Efeito de pequena fração volumétrica de fase sigma na corrosão por pite do aço inoxidável UNS S31803. Autor: MAURÍCIO MAGALHÃES [email protected] Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Magnabosco www.fei.edu.br [email protected] Departamento de Engenharia Mecânica Objetivos Resultados e Discussão 1500 1300 1100 900 700 500 300 100 -100 -300 -500 -700 1E-08 Eprot Ecor 1E-07 Caracterização quantitativa da microestrutura Para caracterização da microestrutura foi realizado ataque de Behara modificado nas amostras polidas. A fração volumétrica de fase sigma foi determinada por estereologia quantitativa após ataque eletrolítico em solução de KOH (10%) realizado no equipamento Struers Lectropol (Figura 3), a 2 Vcc durante um minuto. Na sequência foram submetidas a análise de imagens através do software Qmetals. A fração volumétrica de ferrita foi obtida com o auxílio de um ferritoscópio Fischer (figura 4). Para verificar a dureza após o envelhecimento foi utilizado o microdurômetro Shimadzu (Figura 5). Os ensaios de polarização cíclica foram conduzidos em um potenciostato modelo Voltalab 10 (figura 6), em solução de 3,5% NaCl, após 5 minutos de imersão. Gráfico 1: Curva de polarização cíclica em 3,5% NaCl, para a amostra envelhecida por 1 minuto a 850ºC. 1E-05 1E-04 1E-03 1E-02 densidade de corrente (A/cm 2) Gráfico 2: Curva de polarização cíclica em 3,5% NaCl, para a amostra envelhecida por 5 minutos a 850ºC. Gráfico 3: Curva de polarização cíclica em 3,5% NaCl, para a amostra envelhecida por 8 minutos a 850ºC. (a) Micrografia 4: Superfície da amostra após ensaio de polarização cíclica. Amostra envelhecida a 850ºC por 1 minuto. Luz polarizada. Fração Volumétrica de ferrita e austenita (%) Quatro séries de amostras foram produzidas através de envelhecimento isotérmico a 850ºC, por tempos de 1 a 8 minutos, através de imersão em banho de alumínio fundido, acondicionado em cadinho refratário, no forno Carbolite BFL 18/8 (Figura 1). Os corpos-de-prova metalográficos sofreram lixamento de 220, 320 e 500 mesh e polimento utilizando pasta de diamante de diâmetros 6 m, 3 m, e finalmente 1 m. Para ambas as etapas foi utilizada a politriz automática Struers Abramin (Figura 2). 1E-06 1400 1200 Epite 1000 800 600 400 200 Eprot Ecorr 0 -200 -400 -600 1E-09 1E-08 1E-07 1E-06 1E-05 1E-04 1E-03 1E-02 densidade de corrente (A/cm 2) densidade de corrente (A/cm 2) Tratamento térmico e preparação das amostras Micrografia 3: Envelhecimento por 8 minutos a 850ºC. Ferrita (escura), austenita (cinza) e sigma (branca) (4,7%). Ataque: Behara modificado. Epite Micrografia 5: Superfície da amostra após ensaio de polarização cíclica. Amostra envelhecida a 850ºC por 5 minutos. Luz polarizada. 70 8 60 6 50 4 40 30 2 20 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Tempo de envelhecimento (min) Ferrita Austenita Micrografia 6: Superfície da amostra após ensaio de polarização cíclica. Amostra envelhecida a 850ºC por 8 minutos. (b) 1400 Sigma Gráfico 4: Fração volumétrica de ferrita, austenita e fase sigma em função do tempo de envelhecimento a 850ºC. Potenciais (mVECS) 2205). Composição química média: 1400 1200 Epite 1000 800 600 400 Eprot 200 0 -200 Ecor -400 1E-10 1E-09 1E-08 1E-07 1E-06 1E-05 1E-04 1E-03 1E-02 Fração Volumétrica de sigma (%) Material em estudo: Aço inoxidável UNS S31803 (SAF potencial (mV, ECS) Materiais e métodos Micrografia 2: Envelhecimento por 5 minutos a 850ºC. Ferrita (escura), austenita (cinza) e sigma (branca) (3,3%). Ataque: Behara modificado. potencial (mV, ECS) Micrografia 1: Envelhecimento por 1 minuto a 850ºC. Ataque: KOH, seletivo a fase sigma (0,18%). potencial (mV, ECS) Verificar a influência na resistência a corrosão por pite do aço UNS S31803 de frações volumétricas de fase sigma inferiores a 10%, obtidas por envelhecimento isotérmico a 850ºC por tempos de até 8 minutos, determinando qual a máxima fração volumétrica de fase sigma admissível, ou seja, a que não comprometa a resistência a corrosão por pite. 900 400 -100 -600 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Tempo de envelhecimento (min) E* Epite Eprot Gráfico 5: Potenciais de corrosão (E*), pite (Epite) e proteção (Eprot) em função do tempo de envelhecimento nas amostras tratadas a 850ºC. Conclusões O principal mecanismo de formação de fase sigma nas amostras envelhecidas é a decomposição eutetóide da ferrita, gerando também austenita secundária. A tendência a formar pites aumenta quanto mais alta for a formação de fase sigma, ou seja, quanto maior for o tempo de envelhecimento. Figura 1 Figura 4 Figura 2 Figura 5 Figura 3 Figura 6 Frações volumétricas de fase sigma inferiores a 5% não comprometem o potencial de pite e o de corrosão. Contudo, pode-se observar vários picos de densidade de corrente, o que indica tentativas de quebra da película passiva, em possíveis locais de nucleação de pites que se repassivam. Em relação aos potenciais de proteção (Eprot) observa-se que o mesmo cai, mostrando que quanto maior é o tempo de envelhecimento, maior é a dificuldade de repassivação da amostra após a formação de pites. Agradecimentos Ao Centro Universitário da FEI pelo patrocínio do projeto e concessão de bolsa de iniciação científica ao aluno Maurício Magalhães. Ao Prof. Dr. Rodrigo Magnabosco pela orientação e estímulo no decorrer do projeto. Aos técnicos do Laboratório de Materiais pela colaboração. Aos meus pais, irmãos e minha namorada pelo incentivo que me vem sendo dado.