervenção chegasse a restabelecer-se. Efetivamente, logo que
recobrou a saúde fez doação das referidas terras à margem esquerda do
Rio Canindé.
Este fato corroborado com o incidente do pedreiro já mencionado,
parece-nos, foi a origem principal das peregrinações a São Francisco de
Canindé, ou pelo menos concorreu em dar-lhes maior desenvolvimento.
As primeiras manifestações de devoção
Remontamos, portanto, o início da
devoção a São Francisco a essa época
remota e podemos afirmar que as primeiras
manifestações extraordinárias da intercessão
do Santo, no Santuário datam do tempo da
construção do mesmo. Pelo menos esses que
acabamos de citar, provam as nossas
suposições.
Hoje os fatos extraordinários são tão
freqüentes que atraem a admiração pública. O
eco desses primeiros acontecimentos
prodigiosos repercutiu ao longe, e, desde
então, uma corrente contínua de romeiros
entraconstantemente às portas do magnífico
templo, que se ergue, majestoso e
dispensando granças.
Romeiros pagando promessas
Fonte: WILLEKE, Frei Venâncio, OFM
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Arara e os Índios Canindés
Arara Canindé
A arara Canindé, cujo nome científico é Ara ararauna
(Linné), trata-se de uma espécie de dorso azulado e peito
amarelo que mede cerca de 85cm. E costumado viver em
várzeas, com buritizais e babaçuais em beira de matas.
Esta informação pode ser conferida na home-page da
Petrobrás, que mantém uma equipe de biólogos
interessados em pesquisar, catalogar e preservar a fauna
brasileira.
Os índios costumavam denominar de “Canindé” os
animais de dorso escuro e peito claro. Desse modo,
existem a cabra, o jumento e a arara Canindé. Além de
serem bonitas, as araras canindés tinha mais uma
qualidade: eram barulhentas, fato que teria
impressionado o “rei” Janduí a adotar esse nome para o
filho que o sucedeu no comando da tribo. Augusto Rocha,
em seu trabalho já mencionado, afirma que o primeiro
habitante da localidade onde foi erguida a capela primitiva
de Xavier de Medeiros foi um caboclo chamado Gonçalo,
descendente da tribo dos Canindés.
Habitação dos Canindés
Mas, voltemos aos índios Canindés. Padre Neri
Feitosa nos informa que os Canindés e Jenipapos
habitavam os sertões do Curú, as margens do
Quixeramobim e do Banabuiú, que falavam a mesma
língua e tinha a mesma cultura. Era um grupo étnico que
dominava um vasto território do Nordeste Brasileiro.
“Nossos índios tinha consciência de que estas terras
eram suas e as defenderam com lutas perseverantes e
com as próprias vidas. Perderam as terras, porque
perderam a guerra, mas resistiram enquanto foi possível.
Perderam a batalha porque os brancos tinham armas de
fogo e eles não; a luta era desigual”, diz Pe. Neri.
Dentre as muitas táticas utilizadas pelos índios
para assegurar sua sobrevivência estava a de fingir-se
pacificados e aliados dos colonizadores, como acabou
ocorrendo com a tribo dos Canindés, primitivos
habitantes dessa região.
Fonte: VIANA, Arievaldo, São Francisco de
Canindé Na literatura de Cordel.
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História
Menina Perdida
Uma família
cearense, residente no
interior do Amazonas,
relata o seguinte caso
extraordinário: tendo se
perdido uma criança de
casa um dia, em uma das
umbrosas florestas
daquela região, a aflição e
o desespero invadiram o
coração dos seus pais.
Estes lançaram mão de
todos os meios a seu alcance afim de descobrir o paradeiro da criança, e,
batidas as matas vizinhas durante três dias consecutivos, resignaram-se
a chorar a morte da querida filha, de certo devorada por alguma fera. A
desolada mãe, logo que tomou conhecimento do fato, cheia de ardente fé
fez a promessa a São Francisco das Chagas, de se encontrasse a filha
perdida, viria com ela a Canindé oferecer uma esmola ao Santo.
- Com indizível espanto de todos, surge como por encanto no pátio
da barraca a criança perdida, ao terceiro dia depois do desaparecimento.
- Na alegria intensa em que vibrava toda a família, interrogam-na
sobre o súbito aparecimento, e a criança responde-lhes que fora um
padre que a trouxe até as imediações da casa. A família, logo após, pôsse em viagem a Canindé, afim de cumprir o voto feito, certa da
intercessão miraculosa de São Francisco. Ao entrar às portas da
Basílica, a inocente criança, num grito de ingênua e reconhecida
gratidão, indicou à sua mãe, apontando a imagem de São Francisco das
Chagas: - mamãe! Foi aquele o padre que me trouxe!...
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Museu
Regional São Francisco
Desde há muito, se sentia em Canindé a
falta de um museu, dadas as interessantes
esculturas, quadros e objetos que entre os
ex-votos deixavam de ser devidamente
apreciados. Em 1972, o ex-vigário Frei
Lucas Dolle instalou modesto museu,
na casa que servia de maternidade
(Praça Cruz Saldanha), onde hoje
funciona o Centro de Catequese, isto
enquanto o novo local era adaptado para
receber estas peças.
Museu Regional São Francisco
de Canindé
Imagem exposta no Museu
Pertencente a Paróquia de Canindé,
este Museu foi inaugurado por Frei
Lucas Dolle, aos 03 de Agosto de 1973,
com aproximadamente 3.000 peças.
Aos 12 de Julho de 1985 foi ampliado no
dobro do seu tamanho (tamanho atual),
onde foi organizada a História de São
Francisco na arte Nordestina.
Conta-se que os principais objetivos de
sua idealização era de criar mais um ponto
de visitação para os romeiros, e para
também contar um pouco da história de
Canindé, dos Franciscanos e da Romaria.
Segundo a coordenação que trabalha
no Museu a média de visitação anual é de
90.000 pessoas, intensificando-se
principalmente no período das datas
festivas, como a Festa de São Francisco.
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Ao visitar o Museu o visitante pode fazer uma pequena
contribuição simbólica para manter este vasto acerto histórico do
Santuário de São Francisco.
Horários de visita:
Segunda a Sábado: 7h às 11h e 13h às 17h
Domingo: 8h às 12h
Curiosidade:
O local onde está situado
hoje o Museu antigamente
funcionavam as oficinas do
Santuário, que através do frades
ministravam diversas atividades
como: sapataria, tipografia,
ferraria e carpintaria. Um pouco
desta história pode ser vista no
Museu, que fica localizado nas
proximidades do Convento, local
este que mostra um pouco da
cultura, da arte e da história
deste Santuário.
Atividade/oficina de Sapataria
Antiga tipografia do Jornal O Santuário de São Francisco. Esta imagem está exposta no Museu.
Visite o nosso Museu!
Fonte: Arquivo Paroquial
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Patrimônio
O Santuário de Canindé possui um
rico patrimônio histórico e arquitetônico,
apesar das perdas irreparáveis no decorrer
dos tempos.
A primeira doação das terras de São
Francisco historicamente provada remonta a
1787 quando o Capitão Antônio Alves
Bezerra ofereceu ao Santo a Fazenda Santa
Rosa. Presume-se todavia que a doação da Fazenda Salgado é anterior,
pois em 1867 o procurador Manoel Luís de Magalhães requereu em juízo
as demarcações destas terras declarando que São Francisco as possuía
mansa e pacificamente a cerca de 100 anos.
CONSIDERA-SE AINDA
NO PATRIMÔNIO:
Basílica de São Francisco, vista do Alto Guaramiranga
embelezada pelo pôr do sol
Convento Santo Antônio, onde reside os frades franciscanos (1907)
Igreja das Dores (1877)
Igreja do Cristo Rei -Monte (1900)
A igreja de Nossa
Senhora das Dores
(1877), a igreja de
Cristo Rei, no Monte
(1900), a Casa
Paroquial,
a capela de Santo
Antonio de Lisboa, as
oficinas do convento,
atual Museu (1907), a
Casa da Caridade,
atual Casa de São
Francisco - Casa dos
Milagres (1877), o
Colégio Santo
Antonio, atual Centro
de Treinamento (1898),
o Educandário Santa
Clara, atual Hospital
São Francisco (1907).
Centro Histórico de Pesquisa Paroquial
O grande destaque das
construções é dado à Basílica de
São Francisco, concluída na
primeira versão em 1796,
recebendo em 1860 janelas
envidraçadas, altares laterais e a
restauração do altar-mor. Passou
por outra reforma parcial em 1864,
teve obras de restauração em
1888, e no período de 1910 a 1915,
com o emprego de modernas
técnicas pelo arquiteto italiano
Antonio Mazzini, passou pela
grande transformação, ganhando
as formas atuais.
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Imagem da Cúpula do Interior da Basílica, pintada pelo alemão Jorge Kau
Em 1926 o pintor alemão Jorge Kau,
recomendado pela Sociedade de Arte Sacra de
Munique, executa os maravilhosos painéis de
decoração no teto da Basílica, como recordação mais
duradoura do sétimo centenário da morte de São
Francisco.
Grande valor histórico e afetivo tem as duas
imagens do padroeiro, a primitiva e menor chamada de
“São Francisquinho”, que remonta aos começos da
construção da capela em 1775, senão à época anterior,
cuja procedência subtrai-se à nossa ciência.
São Francisquinho
Primeira imagem a chegar neste
Santuário, data de 1775.
Imagem de São Francisco,
no Altar-mor da Basílica, data de 1797
Reza a tradição canindeense que em 1796 o
celebre missionário capuchinho Frei Vital de Frascarolo
teria intervindo em favor da aquisição da segunda
imagem, que atualmente encontra-se no Altar-Mor, tendo
sido adquirida pelo Coronel.Gerônimo Machado,
chegando em Canindé no ano de 1797 quando o popular
Frei Vital da Penha pregava as Santas Missões e mandou
levantar o Santo Cruzeiro diante do Santuário. É também
deste mesmo ano a imagem de Senhora Santana que se
encontra na Igreja de Nossa Senhora das Dores, doada
pelo Capitão Antonio dos Santos Lessa. Já as imagens do
Senhor Morto e de Bom Jesus dos Passos foram
adquiridas em 1897 pelo Padre Manoel Cordeiro da
Cruz.
Fonte: WILLEKE, Frei Venâncio, OFM
VIEIRA, Hélio Pinto. Cronologia Canindeense.
Fortaleza-CE. Impressa Universitário, 1997.
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Zoológico
Santuário de São Francisco
O zoológico da cidade de Canindé surgiu no início
da década de 70, localizado em frente ao atual Museu.
Devido ao espaço inadequado para abrigar um
grande número de espécies, foi criado um novo local,
agora localizado ao lado da Praça do Romeiro, com
condições mais adequadas para o tratamento destes
animais. Este foi inaugurado no ano de 1990, no
governo de Tasso Jereissate, na época tinha como
vigário Fr. José Batista.
O fato dos animais chegarem neste Santuário, foi
devido também a doações que os romeiros faziam
presenteando os padres Franciscanos com animais
silvestres.
A doação de animais silvestres ocorria e ainda
ocorre, devido ao fato de São Francisco de Assis, o
padroeiro da cidade, ter um grande amor à natureza.
Erroneamente as pessoas têm a idéia que
presentear São Francisco com animais silvestres é
bom. Mas na verdade os animais retirados de seu
habitat sofrem muito, e muitas vezes chegam ao
Zoológico só para darem o último suspiro. Retirar
animais da natureza é crime.
Hoje, o zoológico conta com um corpo técnico
formado por uma bióloga, um veterinário e dois
tratadores.
A Paróquia de São Francisco é responsável pela
manutenção do zoológico (reformas, construções de
recintos, alimentação dos animais, etc).
O zoológico possui um acervo de cerca de 261
animais pertencentes a 46 espécies. Sendo 12
espécies de répteis, 22 espécies de aves e 12
espécies de mamíferos, e é um dos grandes atrativos
da cidade, sendo visitado por romeiros e turistas de
todo o Brasil e também de outros países.
Fonte: Arquivo Paroquial
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Breve Histórico do Santuário e Paróquia de São Francisco de