UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná Centro de Ciências Exatas Campus Universitário de Foz do Iguaçu Engenharia Elétrica Análise Numérica – Professor Ricardo Krauskoff Rafael Campagnaro de Mendonça Foz do Iguaçu – Março, 2001 Método Pégaso Introdução O método Pégaso tem como base o método das cordas para encontrar a raiz de uma equação. Essa base existe pelo simples fato de que o método Pégaso funciona apenas como uma implementação do método das cordas. Ou seja, ele é uma adaptação criada para acelerar a convergência. Essa aceleração se fez necessária a partir do momento em que o método das cordas se mostrou lento devido a “inclinação acentuada demais” que a reta fazia pelo fato de se ter um ponto fixo. E é exatamente na mudança do ponto fixo que o método Pégaso trabalha. Ou seja, ele evita que a famosa “reta” do método das cordas fique inclinada demais. Descrição Como já mencionado, o método consiste na mudança do ponto fixo. Mas para isso devese ter algum critério de lógica. Eis o critério. Aplicamos o método das cordas para um intervalo [xo,x1] onde f(xo) . f(x1) < 0. Ou seja, sabemos que existe pelo menos uma raiz dentro deste intervalo. Suas aproximações x2,x3,x4... podem ser obtidas da seguinte forma: f ( x n )( x n − x n −1 ) x n +1 = x n − onde xn-1 é o ponto fixo. f ( x n ) − f ( x n −1 ) A diferença deste método é que agora fazemos uma análise do valor da função para alguns pontos da seguinte maneira: Se f(xn+1) . f(xn) < 0, ou seja, se a função mudou de sinal, significa que passamos do ponto da raiz, logo podemos mudar o ponto fixo antigo [xn-1,f(xn-1)] pelo novo [xn,f(xn)] já que a raiz está situada dentro de um novo intervalo [xn+1,xn].Dessa forma a aproximação passa a ser contrária a anterior, ou seja, se a aproximação estava sendo feita pela direita, ela passará a ser pela esquerda e assim sucessivamente enquanto for atendida essa primeira condição. É lógico que essa alteração de sinal não acontecia antes no método das cordas, pois o ponto era fixo e não deixava de ser um valor da função, ou seja, essa condição que acabamos de impor, não adiantaria nada. Mais adiante, concluiremos que essa primeira condição serve apenas para evitar que o método falhe ou “estoure”. Eis a próxima condição: Se f(xn+1) . f(xn) > 0, ou seja, se a função não mudou de sinal (e é aí que entra a filosofia do método) mudamos o antigo ponto fixo [xn-1,f(xn-1)] pelo novo [xn-1,f(xn-1).f(xn)/(f(xn)+f(xn+1))], f ( xn ) . Com isso, estamos diminuindo ou seja, reduzimos o valor f(xn-1) por um fator f ( x n ) + f ( x n +1 ) o valor do ponto fixo e aumentando a velocidade de convergência. Quando atendida essa condição, a redução de f(xn-1) pelo fator mencionado nos retornará um valor que não é da função. Logo, podem haver casos em que xn+1 passe da raiz. E é exatamente para esses casos que a primeira condição foi criada. Pois quando xn+1 passar da raiz o valor de f(xn+1) mudará de sinal e será identificado pela primeira condição, impedindo que haja “estouro”. f ( xn ) pelo qual f(xn-1) é multiplicado, podemos concluir que f ( x n ) + f ( x n +1 ) ele é um fator de ponderação cujo peso maior está apontado para f(xn), já que f(xn) é dividido por ele mesmo mais uma parcela. Essa parcela não poderia deixar de ser f(xn+1), cujo valor deve ser considerado para se saber quanto diminuir do ponto fixo de acordo com o valor de f(xn+1). Além disso, esse fator é coerente para que o ponto fixo sempre seja reduzido para uma parcela dele mesmo. Ou seja, quanto maior for f(xn+1) em valor absoluto relacionado a f(xn), maior será a redução do ponto fixo e em conseqüência, menor será a parcela do ponto fixo que usaremos. Isto posto, podemos garantir que o método é bem mais acelerado do que o simples método das cordas, visto que sempre há uma alteração no intervalo não apenas de um lado, mas dos dois lados, ou seja, não há mais o ponto fixo. Além disso, experiências comprovam que não importa o tamanho do intervalo, pois sempre a convergência será rápida. Logo, não há como negar que o método se mostrou “bom”. Quanto ao fator