Contabilidade de Custos Razões da Contabilidade de Custos Determinação do lucro: empregando dados originários dos registros convencionais contábeis, ou processando-os de maneira diferente, tornando-os mais úteis à administração; Controle das operações: e demais recursos produtivos como os estoques, com a manutenção de padrões e orçamentos, comparações entre previsto e realizado; Tomada de decisões: o que envolve produção (o que, quanto, como e quando fabricar); formações de preços, escolha entre fabricação própria ou terceirizada. Contabilidade financeira • • • • • • Obrigatória Sujeita às normas e imposições legais Altamente normatizada e padronizada Posterior auditoria Atende à vontade do Leão Regras próprias • • • • Foco na decisão Não está sujeita às restrições e imposições legais Mais dinâmica e ágil Específica para cada negócio Contabilidade gerencial Instrumentos da Contabilidade Gerencial Informação Gestor • Atende a ambas Análise dos custos – Financeira – Gerencial • Cuidado com a mistura dos focos Feedback – Uso da contabilidade financeira no processo de tomada de decisões – Uso da contabilidade gerencial para registro e impostos Etapa 1 Obter informação Custo histórico Outra informação Etapa 2 Fazer predições Predições específicas Etapa 3 Escolher alternativas Etapa 4 Implementar a decisão Etapa 5 Avaliar desempenho Processo de decisão de cinco etapas Níveis de Planejamento Planejamento Estratégico Planejamento Tático Orçamento de Capital Planejamento Operacional Objetivos Gerais do Orçamento Orçamento Operacional Orçamento Financeiro Planejamento Financeiro Contábil Financeiro Fluxo de Caixa Vendas Ingressos Produção Desembolsos Compras Mão-de-Obra CIFs Impostos Variáveis Fixos De Capital Investimentos Planejamento e controle Correções e revisões de planos e ações Processo de gestão Planejamento Aumento de rentabilidade por meio de crescimento de produtos e marketing melhorado Controle Ações -Expansão de número de entradas em 20% -Aumento de propagandas em 50% Avaliação -Porcentagem de aumento de novas entradas -Porcentagem de aumento em propagandas -Porcentagem de aumento em receitas Sistema de contabilidade interno Orçamentos, relatórios especiais -Pesquisas com clientes -Análise dos competidores -Análise dos impactos/custos de propagandas -Orçamentos de propagandas/ receitas Sistema de contabilidade financeira -Documentos-fonte como notas fiscais, faturas das agências de propagandas, fita de cupom fiscal -Receitas reais/despesas com propaganda de razões gerais e subsidiários Relatórios de desempenho -Relatórios de novas entradas -Receitas reais versus orçadas -Despesas de propaganda reais versus orçadas Outros sistemas de informação Pesquisas com clientes Análise dos competidores Impacto de propagandas Relatório de novos itens Por quê estudar os Custos ? Atender necessidades gerenciais de três tipos : informações sobre a rentabilidade e desempenho de diversas atividades da entidade auxílio no planejamento, controle e desenvolvimento das operações informações para a tomada de decisões Após Revolução Industrial : necessidade de maiores e mais precisas informações, que permitissem uma tomada de decisão correta. Antes: praticamente não existia, já que as operações resumiam basicamente em comercialização de mercadorias, os estoques eram registrados e avaliados pelo seu custo real de aquisição. Revolução Industrial : registrar os custos que capacitavam o administrador a avaliar estoques, determinar mais corretamente resultados e levantar balanços. I Guerra e crise de 29 : necessidades de melhorias nos controles. II Guerra : maior necessidade de eficiência/eficácia; aumento da competição. Terminologia contábil Algumas das terminologias mais usuais : gastos : sacrifício financeiro que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer investimento : gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos custos : gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços despesas: bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas desembolso : pagamento do bem ou serviço perda : bem ou serviços consumidos de forma anormal Custos ≠ Gastos Gastos: valor dos bens e/ou serviços adquiridos pela empresa (englobam as ineficiências do sistema produtivo) Custos: valores dos bens e/ou serviços consumidos eficientemente na produção de outros bens e/ou serviços Sistemas de Custeio • Enfatizam-se os sistemas de custeio, surgindo o conceito de custo-meta ou custoalvo • Sistemas de custeio: – Métodos de Custeio (alocação dos custos) – Princípios de Custeio (variabilidade dos custos) • custeio por absorção total • custeio por absorção ideal • custeio variável • Custeio Variável: Princípios de Custeio – – – – custos fixos não devem ser inseridos no custo dos produtos ou serviços ofertados, apenas os custos variáveis incidem na elaboração do produto custos fixos são tratados como despesas do período pode ser utilizado para decisões a curto prazo, visto que, em períodos curtos de tempo, não se elimina os custos fixos – também denominado custeio direto ou marginal: representa o acréscimo de custo total que ocorre quando se aumenta a quantidade de bens produzida em uma unidade (ou a redução de custo total após a redução em uma unidade na quantidade produzida). Pela Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes, os Custos Marginais são crescentes à medida que se vão produzindo mais unidades do bem pois, a partir de certo ponto, para conseguir mais uma unidade produzida é necessário acrescentar cada vez mais unidades do fator produtivo. • Custeio por Absorção Ideal: – custos fixos e variáveis devem ser alocados aos produtos, exceto os relacionados às perdas – custo do produto independente do volume produzido – gastos incorridos não contemplados são mensurados em forma de perdas (ociosidade, ineficiência, retrabalho, refugo) – também denominado de Absorção Parcial . Custeio por Absorção Total: - custos fixos e variáveis devem ser repassados aos produtos, inclusive as perdas Nova Abordagem dos Princípios de Custeio • Dois novos conceitos: – Custeio Variável Parcial: • deriva do custeio variável, onde há incorporação dos custos das perdas normais provenientes de quebras, sobras, refugos e retrabalhos considerados – Custeio por Absorção Parcial: • deriva do custeio por absorção ideal, diferenciando-se deste pelo fato de englobar as perdas normais, sejam elas de refugos, ociosidade, quebras e/ou sobras • considera que o custo do produto é independente do volume produzido, porém tem acoplado a sua produção uma perda normal pré-estabelecida • os outros gastos podem ser explicados pelas perdas anormais Nova Abordagem dos Princípios de Custeio Custeio Variável Parcial Absorção Ideal + perdas normais + custos fixos + perdas normais Custeio Variável + custos fixos Absorção Parcial + perdas anormais Absorção Total Esquema Básico de Contabilidade de Custos Aplicação do Custeio por Absorção 1o Passo: Separar custos e despesas 2o Passo: Apropriar os custos diretos aos produtos 3o Passo: Ratear os custos indiretos Exemplo: A empresa Q produz 3 produtos: A, B e C e levantou os seguintes custos em determinado período: Custos e Despesas da empresa Q no período t Comissão de vendedores Salários de fábrica Matéria-Prima consumida Salários de administração Depreciação na fábrica Seguros na fábrica Despesas financeiras Honorários da diretoria Materiais Diversos-fábrica Energia Elétrica-fábrica Manutenção-fábrica Despesas de entrega Correios,telefone Material de consumo Total gastos $80.000,00 $120.000,00 $350.000,00 $90.000,00 $60.000,00 $10.000,00 $50.000,00 $40.000,00 $15.000,00 $85.000,00 $70.000,00 $45.000,00 $5.000,00 $5.000,00 $1.025.000,00 Custeio Baseado em Atividades • Sistema de custeio por atividades – Custos são transferidos de acordo com atividades executadas Problemas dos custeios tradicionais • Basicamente de dois tipos – redução da MOD – aumentos de CIFs Rateios Ineficientes Incentivos ao ABC • o avanço tecnológico e a crescente complexidade dos sistemas de produção o que tem ocasionado um aumento absoluto e relativo constante dos custos indiretos, em detrimento à redução dos custos com mão-de-obra; • o crescimento da diversidade de produtos e modelos fabricados na mesma planta, o que requer uma melhoria da precisão dos critérios de custeio. Exemplo de Custeio por Atividades Almoxarifado No. de Lotes Processados 20 Manutenção Horas de Manutenção 30 Produção Horas de Produção 50 800 1200 170 90 Algodão 80 60 Linho Direcionadores de Custos Direcionador é o fator que determina a ocorrência de uma atividade. Como as atividades exigem recursos para serem realizadas, deduz-se que o direcionador é a verdadeira causa dos custos. Portanto, o direcionador de custos deve refletir a causa básica da atividade e, conseqüentemente, da existência de seus custos. Exemplo hipotético • Dados da empresa: – – – – – Produção de um único produto A consumo de 5 kg de matéria-prima Y tempo de produção de 0,7 horas. Preço do Kg da matéria-prima de R$ 10,00 Perdas normais admitidas: • 10% de refugos • 5% de quebras • 5% de sobras. – Capacidade de produção: 200 horas/mês – Ociosidade normal: 20 horas – Custo fixo da empresa: R$ 10.000,00/mês Exemplo hipotético • Dados da produção dos meses de março e abril: Março Produtos bons (unidade) Refugos (unidade) Horas de trabalho efetivo (horas) Matéria-prima consumida (kg) Sobra de matéria-prima (kg) Abril 150 162 20 18 160 170 1.000 1.000 80 50 • Volume de perdas normais e anormais: Março Abril Produção total 170 180 Produção boa 150 162 Refugos normais 17 18 Refugos anormais 3 0 Consumo total de matéria-prima 1000 1000 Consumo produção boa + refugos 850 900 Sobras normais 50 50 Sobras anormais 30 0 Quebras normais 50 50 Quebras anormais 20 0 Exemplo hipotético • Utilização relativa do tempo : Cálculos dos custos Março Abril Tempo produção boa 105 113,4 Tempo refugos 14 12,6 Tempo produção total 119 126 Tempo utilizado 160 170 Ociosidade normal 20 20 Ociosidade anormal 20 10 Ineficiência 41 44 Variável R$ 50,00 Custeio Fixo Variável Total R$ 0,00 R$ 50,00 Variável R$ 61,73 Custeio Variável Fixo Parcial Total R$ 0,00 R$ 61,73 Comentários O custo variável é calculado pela soma de todos os custos diretos, como a matéria prima, para produzir uma unidade do Produto. Custo variável = 10,00 reais x 5 quilos O custo variável é calculado a partir da matéria-prima utilizada e àquela que será perdida caso ocorram as perdas normais previstas., ou seja, deve-se englobar 5% de quebras, 5% de sobras e 10% de refugos. Assim temos que: Custo variável = [(5 quilos x 10,00 reais) x 1/ (1 – 5% – 5%)]x[1/(1-10%)] Cálculos dos custos Comentários Variável Custeio por Absorção Fixo Ideal Total Variável Custeio por Absorção Fixo Parcial Total R$ 50,00 R$ 35,00 A parte variável é igual ao Custeio Variável calculado acima: Custo variável = 10,00 reais x 5 quilos O custo fixo unitário é estabelecido pelo custo referente ao tempo de produção de uma unidade do produto, caso fosse utilizada toda a capacidade de produção. Assim temos: Custo fixo = (10.000,00 reais/200 hs) x 0,7 h R$ 85,00 Da mesma, forma que o custo variável do custeio variável R$ 61,73 parcial engloba as perdas normais. Assim, temos que: Custo variável = [(5 Kg x R$10,00) x 1/ (1 – 5% – 5%)]x[1/(1-10%)] R$ 43,21 Para os custos fixos deve-se incorporar os custos referentes à ociosidade normal e ao custo fixo incorporado nos refugos normais. Assim: R$ 104,94 Custo fixo = [10.000,00 reais/(200 -20 hs)] x 0,7 x[1/(110%)] Cálculos dos custos Comentários Variável R$ 66,67 Março Fixo Custeio por Absorção Total Total R$ 66,67 R$ 133,33 Variável R$ 61,73 Abril Fixo R$ 61,73 Total R$ 123,46 Como este princípio utiliza o conceito de gastos e não custos para cada mês se obtém um valor diferente. Assim temos que Custo variável = consumo matéria-prima do período/ produtos bons do período Custo fixo = gastos fixos x tempo de produçao de uma unidade/tempo de produção boa Assim em março temos: Custo Variável = 1.000 quilos x 10,00 reais / 150 produtos bons Custo Fixo = 10.000,00 reais / 150 produtos bons Em abril temos: Custo Variável = 1.000 quilos x 10,00 reais / 162 produtos bons Custo Fixo = 10.000,00 reais / 162 produtos bons Análise • Hipótese 1: Custeio Variável R$ 50,00 Custeio Variável Parcial R$ 61,73 Custeio por Absorção Ideal R$ 85,00 Custeio por Absorção Parcial R$ 104,94 Custeio por Absorção Total (Março) Custeio por Absorção Total (Abril) R$ 133,33 R$ 123,46 – o mercado está disposto a pagar R$ 140,00 pelo Produto A • Análise: – Não é preciso se preocupar muito, visto que o mercado absorveria as ineficiências da linha de produção e a empresa conseguiria se manter a um preço competitivo Análise • Hipótese 2: Custeio Variável R$ 50,00 Custeio Variável Parcial R$ 61,73 Custeio por Absorção Ideal R$ 85,00 Custeio por Absorção Parcial R$ 104,94 Custeio por Absorção Total (Março) Custeio por Absorção Total (Abril) R$ 133,33 R$ 123,46 – mercado está disposto a pagar R$110,00 pelo Produto A • Análise: – se a linha produtiva continuar com as mesmas perdas anormais, a empresa não conseguirá se manter no mercado. Será preciso, então, criar uma forma de eliminar as perdas anormais Análise • Hipótese 3: Custeio Variável R$ 50,00 Custeio Variável Parcial R$ 61,73 Custeio por Absorção Ideal R$ 85,00 Custeio por Absorção Parcial R$ 104,94 Custeio por Absorção Total (Março) Custeio por Absorção Total (Abril) R$ 133,33 R$ 123,46 – o mercado está disposto a pagar R$95,00 pelo Produto A • Análise: – a empresa deverá repensar não apenas as perdas anormais, mas também as suas perdas normais, visto que este preço está abaixo do custeio parcial. Assim, o processo produtivo deverá ser modificado de tal forma que os padrões de perdas normais mudem Análise • Hipótese 4: Custeio Variável R$ 50,00 Custeio Variável Parcial R$ 61,73 Custeio por Absorção Ideal R$ 85,00 Custeio por Absorção Parcial R$ 104,94 Custeio por Absorção Total (Março) Custeio por Absorção Total (Abril) R$ 133,33 R$ 123,46 – o mercado está disposto a pagar R$75,00 pelo Produto A • Análise: – a curto prazo a empresa poderá se manter no mercado, visto que o mercado está disposto a pagar mais do que o variável parcial, ou seja, o mercado paga pelos custos variáveis das perdas normais Análise • Hipótese 5: Custeio Variável R$ 50,00 Custeio Variável Parcial R$ 61,73 Custeio por Absorção Ideal R$ 85,00 Custeio por Absorção Parcial R$ 104,94 Custeio por Absorção Total (Março) Custeio por Absorção Total (Abril) R$ 133,33 R$ 123,46 – o mercado está disposto a pagar R$55,00 pelo Produto A • Análise: – a curto prazo a empresa poderá se manter no mercado, se os padrões de normalidade forem modificados, visto que o mercado não está pagando pelas perdas normais do período analisado Conclusões • A diferenciação de perdas normais e anormais se faz necessária à medida que o grau de dificuldade no combate e eliminação das perdas inerentes aos processos de produção é maior do que o das perdas anormais • Quanto maior o nível de detalhamento das informações mais embasado estará o processo de tomada de decisão • Os princípios de custeio aqui apresentados não são excludentes, e, na maioria das avaliações devem ser utilizados de forma combinada Definição genérica de custos Demonstrativo de Resultado do Exercício Balanço Patrimonial Custos Produtos ou Serviços Elaborados Consumo associado à elaboração do produto ou serviço Despesas Consumo associado ao período Investimentos Gastos Fluxo dos Custos Balanço Patrimonial Custos Diretos Indiretos Demonstrativo de Resultado do Exercício (+) Receitas Estoques Materiais Diretos Produtos em Elaboração Produtos Acabados (-) Custos do DRE CMV CPV CSP (-) Despesas (=) Resultado Classificação dos Gastos MD MOD CIF Materiais Diretos Matéria-Prima Embalagem Mão-de-Obra Direta Mensurada e identificada de forma direta Custos Indiretos Custos que não são MD nem MOD Custo de transformação Custo primário ou direto Custo total, contábil ou fabril Gastos totais ou custo integral Despesas Gastos não associados à produção Classificações : Unidade • Diretos : diretamente incluídos no cálculo dos produtos; materiais diretos e mão de obra direta; perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva. • Indiretos : necessitam de aproximações, rateio • Primários : apenas incluem a matéria prima e a mão-de-obra direta. • De transformação : Igualmente denominados custos de conversão ou custos de agregação. Consistem no esforço agregado pela empresa na obtenção do produto. Exemplos : mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação. Classificações : Volume Valor $ • • • • Fixos Variáveis Semi-fixos Semi-variáveis Quantidade Produzida Custos Fixos Exemplo : Aluguel Valor $ Quantidade Produzida Custos Semivariáveis Exemplo : Copiadora Valor $ Quantidade Produzida Custos Variáveis Exemplo : Mat Diretos Valor $ Quantidade Produzida Custos Semifixos Exemplo : Conta de Água Classificações : Controle • Controláveis : quando podem ser controlados por uma pessoa, dentro de uma escala hierárquica pré-definida. O responsável poderá ser cobrada de eventuais desvios não previstos. • Não controláveis : quando fogem ao controle do responsável pelo departamento. Por exemplo, rateio do aluguel. Em uma escala hierárquica superior todos os custos são controláveis. Classificações : Decisões Especiais • Incrementais : também denominados diferenciais ou marginais, incorridos adicionalmente em função de uma decisão tomada. • De oportunidade : benefício relegado em decorrência da escolha de uma outra alternativa. • Evitáveis : custos que serão eliminados se a empresa deixar de executar alguma atividade. • Inevitáveis : independente da decisão a ser tomada, os custos continuariam existindo. • Empatados : também denominados sunk costs ou custos afundados. Por já terem sido incorridos e sacramentados no passado, não devem influir em decisões para o futuro por serem irrelevantes. Classificações : Base Monetária • Históricos : custos em valores originais da época em que ocorreu a compra, de acordo com a Nota Fiscal. • Históricos corrigidos : custos acrescidos de correção monetária, trazidos para o valor monetário atual. • Correntes : também denominados custos de reposição. Custo necessário para repor um item no total. • Estimados : custos previstos para o futuro. • Custo padrão : custo estimado com maior eficiência, valor ideal a ser alcançado. Custos diretos Exemplo: Papel em que a revista Sports Illustrated é impressa. OBJETO DE CUSTO Exemplo: A revista Sports Illustrated Custos indiretos Exemplo: Custo do aluguel do prédio da Time-Warner para editores seniores de suas revistas. Custos diretos Departamento de manutenção Departamento de pessoal Departamento de montagem Departamento de acabamento $ 40 000 $ 20 600 $ 75 000 $ 55 000 Suponha que os custos do departamento de manutenção sejam alocados igualmente entre os departamentos de produção. Quanto é alocado para cada departamento? Exemplo de custos diretos e custos indiretos Manutenção $ 40 000 Custos diretos de montagem $ 75 000 Custos diretos de acabamento $ 55 000 $ 20 000 $ 20 000 Exemplo de padrões de comportamento de custos A Bicicletas Praianas compra guidões a $ 52 cada para suas bicicletas. Qual será o custo total de guidões se mil bicicletas forem montadas? 1 000 unidades × $ 52 = $ 52 000 Qual será o custo total de guidões se 3 500 bicicletas forem montadas? 3 500 unidades × $ 52 = $ 182 000 A Bicicletas Praianas incorreu em $94,5 mil em dado ano, devido ao aluguel da fábrica. Esse é um exemplo de custos fixos com relação ao número de bicicletas montadas. Que será o custo (fixo) de aluguel por bicicleta se a Bicicletas montar mil unidades? $ 94 500 ÷ 1 000 = $ 94,50 Qual será o custo (fixo) de aluguel por bicicleta se a Bicicletas montar 3 500 unidades? $ 94 500 ÷ 3 500 = $ 27 O direcionador de custos variáveis é o nível ou volume de atividade cuja mudança causa outras proporcionais nos custos (variáveis). O número de bicicletas montadas é um direcionador de custos do custo de guidões. Suponha que os custos fixos (aluguel) sejam $ 94,5 mil para o ano e que eles se mantenham iguais por uma certa faixa de volume (mil a 5 mil bicicletas). 1 000 a 5 000 bicicletas é a faixa relevante. Material Direto O material direto, ou, simplesmente, MD, é formado pelas matériasprimas, embalagens, componentes adquiridos prontos e outros materiais utilizados no processo de fabricação. Três problemas básicos de MD • a) avaliação : qual o montante a atribuir quando várias unidades são compradas por preços diferentes, como contabilizar sucatas; etc. • b) controle : como distribuir as funções de compra, pedido, recepção e uso, como organizar o "kardex" de controle, como inspecionar para verificar o efetivo consumo; • c) programação : quanto comprar, como comprar, fixação de lotes econômicos de aquisição, definição de estoques mínimos de segurança, etc. Avaliação de MD • Sistema de inventário periódico : quando a empresa não mantém um controle contínuo dos estoques. Consumo de material direto = Estoque Inicial + Compras - Estoque Final • Sistema de inventário permanente : existe o controle contínuo da movimentação do estoque Critérios de avaliação • UEPS : último a entrar, primeiro a sair ou, em inglês, LIFO, last in, first out. (legislação fiscal brasileira não permite) • PEPS : primeiro a entrar, primeiro a sair ou, em inglês, FIFO, first in, first out. • Custo Médio Ponderado : pode ser móvel ou fixo. O custo a ser contabilizado representa uma média dos custos de aquisição. Classificação ABC • Itens A : elevado valor relativo e que, portanto, merecem um controle mais rigoroso que os demais. • Itens B : valores não são tão representativos como os estoques dos itens A, mas representam, também, uma elevada aplicação de recursos. • Itens C : representam estoques que são bastante números em termos de itens, porém pouco representativos em termos de valor. Conceito de MOD • Refere-se apenas ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em elaboração, "desde que seja possível a mensuração do tempo despendido e a identificação de quem executou o trabalho, sem necessidade de qualquer apropriação indireta ou rateio". Cálculos da MOD • Número de horas à disposição por ano Número de dias por ano (-) Repousos semanais remunerados (-) Férias (-) Feriados (em média) (=) Número máximo de dias à disposição (x) Jornada diária (=) Número máximo de horas à disposição 365 -48 -30 -12 275 7,3333 2.016,67 Cálculos da MOD - Subtotais a) Salários Número máximo de horas à disposição Valor da hora trabalhada Total de salários d) Adicional constitucional de férias 2.016,67 100 201.666,67 b) Repousos semanais remunerados Número de repousos em dias Jornada diária Número de repousos em horas Valor da hora trabalhada Total de repousos semanais remunerados 33,33% 22.000,00 7.333,33 e) 13o Salário 48 7,3333 352 100 35.200,00 c) Férias Férias em dias Jornada diária Férias em horas Valor da hora trabalhada Total de férias Percentual constitucional Total de férias Total de adicional de férias 13o em dias Jornada diária 13o em horas Valor da hora trabalhada Total de férias 30 7,3333 220 100 22.000,00 f) Feriados 30 7,3333 220 100 22.000,00 Feriados em dias Jornada diária 13o em horas Valor da hora trabalhada Total de feriados 12 7,3333 88 100 8.800,00 Cálculos da MOD - Contribuições Contribuições percentuais Previdência Social Fundo de Garantia Seguro - acidentes de trabalho Salário - educação SESI ou SESC SENAI ou SENAC INCRA SEBRAE 20,00% 8,00% 3,00% 2,50% 1,50% 1,00% 0,20% 0,60% Total 36,80% Cálculos da MOD - Resumo Subtotal a) Salários b) Repousos semanais remunerados c) Férias d) Adicional constitucional de férias e) 13o Salário f) Feriados Subtotal Acréscimo legal outras contribuições Total com contribuições Número de horas trabalhadas por ano Total Geral por hora $ 201.666,67 35.200,00 22.000,00 7.333,33 22.000,00 8.800,00 297.000,00 36,80% 406.296,00 2.016,67 201,47 Custos Indiretos de Fabricação São os gastos identificados com a função de produção ou elaboração do serviço a ser comercializado e que, como o próprio nome já revela, não podem ser associados diretamente a um produto ou serviço específico. Exemplo : algumas despesas de depreciação, salários de supervisores de diferentes linhas de produção, etc. • Rateio : extremamente problemático. – Custeio Direto : não rateia nada – RKW ou ABC estratégico : rateia tudo Exercício • Determine o custo total dos produtos A, B e C apresentados a seguir: Matéria-Prima Mão-de-Obra Energia Elétrica Depreciação Seguros Materiais Diversos Manutenção Total Produto A 75.000 22.000 18.000 Diretos Produto B 135.000 47.000 20.000 Produto C 140.000 21.000 7.000 115.000 202.000 168.000 Indiretos 30.000 40.000 60.000 10.000 15.000 70.000 225.000 Total 350.000 120.000 85.000 60.000 10.000 15.000 70.000 710.000 Solução do Exercício Usando custos diretos como base de rateio Diretos Produto A Produto B Produto C Total $ 115.000 202.000 168.000 485.000 Indiretos % 23,7% 41,6% 34,6% 100,0% $ 53.351 93.711 77.938 225.000 Total % 23,7% 41,6% 34,6% 100,0% 168.351 295.711 245.938 710.000 Solução do Exercício Usando mão de obra direta como base de rateio Produto A Produto B Produto C Total Mão de Obra Direta $ % 22.000 24,4% 47.000 52,2% 21.000 23,3% 90.000 100,0% Diretos Produto A Produto B Produto C Total $ 115.000 202.000 168.000 485.000 Indiretos $ 55.000 117.500 52.500 225.000 % 24,4% 52,2% 23,3% 100,0% Indiretos % 23,7% 41,6% 34,6% 100,0% $ 55.000 117.500 52.500 225.000 Total % 24,4% 52,2% 23,3% 100,0% 170.000 319.500 220.500 710.000 Custos por Departamentos Vantagens dos Departamentos • Reduzir arbitrariedade dos rateios • Aumentar níveis de controle Antes dos departamentos Depois dos departamentos CC1 Fábrica Produtos A A B B C C CC2 CC3 CC4 Exercícios • A companhia Verde e Rosa Ltda. estuda a possibilidade de distribuir alguns Custos Indiretos de Fabricação entre seus três departamentos : Industrial; Programação e Controle e Embalagem. Utilizando as informações apresentadas a seguir, determine os custos a serem alocados a cada departamento. Quais seriam os lançamentos contábeis sugeridos? O Conta Critério de rateio $ critérios de rateio estão na segunda tabela. Seguros Depreciação de máquinas e móveis Encargos Sociais Gastos com manutenção Aluguel Total Departamento Industrial Programação e Controle Embalagem Total do imobilizado do departamento Valor das máquinas e móveis do depto Gastos com folha do departamento Diretamente ao departamento industrial Área ocupada pelo departamento Total Imobilizado ($) 650.000,00 80.000,00 310.000,00 Máquinas e Móveis ($) 1.600.000,00 180.000,00 40.000,00 8.200,00 64.800,00 39.500,00 5.600,00 7.600,00 125.700,00 Folha de Área ocupada Pagamento ($) (m) 280.000,00 80.000,00 90.000,00 17.000 500 1.800 Custos por Processos Sistemas de acumulação de custos • Podem ser de alguns tipos principais, não excludentes : – – – – – Por ordem de produção De modo contínuo ou processo Pela responsabilidade Previsionais Acumulação : três critérios : • custo por absorção • custo direto ou variável • ABC Características Característica Analisada Desenvolvimento do produto Contratação do fornecimento Produção por Ordem Específica Produção por Processo Especificação do cliente Especificação do fabricante Seleção subjetiva (concorrência) Seleção objetiva (amostra) Produção Limitada pelo cliente Planejada pelo fabricante Dimensão da produção Número de peças contratadas Número de peças do período Mercado Poucos compradores Muitos compradores Vendas Procura do cliente Procura do cliente ou oferta do fabricante Produto Sob medida Seriado Necessidade do produto Específica do cliente Global do mercado Local de produção Na fábrica ou no campo Na fábrica Estoque de matéria prima Temporário e específico Permanente, geral para vários produtos Estoque de produtos Indesejável Necessário Prazos de produção Geralmente, médios ou longos Geralmente, curtos Outras Características Característica Analisada Produção por Ordem Específica Produção por Processo Acumulação dos custos MAT, MOD e CIF por ordem de produção Por departamento e, em seguida, aos produtos Apuração dos custos unitários Custo específico por ordem de produção ou lote de produtos Requisição de materiais Indica-se o número de ordem de produção Custo médio por unidade produzida no período Indica-se o departamento e/ou código do produto Início e término da Período de apuração produção ou abertura e dos custos finais fechamento da ordem de produção Início e término do período contábil Compara custo médio em diferentes períodos para conhecer as causas das variações Custo unitário Subsídio para preços em atividades futuras Forma de custeamento Predeterminada ou real Padrão ou real Racionalização no tempo Menor Maior Exercícios • A Indústria de Roupas Bonita e Bela produz um único produto : calças jeans masculinas. Seus departamentos industriais são direcionados às atividades de corte, costura e acabamento. Todos os produtos elaborados passam pelos três departamentos, nesta ordem. Apenas no setor de acabamento não são incorporados materiais diretos aos produtos. Com base nos números fornecidos a seguir, estime os custos totais e unitários por departamento e o custo unitário de cada produto comercializado. Sabe-se que os estoques iniciais e finais são nulos e que no período analisado foram iniciadas e completadas 1500 unidades. Corte Materiais diretos MOD CIFs aplicados 45.000,00 60.000,00 36.000,00 Costura 60.000,00 24.000,00 30.000,00 Acabamento 45.000,00 54.000,00 Custos por Ordem de Produção No sistema de custos por ordem de produção (ou encomenda) os custos são acumulados em folhas (ou registros eletrônicos) denominados Ordens de Produção ou Ordens de Fabricação. A soma das Ordens de Produção em Aberto representa o Estoque de Produtos em Processo. Quando os produtos ou serviços são completados, as Ordens são encerradas e os custos são transferidos para o estoque de produtos acabados ou CPV, a depender da situação. Exercícios • A Gráfica Traços e Rabiscos Ltda. apresentou os dados seguintes, referentes a sua produção no mês de maio de 19X3. Com base nestes números, contabilize os lançamentos e apure o custo da empresa. Os custos indiretos de fabricação no período foram iguais a $4.000,00. A empresa costuma empregar a MOD como critério de rateio destes custos. Registros do almoxarifado : requisições de materiais diretos. Data Requisição OP Quantidade Custo Unitário 12/Mai 1208/X3 563/X3 90 3,5 17/Mai 1209/X3 564/X3 210 3,6 Registros de utilização de MOD. Data OP Quantidade 14/Mai 563/X3 300 21/Mai 564/X3 800 Custo Unitário 6,2 6,2