ESQUEMAS DE PINTURA MENOS
AGRESSIVOS AO MEIO AMBIENTE
2000
Joaquim Pereira Quintela – PETROBRAS/CENPES
Victor Solymossy – PETROBRAS/CENPES
PINTURA X ECOLOGIA
• Tratamentos de superfície
não prejudiciais à saúde
dos trabalhadores
• Tintas com baixos teores
de solventes orgânicos
• Melhor desempenho dos
esquemas de pintura
• Redução de custos
TRATAMENTOS DE SUPERFÍCIE
• Jateamento com
abrasivos secos - areia,
granalha de aço,escória
de cobre, etc...
• Jateamento com areia
molhada (jato úmido)
• Abrasivos especiais
• Hidrojateamento
TINTAS
SURFACE TOLERANT
CONDIÇÕES ADVERSAS
Tratamentos de
superfície menos
apurados
Superfícies com
umidade residual
Superfícies molhadas
REDUÇÃO DE
VOLÁTEIS
ORGÂNICOS
“Low VOC”
“No VOC”
Base Aquosa
Tintas em Pó
OBJETIVO
Preparar a Petrobras
para as novas
tendências do mercado e
exigências de órgãos de
legislação ambiental
METODOLOGIA
ENSAIOS de LABORATÓRIO
• 7 Produtos de fabricantes cadastrados na
Petrobrás
• 2 Formulações do CENPES
TESTES de CAMPO
• Aplicação em unidades da Petrobras, sob
condições normais de trabalho, dos produtos
com bom desempenho em laboratório.
PRODUTOS TESTADOS
TINTAS I e IV
“No VOC”,Epoxi-amina, Baixa Viscosidade
TINTAS II e III
“No VOC”, Epoxi SS, “Surface Tolerant”
Superfícies molhadas, St 3.
TINTAS V,VI,VII,VIII e IX
“Low VOC”, Epoxi-aminoamida, “Surface tolerant”, St 3,
superfícies com umidade residual
ENSAIOS DE LABOTATÓRIO
• Análise das tintas líquidas
• Aderência - “Pull-off”
• Névoa Salina
• 100% Umidade relativa
• Imersão em produtos
químicos
Análises das Tintas Líquidas prontas para aplicação*
Ensaio
NV** em peso, %
NV em volume, %
Consistência, UK
“Pot-life”, minutos
Densidade, g/cm3
“Flash-point”, ºC
Descaimento, µm
I
95,4
94,3
130
50
1,57
>100
180
II
86,3
83,5
137
120
1,30
34
180
III
89,8
85,1
94
120
1,32
>100
150
IV
94,3
92,8
90
30
1,32
> 100
180
V
88,3
81,0
116
60
1,53
32
240
VI
88,7
81,5
140
>120
1,50
32
240
VII
81,0
70,0
80
75
1,40
30
240
VIII
90,1
82,6
95
120
1,53
33
240
IX
86,5
77,5
88
180
1,44
31
210
ADERÊNCIA
(ASTM D-4541 A.2)
EQUIPAMENTO PNEUMÁTICO - PATTI 2A
• FALHA ADESIVA A/B => Tinta destacada do
substrato.
• FALHA ADESIVA A/B’=> Alguma tinta ainda aderida.
• FALHA COESIVA B => Falha na 1ª demão.
• FALHA COESIVA B/C => Falha entre demãos.
• FALHA Z => Falha na interface acabamento/adesivo.
• FALHA Y => Falha na interface adesivo/carretel.
TRATAMENTOS DE SUPERFÍCIE
 T1 = Sa 2 1/2 seco
 T2 = Sa 2 1/2 com umidade residual
 T3 = CSt 3 seco
 T4 = CSt 3 molhado
Aderência à tração (MPa)*/Tipo de falha
Tratamento
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
de Superfície
14,5/Y 14,6/Y 15,0/Y 15,0/Y 14,7/Y 14,0/Y 14,6/Y 14,8/Y 14,9/Y
T1
** 14,7/Y 14,8/Y ** 14,7/Y 14,4/Y 14,7/Y 14,7/Y 14,7/Y
T2
13,5/ 18,3/
**
14,2/ 15,0/ 11,2/ 14,8/ 12,0/
T3
**
AB
AB’
AB’
AB
AB
AB’
AB
12,8/ 19,0/
**
**
**
**
**
**
T4
**
AB
AB’
* Valores médios
** Não indicado pelos fabricantes
RESISTÊNCIA À IMERSÃO EM
PRODUTOS QUÍMICOS
• NaCl 3,5%, Óleo Diesel, Petróleo, Xileno, H2SO4 a 40%, NaOH a
30%, Água doce.
RESULTADOS
Ausência de bolhas e pontos de corrosão
durante 180 dias.
Exceção: Tinta VI em Xileno = Bolhas D 4
UMIDADE RELATIVA 100%
• ASTM D-2247 = 2.000 horas
RESULTADOS
Sa 2 1/2 => Bons desempenhos, sem
diferenças significativas.
St 3 => Diferentes graus de empolamento
(ASTM D-714)
NÉVOA SALINA
• ASTM B - 117 = 2.000 horas
RESULTADOS
Sa 2 1/2 => Bons desempenhos, sem
diferenças significativas.
St 3 => Diferenças no avanço da corrosão a partir
da incisão.
Tinta IX => 2,0 mm => Fosfato de Zinco
Tinta V => 2,5 mm
Tinta III => 4,0 mm
TESTES DE CAMPO
REFAP, REPLAN, REDUC, PCE
OBJETIVOS
• Conhecer novas tecnologias.
• Viabilizar a utilização em condições de campo.
• Solução de problemas mais frequentes.
- Pintura sob condições adversas.
- Aplicação de Epoxi sem solventes.
- Pintura de equipamentos em operação.
HIDROJATEAMENTO - TINTAS I e III
HIDROJATEAMENTO A ULTRA ALTA PRESSÃO
* JATO D’ÁGUA COM PRESSÃO > 25.000 PSI, CHEGANDO ATÉ A
40.000 PSI.
• NÃO UTILIZA PRODUTOS QUÍMICOS NO PROCESSO.
• NÃO UTILIZA ABRASIVOS.
• NÃO PROMOVE PERFIL DE RUGOSIDADE.
HIDROJATEAMENTO A ULTRA ALTA PRESSÃO
• TEM ÓTIMO RENDIMENTO.
• UTILIZA MÃO-DE-OBRA REDUZIDA.
• PESSOAL ALTAMENTE TREINADO.
• NÃO PRODUZ FAGULHAS E CENTELHAS.
ATENDIMENTO ÀS LEIS AMBIENTAIS
INTERNACIONAIS
•
•
•
ISO 14.000
BS 8.800
ISM CODE
SMS
TESTES DE CAMPO - RESULTADOS
• HIDROJATEAMENTO
• Boa produtividade, excelente aderência, bom desempenho
após 3 anos de serviço na Bacia de Campos, execução com
equipamento em operação.
• PINTURA SOB CONDIÇÕES ADVERSAS
• Bom desempenho da Tinta III em superfícies molhadas,chuva,
umidade alta, tratamento St 3.
• EPOXI SEM SOLVENTES
• Tintas I, III =>Boa aplicabilidade sem diluição, bom
desempenho após 3 anos na REFAP.
ANÁLISE DE CUSTOS
Esquemas de Pintura para Revestimentos Interno e Externo de Tanques
Esquema
1
2
3
4
5
6
7
Condição da
Superfície
Seca
Umidade Residual
Molhada
Umidade Residual
Umidade Residual
Seca
Molhada
Tinta de Fundo/ Demãos x
Espessura (µm)
Epoxi - 38% SV / 2 x 40
Tinta IX / 1 x 100
Tinta III / 1 x 150
Tinta IX / 1 x 100
Tinta IX / 1 x 100
Zarcão Alquídico/ 2 x 30
Tinta III/ 1 x 100
Acabamento/Demãos x
Espessura (µm)
Epoxi - SS/ 2 x 200
Tinta I / 2 x 150
Tinta 1 / 1 x 200
Tinta VIII / 1 x 100
Poliuretano Acrílico/1x60
Alquídico Brilhante/ 2x30
Poliuretano Acrílico/1x60
A
Custo relativo (%) por m2 de superfície pintada
120
100,0
Custo Rel ati vo (%)
100
87,7
91,5
81,0
79,2
4
5
100,0
89,4
6
7
80
60
40
20
0
1
2
3
Esquema de Pintura
ANÁLISE DE V.O.C
VOC (g/m2) de superfície pintada
B
350
316
300
VOC (g/m2)
250
193
200
150
78
100
57
34
50
47
2
0
1
2
3
4
5
Esquema de Pintura
6
7
PINTURA DE TETO DE TANQUE
ESQUEMA ANTIGO
ESQUEMA NOVO
• 2 DEMÃOS
• 5 DEMÃOS
• ESPESSURA 250µm • ESPESSURA 400 µm
• 300 g solvente/m2
• 75 g solvente/m2
• US$ 19,40/m2
• US$ 16,70/m2
CONCLUSÕES I
• O HIDROJATEAMENTO é uma excelente alternativa técnica
para pinturas de manutenção em virtude da qualidade,
produtividade e do caráter ecológico do processo.
• A Tinta III apresentou excelente aderência em todas as
condições climáticas e de substrato testadas. Os resultados
alcançados nesse trabalho estão sendo confirmados pelo
desempenho do esquema de pintura ( Hidrojateamento + 2 x
150um dessa tinta) no campo.
CONCLUSÕES II
• As tintas Low VOC (V, VI, VII, VIII e IX) e as No VOC ( I, II, III
e IV) apresentaram desempenhos superiores às normalizadas
pela Petrobras. Com base nos resultados deste trabalho,
foram normalizadas de três tintas epoxi: uma de fundo,
80%SV, pigmentada com fosfato de zinco
• (N-2630), uma de acabamento - 80% SV- (N-2628) e uma sem
solventes (N-2629). Elas substituirão as normas N-1195, N1196, N-1198, N-1211, N-1349 e N-1850.
CONCLUSÕES III
• A inclusão de tintas com características semelhantes às
estudadas neste trabalho, nos esquemas de pintura
normalizados pela Petrobras, podem, além das vantagens
técnicas, permitir reduções de custo consideráveis, em virtude
da redução do nº de demãos, das intervenções para
manutenção, das interrupções de ordem climática, tempo de
parada de equipamentos e outras despesas.
CONCLUSÕES IV
• A PETROBRAS, salvo algumas exceções, deve estabelecer, a
curto prazo, um V.O.C máximo de 340g/l nas suas tintas
normalizadas, e reduzí-lo, gradativamente, a medida que o
desenvolvimento de novas tecnologias assim o permita. Esta
medida deve ser estendida para todo o país e incluir a
proibição da utilização de tintas com elevado grau de toxidez,
como por exemplo as que contêm alcatrão-de-hulha e seus
derivados.
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