CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO
DE ESTRUTURAS DE
CONCRETO
MÉTODO DE DOSAGEM
CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS
Concreto
 Consistência deseja no estado fresco.
 Condições de exposição.
 Resistência de dosagem do concreto.
fc28 = fck + 1,65 x sd
» sd = desvio padrão
DEFINIÇÃO DO fc28
CONDIÇÃO DE PREPARO
Condição A
Sd = 4,0 MPa
Condição B
Sd = 5,5 MPa
O cimento e os agregados são medidos em massa, a água
de amassamento é medida em massa ou volume com
dispositivo dosador e corrigida em função da umidade
dos agregados.
O cimento é medido em massa, a água de amassamento
é medida em volume mediante dispositivo dosador e os
agregados em massa combinada com volume. A umidade
do agregado miúdo é determinada pelo menos três vezes
ao dia. O volume do agregado miúdo é corrigido através
da curva de inchamento estabelecida especificamente
para o material utilizado.
Condição C O cimento é medido em massa, os agregados são
medidos em volume, a água de amassamento é medida
Sd = 7,0 MPa
em volume e a sua quantidade é corrigida em função da
estimativa da umidade dos agregados e da determinação
da consistência do concreto.
NBR 12655/06
MÉTODO DE DOSAGEM
CURVA DE ABRAMS DO CIMENTO
EX:
Cimento CP 32;
fck = 20,0 MPa;
sd = 4,0 MPa
Concreto com resistência de 26,6 MPa aos 28 dias
0,58
DEFINIÇÕES SEGUNDO NBR 12655/06
Profissional responsável pelo projeto estrutural
Cabem a este profissional as seguintes responsabilidades:
a) registro da resistência característica à compressão do
concreto, fck, em todos os desenhos e memórias que
descrevem o projeto tecnicamente;
b) especificação de fckj para as etapas construtivas, tais
como: retirada de cimbramento, aplicação de protensão
ou manuseio de pré-moldados;
c) especificação dos requisitos correspondentes à
durabilidade da estrutura e elementos pré-moldados,
durante sua vida útil, incluindo a classe de
agressividade adotada em projeto.
DEFINIÇÕES SEGUNDO NBR 12655/06
Profissional responsável pela execução da obra
Cabem a este profissional as seguintes
responsabilidades:
a) Escolha da modalidade de preparo do concreto;
b) Escolha do tipo de concreto a ser empregado e a sua
consistência, dimensão máxima do agregado e demais
propriedades conforme projeto;
c) Cuidados requeridos pelo processo executivo e pela
retirada dos escoramentos, levando em consideração as
peculiaridades dos materiais (em particular do cimento)
e as condições de temperatura ambiente;
DEFINIÇÕES SEGUNDO NBR 12655/06
Responsável pelo recebimento do concreto
Os responsáveis pelo recebimento do concreto são o
proprietário da obra e o responsável técnico pela
obra, designado pelo proprietário.
CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO DE ESTRUTURAS DE
CONCRETO
A aceitação das estruturas de concreto é feita segundo
a NBR 12655 e com base no controle da resistência do
concreto recebido ou produzido na obra.
Esta atividade, chamada de CONTROLE
TECNOLÓGICO, abrange as seguintes etapas:
CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO DE ESTRUTURAS DE
CONCRETO
CONTROLE TECNOLÓGICO
DO CONCRETO
Estado Fresco
Estado Endurecido
Recebimento
Resistência à compressão
Trabalhabilidade
Formação de lotes
CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO DE ESTRUTURAS DE
CONCRETO
CONTROLE NO RECEBIMENTO
ENSAIO DE ABATIMENTO DO TRONCO DE CONE NBR NM 67/98 (Slump Test)
Concreto produzido na obra
 na primeira amassada
 sempre que ocorrerem alterações na
umidade dos agregados
 ao reiniciar o preparo após
interrupção
 igual ou superior a 2 horas
 na troca de operadores
 cada vez que forem moldados corpos
de prova
CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO DE ESTRUTURAS DE
CONCRETO
CONTROLE NO RECEBIMENTO
Concreto dosado em central
todo caminhão betoneira
 5 minutos após o término da homogeneização
 Após descarga de 0,5 m3 ????
abatimento (mm)
tolerâncias
20 < a ≤ 90
± 10
90 < a ≤ 150
± 20
a ≥ 160
± 30
NBR 7212
Moldagem dos corpos-de-prova
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO
CÂMARA ÚMIDA
Retifica ou capeamento
ENSAIO DE COMPRESSÃO
CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO DE ESTRUTURAS
DE CONCRETO
AMOSTRAGEM
CONTROLE DO CONCRETO POR AMOSTRAGEM TOTAL
Moldagem de corpos-de-prova de todos os caminhões
betoneiras.
A amostragem total não se aplica para concreto preparado na
obra.
Qualquer que seja o tipo
de controle adotado, a
amostragem deve ser
feita de modo aleatório
durante as operações de
concretagem, moldando
corpos-de-prova para
obtenção dos
exemplares do lote.
AMOSTRAGEM
Há 2 tipos de controle da resistência do concreto executado:
CONTROLE ESTATÍSTICO POR AMOSTRAGEM
PARCIAL

Moldagem de corpos de prova de betonadas
alternadas e de modo aleatório, para formação de
lotes.
fcj
Para lotes com exemplares entre 6  n < 20 o
cálculo da resistência característica estimada (fckest) é
dado por:
f ck ,est  2 (
f 1  f 2  f 3  .......  f m 1
m 1
) fm
onde:
m = metade do número n de exemplares
f1 , f2 ,.. fm-1 =valores das resistências em ordem crescente
n = número de exemplares
Não se tomará para fck,est valor menor que ψ6 x f1, onde:
TABELA 8
Valores de Y 6 para o número de amostras "n"
Condições
de preparo
2
3
4
5
6
7
8
10
12
14
> 16
A
0,82 0,86 0,89 0,91 0,92 0,94 0,95 0,97 0,99 1,00 1,02
B ou C
0,75 0,80 0,84 0,87 0,89 0,91 0,93 0,96 0,98 1,00 1,02
TABELA Nº38 - RESULTADOS DOS ENSAIOS DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL DOS CONCRETOS UTILIZADOS NA EXECUÇÃO DO ARCO INVERTIDO DEFINITIVO DAS OBRAS DO TÚNEL DA ALÇA SENA MADUREIRA
DATA
LOCAL
ÍNDICE DE
Resistência à compressão
DA
DE
CONSISTÊNCIA
(MPa) na idade de
e
DE ENSAIO
MOLDAGEM
APLICAÇÃO
(mm)
7 DIAS
Consumo
EPT
14/03/96
Estaca 1010+0,00
130
22,5 / 22,9 25,5 / 25,8 32,7 / 33,4
a
140
20,9 / 21,5 20,9 / 22,6 30,5 / 30,8
1013+0,00 m
150
22,1 / 22,6 23,2 / 24,3 29,9 / 27,6
160
21,7 / 22,1 23,4 / 23,8 30,6 / 27,2
135
26,4 / 28,0 29,0 / 29,5 35,1 / 35,2
130
27,7 / 28,9 30,0 / 31,1 40,2 / 39,6
Estaca 1013+0,00
170
13,6 / 22,1 24,3 / 25,5 27,7 / 28,0
a
140
21,3 / 22,2 23,8 / 24,6 29,8 / 32,6
1016+15,00 m
110
19,2 / 22,7 27,7 / 28,9 31,2 / 27,6
120
19,7 / 22,9 23,2 / 23,4 28,5 / 29,7
150
14,4 / 14,9 24,0 / 25,5 29,9 / 30,6
100
23,8 / 25,2 24,3 / 28,5 28,4 / 26,6
18/03/96
3 DIAS
28 DIAS (1)
Fornecedor RELATÓRIO
CON-4276
(2)
CON-4925
(2)
CALCULO DO DESVIO PADRÃO
O desvio padrão é determinado a partir
dos resultados obtidos nos ensaios de
compressão.
n
sd 

(
x
S i x)
i 1
2
n 1
NBR 12655/06
CONTROLE ESTATÍSTICO POR AMOSTRAGEM PARCIAL
TABELA Nº38 - RESULTADOS DOS ENSAIOS DE RESISTÊNCIA À COMPRES
SÃO AXIAL DOS CONCRETOS UTILIZADOS NA EXECUÇÃO DO ARCO INVER
TIDO DEFINITIVO DAS OBRAS DO TÚNEL DA ALÇA SENA MADUREIRA
DATA
ÍNDICE DE
Resistência à compressão
DA
LOCAL
fck
DE
CONSISTÊNCIA
(MPa) na idade de
MOLDAGEM
(MPa)
APLICAÇÃO
(mm)
14/03/1996
25,0
18/03/1996
25,0
3 DIAS
7 DIAS
28 DIAS (1)
Fornecedor MAIOR V
DO EXE
e
Consumo
7 DIAS
130
22,5 / 22,9 25,5 / 25,8 32,7 / 33,4
25,8
140
20,9 / 21,5 20,9 / 22,6 30,5 / 30,8
22,6
150
22,1 / 22,6 23,2 / 24,3 29,9 / 27,6
160
21,7 / 22,1 23,4 / 23,8 30,6 / 27,2
23,8
135
26,4 / 28,0 29,0 / 29,5 35,1 / 35,2
29,5
130
27,7 / 28,9 30,0 / 31,1 40,2 / 39,6
31,1
170
13,6 / 22,1 24,3 / 25,5 27,7 / 28,0
25,5
140
21,3 / 22,2 23,8 / 24,6 29,8 / 32,6
24,6
110
19,2 / 22,7 27,7 / 28,9 31,2 / 27,6
120
19,7 / 22,9 23,2 / 23,4 28,5 / 29,7
23,4
150
14,4 / 14,9 24,0 / 25,5 29,9 / 30,6
25,5
100
23,8 / 25,2 24,3 / 28,5 28,4 / 26,6
28,5
(2)
(2)
24,3
28,9
MAIOR VALOR
DO EXEMPLAR
45
Resistencia à compressão (MPa)
33,4
30,8
29,9
30,6
35,2
40,2
28,0
32,6
31,2
29,7
30,6
28,4
Resistencia aos 28 dias
40
35
30
25
20
15
10
1
2
3
4
5
6
7
8
Quantidade de corpos-de-prova
9
10
11
12
MAIOR VALOR
DO EXEMPLAR
ORDENADO
f1= 28,0
f2= 28,4
f3= 29,7
f4= 29,9
f5= 30,6
f6= 30,6
f7= 30,8
f8= 31,2
f9= 32,6
f10= 33,4
f11= 35,2
f12= 40,2
f ck ,est  2 (
f ck , est  2 (
f 1  f 2  f 3  .......  f m 1
) fm
m 1
28 , 0  28 , 4  29 , 7  29 ,9  30 , 6
)  30 , 6
5
fck,est= 28,0 MPa
Não poderá ser tomado fck,est menor que Y6 •f1
fck,est  0,99
•
28,0
fck,est = 27,7 MPa
fck,est= 28,0 MPa ≥ f ck = 25 MPa
CONTROLE ESTATÍSTICO POR AMOSTRAGEM PARCIAL
Para lotes com mais de 20 exemplares
fck,est = fcmj – 1,65 sd
onde
fcmj = resistência média dos exemplares do lote, na idade de j dias;
1,65 = valor da variável reduzida “t” de Student, correspondente à
probabilidade de 5% dos resultados ocorrerem abaixo da
resistência característica fck
s = o desvio padrão do lote, para n-1 resultados;
 x
n
sd 
i
 x
i 1
n 1

2
MÉDIA
DESVIO PADRÃO
COEF. VARIAÇÃO
31,7 MPa
3,35 MPa
10,56 %
fck,est
26,2 MPa
CONTROLE ESTATÍSTICO POR AMOSTRAGEM TOTAL
Não há limitação para o número de exemplares do lote e,
neste caso o cálculo da resistência característica
estimada (fck,est) é dado por:
para n < 20, fck,est = f1
fck,est = 28,0 MPa
Estrutura aceita, pois fck,est = 28,0 MPa > 25,0 MPa
CONTROLE ESTATÍSTICO POR AMOSTRAGEM TOTAL
para n  20, fck,est = fi
onde:
i = 0,05n. Adotando-se o número inteiro imediatamente
superior quando o valor de i for fracionário.
CONTROLE ESTATÍSTICO PARA CASOS EXCEPCIONAIS


Pode-se dividir a estrutura em lotes correspondentes a no
máximo 10 m3 e amostrá-los com número de exemplares
entre 2 e 5. Nestes casos, denominados excepcionais, o
valor estimado da resistência característica é dado por:
fck,est = Y6 f1
onde:
Y6 é dado pela tabela 8, para os números de exemplares
de 2 a 5.
TABELA 8
Valores de Y 6 para o número de amostras "n"
Condições
de preparo
2
3
4
5
6
7
8
10
12
14
> 16
A
0,82 0,86 0,89 0,91 0,92 0,94 0,95 0,97 0,99 1,00 1,02
B ou C
0,75 0,80 0,84 0,87 0,89 0,91 0,93 0,96 0,98 1,00 1,02
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