UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE ROSANGELA APARECIDA GIACOMELLI SATISFAÇÃO DE CLIENTES EM RELAÇÃO AO ATENDIMENTO, A VARIEDADE E QUALIDADE DOS PRODUTOS NO DEPARTAMENTO DE LAR OFERTADOS PELA PERNAMBUCANAS DE TOLEDO-PR TOLEDO 2010 ROSANGELA APARECIDA GIACOMELLI SATISFAÇÃO DE CLIENTES EM RELAÇÃO AO ATENDIMENTO E A VARIEDADE E QUALIDADE DOS PRODUTOS DE CAMA, MESA, BANHO, TAPETES E CORTINAS OFERTADOS PELA PERNAMBUCANAS DE TOLEDO-PR Relatório Final de Estágio Supervisionado do Curso de Secretariado Executivo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Toledo para obtenção do grau de Bacharel em Secretariado Executivo. Orientador: Professor Marcio Alberto Goebel. TOLEDO 2010 ROSANGELA APARECIDA GIACOMELLI “Em sua meta faça tudo com muito amor e fé em Deus e tenha muita força e determinação” Ayrton Senna AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, por guiar meus caminhos e me abençoar a cada dia, dando forças e coragem para vencer os obstáculos se fazendo presente em minha vida. Aos meus pais por me darem a oportunidade de viver, por serem exemplo de força e humildade. Ao meu esposo por todo o amor, atenção e paciência que teve durante esses anos de faculdade, me ajudando a superar as dificuldades com sua motivação e vontade de crescer. A todos os professores que passaram por minha vida, e de alguma forma me ajudaram a ser uma pessoa melhor, e em especial ao meu orientador professor MS.Marcio Alberto Goebel, por dispor de todo seu conhecimento em prol desse trabalho apontando erros e possibilidades, mostrando o melhor caminho a ser percorrido. Também agradeço aos meus amigos por todo o apoio e carinho que me deram, pois sem eles eu não conseguiria passar por esse caminho e ter tantas alegrias, a todos meu sincero desejo de sucesso. E ainda o meu agradecimento à Pernambucanas onde realizei o estágio, por toda a compreensão e apoio que me foi prestado. E por fim, obrigada pela participação de todos os colegas de trabalho que foram essenciais neste processo. RESUMO As empresas buscam o sucesso, portanto precisam estar atentas as necessidades dos consumidores, pois eles são os principais agentes que podem levar a organização a ser bem sucedida. Para isso a empresa precisa ter uma administração com foco no cliente, utilizando as ferramentas do marketing, tendo qualidade no atendimento, qualidade no produto e qualidade em serviços. Baseando-se nisso, este trabalho buscou identificar os principais aspectos que levam a satisfação e conseqüente fidelização dos clientes no departamento de cama, mesa, banho, tapetes e cortinas da Pernambucanas de Toledo. Procurando medir o nível de satisfação dos clientes, foi utilizado o método de pesquisa de diagnostico caracterizada como estudo de caso, onde foi elaborado questionário com perguntas abertas e fechadas, direcionadas aos clientes da loja, sobre o departamento do lar. O resultado dessa análise foi descrito e tabulado de forma que mostrou falhas no atendimento geral que a loja presta aos clientes, principalmente no setor do caixa e crediário. Em virtude da constatação dessas falhas, foram sugeridas alternativas que visam melhorias neste processo, como treinamento para capacitação dos colaboradores, elaboração de rotinas para aplicar pesquisas aos clientes, nas quais o nível de satisfação seja constantemente mensurado. Com a adoção dessas medidas, a empresa lucrará com funcionários mais motivados, podendo apresentar um atendimento mais satisfatório. Palavras-chave: Satisfação do cliente. Vendas. Pernambucanas. ABSTRACT The companies search the success and for this reason they need to pay attention to their consumers because they are the main agents able to lead the organization to the success. For accomplish it, the company needs to focus its administration on the clients, using the marketing tools, attending the clients with quality, offering products and services with quality too. Based on this, this work searched to identify the main aspects which lead to the satisfaction of the clients and the consequent loyalty at the bed, table, bath, rugs and curtains department of the Pernambucanas store of Toledo. In attempt to measure the level of satisfaction, it was used a method of diagnostical research and a studied case, on which it was elaborated a questionnaire with open and closed questions to the clients of the store about the home department. The result of this analysis was described and documented showing the imperfections of the general attendance that the store offers to their clients, mainly on the cash register and the installment plan department. Due to this verification, it was suggested alternatives intending to improve these process such like, training to enable the employees, elaborate routines and apply questionnaires to the clients, on which the level of satisfaction can always be measured. With the adoption of these measures, the company will earn due to more motivated employees, being able to offer a better attendance. Key words: Client satisfaction. Sales. Pernambucanas. RESUMEN Las empresas, en la búsqueda por el suceso, necesitan estar atentas a las necesidades de los consumidores visto que ellos son los principales agentes que pueden llevar la organización al suceso. Para esto, la empresa necesita tener una administración con foco en el cliente, utilizando las herramientas del marketing, teniendo calidad en el atendimiento, calidad en los productos y servicios. Apoyándose en esto, esto trabajo ha buscado identificar los principales aspectos que llevan a la satisfacción y consecuente fidelidad de los clientes en el departamento de cama, mesa, baño, alfombra y cortinas de la tienda Pernambucanas de Toledo. Buscando medir el nivel de satisfacción de los clientes, fue utilizado el método de encuesta diagnostico caracterizada como un estudio de caso en lo cual fue elaborado un cuestionario con preguntas abiertas y cerradas, direccionadas a los clientes de la tienda, a respecto del departamento de casa. El resultado de ese análisis fue descrito y tabulado de manera que identificó defectos en el atendimiento general principalmente en los sectores de caja y crediario. Debido a la constatación de estas fallas, fueran sugeridas alternativas que buscan mejorías en estos procedimientos como entrenamiento para capacitar los empleados, elaboración de rutinas para aplicación de las encuestas a los clientes en las cuales el nivel de satisfacción sea siempre evaluado. Con la adopción de esas medidas, la empresa ganará con empleados más motivados, ofreciendo un atendimiento más satisfactorio. Palabras llave: Satisfacción de los clientes. Ventas. Pernambucanas. LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Mix de cada seção no ano de 2009 no departamento.............................. 51 Tabela 2 - Percentual sobre cota de cada seção: tapete, cortina, cama e banho ..... 52 Tabela 3 - Características dos clientes da Pernambucanas. .................................... 54 Tabela 4 - Lojas onde o pesquisado costuma comprar cama, mesa, banho, tapetes e cortinas. ..................................................................................................................... 55 Tabela 5 - Avaliação da qualidade no atendimento da Pernambucanas................... 57 Tabela 6 - Avaliação em relação à qualidade dos produtos de cama, banho, mesa, tapetes e cortinas na Pernambucanas. ..................................................................... 59 Tabela 7 - Avaliação em relação à variedade dos produtos da Pernambucanas. ..... 60 Tabela 8 - Avaliação sobre preço e planos de pagamentos na Pernambucanas. ..... 63 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Mix de Eletro, Vestuário e Lar ................................................................. 49 Gráfico 2 – Percentual sobre cota de Lar .................................................................. 50 Gráfico 3 – Mídias que mais influenciam as decisões dos clientes da Pernambucanas ........................................................................................................ 56 Gráfico 4 – As rádios mais escutadas pelos clientes ................................................ 56 Gráfico 5 – As marcas de cama, mesa, banho, tapetes e cortinas de maior preferência ................................................................................................................ 62 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 11 2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 13 2.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................... 13 2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS .......................................................................... 13 3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 14 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................... 16 4.1 DEFINIÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO ............................................................... 16 4.2 ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING.............................................................. 17 4.3 MARKETING DE RELACIONAMENTO .......................................................... 18 4.4 MIX DE MARKETING ..................................................................................... 20 4.5 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ...................................................... 21 4.6 SATISFAÇÃO DO CLIENTE .......................................................................... 23 4.7 QUALIDADE NO ATENDIMENTO.................................................................. 24 4.8 QUALIDADE EM SERVIÇOS ......................................................................... 27 4.9 QUALIDADE NO PRODUTO .......................................................................... 29 4.10 PESQUISA EM MARKETING ......................................................................... 31 5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................ 33 6 ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS ............................................................................................................ 36 6.1 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL.............................................................. 36 6.1.1 Organograma .............................................................................................. 37 6.1.2 Descrição das funções ................................................................................ 37 6.1.3 Histórico da organização............................................................................. 40 6.1.4 Ambiente Organizacional ............................................................................ 41 6.1.5 Operacionalização da Organização ............................................................ 43 6.2 OPERACIONALIZAÇÃO DO ESTÁGIO ......................................................... 47 6.2.1 Análise dos questionários aplicados aos clientes ....................................... 53 6.2.2 Sugestões e recomendações ...................................................................... 64 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 66 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 68 APÊNDICE ................................................................................................................ 72 11 1 INTRODUÇÃO A alta competitividade no mercado varejista tem forçado as empresas a buscarem um diferencial, a fim de sobreviverem nesse mercado. Tal diferencial pode ser alcançado por intermédio da excelência na prestação de serviços e no atendimento ao público. Infelizmente, a busca pela eficácia, principalmente no que diz respeito ao trato com os clientes, não é uma tarefa tão simples quanto aparenta ser. Isso porque, não basta somente atender. Em princípio, todas as empresas atendem e procuram atender as necessidades imediatas de quem busca o estabelecimento e, elas estão cada vez mais direcionando seus esforços e atenções ao atender o seu cliente. Esse atendimento inclui inovar, encantar e surpreender quem se atende. Tal atitude, no entanto, pressupõe que se conheçam, por meio de pesquisas, as expectativas dos clientes para executar ações que permitam não apenas atendê-las, mas sim superá-las. Numerosas organizações de serviços têm investido em pesquisas para determinar o que os clientes desejam em cada dimensão do serviço, em programas de melhoria da qualidade destinados a entregar aquilo que os clientes almejam e na avaliação continua do grau de satisfação dos clientes com a qualidade dos serviços recebidos. (LOVELOK; WRIGHT, 2003, p. 14). O objetivo comum a todas as empresas é de fornecer soluções para as necessidades de seus clientes, pois “os clientes compram produtos para satisfazer necessidades específicas e avaliam os resultados de suas compras de acordo com aquilo que originalmente esperavam receber”. (op cit, p. 80). Eles também falam sobre suas experiências com outros clientes potenciais e criam suas expectativas e preconceitos. Devido a essa realidade, a opinião dos clientes nunca pode ser relevada, já que sua satisfação ou seu descontentamento será transmitido para outros possíveis clientes. A satisfação dos clientes, portanto, não é uma opção e sim uma questão de sobrevivência para qualquer organização. Para manter um cliente satisfeito é necessário ouvir suas reclamações e desenvolver soluções tornando-as percebíveis aos clientes. A antiga visão de que as reclamações eram prejudiciais e pouco contribuíam para a empresa não existe mais. Agora, as empresas contemporâneas 12 estão abertas às reclamações proferidas pelos clientes e as encaram como uma oportunidade para melhorar seus serviços. Dentre as oportunidades proporcionadas encontra-se: identificar os pontos fracos, corrigir os problemas, recuperar um cliente, e incentivar a fidelidade. Desde que se lide com elas de forma coerente e profissional (WALKER, 1991). O reconhecimento rápido e assertivo de uma reclamação do cliente pode aumentar a satisfação e a fidelidade dele para com a empresa. Diante da grande importância de se manter o cliente satisfeito e fiel a empresa, o presente trabalho pretende identificar o grau de satisfação dos clientes da Pernambucanas de Toledo, em relação ao atendimento e a variedade e qualidade dos produtos encontrados na seção de cama, mesa, banho, tapetes e cortinas, para promover melhorias. A Filial de Toledo vem passando por um constante decréscimo em suas vendas de cama, mesa, banho e decoração. Nos meses subseqüentes a reinauguração de 04 de julho de 2003 houve um grande aumento nas vendas desse departamento, pois o fluxo de clientes na loja tornou-se maior, a loja estava mais atrativa dispondo de mais conforto para os clientes, havia aumentado a variedade e marca de produtos. Mas após alguns meses as vendas começaram a diminuir gerando decréscimo ano após ano, não conseguindo mais atingir o nível esperado para o seu porte de loja comparada com as demais da empresa, consequentemente não alcançando as expectativas investidas em sua revitalização. Por isso a necessidade de descobrir o que o cliente procura na seção de cama, mesa, banho e tapetes e cortinas da Pernambucanas de Toledo; o que ele gostaria de encontrar neste departamento; e o que ele encontra, e como espera. Torna-se então fundamental a existência de um processo claro para medir a satisfação do cliente em relação ao atendimento, à qualidade e variedade de produtos oferecidos pela empresa. Isso irá ampliar a visão da empresa para a necessidade de seus consumidores. 13 2 2.1 OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Identificar a satisfação dos clientes em relação ao atendimento e a variedade e qualidade dos produtos de cama, mesa, banho, tapetes e cortinas ofertados pela Loja Pernambucanas de Toledo, visando melhorias. 2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS a) fazer pesquisas bibliográficas para embasamento teórico; b) diagnosticar problemas no departamento de Lar; c) aplicar pesquisa para clientes dentro da loja; d) analisar os questionários e propor possíveis melhorias para problemas verificados; e) criar um formulário para que a loja possa aplicar periodicamente uma pesquisa de identificação do grau de satisfação do cliente; f) propor soluções para problemas encontrados. 14 3 JUSTIFICATIVA É necessário conhecer as necessidades dos clientes através de pesquisas, pois é só por intermédio delas que se adquire o conhecimento essencial para a construção e o fortalecimento das vantagens competitivas das empresas. Pesquisa de satisfação de clientes é um sistema de administração de informações que continuamente capta a voz do cliente, através da avaliação da performance da empresa a partir do ponto de vista do cliente. Esta pesquisa, assim, mede a qualidade externa ou performance da empresa em seus negócios, indicando caminhos para as decisões futuras de comercialização e marketing. (ROSSI; SLONGO, 1998, p.1). As pesquisas de satisfação de clientes proporcionam muitos benefícios. Entre elas estão: a percepção mais positiva dos clientes quanto à empresa; as informações precisas e atualizadas quanto às necessidades dos clientes; as relações de lealdade com os clientes, baseadas em ações corretivas; e confiança desenvolvida em função da maior proximidade com o cliente, fazendo com que se sinta importante para a empresa. “Clientes que reclamam dão à empresa a oportunidade para corrigir problemas, restabelecer relações com o reclamante e melhorar a qualidade do atendimento para todos”. (LOVELOK; WRIGHT 2003, p. 160). Assim, é através da voz da cliente que a empresa percebe onde pode melhorar. Mesmo que as pesquisas possam demonstrar resultados com vários pontos de vista e as vezes imprecisos – tendo em vista que nem todos os clientes são sempre sinceros quando submetidos a tais pesquisas – elas continuam sendo um meio eficiente ao demonstrar a realidade empresarial. Segundo Tagliacarne (1978) é necessário saber quem exerce influencia sobre as decisões de compra, quais os motivos que induzem à escolha de determinado produto, determinada marca, determinada loja, quais os gostos e preferências do público. As pesquisas, portanto, são ferramentas que darão noções das necessidades e expectativas dos clientes, que procuram mercadorias de cama, mesa, banho e decoração para seu lar, na Pernambucanas de Toledo, e o que influencia suas decisões. Faz-se necessário um estudo no departamento de Lar, na loja em questão, pois, no ano de 2002 esse departamento atingiu 120% de seu objetivo, já no ano de 15 reinauguração em 2003 atingiu 96%, e, a partir de então nos anos seguintes começou a ter queda nas vendas, com decréscimo todos os anos (PERNAMBUCANAS, 2009). Esse é um problema que preocupa a empresa, pois seu objetivo é manter os clientes fiéis e conquistar as novas gerações, e para isso precisa identificar as oportunidades de melhorar sua prestação de serviço. Segundo Kotler e Keller (2006, p. 144): A empresa deve medir a satisfação com regularidade porque a chave para reter clientes está em satisfazê-los. Em geral, um cliente altamente satisfeito permanece fiel por mais tempo, (...) fala bem da empresa e de seus produtos, dá menos atenção a marcas e propaganda concorrentes e é menos sensível a preço. Kotler e Keller (2006) ainda complementam que conquistar novos clientes pode custar até 5 vezes mais do que satisfazer e reter os já existentes. Afinal não é fácil induzir clientes satisfeitos a deixar de comprar de seus fornecedores atuais. Para isso, o presente trabalho se utilizará de mecanismos do marketing para identificar quais as melhorias que os clientes da seção de cama, mesa, banho e decoração da loja Pernambucanas de Toledo, gostariam usufruir. Isso se justifica pela necessidade do mercado, onde as empresas precisam estar atentas às necessidades dos clientes, seus desejos e anseios. 16 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA As empresas buscam o sucesso, portanto, precisam estar atentas às exigências dos consumidores, pois eles são as figuras principais de todo processo organizacional. Para se entender melhor o que uma empresa necessita fazer para satisfazer seus clientes, a fundamentação teórica apresentada neste capitulo dispõe dos temas: administração, administração de marketing, marketing de relacionamento, mix de marketing, comportamento do consumidor, satisfação do cliente, qualidade no atendimento, qualidade em serviços, qualidade no produto e pesquisa em marketing. 4.1 DEFINIÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO De acordo com Fayol (1950) administrar é prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Por prever, o referido autor define como sendo a visualização do futuro, que permite traçar um programa de ação. Por organizar, entende-se que é a constituição do duplo organismo material e social da empresa. O próximo ponto é o comando, que pode ser definido como dirigir e orientar o pessoal. A função de coordenar, por sua vez, liga, une e harmoniza todos os atos e esforços coletivos. Por último e não menos importante, o controle consiste na verificação dos processos, para que tudo ocorra como foi estabelecido. Já segundo Stoner e Freeman (1999), a administração é o processo de planejamento. Organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos membros da organização e o uso de todos os recursos organizacionais para alcançar os objetivos estabelecidos. O administrador possui, basicamente, três funções: a primeira é tornar recursos econômicos em produtivos. Ele precisa movimentar recursos para o futuro, a fim de maximizar oportunidades. O administrador passa uma parte de seu tempo solucionando problemas de essência econômica. A segunda é que todo administrador possui também a função gerencial ou administrativa, para tornar 17 produtivos os recursos humanos, persuadir as pessoas a trabalharem em equipe, unindo habilidades e conhecimento. A organização é um meio para maximizar a capacidade humana. A terceira função do administrador é exercer uma função pública. (DRUCKER, 1976). Conclui-se assim que, os administradores não podem ser encarados como peças isoladas na organização. Eles têm um papel fundamental na organização como um todo. Para Denton (1990), a administração é uma ferramenta capaz de identificar os clientes e então avaliar o que os mesmos desejam. Portanto a Pernambucanas de Toledo procura estruturar o setor administrativo visando eficiência em seus processo, pois possui uma área bem definida, composta pelo crediário, finanças, marketing, que têm como determinação seguir as políticas da empresa. 4.2 ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING A administração de marketing também é um setor relevante para as empresa que atuam no comercio varejista, pois há uma grande necessidade de captação de novos clientes todos os meses e também a manutenção e fidelização dos mesmos. Segundo Kotler e Keller (2006, p.4), a administração de marketing deve ser vista como sendo: A arte e ciência da escolha de mercados-alvo e da captação, manutenção e fidelização de clientes por meio da criação, da entrega e da comunicação de um valor superior para o cliente. A administração de marketing dentro da organização deve sempre buscar a satisfação dos clientes, procurando algo a mais para oferecer ao seu público-alvo, distinguindo e suprindo as necessidades e desejos das pessoas que procuram seus serviços e produtos. Ainda de acordo com os referidos autores, trata-se de um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o 18 que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros. É atraves dele que se torna possivel a relação do mercado com a empresa, pois assim, a empresa toma conhecimento do que acontece no mercado e isso facilita o suprimento das necessidades e desejos dos clientes, além de criar trocas que possibilitam a satisfação individual e organizacional. Para Kotler (1999), a administração de marketing tem por principal responsabilidade o alcance de receitas lucrativas para a empresa. Mas, para isso, ele deve identificar, avaliar e selecionar as oportunidades de mercado e estabelecer as estratégias para alcançar proeminência e domínio dos mercados alvos. Portanto uma de suas ferramentas é o marketing de relacionamento. 4.3 MARKETING DE RELACIONAMENTO Há várias décadas, as empresas direcionadas às vendas concentravam suas energias na modificação da mentalidade do cliente, visando adaptá-lo ao produto. Essa prática, conhecida como a escola do marketing do “qualquer cor, desde que seja preto”. No mundo empresarial contemporâneo, porém, não há mais espaço para esse tipo de estratégia Com a tecnologia e o aumento da competição, as empresas foram obrigadas a mudarem sua abordagem e começarem a se voltar para o cliente. Com uma disposição em modificar seu produto para atender às exigências do cliente, a antiga concepção do “qualquer cor, desde que seja preto” foi susbstituída pela escola do marketing do “diga que cor prefere”. (MCKENNA, 1997). Assim, “o conceito promocional padrão precisou ser abandonado em favor de uma abordagem baseada nas relações com o cliente e com a infra-estrutura do setor” (op cit, p. 25). Atentas a essa necessidade, as empresas buscam no marketing as ferramentas de fidelização. Dentre essas ferramentas, encontram-se as pesquisas de satisfação, a abordagem de recuperação e manutenção de frequência, os bancos de dados, o pós-venda, entre outras (BISPO, 2008). Tudo isso visando a conquista efetiva do cliente. Com relação a essa conquista, Kotler e Keller (2006) afirmam que, a gestão de relacionamento com o cliente envolve gerenciamento cuidadoso de informações 19 detalhadas sobre cada cliente e de todos os “pontos de contatos” com ele, a fim de maximizar sua fidelidade. Endossando a ideia de Kotler e Keller (2006), Lovelock e Wrigth (2003, p. 132) explicam que “o marketing de relacionamento envolve as atividades destinadas a desenvolver ligações economicamentes eficazes de longo prazo entre uma organização e seus clientes para o benefício mútuo de ambas as partes”. Portanto, é através do marketing de relacionamento, que as organizações podem projetar e lançar ações voltadas aos clientes, buscando sempre que estes se tornem cada vez mais próximos de seus produtos e serviços. Seguindo essa mesma linha, McKenna (1997) explica que para a constituição de um relacionamento com os clientes, o marketing ideal é aquele baseado no conhecimento e na experiência. Esse marketing baseado no conhecimento exige que a empresa domine o conhecimento: da tecnologia pertinente; da concorrência; dos seus clientes; e de sua própria organização. Com isso a empresa pode colocar em prática três formas essenciais ao marketing baseado no conhecimento: integrando o cliente ao processo de desenvolvimento, a fim de garantir um produto específico não apenas às suas necessidade, mas também às suas estratégias; gerar uma mentalidade voltada para nichos de mercado, usando o conhecimento da empresa para identificar segmentos de mercado para conquistar; e por fim desenvolvendo a infra-estrutura de fornecedores, revendedores, sócios e usuários cujas relações ajudarão a manter e dar apoio à reputação da empresa. Já o marketing baseado na experiência é aquele que enfatiza a interatividade, conectividade e criatividade. Agindo assim a empresa dedica-se aos seus clientes, monitoram seus concorrentes e desenvolvem um sistema de feedback que transforma as informações em novas e importantes informações sobre o produto. Todas essas medidas são eficazes para que as empresas construam um relacionamento com clientes, fornecedores, etc. Para finalizar, Kotler e Keller (2006) afirmam que o maior objetivo do marketing de relacionamento é construir uma relação de longo prazo e que seja mutuamente satisfatória para os clientes, fornecedores, distribuidores e outros parceiros de marketing, visando a manutenção dos negócios. No entanto faz-se necessário também desenvolver outras ferramentas do marketing, como o Mix de Marketing. 20 4.4 MIX DE MARKETING Segundo Kotler e Keller (2006), o termo mix ou composto de marketing pode ser definido como o conjunto de ferramentas de marketing que a empresa usa para perseguir seus objetivos de marketing. Já para McCarthy (apud Kotler; Keller, 2006) essas ferramentas podem ser classificadas em quatro grupos amplos, que são denominados de “os quatro Ps de marketing”, sendo eles: produto, preço, praça e promoção. Todos esses quatro elementos são formas de influências sobre os canais de comercialização e dos consumidores finais, que correspondem aos 4 Cs do cliente, que são: produto e cliente; que diz respeito a tudo o que se refere ao produto ou serviço em si, como formulação física, características, produção, qualidade, marca, design, embalagem e outros. Preço e custo; referente a política de preços, descontos, e formas e prazos de pagamento. A praça e conveniência; relativo às tarefas necessárias para apresentar o produto ou serviço ao consumidor, para que ele possa comprá-lo e consumi-lo, canais de distribuição, cobertura, variedades, locais, estoque, transporte. E, por último a promoção e comunicação; onde todas as tarefas de comunicação visam promover o consumo do produto ou serviço, promoção de vendas, publicidade, força de vendas, relações públicas, marketing direto, propaganda, etc. Esses quatro fatores do mix de marketing estão inter-relacionados e por isso, as decisões em uma área afetam, invariavelmente, as ações em outra. Bispo (2008) também abordo os 4 Ps. Para o referido autor, esse composto de marketing significa: definir o produto, determinar os pontos de venda, adequar a um preço justo e comunicar por meio de propaganda. Porém, essa estratégia só funciona se os quatro elementos estiverem alinhados para criar a imagem e o resultado desejado. Recentes estudos relatam a necessidade de novos fatores para o composto de marketing. Uma nova teoria é a dos 6 Cs, que complementa os 4 Ps. Adicionouse a necessidade de investir mais nas pessoas envolvidas nos processos, clientes internos (funcionários) e externos (clientes e fornecedores). Na concepção de Bispo (2008), os 6 Cs são compostos por: 21 a) cliente: em vez de produzir e tentar vender, primeiro é preciso saber o que o cliente quer, só depois iniciar a produção e venda; b) custo: precisa-se saber quais valores os clientes conseguem arcar, e adaptar as despesas de produção, armazenamento, deslocamento, vendas e todas as despesas; c) conveniência: preocupação com estacionamento, vias de acesso, alturas de prateleiras, produtos visíveis etc.; d) comunicação: tudo que diz respeito a divulgação de marca; e) colaboradores: tratar a equipe de forma profissional, com direitos garantidos, treinamentos e desenvolvimento, com regras e normas claras e bem divulgadas; f) controle: checar números, estatísticas e resultados, para poder avaliar a ação executada, pois o marketing produz resultados reais. (op cit.). Seguindo a análise de Bispo (2008) observa-se que cada vez mais é preciso conhecer o cliente, portanto se faz necessário estudar o comportamento desse consumidor. 4.5 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR O comportamento do consumidor é o estudo de processos envolvidos quando indivíduos ou grupos escolhem, compram, usam ou dispõem de produtos, serviços, idéias ou experiência para satisfazer as necessidades e desejos. Portanto há uma grande diferença entre necessidades e desejos, sendo que uma necessidade é um motivo biológico, já um desejo representa o modo que a sociedade nos ensinou, pelo qual as necessidades podem ser satisfeitas. (SOLOMON, 2002). Para Honorato (2004) o processo de decisão do consumidor depende de fatores interpessoais, psicológicos, situacionais e de marketing: As influências interpessoais são: cultura, que é um complexo de valores e comportamentos que são compartilhados pela sociedade e passado por gerações; subcultura, que é um segmento separado de uma cultura que compartilha valores e padrões diferentes da cultura geral; classes sociais, que são divisões da sociedade 22 que compartilham valores, interesses e comportamentos com base em riqueza, profissão, nível de instrução, tipo e localização de moradia; grupos de referencia, que são pessoas consideradas lideres de opinião que influenciam o comportamento do consumidor; família, que é possivelmente o mais importante fator de influencia do consumidor (op cit.). As influências psicológicas são: motivação, que é a percepção dos consumidores criada por impulsos internos, que orientam suas ações para a satisfação de desejos e necessidades; percepção, que é a seleção a organização e a interpretação do estimulo dentro dele mesmo por meio dos sentidos: tato, olfato, paladar, audição e visão; aprendizagem, que é a mudança comportamental decorrente de experiência e informação; atitudes, que são tendências relativamente estáveis de perceber ou agir conscientemente com relação a produtos e serviços; personalidade, que é a combinação de diferentes traços e tendências comportamentais que levam a padrões de comportamento da pessoa; estilo de vida, que é o padrão de vida caracterizado por atividades, interesses e opiniões; autoconceito, que constitui-se na visão e percepção de si mesma (op cit.). Já as influências situacionais são: quando o consumidor é influenciado por ambiente físico, ambiente social, tempo, tarefa e condição momentânea (op cit.). As influencias de marketing são: as atividades potenciais, por intermédio das variáveis do composto de mercadológico: produto, preço, ponto e promoção (op cit.). Solomon (2002) destaca a possibilidade do profissional do marketing criar necessidades artificiais. As quais consistem em levar o consumidor a acreditar, por meio de publicidade, que os produtos têm propriedades mágicas, fará coisas especiais e misteriosas que irá transformar suas vidas. Mas complementa que os publicitários simplesmente não sabem o suficiente sobre as pessoas para manipulálas. Para Kotler e Keller (2006), o propósito do marketing é atender e satisfazer às necessidades e os desejos dos consumidores. Para tanto é importante as empresas compreenderem como cada fator influencia o consumidor na avaliação dos produtos e serviços adquiridos. 23 4.6 SATISFAÇÃO DO CLIENTE Segundo Kotler (1998), a satisfação é o sentimento de prazer ou de desapontamento resultante da comparação do desempenho esperado pelo produto em relação às expectativas da pessoa. Para Lovelock e Wright (2003) quando um cliente avalia a qualidade de um serviço, ele está julgando em função de um padrão interno já existente, que é à base de suas expectativas. Um cliente não compra apenas o produto, mas sim à satisfação que ele o proporcionará. Como o cliente compra satisfação, todos os bens e serviços concorrem intensamente mesmo sendo totalmente diferentes, sirvam a funções diferentes, sejam feitos, distribuídos e vendidos de maneiras diferentes – mas constituem meios alternativos para que o cliente obtenha a mesma satisfação (DRUCKER, 1964). Os clientes não dão importância somente às características ou atributos dos produtos, mas também aos benefícios que eles proporcionam como: prazer, poder, conveniência, status, saúde, praticidade, sonho e etc. E, são esses atributos que levam o cliente a comprar (BISPO, 2008). Kotler (1998) também declara que a satisfação aliada ao bom atendimento é o aspecto que faz o cliente retornar, por isso, a satisfação do cliente tem que ser o motivo maior, pois estes quando satisfeitos são mais do que simples consumidores ou clientes, mas, parceiros comerciais e advogados defendendo a empresa e fazendo propaganda para amigos e familiares. Segundo Bispo (2008), o melhor meio para identificar oportunidades de negócios é procurar necessidades que não estão sendo satisfeitas, e através disso desenvolver produtos e serviços para satisfazê-las a um custo que esteja ao alcance dos consumidores. E para identificar essas necessidades é necessário prestar atenção, ouvir e atender as recomendações das pessoas. Em se tratando de satisfação do cliente, Denton (1990) explica que ela ocorre quando uma companhia enfoca seus esforços em serviços com qualidade. Essa satisfação produz recompensas reais para a companhia em termos de lealdade dos clientes e na imagem da empresa. A insatisfação dos clientes, por sua vez, produz melindres reais e isso é um fato que as empresas raramente podem se dar ao luxo de ignorar. 24 Clientes marginalmente satisfeitos ou indiferentes podem ser atraídos pelos concorrentes, enquanto que um cliente encantado é mais propenso a permanecer fiel a despeito de ofertas competitivas atraentes que a concorrência possa oferecer. Mas, para uma empresa melhorar os níveis de satisfação do cliente, ela deve inicialmente descobrir o quanto seus clientes atuais estão realmente satisfeitos ou insatisfeitos (LOVELOCK; WRIGHT, 2003). Para isso, é muito importante que o profissional saiba usar as ferramentas de marketing estrategicamente para ajudar a empresa a alcançar melhores resultados econômicos, financeiros e sociais, com a preocupação voltada para os benefícios que o seu produto oferece para os clientes. (BISPO, 2008). Além das ferramentas, há uma estreita ligação entre qualidade de produtos e serviços, satisfação de clientes e lucratividade da empresa. Níveis mais elevados de qualidade resultam em níveis mais elevados de satisfação de clientes, ao mesmo tempo em que justifica preços mais altos e frequentemente permitem custos menores, elevando assim a lucratividade da empresa. (KOTLER; KELLER, 2006). Manter o cliente é mais vantajoso para a empresa, pois, segundo Lovelock e Wright (2003), um cliente satisfeito fornece muitos benefícios para a empresa ao se tornarem fiéis. Em números, Kotler (2000) constatou que conquistar novos clientes custa entre cinco a sete vezes mais do que manter os já existentes. Conclui-se, portanto que, no longo prazo, é mais lucrativo manter bons clientes do que atrair e desenvolver novos clientes para substituir os que saem e um fator que pode fazer a diferença na decisão do cliente é ter qualidade no atendimento. 4.7 QUALIDADE NO ATENDIMENTO A principal função do atendente é representar a organização junto aos clientes, fornecendo informações, esclarecendo dúvidas, solucionando problemas enfim, desenvolvendo um tratamento que gere satisfação, segurança e tranquilidade ao cliente. E para isso, esse colaborador deve estar preparado. As pessoas que atendem devem estar dispostas para o bom atendimento, conhecer o que fazem, gostar de lidar com as pessoas, ser educada e cortes e 25 saber negociar. Pois o ato do atendimento é o constante exercício da negociação. (DANTAS, 2004). Segundo Moller (1997, p.17): O futuro de uma empresa ou organização depende dela conseguir satisfazer os requisitos de qualidade do mundo exterior. Ela precisa produzir e entregar bens e serviços que satisfaçam às exigências e expectativas de clientes usuários. Entretanto, para se alcançar tais exigências torna-se necessário desenvolver uma qualidade pessoal. Porém, o ponto de partida para se iniciar o desenvolvimento da qualidade, em uma empresa ou organização, é com o desempenho do indivíduo e suas atitudes com relação à qualidade. (op cit., p.17). A cultura da qualidade pessoal preza que os clientes internos, ou seja, os colaboradores devem ser os primeiros clientes a serem estudados pela organização. Segundo Kotler e Keller (2006) com o pessoal bem treinado a empresa pode obter uma grande vantagem competitiva. Ele classifica as seis características dos funcionários mais bem treinados: a) competência: possuem habilidade e conhecimento necessários; b) gentileza: são simpáticos, atenciosos e prestativos; c) credibilidade: são dignos de créditos; d) confiabilidade: realizam o trabalho com consistência e precisão; e) presteza: atendem rapidamente as solicitações dos clientes; f) comunicação: esforçam-se para compreender o cliente e se comunicar com clareza. É importante salientar que a satisfação do cliente é resultado dos serviços prestados pela empresa, principalmente a qualidade no atendimento. A percepção desta satisfação para os clientes é fundamental para o sucesso da empresa. Assim, o que ocorre quando os funcionários trabalham satisfeitos pode ser chamado de espelhamento, onde somente o funcionário satisfeito é capaz de promover a satisfação do cliente (ALBRECHT, 1992). Outro ponto que não pode ser relevado é o acompanhamento e o treinamento, pois da força as vendas. Segundo Bispo (2008), essa área jamais pode sair do foco, da mesma maneira que o atendimento ao cliente. Ainda de acordo com este autor, é essencial a existência de um programa de treinamento e desenvolvimento de pessoas que estão na linha de frente da empresa, tendo em 26 vista que, como já mencionado anteriormente, a qualidade nos serviços já não é mais um diferencial e sim um requisito básico. Nesse ponto, o treinamento e desenvolvimento adequado do pessoal encarregado de atender o público têm se mostrado uma ferramenta eficaz na sobrevivência das organizações. Com relação ao treinamento do pessoal, Castro e Neves (2005) afirmam que há uma nova postura desse profissional de vendas, com orientação para o desejo e necessidades do cliente, o trabalho ético, a necessidade de adaptação das abordagens de venda aos diferentes segmentos atendidos e uma boa administração de informações sobre os clientes, produtos e a empresa que representa, além do extremo profissionalismo. Todo atendimento, segundo Kotler (1999), se desdobra nos seguintes atributos: velocidade, cordialidade, conhecimento, solução de problemas e assim por diante. Cada pessoa atribui diferentes pesos a esses atributos de atendimento em diferentes momentos e contextos. E para fazerem isso com maestria, os colaboradores precisam, invariavelmente, estarem motivados. Com relação à motivação, Gil (2007) afirma que os funcionários motivados realizam bem seus trabalhos tanto individualmente quanto em grupos, e tendem a proporcionar melhores resultados. Nesse contexto, a motivação entra como o principal combustível para a produtividade da empresa. Porém, para manter os níveis de motivação altos, na visão de Campos (1999), é necessário investir na educação e no treinamento. Ambos são meios para o crescimento do ser humano e devem ser utilizados tendo como grande objetivo a sobrevivência da empresa, através do desenvolvimento das habilidades e desejos de trabalhar. Só assim que o treinamento irá ajudar na construção da excelência no atendimento. Seguindo essa mesma linha, Campos (1999, p. 158) destaca que “a base para a educação e o treinamento é a motivação do empregado da empresa, obtida pelo gerenciamento do item de controle MORAL por todas as chefias da empresa”. Conclui-se, portanto, que cabe a empresa o papel de agente promotor do desenvolvimento e da capacitação do empregado ao cargo. Juntamente com isso, vale lembrar que as pessoas devem possuir determinadas características e habilidades para serem capazes de desempenhar determinadas funções e essas características devem ser auferidas no momento da admissão. Há, portanto, dois pontos principais que delineiam o desempenho dos colaborados. Se por um lado 27 eles devem possuir certas características como requisito para desempenharem suas funções, por outro cabe as empresas desenvolverem essas habilidades ao máximo, visando adequá-las as peculiaridades da organização. (LACOMBE, 2005). Bee e Bee (2000) resumem mais alguns princípios, além dos citados acima, que são fundamentais na excelência em atendimento. São eles: a empresa deve estar comprometida em proporcionar um excelente atendimento, e o cliente deve ser o centro de atenção em toda a empresa; todos os funcionários têm que estarem cientes e comprometidos com a visão de excelência no atendimento ao cliente; todos os funcionários devem ser treinados para proporcionar o mais elevado nível de atendimento ao cliente; e por fim ter um sistema e procedimentos desenhados para dar impulso ao atendimento ao cliente. Mas além do bom atendimento o cliente espera encontrar qualidade nos serviços prestados. 4.8 QUALIDADE EM SERVIÇOS O serviço não pode ser tocado, ele é comercializado juntamente com um bem. Torna-se crucial a capacidade de negociação, sempre objetivando a satisfação do cliente. No cenário de serviços, pode-se afirmar que a maioria dos produtos é similar. O mercado de produtos e serviços é enorme e capaz de oferecer bens de todos os tipos e que atendem a todos os gostos e finalidades. Porém, além de atender a todo tipo de necessidade e desejo, a grande variedade de opção, muitas vezes, deixa o consumidor na dúvida sobre qual marca consumir. É por causa dessa dúvida dos consumidores que a efetivação da fidelidade do cliente só pode ser conquistada ao lhe oferecer um serviço diferencial e excelente. Denton (1990) concluiu que é só através dos serviços que um negócio pode destacar-se dos competidores. Bee e Bee (2000) concordam com Denton (1990) ao afirmarem que, mesmo que os preços sejam atraentes aos olhos do consumidor, de nada eles adiantam se ao bem ofertado não lhe for agregado um atendimento excelente: 28 Se confiarmos apenas nos nossos preços, alcançaremos considerável sucesso. Se aos nossos preços acrescentarmos o constante e cuidadoso cultivo de todas as outras praticas pra construir e conservar uma boa reputação seremos muito mais formidáveis aos olhos dos nossos concorrentes e conseguiremos um resultado muito melhor. (BEE; BEE, 2000, p. 11). Devido a essa necessidade de cultivar os bons serviços, Kotler (1998) atribuiu quatro características importantes que devem, imprescindivelmente, serem agregadas aos serviços, como: a intangibilidade, diferente dos produtos, na obtenção dos serviços os clientes não podem ver, provar, sentir, ouvir ou cheirar antes de comprá-los; inseparabilidade, os serviços são produzidos e consumidos simultaneamente, o que causa o contato direto com o cliente, pois o consumidor recebe e consome os serviços no local da produção; variabilidade, os serviços são altamente variáveis, uma vez que dependem de quem executa e de onde são prestados. É difícil julgar a qualidade de um serviço ou mesmo prevê-las antes que ele seja adquirido; perecibilidade, os serviços são perecíveis e não podem ser armazenados. Deve estabelecer equilíbrio entre a demanda e a oferta. Por mais que em algumas situações o serviço pareça não existir, de certo modo, ele está presente entre a empresa e o cliente. E para o cliente muitas vezes o custo não é o mais importante, mas sim, a sua satisfação. Denton (1990) declara que fornecedores de serviços com qualidade sabem que, frequentemente, produtos com qualidade, manutenção e boa administração interna influenciam a satisfação do cliente de forma mais acentuada do que preços baixos ou promoções ruidosas. A partir dessas declarações, pode-se constatar que o que influencia os clientes na escolha de que bem adquirir não é, fundamentalmente, o preço. Os consumidores compram a qualidade, tanto dos produtos quanto dos serviços. A respeito da qualidade dos serviços, Maximiano (2000) explica que ela significa fornecer tudo o que seja capaz de suprir e atender às necessidades específicas dos clientes. O grande impasse, porém, encontra-se na identificação do que o cliente realmente quer. Vale lembrar que os clientes possuem uma expectativa sobre a qualidade do serviço, baseada em suas necessidades individuais, experiências passadas, recomendações de terceiros e propagandas. Depois de utilizar o serviço, os clientes comparam sua qualidade esperada com o que realmente recebeu. Se o 29 serviço não atingir suas expectativas, ele se sentirá decepcionado e insatisfeito. Se o serviço for condizente com o que ele esperava, ele se sentirá satisfeito. Mas, se o serviço superar suas expectativas, o cliente se sentirá encantado. É nesse encantamento que a fidelização reside. (LOVELOCK; WRIGHT, 2003). Por último, os esforços em qualidade de serviços devem ser sempre auferidos. Segundo Moller (1997), as organizações devem ter certeza de que a qualidade de seus serviços satisfaz constantemente as exigências do mercado, pois a crescente insatisfação entre os clientes que não reclamam representa uma ameaça a qualquer organização de serviços. Toda a organização de serviço deve monitorar a satisfação de clientes, através de pesquisas de mercado regulares. Entretanto o cliente também espera encontrar qualidade nos produtos, fator que irá influenciar no seu grau de satisfação. 4.9 QUALIDADE NO PRODUTO O mercado consumidor vem se tornando cada vez mais sofisticado e disposto a lutar por seus direitos. Portanto, as empresas têm que lidar hoje com um mercado interessado não apenas em consumir, mas em exigir qualidade de seus produtos (GIL, 2007). A definição de qualidade no produto foi definida por vários autores, sob diferentes perspectivas. Para Kotler e Keller (2006, p. 145) “qualidade é a totalidade de atributos e características de um produto que afetam sua capacidade de satisfazer necessidades declaradas ou implícitas”. E com a crescente percepção dos consumidores para com as exigências dos produtos, torna-se cada vez mais difundida a importância da qualidade. Já para Campos (1999), um produto de qualidade é aquele que possui um projeto perfeito, de forma confiável e sem defeitos; de forma acessível, com baixo custo; de forma segura, oferecendo segurança ao cliente; e no tempo certo, sendo entregue no prazo estipulado, no local e na quantidade certa. Kotler e Keller (2006, p. 371) complementam o autor citado acima ao afirmar que “os compradores esperam que os produtos tenham alta qualidade de 30 conformidade, ou seja, que todas as unidades produzidas sejam idênticas e atendam às especificações prometidas”. Assim, todos esses esforços empregados pelas empresas e os parâmetros de qualidade do produto visam exclusivamente satisfazer o cliente. Ainda em se tratando da qualidade, de acordo com Juran (1997, p. 7), “a satisfação do cliente é um resultado alcançado quando as características do produto correspondem às necessidades do cliente. Ela é, em geral, sinônima da satisfação com o produto”. Conclui-se, portanto, que o cliente procura duas características distintas na hora de efetivar a compra. Primeiramente, ele comprará o bom atendimento e só depois ele comprará o produto, por sua qualidade e atribuições. É por isso que, se o cliente encontrar plena satisfação no produto ele não se importará em pagar mais. Segundo Peters (1989), os clientes pagarão mais pelo melhor e especialmente pela melhor qualidade. As empresas que oferecem essa qualidade provavelmente prosperarão e os trabalhadores serão motivados pela oportunidade de oferecer produtos ou serviços de alta qualidade. Porém, infelizmente, nenhum produto tem uma liderança segura de qualidade, pois a concorrência está sempre evoluindo, assim como o mercado e a demanda. Em virtude dessa constante inovação, George (1993) afirma que é importante não apenas produzir e vender produtos, mas produzir e vender produtos de qualidade, sem erros e acima disso, inovadores. A tecnologia deve ser implantada não só no lado da produção, mas também no lado da distribuição. Ademais dos avanços tecnológicos, a melhoria contínua de um produto traz maiores retornos e maior participação de mercado, de acordo com o modelo de valor que a empresa adota, oferecendo mais qualidade por menos dinheiro, a qualidade vai se tornando um parâmetro de diferenciação cada vez mais importante. (KOTLER; KELLER, 2006). Ainda com relação à qualidade do produto, Juran (apud Zilbovicius, 1999), faz referência a dois tipos de qualidade: a) a qualidade do projeto: tanto maior quanto o próprio projeto garante a qualidade do produto e a satisfação do consumidor; 31 b) a qualidade da conformação: tanto maior quanto o processo de fabricação, garante a conformidade dos produtos fabricados às especificações do projeto. Se ficar claro que o produto tem baixa qualidade de projeto, a qualidade de conformação não é suficiente para garantir que atenda as necessidades dos clientes, e quando há qualidade no projeto, mas, a conformação não atinge o alto nível, compromete da mesma forma o desempenho do produto no mercado. Kotler (1999, p. 17) explica que “todo mundo concorda que qualidade sofrível é ruim para os negócios. Os clientes que se zangam com má qualidade não voltam e, além disso, falam mal da empresa”. É por isso que as empresas precisam investir em melhorias. “Melhorias contínuas no produto é uma estratégia sólida, especialmente se a empresa puder ser a líder nesse item”. (op cit., p. 20). Mas para que todos os tópicos acima sejam mensurados, é necessário que a empresa reconheça a importância da pesquisa de marketing e o quanto ela pode evidenciar os anseios dos clientes, dando a oportunidade para a empresa satisfazêlos. 4.10 PESQUISA EM MARKETING Através da pesquisa de marketing a empresa obtém informações para tomar decisões mais precisas sobre como esta indo a empresa, e quais as exigências do mercado. “A pesquisa de marketing é a coleta, análise e comunicação sistêmica de dados e descobertas relevantes para uma condição específica de marketing, relacionada à organização”. (SILVA, 2005, p. 59). Para se elaborar uma boa pesquisa são necessários alguns itens como um método científico, com observação cuidadosa, formulação de hipóteses, predição e testes; usar de criatividade para desenvolver maneiras inovadoras para solucionar um problema; evitam depender de um único método, utilizando dois ou três métodos para aumentar o grau de confiabilidade dos resultados; ter interdependência de modelos e dados, com dados interpretados a partir de modelos bem definidos que orientam os tipos de informações procuradas; ter preocupação em estimar o valor 32 das informações em relação a seu custo; usar do ceticismo saudável, com relação a suposições feitas por gerentes sobre o funcionamento do mercado e estar alerta para os “mitos de marketing”; praticar um marketing ético, beneficiando tanto a empresa que o contratou como os seus clientes, pois quando mal usada pode prejudicar ou aborrecer os consumidores. (KOTLER; KELLER, 2006). Ressalta-se que “a pesquisa é um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais”. (LAKATOS; MARCONI, 1991, p.155). A pesquisa também possibilita a empresa reconhecer os consumidores, e através dela, fazer um levantamento das características pessoais como: sexo, idade, nível de renda, além das percepções, preferências e necessidades diferentes dos consumidores. Para Silva (2005) essas informações são fundamentais para o processo de marketing. Sendo assim, as pesquisas se tornam uma importante aliada da organização. Para Kotler (1999, p. 47, 48), além de aliada, “a pesquisa é o ponto inicial para o marketing. Sem ela, uma empresa entra em um mercado às cegas. (...) o bom marketing envolve pesquisas cuidadosas sobre a oportunidade no mercado e a preparação de estimativas financeiras”. Mas, sem ignorar o conceito de marketing como um todo. A pesquisa de marketing, destaca Cobra (2000), é uma das ferramentas que faz parte do Sistema de Informação de Marketing, denominado o SIM do Marketing. Esse sistema permite a obtenção e manutenção de dados, facilita a ação e a tomada de decisão, possibilita melhorias para o cliente, novas idéias, produtos e serviços através de pesquisas. O sistema de informação em marketing é definido como uma estrutura de interação entre as pessoas, equipamentos métodos e controles estabelecidos para criar um fluxo de informações capaz de prover as bases para tomada de decisão em marketing. E ao executar as funções básicas de informação na tomada de decisão o SIM incorpora os sistemas de pesquisa de mercado. (COBRA, 2000). Portanto as pesquisas de marketing têm por finalidade segundo Tagliacarne (1978, p. 27), “estudar os problemas relativos aos planos de produção, de propaganda e de distribuição, com o fito de incrementar as vendas e aumentar os lucros”. 33 5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Os procedimentos metodológicos são de grande importância, para garantir ao trabalho desenvolvido resultados satisfatórios e de confiabilidade. Portanto para Lakatos e Marconi (1991), a metodologia é como uma arma de busca, caçada aos problemas e distribuição de erros, mostrando-nos como detectar e eliminar o erro, criticando as teorias e as opiniões alheias e, ao mesmo tempo, as nossas próprias. O presente trabalho é do tipo pesquisa diagnostico com proposição de planos e caracteriza-se como estudo de caso. Para Oliveira (2006) o diagnostico é uma observação ou uma avaliação que se faz sobre a situação atual da empresa, com o interesse de se determinar as condições necessárias para chegar a uma nova situação, mais desejável do que a atual. Portanto o objetivo em questão é detectar e avaliar o grau de satisfação dos clientes, em relação à qualidade e variedade dos produtos e ao atendimento prestado na Pernambucanas de Toledo. Para isso também foi necessário uma pesquisa bibliográfica, a fim de se obter embasamento teórico sobre o assunto acima citado, o que se deu através de livros, revistas e internet. Para tanto utilizou-se dados primários e secundários, sendo que os dados secundários, são aqueles que já foram coletados, tabulados, ordenados e, às vezes até analisados, com o propósito de atender as necessidades da pesquisa em andamento. Eles estão catalogados a disposição dos interessados. As fontes dos dados secundários são documentos sobre a pesquisa, jornais, revistas e livros. (MATTAR, 2001). Já os dados primários são aqueles que não foram antes coletados, estando ainda em posse dos pesquisadores e que são coletados com o propósito de atender as necessidades específicas da pesquisa em andamento. As fontes básicas de dados primários são: pessoas que tem informação sobre o pesquisado e situações similares. (op cit.). Portanto os dados primários foram coletados junto aos clientes da empresa do setor varejista das Lojas Pernambucanas de Toledo em setembro de 2010, por meio de questionários que foram respondidos por 353 clientes. O número de pessoas pesquisadas foi determinado a partir da média de clientes que compram na loja durante todo o mês, ou seja, em média de 3.000 34 cliente por mês. Utilizou-se para esta determinação a formula estatística de Barbetta (2006). n=1 Eo² no = 1 0,05² no = 1 0,0025 no = 400 Considerando margem de erro de 5%; Grau de confiança de 95%. n = N.no N+no n = 400 x 3.000 = 353 questionários 400 + 3.000 O instrumento utilizado para coletar esses dados foi um questionário aplicado a clientes, estruturado com perguntas abertas e fechadas, permitindo assim a tabulação numérica e dados estatísticos, que permitem fácil visualização e pouca margem de erros. Já as perguntas abertas, permitam aos entrevistados expressarem suas opiniões com suas próprias palavras. A escolha dos pesquisados se deu de forma aleatória, porém, não de forma probabilística, pois não se deu a oportunidade de todo o público alvo da pesquisa ser escolhido. Porque foram entrevistados somente clientes que se fizeram presentes durante o período da pesquisa. Lopes (2005) complementa que na amostra não-probabilística o pesquisador não conhece a probabilidade que cada pessoa tem de ser selecionada para fazer parte da amostra, de certa forma depende do julgamento do pesquisador. Apesar das utilizações de dados quantitativos, o trabalho caracteriza-se pelo análise qualitativo, que segundo Godoy (1995), a pesquisa qualitativa tem o 35 ambiente natural como fonte direta de dados e o pesquisador como instrumento fundamental, ela busca compreender o fenômeno de maneira contextualizada, através de uma análise em perspectiva integrada. Após a coleta dos dados com os instrumentos acima citados, as respostas foram analisadas e tabuladas em gráficos e tabelas, possibilitando assim, melhor visualização dos resultados auferidos. 36 6 ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS Este capítulo será composto por assuntos relacionados à organização e a interpretação dos dados resultantes da pesquisa, portanto contará com o diagnostico organizacional e a operacionalização de estágio. 6.1 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL A empresa Arthur Lundgren Tecidos S/A, cujo nome comercial é Pernambucanas, esta localizada na rua Barão do Rio Branco, 1180 centro Toledo – PR, fone (45) 3252-26-32. Seu ramo de atividades é o Setor Terciário, Comércio Varejista, Loja de Departamento ou Magazine, tendo como mercado de atuação a cidade de Toledo e região. Toledo possui um centro comercial amplo, composto por varias lojas de rede Nacional e Estadual, e também muitas lojas locais que têm bastante influência no consumo da população. Além das lojas no centro, há uma grande concentração de lojas nos bairros que retêm muitos clientes. Dentre todas as lojas de Toledo, as que mais se destacam em concorrência são: Loja LM, Lojas Kelly, Casas Brasil, Casas Bahia, Magazine Luiza, Colombo, Romeira e Super Mercado Muffato. 37 6.1.1 Organograma GERENTE LOJA COORD. VENDAS RAMO MOLE ASSESSOR CLIENTES Sr. VM. VE ASSESSOR CLIENTES Sr. VM. LT ASSESSOR CLIENTES Sr. VE VE ASSESSOR CLIENTES Sr. LT ASSESSOR CLIENTES Pl. VE VE ASSESSOR CLIENTES Pl. LT COORD. VENDAS ELETRO + PRES. ASSESSOR CLIENTES Jr. MULTIFUNÇÃO VENDEDOR ELETRO COORD. ADMINISTR. ASSESSOR CLIENTES Pl. MKT ASSESSOR CTE. ADM. Sr. ASSESSOR CLIENTES Pl. DEPÓSITO ASSESSOR CTE. ADM. Pl. COORD. PRODUTOS FINANCEIROS ASSESSOR PRODUTOS FINANCEIROS ASSESSOR CTE. ADM. Jr. MENOR APRENDIZ SERVIÇOS LIMPEZA Fonte: Pernambucanas (2009) 6.1.2 Descrição das funções a) Gerente loja: coordenar o trabalho de toda a equipe de vendas, Administrativo e produtos financeiros; garantir o cumprimento de normas e políticas estabelecidas pela empresa; analisar estratégias e as 38 implantar, buscando o aumento das vendas e recebimentos; admitir e demitir colaboradores; resolver problemas de clientes e colaboradores; b) Coordenador de Vendas Ramo Mole: coordenar os colaboradores; traçar estratégias para alcançar metas; multiplicar treinamentos para a equipe; solucionar problemas; acompanhar o fluxo do produto, da chegada na loja e a organização no deposito até a exposição no salão de vendas; possuir senhas de liberação para trocas e devoluções, descontos, sangrias, cancelamentos e fazer analise de cheque com valores superiores; acompanhar o banco de horas dos colaboradores do ramo mole; c) Coordenador de Vendas Eletro + Presente: coordenar os colaboradores; fazer planejamento para alcançar metas; multiplicar treinamentos para a equipe; solucionar problemas de assistência técnica; acompanhar a chegada dos produtos na loja, organização no depósito e a entrega ao cliente; possuir senhas de liberação para trocas e devoluções, descontos, sangrias, cancelamentos e fazer analise de cheque com valores superiores; acompanhar o banco de horas dos colaboradores de eletro; d) Coordenador Administrativo: coordenar os colaboradores do crediário; analisar e liberar cadastro, empréstimos e limite de crédito para clientes; executar o processo de admissão e demissão de colaboradores; resolver problemas administrativos de clientes e funcionários; organizar arquivos e ponto eletrônico; e) Coordenador de Produtos Financeiros: fazer um acompanhamento de venda e recebimento dos produtos financeiros; distribuir cotas de cadastros e seguros para todos os colaboradores e acompanhar os resultados diariamente; passar treinamento referente a produtos financeiros a toda a equipe; montar estratégia para captação de novos clientes fora da loja; auxiliar no crediário; f) Assessor de clientes Sênior, Visual Merchandising, Vestuário e Lar têxtil: aplicar técnicas de visual merchandising nos departamentos de vestuário e lar; fazer arrumações de moda em vitrines e pontos focais; manter um controle e uma organização dos equipamentos e materiais de vm; multiplicar treinamentos referentes à vm; realizar shopping de preço na concorrência; ser responsável pela execução do calendário promocional 39 da empresa e todo cartazeamento da loja; trabalhar o giro das mercadorias, ser um suporte nas atividades do coordenador; g) Assessor de clientes Sênior, Vestuário e Lar Têxtil: recepcionar e atender os clientes; organizar as atividades de reposição de mercadorias; apoiar o assessor de visual merchandising; incentivar a busca para atingir as metas diárias; orientar em determinados momentos as atividades dos caixas; ajudar o coordenador em suas atividades; h) Assessor de clientes Pleno, Vestuário e Lar Têxtil: recepcionar e atender os clientes; fazer demarcação de preços; participar da arrumação da sessão; ajudar a liberar novas mercadorias no depósito; i) Assessor de clientes Junior, Multifunção: recepcionar e atender os clientes; operar o caixa; fazer arrumação da sessão no fim do dia; fazer o atendimento aos clientes no provador; retornar os produtos do provador para a sessão; ajudar a fazer tele marketing; j) Vendedor de Eletro: atender os clientes; fazer pedido de mercadoria; elaborar o cartazeamento; fazer a reposição dos produtos; buscar atingir sua cota individual; organizar e limpar os produtos da sessão; vender garantia Complementar; k) Assessor de clientes Pleno, Marketing: ser responsável por todo o material promocional da loja; organizar e divulgar ofertas nas radio locais; coordenar o trabalho de tele marketing na loja; organizar duas vezes por semana um evento para clientes aniversariantes; ser responsável por eventos sociais da empresa na loja de Toledo; reforçar a equipe de atendimento; l) Assessor de clientes Pleno, Depósito: fazer o processo de recepção, separação e alocação dos produtos em seus devidos lugares; transferir mercadorias para outras lojas da rede e para o centro de distribuição; emitir notas fiscais de falta ou de sobra de mercadorias; ajudar no atendimento aos clientes; m) Assessor de clientes administrativo Sênior: analisar e liberar cadastros; organizar e fiscalizar o ponto eletrônico; atender clientes no crediário; fazer empréstimo e seguros; atender telefone; 40 n) Assessor de clientes Administrativo Pleno e Junior: operar o caixa de pagamentos; organizar arquivos e almoxarifados; abrir cadastro; atender clientes no crediário; atender telefone; o) Menor Aprendiz: conferir dados de cadastros externos; atender telefone; atender clientes no crediário; auxiliar a arrumação de arquivo e almoxarifado; imprimir e-mails no sistema e entregar aos interessados; p) Assessor de Produtos Financeiros: fazer cadastros externos e internos; fazer seguros e os lançar no sistema; q) serviço de limpeza, Zeladora: passar pano em toda a loja; recolher todos os lixos; limpar banheiros, vitrines e deposito; manter limpa e organizada a cozinha para funcionários. 6.1.3 Histórico da organização A loja de Toledo faz parte de uma rede hoje de 270 lojas, presente em 7 estados brasileiros, que no ano de 2008 completou 100 anos. Essa história começou segundo Trajano (2008), em 1855, quando um sueco Herman Theodor Lundgren chegou ao Brasil. As empresas industriais, comerciais, e agrícolas de Herman começaram a ser criadas na então província de Pernambuco a partir de 1861, mas o empreendimento que mais se distinguiu foi a Casas Pernambucanas, que iniciou sua trajetória distribuindo tecidos fabricados pela Companhia de Tecidos Paulista, indústria têxtil adquirida em 1904 por Herman Theodor Lundgren. Nas lojas comercializava-se também a pólvora que os Lundgren fabricavam, desde 1861, denominada Pólvora Elephante. No final de 1908, foi inaugurada a primeira loja para o comércio varejista de tecidos, mas Herman não pode presenciar, pois faleceu em 1907 aos 72 anos. A empresa ficou para seus filhos e esposa, que com o passar dos anos fizeram o negocio progredir, e no final da década de 1920, já havia disseminado dezenas de filiais de Casas Pernambucanas. Assim foi passando por gerações, e hoje seus descendentes somam mais de 1000 membros. No final da década de 1950, a Pernambucanas vendia tecidos, cama, mesa e banho, tapetes e cortinas, bem como alguns modelos de camisas e cuecas. Nesse 41 cenário foi fundada a loja de Toledo, em 11 de maio de 1962, com cerca de 40 funcionários localizada na rua Barão do Rio Branco 1145, onde hoje se encontra a loja Magazine Luiza. No ano de 1970, a Pernambucanas de Toledo junto com as outras lojas da rede já comercializavam confecções, e iniciavam a venda de eletroeletrônicos acompanhada de uma nova forma de consumo, o crediário, pois até então a companhia vendia seus produtos só a vista. Em 1995 devido a boa aceitação de seus produtos e planos de pagamentos pela população, criou-se a necessidade de mais espaço para acomodar um volume maior de produtos, então a Pernambucanas de Toledo passou a se localizar na rua Barão do Rio Branco 1180, esquina com a sete de setembro, onde se encontra até hoje. No endereço atual a loja possui 1.750m², sendo área de vendas 982m². Em 2003, passou por uma revitalização que mudou a historia da loja. Pois a empresa passava por um momento de crescimento, e em seus 95 anos começou com grandes reinaugurações, e a loja de Toledo foi uma das 5 primeiras a ser reformada. Além das mudanças no salão de venda e depósito, como: piso, teto, parede, layout, ar condicionado, iluminação diferenciada, novos sistemas de operação, refinamento na qualidade dos produtos, houve uma grande preocupação em proporcionar comodidade aos colaboradores, como refeitórios mais adequados, banheiros e salas de cursos. No dia 4 de junho de 2003, a loja reinaugurou sua estrutura física e também um novo modelo de atendimento, chamado Foco no Cliente. Atualmente a loja de Toledo possui 35 colaboradores, sendo esse o número necessário para manter a loja em perfeito funcionamento, número este adequado também para a política de bom atendimento proposto pela empresa. 6.1.4 Ambiente Organizacional O ambiente externo influencia diretamente nas atividades da loja, por isso quanto maior for o desenvolvimento da cidade melhor para a empresa. Neste 42 contexto a Pernambucanas utiliza de todas as condições que Toledo oferece para o comércio. Toledo possui cerca de 115.136 habitantes, sendo que aproximadamente 87% vivem na zona urbana e 13% na zona rural. (TOLEDO, 2009) A cidade conquistou o 3º lugar em Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre as 10 maiores cidades do Paraná, isso mostra que Toledo tem um bom desenvolvimento social, pois além dos critérios econômicos, como PIB, Renda Per Capita, etc., são analisadas as taxas de mortalidade e natalidade, a longevidade, a taxa de analfabetismo, etc. (TOLEDO, 2009). É uma cidade bem estruturada e oferece muitos atrativos, comerciais, culturais, lazer, esportivos entre outros. Obteve excelentes investimentos na área industrial e educacional, é desenvolvida na produção agrícola e oferece ótima qualidade de vida aos seus habitantes. O município é um dos poucos que desenvolve um programa (lixo útil) de coleta e reciclagem de lixo, ajudando as famílias carentes, que os trocam por alimentos e ao mesmo tempo preserva o meio ambiente. Também são desenvolvidos outros programas como: Ajardinamento Público, Florir Toledo, Programa cidadão ambiental e outros programas que permite que a população cuide da cidade. Sua Economia é Agroindustrial, pois possui um conjunto de atividades relacionadas a transformações de matéria-prima proveniente de agricultura, pecuária e aqüicultura. Para cada uma dessas matérias-primas existe um segmento da cadeia, que vai desde o fornecimento de insumos agrícolas até estar pronto para o consumidor, e isso faz com que o dinheiro se movimente no próprio município. As principais indústrias são: Sadia, Prati Donaduzzi, Cervejaria Colônia, Bompel calçados e Fiasul, além de fornecerem trabalho para a população de Toledo, também oferecem para a região. Toledo esta em 1º lugar em parque industrial do oeste do Paraná, com 553 indústrias, 1.792 estabelecimentos comerciais. (TOLEDO 2009). Toledo esta em 9º lugar em arrecadação do imposto de circulação de mercadorias e serviços (ICMS) do Paraná, e o Produto Interno Bruto (PIB) do município de Toledo é de 15.293 reais. IBGE (2006). 43 A Associação Comercial e Industrial de Toledo (ACIT), também ajuda a fortalecer o comércio, promovendo campanhas de incentivo ao consumo, fazendo forte divulgação e sorteando prêmios para os clientes das lojas associadas. Para acompanhar as exigências do mercado a Pernambucanas teve que se modernizar buscando tecnologias avançadas, para seu sistema de crediário, caixas de pagamento e recebimento, novos modelos para melhorar o processo para o cliente. Muitas lojas de pequeno porte em Toledo ainda não são informatizadas, mas a maioria possui pelo menos um sistema básico, para controle. Depois de encontrar o produto de seu desejo, o cliente quer agilidade, e todo o comércio tem que se atualizar para acompanhar suas necessidades. O Procon é um órgão que defende os direitos do consumidor, e também dispõe de normas que facilita o consumo, como o cartazeamento das vitrines, preços visíveis nos produtos, direito a troca em alguns casos, e muitas outras situações que beneficia o consumidor. Os trabalhadores do comercio de Toledo também têm suas necessidades, e para isso contam com o sindicato que auxilia a manterem seus direitos, fiscalizando os horários de trabalho, o aumento de salários anuais, fazendo com que as empresas cumpram as leis da CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas, que é a principal norma legislativa do Brasil referente ao Direito Processual do Trabalho, regulamentando relações individuais e coletivas, como: carteira de trabalho, jornada de trabalho, férias, período de descanso, etc. A Pernambucanas tem como princípio sempre trabalhar dentro da lei, por essa razão cumpre as Legislações Tributarias como: imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços (ICMS); Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU); Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN); etc., seu departamento jurídico esta sempre atento as modificações e adaptações das leis para manter tudo dentro das conformidades. 6.1.5 Operacionalização da Organização A Pernambucanas de Toledo dispõe de uma estrutura de operacionalização que é seguida por todas as lojas da corporação, como as políticas organizacionais, o sistema de seleção e desenvolvimento de pessoas, o sistema de remuneração, o 44 estilo gerencial, a gestão de qualidade da empresa e as condições de trabalho, como pode ser observado a seguir. 6.1.5.1 Políticas organizacionais A Pernambucanas de Toledo tem 1.750m², sendo que a área de vendas é constituída de 982m² e o restante é destinado ao crediário, deposito, área para colaboradores etc. A empresa possui 35 colaboradores, e o fluxo diário na loja é de 1.500 pessoas aproximadamente.. A loja é departamentalizada, em vestuário, lar têxtil, eletro e produtos financeiros. Todos os departamentos possuem coordenadores, que são responsáveis pelo atingimento das cotas junto com o gerente. A empresa possui muitas políticas internas, pois são 270 lojas que precisam ser iguais, algumas políticas são: políticas de crédito, de recebimento, de cartazeamento, arrumação dos produtos, etc., todas passadas para os colaboradores através de manuais e treinamentos. A cada mudança a comunicação é imediata pelo sistema intranet, onde todas as lojas e escritório central ficam conectados. Todas as normas são seguidas rigorosamente e a maioria delas são elaboradas por equipes de consultoria, mas existe a interação entre funcionários e diretoria para a solução de alguns problemas e a criação de novas normas. A empresa necessita de normas para manter sua organização, mas os funcionários têm oportunidades para expor suas idéias e quando consistentes e fundamentadas podem gerar mudanças. 6.1.5.2 Sistema de seleção e desenvolvimento de pessoas Todos os currículos entregues na loja são pré-selecionados e arquivados, quando necessário são selecionados os melhores candidatos e chamados para uma entrevista com o gerente e o coordenador do departamento onde há a vaga. O candidato ainda pode se cadastrar no site da Pernambucanas ou no site vagas.com, onde os melhores também serão escolhidos para participar de uma entrevista. 45 Os que mais se destacarem serão submetidos ao Método Quantum, um sistema de computador que identifica o perfil de cada pessoa. Passando neste método o que mais se identificar com a necessidade da loja, começa na empresa com uma bateria de treinamentos chamada Rota de Aprendizagem Um Bom Começo, onde ele aprende todas as normas, políticas e processos da empresa passando por avaliações periódicas, que no final da sua experiência de 3 meses terá que ter tirado notas boas para ser contratado efetivamente. Todos os funcionários, independente do tempo de empresa usufruem de treinamentos on-line chamado Foco no Cliente onde ele pode aprender e aperfeiçoar suas técnicas voltadas para diversas áreas, dentro de seu horário de trabalho. Para maior preparação dos funcionários foi fundado um centro de treinamento em outubro de 1983, que em 2005 também passou por uma reformulação para proporcionar mais conforto aos milhares de funcionários que receberam e continuarão recebendo preparo e cultivo do jeito Pernambucanas de ser. Todos os colaboradores da loja de Toledo com mais de 8 meses de empresa já passaram pelo centro de treinamento que hoje é chamado de Universidade Coorporativa Comendadeira Helena lundgren, localizado em São Paulo. Na Pernambucanas os colaboradores são desenvolvidos e seguem planos de carreira, podendo começar como assessor Junior e chegar a fazer parte da diretoria. Existem vários caminhos para ser seguido, e um dos lemas da empresa é valorizar os talentos internos. Somente quando não tem pessoas qualificadas se procura externamente. 6.1.5.3 Sistema de remuneração Todos os coordenadores são classificados em A, B, ou C; levando em consideração o porte da loja P, M, G, GG; o tempo de empresa e tempo cargo. Cada classificação recebe um salário fixo, mais parte variável que depende do atingimento das cotas da equipe e também a geral da loja, podendo aumentar com vendas de produtos financeiros que a equipe fizer. Os assessores de clientes e assessores administrativos Sênior, Pleno e Junior, recebem de acordo com sua categoria, pois cada uma delas tem um salário 46 base que é o fixo, mais o salário variável dependendo do quanto à equipe e loja atingir os objetivos. Se fizer produto financeiro aumenta a renda. O assessor de produtos financeiros recebe salário fixo mais complemento se atingida as cotas de cadastramento de clientes, vendas de seguros e garantias das mercadorias de eletro. O vendedor de eletro recebe parte do salário fixo mais salário variável dependendo das cotas e venda de garantias. O gerente também recebe o salário fixo mais salário variável dependendo da meta atingida, e também pelos produtos financeiros vendidos pela equipe toda. Os funcionários também têm como beneficio o PPR - Plano de Participação nos resultados, que é oferecido a eles se a empresa alcançar as metas estabelecidas, em 100% todos que tiverem acima de três meses na corporação receberão 70% de sua média anual em um 14º salário, em 120% todos acima de três meses receberão 100% de sua média anual. Todos os colaboradores possuem plano de saúde de abrangência nacional, auxilio nas mensalidades de algumas faculdades cadastradas, seguro de vida e vale transportes. 6.1.5.4 Estilo Gerencial As decisões mais importantes que são referente à empresa no geral são tomadas pelo conselho consultivo, formado pelos acionistas da Pernambucanas junto com os diretores que formam um estilo tático e operacional. No campo de atuação do gerente da loja, o estilo gerencial é considerado democrático, existe bastante liberdade para os colaboradores participarem, a empresa apóia o sistema de gerencia de portas abertas. 6.1.5.5 Gestão de qualidade da empresa Uma das prioridades da Pernambucanas é levar qualidade para seus clientes, através de treinamentos para os colaboradores, tanto os que atendem os 47 clientes quanto os que desenvolvem os produtos. Também na compra de matéria prima de qualidade, já que suas marcas de vestuário e lar são exclusivas, desenvolvidas especialmente para a empresa. Existe um departamento de inspeção de qualidade e também empresas contratadas que prestam consultorias nessa área. E para deixar o cliente mais seguro dos produtos que esta adquirindo, disponibiliza a central de atendimento via 0800 que auxilia o cliente em todas as dificuldades relacionadas ao produto. O site da Pernambucanas também vem trazer comodidade e qualidade para os usuários. 6.1.5.6 Condições de trabalho A empresa procura valorizar seus colaboradores, para que trabalhem felizes e desempenhe um trabalho com orgulho de pertencer ao grupo. Os colaboradores trabalham com som ambiente agradável, ar climatizado, possui refeitório equipado com microondas, geladeira, mesa e cadeiras. Café e chá sempre a disposição. Todos fazem intervalo para lanche durante o expediente, o layout da loja é estudado para facilitar e agilizar o trabalho dos funcionários, tem remanejamento interno para que tenham oportunidade de aprender em outros departamentos e tirar a monotonia. A Pernambucanas desenvolve seus valores nas reuniões para incentivar os colaboradores a praticarem o que ajuda muito no dia-a-dia: O jeito próprio de ser da Pernambucanas é um conjunto de valores aceitos e compartilhados por todos na empresa: integridade, respeito em todos os níveis, trabalho em equipe, valorização, envolvimento e comprometimento, transparência, agilidade criatividade, austeridade e melhoria contínua. (TRAJANO, 2008, p. 182). 6.2 OPERACIONALIZAÇÃO DO ESTÁGIO Tendo como objetivo melhor atender seu cliente, dando a ele mais conforto ao visitar a loja, mais qualidade ao adquirir os produtos e também mais satisfação ao ser bem atendido, a Pernambucanas investiu na filial de Toledo, em 2003 efetuando 48 uma reforma nas instalações físicas, layout, fachada, depósito, equipamentos mais modernos e um novo modelo de treinamentos. Após os investimentos feitos observou-se que alguns departamentos realmente tiveram crescimento em suas vendas como o departamento de Eletro eletrônico e Vestuário, mas o departamento de cama, mesa, banho, tapetes e cortinas não vêm apresentando um resultado satisfatório. Figura 1 – Pernambucanas filial de Toledo antes e depois da reinauguração em 2003. Fonte: Dados do autor Registra-se queda nas vendas desde sua reinauguração no ano de 2003, fato que pode ter sido agravado com grande número de concorrentes que foram surgindo ou até mesmo ampliando seus espaços neste departamento, como por exemplo: Loja Kelli que criou uma filial no centro da cidade, em frente a Pernambucanas, tornando-se uma forte concorrente de cama, mesa e banho; Casas Brasil que logo depois reformou sua loja ampliando seu setor de cama, mesa e banho, deixando o 2° piso só para esse departamento; Loja LM que por várias vezes revitalizou seu espaço de cama, mesa e banho o qual no momento esta ocupando um piso inteiro, com grande variedade de produtos. Além dessas existem muitas outras lojas menores que foram surgindo ao longo desses sete últimos anos na cidade de Toledo. No gráfico 1 se tem a possibilidade de analisar como foi o comportamento das vendas nos anos de 2000 à 2009 no departamento de eletro, vestuário e lar e qual percentual do mix que cada um detém no total do faturamento da loja. 49 120% 100% 80% 39% 47% 45% 49% 56% 58% 58% 57% 57% 58% E letro 60% V es tuário 29% 25% 40% 20% 32% 28% 21% L ar 24% 21% 23% 23% 25% 26% 26% 27% 23% 19% 19% 18% 17% 16% 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 34% 0% 2000 2001 2002 Gráfico 1 – Mix de Eletro, Vestuário e Lar Fonte: Pernambucanas Ao analisar o gráfico 1, percebe-se o quanto o departamento de Lar contribuía para a venda da loja em 2000, e o quanto diminuiu sua participação em 2009. Em 2000 o Lar era responsável por 32% da venda de toda a loja, enquanto o Vestuário tinha apenas 29%, e o Eletro 39%. No decorrer dos anos o quadro foi se invertendo e em 2009 apenas 16% das vendas é do Lar, 26% é do Vestuário e o departamento que mais cresceu foi o Eletro que foi responsável por 58% de tudo que a loja vendeu em 2009. A partir do diagnóstico feito no departamento de Lar nas Pernambucanas, através dos relatórios de vendas, pode-se observar a queda das vendas a partir do ano de 2000 até 2009. No gráfico 2, visualiza-se os dados, que permite verificar a queda nas vendas no departamento de Lar, ou seja, nas seções de cama, mesa, banho, tapetes e cortinas. 50 120% 100% 112% 103% 120% 96% 98% 92% 87% 89% 92% 79% 80% 60% 40% 20% 0% 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Gráfico 2 – Percentual sobre cota de Lar Fonte: Pernambucanas O gráfico 2 mostra que a partir do ano de 2003, o departamento de Lar não atingiu mais as cotas anuais de 100% das vendas. Ano esse que coincide com a reinauguração da loja, onde a mesma foi toda reestruturada. Observa-se que em 2002 o departamento atingiu 120% de seus objetivos em vendas, superando em 20% o esperado. Já no ano de reinauguração, em 2003, atingiu apenas 96%, tendo um decréscimo de 20% em relação ao ano anterior. No entanto esse não foi o pior ano, tendo em vista que no ano de 2005 projetou apenas 79% das vendas, tendo então 34.17% a menos de vendas se comparado ao ano de 2002. Apesar de ter reagido nos próximos anos e aumentado alguns percentuais, não chegou mais a emplacar 100% da cota anual até o ano de 2009. O não cumprimento das metas de venda reflete diretamente no salário dos colaboradores, pois, o salário é composto por um percentual de alcance de vendas do departamento e outro por a venda total da loja. Todo funcionário tem um salário fixo, mais 30% de salário variável, sendo que 22,5% são do alcance da cota de vendas do departamento e 7,5% são do alcance da cota de vendas geral da loja. Ou seja, a parte maior corresponde ao departamento, como pode ser observado no quadro 1. 51 COMPOSIÇÃO DA ESTRUTURA DA REMUNERAÇÃO: ASSESSOR CLIENTES SR / PL / JR (LAR / VESTUÁRIO ): RSR incide sobre Salário Produtividade Salário Fixo obedece Tabela Salarial REMUNERAÇÃO: 100% Venda Departamento 22,5% Salário Fixo Venda Loja 7,5% VARIÁVEL: 30% FIXO: 70% Sal. Prod. equivale a 30% do Salário Fixo Garantia Mínima no Salário Produtividade: 15% do Salário Fixo Abaixo RECURSOS HUMANOS Setembro / 2006 Quadro 1 – Composição da estrutura da remuneração Fonte: Pernambucanas De acordo com o quadro 1 o colaborador precisa atingir 100% da cota de vendas para que tenha seu salário por completo, fato que não vem acontecendo no período ao se observar o gráfico 2 onde foram feitas as médias anuais de vendas. Na tabela 1, pode-se observar quanto cada seção representa dentro do departamento de Lar, ou seja, seu mix. Usando como base o ano de 2009. Tabela 1 - Mix de cada seção no ano de 2009 no departamento. Seção Vendas 2009 Mesa 3% Cortina 18% Tapete 21% Cama 41% Banho 17% Total do departamento 100% Fonte: Pernambucanas Como mostra a tabela 1, a seção de cama foi a que mais vendeu dentro do departamento no ano de 2009, pois 41% de toda a venda do Lar foi atingida por essa seção, por outro lado, a seção de mesa é a que tem menor representatividade dentro do departamento, considerando que apenas 3% da cota estipulada para o departamento é de sua seção, portanto a seção de mesa não altera com grande 52 significado os resultados do Lar, fato que ocorre em todos os anos com pequenas alterações para cima ou para baixo, conforme informação passada pelo gerente da loja. Para melhor entender o que houve no departamento de cama, banho, tapetes e cortinas da Pernambucana de Toledo, apresenta-se um detalhamento das vendas de cada seção dentro do departamento estudado, analisando todos os anos, como demonstra a tabela 2. Tabela 2 - Percentual sobre cota de cada seção: tapete, cortina, cama e banho Departamento 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Tapete 109% 107% 122% 95% 111% 81% 92% 92% 88% 97% Cortina 97% 113% 96% 104% 115% 84% 98% 87% 94% 98% Cama 104% 114% 118% 97% 93% 79% 94% 91% 91% 93% Banho 96% 90% Fonte: Pernambucanas 197% 87% 87% 81% 92% 84% 91% 95% Na tabela 2 observa-se que a seção de tapetes em 2002 superou em 22% do que foi projetado para sua venda, no entanto no ano de 2003, ano de reinauguração teve queda em suas vendas, não chegando a atingir nem 100% da cota, mas sim 95%, fixando assim um decréscimo de 22,14% em relação ao ano anterior. Exceto o ano de 2004 que fez 111% da meta, todos os outros anos até 2009 não conseguiu fazer 100%, tendo uma média de 2005 a 2009 de 90% de alcance das cotas de venda. Também é visível o decréscimo nas vendas da seção de cortinas, mesmo fechando acima de 100% das vendas nos anos de 2003 e 2004, não conseguiu segurar esse resultado, pois no ano de 2005 fez apenas 84% das vendas projetadas, caindo 26,95% quando comparado com a venda do ano anterior. De acordo com a tabela 2, a seção de cama teve uma grande queda a partir de 2003, chegando a atingir em 2005 apenas 79% da cota de vendas. A partir do ano de 2000 até 2002 essa seção tinha uma média de alcance da cota de venda de 112%, mas de 2003 a 2009 teve apenas 91,14% de média entre os anos. Já a seção de banho, apenas em 2002 teve um alcance de 197% da cota, o que foi um ano atípico, e após essa data continuou a decrescer, mantendo uma média de 2003 até 2009 de 88,14% de alcance das cotas. Com a finalidade de entender melhor os dados demonstrados nas tabelas anteriores, foram realizadas pesquisas com questionários direcionados aos clientes. 53 6.2.1 Análise dos questionários aplicados aos clientes A análise dos dados é importante na transformação e integração dos dados sobre o cliente, com o objetivo de definir prioridades e metas referentes ao aperfeiçoamento, que irão ajudar nas inovações e ao apoio as decisões da empresa, agilizando os processos, visando à identificação de oportunidades para a satisfação dos clientes. Portanto a opinião do cliente é importante para o alcance de melhoria, pois ela auxilia na tomada de decisão. (KOTLER; HAYES; BLOOM, 2002). Para saber a opinião dos clientes foram aplicados 353 questionários na Pernambucanas durante o mês de setembro de 2010. O questionário contemplou perguntas visando identificar o perfil dos clientes, a freqüência de compra, buscando-se também saber através do questionário a satisfação dos clientes relacionadas ao atendimento, qualidade e variedade de produtos, oferecidos pela seção de cama, mesa, banho, tapetes e cortinas. Primeiramente destaca-se o perfil dos clientes, o que pode ser observado na tabela 3. 54 Tabela 3 - Características dos clientes da Pernambucanas. Variável Categoria Frequência % Sexo Feminino Masculino 333 20 94,34 5,66 Estado civil Solteiro Casado Separado Viúvo Outros 72 239 25 15 2 20,40 67,70 7,08 4,25 0,57 Idade 18-21 22-25 26-30 31-35 36-40 41-45 46-50 51-55 56-60 Mais de 60 22 26 52 42 29 37 46 47 26 26 6,23 7,37 14,73 11,90 8,21 10,48 13,03 13,31 7,37 7,37 Frequência de compra de produtos de Lar 1 vez por mês 2 vez por mês 3 vez por mês 4 vez por mês 1 vez por ano 2 vez por ano 3 vez por ano Outro 104 9 7 2 122 71 36 2 29,46 2,55 1,98 0,57 34,56 20,11 10,20 0,57 310 43 87,82 12,18 Compram na Sim Pernambucanas Não Fonte: dados da pesquisa Como mostra a tabela 3, a maioria das pessoas pesquisadas são mulheres, ou seja, 94,34% enquanto apenas 5.66% são do sexo masculino. De certa maneira este resultado reforça o perfil dos clientes cadastrados, onde mais de 70% são de sexo feminino. Também pode-se constatar que a maior parte dos pesquisados são casados, pois, das 353 pessoas analisadas 239 afirmaram serem casadas, o que dá um percentual de 67,70%. Já os solteiros correspondem a 20,40% dos entrevistados, sendo assim, o segundo maior índice no que diz respeito ao estado civil. Somando os separados, viúvo e outros chegam a um resultado de 11,9% das pessoas pesquisadas. Verifica-se também na tabela 3 que a faixa etária mais presente na loja no período da pesquisa é de 26 à 55 anos, que compreende a 71,66% dos entrevistados. E 34,56% das pessoas costumam comprar produtos de cama, mesa, banho, tapetes e cortinas de 1 a 4 vezes por mês, enquanto 64,87% compram esses produtos apenas de 1 a 3 vezes no ano. De acordo com os dados 55 87,82% de todos os pesquisados compram na Pernambucanas, mas 12,18% não costumam comprar produtos de Lar na Pernambucanas. Analisando todos os dados da tabela 3 pode-se afirmar que a maior parte dos clientes da Pernambucanas de Toledo são mulheres, casadas, com idades entre 26 à 55 anos, e que em sua maioria, vão as lojas comprar produtos de Lar apenas 1 a 3 vezes por ano, o que constata que há uma oportunidade de aumentar essa freqüência que o cliente vem até a loja. Na tabela 4 pode ser visualizado suas maiores concorrentes e o quanto elas estão na preferência dos clientes. Tabela 4 - Lojas onde o pesquisado costuma comprar cama, mesa, banho, tapetes e cortinas. Loja LM Lojas Kelly Casas Brasil Nenhuma Outra Fonte: dados da pesquisa Freqüência % 120 54 16 129 34 34,00 15,30 4,53 36,54 9,63 Para Kotler e Keller (2006) no momento de traçar e implementar estratégias de posicionamento de marca, as empresas devem prestar o máximo de atenção aos concorrentes. Dentro desse contexto está a tabela 4 na qual consta que 120 pessoas, ou seja, 34,00% dos entrevistados compram na loja LM, sendo assim ela representa ser uma forte concorrente da Pernambucanas, seguidas da Lojas Kelly com 15,30% na preferência de compra, já 9,63% preferem outras lojas. O item nenhuma foi escolhido 129 vezes, podendo ser de pessoas que não compram produtos de cama, mesa, banho, tapetes e cortinas ou representa as pessoas que só compram na Pernambucanas, por isso, escolheu nenhuma dentre as opções na pergunta. Um fator importante que influenciam as decisões dos clientes é a mídia que ele tem acesso, portanto a empresa tem que conhecer essa preferência e explorá-la. Segundo Kotler (2000, p. 600) “O anunciante deve realizar uma pesquisa de mercado para determinar que apelos funcionam melhor junto a seu público alvo.” Com esse intuito foram elaboradas perguntas no questionário que identificam quais as mídias que mais influenciam as decisões dos clientes pesquisados, como pode ser verificado no gráfico 3. 56 Outros 0,58% 13,90% Panfletos Outdoors Informativo Mensal 0,39% 2,32% 34,36% Televisão Revista 1,93% Jornal 6,95% Rádio 39,57% Gráfico 3 – Mídias que mais influenciam as decisões dos clientes da Pernambucanas Fonte: dados da pesquisa De acordo com o gráfico 3, a mídia que mais influencia é o rádio com 39,57% das respostas, seguido da televisão com 34,36%. Em terceiro lugar está a variável panfleto com 13,90% das opiniões, já o jornal ocupou o quarto lugar com 6,95%, somando o restante contabilizaram 5,22% de influencia. Como observa-se a Rádio é o veículo de comunicação que mais está presente no dia-a-dia das pessoas entrevistadas, e através do gráfico 4 verifica-se as rádios que mais foram sugeridas. Não escuta rádio 18,36% Outras 5,96% Mundial FM Educativa AM 32,75% 1,74% União AM Guaçu AM 22,33% 18,86% Gráfico 4 – As rádios mais escutadas pelos clientes Fonte: dados da pesquisa A rádio Mundial FM obteve o percentual de 32,75% das citações, ocupando assim o primeiro lugar em preferência dos clientes, 22,33% ouvem a União AM, enquanto 18,86% ouvem a Guaçu AM, apenas 1,74% escuta a Educativa AM e a opção outras rádios ficou com 5,96%. Já 18,36% dizem não escutar rádio. 57 Pode-se concluir que as rádios, televisão e panfletos exercem maior influencia, sendo que a rádio mais citada foi a Mundial FM, portanto utilizando esses meios de comunicação a empresa poderá obter mais retorno no que diz respeito a propagandas. Após avaliar as mídias que mais influenciam os clientes, foram incluídos na pesquisa, perguntas que demonstram à percepção do cliente em relação a atendimento. Para melhor entender a percepção do cliente, a primeira questão relacionada a atendimento foi abordada a loja no geral, e as seguintes por departamento como Lar, caixa e crediário, dando ao cliente as alternativas: Ótimo, Muito Bom, Bom, Regular, Ruim e Não Sabe, como observa-se na tabela 5. Tabela 5 - Avaliação da qualidade no atendimento da Pernambucanas. Variável Categoria Freqüência % No geral, a cortesia e simpatia na empresa Ótimo Muito Bom Bom Regular Ruim Não sabe 77 100 147 25 4 0 21,82 28,33 41,64 7,08 1,13 0,00 Atendimento no departamento Lar Ótimo Muito Bom Bom Regular Ruim Não sabe 66 76 178 17 4 12 18,70 21,53 50,42 4,82 1,13 3,40 Atendimento no caixa Ótimo Muito Bom Bom Regular Ruim Não sabe 15 31 151 106 43 7 4,25 8,78 42,78 30,03 12,18 1,98 Ótimo Muito Bom Atendimento Bom no crediário Regular Ruim Não sabe Fonte: dados da pesquisa 27 38 152 66 19 51 7,65 10,76 43,06 18,70 5,38 14,45 Na variável cortesia e simpatia na loja em geral, é possível visualizar que 21,81% diz ser ótimo, enquanto 28,33% acha muito bom, e 41,64% consideram bom. Entretanto 25 pessoas acham que a cortesia e simpatia é regular e 4 declaram que é ruim, somando as essas duas categorias chega a um percentual de 8,22%. No que diz respeito a atendimento no departamento de Lar 18,70% responderam que é ótimo, sendo que 21,53% acham muito bom e 50,42% analisam 58 esse quesito como bom. Mas 21 pessoas ficam entre regular e ruim, o que representa 5.95% enquanto 3,40% afirmam não saber como é o atendimento no Lar. Foi também analisado o atendimento no caixa, e apenas 4,25% consideraram como ótimo, 8,78% muito bom e 42,78% avaliam como bom. De acordo com a pesquisa existe um número expressivo de pessoas insatisfeitas com o atendimento no caixa, porque 42,21% dos pesquisados optaram pela categoria regular e ruim, evidenciando assim um ponto a ser melhorado na empresa. De acordo com Dantas (2004), não adianta a empresa desempenhar-se em ser altamente competitiva, se ela não garantir aos que consomem seus produtos e serviços, um atendimento que seja percebido como de excelente qualidade. Em relação a atendimento no crediário obteve-se um índice de 7,65% que diz ser ótimo, enquanto 10,76% acham muito bom e 43,06% o que corresponde a 152 pessoas prefere a opção bom. As alternativas regular e ruim somam 24,08% dos entrevistados e uma categoria que se destaca é a não sabe, porque teve um índice de 14,45% o que subtende-se que muitos clientes ainda não utilizam o crediário da empresa. Através dos dados acima conclui-se que no geral a maior parte dos clientes estão satisfeitos com a cortesia e simpatia na Pernambucanas. No que diz respeito ao atendimento no Lar apenas 5,95% acham regular e ruim e o índice que não sabe também é baixo. Destaca-se, portanto o atendimento nos caixas onde 42,21% demonstram insatisfação através das opções regular e ruim. Já no atendimento do crediário o que chama a atenção, além de um índice de 24,08% de regular e ruim somados, é o alto número de pessoas que não sabem, ou seja, 14,45% dos entrevistados, podendo haver muitos clientes que ainda não possuem o crediário, gerando assim uma oportunidade de captação de novos clientes. No que diz respeito a atendimento, não adianta apenas alguns departamentos terem um resultado satisfatório, de acordo com Dantas (2004, p. 35), “O atendimento funciona como uma orquestra: se um elemento desafina, Põe todo o conjunto a perder”. Com o intuito de saber a opinião dos clientes sobre a qualidade dos produtos oferecidos, foi elaborada a tabela 6, onde cada seção do departamento de Lar pode ser avaliada separadamente segundo a percepção do cliente, usando as categorias, ótimo, muito bom, bom, regular, ruim, não sabe. 59 Tabela 6 - Avaliação em relação à qualidade dos produtos de cama, banho, mesa, tapetes e cortinas na Pernambucanas. Variável Categoria Freqüência % Cama Ótimo Muito Bom Bom Regular Ruim Não sabe 98 64 164 17 1 9 27,76 18,13 46,46 4,82 0,28 2,55 Banho Ótimo Muito Bom Bom Regular Ruim Não sabe 98 79 157 8 1 10 27,76 22,38 44,48 2,27 0,28 2,83 Mesa Ótimo Muito Bom Bom Regular Ruim Não sabe 89 73 134 13 1 43 25,22 20,68 37,96 3,68 0,28 12,18 Tapete Ótimo Muito Bom Bom Regular Ruim Não sabe 87 71 119 8 3 65 24,65 20,11 33,71 2,27 0,85 18,41 Ótimo Muito Bom Bom Cortina Regular Ruim Não sabe Fonte: dados da pesquisa 71 58 103 10 3 108 20,11 16,43 29,18 2,83 0,85 30,60 De acordo com os dados da tabela 6 que avalia a qualidade, a variável cama teve 45,89% das avaliações como ótimo e muito bom. E o maior número registrado foi 46,46% na categoria bom. Se somar a opção regular com ruim consta 5,1% das opiniões. Enquanto a categoria não sabe, foram citadas por 9 pessoas com o percentual de 2,55%. No que diz respeito à seção de banho, 50,14% dos clientes sugeriram que a qualidade é ótima e muito boa, porém 44,48% diz ser boa e apenas 2,55% acha regular e ruim. Já na seção de mesa 45,90% avaliam a qualidade como ótima e muito boa, enquanto 37,96% classificam a qualidade como boa e 3,96% dos clientes avaliam como regular e ruim e 43 pessoas, ou seja, 12,18% dizem não saber sobre a qualidade da seção de mesa na Pernambucanas. 60 Com relação à variável tapetes, pode-se observar que 44,76% dos clientes pesquisados consideram a qualidade da seção ótima e muito boa, onde 33,71% acham boa. Somando as categorias regular e ruim observa-se que o índice é de 3,12% das pessoas. Os restantes das pessoas escolheram a opção não sabe chegando assim em 18,41%. A qualidade na seção de cortinas foi avaliada como ótima e muito boa por 36,54% dos entrevistados. Abordando essa mesma seção visualiza-se que 29,18% dos clientes consideram boa, enquanto 3,68% consideram essa variável regular e ruim. Um índice que aumentou bastante na cortina, quando relacionado às outras variáveis é a opção não sabe, que corresponde a 30,60% dos pesquisados, ou seja, 108 pessoas não conhecem a qualidade das cortinas. Na analise da tabela 6, destaca-se que nas seções de mesa, tapetes e principalmente cortinas há um grande índice de pessoas que não sabem opinar sobre a qualidade dos produtos, o que pode ser interpretado como se as pessoas não conhecessem os produtos, gerando assim uma oportunidade para a loja na divulgação das seções em questão. O questionário elaborado proporcionou também saber o que os clientes acham da variedade de produtos disponíveis no departamento de Lar da Pernambucanas através da tabela 7. Tabela 7 - Avaliação em relação à variedade dos produtos da Pernambucanas. Variável Categoria Freqüência % Cama Ótimo Muito Bom Bom Regular Ruim Não sabe 73 78 163 25 5 9 Banho Ótimo Muito Bom Bom Regular Ruim Não sabe 80 81 156 25 1 10 20,68 22,10 46,18 7,08 1,41 2,55 22,67 22,95 44,19 7,08 0,28 2,83 Continua.... 61 Tabela 7 – Continuação Variável Categoria Freqüência % Mesa Ótimo Muito Bom Bom Regular Ruim Não sabe 69 72 123 40 10 39 19,55 20,40 34,84 11,33 2,83 11,05 Tapete Ótimo Muito Bom Bom Regular Ruim Não sabe 67 79 117 23 5 62 Ótimo Muito Bom Bom Cortina Regular Ruim Não sabe Fonte: dados da pesquisa 56 61 99 18 8 111 18,98 22,38 33,15 6,52 1,41 17,56 15,86 17,28 28,05 5,10 2,27 31,44 Em relação à variedade na seção de cama, pode-se afirmar que 42,78% das pessoas que participaram da pesquisa acham que é ótima e muito boa, uma parcela significativa de 46,18% classifica como uma variedade boa. Regular e ruim juntas correspondem a 8,49%dos votos, o restante das pessoas escolheram a categoria não sabe, o que significa 2,55%. De acordo com a tabela 7, verifica-se que a variável banho recebeu 45,62% de opiniões como sendo ótimo e muito bom no quesito variedade, em seguida a opção bom obteve 44,19%, sendo que 7,36% afirmam que a variedade é regular e ruim, e apenas 10 pessoas se manifestam que não sabem. Na seção de mesa 39,95% opinaram que a variedade é ótima e muito boa, já 34,84% dos clientes acreditam que a seção de mesa tem uma variedade boa. Porém 14,16% diz ser regular e ruim, o restante que corresponde a 11,05% relata não saber da variedade da seção de mesa. Na seqüencia pode-se analisar a variável tapete, obtendo 41,36% na soma de ótimo e muito bom, também pode-se observar que 33,15% diz ser boa a variedade. Regular e ruim correspondem a 7,93% dos clientes e a opção não sabe obteve 17,56%. Como última variável nessa tabela está a cortina com 33,14% das opiniões como sendo ótima e muito boa no quesito variedade, onde 28,05% prefere dizer que 62 a cortina da Pernambucanas tem uma variedade boa. Porém 7,37% acham ser regular e ruim, e um número grande corresponde à categoria das pessoas que não sabem sobre a variedade de cortinas, que é de 31,14% dos entrevistados. Com a observação da tabela 7 pode-se concluir que existe um alto índice de clientes que não sabem opinar sobre a variedade das seções de mesa, tapetes e cortinas, assim como na tabela 6, não sabiam opinar sobre a qualidade destes quesitos. Portanto reforça a tese de que precisa haver um trabalho focado nestas seções. Destaca-se também na seção de mesa, um índice de 14,16% das pessoas afirmam que a variedade é ruim e regular. Foi solicitado também que o cliente escolhesse de uma até três marcas que fosse de sua preferência ou escolhesse a opção outra. Com isso analisa-se o que o cliente espera encontrar relacionado a marca, quando deseja comprar produtos de cama, mesa, banho tapetes e cortinas. Outra Greta Flobelle Baila Anik Buddemeyer Karsten Artex Santista Teka 1,20% 0,17% 6,53% 4,47% 3,78% 0,86% 6,70% 8,76% 19,59% 47,94% Gráfico 5 – As marcas de cama, mesa, banho, tapetes e cortinas de maior preferência Fonte: dados da pesquisa De acordo com o gráfico 5, a marca Teka é a mais desejada pelos clientes, com 47,94% dos votos. Em segundo lugar ficou a Santista com 19,59%, seguida da Artex com 8,76% e Karsten com 6,70%. As outras marcas juntas somaram 17,01%. Pode-se concluir que os clientes preferem na maioria, as marcas Teka e Santista, deixando as marcas próprias da Pernambucanas que são a Anik, Baila, Flobelle e Greta com um percentual baixo no que diz respeito a preferência. 63 Foram avaliados pelos clientes os preço e planos de pagamento, dando a ele a opção de escolher entre ótimo, muito bom, bom, regular, ruim e não sabe, de acordo com a tabela 8. Tabela 8 - Avaliação sobre preço e planos de pagamentos na Pernambucanas. Variável Categoria Freqüência % Preços dos produtos oferecidos Ótimo Muito Bom Bom Regular Ruim Não sabe 45 74 199 33 1 1 12,75 20,96 56,38 9,35 0,28 0,28 Planos de pagamentos oferecidos Ótimo Muito Bom Bom Regular Ruim Não sabe 39 52 207 25 8 22 11,05 14,73 58,64 7,08 2,27 6,23 Fonte: dados da pesquisa Observa-se que na variável preço dos produtos oferecidos 33,71% acredita ser ótimo e muito bom, já 56,38% diz ser bom, enquanto 9,63% acha regular e ruim e apenas 1 pessoas não sabe opinar, o que corresponde a 0,28%. Verifica-se também a avaliação dos pesquisados em relação a planos de pagamentos oferecidos, que correspondem a 25,78% como ótimo e muito bom, porém 58,64% preferem a opinar por bom, e 9,35% das respostas são regular e ruim. A categoria não sabe apresentou um índice de 6,23%. De acordo com Lewis (apud BEE e BEE, 2000), se as empresas confiarem apenas em preços, alcançará considerável sucesso. Mas se aos preços acrescentar o constante e cuidadoso cultivo de todas as outras práticas construindo e conservando uma boa reputação, será muito mais formidável aos olhos do concorrente e conseguirá um resultado muito melhor. Conclui-se então que surge novamente o indício de que muitas das pessoas entrevistadas poderiam não ter o crediário na loja, pois 6,23% não sabem opinar sobre plano de pagamentos. Entende-se que a empresa perde a oportunidade de abrir um crediário para as pessoas que circulam na loja. Também foi disponibilizado ao cliente um espaço no questionário onde ele poderia sugerir novos produtos para serem comercializados no departamento de Lar, e outro espaço onde poderia deixar sugestões e reclamações. No que diz respeito a novos produtos observa-se que uma grande maioria não sugeriu nada, mas dos que responderam, predominou a necessidade de ter mais produtos feitos 64 de malha como lençol e edredom. Também nota-se que os clientes querem mais opções de colchas como de cetim, de chinille, de matelassê, e com tamanhos especiais. Outra situação nesta mesma questão, é que os clientes confundiram a pergunta que era direcionada apenas para o lar, respondendo que gostariam de ter calçados na loja. Já nas sugestões e reclamações, a maioria das manifestações foi relacionada à demora do atendimento no caixa, tendo assim que enfrentar filas, gerando descontentamento. 6.2.2 Sugestões e recomendações Através dos resultados obtidos no desenvolvimento do trabalho, identificouse a necessidade de melhorar o atendimento no caixa, pois vários clientes demonstraram estarem insatisfeitos, tanto pelo percentual de 42,21% que disseram que o atendimento é regular e ruim, como pelas perguntas abertas, que sugeria ao cliente deixar sugestões ou reclamações, na qual a maioria registrou a demora e o mau atendimento no caixa. Portanto se faz necessário treinamento para preparar melhor os colaboradores e motivação para que eles possam perceber a importância do seu papel dentro da empresa. Podendo usar assim o material que a empresa já tem disponível, como citado anteriormente, que é a universidade online e também o foco no cliente, que são treinamentos que aprimoram os colaboradores. Percebeu-se também a necessidade de melhor preparação dos colaboradores do crediário, pois este alcançou um índice de 24,08% de clientes que acham regular e ruim no que diz respeito a atendimento, no entanto se faz necessário treinamento assim como foi sugerido para os caixas, levando em consideração a fácil disponibilidade de materiais que a empresa tem. Para Dantas (2004), os colaboradores devem conhecer bem a empresa, seus produtos e serviços, e ter técnicas de relacionamentos, tratando cada cliente como ele próprio gostaria de ser tratado. Para isso é necessário treinamento e reciclagem sistemático e bem estruturado. 65 Na análise feita nas seções de cama, banho, mesa, tapetes e cortinas sobre qualidade e variedade de produtos, pode-se concluir que a maioria de clientes encontra-se satisfeitos. Um item que se destaca a esse respeito é um percentual alto de clientes que diz não saber opinar sobre variedade e qualidade nas seções de tapetes e cortinas, portanto recomenda-se um trabalho mais focado nestas seções, como assessores mais presentes e disponíveis para a demonstração do produto, e também um trabalho de merchandising que destaque e valorize mais esses produtos. Outra recomendação que se faz é relacionada à preferência dos clientes em adquirir as marcas Teka e Santista, assim sendo, os colaboradores devem aprender a utilizar o sistema garra¹ e criar o hábito de enviar as sugestões dos clientes aos compradores da empresa, pois estes dão a total liberdade para os colaboradores sugerirem produtos para a loja via sistema garra. Para tanto sugere-se que a empresa crie uma rotina de coleta e envio de informações pelo sistema garra que seja conhecida por todos os colaboradores, utilizando-se do questionário em apêndice que foi desenvolvido para que a empresa utilize sempre que necessário. E por fim, recomenda-se um trabalho interno de motivação através de recompensa que pode ser brindes ou até mesmo reconhecimento perante os colegas, que envolva todos os colaboradores da loja de Toledo, para fazer captação de novos clientes dentro da loja. Pois através da pesquisa foi detectado que muitos clientes que estão dentro da loja não conhecem os planos de pagamentos e não conhecem o crediário, portanto avalia-se que não possuem o cartão, já que todos os clientes que compram a crédito na loja precisam passar pelo crediário para liberação de limite dependendo do valor de sua compra, e para fazer atualizações de dados a cada 6 meses. Acredita-se que através dessas ações, as vendas tanto do departamento do Lar como nos outros departamentos podem vir a melhorar, porque todos os departamentos precisam do bom atendimento no caixa, no crediário e de novos clientes. O trabalho precisa ser de equipe, e isso se transmitirá em boa imagem para o cliente, que ficará satisfeito, e assim, aumentará o lucro da empresa. __________ 1 Sistema interno da Pernambucanas de envio de solicitação de ajuda, via computador para o departamento específico e responsável. Onde através de email pode-se relatar diretamente aos compradores da empresa, as preferências dos clientes por determinados produtos. 66 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS As empresas precisam criar meios para atrair e manter seus clientes, pois se não mante-los fieis, consequentemente, gastará muito com marketing para recuperálo e não terão o retorno desejado. Considerando que os clientes satisfeitos são fieis e vendem a imagem positiva da empresa, observa-se a necessidade de saber o que o cliente quer, e o que ele acha da empresa, portanto é através de pesquisas com o cliente que se tem uma visão real de suas necessidades, podendo assim melhorar seus produtos e serviços com o objetivo de encantá-lo. Portanto para melhor evidenciar que trabalho poderia ser desenvolvido na Pernambucanas para ajudar o departamento de lar a atingir as cotas, foram feitas várias observações no departamento como também em toda a loja, essas observações deram embasamento de que uma pesquisa com os clientes era necessária, então a partir dessa conclusão foi elaborado o questionário onde o cliente pode expressar sua opinião. Com relação aos funcionários foi possível observar o envolvimento e comprometimento na aplicação das pesquisas, pois eles foram os agentes que entrevistaram os clientes. Notou-se com bastante evidência que foi um fator motivador para eles saber o que precisa ser feito para o cliente ficar satisfeito. Também pode ser observado que a pesquisa aproximou o colaborador do cliente, já que foi necessário um diálogo mais aprofundado. O que consta por depoimento dos funcionários, foi um desabafo do cliente. Sendo assim este trabalho evidencia a necessidade de saber o que o cliente quer, e através das informações coletadas foram sugeridas ações com o intuito de satisfazer as necessidades dos clientes, ações que são voltadas para melhor atendimento nos caixas, crediário e departamento Lar. Dando ênfase no melhor conhecimento de produtos aos colaboradores que atuam nas seções de tapetes e cortinas para poderem oferecer um atendimento que demonstre as características e benefícios dos produtos incentivando o cliente a conhecer melhor o produto. Com relação à qualidade e a variedade dos produtos de cama, mesa, banho, tapetes e cortinas pode-se dizer que a Pernambucanas de Toledo vem atingindo uma média satisfatória para os clientes de acordo com a pesquisa. Mas como já foi 67 mencionado, é necessário manter esses clientes satisfeitos, criando assim uma contínua preocupação com a qualidade e variedade desses produtos. A pesquisa possibilitou também conhecer melhor os meios de comunicação que mais influenciam os clientes, dando assim alguns subsídios para a empresa focar suas divulgações. Esse trabalho também possibilitou o a visualização da preferência dos clientes relacionada à concorrência, assim sendo a empresa pode fazer levantamentos através de shopping de preço nos devidos concorrentes para obter mais vantagens através de melhores preços, mais anúncios e melhores exposições dos produtos que estão sendo trabalhados nessas lojas. Conclui-se que o objetivo proposto foi alcançado, considerando que a filial de Toledo, não costuma fazer pesquisas para saber a opinião de seus clientes, sendo esse um artifício muito utilizado por seus concorrentes. Portanto sabe-se que através das analises dos dados coletados a empresa pode canalizar seus esforços para conquistar cada vez mais seus clientes, e com o freqüente uso de pesquisas e correção das falhas pode manter-los satisfeitos. O estagio realizado na Pernambucanas foi muito importante para a formação acadêmica e profissional da estagiaria, pois através dele pode-se ter contato com a realidade empresarial, adquirindo assim experiência para aplicar quando exercer a atividade de secretária executiva, destacando no entanto que a secretaria é um elo entre a gerencia, os colaboradores e os clientes sendo capaz de administrar e controlar os processos dentro da empresa. 68 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBRECHT, Karl. Revolução nos serviços: Como as Empresas podem revolucionar a maneira de tratar os seus Clientes. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 1992. BARBETTA, Pedro A. Estatística Aplicada às Ciências Sociais. 6. Ed. Florianópolis: UFSC, 2006. BEE, Francês; BEE, Roland. Fidelizar o cliente: Da conquista à fidelidade dos clientes, a busca da excelência, técnicas para um atendimento eficiente. São Paulo: Nobel, 2000. BISPO, Anselmo L. Venda orientada por marketing. Brasília: Senac-DF, 2008. CAMPOS, Vicente F. 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Qual__________________ 5 – Costuma comprar produtos de cama, mesa, banho, tapetes e cortinas na Pernambucanas? ( ) Sim ( ) Não Se sim, o que? ______________________________________ 6 – Em quais outras lojas você compra produtos de cama, mesa, banho, tapetes e cortinas? ( ) LM ( ) Lojas Kelli ( ) Casas Brasil ( ) Nenhuma ( ) Outro. Qual? _____________________________ 7 – Por quais mídias existentes em Toledo você é mais influenciado (a)? Até 3 opções. ( ) Rádio ( ) Jornal ( ) Revista ( ) Televisão ( ) Informativos Mensais ( ) Outdoors ( ) Panfletos ( ) Outros: ___________________________________ 8 – Qual rádio de Toledo você mais escuta? Até 3 opções. ( ) Guaçu AM ( ) União AM ( ) Educativa AM ( ) Mundial FM ( ) Não escuta rádio ( ) Outras: ___________________________________ ATENDIMENTO 9 – Como você avalia de modo geral, a cortesia / simpatia na Pernambucanas? Considerando ótimo 5 e ruim 1: 5( ) Ótimo 4( ) Muito Bom 3( ) Bom 2( ) Regular 1( ) Ruim ( ) Não Sabe 10 – Como você avalia o atendimento no departamento de Lar? Considerando ótimo 5 e ruim 1: 5( ) Ótimo 4( ) Muito Bom 3( ) Bom 2( ) Regular 1( ) Ruim ( ) Não Sabe 11 – Como você avalia a agilidade no atendimento dos caixas da Pernambucanas? Considerando ótimo 5 e ruim 1: 5( ) Ótimo 4( ) Muito Bom 3( ) Bom 2( ) Regular 1( ) Ruim ( ) Não Sabe 12 – Como você avalia o atendimento do crediário da Pernambucanas? 5( ) Ótimo 4( ) Muito Bom 3( ) Bom 2( ) Regular 1( ) Ruim ( ) Não Sabe 74 PRODUTO 13 – Considerando ótimo 5 e ruim 1, qual a sua avaliação em relação à qualidade dos produtos da seção de: 5 ( ) Òtimo 5 ( ) Òtimo 5 ( ) Ótimo 5 ( ) Òtimo 5 ( ) Ótimo 4 ( ) Muito Bom 4 ( ) Muito Bom 4 ( ) Muito Bom 4 ( ) Muito Bom 4 ( ) Muito Bom 3 ( ) Bom 3 ( ) Bom 3 ( ) Bom 3 ( ) Bom 3 ( ) Bom Cama Banho Mesa Tapetes Cortinhas 2 ( ) Regular 2 ( ) Regular 2 ( ) Regular 2 ( ) Regular 2 ( ) Regular 1 ( ) Ruim 1 ( ) Ruim 1 ( ) Ruim 1 ( ) Ruim 1 ( ) Ruim ( ) Não Sabe ( ) Não Sabe ( ) Não Sabe ( ) Não Sabe ( ) Não Sabe 14 – Considerando ótimo 5 e ruim 1, qual a sua avaliação em relação à variedade dos produtos da seção de: 5 ( ) Òtimo 5 ( ) Òtimo 5 ( ) Òtimo 5 ( ) Òtimo 5 ( ) Ótimo 4 ( ) Muito Bom 4 ( ) Muito Bom 4 ( ) Muito Bom 4 ( ) Muito Bom 4 ( ) Muito Bom 3 ( ) Bom 3 ( ) Bom 3 ( ) Bom 3 ( ) Bom 3 ( ) Bom Banho Mesa Tapetes Cortinhas Cama 2 ( ) Regular 2 ( ) Regular 2 ( ) Regular 2 ( ) Regular 2 ( ) Regular 1 ( ) Ruim 1 ( ) Ruim 1 ( ) Ruim 1 ( ) Ruim 1 ( ) Ruim ( ) Não Sabe ( ) Não Sabe ( ) Não Sabe ( ) Não Sabe ( ) Não Sabe 15 – Em relação a produtos de cama, mesa, banho, tapetes e cortinas, quais marcas prefere comprar? Até 3 opções. ( ) Teka ( ) Santista ( ) Artex ( ) Karsten ( ) Buddemeyer ( ) Anik ( ) Baila ( ) Flobelle ( ) Greta ( ) Outra. Qual____________________ 16 – Na sua opinião tem algum outro produtos no departamento de Lar que a Pernambucanas poderia oferecer? Qual? __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ 17 – Qual a sua avaliação em relação aos preços dos produtos oferecidos pela Pernambucanas? 5( ) Ótimo 4( ) Muito Bom 3( ) Bom 2( ) Regular 1( ) Ruim ( ) Não Sabe 18 – Qual a sua avaliação em relação aos planos de pagamento oferecidos pela Pernambucanas? 5( ) Ótimo 4( ) Muito Bom 3( ) Bom 2( ) Regular 1( ) Ruim ( ) Não Sabe SUGESTÕES E RECLAMAÇÕES 19 – Você gostaria de deixar alguma sugestão ou reclamação a Pernambucanas? __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ Obrigada pela Colaboração!