Fisiologia cardiovascular O débito cardíaco 1 Introdução Débito cardíaco é a quantidade de sangue bombeada por cada ventrículo em um minuto. O débito cardíaco pode aumentar acentuadamente para se adequar às exigências do corpo, como por exemplo, durante o exercício físico ou ao estresse 2 Objetivos da aula Reconhecer como o débito cardíaco varia diretamente com a frequência cardíaca e com o volume sistólico. Identificar os fatores que modificam a frequência cardíaca e o volume sistólico e observar como podem modificar o débito cardíaco. 3 O que é o débito cardíaco? Débito cardíaco = Volume de sangue ejetado pelos ventrículos esquerdo/direito nas artérias aórtica/pulmonar, durante 1 minuto. Ou seja, depende da frequência cardíaca e da fração de ejeção (DC=FCxFE) 4 O que é a frequência cardíaca? É o número de contrações do coração por minuto. Em média 75 batimentos por minuto (BPM), no adulto em repouso. 5 O que é a fração de ejeção ventricular? É a diferença entre o volume ventricular diastólico e o volume ventricular sistólico. Em média 70ml por batimento no adulto em repouso. FE = VDF – VSF 6 FE = VDF – VSF No final da diástole ventricular cada ventrículo está totalmente cheio de sangue. Este volume é chamado de volume diastólico final. A quantidade de sangue que o ventrículo pode ejetar em cada contração chama-se fração de ejeção. 7 FE = VDF – VSF No final da sístole ainda permanece uma certa quantidade de sangue nos ventrículos, que denominamos volume sistólico final. Cada ventrículo contem aproximadamente 120 ml de sangue no final da diástole e 50 ml no final da sístole, assim a fração de ejeção normal será: FE=120 – 50 = 70ml. 8 Débito cardíaco O débito cardíaco = Frequência cardíaca (FC) x Fração de ejeção (FE), ou seja, no adulto em repouso = 75 x 70 = 5.250ml 9 Regulação do débito cardíaco É fator primordial na regulação da fração de ejeção o grau de estiramento que o músculo cardíaco sofre, antes da contração ventricular. Quanto mais o coração estira, mais forte será a contração ventricular (lei de Starling). Consequentemente uma contração mais forte aumentará o volume que pode ser ejetado (FE). 10 Regulação do débito cardíaco Estimulação simpática (medo, raiva etc.): aumenta a frequência cardíaca, e aumenta a fração de ejeção por aumento da contratilidade, o que resulta em melhora do débito cardíaco. 11 Regulação do débito cardíaco Estimulação parassimpática: após uma crise simpática há a compensação parassimpática. A frequência cardíaca e a fração de ejeção voltam aos níveis normais. O débito cardíaco volta ao normal. 12 Regulação do débito cardíaco Aumento do retorno venoso: as fibras musculares cardíacas são distendidas pelo volume de sangue que volta ao coração (maior volume diastólico final), o que resulta em maior força de contração. Há aumento da fração de ejeção, com aumento do débito cardíaco. 13 Regulação do débito cardíaco Diminuição da frequência cardíaca: permite maior tempo para o enchimento ventricular, aumentando o volume diastólico final e consequentemente da fração de ejeção. Como houve diminuição da frequência o débito cardíaco não se altera. 14 Regulação do débito cardíaco Aumento excessivo da frequência cardíaca: diminuição do retorno venoso com conseqüente diminuição da fração de ejeção. Como a frequência aumentou o débito cardíaco praticamente não se altera. 15 Regulação do débito cardíaco Exercício físico: ativa o sistema simpático aumentando a frequência cardíaca e a contratilidade do coração. Aumenta a fração de ejeção devido ao aumento da contratilidade do coração e aumento do retorno venoso (contração muscular periférica). Há aumento do débito cardíaco. 16 Regulação do débito cardíaco Queda súbita na pressão arterial: diminui o retorno venoso e consequentemente a fração de ejeção. Há aumento da frequência cardíaca devido a ativação do sistema nervoso simpático. O débito cardíaco pouco se altera. 17 Regulação do débito cardíaco Elevação da pressão arterial: reduz a atividade simpática, diminui a frequência cardíaca. Causa resistência à saída do sangue do coração durante a sístole aumentando o volume sistólico final e diminuindo a fração de ejeção. Há diminuição do débito cardíaco auxiliando na redução da pressão arterial. 18 Regulação do débito cardíaco Diminuição súbita do volume sanguíneo (hemorragia, desidratação etc): diminui o retorno venoso consequentemente a fração de ejeção. Devido à reação simpática há aumento da frequência cardíaca e manutenção do débito cardíaco. 19 Regulação do débito cardíaco Excesso de cálcio: aumenta a força de contração do coração, consequentemente da fração de ejeção. Também aumenta a frequência cardíaca, consequentemente do débito cardíaco. 20 Simpático x Parassimpático Qual o efeito da epinefrina no coração? Qual o efeito da acetil colina no coração? 21 22 Fim 23