José Pedro Aguiar-Branco
Ministro da Defesa Nacional
Intervenção do Ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco,
na Cerimónia de desativação do Joint Force Comand Lisbon.
Lisboa, 18 de dezembro de 2012
Só serão válidas as palavras proferidas pelo orador
1
Exmo. Sr. Chefe do Estado Maior General da FA
General Luís Araújo
Exmo. Sr. Secretário Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação
Dr. Luís Brites Pereira
Mr. Supreme Allied Commander Europe
Admiral James Stavridis
Exmo. Srs. Chefes do Estado-maior
Almirante Saldanha Lopes
General José Pinheiro
General Pina Monteiro
Exmos. Srs. Deputados
Dr. Miranda Calha
Dr. João Rebelo
Exmo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Cascais
Dr. Carlos Carreiras
Exmo Sr. Comandante do Joint Force Comand Lisbon
Tenente-general Manuel Mestre
Minhas senhoras e meus senhores
Portugal, enquanto país fundador da NATO tem ao longo de mais de sessenta anos
demonstrado, em todas as circunstâncias, um forte empenhamento e total
compromisso para com a Aliança Atlântica.
Destaco, a este propósito, o modo como Portugal tem participado nas diferentes
missões da NATO, dos Balcãs ao Afeganistão, passando pelo Mediterrâneo e pelo
combate à pirataria no oceano Índico.
O nosso empenho tem obedecido ao conceito de “together in together out”,
expressão da grande solidariedade que sempre temos manifestado, e a uma
disponibilidade para, sem caveats, concretizar o emprego operacional de forças em
contingentes da Aliança.
Portugal surge, deste modo, como um contribuinte efetivo para a segurança colectiva
e como membro de uma comunidade que partilha os princípios e valores da
democracia e da defesa dos direitos humanos.
2
Assumimos
assim,
plenamente,
mesmo
num
contexto
de
excepcional
condicionamento interno, as nossas responsabilidades no panorama internacional.
Desde 1967 que a bandeira da NATO permanece içada em Portugal.
O nosso país é um elemento estruturante da mais sólida aliança internacional de
Defesa, cuja actividade é nuclear no âmbito da segurança internacional.
O Mundo em que vivemos é caracterizado por uma multiplicidade de riscos e
ameaças não convencionais, simultaneamente transnacionais e sub-estatais, que
constituem uma preocupação para a segurança das nações que partilham os nossos
valores.
A capacidade de adaptação das organizações às novas ameaças é o desafio dos
nossos dias.
A NATO, mais uma vez, soube estar à altura deste desafio com uma resposta que
procura, com naturalidade e objetividade, transformá-la, numa organização de
vanguarda e de modernidade, preparada para o futuro.
Portugal deu desde o inicio o seu apoio forte e determinado ao mais recente processo
de Transformação da Aliança, que teve o seu momento mais simbólico na Cimeira
que decorreu em Lisboa em Novembro de 2010.
A nova estrutura, então adoptada, inclui a desactivação do Joint Force Command
Lisbon, mas também, a manutenção do Joint Allied Lessons Learned Center, assim
como, a implantação em Portugal de duas importantes estruturas da Aliança: a
STRIKEFORNATO e a Escola de Comunicações e Sistemas de Informação.
Como parte da reforma da estrutura de comandos NATO a STRIKEFORNATO transferiu
o seu Quartel-General de Nápoles para Oeiras, tornando-se totalmente operacional
em Portugal no passado mês de Agosto.
Quanto à Escola de Comunicações e Sistemas de Informação, a definição do seu
modelo de negócios encontra-se em fase de conclusão, após o se seguirá o início das
obras necessárias à sua instalação.
3
Embora a adaptação e a transformação seja um sinal dos tempos, o empenhamento
de Portugal permanece constante.
Acredito que a manutenção de estruturas da Aliança no nosso País é a expressão
inequívoca da importância que Portugal atribui à manutenção e reforço do vínculo
transatlântico, e da sua importância para a segurança regional e global.
Termino com uma saudação especial aos nossos parceiros que desde 1967 serviram
sob a bandeira da NATO em Oeiras:
Before concluding, I wish to pay tribute, once again, to the contribution this Command
has provided to NATO and to the security of all Allies, their citizens and their territories.
The Command was a key element of a command structure that successfully secured,
for many decades, the fundamental freedoms and values upon which the euroAtlantic community is founded.
I pay homage to all those who served under the NATO flag in this Command and I
thank them deeply for their service to our Alliance.
Portugal was a proud host of this Command.
As we move forward in the history of the Alliance, Portugal will remain a proud host of
the several NATO entities located in its territory.
Portugal remains steadfast in its commitment to NATO and to the security of the
transatlantic community.
4
Download

MDN_encerraJFCL_18dez12