rubrica ““editorial TEMPO DE OPÇÕES Manuel dos Santos Gomes | Presidente da CONFAGRI Em relação a uma e outra, a CONFAGRI tem tido uma postura muito activa, informando e debatendo amplamente estas matérias com as suas estruturas associadas e apresentando de forma muito clara as suas posições, que visam um objectivo essencial: a viabilização e o incremento da nossa produção agro-alimentar. Em relação à PAC Pós-2013, defendemos a revisão das propostas da Comissão Europeia que se opõem a esse objectivo, especialmente: n A contradição de se aplicarem dois pesos e duas medidas em matéria de convergência, contrastando tão pouca ambição na convergência entre os Estados membros, com a proposta de uma ajuda uniforme dentro de cada país até 2020; n A extrema rigidez das exigências do greening, particularmente penalizantes para as explorações de menor dimensão e para as culturas permanentes; n A incompreensível e discriminatória limitação aos investi- mentos no regadio; n A necessidade de rever o conceito de agricultor activo, de mo- do a garantir efectivo exercício da actividade produtiva. E paralelamente, opondo-nos veementemente ao fim das quotas leiteiras e à liberalização dos direitos de plantação da vinha. Em relação às relações entre os diversos agentes da cadeia agro-alimentar, a CONFAGRI considera que só uma nova regulamentação que impeça as práticas abusivas da grande distribuição, a par de uma fiscalização actuante e eficaz poderão alterar a situação actual. Se esta via não for seguida, pouco ou nada se alterará e a produção agrícola nacional continuará “estrangulada” face ao elo desproporcionadamente mais forte da cadeia alimentar. Na hora das opções, e perante negociações difíceis, impõe-se uma definição muito clara do interesse nacional e dos meios para o alcançar. Sendo o incremento da nossa produção agro-alimentar um imperativo nacional, cremos que as vias que atrás apontámos, contribuem claramente para esse desígnio. | E S PAÇO R U R A L E d i ç ã o n º 8 6 n A configuração da PAC após 2013 n A regulação das relações na cadeia agro-alimentar Quanto às relações entre os diversos agentes da cadeia agroalimentar, a CONFAGRI considera que só uma nova regulamentação que impeça as práticas abusivas da grande distribuição, a par de uma fiscalização actuante e eficaz poderão alterar a situação actual. 3 N a óptica da CONFAGRI a viabilidade da actividade agrícola no nosso país está fortemente condicionada pelas decisões, que a breve prazo, irão ser adoptadas em relação a duas matérias de grande relevância, cuja discussão política agora decorre. São elas: