8R AW,ft\o *9.0.TAM/l3,p.1 \ ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE INTELIGÊNCIA D/. gaigo SOVIÉTICA ! Encaminhamento nQ IOO/SNI/ARJ/1968 (SC-Zt/ 3) t SR AfJ,RlO X9.0.TA|.1/2.3,p.2, PRESIDÊNCIA Pi. REPÚBLICA SERVIÇO NACIONAL DE INFORMAÇÕES ENCAMINHAMENTO NQ 100 / SNI / ARJ/1968 (SC-U/ 3) Data 19 de fevereiro de I968. Assunto :- Organização dos Serviços de Inteligência da URSS» Referencia :- - Distribuição :- Conforme discriminação abaixo (*)• Esta Agencia encaminha o seguinte: Tradução de documento versando sô bre a ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE INTELIGÊNCIA DA UNLÉO SOVIÉTICA. Ch SNI Gab SNI ABS3/SNI ASP/SNI APA/SNI ACT/SNI ABH/SHI ARü/SITI CIE 2 a EME 2 Ê EMFA 2a EMAER M.20 (EM/O CENIMAR C1EX/MRE Es S G (C.Info) CEPE (C.Info) Es G Naval ECEME (área 1) ECEMAER I. II. III e IV Ex ee AM,R»O xs.o.tAi-i/tt, f 3 ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE INTELIGÊNCIA DA UNIÃO' SOVIÉTICA i -• • A UNIÃO SOVIÉTICA 1 ™ • (us) •••••* •! p — — • ' — ' • mantém dois Serviços de Inteligâaeiai - O Serviço de Segurança do Lstado e - 0 Serviço Militar de Inteligência. A história destes dois Serviços é, resumidamente, a seguinte: Evolução do Serviço de Segurança do Estado, desde a CHEKA até o KGB À Revolução Russa de outubro/novembro de 1917» <lue estabeleceu a dd tadura do proletariado, ssguiu-se um período de convulsões internas de_ vidas, em parte, à intervenção estrangeira e, em parte, à evolução, interior do país, da oposição ao novo regime. no Inicialmente, esta opos^L ção ocorreu principalmente por parte das classes média e rica,mas a exe_ cução prematura da legislação socialista em tÔda a sua plenitude erro que o próprio LENIN admitiu mais tarde trasse à classe operária e camponesa. - - um fez com que ela se alas_ Posteriormente, surgiram cisoes no seio do próprio PCUS, com relação à interpretação da doutrina comu- nista 3 ao modo de aplicá-la, obrigando à montagem de um sistema que ob_ servasse a acompanhasse as divergências a liquidasse os elementos dissi dentes, a fim de manter o rogime. Desta forma, muito cedo surgiu a n£ cessidade de criar-se uma organização que combatesse todas as formas de atividade contra-revolucionária, isto i, procedesse à supressão de qual, quer grupo ou indivíduo cujas ações ou opiniões se opusessem à política oficial do grupo dominante dentro do PCUS, representado pelo Politiburo. Esta organização reoebeu, primeiramente, o título de "Comissão Extraor dinária para o Combate à Contra-Revolução, Especulação e Sabotagem" ,vul^ garmente conhecida como a CHEKA, criada em 2 Nov 1918 a que incluiu em suas fileiras muitos membros do antigo Serviço Secreto do Czar, o "Ochrana", fundado em 1881. SZVL quartol-gen^ral foi localizado inicia^ mente em LENINGRADO, mas foi transferido para MOSCOU,em 1919, situan- do-eoà rua Lubyanka n» 2, local da antiga Prefeitura de Polícia. ii»m virtude dos extraordinários podêres a ela conferidos por LENIN,a organização estabeleceu o Teimado do terror, executando qualquer suspei to sem processo legal. Os métodos que empregava provocaram indignação tao grande, tanto na RÚSSIA como no exterior, que motivaram a supressão de um empréstimo negociado com os EUA, em 6 Pev 1J22. Na. mesma época, &R Arf,fc© X9.Q.W - V 2 3 , p.4- - 2 - foi criado um Diretório Político do Estado (GPU), também com sede em MOSCOU; tendo como Chefe F.E. DZSRZHINSKJ, o primeiro chefe da CHEKA. Quando da fundação da União das República© Sooialistas Soviéticas, 1923, a palavra "UNIDO" em foi adicionada ao nome daquela Corporação,que passou a designar-se OGPU. Lm julho de 1934, quasndo a RÚSSIA se pre^a rava para integrar a Liga das Nações, o OGPU foi transformado em Direto rio do Comissariado da URSS para A.ssuntos Interiores do. (NKVD) ,então cria Anteriormente, cada Estado federado possuía o seu próprio riado. Comissja A nova designação do Diretório passou a ser Diretoria de Segurança do Estado Central (GUGB NKDV); sob a direção de YAGODA e de seu sucessor EZHOV5 foi ale responsável pelos expurgos ocorridos em 1936/37, que terminaram com a eliminação do próprio EZHOV, substituído, em Dez 1938,por BERIYA. Pouco antes do ataque da ALEMANHA à URSS, cm junho de 41 -, foi deci dido que o GUGB devia separar-se do NKVD, ostabelecendo-se como um Comis_ sariado Popular independente. 0 início das operações do guerra retarda, ram a execução desse plano até 1943? quando foi fundado o Popular de Segurança do Estado (NKGB). Comissariado Em 1943, todos os comissaria- dos populares que integravam a máquina do governo soviético foram trans_ formados em ministérios e a nova organização de segurança ficou conhecida como MGD. Este título foi mantido até a morte de STALIN,quan do o MGB fundiu-se ao Ministério do Interior ano. sendo (MVD), pelo espaço de Após a prisão de BERIYA e a sua subseqüente expulsão do MVD, um foi necessário declarar ao povo soviético que a nova política de legalidade socialista não seria abandonada. Os elementos de Segurança do Estado do MVD foram retirados daquele órgão e incluídos numa corporação ministerial, conhecida por Comitê de Segurança do Estado, ligada ao Conselho de Ministros extra diretamente (KGB). 0 Serviço de Inteligência Militar das Forças Armadas (RU) A derrota do Exército Vermelho pelos poloneses, em 1920, fez que fosse criado, no ano seguinte, a Diretoria de Inteligência do com Bxe£ cito Vermelho, que constituiu a 4* Seção do Estado-Maior do Exército foi muitas vezes citada como o C " 4 Departamento". 0 primeiro desta Diretoria foi o General I.A. BERZIN, mantido no pÔsto e Chefe até f.935» Desde o início, o OGPU a seus sucessores tentaram infiltrar-se no RU,bem como conquistar certa ascendência sobre êlo. . BERZIN resistiu com sucesso a esse envolvimento, mas o seu afastamento da função, em 1935, seguido pelo expurgo ocorrido no Exército Vermelho, em 1937, permitiu que N.I. EZHOV, então Chefe do GUGB, assumisse o comando do RU. Até que BR M,M X9.0.-í/*».1/^5jP.5 - 3- EZHOV fosse expurgado, por sua vez, em 1938, «* Diretoria de Seguramça do Estado exerceu cerrado controle sobre as atividades do RU. 0 RU não oonseguiu recuperar-se da desorganização causada pelos ex purgos senão em 1940, quando o Major-Goneral P.I. 0OLIKOV foi designado para a sua chefia, por recomendação de TIMOSHENKO. A experiência adqui_ rida pelo Exército Vermelho na guerra contra a FINLÂNDIA havia demons- trado a necessidade de reforçar o RU e GOLIKOV, que não era ura oficial profissional do informações, dedicou-se a reorganizar a Diretoria. mesmo tempo, MALENKOV, pertencente à hierarquia do Partido, Ao foi desig nado para coordenar os trabalhos dos dois Serviços de Inteligênoia so- viéticos e esforçou-se por proteger o RU contra medidas econômicas e por afastá-lo da dominação exercida pela Segurança do Estado. balho de MALENKOV tejminou com a elevação do RU, em 1943, « Este tra, Diretoria Central, passando a organização a ser conheoida, desde então, por GRU . A queda do Marechal ZHUKOV, em 1957, teve repercussões no GRU, para o fual ele havia designado um chefe de sua inteira confiança. Neste me£ mo ano, o elemento por ele designado foi removido e, um 1958,o chefe do KGB, I.A. SSROV, foi transferido para o GRU. SEROV, por sua vo» caiu, em decorrência da prisão de PENKOWSKT, sendo substituído por outro ciai antigo no KGB, General P.I. IVASHUTIN, nagem nas FÔrças Armadas. of1 um perito em contra-espio_ "* FUNÇÕES B COORDENAÇÃO DOS SERVIÇOS DE INFORMAÇÕES DA RÚSSIA (S I R) KGB 1. 0 KGB é responsável,principalmente,pela segurança do regime e do Ejs tado soviéticos. Através de seus agentes clandestinos do exterior, desempenha, também, importante papel na execução da política rior soviética. exto- Na execução de suas tarefas, tem desenvolvido portantíssimo trabalho de espionagem soviética no exterior. imSuas principais missões são: a) Contra-subversão no interior da US; b) Contra-espionagem no interior Ü fora da US; c) Segurança das fronteiras soviéticas e combate à corrupção especulação econômicas; d) Supervisão da Segurança das Forças Armadas; e BR Arf.fclO X9.0.TAI. 1/2.5 , p . { , -4 - *) Espionagem no estrangeiro, particularmente contra objetivos políticos, econômicos, científicos o técnicos; f) Subversão e "desinformação". GRU 2. 0 GRU 5 uma organização de espionagem estratégica, sem responsabili^ dades no que diz respeito à contra-espionagem ou segurança. Opera contra objetivos especificamente de interesse militar ou da Defesa. Essos objetivos, entretanto, muitas vezes se superpõem aos vos citados • como objeti- missões . do KGB, na esfera econômica e política e, muito particularmente, nos campos técnico e científico. Há, por_ tanto, uma duplicação de trabalhos, entre o KGB e o GRU. Coordenação entro 0 KGB e o GRU 3« A política j o trabalho dos SIR são coordenados pelo de Órgãos Administrativos, do CC/PCUS. Departamento Dentro da máquina mental não existe qualquer órgão coordenador. governa- Os dois Serviços cc> laboram entre si no seu trabalho diário. 4. Em 1947, sob a influência de MOLOTOV, então Ministro do Exterior , foi criado um Comitê de Informações (Kl),para coordenar todas missões de espionagem levadas a efeito no exterior da US« as Para tal órgão foram transferidos elementos do MGB e da Diretoria de In formações Estratégicas do GRU. Desde o início, o MGB predominou, nunca sendo conseguida uma integração completa dos Serviços. No fi^ nal de 1949, por motivos óbvios, a experiência foi dada por nada, com a retirada do GRU. ternrà 0 Kl continuou a existir até 1951 »m?*s ora nada mais do que um prolongamento do MGB. Quando o Kl foi, fi_ nalmente, dissolvido, a equipe que o dirigia, cora poucas exceções, retornou ao MGB. 5. Muito embora a colaboração entre o KGB e o GRU seja bastante ínti ma, cada uma dessas organizações utiliza exclusivamente seus os próprios agentes, não sendo desenvolvidas operações conjuntas. A única exceção a esta norma se dá no campo da contra-espionagem, on de o KGB assume o controlo de todas as operações do GRU, que acei tou este compromisso. 6. 0 risco dos dois Serviços recrutarem os mesmos agentes á minimiza do através de um sistema adotado, segundo o qual o GRU faz o lovan gfc M,Z\0 *5.0.TA|.1/a3(<>.> - 5tamento, nos arquivos do KGB, do todas as pessoas que se do interessa para aquela organização. so sobro tuir ou -oontrn "alvos" do GRU. essas pessoas, tornaram Se o KGB nada tem de interôjj elas passarão a oonsti Não é obrigatório, entretanto, que o GRU do ciência ao KGB dos rocrutamentos que faz. DESDOBRAMENTO E ORGANIZAÇÃO DOS S I R I - KGB Desdobramento no interior da 'UNlIO SOVIÉTICA 1. Na OS, o KGB tem seu quartel-general era LUBYMíKA, MOSCOU. Cada ro_ pública da US possui o seu próprio Comitô do Segurança do Estado,mis, obviamente, ossos comitês não contam com qualquer independência.Nas diversas repúblicas, o KGB mantém, em diferentes nívois govemameri tais, Diretorias e Departamentos subordinados a um único tenoiário". "plenipç_ Há, também, representantes do KGB em todas as reparti^ ções importantes do governo, bem como em estabelecimentos científicos ou da Defesa. 2. 0 KGB dispõe de duas corporações principais, para militares: um Cor_ po de Guardas, para manter a segurança física dos líderes soviéti- cos, o as Unidades de Fronteira, para efetuar a segurança das fron teiras contra a entrada ilegal de pessoas e material. Desdobramento Externo 3. Fora da "US,JO (i) KGB mantêm dois tipos de estabelecimentos! Residências legais. Nada mais são do que postos no exterior, cuja atividade é coberta pela designação oficial de seus ele_ mentos. üxistem em todas as embaixadas soviéticas,consulados independentes, missõos comerciais 9 nas delegações tes a organizações internacionais, tais como a ONU, permanenUNESCO, etc. (ii) Residências ilegais. São redes do agentes dirigidas por ofi_ ciais do KGB, que se fazem passar por nacionais de países oci_ dentais ou neutros. Organização do Quartel-General do KGB 4« 0 quartel-general do KGB é dividido om Diretorias e Departamentos, sendo,os seguintes,os principais: &R AU.KlO X9.0.XAL A/&,?.?) - 6 - 1 B Diretoria (Espionagem e Contra-espionagem no exterior); 2» Diretoria (Contra-espionagem na URSS); 3» Diretoria (Segurança nas Forças Armadas); 7» Diretoria (Vigilância o Investigação); 8» Diretoria (Criptografia e Comunicações); Diretoria de Unidades de Fronteiras; 9* Diretoria (Guardas); Diretoria de Operações Técnicas (OTU) (Operações Técnicas e Pesquisas, Interceptação e Lsouta rádio); Departamento de Investigação (investigações do sentido espe cialmente delicado); Departamento de Coleta de Experiência Operacional; Departamento de Arquivos, Administração e Pessoal; Escola do KGB. Observação» A.s 4*-» 5* 9 6* Diretorias foram absorvidas pela 2», em 1959. 5» As Diretorias de maior interesse prático,para nós ,são as 1* e 2» . A subdivisão das mesmas indica as funções que desempenham (ver i- tem 9 S adiante). 6. A Segurança nas Forças Armadas soviéticas esteve sempre a cargo do KGB e das organizações que o precederam. Oficiais do KGB são colo_ cados em todos os níveis de comando, até o nível regimental, possu indo comunicações próprias com o Centro do KGB, da rede de comando das Forças Armadas, independentemente \baixo do nível regimento, o KGB possui colaboradores e rides de informantes. 7» As Unidades de Fronteira guarnecem as fronteiras físicas da UNlXO SOVTIÍiTICA e operam suas próprias redes de agentes, até uma profun didade limitada, p*rn ob_t$rom inforn.es s^bro tentativas do viola- ção das rafei idas fronteiras." 8. O Departamento de Investigações lida com investigações intornas de alto nível e de caráter especial. 9* Primeira Diretoria-Geral Diretoria Especial (Atividades ilegais) Diretoria de Informações Têcnioo-Científico (Antigo 10* mento) Departa- 8R A*,Kto X3.0.tAi.1/a.Í,p.3 -7' 3erviço N B 1 (interpretação de Informes) Serviço NO 2 (Contra-informação3 antigo 14 § Departamento) Departamento "D" (Desinformação) 1» Departamento (EUA e CANADA) 2» Departamento (REINO UNIDO a ESCANDINÁVIA) 3« Departamento (ÁUSTRIA e ALEMANHA) 40 Departamento (EUROPA OCIDENTAL, incluindo n GRÉCIA) 5» Departamento ) EXTREMO ORIENTE ) 6» Departamento ) ÁFRICA ) 7» Departamento ) ORIENTE MÉDIO, incluindo a ÍNDIA H 0 PAQUISTÃO ) AMERICA LATINA ) 8» Departamento fl 9 Departamento 11° Departamento 13 B Departamento I50 Departamento ) Desconhecida a distribuição £ xata. (Emigrantes) (Assessoria dos Satélites) (Sabotagem e Assassinatos) (Exploração de outros Departamentos do governo s£ viétioo Grupo Especial (CHINA) escola Superior de Informações Diversas Seções de Apoio Administrativo. 10. Os Departamentos Geográficos controlam as operações tanto das resi dências legais como das ilegais, nos territórios sob sua bilidade» A Diretoria Especial faz o treinamento, o responsa equipamento e o lançamento de agentes clandestinos, mas não controla o traba lho dos mesmos. Os Departamentos de Contra-informações e do Desiri formação, geralmente, planejam operações e orientam os Departamerx tos Geográficos na maneira de executá-las. 11. 0 11 a Departamento supervisiona o trabalho dos assessores do junto aos Serviços de Segurança dos Estados Satélites. Os assessjS res nao controlam operações nos países satélites, mas atuam oficiais de ligação. KGB como I colaboração entra os satélites e a US no tocante à contra-informação é muito íntima, havendo, também, coope_ ração na espionagem ofensiva contra «lvos específicos de importância especial (isto é, desinformação, ciência e tecnologia). Os SIRy certamente, dão a última palavra quando ocorre divergência a respeito de agentes ou de objetivos. • 12. 0 15° Departamento dirige o trabalho dos oficiais do KGB que ram contra alvos no exterior, de posições cobertas pela opemá- 8R Aw.glO X9.0.TAU1/Ü,p. 10 - 8- quina governamental soviética - isto é, os ministérios do Rela- ções Exteriores e de Comércio Exterior e o Comitê de Ciência e Teç_ nologia-do Estado (GKNT). ax 0 GKNT envolve-se largamente cam a ploração do intercâmbio de dolegações científicas e industriais en_ tre a '. US 13. e o OCIDENTE. A. Escola Superior de Informações difere da Escola do KGB. A primei ra concentra-se no treinamcnte ofensivo do pessoal de informações, enquanto a última dedica-se à formação de oficiais de contra-infor_ mações e de especialistas de vários outros tipos. Observação: Nada se sabe a respeito das atividades do grupo chinês. 14» Segunda Diretoria-Gcral Tal como a Primeira Diretoria, esta é dividida t;m Departamentos geo gráficos e funcionais: Seção Especial (Apoio técnico) 10 Departamento (EUA e AMERICA LATINA) 20 Departamento (REINO UNIDO e COMUNIDADE BRITÂNICA, incluindo o CANADA e excluindo a ÍNDIA) fl 3 Departamento (ÁUSTRIA, ALEMANHA e ESCANDINÁVIA) 4 o Departamento (Outros países da EUROPA) 5» Departamento (TURQUIA, IRX, ISRAEL e J A P A O ) 6° Departamento (Outros países orientais, incluindo a ÍNDIA e a ÁFRICA) 7 a Departamento (Turistas estrangeiros, uxceto os israelenses) 8* Departamento (Estudo das atividades dos Serviços de Informa- ções Ocidentais na "US) 9° Departamento 10° Departamento (Estudantes e ligação com os satélites) (Elite intelectual, correspondentes ustrangeiros a contra-espionagem em todas as organizações, s£ viéticas que tenham contato com estrangeiros, ex coto o Ministério de Comércio Exterior) 11 a Departamento (Viajantes soviéticos no estrangeiro) 12 a Departamento (Especuladores de pequeno contrabando, linhas aé reas estrangeiras) Subdiretoria da 2» Dirutoria-Goral (Segurança Política) 15» A Seção do Apoio Técnico monta operações tais como a penetração ilogal em embaixadas estrangeiras, intorceptação de malas diplomáti 6R AN,RIO XW-TMA/Xl^M - 9 cas, otc. Seus oficiais são peritos era dispositivos de fechamen- to, ab«rtura clandestina de malas postais, fotografia e aparelha gem de escuta áudio, etc. 16. Os Departamentos Geográficos são responsáveis por operações contra os membros das embaixadas estrangeiras em MOSCOU. Uma vez que 2» Diretoria-Geral trabalha apenas em MOSCOU, há a tendência grupar 03 países de acordo com os interesses comuns, a de e nao nais pela sua • sua proximidade geográfica, como ocorre na 1* DiretoriaGeral. (Os países correspondentes ao 5* Departamento sao os quo pertencem às Organizações de Tratados Ocidemtais ou que têm uma in_ clinação para o OCIDENTE, enquanto o 6° Departamento trata, modo geral, dos países neutros). Dosconhece-so quu de um Departamentos tratam das nações africanas. 17« A 2» Dirwtoria-Geral tem a tarefa de coordenar as atividades do KGB no interior da URSS com o Ministério de Manutenção da Ordem Pública (MOOP). rior Este Ministério é o sucessor do antigo Ministério do (MVD). Ministérios semelhantes existem ao nível e controlam as milícias internas Inte governo (Polícia), serviços de bombeiros e tropas de . manutenção da ordom. Na execução de suas ções, a 2 a Diretoria-Geral utiliza muitas vGzes as milícias operacomo cobertura. 18. 0 9fl Departamento trata de assuntos referentes a estudantes ticos ou estrangeiros no interior da sovié US e mantém ligação com os oficiais de Segurança dos países satélites ora MOSCOU, que se encar regam do levantamento das fichas de cidadãos dos países satélites em MOSCOU. 19. A Subdiretoria da 2* Diretoria-Geral não tem número, sendo uma subdiretoria. apenas Possui cinco Departamentos que trabalham na con tra-informação duntro dos seguintes campos: (i) Energia atômica, pesquisa, experimentação, reprodução} (ii) Mísseis e aviação; (iii) Todas as demais indústrias; (iv) Ministério do Comércio Exterior e organizações de comércio exterior a ele subordinadas, negociantes em visita ao país e exposições de comércio; (v) Transporte interno o marinheiros estrangeiros; (vi) Grupo chinos, que trabalha contra a embaixada chinesa. 6K M,*\0 XJ.O.TAl.l/X^p.H - lfc- 20. As atribuições do Serviço da 2» Diretoria-Geral sãot (i) As quatro primeiras Seções dirigem operações do KGB em uma das quatro áreas geográficas da US» 5» Seção - Religiosos de todos os credos 6» Seção - Grupos nacioaalistas 7» Seção - Estrangeiros que visitam parentes na US 8* Seção - Emigrantes 9» Seção - Cartas anônimas e panfletos 10» Seção - Criminosos políticos 11» Soção - Estudos e relatórios. II - GRU Desdobramento do GRU 1. 0 quartel-general do GRU está situado no odifício principal do Esta doHtfaior-Geral, em ARBAT, MOSCOU. No interior da US, o GRU mantém escritórios (postos de informações) nos quartéis-generais dos Distritos Militares a Grupos de Forças,com a finalidade de executar operações nos territórios vizinhos. A Se_ ção Naval possui instalações semelhantes nos principais portos para aproveitar a cobertura oferecida pela Frota Mercante soviética. 2. Fora da US, o GRU opera através das lesidôncias Legais e Ilegais,do mesmo modo que o KGB e mantém ligação com os Serviços de Inteligência militar dos países satélites. Organização do quartel-general do GRU 3« Em se tratando de uma organização de espionagem ofensiva, o GRU é organizado, como a 1» Diretoria-Geral do KGB, em Diretorias e Depar tamentos geográficos e funcionais. Estes dados, que não são compl£ tos; datam de 19ól, sendo possível que tenha havido mudanças quanto ao detalhe de organização, mas é pouco provável que a estrutura t£ nha sido profundamente alterada. 1» Diretoria (Atividades ilegais) Observação; 0 trabalho desta Diretoria foi absorvido pelas Diretorias geográficas em meados do 1961 u, portanto, ela não xiste. 2» Diretoria (EUROPA) 3» Diretoria (EUA, REINO UNIDO 3 CANADA) mais e- - 11 - 4» Diretoria (ORIENTE M3DI0, ÍNDIA, PAQUISTÃO O CEILlo) Departamento Independente Observação: (ÜFRICA) Desconhece-se qual a Diretoria que trata do ORIENTE MÉDIO e da AMERICA DO SUL. 5» Diretoria (Coleta de informações topográficas o planojamento operacional) Grupo de Informações Operacionais Diretoria de Informações fi l (Técnico) (informação tática) (interpretação e avaliação) Departamento (Apoio técnico) Departamento de Processamento da Informação de Comunicações Departamento de Informação Rádio 8 a Departamento (Criptografia o Comunicações) Academia Diplomática Militar (Treinamento avançado de oficiais de Informações) Diveysas Seções Administrativas. 4* A 5 a Diretoria faz a interpretação de informações topográficas planeja operações especiais aeroterrestres ou de desembarque e marí_ timo, bem como a destruição de objetivos militares á econômicos te diante boabnrdeio ou sabotagem. s5bre objetivos e excutivo. Assessora o LJstado-Maior-Goral métodos, mas não comanda qualquer órgão e- Paz a coleta de seus informes através das Diretorias Geográficas e outras Diretorias do GRU. 5. 0 Grupo de Informações Operacionais ponsável pelo trabalho dos Militares e Grupos de Forças "postos" (antiga 6» Diretoria) é res- de informações nos Distritos (isto é, na ALEMANHA ORIENTAL). profundidade de sua penetração é limitada a alguns quilômetros A a- lém da fronteira. 6. O I 9 Departamento prove apoio técnico e equipamentos tais como rá dios, fotografia, escrita secreta, escuta clandestina e dispositivos de camuflagem. Possui um Instituto de Comunicações que e aperfeiçoa equipamentos. estuda A troca de informes é procedida com as instalações correspondentes do KGB, mas não há uma organização OO mum de busca, para os dois Serviços. 7» 0 8° Departamento prove as comunicações internas para o GRU. 8. 0 GRU possui um certo número de Regimentos do designação especial BR AM,Rio x9.0.TA|.V23,p.l4 - 12 - (conhecidos como Regimentos OSNAZ) que mantêm elos de ligações do GRU o executam operações de interceptação rádio. 9. A Academia Diplomática Militar possui um curso dç três anos oficiais de Informações. para 0 KGB reserva para si una certa proporção dos graduados nessa escola. 0 GRU (e também o KGB) treinam suus agentes, individualmente em, "postos de treinamento" - os BesjL denc^as privativas, onde vivem os agentes, sozinhos, recebendo ins_ truções de professores fornecidos pelos Departamentos técnicos e operacionais e pela Academia. 19» Intimamente associado ao GRU, mas sem constituir parto integrante do mesmo, há o Departamento de Relações Exteriores do Ministério da Defesa (OVS), o qual estabelece e orienta o trabalho dos Serviços soviéticos no exterior o providencia a ligação com os Serviços ©£ trangeiros em MOSCOU. MÉTODOS OPERACIONAIS DOS SIR A apresentação que so soguo dos métodos dos SIR está dividida em quatro seções: I Residências legais. II Residências ilegais. III Operações ostensivas e somi-ostensivas para a coleta de informa - ções topográficas e semelhantes por meio da observação dirota. IV Operações técnicas. Introdução A maioria das operações dos SIR no exterior são executadas pelas Residências legais e ilegais. Há que considerar-se, entretanto, a utilização de delegações e turmas de turistas como cobertura pa ra a ação dos oficiais dos SIR engajados na busca de valores turais e no estabelecimento de contatos físicos. cul No cumprimento de tarefas especiais, tais como a busca de contatos com importantes em países intermediários, os oficiais dos SIR agentes podem viajar como funcionários do Ministério de Relações Exteriores US, realizando visitas temporárias a embaixadas da no estrangeiro ou podem usar qualquer cobertura ilegal. I - Residências legaiB 1. Tanto o KGB como o GRU mantêm Residências legais no exterior. 0 &R Art,fcK> X3.0.7AMA$,pMí> - 13 - termo Residência "legal" origina-se da cobertura usada c nao natureza do trabalho que a mesma organização executa. Os membros das Residências legais apro3ontara-so ostensivamente como tantes oficiais do governo soviético, com um da "status" ropreseri legalmente reconhecido nos países jm que operam. 2. Exatamente por possuir responsabilidades mais amplas, a residência do KQB é, normalmente, maior do que a do CRU, embora ambas a mesma estrutura. tanham A residência é uma unidade autosuficiente, com suas próprias cifras e, muitas vezes, suas comunicações rádio prjó prias, finanças e transportes independentes. 3. No interior da Residência trabalham dois tipos de funcionários: funcionário de carreira, que é um oficial profissional de informa ções, e um colaborador voluntário, leigo, que deseja ajudar o em trabalhos menos especializados. Para quem não possui o SIR informa- ção precisa, o freqüentemente muito difícil distinguir um do outro. 0 trabalho das Residências j_.mbora ^s Residências legais do »mbos os Serviços tenham a seu car go a espionagem e, até certo grau, o acompanhamento em "broadeast", a Residência do KGB das possui, ainda, emissões as seguiri tes funções adicionais: (i) Missão "SK" (SK significa "SOVTETSKAYA KOLONIYA"). A fina lidade do trabalho é supervisionar a segurança pessoal de to dos os membros da oolônia soviética jm um determinado país. A missão SK não diz respeito à segurança física, pessoal ou da propriedade, mas à lealdade para com o regime soviético. (ii) Missão "EM" (EM significa "EMIGRATSIYA" ) . As comunidades de emigrantes russos constituem alvo especial para o KGB, que a elas dedica, muitas vezes, todo o tempo de trabalho de um oficial. (iii) Desinformação e Dissimulação. Espalhar informações falsas pa ra confundir os governos e montar operações para distrair atenção ou absorver os esforços dos Serviços de a Informações hostis. (iv) Agentes de Influência. 0 recrutamento u a exploração de soas que têm condições do influir na opinião de pes personagens 6* AU,*!0 X3.0.TA|.4/2.3,pMb - 14 ou círculos de pessoas capazes de interferir na elaboração da política nacional em diversos campos, isto é, na, defesa, pesquisas científicas, etc. política inter_ Vor apêndice A. Cobertura 5. Sempre que possível, qualquer dos Serviços de Inteligência procura encontrar cobertura para os seus contatos dentro do campo o oficial de informações vai trabalhar. Assim, era que para a penetração em círculos ofioi^is, os postos diplomáticos são mais adequados, eri quanto que para um trabalho ligado a assuntos de defesa,uma função de engenheiro numa delegação comercial ou do adido a um do Serviço pode ser mais útil. determina 0 Departamento de Assessoria Cion tífica é guarnecido na sua quase totalidade - so não totalmente com oficiais dos SIR. Contatos com a imprensa e com de notícias oferecem um excelente campo de trabalho. as - agências Postos consu lares são, muitas vezes, reservados ao KGB. 6. Além da busca de cobertura no campo operacional, a segurança pesso^ ai é importante para os oficiais dos SIR que exploram agentes vistas. ati Postos que possuem imunidade diplomática são,portanto, os mais preferidos. 7. Embora os oficiais dos SIR sejam responsáveis no t>stabelecimento de suas coberturas em proveito das agências e ministérios a que e_s tão temporariamente subordinados, as necessidades dos SIR temente conflitara com as daqueles ministérios e agencias freqüen no que dia respeito à reserva de funções em estabelecimentos no tstrange^ ro, ocorrendo, também, » competição entre o KGB o o GRU para a tençao de funções mais adequadas às suas necessidades. ob Estes cho quês de interesses são resolvidos pelo Departamento de Pessoal no Estrangeiro do CC do PCUS, que coordenam os contatos do os todos funcionários soviéticos no exterior e funcionam como um anteparo entre os Serviços de Inteligência & 03 demais ministérios. 8. A. chefia de uma Residência (o residente) é normalmente desempe- nhada por um diplomata antigo, embora, em embaixadas menores,possa ser utilizado um diplomata mais moderno. Antigamente, o Adido litar era um residente do GRU, mas em 1959, foi decidido que Mi esta função era muito exposta e desde então o chefe local do GRU tem utilizado uma função do nível Primeira Secretaria. A cobertura de BR Ml,K\o X9.0.TAM/Z3,p. - 15 Adido do um Serviço fualquer e ainda extensivamente usada pelos ajl juntos da Residência do GRU. 0 KGB não usa os Adidos como cobertu ra. 9» 3xcoto para os casos acima citados, não há regras fixas para a uti_ lização de cobertura. Como se pode concluir do que foi dito, a co_ tortura depende muito de oportunidade e expediente, bem como conciliação de interesses era conflito. da Deve-se salientar, untre_ tanto, que há uma forte tendência dos SIR de manter para si minadas funções de cobertura o fazer suceder nelas os seus dete£ ofici- ais, que, freqüentemente, assumem o controle dos agentes que ©ram explorados pelos seus antecessores. 1#. 0 sistema de cobertura conduz a certas anomalias que se tornam a- parentes quando, por exemplo, um funcionário soviético sofre um re baixamento ou uma promoção muito rápida. 2 provável, entretanto , que os SIR tenham, através dos anos, adquirido uma corta insensibi_ lidade à identificação de seus oficiais por parte dos adversários, passando a confiar mais no trabalho conscencioso de dissimulação e outras táticas de segurança empregadas para a proteção de suas ope_ rações. Antigamente, os SIR faziam grande esforço para esconder a do próprio pessoal das Embaixadas, a identidade dos membros aidêmeia. da Re_ Hoje, diante das contingências, este mascaramento também abandonado. foi Ver apêndice ]3» As Instalações da Residência 11. Em todas as Embaixadas ou estabelecimentos soviéticos independen- tes no exterior, existe uma área de segurança denominada tura". "refereri 2 constituída por um conjunto de salas especialmente refor_ çadas e dotadas de aparelhos de escuta clandestina,com um único ponto de entrada através de uma sala com porta de segurança. ta "referontura" Ne_s_ são guardados todos os arquivos secretos e toda a correspondência secreta, bem como executadas todas as tarefas de criptografia e transmissão rádio-telegráfica. Apenas ao embaixa- dor é permitido retirar, temporariamente, documentos secretos âmbito da "referentura". do Todos os demais membros da Embaixada têm que lê-los no interior da mesma, em salas reservadas para este fim, devendo todas as anotações o relatórios serem rascunhados no prio looal. pró- SR AíJ,*K> X9.0.TAI.V2.S, p M 8 - 16 - 12. Antigamente, a provavelmente ainda hoje em Embaixadas pequenas, as Residências dos SIR possuíam escritórios separados no interior "referentura". Nos últimos cinco anos, entretanto, devido da certa- mente à expansão do trabalho, novas necessidades o, possivelmente também, à necessidade de melhores condições de trabalho,foram cons truídas áreas de segurança separadas para o KGB e para o GRU. Uma vez que * correspondência entre as Residências e os seus respectivos quartéis-generais (ou centros) é trocada por meio de filmes não revelados, as áreas de segurança das Residências possuem ratórios fotográficos. lab<D Presume-se que as áreas do segurança dos SIR sejam usadas exclusivamente para a guarda dos arquivos dos SIR o cifras daqueles Serviços e que no desempenho das suas funções de cobertura os oficiais dos SIR utilizem as instalações normais da Embaixada. Dimensões das Residências dos 13» SIR As dimensões das Residências dependem dos objativos a serem alcan çados iJi um determinado país e das dimensões das instalações servem de cobertura. que É possível somente, portanto, expressar as dimensões das Residências em percentagens do todo que compõe a Lm_ baixada. 14» Declarações prestadas por desertores a respeito da proporcionalida_ do de membros das representações diplomáticas soviéticas e do esta belocimentos comerciais no exterior, que se engajam no trabalho de informações, indicam que esta proporção varia de 30 a 75$» Na prjá tica, devido à grande variação no grau do conhecimento que se tem e dos diferentes critérios utilizados para levantamento de suspeitos, poda-se "firmar que o número de funcionários o colaboradores dos Serviços dos SIR ^suspeitos ou identificados, varia de 25 a 60$. Uma estimativa moderada poderá ficar entro 35 e 50$. devem incluir 03 colaboradores voluntários, bem como Estes dados os oficiais de carreira de «mbos os Serviços. Se forem incluídos todos os in_ formantes SK, certamente cifra aquela crescerá. 0 elemento do KGB é mais forte do que o do GRU, mas não há números disponíveis para o estabelecimento de proporção entre um e outro. Lstima-se que a relação seja de dois terços. 15» Dadas ao facilidadoa propiciadas pela imunidade diplomática,há uma proporção rauito maior de oficiais de informações em postos diploma SR Art,W0 X9.0.TAl.1/&3,p.1S - 17 - ticos do que em outras categorias. Numa Embaixada,por exemplo,75$ das funções diplomáticas são preenohidas por oficiais dos SIR, dantificados ou suspeitos. i- Algumas fontes elevam essa percentagem para 9tjt. 16. Resumidamente, o organograma de uma Residência do KGB é o seguinte» Mssn>2srcs Assesaoria 1 1 Trabalho de Informações em geral . Emigrantes Criptógrafo ) Telegrafista ) Datilografo ) Contador ) Fotógrafo ) .. 1 , Seção Téc nica e Ci entífica Técnica escuta do broadeast local Algumas delas p£ dem ser combina das. SK (informant< do país ) 1 1 Funcionários de carreira o colaboradores ! Agentes e Contatos Técnicas Operacionais 17» Os SIR são notáveis pela profundidade e persistência de seu lho. No desempenho de suas funções, os oficiais são escravos dos regulamentos, tanto no que diz respeito à pessoal como ao manuseio dos agentes. traba verdadeiros segurança 0 afastamento de normas bem estabelecidas pode ser olhado com suspeição, assim como pode evi_ donciar uma atividade de oontra-informação ou de fuga a uma perseguição. Por outro lado, os SIR não são inflexíveis nos seus méto- dos, que sao, às vezes, da maior simplicidade, como por exemplo, a maneira de contratar um importante agente num ponto de baldeação 6fc *i,PiO X9.0.TA).V2.3,p. - 18 - em uma estação de trens suburbanos, no caminho daquele agente para a sua casa. 18. De un modo geral, os métodos dos SIR e as suas normas de ação mui_ to tCtr tiffl cr.mum com os de outros Serviços de Inteligência. Distin guam-sa, principalmente, por alguns recursos que empregam, peculia res aos SIR, e pela inescrupulosidade na exploração de todos os meios ao seu alcance. Freqüentemente, suas análises a respeito da mentalidade ocidental parecem inadequadas; eles possuem um conheci_ mento bastante profundo das fraquezas dos ocidentais, mas muitas vS_ zos erram ao apreciar os seus pontos fortes. 19. As anotações que se seguem basearam-se principalmente no conhecimento e experiência adquirida por nossos Serviços a respeito dos métodos de trabalho das Residências legais. Quanto aos métodos eni pregados pelas Residências ilegais, os nossos conhecimentos são me_ nores, mas do quo se sabe não há razões para supor que diferem subs_ tancialrnente daqueles utilizados pelas Residências legais. Abaixo sao descritas algumas particularidades desses métodos. Tipos de Operações 20. Sem considerar o trabalho dos SK, há três tipos principais de operações a considerar: (i) Operações de agentes clandestinos executadas com as seguintes finalidades: (a) Obter informes sSbre alvos acessíveis apenas por meio da penetração clandestina} (b) Contra-informações5 isto é, estudo de métodos operacio- nais de um adversário e a destruição do mesmoj (c) Assegurar certos serviços, tais como o apoio a operações ilegais, canais de desinformação ou a obtenção de materi_ ai proibido. 21. Na tentativa de penetrar num alvo, os SIR trabalham tanto no inte rior do país que constitui o alvo como contra os seus representan tes oficiais o cidadãos, isoladamente, em MOSCOU ou em países. As operações no exterior da vários US são conduzidas pela 1* Diretoria-Geral do KGB e pelo GRU, unquanto que as operações leva das a efeito em MOSCOU, contra estrangeiros, constituem trabalho, SR AM,PIO *9.0.TAI.1/a.3,p - 19 - principalmente5 da 2* Diretoria-Geral do KGB. Quanto a esse aspe_c tos o trabalho da 2» Dir^toria-Geral complementa o da 1*. Havendo concordância do Serviço local, o KGB pode executar operações espe_ cíficas, nos países satélites,contra alvos ocidentais. 22. Os SIR preferem, naturalmente, os agentes ideológicos aos ou chantagistas. venais Hoje em dia, o apelo ideológico baseia-se muito menos no marxismo-leninismo do que na causa da paz ou nos aspectos negativos do patriotismo, tais como os sentimentos tas. antiamericanijg Os SIR, não obstante, preferem acreditar que cada homem o seu preço e a chantagem é livremente utilizada contra tem estrangei_ ros no interior da RÚSSI1. Descoberta o Desenvolvimento de um Agente 23» Os principais métodos usados pelos SIR para a descoberta e o daseri volvinento de agentes incluem o seguinte: (a) 24. Contatos oficiais e sociais. Esta e a forma mais amplamente utilizada para a descoberta de ageri tes. Os oficiais e colaboradores dos SIR utilizam-se de todos os contatos oficiais 3 sociais para estudar um agente em potencial,£er seguindo-o,mesmo fora dessas ocasiões,para descobrir seus hábitos em bares e outros lugares de divertimento, muitas vezes fazendo-se passar por elementos de outra nacionalidade que não a RÚSSIA todo que é conhecido como (mé- "aproximação sob falsa bandeira"). Grani de esforço é feito no sentido de obter a penetração um círculos e^ tudantis, com as mesmas finalidades, onviando-se oficiais dos SIR para o estrangeiro como estudantes, seja de nível universitário ou de pós-graduação. 25. A manutenção e aproximação do contato é feita através de almoços o jantares, nemas, freqüência a acontecimentos desportivos, teatros o ci_ convite a agentes em perspectiva para recepções e exibi - çoes de filmes nas embaixadas soviéticas e, em menor escala, da aceitaçao de convites para freqüentar a residência do alvo. Tudo isto ê feito mais ou menos abertamente.0 primeiro passo do SIR pja ra o estabelecimento de um contato 5 conseguir que o alvo um serviço mínimo para o oficial encarregado do caso. execute Isto cria a oportunidade ulterior para que sejam oferecidos presentes ou uma - 20 recompensa pecuniária, ou* no caso de tratar-se de homem gócios, de abrir-lhe perspectivas na esfera soviética. de ne- Dependendo da avaliação que o SIR fêa do caráter do alvo, um pedido de "coope ração" pode ser logo lançado, ou jamais se concretizar. 0 pretexto para o pedido de "cooperação" é, freqüentemente, a causa da paa ou a preocupação em servir os interesses do próprio país do agente, ajudando os russos a contra-atacar a influência americana. Rarameri te pede-se a um agente, claramente, para realiaar a espionagem em seu próprio país; muitas vezes o oficial do SIR ostensivamente com_ dena essa medida ou nega ter tido tal intenção. Uma vea conseguido que um contato preste um serviço de qualquer na tureaa, tal como escrever um artigo inocente sobre um cal de importância ou sobre assunto ligado com os assunto Io interesses do próprio contato, o SIR vai gradualmente apertando o cerco até que o contato cometa a imprudência de confidenciar algo. 0 SIR estará, então, em condições de exercer pressão sobre êle. conhecido como o de (b) Tal processo é "prender o agente no anzol". Exploração das relações do agente Quase sempre, ao agente é solicitado o nome de pessoas de suas relações. Isso pode constituir medida de sogurança, além indicar uma fonte potencial de recrutamento. de poder Alguns agentes solicitados a descobrir pessoas talentosas residentes nas são imedia- ções de um objetivo visado e que possam vir a ser utilizadas para realização de contatos. (c) Exploração dos Registros dos Partidos Comunistas Antes de 1943, o Comintern confeccionou grandes relações, abran- gendo todo o mundo, de simpatizantes da causa comunista e de inimigos. seus Estas listas foram guardadas pelo CC do PCUS e têm sido ampliadas com a contribuição dos diversos Partidos Comunistas. soviéticos possuem, também, extensas relações de Os prisioneiros de guerra alemães e japoneses e de elementos que participaram da guer ra civil da ESPANHA, como republicanos. Existem, hoje, provas de que estas listas são exploradas SIR, com a finalidade de localizar pessoas que ascenderam çoes de influencia, ou que têm acesso a informações pelos a posi importantes BR AH,RIO *3.0.7*l.1AS,p. - 21 - Oficiais dos SIR, normalmente nas Jfcsidencias legais, são dos para ©feito de orienta contato com essas pessoas,com a finalidade do verificar a possibilidade de explorá-las. (d) Estudo de Residentes Estrangeiros em MOSCOU Isto é feito principalmente pelos Departamentos Geográficos da Diretoria-Geral do KGB, em parte com finalidade 2» de contra-informja ção ^ em parte como um complemento muito importante ao trabalho da 1» Diretoria-Geral para o levantamento de agentes infiltrados. 0 GRUS em escala mais modesta, levanta agentes entre ostrangeiros em MOSCOU. Em MOSCOU, os SIR tom a oportunidade de estudar intimamente os e_s trangeiros e com o emprego pleno de meios técnicos. Mesmo de um estrangeiro chegar a MOSCOU, o KGB antes pode possuir dados subs tanciais sobre ele, coletados de varias fontes. Se o estrangeiro serviu anteriormente em uma capital de país satélite, o KGB terá a ajuda do Serviço de Segurança daquele país. dos que sugiram o Se não existirem da- "ponto de ataque", serão tomadas medidas para o levantamento dos mesmos. Todos os quarteirões do Residências do estrangeiros (um MOSCOU,estão sob o controle do ^stado a têm ou pjo dem vir a ter microfones neles instalados. Os empregados russos que servem aos estrangeiros são, também, colaboradores do KGB. KGB dispõe de grandes recursos para a vigilância física. 0 Não é di_ fícil, portanto, para o KGB, conseguir, pela observação externa,da dos que lhe permitam uma análise das características, gostos e ati_ vidades de um estrangeiro. A estes dados poderão vir somar-se relatórios fornecidos pela Residência legal existente no país origem do estrangeiro. Uma vez completado o quadro, será de tomada uma decisão,que poderá implicar na utilização de agentes para senvolver o estudo sobre o estrangeiro em foco, os de- na. manutenção de contatos de cunho sooial, ou em comprometer o estrangeiro envolvori do-o em atividades de mercado negro ou de cunho sexual, ou levando-o a subtrair documentos para enviá-los ao exterior.. • Os objetivos dessas atividades não são, necessariamente, obter ra crutas, mas, freqüentemente, estabelecer laços que permitam, futu ramente, utilizar a pessoa em foco. Embora o acesso direto às ejn baixadas em MOSCOU seja indubitavelmente de grande valor, os SIR fazem grande empenho era conseguir a perspectiva de penetração, em - 22 «• prazo mais longo, em um ministério a que pertença um funcionário estrangeiro. Comumente, portanto, as operações comprometimento culminam com realizadas por uma gressor" determinado de prisão e. uma série de entrevistas, "pessoa influente" que pode ajudar o "trans- a sair de suas dificuldades, período durante o qual a vítima é pressionada a assinar um compromisso de prestar ajuda ao soviético num futuro não especificado. Um exemplo conhecido dej^ sa seqüência é, sem dúvida, o caso VASSALL, sendo possível que ha ja outros. (Para maiores detalhes, ver o apêndice £ . ) • (e) Estudo dos visitantes estrangeiros em MOSCOU No interesse da segurança do Estado, o KGB considera tão necess^ rio controlar todos os visitantes da RÚSSIA como realizar cobertu ra dos alvos fixos «cima descritos. Os visitantes distribuem-se em duas categorias: delegados oficiais e hóspedes,ou turistas. Os últimos são controlados pelo 7 o Departamento da 2» Diretoria-Geral. Este Departamento utiliza cerca de 80 oficiais e 1,200 agentes de tempo integral e colaboradores de tempo parcial. Nas Províncias» é auxiliado pelas organizações locais do KGB. 0 controle das deleg-ações é mais fácil do que o de turistas, uma vez que os programas para estas podem ser preparados de forma deixar-lhes pouco tempo livra. 0 KGB trabalha mais a arduamente guando se trata de turistas e a maior parte do seu esforço é, ne£ te caso, defensivo. Se o KGB suspeita que um delegado ou turista é um agente hostil, freqüentemente atua no sentido de cercá-lo expulsá-lo. Se se trata de um delegado ou homem de negócios e que por motivos profissionais poderá voltar a visitar a UNIÃO SOVIfíTI CA, o KGB poderá trabalhar mais lentamente, limitando pela. vigilância ou outros meios de contrSle, todas as atividades tis imediatas, ao mesmo tempo que planeja uma operação de hoscompro raetimento para a próxima visita do estrangeiro. A necessidade pr£ fissional que têm os homens de negócio, jornalistas e estudantes de visitar a RÜSSIA é também amplamente explorada. Para detalhes dos métodos do KGB para o controle de turistas, ver Apêndice D_. (f) Aproveitamento das Delegações Soviéticas no Estrangeiro As delegações soviéticas que vão ao estrangeiro para visitar jetivos de interesse para os SIR, tais como instalações ob- industrl ais, centros de pesquisas científicas, conferências científicas in - 23 - ternacionais etc., 3S0 usadas pelos SIR como cobertura para ofi- ciais de informações, os quais, além de coletarem informes osteri sivamente disponíveis, fazem o levantamento de personalidades serem recrutadas,para posteriores estudos. a A Residência legal e- xistente no local pode ser utiliaada para estes recrutamentos e estudos, e o hábito de retribuir com convites para visitas à US oferece do oportunidade para estudos mais profundos. Estado para Ciência e Tecnologia (GNTK) 0 Comitê é responsável pela orga nização do intercâmbio de visitas nos campos técnico e científico e é amplamente utilizado como cobertura,tanto para o KGB como pa ra o GRU. (g) Aproveitamento das visitas de navios estrangeiros 0 KGB mantém agências em portos soviéticos responsáveis pelo coii trôle das tripulações de navios estrangeiros. £ uma tarefa, prin cipalmente, de contra-informação e os métodos utilizados são nor_ malmente provocativos. 0 alvo é envolvido em alguma atividade i- legal ou desabonadora, preso ou entrevistado g aça, a cooperar. convidado,sob ame_ Pouco se conhece dos êxitos soviéticos neste campo de atividade. Comunicações Clandestinas Contatos diretos Os contatos diretos entre o oficial encarregado de um caso e o agente é conhecido como "contato pessoal", oposto dos contatos in diretos, os quais são denominados "contatos impessoais". A localização de um agente e o desenvolvimento de um contato ini_ cia-se abertamente, mas os encontros entre o oficial encarregado do caso e o agente pode, logo, assumir características clandestinas, fissos contatos incluem o encontro de rua, antes da ida a um restaurante, para conversa» a mudança de locais de encon tro, do centro da cidade para os subúrbios; a limitação de conver_ sa a palestras sociais, se o contato se dá no interior de um ro em deslocamento, e a criação de uma atmosfera geral de rio para as relações entre os elementos em contato. totalmente do seu significado. Ao mesmo tempo o alvo misté- Tudo isto é feito gradativamente, de forma que o alvo se acostuma a um grau de anormalidade nessas relações, sem chegar a se car certo aperceber vai sondo BR AU,KK> X9.*.TAI.1/ii,f. - 24 - preparado, inconscientemente, para desempenhar o papel de um agen. te consciente. Nos primeiros estágios de uma relação clandestina, o oficial SIR encarregado de um caso marca mesmo lugar. encontros sucessivos em um X medida que o alvo se desenvolve como agente, rec£ be um esquema de locais do dos alternativos de encontro, para ser usai quando ocorrer uma perda de contato ou quando se tornarem ne_ cessários contatos de emergência. Aqueles primeiros contatos t£ mam, normalmente, forma de contatos fixos mensais, em dias prede_ terminados, como, por exemplo, a primeira segunda feira de cada mês. São fixados hora e local e estabelecidas uma ou duas alter_ nativas para o dia ou a semana seguinte. Os contatos de emergência são feitos mediante a presunção sinal preestabelecido. de um Estes sinais sao extremamente variáveis , podendo consistir, por exemplo, da remessa ao agente ou ao ai encarregado,do oaso de uma revista precombinada, onde ofici_ estará marcada a página com o número correspondente ao dia do encontro . Em outros casos, o acordo será de realizar o encontro no dia ime_ diato ou no próprio dia da recepção da revista» Um outro tipo de sinal, freqüentemente usado, consiste numa marca a giz deixada em lugar preestabelecido. Como se disse, a técnica admito muitas ya riantes. Quando um contato assumiu completamente o aspecto clandestino, os SIR deslocam o local do encontro para os subúrbios da cidade questão. 4 transmissão das instruções ao agente e o em relatório deste têm lugar em plena rua, enquanto os participantes do encori tro caminham lado a lado, ou estão sentados em algum parque. Mui_ vezes,as conversações podem ser feitas no interior de um carro per tencente ao agente, mas este tipo de contato é, teoricamente, vis_ to pelos SIR como inseguro. Ocasionalmente, hotéis locais podem ser usados para a conversação, durante uma refeição. monstram grande despreocupação no que diz respeito Os SIR ao pessoal, tanto para seus próprios elementos como para de- conforto os a- gentes que insistem em manter contatos, muitas vezes deixando que estes últimos esperem por mais de uma ou duas horas, em locais ceu aberto, nas piores condições climáticas. a BR AH,RW X3.0.TAK 1/2.3,p. - 25 - Nos contatos diretos, o material a ser entregue ao oficial encar_ regado do caso só o é, normalmente, no momento da despedida. Algu mas vezes, entretanto, o oficial pode ter o carro estacionado nas vizinhanças e, neste caso, receber imediatamente o material e vá-lo para o carro. Isto reduz o risco de permanência le com material comprometedor enquanto estiver na companhia do agente. Se as condições operacionais forem desfavoráveis em um determina^ do país, por existir uma vigilância intensa ou por qualquer outra razão, os agentes poderão ser solicitados a viajar a um terceiro país para encontrar-se com os oficiais encarregados dos casos que trabalham. Esta técnica de utilização de um terceiro país também usada quando ja um funcionário do encontrar pessoalmente um agento. Cemtro, em em é MOSCOU,deae_ Por motivos de cobertura e segurança, isto não poderá ser feito mais do que uma ou duas vi zes por ano, não sendo, portanto, um método adequado para contatos freqüentes ou regulares. Contatos impessoais C.P.M. A forma favorita para o estabelecimento de contatos impessoais adotada pelos SIR é a "caixa postal morta" (CPM). Ê utilizada para as comunicações com quase todos os agentes já perfeitamente desenvolvidos. BOSSARD e WENNERSTROM possuíam, cada um, nove CPM, embora nem todas fossem usadas regularmente. 0 número mais comum de CPM é de três ou quatro. A CPM ideal deve estar localizada numa área que não possa ser man tida sob uma vigilância constante e impeditiva. 0 local da CPM deve ser isento de interferências casuais e razoavelmente a prova dágua. Era vista disso, os SIR preferem cubículos em públicos, buracos em árvores, restas, fandas . numa parede, esconderijos lavatórios isolados em parte inferior de bancos do flo_ pra ça, aos quais a mensagem pode ser presa por meio de um porcevejo, locais de guarda de bagagem etc. 0 enchimento e o esvaziamento das CPM devem ser indicados por meio de um sistema de sinais. De acordo com as normas de ação dos SIR, o oficial e o agente devem escolher um caminho adequado para apro SR N*,W X9J0.tA\^/ll^.7& - 26 - ximarem-se da área onde está a CPM. O caminho de acesso do te deve ser o caminho de saída do oficial e vice-versa. agen Se um agentu coloca material na CPM, ôle se retirará pelo caminho de acosso do oficial e deixará um sinal para este, avisando que a cai xa está cheia. 0 oficial, vendo o sinal do que a caixa está cheia, ao aproximar-se, retirará o material da C M e abandonará pelo caminho de acesso do agente, deixando aí um sinal a de área que a caixa foi esvaziada. 47* Para essa sinalização entre o agente o o oficial é usada uma vari, edade de objetos. Normalmente são utilizados objetos comuns,tais como uma lata de grrxa de sapato ou de fumo, uma moeda partida,etc. C.P.V. 48. "Caixas postais vivas" (CPV) são muitas vezes usadas para as C£ municações com agentes de Residências legais, mas são mais comu- mente encontradas em redes clandestinas. Comunicações telegráficas 49- A alguns agentes de uma residência legal são dados canais de ligji ção rádio-telegráfica com o Centro (MOSCOU), em um só sentido.As mensagens são transmitidas de MOSCOU o podem um agente que utilize ser recebidas por um receptor de telégrafo comum,de tipo comercial, adaptado, de preferencia, com fones de cabeça. As mensagens são codificadas o enviadas seja em escrita corrente, se_ ja em Morse, de acordo com tabelas de cifras que cobrem normalmeri te o período do um ano. Algumas vezes, como no caso BOSSARD, adotado um código musical, vários tons pré-combinados é significan do a chamada para encontros e a utilização da caixas postais mor- tas ou sinais de perigo ou segurança. 50. A comunicação em rádio telegrafia de pequeno alcance é usada bém entre a Residência legal e seus agentes. tatn Assim, um agente si_ tuado numa capital ocidental recebo, num receptor doméstico, nais de Morse transmitidos pelo oficial encarregado do seu si- caso, para indicar que o material de uma CPM foi retirado com sucesso . 0 receptor deste agente pode ser também modificado para omitir um sinal de campainha, por intermédio do qual poderá informar ao ofi_ • ciai que elo estará em condições de atender a um encontro fixado. BR Ati,fi\0 X9 ATA». V ü - 27 - O sinal de campainha pode ser transmitido do receptor existente no carro do agente. Esta técnica já foi empregada com sucesso num caso vivido. Escrita Secreta (ES) Os SIR usam a escrita secreta em combinação com caixas postais vivas, endereços falsos e, ocasionalmente, com caixas postais mortas. A LIS é utilizada mais freqüentemente nas comunicações entre o agente e o oficial5 ape>nas em raras ocasiões se constatou que agentes de Residências legais possuíam os meios para re^ velar mensagens. Um exemplo recente ocorreu na AUSTRÁLIA,no ca so SKRIOPGV. Fotografia Os SIR fazem uso extensivo da fotografia em miniatura para a có pia de documentos. Agentes que têm acesso a material documenta rio são equipados com máquinas fotográficas de 35 •• 0VL "Minox". 0 filme é entregue aos SIR,sem serem revelados.0 filme de 35 rom é usado também, algumas vezes, pelos oficiais,para a entrega de instruções a seus agentes. de BOSSARD, por exemplo, recebia tiras filmes escondidas em pacotes de notas de dinheiro. Alguns agentes de Residências legais têm sido treinados para re_ velar e ler microfilmes, mas muito poucos tiveram a va deste meio de comunicação. prerrogati_ £ um método mais comumente usado pelos ilegais. Se um agente não tiver capacidade ou não desejar fotografar do_ cumentos, mas puder tê-los em sua posse temporariamente, os SIR marcarão dois encontros curtos cora o único propósito de receber os papéis, levá-los à embaixada soviética para serem fotografa dos e devolvê-los ao agente. Pagamento Em princípio, os SIR preferem que seus agentes recebam ,pelos seus serviços, recompensas lhes dá, sem te. em dinheiro, presentes,ou favores. Isto dúvida, a medida do controle que têm sobre o agen 0 pagamento é geralmente feito de acordo com a produção do agente. Ifi A*,**» X3.0.TAK-1/Í3 - 28 - Os SIR compensam também os seus agentes com viagens ou pagamentos de despesas de diversões ou,ainda, algumas vezes, com um paga- mento regular que substitua uma fonte de renda que o agente tenha perdido, como seja uma parte do tempo de trabalho dedicada a determinado para trabalhos de espionagem. Os SIR tendem a um pagar pouco, mas são capazes de desembolsar grandes somas por uma infor maçao valiosa. Treinamento de agentes Os SIR têm,maita3 vezes,necessidade de treinar os agentes recruta dos para a obtenção de informações. 0 treinamento abrange a ins truçao do agente sobre como operar uma CBí, sobre o uso de disfa£ ces, máquinas fotográficas e aparelhos de copiar documentos, códi_ gos e transmissão telegráfica e, finalmente, sobre segurança. Co mo isto, à exceção do telégrafo, não exige mais do que uma ou duas demonstrações ov instruções verbais, o treinamento é feito,geralmente , dur-iivto contatos normais. Os agentes são, algumas vezes, convidados a visitar MOSCOU ou a ALEMANHA ORIENTAL, mas com exceção dos agentes do GRU na ALEMANHA OCIDENTAL, FINLÂNDIA a IHÍ, há poucos uxariplos registrados de agentes . Cortina de Ferro. treinados além da Em alguns casos, . em recintos de embaixadas e consula- dos soviéticos. 0 treinamento pertinente à Segurança é mantido durante toda a oar_ reira do agente ,sob a forma da exercícios para evitar a cia, instruções para o uso do telefone, conderijo dentro de vigilân- preparo de locais de e£ casa, conduta pessoal um reuniões etc. Segurança Os oficiais do SIR tomam precauções cuidadosas contra a vigilân cia e fazem questão de salientar aos seus agentes como isto é im portante para eles. Do aoôrdo com as normas, um oficial não ve gastar menos de duas horas para chegar ao local de de encontro, tomando medidas para identificar a vigilância e livrar —se. Nesta ação, ele pode ser apoiado por um ou mais companheirou, cuja ta rafa será a de desviar a atenção da vigilância ou detectá-la. Um apoio adicional pode ser dado pelo acompanhamento da rêde-rádio &fc M,R\0 &&t*u4/llrf.H - 29 - da polícia local, a fim de detectar atividades de vigilância . Antes de sair da embaixada, o oficial deve ter escolhido o cand nho a seguir, de forma a poder ser encontrado,caso seja necessá rio ser avisado para não realizar o encontro. Para um encontro, o agente é instruído de forma a não dar nais de reoonheoer o oficial até que este chegue junto a si êle. Isto possibilita ao oficial retardar a decisão de realizar contato até o último momento. o Se o oficial tiver dúvidas quan to à segurança, poderá passar pelo agente sem reconhecê-lo, voltar antes de atingir o local do encontro. ou Muitas vezes é combinado um sinal de perigo entre o oficial o o agente, de for_ ma que qualquer um deles pode dar o aviso de que o reconhecimen to não deve ser feito. Os SIR podem também rualizar uma contravigilância sobre um ageri te, seja para protegê-lo,seja porque há a suspeita de que gente está sob o controle do adversário. o a- Os oficiais, freqtieii temente, interrogam os agentes a respeito dos caminhos e meios de transporte que estes utilizarão para voltar às suas casas • Acredita-se que o KGB explore casos já descobertos,cora o propósito de únioo afastar os serviços de segurança adversários casos de maior importância. de 0 KGB pode também, de_ liberadamente, montar operações unicamente com esta finalidade. Caracterizam este tipo de operação a falta de objetivo com que certos casos são prolongados mesmo após um agente se tornar ap_a rentemente inútil para os SIR, o modo cora que certos oficiais se expõem ,e a deterioração das relações ontre agentes e oficiais . Relações entre oficiais g agentes Dependem muito das personalidades das pessoas envolvidas, mas,em geral^os SIR estudam cuidadosamente os seus agentes e ajustam perfeitamente a eles as suas técnicas de manipulação. Há, entre tanto, uma tendência visível dos oficiais se tornarem mais auto ritários à medida que aumenta a confiança nos agentes. Suspei_ ta-se, todavia, que este tratamento pode ser, muitas vezes, um simples teste. Se o agente não se submeter oomo presumível, os SIR podem concluir que êle está sob controle adversário. 5R AN,*» JO.O.tAi.-l/a.S.p - 30 - 64. Uma das tarefas dos oficiais dos SIR consiste em estudar os m£ tivos de ura agente, reforçar suas convicções ideológicas ou ten tar implantá-las quando estas não existam. bém, manter o moral do agente,bem como ar a trabalhar. 0 oficial deve, tam sua vontade de continu Um?i grande parte do tempo,nos contatos é, por- tanto, dedicado a esse tipo de conversa e ao desenvolvimento de melhores afinidades. 65. A passagem do agente de um oficial para outro é feita pela apre_ sentação pessoal ou por sinais de reconhecimento para encontros preestabelecidos. 3stes sinais podem incluir o uso de um orna mento específico, o transporte do um certo objeto, tal como um jornal ou revista, e a troca de uma senha. Manipulação de agentes descobertos 66. Quando os SIR percebem que um determinado caso ostá sob contrô^ le do adversário, sua primeira reação é não terminá-lo imediata mente, mas planejar a melhor maneira de explorá-lo. Como já foi citado, estes casos podem continuar com finalidades diversionárias. Podem, também, ser usados como canais para a dosinforma ção ,ou para o estudo dos métodos usados pelo adversário. mente o contato é interrompido bruscamente: o caso vai gradativamente abandonado, deixando, adversários em Rara sendo os serviços de informações dúvida sobre os motivos que conduziram • essa providência. II - R5SIDENCIAS ILEGAIS Métodos de organização ~ operacionais 1. Um residente ilegal é um oficial dos SIR que usa uma identidade falsa de outro país, que não a em um país ocidental ou neutro. légio oficial nem diplomático US como cobertura, para viver Legalmente ,êle não goza privi (ilegais que não sejam russos são muito raros). 2. Os SIR tem feito funcionar o sistema duplo de Besidências le- gais e ilegais,desde muito antes da última grande guerra. Duran te a guerra, os ilegais aram treinados para serem enviados exterior logo após o restabelecimento da paz. ao Lm 1952, segundo 6R Art,*W> XÔATAI.1 / l i , p. 33 - 31 - declarações do desertor PETROV, n residência legal do KGB AUSTRÁLIA recebeu instruções ordenando na " uma reorganização fun damental de toda a nossa rede de Inteligência e a criação, AUSTRÁLIA, de um aparelho clandestino capaz de, eficaz e terruptamente, funcionar so"b quaisquer condições". na inin- PETROV pen- sou, na ocasião, que tal diretiva refletia uma decisão sSbre tática geral do informações. a Os acontecimentos subseqüentes,o- corridos na área das atividades clandestinas,entretanto, mostra ram que Gle estava errado. Ao contrário do que ocorre com as Residências legais, das quais existe,normalmente,apenas uma om um determinado país, não há ljl mito teórico para o número de Residências ilegais em um país • As Residências ilogais, pela sua natureza, não podem ser tao grandes como as legaisj é provável que sejam necessárias muitas dessas Residências para cobrir uma determinada área geográfica. A mi33ao dos residentes ilegais A. principal finalidade de uma Residência ilegal é provor um sis tema da comunicações clandestinas eficaz,independente dos canais oficiais de comunicação soviéticos. No caso da ocorrer uma Jh lha da representação diplomática ou de. deflagração da guerra,ejs tas comunicações clandestinas devem ser capazes de continuar a funcionar como um canal da comando e de informação entre MOSCOU e seus agentes nos países envolvidos. As Residências ilegais não são,antretanto,organizações inertes, de vida latente, para entrar em ação apenas em casos de crise , mas devem, mesmo durante a existência de Residências legais, constituir suas próprias redes de agentes e fornecer informa - çoes, òonstituindo-se, dências legais. portanto, «n. alternativas das Resi No período preparatório da guerra, os resideri tos ilegais podem,inclusive,receber ordens de organizar a sab£ tagem e supervisionar a sua execução. Em países limítrofes da US, podem ser estabelecidos residen- tes ilegais para funcionar como centros de recepção de guerrilheiros a serem infiltrados em caso de guerra. rar líderes Ê de espe que tais Residências se concentrem na constituição de sis BK AN,RK> XÍ.fcTAI.lAj;p. 3 4 - 32 - temas de comunicações de curto alcance nooessárlos para o belecimento de contatos entre os grupos de guerrilheiros tre SstcíS o o Centro que os cont»ola, esto situado das linhas do Exército do VIETCONG. esta e por en detrás 0 GRU pode também criar a- gentas de vigilância, com comunicações telegráficas, nos países vizinhos. Características pessoais dos residentes ilegais 4 idade dos residentes ilegais varia normalmente entre 25 e anos. 40 Na escolha de residentes ilegais,o fator determinante, a par de atributos e aptidões pessoais, é a necessidade de que o candidato seja capai de ajuatar-se naturalmente à sociedade em que ter', de conviver. Muito sofrerá, na prátioa, a maioria dos residentes e seus adjuntos imediatos sejam cidadãos soviéticos, a nacionalidade n~.o constitui, ^m princípio, um obstáculo. P3NK0VSKI declarou que o GRU recruta agentes do todas as par.i s .ra;n treinados como residentes ilegais p^ra em países fora da EUROPA. raças trabalharem 2 de pre3umir-se que isto seja de particular importância para as novas nações africanas, onde os homens trincos são raros e, provavelmente, se tornarão suspei- tos. Além disso, os SIR ganham grande flexibilidade por nao girem que os ilegais de origem estranha à " US sirvam apenas em seus próprios país«s.(<Jomo por exemplo, a rede montada por RI- CHARD SORGE na CHINA e no JAPÃO). Todos os departamentos do KGB procuram candidatos dentre o seu próprio pessoal, bem como ageii tes para o trabalho ilegal. Esses candidatos sao entregues Diretoria Especial para serem treinados e posteriormente à lança dos. 0 residente ilegal e seus assistentes imediatos devem possuir,além de qualidades pessoais de oficiais de informações competeri tes, um talento especial para viver sob identidade falsa e a presença de espírito e sangue frio capaaes de suportar o desempenho deste papel pelo período de muitos anos. ser lingüistas excepcionais e possuir pelo menos Devem, também, algumas oarac terísticas físicas da nacionalidade cuja identidade assumiram . De acordo com PENKOVSKI, a aparência física é levada em conta pelos SIR para a escolha do oficiais destinados ao trabalho exterior,e par" as funções legais ou ilegais. no BR Ati,ftO X9.0.TA1. VZ3,p. - 33 - Treinamento Os oficiais dos SIE selecionados para serem agentes legais no exterior recebem treinamento completo, não só no que diz respei^ to às mais modernas técnicas clandestinas, sistemas de comunica çõos o m§ios auxiliares técnicos, mas,também,sobre Historia,Geo^ grafia, Economia e Costumes relativos aos países para oa. quais serão destinados. 0 estudo de línguas, naturalmente, tora um lu gar importante no currículo de aprendizado, podendo o ser treinado, ainda, para uma ocupação qualquer,como, pio, o comércio. agente por exeim 0 treinamento é feito secreta e individualraeri ta em residências especiais nos subúrbios de MOSCOU - ou "sis_ tema do pontos". Mesmo durante o treinamentoto agente recebe identidade fal3a. 0 estágio final do treinamento de um residente ilegal consiste numa viagem ao exterior, usando identidade falsa, para testar a sua capacidade e «costumá-lo a viver e locomover-se um rio adversário. Esta viagem de prova não inclui o país para qual o agente será destinado definitivamente. exigido territjô Pode, também,ser que o agente viva no exterior durante um certo de anos,para que possa o número construir a sua própria cobertura. agente ilegal HAYHANEN, por exemplo, viveu quatro anos na 0 FIN- LÍNDIA antes d3 ir para os ESTADOS UNIDOS como um americano de descendência estoniana que, quando menino, havia sido lovado ça ra a ESTÔNIA por seus pais, escapara posteriormente para a LÍNDIA durante a guerra e viveu FIN neste último país por ai guns anos. Cobertura Em se tratando de oficiais russos, é oomposta uma estória pleta de cobertura para o residente ilegal, apoiada maio possível em documentação adequada. do com- melhor A escolha de uma estó- ria de cobertura é intimamente ligada às qualificações do oficjL ai e às possibilidades de criação de uma falsa identidade o mesmo. para 2 possível que a escolha tenha que se prender, princi palmente, à disponibilidade de documentos de identidade. Documentação Os serviços de Informações soviéticos, ao que se sabe,já usaram 0R Xd-CTAI. 1/2.3, p. A*J,*0 - 34 " os seguintes métodos para propiciar documentação falsa aos seus agentes: (a) adaptação de passaportes genuínos; (b) uso ,d& passaportes totalmente falsos; (c) obtenção de passaportes genuínos, utilizando os canais nor_ mais e nomes de pessoas mortas ou desaparecidas,ou na "base da utiliaação do documentos de identidade genuínos ou fojr jados. A História mostra que os SIR nunca tiveram grande dificuldade em encontrar documentos genuínos de identidade para adaptá-los* Antes da Guerra, muitas pessoas que tomaram parte na guerra cã vil espanhola "perderam" seus passaportes. Em 19505espalhou- se o "boato de que existia, na FRANÇA, um mercado para passapor_ tes ingleses e americanos e, durante os últimos meses de 1951» nada menoa que 60 passaportes ingleses foram "perdidos" em PARIS. Entre janeiro e setembro do mesmo ano, mais de 2.000 p=s_ saportes holandeses foram também perdidos; 18$ destes perten- ciam a membros conhecidos ou simpatizantes do Partido Comunista local. Pode-se afirmar que os SIR sabem explorar perfeitamente este campo de atividade e que os seus produtos, após um período adequado de espera e de tratamento apropriado, retornarão à cir culação. Esses passaportes devem, muitas vezes, ter as suas en_ tradas registradas oficialmente. solteiro, supostamente PANHA. "perdeu" Um canadense, IG1TACY WITCZAK, seu passaporte, em 1937? na ES Este passaporte apareceu mais tarde, em 1944 j devidameri te trabalhado pelo GRU com a finalidade de incluir para servir do base à uma esposa, solicitação de um novo passaporte. GRU tomara a precaução de substituir, nos arquivos rio de passaportes de OTAWA, fórmulas falsas de passaporte preenchidas pelo novo agente 0 do escritó_ solicitação de usuário do mesmo, que deveria assumir a identidade verdadeira de WITCZMC. As fórmulas falsas incluíam a fotografia da esposa do agente. pressupõe a existência de um funcionário colaborador Este método trabalhajn do dentro daquele importante escritório, existindo provas sufi_ cientes (algumas bem recentes) do que os SIR têm tido êxito no recrutamento de pessoas que tem acesso a arquivos públicos o desempenham funções em que podem auxiliá-los bastante. Além dis so, os SIR são incansáveis nos seus esforços para manter atuali^ zadas suas informações no que diz respeito ao formulário de documentação de identidade e outros papéis utilizados por cida- 0fc AU,ftW X9.^TAi^/i3,p. - 35 - dãos comuns no curso de suas vidas. Os agentes são freqüente^ mente preparados pnra obter passaportes e passá-los aos ais com que trabalham ou para preencherem fórmulas de tação e entregá-las ao Serviço. ofici^ solici São, também, solicitados a for_ necer documentos de identidade e formulários em branco e a dar detalhes sobre a maneira pela qual os diversos papéiB sao conse_ guidos através dos canais regulares. As seções técnicas dos SIR,responsáveis pela forja de documentos,são capazes de produ zir réplicas que resistirão a qualquer prova. Os SIR aproveitam-se da desorganização social e da destruição material provocadas pela guerra para criar identidades falsas para os seus agentes. Nos locais em que se sabe que os arquivos foram destruídos, os agentes podem reoeber documentos com de falsa, ida- eertificados de casamento e outros documentos que teriam sido produzidos, supostamente, em data anterior à destrui ção dos arquivos e,com esses papéis,procurar obter através dos canais regulares. passaportes Se fôr possível formular a soH citação através de ura consulado existente em outro país que não aquele da origem suposta do suplicante, tanto melhor. Há, natu ralmente, um tempo limite para a utilização de registros truídos. des- A fonte mais permanentemente utilizada é a massa de pessoas deslocadas ou desaparecidas durante ou após a guerra,ou que residem há muito tempo fora de seus países de origem. Para estabelecer uma identidade histórica na base de uma pessoa deslocada ou desaparecida, é necessário e desejável que os SIR tenham a certeza do que tais pessoas estão mortas ou sob contrjS le soviético. Só assim é possível transferir,para identidades deste tipo. os agentes» ABEL, nos IJSTADOS UNIDOS, fêz-se sar por um americano que havia morrido na infância. nhecido que os SIR prepararam Agentes Ê fato c£ que registros públicos de nascimento, correspondentes pas obtêm a crianças mortas o investigar as condições atuais de vida do seus familia res. Se um agente puder passar por filho do uma possoa que há muito tempo resido fora de sua pátria, a cobertura será mais se^ gura o,à medida que o tempo passa, os deslocamentos provocados pela guerra constituirão fontes cada vez mais valiosas para te tipo de identidade. Outra variante deste método em encontrar alguém que viva além da Cortina de Perro, num país ocidental, e tentar aproveitar essa sua origem es consiste nascido ociden BR A*,fcK> X3.0.TAI.VX3,f>."58 - 36 - tal. Assim, por exemplo, um homem nascido na FRANÇA em 1920, ou 1930, filho de pais tchecos e que voltou com estes para PRA GA, ainda criança, pediu um passaporte francas através sulado da FRANÇA. Outro exemplo interessante deste do con método é o caso de uma idosa senhora russa, residente na AUSTRÁLIA, mas ainda cidadã soviética, que solicitou,ao consulado soviético, uma informação sobre a sua família o requereu que um dos netos viesse para a AUSTRÁLIA para cuidar dela e ser de suas propriedades. seus herdeiro 0 residente do KGB em CAMBERRA foi ins truído para estudar a possibilidade de explorar tal oportunida de para infiltrar ura de seus agentes. 0 caso de NIKOLAI KHOKHLOV, um dos agentes prediletos do KGB, ilustra a maneira pela qual podem ser obtidos passaportes pela fabricação total de documentos de apoio. ber cobertura de NIKOLAI cidadão austríaco e, devia para rec£ constituir essa cobertura, teve que preencher vários formulários oficiais em sou nome suposto, que havia sido registrado nos arquivos do governo e da polícia por um outro agente. Para impedir qual quer verificação a respeito do local e data de seu nascimento, a página correspondente do livro de registro, no qual seu naj| cimento estaria supostamente registrado, foi removida. Com <5s_ te trabalho preparatório realizado nos registros austríacos, o agente solicitou um passaporte genuíno daquela nacionalidade e foi atendido. Caso semalhante é o dos KROGER's. Em abril de 1954, KROGER, da pensão WALDRUHE, era SLUMERING, oscreveu à legação da NOVA ZELÂNDIA em PAUIS,pedindo passaporte neozelandês para êle sua mulher. e Anexo ao pedido, enviou um passaporte estranho e forjado, certificados de nascimento forjados para êle e esposa e um certificado de casamento também forjado. sua Esses documentos indicavam que KROGER nascera na NOVA ZELÂNDIA, em 10 Jul 1910, que sua mulher nascera no CANADA, em 13 Jan 1913» e que haviam contraído matrimônio em NEY/ YORK, em 1936. No devido tempo, os KROGER's receberam seus dois passaportes ne£ zelandeses legítimos. A legação da NOVA ZELÂNDIA também, o passaporte inglês, o qual KROGER havia para guardar como lembrança. devolveu, solicitado Este passaporte devolvido foi, naturalmente, destruído, bem como ura outro passaporte,também BfK At4,fi\Q X3.0.TAl.1/23 - 37 - inglês, com o qual ele viajava pela iUSTRIA. Os residentes ilegais possuem duas ou mais identidades. identidade pode ser usada para a entrada no país de Uma destino. lista será imediatamente guardada o uma outra usada durante permanência. a A identidade utilizada para a entrada devo ser guardada para uma saída de emergência, a menos que se consi^ ga um novo passaporte com essa finalidade. Os KROGER^ possuí^ am passaportes canadenses para as emergências, enquanto ABEL u HAYHANEN penetraram nos EUA utilizando passaportes dos quais se desfizeram imediatamente apôs. a Inúmeros exemplos existem respeito da utilização desta técnica, que podo ser da como um procedimento padronizado. Algumas vozes,os SIR são bastante imprudentes na utilização de identidades vivas. encara_ do pessoas 0 caso recente do casal BALCH, em NEW YORK, é um exera pio marcante. BALCH usava a identidade de um padre que vivia em NEW YORK, contemporâneamente, enquanto a Sra. BALCH se uti_ lizava dos documentos de JOY ANNA GARBER, residente no Estado de CONNECTICUT. Instalação de uma residência ilegal Os residentes ilegais são normalmente infiltrados ura ura país isoladamente ou otn pares, como marido o mulher. Segue-se um período durante o qual os residentes ilegais tratam apenas de estabelecer-se na comunidade, procurando trabalho, negócios e, possivelmente, obtendo um emprego em importantes. acertando indústrias Se entrarem clandestinamente no país, terão que trabalhar no mentido de conseguir documentos de naturalização. Para tanto,o residente legal já executou um trabalho prepa_ ratório piro. criar condições para a instalação dos residentes ilegais, recolhendo informações sobre condições de vida, docu mentos necessários e procurando pessoas que atuarão como drinhos ou empregadores. pa- Agentes das Residências legais s£ viéticas muito freqüentemente são chamados a fornecor dados completos sobre cidadãos nacionais, incluindo detalhes sobre quando e como terão que pedir registro em escolas, univorsida des etc. O processo de instalação poderá prolongar-se por vários anos e, durante este tempo, os residentes ilegais re- cém-chegados serão assessorados e ajudados pelos legais para esse 'fim. residentes Através dos residentes legais, fcfc At*)R\0 X9.0.TA1.V1S, - 38 - o recém-chegado submete seu plano de ação a MOSCOU, para "provação, e recebe instruções. 2 muito pouco provável que, atual_ mente, o Partido Comunista local participe de qualquer do prooesso de instalação, embora, no passado, tenha forma désempe_ nhado com freqüência essa missão. Estrutura de uma Residência ilegal k Residência ilegal é montada era torno do núcleo do residente. Comporta,ainda,um assistente do residente o um telegrafista. Este grupo atua como centro de controle o comunicações com MOjJ COU. Trabalhando para a Residência haverá agentes, indivi^ duais e em grupos, dirigidos por agentes-chefes. Normalmente, o contato com estes agentes é responsabilidade do residente as_ sistente. Se s rede de uma residência cresce demais, ••ia poderá ser dividida em duas Residências. Enquanto o residente ilegal é normalmente um membro do SIR, os seus assistentes não necessitam sê-lo, particularmente se elementos recrutados no local. são 2 ideal que os agentes não se conheçam entre si,nen conheçam 03 integrantes da rede,exceto o contato a quem passa o material obtido. Finanças Financeiramente, é desejável que a Residência seja auto-suficji ente, com baees nos recursos obtidos nos negócios que constitii em a sua coberturaj mas, inicialmente, e durante um certo teni po, ela poderá ser subsidiada por pagamentos feitos através do residente legal ou remetidos ilegalmente sob a forma do alguma transação comercial ou financeira. Na LUROPA OCIDENTAL,um ce£ to número de ilegais foram financiados por pagamentos feitos pelas delegações sindieaie soviéticas, em estabelecimento oário de um teroeiro pais. tes na US, âstes serão Se o residente possui ban paren- assistidos pelos SIR, pelo menos até que o residente esteja preparado para colaborar lealmente. A mãe de KHOKHLOV, por exemplo, recebia mil rublos por mês e um oartão de racionamento de operária» gfc AH, KlO /9.0-TA». 1 /33, f • 41 - 39 - Contato com o residente local E ideal que não haja contato entre os residentes legal o il£ gal e que, a menos que seja absolutamente necessário, a verd_a deira identidade do residente ilegal não chegue ao conhecimeri to do legal. Este último nno necessita mesmo ter conhecimento da existência de todos os residentes ilegais em sua área. lém do problema de instalação, os contatos podem realizar-se para o trato de questões de comunicações e finanças e, em oca siões mais raras, para colocar agentes da Residência legal contato com o residente ilegal. A- em 0 contato direto é, natural^ mente, muito menos freqüente do que o que é feito através das CPMj mas há informes de que, quando se trata da entrega de di^ nheiro, o contato direto é preferível. Quando um agente ô ro crutado no local e transformado num residente ilegal, todos os contatos que Sle possa ter tido com a comunidade russa sao gra dualmente cortados e tomadas medidas para fazer crer à sociéda_ da local que ale caiu em desgraça. 0 residente legal podo, en, tretanto, mantê-lo sob controle durante algum tempo. Como exein pio, um agente que voltou ao seu país como um ex-prisioneiro de guerra mereoeu, durante alguns meses, a atenção dos represen- tantes soviéticos locais antes de ser integrado na rede ilegal. Quando, tempos depois, seus elos com a referida rede foram que_ brados incidentalmente, voltou a ser procurado por um membro da missão soviética a novamente integrado no sistema ilegal • Comunicações Como foi dito, o objetivo final do residente ilegal é ter co- municações estabelecidas com MOSCOU inteiramente independentes do sistema de comunicações soviético oficial. Não obstante,os residentes ilegais continuam a utilizar-se das comunicações d_i_ plomáticas soviéticas, sempre que tenham acesso às mesmas. máximo grau de segurança para essas ligações ó 0 obtido através do uso de CPM e não por encontros com membros das Em- baixadas soviéticas. As comunicações mais importantes e apropriadas para o te ilegal são feitas pelo telégrafo. A transmissão resideri clandesti na tornou-se hoje praticamente imune à detecção por métodos rá dio-goniométrioos, pelo desenvolvimento de técnicas de alta BR AH,R|0 /3.0.TAI.V2.3rp.42. - 4§ - velocidade, de forma que o risco de ser localizado trito a investigações e res- oriundas de queixas feitas por nhos de interferência na recepção das transmissões vizi - ordinárias de programas de rádio e televisão, particularmente as últimas. As comunicações telegraficas sao de dois tipos: a transmissão em um sentido, de MOSCOU, contendo instruções para o residente^ e o trabalho bilateral, através do qual MOSCOU pode certificarse de que o residente ainda está om segurança e em atividade e de que pode reoeber relatórios do mesmo.Um residente ilegal c£ meça a receber a transmissão unilateral de MOSCOU praticamente desde o início de sua instalação no país. Para isto nao neco^ sita do qualquer equipamento especial, sendo suficiente um re_ ceptor comercial. Quando o residente está bem instalado, será posto em contato com ura telagrnfista, que poderá tor sido ro_ crutado e treinado no local ou infiltrado clandestinamente pe_ los russos. Os programas para as transmissões telegraficas são estabeleci^ dos para cobrir períodos de quatro a cinco anos a prevêem to as transmissões unilaterais como as bilaterais. o residente s*be que terá de tan Em média, operar o telégrafoiduas ou três vezes por semana. Além do telégrafo, um residente ilegal terá que estabelecer um sistema de cartas postais vivas ou endereços de cobertura, que lhe permitirão comunicar-se através do correio, filmes, micropontos o escrita secreta. usando micr£ Os endereços de cober_ tura são estabelecidos em países onde há Residências legais para eles podem ser enviadas as cartas dos ilegais para e poste^ rior transmissão. Pode ser estabelecido, também, ura sistema de oorraio clandejj tino,destinado a transportar material do residente para um ter_ ceiro país, a fim de tue gal. possa sei enviado à Residência lo_ Os correios serão marinheiros, membros de tripulação aviões, homens de negócios em viagem, mulheres e, do um geral, qualquer pessoa que tenha motivos para visitar onde opera a Residência ilegal. Pessoas em visita à do modo o país UNlXo SO VT3TICA ou a países do bloco soviético são inadequadas p«ra Ss te tipo de trabalho. 0 residente o seus correios entrarão era BR M,K\0 X9.0.TAl.4/&3,p.44 - 41 - contato através de CPM, não sendo necessário que o residente conheça a identidade dos mesmos. Uma grande variedade de artifícios dissimulativos tem sido posta em prática para a trans missão regular de informes. Os informes ou relatórios são sempre fotografados «m microfilmes, os quais podem ser e£ condidos em aparelhos de barba e outros pequenos objatosi Ocupação a instalação de cobertura Uma vez que o residente ilegal dave gozar de liberdade de vimento sem que as suas ausências sejam notadas, mo é desejável que assuma um título de profissão que lhe de independência,ao invés de um título que o aponte como um ompregado. Os residon tes, portanto, adotam títulos do ocupação tais como o do foto grafo ou artista, ou estabelecem pequenos negócios ou jas capazes de lo- ser operados com o mínimo de auxílio exterior. Lojas de fotografia e de material rádio são particularmente apropriadas, constando ,entre as mais recomendadas ,os institu tos de beleza e os cabelereiros. agentes LONSDALE d outros entenderam fazer-se passar por pessoas que viviam de heranças particulares, mas, mesmo assim o primeiro colocou em funciona, monto uma "boate" a se tornou sócio num negócio especializa do em registro do patentes. PETER KROGER era um bibliógrafo genuíno e desenvolveu um negócio era torno do livros que podia dirigir antigos, dei sua própria residência particular. - ABEL fez-se passar por um artista. ALEXANDSR RADO era um ca£ tógrafo de certa reputação, enquanto outros trabalharam móveis antigos, decoração PÃO, trabalhou como de com interiores, etc. SORGE, no \ jornalista autêntico, enquanto o JA seu rádio operador montou um "bom sucedido negócio de máquinas £a ra cópia de plantas de projetos. 0 tipo de instalação necessário a um residente ilegal normalmente, ser adequado para permitir a guarda çao do aparelho de telegrafia ra. o deve, opora- e montagem de uma câmara escu Por isto, ele deve procurar um apartamento ou casa distrito onde haja a menor possibilidade do risco da dada de vizinhos. num curiosi^ Se tiver de usas aparelho de telegrafia, deve também lembrar-se que o advento da televisão complicou o problema da clandestinidade e, para sua proteção, deve tentar - 42 - encontrar um local em um distrito onde a presença da maquinaria elétrica justifique bem a ocorrência regular de perturbações nas telas dos aparelhos receptores locais. Uli apartamento du último andar, com acesso ao telhado, á preferjt vel para a instalação de um aparelho de telegrafia. talação alternativa 6 também necessária. Uma ins Se o residente sui aparelho de telegrafia, é provável que tenha mais de sendo comum que possua dois ou três, dos quais pelo menos é para emergências. Aparelhos de reserva são um, um acondiciona- dos para resistir ao olima durante cinco anos, mas que estes aparelhos, quando enterrados, sejam pos é normal inspecionados periodicamente. A montagem da rede Um residente ilegal, se não tiver sido recrutado no país, é, a despeito de sua cobertura, um estrangeiro no local em opera e necessita tempo para travar conhecimentos e re_ lações que possam servir de base para a procura de o recrutamento de agentes. que talontos Como já foi mencionado, os SIR dão, normalmente, um prazo de cerca de dois anos para que um residente se aclimate e se estabeleça,antes do pô-lo cm tato com agentes de informação. coii Sstes agentes terão sido r©_ crutados por outros grupos dos SIHj alguns poderão ser agentes de Residências legais. 0 residente ilegal poderá ampliar a sua rede, descobrindo elementos habilitados e cultivando as relações com os recru tas em potencial. feito 0 verdadeiro recrutamento deve ser pelo residente que, provavelmente, far-se-á passar por repre_ sentante ta. de . Serviço de ura país estranho ao bloco comunis- Entretanto, o Centro poderá enviar um outro oficial de informações para realizar este trabalho. Valor relativo dos residentes legal e ilegal Sm tempo de paz, a balança das vantagens penderá, provável mente, para o lado do residente legal. Apesar de vulnerável à vigilância e das restrições de viagens a que está sujeito, goza ele u» "status" oficial e o benefício das comunicações BR AfJ,g>0 XJ.MAl.1/*3,p.4-5 - 43 - diplomáticas. 0 residente ilegal tem, primeiro que tudo, enfrentar as dificuldades de instalação e, embora corra de menor risoo quanto \ vigilância e não tenha seus movlmontos sob cori trôle, suas possibilidades de comunicações constituem um pro- blema bem maior. A. telegrafia, em muitas circunstâncias,envol_ ve perigosj o serviço postal internacional é menos seguro do que a mala diplomática e sujeito a censuras um sistema de co£ reios é irregular e não pode ser facilmente controlado. do ocorre uma emergência, como seja a guerra,ou o de relações diplomáticas, as Residências ilegais Quan rompimento tornam-se òb_ viamente indispensáveis e passam a ser vistas pelos SIR uma segurança afastada de suas políticas. Ao decidir como transfe_ rir para elas agentes valiosos em tempo da pae, os SIR devem levar em conta vários fatores. Ü evidente que a segurança da Residência ilegal merece prioridade. Assim sendo, nenhum a- gente de cuja segurança se suspeita deverá ser transferido ra ela. ^a Outors fatores a serem considerados são a intensidade da vigilância adversária sobre n Residência legal, o valor que o alvo apresenta para atrair a atenção das autoridades de segu rança locais, a urgência da informação que se busca e provável de duração da missão do agente. o prazo Quando a rança se apresenta como fator principal, a Residência segu- ilegal deve ser preferida, mas,quando a velocidade na transmissão informação vale mais do que a segurança, deve ser dada rência à Residência legal. plantado ooa da prefe- Quando se trata de um agente bem uma informação urgente para transmitir, é prefe_ rível sacrificar a velocidade de transmissão à segurança. É interessante notar, entretanto, que PENKOVSKI declarou que as Residências ilegais eram, muitas V G B O S , usadas para aliviar a pressão de trabalho das Residências legais, pelo uso de cer- tos agentes. Devido à cobertura natural sobra a qual uma Residência ilegal opera, ela se constitui num alvo difícil para os ataques Serviço de Segurança. Há, entretanto, diversos pontos que podem ser explorados. Em primeiro lugar, o apoio do fracos direto que um residente ilegal recebe da Residência legal local durari te o tempo de sua instalação. Segundo, tem-se verificado que, na prática, as Residências ilegais, em tempo do paa, continuara a usar a mala diplomática como linha de comunicação. Terceiro, na montagem da rede do agentes da Residência ilegal, os SIR BR AN,K»0 /9.0.TAl.4/&5,f-46 - 44 - transferem para o seu controle alguns agentes da Residência le gal. Finalmente, a Residência legal ó extensivamente usada pa_ ra o recrutamento de agentes do apoio que, em último caso, pj3 derão ser posto3 era contato com um residente ilegal recém-che_ gado. 36. Como o ponto mais fraco reside, portanto, na ligação entro as Residências legal e ilegal, a observação o a penetração da Residência legal e da sua rede apresenta uma oportunidade para a penetração no sistema ilegal. OPERAÇÕES OSTENSIVAS 5 SEMICLANDESTINAS 1. Por conveniência, «stas operações serão chamadas de operações de observação. 2. As operações de observação são largamente empregadas pelo GRU. Muito embora os agentes possam usar métodos de observação, ês_ tes são normalmente restritos ao trabalho de observação realisp do pelos ofioiais dos SIR. 3. Numa Residência legal, os principais executores deste tipo de operação são os elementos adidos* Tem sido notado que, durante certo período, os adidos sistematicamente esquadrinham um de- terminado país no decorrer de suas viagens, fotografando e to, mando apontamentos sobre alvos de interesse militar, tais como instalações de transporte e instalações industriais mais impo£ tantos, pontes, redes aéreas, fortificaçõeB, aeroportos,depôsi_ tos do combustível, estações do força elétrica, etc. Algumas vezes, com a finalidade do confundir a vigilância, os SIR e um elemento de . país satélite juntam-se para formar um grupo mai_ or de viajantes, que se divida duranto a viag3m. 4* Os oficiais do GRU são também diligentes colecionadores de car toes postais, mapas Ü guias de cidades. 5» Os navios mercantes soviéticos são amplamente utilizados pela seção naval do GRU como cobertura para oficiais e técnicos, eu ja tarefa é prestar informações síbre instalações topografia litorânea, sistemas de navegação - portuárias, incluindo esta BK A#,R\0 XS.O.TAlM/Ji. - 45 - ções de radar e o transporte marítimo estrangeiro. lho é organizado em Este traba_ escritórios de informações existentes em LENINGRADO, BALTIISK e ODESSA e, provavelmente também, no EX- TREMO ORIENTE. 6. 0 GRU mantém uma frota de pesqueiros, com base em LENINGRADO, para o trabalho em alto mar, coletando informações com o auxí_ lio de meios eletrônicos e de observação sobre a ordem da bata_ lha e armamento de marinhas potencialmente inimigas, estudando o trabalho de aviões a navios de patrulha costeira, defesas an ti-submarinas, rotas de aviões engajados em sistemas de alerta e a localização o freqüência de estações rádio. Para maio res detalhes, ver apêndice E_. IV - OPERAÇÕES TÉCNICAS Intorceptação rádio 1. De "côrdo com declarações prestadas por desertores, o KGB e o GRU possuem, na RÚSSIA, organizações grandemente desenvolvidas para a escuta e acompanhamento das comunicaçoes-rádio res e de governo de países estrangeiros. milita- Como também foi dito anteriormente, as Residências legais dos SIR processam o acom panhamento das redes rádio militares e policiais locais. Vigilância técnica 2. io que se sabe, o GRU não executa operações técnicas no interi_ or da US, não havendo provas, também, de que as execute exterior. 3. no 0 KGB monopoliza este campo de atividades. Embora existam provas esporádicas de que o KGB estuda a possi. bilidade de montar operações técnicas fora da US e apesar dos desertores afirmaram que aquele órgão pode exocutá-las e, tas vezes as executam, não há casos autênticos registrados tais operações. Cerca de dez anos atrás, os russos mui de aparente- mente conseguiram êxito, num país subdesenvolvido, na escuta e gravação de conversações telefônicas de duas embaixadas do OCI^ DENTE. Num país da AMERICA LATINA soube-se que a embaixada s£ viética recebeu grande número de gravadores "Grundig", enquan BR AA1,RK> X » > 0 , T A L V 2 3 , p.4-8 - 4 6 - 47 - to,em outros,países oficiais dos SIR interrogaram seus contatos a respeito das instalações telefônicas locais o das seguranças existentes pr*ra as Embaixadas, dando a idéia de que estavam re_ conhecendo terreno para a execução de operações técnicas. 4. 0 peso i.* nturção soviética no campo das operações técnicas ejB_ tá, todavia, em MCSCCU, sendo estas operações conduzidas KGB. pelo Os alvos principais são os escritórios e residências pri_ vativas de rosidontos estrangeiros, particularmente pessoal di^ plomático, mas um grande esforço é feito, também, para equipar quartos de hotéis usados por visitantes estrangeiros,tanto com aparelhos de escuta como com meios de observação visual* 0 h£ tel UKRAINE, em MOSCOU, é o melhor exemplo que se conhece. 5. 0 KGB é pródigo na instalação de microfones. nes para um quarto é uma medida comum. Quatro microfo- Há alguns anos, microfones foram encontrados numa embaixada de país vinte asiático em MOSCOU e, mais recentemente, outros vinte foram descobertos na embaixada de um país da OTAN. Em 1963, dezessete aparelhos daqueles foram encontrados num bloco de apartamentos por diplomatas, e vinte e quatro ,em outro bloco. ocupados Durante três meses de varredura em MOSCOU e em algumas capitais de satélites, no ano de 1957 > foram descobertos setenta países microfo nes aos apartamentos dos membros de uma única Embaixada. 6. Microfones são também instalados ara carros postos à disposição de delegações visitantes e grupos do homens de negócios,bem C£ mo em compartimentos de trens, podendo ser conjugados com trumentos de vigilância visual. De acordo com afirmações um desertor, banheiros particulares do adidos às ins de Bnbaixadas constituem também alvo favorito para a instalação destes ins- trumentos do vigilância visual, uma vez que o KGB acredita se_ rom, aqueles locais, os mais próprios para atividades fotográ ficas realizadas pelos mencionados "didos. 7» Os hotéis das províncias possuem também quartos preparados pa_ ra a vigilância, áudio e visual, para que neles Bejara instala dos viajantes suspeitos. Mais uma vez, os adidos àfl' Erabaixa_ das constituem os alvos preferidos dessas operações. 8» Em salas de jantar e restaurantes de hotéis, as mesas podem 8R A"f RlC X3.0.TAI. V 2.S, O . OL ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE INTELIGÊNCIA DA US A N S X O A O SERVIÇO DE INTELIGÊNCIA RUSSO COMO INSTRULSNTO DA (3 I R ) , POLÍTICA SOVIÉTICA. O Serviço de Segurança do Estado Soviético meramente um (atual KGB) não é "Serviço de Espionagem", no sentido em que Serviço é compreendido no Ocidente: - tal Ele é um alto órgão do Estado, que, desde 1917 > sob grande variedade de formas, tor_ nou-se indispensável ao regime soviétioo, tanto interna,quanto externamente. Sem sua aquiescência seria impossível que al- guém assumisse o poder5 sem seu apoio, seria impossível manter esse poder. Em adição às suas normas usuais de contra-espiona gem e oontra-subversao internas, e espionagem e subversão ex- ternas, seu pessoal e sua influência não estão ainda bem nidos em toda a máquina soviética. viética (GRU) defl A Inteligência Militar So desempenha, no exterior, funções idênticas,mas de menor influência, sendo de notar que não opera na 113» Contrêle do S I R 0 KGB e o GRU são oontrolados pelo Departamento de Órgãos Adrni^ nistrativos do Comitê Central do PCUS. A direção deste Depar tamento é responsável perante um Secretário do Comitê Central, que é usualmente um membro do Presidium do PCUS. 0 próprio Primeiro-Secretário do Partido tem interesse pessoal nos assun tos do KGB e as decisões de cúpola lhe cabem. BREZHNEV SHELEPIN foram responsáveis pelo controle do KGB durante o timo período do regime de KHRU3HCHEV. 0 próprio BREZHNEV bém assumiu essa responsabilidade (dividida e úl tam- com KIRICHENKO), durante 1957/60, a SHELEPIN foi o chefe do KGB, de 1958 a 1961, Como SHELEPIN, o atual chefe do KGB, SEMICHASTNY, co de carreira, é um politi \mbos receberam grande dostafue político um mês após a queda de KHRUSHCHEV, como recompensa pela parte que eles o o KGB desempenharam para facilitar o sucesso do golpe en O. - 2 - tão desencadeado. 0 SIR está, pois, bem representado, na alta hierarquia cay por homens familiarizados com suas possibilidades seu trabalho e, ainda, com suas possibilidades como to da política exterior soviética. políti_ e com instrumen_ Deve ser ressaltado, aind», que o Ministro dos Assuntos Exteriores não tem representação direta no Presidium do PCUS: a organização que dirige (MFA) é menor, tem menor influência o é obrigada a admitir alta propoj? ção de oficiais do SIR om sua direção, especialmente no oxteri or, como será visto "baixo. 0 MFA nao tem controle sobre atividades do SIR e apenas pode apelar para o Comitê as Central, se desaprová-las. 0 papel interno do K Q B Os líderes do PCUS reconhecem que ura Serviço de Inteligência e Segurança forte e eficiente é essencial para a estabilidade do regime. 4.0 mesmo tempo, eles desejam resguardar-se contra qupl quer repetição do reinado de tarror dos tompos de STALINt Ül timamente, após a queda de B2RIYA, os Departamentos de Seguran ça foram colocados sob o controle do Partido e tentou-se apresentar o KGB como uma instituição patriòticamente interessada na contra-espionagem de motivação externa, e não em ções internas de caráter político. investiga Apesar de tudo, com seu oçyi trôle sobre as Tropas de Fronteiras e possivelmente sobre as Tropas de Segurança Interna, o KGB permanece como o principal instrumento da repressão interna do regime. Uma grande ênfase foi atribuída ao papel de contra-espionagem do KGB o à importância desse órgão, pelas recentes medidas ado^ tadas na RÚSSIA. Entre 1959 <* 1962, duas grandes penetrações de agentes da Inteligência Militar Soviética foram descobertas e ocorreram duas defecções de funcionários de Inteligência p_a ra o Ocidente. Aparentemente, esses casos não provocaram raedi^ das repressivas, mas conduziram a uma intensificação da campanha contra as operações dos Serviços de Inteligência o das Mis soes ocidentais na US. Logo antes da queda de KHRUSHCHEV, uma campanha intensiva e sem precedentes foi lançada na RÚSSIA, pa ra criar uma simpática e patriótica imagem do trabalho dos a- o. -3gentes externos do 3IR. A campanha continua e foi provàvelmen to sugerida por BREZHNEV e SHELEPIN, o que constitui uma cação evidente da grande importância que os atuais indi^ líderes a- tribuem ao trabalho do SIR. 0 papel externo do S I R Nos países estrangeiros, o KGB tem as seguintes tarefast a. Obtenção de informações sobro preparativos para um ataque do potências hostis contra a US e contra sua política iri terna ou externai b. Subversão política e a criação, por todos os meios dispo^ níveis, du situações que favoreçam os interesses da USj c. Reunião de informações sSbre desenvolvimento científico,m dustrial e tecnológico5 d. Penetração nos Serviços de Inteligência e Contra-inteligên cia, e infiltração e destruição de organizações anticomu nistas que supostamente constituem ameaça à US. Essas tarefas envolvem operações legais das) a. (baseadas nas Embaixa_ ou clandestinas, com as seguintes finalidades» Controle de espiões com acesso a segredos políticos, te£ nicos ou de inteligência? b. Controle de agentes que apenas apoiam as redes de espiona gemj c. Controle de agentes capazes de influenciar a política go vernamental, ou criar um clima do opinião favorável à USj d. "Decomposição" do organismo político, o que é alcançado por uma grande variedade de processos, tais como pela oisao dos Partidos Políticos, difusão de boatos, divulgação de documentos forjados, sabotagens u assassinatos} e. Escuta das comunicações de segurança e defesa,locais. Curto número de importantes operações de espionagem conduaidas pelo SIR foram reveladas nos últimos anos. A escala operações ó tal, que leva a admitir que muitos casos de dessas maior importância permamecem descoaheoidos pelos ocidentais. Devemos referir, aqui, o interesse do KGB pelas Missões ocidentais na US, como um excelente campo para recrutamento de agentes. ]fe_ nhum esforço I perdido, no sentido do induzir 03raembírosü-es*- 0K A/O,PIO X9-0.TAM/JLÍ,p Ou - 4 - sas Missões, incluindo os próprios embaixadores, a espionagem em proveito da RÚSSIA. exercerem A téonioa mais usual é a de envolver as pessoas visadas em situações comprometedoras o B\X jeitá-las, após, a uma ação de chantagem. As atividades subversivas do SIR têm recebido menor de do que 03 seus sucessos na espionagem. publicida^ A aspiração da sub versão soviética 5 conduzir as sociedades não comunistas à de^ sagregaç-ão, para criar brechas para * ampliação da influência comunista e, em situações favoráveis, preparar o caminho a conquista do poder. PETER DERYABIN para (um desertor do KGB) a resumiu assim, ^m 1954, s atividades do KGB» "... 0 objetivo do SIR não é apenas adquirir informações o evitar que outros as obtenham, mas fabricar informa - ções, destruir as fontes de informações alienígenas, ater^ rorizar, assassinar, ou atrair agentes de outros países, tudo de acordo com as exigências da ooasião. Em resumo,a Inteligência Soviética procura subverter ,de todas as formas ,a vida social ou política da uma nação estrangeira»" Técnicas de subversão As técnicas empregadas incluem o uso de documentos forjados e falsas fotografias, o lançamento de boatos, ações perturbadorne contra indivíduos ou instituições, incitamento à ação da ralé, transmissão de material diversionário por meio do agentes plos ou outros processos adequados, e a exploração de du- "agentes de influencia". Falsificação 0 SIR tem estado particularmente ativo no campo da falsifica- ção. Numerosos documentos forjados foram lançados em ção. Entre janeiro de 1957 e julho de 1959» 32 cartas circula falsas foram publicadas como tendo sido escritas por autoridades governo americano, ou por elas recebidas. Quase todas do emana- ram ostensivamente de fontes não ligadas diretamente à US e destinavam-se a ser impressas, reproduzidas e divulgadas em t£ do o mundo, pela imprensa comunista ou democrátioa. Essas car tas certamente revelam erros de grafia e de estilo, mas o pú- a. - 5 - blico em geral nao os detecta facilmente. Ura 1960, um falso documento do Gabinete Britânico sobre a política a ser seguida na Í.FRICA circulou amplamente como uma carta oriunda "Associação da ÁFRICA UNIDA", não existente. de uma 0 documento foi muitíssimo explorado em 1961 d foi publicado, como autêntico , pelo Pravda . No campo da ação política mais direta, o "Do partamento D", do KGB, sediado em BERLIM ORIENTAL, explorou vi gorosamente a campanha da mancha nazista e da queima das sinagogas,na ALEMANHA OCIDENTAL, em 1959 8 posteriormente. Agentes Duplos Os agentes duplos são sempre valiosos para fins de desinformação. Na prática, são difíceis de encontrar agentes dessa natu reza, bem situados e influentes. Foi noticiado que o KGB teri cionava fornecer a tais agentes informações de boa qualidade du rante longo tempo, para transformá-lo num agente duplo como fonte de desinformação. eficaz Há evidências que mostram que,era circunstâncias especiais, o KGB está preparado para assumir fun çõos que normalmente estariam afetes a escalões mais elevados do sistema de segurança, quando essa assunção pudor ser útil aos fins operacionais. Agentes de Influência 0 3IR também possui crescentes recursos para a exploração que é denominado "agentes de influência", um dos mais instrumentos no campo da "decomposição do trabalho". do úteis 0 valor deste tipo de agente não repousa na informação que êle pode for mecer (em muitos casos tais agentes não são, em absoluto, soli^ citados a prestar informações), mas no canal que êle oferece para disseminar idéias s informações que a US tem interesse era divulgar. Sua ação pode também ser útil para promover os inte_ rêsses soviéticos. Os agentes de influência são mais te encontrados entre jornalistas, políticos e homens comumeja públicos que podem exercer influência era sua terra, ou contam com larga audiência para seus programas ou publicações. Eles não ficam necessariamente sujeitos ao mesmo tipo de controlo que os agej| tes do espionagem e a consciência de sua colaboração com o SIR variará de um indivíduo para outro. 0 SIR ^stá preparado para dispender consideráveis quantias para comprar os préstimos des 6R AMfKK> X9.ATAi.4/li,p a. - 6 - sas pessoas o explorar devidamente suas ambições como um impor_ tante elemento de persuasão para levá-las a atuar de acordo com os interesses soviéticos. Quando necessário, o SIR distribui falsas informações ao agente de influência, para estimulá-lo a atuar da forma desejada» Como os agentes desse tipo não violam leis, não necessitam das complicadas comunicações clandestinas usadas pelos agentes espionagem. de Eles são, portanto, muito mais difíceis de detec- tar, visto que as suspeitas que recaem sobre um indivíduo cons_ tituem algo muito diferente da evidência, que não pode ser ob_ tida por falta de provas. Muitas vezes, pessoas cujas atividja des beneficiam a US não podem ser classificadas como de qualquer natureza. 2m conseqüência, os agentes de cia bem sucedidos podem ser muitíssimo mais perigosos agentes influ&n do que um uspião que vende segredos militares. Um bom exemplo das operações subversivas soviéticas em um país subdesenvolvido (BIRMÂNIA) KAZNACHEEV intitulado está contido no livro de ALEDSANDR "Dentro de uma embaixada soviética" (?). 0 autor, que trabalhara para o KGB, afastou-se da organização na BIRMÂNIA, 19595 *• descreveu o grupo político dedicado à iri teligência na embaixada soviética de RANOOON da seguinte forma: "A inteligência política foi encarregada de encontrar vas condições e características adequadas para a no guerra fria naquela área, onde os tradicionais processos diploma ticos falhavam o onde algo menos que a incessante e impie_ dosa interferência nos assuntos internos redundaria em fracasso, tendo em vista os objetivos políticos da URSS.O objetivo inicial das operações de inteligência foi pene- trar o subverter os regimes locais, mediante direta e ati va participação na luta entre os diferentes Partidos Poli ticos. A coleta e análise de informações tornou-se, para eles, encargo apenas secundário. Simultaneamente, tou introduzir agentes soviéticos de confiança em teri pontos estratégicos dentro da estrutura do Partido e todos esses esforços procuravam dar à inteligência soviética a oportu nidade de influenciar as políticas partidárias no sentido mais bonéfico aos interesses do governo soviético. A ou tra face desse jêgo político foi a incansável luta contra &K AM,£|0 )ÍJ.0.TA|.1/J3,p. OL - Tas forças e líderes anticomunistas, numa tentativa de is£ lá-los e desmoraliaá-los. Por meio das minhas traduções de materiais de inteligênoia, ou pude apreciar o grande vigor e * presistência do pessoal de inteligência na con quista de seus objetivos." Efetivo e Camuflagem 0 imenso número de tarefas envolve um exérsito de res. trabalhado- Hão há estimativas precisas sobre o efetivo global do KGB, mas oertos números parciais foram fornecidos por reoentes A 1 B Diretoria-Geral, que controla o trabalho e£ terno da UNlXO SOVIÉTICA, tinha, em 1961, um efetivo total de 500 funcionários de todos os níveis. 2* desertores. 0 7* Departamento da Diretoria-Geral, que supervisiona turistas na US, tem 88 fun cionários e emprega mais de 1.000 agentes que trabalham em re_ gime de tempo integral. (Comparando, uma recente estimativa do número da pessoas %ue trabalham no Ministério de Exteriores (MPA) Assuntos acusou um total máximo de 1.300 pessoas). 0 problema da camuflagem que esse exército apresenta no exte- rior é formidável e talvez seja mais lícito afirmar que o dis farce do KGB envolve as Embaixadas, ao invés de apoiar-se ne- las. Em HELSINKI, em I96I, por exemplo, dois terços do ai da Embaixada estavam * serviço do KGB. pesso_ No RU, verificou-se que a reclamação de PETROV de que cerca de um terço dos princi pais elementos da Embaixada trabalhava para o deira. SIR, era verda- A concentração de funcionários de inteligência em pos tos diplomáticos é ilustrada pelo fato du que, em LONDRES, 50$ dos diplomatas acreditados foram identificados como elementos dos SIR e, posteriormente, outros 25$ ficaram sob suspeição de o serem. Na eidade do MÉXICO admita-se só haver três tas genuínos, na cúpola da Embaixada. diploma- Na NIGÉRIA, numa Missão de 24 membros, seis são conhecidos como elementos do inteligSn oia. Tal concentração de funcionários do KGB significa quo uma boa gama dos negócios de uma Missão soviétioa normal é ine_ vitàvelmente efetuada por êles# contrar diplomatas baixadores. 0 MPA tom dificuldade em "genuínos" para preencher os cargos de enem Dentre 86 embaixadores sujas carreiras são suficl entemente conhecidas, 14 haviam sido funcionários de inteligên O. -8 - cia G outros 11 eram tidos como tais ou como seus colaboradoros. Conclusão 18. Esta é o quadro de um "GovSrno verdadeiramente invisível", sem paralelo fora do mundo comunista, em concepção,organização e amplitude. Alguns de seus sucessos no campo da espionagem tornaram-se conhecidos} sua força oculta no oampo mais dos assuntos exteriores, tanto na política quanto no amplo terreno das operações, é ainda desconhecida, ou muito mal apreciada no Ocidente. BR M,R\o X9.0-TAI-V 3 3 , 0 . SEG- URO ANIZAÇXO DOS SERVIÇOS DS INTSLIOÈNCIA DA US AN g X O o; s i R B T : OS SÜRVIÇOS PS IMÜLIGSNCIA SUBORDINADOS Identificação de Membros das Residências Legais As seguintes são algum«s das características que indicam que um diplomata ou funcionário, soviético ou de países satélites, pode 1. ser um elemento da inteligência: Características "baseadas nas dificiências do sistema de camuflagem: •». Transferências aparentes, de um Ministério ou organização, para outro; b. Sucessão de funcionários de inteligência na mesma função ; c. Promoções rápidas, especialmente com permanência no mesmo local| d. Promoção retardada além do tempo habitual| e. Rebaixamento; f. Mudança de função| g. Prestação de serviços, por tempo «normalmente longo ou cur to, num determinado posto; h. Padrão de vida em desacordo com o padrão normal; i. Falta de conhecimento dos d&veres ostensivos, ou erros na execução desses deveres; j. Relações sociais com funcionários do postos muito difereii tes, e empregados e pessoal alienígena} 1. Utilização de meios de transportes destinados,pela Embaix^ da ,aos residentes legais; ra. Tendência da associação com funcionários de inteligência, nos períodos de folga. 2. Características baseadas na execução dos serviços do inteligência; a. Trabalho na embaixada além das horas normais,especialmente à noite, e ausência do escritório quando lá deveria estar 8K M,K\0 X9.o.7AI.VÍL3f p. - 2 - por força do dever} b. Saídas com colegas, durante as horas de trabalho no escri^ tório; c. exploração de locais pouco freqüentados e partes remotas da cidade e suas redondeaas, especialmente durante os pri meiros meses do sua assunção no cargo; excursões em torno de acessos aos objetivos militares e outros; d. Adoção de medidas de contra-informação; e. Sxpedições isoladas a lugares de repouso ou diversões; cul_ tivo de largo círculo de relações com os habitantes,inclu sive com aquelas pessoas que interessam à inteligência} f. Contatos sociais com pessoas estranhas, evitando os cionários soviéticos ou de países satélites, cuja fun- condi- ção de filiados ao KGB seja conhecida; g. Visitas a navios, da US ou de países satélites, ancorados no porto; h. Coleta de jornais técnicos, periódicos e outras publica- ções que não tenham relevância para suas funções oficiais ostensivas; i. Associação com funcionários subordinados aos elementos do SIR existentes na Missão; j. Ligações com o PC local; 1» Administração e repatriação de emigrados; m. Demonstração de autoridade não compatível com a posição que ocupa; n. Simulação de desconhecimento de um idioma que domina; o. Freqüente utilização de linguajar velado ao telefone; p« Cuidado em evitar a rotina nos hábitos diários; q. Relutância era ser fotografado; r. Domínio acima da média de idiomas estrangeiros; s* Acesso a áreas restritas da Missão; t. Presteza para entrevistar estrangeiros, sera a presença de um membro da cúpola da Missão. As seguintes características aplicam-se apenas ao pessoal su- bordinado: a» Gastos acima da média, com freqüentes procuras de cont^ tos em restaurantus de luxo; b» Ocupação de alojamentos demasiado custosos; G* Aquisição de carro privado ou de materiais luxuosos para 6* AAJ,RíO X3.0.TA>-1/a.3,p. 5 ^ a. - 3- sua casa, antes que seus colegas que chegaram antes tenham podido fazê-lo5 d. Posição do destaque ou do secretário nas organizações comu nistas da Missão| e. Recebimento de correios diplomáticos. BR. AN,ft£? Xe.0.TM.l/2.ltf.(3P O. ORGANIZAÇÃO SOS SERVIÇOS DE INTELIGÊNCIA DA US A N I] X O £ O ATAQUE DA INTELIGÊNCIA SOVIÉTICA SOBRü OS MSMBROS DAS MISSQj"S DIPLOMÁTICAS SEDIADAS ,JM MOSCOU lf Recente evidência,fornecida por fonte provadamente fidedigna, serviu para dar nova ênfase à grande importância atribuída pe_ Io Comitê de Segurança do Lstado (KGB) à penetração nas Mis soes Diplomáticas sediadas em MOSCOU, principalmente como moio de obter agentes que poderão, mais tarde, ser explorados em qualquer parto do mundo, especialmente os que retornam seus Departamentos do origem. aos Os Serviços de Inteligência dos países satélites manifestam interesse idêntico pelas Missões Diplomáticas em outras capitais situadas atrás da Cortina de Perro e deve ser recordado que HOUGTON, que agora cumpre pena « de prisão por haver fornecido informações navaiB ao KGB na IN GLATSRRA, foi originalmente recrutado polo Serviço do Intoli gência Polonês. 2. Desnecessário se torna dizer que 03 Serviços de Inteligência da US o dos países satélites estão ativamente empenhados no orutamento de funcionários estrangeiros, procurando re aprovei- tar todas as oportunidades que se lhes oferecem, porém que é nos postos atrás da Cortina de Perro que as tendências e o comportamento desses oficiais podem ser mais perfeitamente ob servados. A intensidade dos esforços do KGB pode ser medida pelo fato de que uma seção do KGB, com cerca de dez funciona rios bem treinados, está exclusivamente dedicada a pesquisar as possibilidades de recrutamento dentre os membros da Embai xada Britânica em MOSCOU. Esses dez funcionários são engaja dos no exame das informações existentes sêbre os membros Embaixada o que são obtidos,tanto pela pesquisa como por meio dos empregados domésticos daqueles * da sistemática elementos, como, ainda, pela técnica da escuta clandestina em suas aco- modações normais. A fonte informante enfatiza que o KGB con bd AN,RrO X3.0.7AI.1/Z3,p.(>1 - 2 - sidera de grande valor este tipo de informação no seu plane 32. mento para iniciar os contatos com os funcionários estrangeiros. 3. No caso de Embaixadas de valor ao menos equivalente ao da OTAN, o KGB tem interesse no recrutamento de pessoal de todos os níveis, desde o embaixador, ao porteiro. Sobro muitos dos membros, a organização já dispõe de considerável dossiê logo eles chegam n, MOSCOU. tão Tais dossiês podem ter sido compi^ lados de informações oriundas das Residências do KGB no de origem do visitante. país Sabe-se, também, que os PC locais têm contribuído durante anos a fio com muitas informações de cora patriotas hostis ou simpatizantes, para os arquivos do Comitê Central do PCUS. Os que falam russo merecem a atenção espeoi ai do KGB, que se interessa pelos estudantes do idioma russo, mesmo nas universidades mais secundárias do mundo não comunis_ ta. Deve ser admitido que tão logo chega a MOSCOU, qualquer membro de uma Missão estrangeira fica sob ativa e continuada observação, como um recrutamento era potencial. Se um determi^ nado elemento apresenta sinais promissores para o fim visado, seu caso provavelmente é entregue a ura funcionário de gência bastante experimentado, que devota seu tompo inteli^ a essa conquista, podendo contar oom toda a sorte de colaboração exi^ gida pelas circunstâncias. Se o recrutamento tem lugar, po£ teriormente o KGB não hesita em enviar o funcionário recrutai! te a qualquer parte do mundo para manter contato com o novo agente, desde que haja uma explicação satisfatória para a sua viagem. 4* Jamais nossas fontos de informações trouxeram à luz tantos dos surpreendentes processos novos empregados pelo KGB contra membros das Missões Diplomáticas. os Qualquer simpatia ideológ^ ca com o Comunismo é bem explorada. 0 KGB conta cora um corpo de agentes de ambos os sexos, especializados em intoligência, quo se esforçam em converter era simpatia para o atual regime qualquer interesse demonstrado pelos oficiais estrangeiros s£ bre a ciência ou a cultura dos russos. Além disso, o prooes so básioo é o de tentar comprometer para, pos toriorràonte,chari tagear as pessoas, o que é feito pela exploração de seus apetites sexuais, normais ou anormais, sua ambição e conseqüente 6R /W,R|0 X3.0.TAM/23,p. a. - 3 - interesso em participar das atividades do mercado negro, ou pe_ Ia exploração de ofensas por acaso cometidas contra os regul^a mentos de sua própria Embaixada, ou contra as leis soviéticas. 0 KGB dispõe, claramente, do uma perfeita apreciação de susce_ tibilidades dos mais recentes membros das Embaixadassque podem ser solteironas, solteiros ou homens casados separados de suas famílias o cuja vida em MOSCOU tende a tornar-se aborrecida. A obtenção de evidências fotográficas constitui uma importante parte da técnica de fazer chantagem, especialmente nos que envolvem relações sexuais ilícitas. casos 0 recente caso VASSALL é uma eloqüente ilustração,tanto dos processos utilizados,como da sua eficiência. 0 tempo de aproximação e o grau de refinamento utilizado pelo KGB variam de acordo com a natureza da missão em perspectiva. Nuci extremo está o caso de um representante oficial do Ocideri to, que foi abordado por um agente do KGB numa barreira de MOJS COU, para fins de recrutamento. 0 agente retirou de seus bol_ sos o cartão de identidade e outros documentos que haviam sido deixados inadvertidamente acessíveis e ameaçou denunciar sua imprudência aos seus superiores hierárquicos, caso ele se recu sasse a cooperar com o KGB. No outro extremo da escala fica o caso de um recente membro da Embaixada Ocidental, um emprega do cuja família não havia seguido para MOSCOU. Ele foi surpre_ undido num quarto de hotel com uma jovem russa, quo era nista em sua Embaixada. telefo_ Cinco anos decorridos, quando esse ein pregado estava novamente em sua pátria, o KGB julgou oportuno lembrar-lhe o incidente o, sob ameaça, lograr o seu rocrutamen. to. Este segundo caso ilustra um ponto comum a muitos outros contja tos feitos pelo KGB. 0 alvo, uma vez comprometido,pode julgar que ficou a salvo, até que, oportunamente, o KGB demonstra seu Srro de julgamento. Muitas vezes, por não haver participado sou comprometimento original a seus superiores, o indivíduo vi sado v*-se em muito mais embaraçosa situação para fazê-lo anos mais t*rde. 0 comprometimento em atividades do mercado negro a em bando tem sido usado com sucesso contra os correios cos. contra- diplomáti 0 KGB está permanente e vivamente interessado em inturfe 6R AN, RIO X9.0.T/U. 1/23,p. - 4rir com as malas diplomáticas, embora se veja inibido,muitas vezes, polo temor ao escândalo o às represálias. Não obstante, há alguns anos, uma operação particularmente audaciosa foi raoii tada, quando um oorroio foi atraído a um encontro um MOSCOU, por um funcionário do KGB que passava como americano. Ele ofe_ receu ao Coríeio uma substancial soma em dólares, para não pe_r ceber que, durante uma parada no Aeroporto de MINSK, as malas diplomáticas seriam temporariamente removidas e substituídas por imitações, para que não houvesse transtornos com a nhia transportadora* compa- Durante essa entrevista, o Correio foi convidado a examinar as notas que lhe estaYam sendo oferecidas e, enquanto os maços do dólares estavam em suas mãos, um ageii te tirou várias fotografias, ganhando condições para exercer maior pressão contra ele. 0 interesse do KGB, naturalmente, não se limita a Embaixadas de vulto equivalente ou maior do que a da OTAN, situadas MOSCOU. Todas as Embaixadas e outras organizações oficiais ou semi-oficiais constituem alvos para sua penetração. larmente em (mas não exclusivamente) Particu no caso das embaixadas dos países afro-asiáticos e latino-americanos, o KGB concede espe_ ciai atenção às autoridades mais antigas, incluindo o chefe da Missão, uma vez quo os agentes recrutados nesse nível podem ser usados não apenas para fins de informação, mas para exerce_ rom influência política favorável à U S , quando retornarem a seus países. Em adição, os estrangeiros quo vivem na U S , ciontistas visitan tes, homens de negócio, jornalistas, estudantes, artistas, e^s portistas, turistas e membros de delegações de todos os podem conduzir à seleção de agentes em potencial. Os tipos, cientis^ tas o teenólogos ficam situados numa categoria muito especial, desde que possam, mesmo inadvertidamente, propiciar ções valiosas ao KGB. informa- 0 KGB faz todo o possível para que so ocorra, o que é ilustrado pelo recente caso do uma ção Científica Ocidental, cujos membros haviam recebido Delegaexausj tivas instruções prévias sobre o problema da segurança das formações que possuíam. is in Enquanto inspecionavam várias instala ções soviéticas, todos eles evitaram fazer comparações ou çar paralelos com instalações ocidentais equivalontes. tra Contu do, a delegação recebeu um carro para um passeio por MOSCOU, a- 6R AN, Rio X9.0.TAM/& - 5 - pôs a visita. Um microfone foi camuflado na viatura o o chofe do KGB logrou obter, por êsso meio, todas as informações que desejava. embora os métodos usados pelo KGB possam ser tradicionais, seu uso sistemático, persistente o imaginoso continua a bons rusultados. produzir 0 KGB não se sente desencorajado por cassos eventuais e considera que um recrutamento bom justifica uma dúzia de contatos infrutíferos. fra- sucedido Os contatos de_ pündem, para seu êxito, de uma vasta coleta de informações S£ bre as características pessoais o os hábitos do indivíduo visa, do. Os agentus de nívul mais baixo, como os empregados doméj» ticos ou serventes das embaixadas, que não têm acesso às infor_ maçoes classificadas, podem contribuir para o sucesso final, pois, se prestam serviços satisfatórios, permanecem por anos a fio em seus trabalhos e ganham a confiança de seus patrões. sucessivos Deles, o KGB pode obter uma série de informações mais íntimas sobre os diplomatas e pessoas ligadas a Slos» 0 principal esforço do KGB fica concentrado em MOSCOU, onde as oportunidades são maiores, mas na verdade, onde quer que o KGB esteja representado fora da RÚSSIA, as informações são conti- nuamente coletadas sobre os elementos das embaixadas, Missões Militares, Missões Comerciais, organismos culturais, Agências noticiosas o organismos internacionais, como a OTAN, a ONU,etc. e suas Agências especializadas. Embora as operações do KGB neste campo sejam mais onipresentes, não deve ser esquecido que o Serviço Militar de (GRU) também ó extremamente atuante. Informações 2 sabido que êle se eu gaja em cultivar relações com as autoridades das Embaixadas em MOSCOU a cora visitantes estrangeiros na US, também com o objetivo de recrutar seus agentes. Ele não está menos interessado que o KGB nos membros das Missões estrangeiras fora do territô rio soviético. Suas operações são paralelas às do KGB, sendo feito para evitar confusões,principalmente pela tudo estreita ligação dos dois Serviços nos escalões de mesmo nível. A reali dado é que não há fundamento para que se possa admitir que o GRU constitui ameaça menor do que o KGB, tendo em vista a segu rança do mundo não comunista» gfc Art.fW X3.ô.TAM/Z3 ( p.é>5 ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE INTELIGÊNCIA DA US A N g X O D. A VIGILÂNCIA SOBRE TURISTAS ESTRANGEIROS M 1. US, PELO KGB Recentes desertores soviéticos forneceram detalhadas informa- ções sobre a máquina que foi desenvolvida pelo Comitê de rança do Estado Segu (KGB), para a vigilância sobre o crescente nú moro de turistas estrangeiros que visitam a US. levado número de turistas, o KGB viu-se forçado Devido ao ena abandonar suas pretensões de contro-lá-ílos individualmente, a todos,e pas^ sou a adotar um sistema de seleção, de acordo com o tipo de iii formações de que necessita a com base na identificação dos ele mentos chegados ao país# Atualmente, tanto quanto possível,os turistas são motivados para viajar em grupos, quo são mais fá ceia de controlar, sendo de notar que foram severamente limitai das as autorizações para os que viajam em carros particulares. 2. 0 interesso do KGB é tanto defensivo, quanto ofensivo-, ó diri gido tanto para o recrutamento potencial, como para a neutrali_ zação dos elementos hostis. 0 KGB examina os passaportes de todos os turistas, para detectar aqueles quo possam ter acesso aos alvos da organização ^ra seus países de origem e, ao mesmo tempo, pesquisa seus prontuários, para definir os que têm qual quer conexão com órgãos de inteligência ou políticos, hostis. 3. A maioria dos turistas pode ser persuadida a aceitar os pas- seios convencionais, oferecidos pelas agências de turismo, exterior, representantes da INTOURIST. no Esse fato assegura que a massa dos turistas viajará pela US em grupos, sob o controle dos guias e intérpretes soviéticos. Os demais turistas são obrigados a apresentar seu itinerário previsto, quando solici» tam os vistos diplomáticos, ou quando entram na US, o que capa cita o KGB a colocá-los sob observação especial, quando fôr oaso» o Bfc AN,KlO Xâ.0.TAI.1/a3,p.b& « - 2 - O 7 Q Departamento da Segunda Diretoria-leral do KGB C rosponsá_ vel, exclusivamente, pelo controle o "exploração" de turis- tas oriundos de países não comunistas, exceto ISRAEL. Há outres Departamentos distintos na Diretoria, para efeito do controlo sobre diplomatas;, homens de negócio, correspondentes da irapreri sa, delegações, etc. 0 7° Departamento está organizado com 88 funcionários de operações, compreendendo seis seções. A pri_ meira Seção oncarrega-se apenas dos turistas britânicos, cana denses e americanos} a segunda,, dos turistas da.s demais nacionalidades; a quinta Seção investiga os cidadãos soviéticos que mantém contatos não autorizados cora turistas estrangeiros e as demais seções estão relacionadas com a administração geral,pia nojamento e meios. No início de 1964» o Departamento empregou mais de 600 agentes rogulares, na US, e cerca de 28 agentes ox_ ternos, principalmente própriotários ou empregados de agências no exterior. Em adição, o KGB conta com a colaboração de tros 600 cidadãos que, em virtude de sua posição, não ou podiam ser convidados para se tornarem agentes rogulares, mas se dispju seram a prestar auxílio eventual. 0 7 9 Departamento, na sua missão de controlar turistas, é au- xiliado pelas seguintes organizações associadas: a. Escritórios do KGB, no nível governo e em níveis inferiores, os quais tem sua própria rede de agentes para contre^ lar os turistas na área de 3ua jurisdição; b. INTOURIST, incluindo suas agências locais; c. Direção de empresas aéreas (ACROFLOT) e ferroviárias do país; d. Pontos de Controle de passaportes; o. Gerentes de hotéis, restaurantes, locais campostres, museus, etc. f. 0 K0NS0M0L o os "DRUZHINIKI", policiais voluntários. No estudo da personalidade, preferências « vulnerabilidades dos turistas, o 7* Departamento conta, além dos agentes, intérpre tes e guias, com substanciais recursos em artifícios técnicos. Nos principais hotéis de turistas, em MOSCOU, todos os telefo nes podem ser facilmente postos sob controle e grande número dos apartamentos são preparados de forma a propiciarem controle visual ou fotográfico de seus ocupantes. Em alguns, são (*. - 3- instaladas câmaras infravermelhas, que facultam fotografias,raeS_ mo no escuro. Nos restaurantes freqüentados pelos turistas,há microfones instalados em determinadas mesas, para as quais suspeitos são sempre encaminhados. No os "Hotel Nacional", das as mesas são providas de microfones conectados a um to- ponto do escuta, onde o operador pode estabelecer ligação do uma mesa para outra e gravar qualquer conversação de interesse• Há dis_ ponibilidade da rádio-transmissores portáteis, quo sao montados, com arte, em cinzeiros, pedras, etc. a podem ser usados com se_ guranr.a sobre quaisquer mesas, ou para captar conversações du- rante reuniões ao ar livre. 0 7° Departamento dispõe, também, de Pontos de Controle das C_o_ municações Operacionais, independentes, interligados a Pontos da mesma natureza situados nas províncias, o que capacita uma estreita colaboração de trabalho entre o Departamento « os fun cionários locais do KGB. A medida que os turistas são passados de uma unidade local do KGB para outra, o 7 o Departamento é irne^ diatamente informado disso « do local onde se efetuou essa pas. sagem. Polo que foi dito, vê-se que o KGB tem possibilidade de envol- ver os turistas em sua rede humana e de artifícios técnicos,de modo a conhecer todos os seus movimentos ou oontatos o a poder submeter suas vítimas a provocações, ou a surpreendê-las no cur so de atividades comprometedoras. A finalidade de todo controle é a fabricação de pretextos para interrogar a ou forçá-la a confrontar-se diretamente com o KGB» esse vítima, As técnicas mais usuais consistem no envolvimento da pessoa visada om relações sexuais extra-conjugais, ou na prática do homossexualismo, ou no mercado negro, ou, ainda, em infrações diversas, ou no transporte de manuscritos ou cartas para o exterior. A finalidade da atenção do KGB, contudo, pode não ser o metimento imediato, mas a continuação de estudos já de longa data sSbre a pessoa visada. compro iniciados Neste caso, o turista de ser conduzido a contatos com agentes que lhe são de po interês so, por motivos profissionais, ou outros, o que so empenham na continuidade do estudo sobre a personalidade visada. Muitas vê zes, o KGB cria, para determinado elemento, oportunidades de BR. AM,K»0 X3.0.TAI. 1/13,^8 - 4participação no mercado negro, ou da encontros amorosos, plesmente para observar aua reação em cada caso, sim- Quando a pojB soa visada retorna à Pátria, os representantes locais continuam a observá-la, até que haja disponibilidade do KGB de maté- ria para efeito de uma decisão sobro a conveniência e os modos de abordá-la, tendo em vista seu recrutamento. Os turistas que não são objeto de uma atenção especial do KGB fican, uerap^e, sob a vigilância de seus guias, que estão ins- truídos para comunicar qualquer fato anormal, tal como ausên cia no cumprimento da programação, excursões isoladas, ou tatos sociais com cidadãos soviéticos comuns. cori Se tais altera ções se tornarem incômodas , o KGB pode acionar pessoas compe- tentes, que, utilizando um dos processos acima descritos, neix tralizam as atividades do suspeito, podendo, mesmo, expulsá-lo do país. Eventualmente, o KGB utiliza-se de drogas, para pro vocar indisposições passageiras em suas vítimas. Devido à sua mobilidade, os motoristas particulares podem sar sérias dificuldades ao KGB. cau atualmente, o número desses mo toristas está sendo severamente restringido, sob alegação limitação dos locais de hospedagem e outras facilidades sou conforto. da para 0 Departamento Técnico do KGB está tentando d<e senvolver um dispositivo eletrônico capaz do assinalar a posi_ çao do um automóvel onde quer que ele se encontre, uma voz ins_ talado no mesmo. Lntrementes, sobre as principais rotas turís ticas, são estabelecidos postos fixos de observação, que infor_ mam sobre os movimentos de motoristas estrangeiros. Os turistaB, na US, têm, portanto, possibilidades rauito limita das para movimentarem-se livremente ou estabelecer contatos si_ gilosos com os cidadãos russos. Todos os contatos que reali - zam podem levar os seus interlocutores a ficar sob a observa çao do KGB. Os turistas que se mostram mais audaciosos ficam em evidencia e comumente sofrem, logo, os efeitos das medidas de repressão. Quando o KGB suspeita de que determinado turis_ ta é portador de cartas que deverão ser lançadas no correio da US, providencia para que, durante a inspeção da bagagem, na Al_ fândega, seja lançado um pé especial, que impregna as mãos do turista e se transfere para tudo o que ele manuseia. pó 2sse BR M,f?IO XS.O.TAM/iS;p. OU - 5- é detectado pelas máquinas instaladas nas agSucias do Correio o pelas quais toda a correspondência I processada. 0 KQB tom um programa para recrutamento de agentes o colaboradores em número compatível com o crescente aumento dos turistas; com o posteri^ or desenvolvimento dos dispositivos técnicos, apesar do aumento no número de turistas que afluem ao país, ele pelo menos eonsejr vara sua capacidade atual para controlá-los. Se isso não fôr possível, é presumível que o número de turistas será artificia]^ mente reduzido, como já ustá sendo levado a efeito com desejan entrar dirigindo carro particular. os que BR Mi,RW X9.0.TAM/JLS f p. o. ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE INTELIGÊNCIA DA U3 ANEXO E UTILIZARAO DE NAVIOS MERCANTES PELOS 1. S I R SrJbu-So da existência do Postos de Observação da Diretoria de Intel igêmia do Estado-Maior da Armada nos principais portos s£ viéticos, como LENINGRADO e ODESSA, cora a finalidade de instru ir os funcionários da inteligência que embarcara nos navios mer_ cantes soviéticos como tripulantes, ou para receber seus rela- tórios. 2. Os SIR também mantêm frotas especialmente equipadas, para tar informações sobre navios dos países potencialmente cole_ hostis, para estudar o patrulhamento costeiro por navios e aviões, a de_ fesa anti-submarina, as questões referentes a manobras,as rotas de aviões que operam sistemas de "larme e a localização e fre_ qüências das estações de rádio. 3« Um desertor, há "lguns anos, distinguiu, ora quatro catego- rias, os funcionários da inteligência que trabalham nos navios mercantes: 4* a. Funcionários militantes do GRU, especialmente treinados. b. Jovens funcionários subraarinistas. o. Funcionários do serviço hidrográfico. d. Funcionários e pessoal do Serviço Técnico de Rádio. De acordo com a mesma fonte informante, os funcionários do usara, como cobertura normal, a designação para qualquer a bordo, exceto as de comandante e médico. GRU função Esses elementos são equipados com câmaras e binóculos e, aparentemente, são encarre_ gados da observação visual dos trabalhos realizados nos diferen tes portos e das instalações portuárias. Eles costumara tirar fotografias e, quando desembarcam, levam suas máquinas. Recebem dinheiro para comprar jornais ou publicações looais que apreseii tem matéria informativa sobre a capacidade e as possibilidades •L - 2 - dos portos. Sao muito hábeis om confundirem-se com os elemen- tos da tripulação, para asconderem sua verdadeira identidade fun cional• 5. Os BUbmarinistaSjdü idade entre 24 u 30 «.nos, são engajados trabalho por um ano. no Sua função principal está relacionada com o treinamento de navegação e, em parte, com o trabalho visual, semelhante ao já descrito acima. São mais facilmente idontifí. caveis, porque usam roupas civis "à moda militar", isto é,pale_ tós abotoados, chapéu bem colocado na cabaça, etc. e nao rela- xam om sua apresentação pessoal, como ocorre com os marinheiros comuns. Possuem passaportes novos, da marítimos, nos quais as fotos astão borradas, ou são reproduções de velhas fotografias, ao invés de novas ou recentes. 6. Em junho, 1956, funcionários hidrográficos foram lotados nos na vios mercantes para execução de um programa cartográfico três anos. de 0 programa original deve ter sido completado há mui^ to tempo, mas o trabalho hidrográfico não foi interrompido, pe_ Io que vale a pena recordar as características dos funcionários quo a ele se dedicam. 7» Os funcionários hidrográficos recebera a graduação de estudantes, ou cadetes, o que é uma cobertura muito frágil, visto como eles desfrutam de privilégios não concedidos aos cadetes (vestem rou pas civis, usam o refeitório dos oficiais de bordo e recebem s^a lário mais elevado). 8. Esses elementos podem ser reconhecidos por seus passaportes vos de marítimos, que, ao contrário dos pertencentes aos no mari- nheiros regulares, apresentam registros de muitas viagens,porém, de cada voz, em um navio diferente. Verifica-se, também, ura intervalo de trinta dias ou mais, entre viagens, quando um mari^ nheiro comum não permanece mais que dez a vinte dias num mesmo porto. 9. Os navios que levam funcionários hidrográficos podem ser reco- nhecidos pela rotação continuada da antena de radar, independen temente das condições atmosféricas, e pela utilização do equipa mento de detecção pelo som,por perídos contínuos de seis ou te horas. A antena do radar ó conservada om uso constante se on- BR A*,M X9.(?.TAl.Va.3(p.>2. o- - 3 - quanto o funcionário hidrográfico fotografa a tela do radar. Uma característica distinta desses funcionários é a posse de um tipo ospecial de tripé pesado, sobre o qual monta sua câmara. 0 Serviço Técnico de Rádio é usualmente constituído por um gru po de um ou dois oficiais e dois a três auxiliares. Para efeito de cobertura, os oficiais passam como oficiais du "bordo. Seu uquipamento inclui antenas especiais, fitas gravadoras e peças sobressalentes. 0 pessoal traja vestes civis, de russa, a qual, como no caso dos submarinistas e dos rios hidrográficos, os coloca em evidência. fabricação funciona - Eles também em passaportes novos, que registram apenas uma ou duas isoladas. possvi viagens Consta que o nível de segurança entro o pessoal de postos secundários do Serviço nao é muito elevado. Os oficiais da marinha pertencentes ao GRU não só são introduzi_ dos em navios cargueiros soviéticos, como em navios de carreira, como o EUROPA. "POBEDA", que realiza cruzeiros turísticos em redor Uma equipe do Serviço Técnico de Rádio do da "POBEDA" tem as seguintes atribuições, dentre outras: a. Tipos de estações de rádio encontradas} b. Localização exata das estações? c. Freqüências utilizadas; d. Sinais de chamada das estações de rádio o dos faróis. Quando os navios soviéticos que transportam pessoal da inteli- gência estão em portos estrangeiros, o material comprometedor, como antenas, filmes virgens e fitas de gravação,sao dos no cofre do Capitão. Os oficiais da inteligência armazenatranspor tara duas câmeras, para iludirem aquelas autoridades portuárias que proibem fotografias e insistem em selar existentes. todas as câmeras Uma câmara ó entregue, e a outra permanece escond^ da. Instruções aos Comandantes de Navios Mercantes Em adição ^o que constou acima, os Comandantes de navios mercan toa têm ordem de obter os seguintes tipos de informações: a. Cartas náuticas; b. Fotografias e detalhes sobre os equipamentos portuários: X9.0.TA\.*/&tç. gR AN,RIO - 4m c. Tipo de cargas despachadas nos portos visitados e seu dejj tinoj d. Navios mercantes, ou de guerra, ancorados nos portos visjL tadosj e« 14. Encontros, durante o percurso marítimo. Tais informações são encaminhadas, pelos comandantes de navios, ao Departamento de Informação do Escritório do jmbarques Civis dos portos soviéticos, que sao chefiados por funcionários da in teligencia do CRU, camuflados em Inspetores du embarque do pe_s soai civil. 0 KGB nos Navios Mercantes 15» De acordo com o Comandante de um navio soviético, desertor em 1961, o KGB está amplamente infiltrado na Marinha Mercante So viética. No porto de KALININGRAD, terra natal desse desertor,o PC do KGB está no Departamento Marítimo, que organiza o traba- lho de infiltração o faculta apoio o facilidades aos funcionários dessa organização. 16. Na Agência Marítima de KALININGRAD não há funcionário ostensiva mente pertencente ao KGB, mas esto tem domínio sobre a direção do Departamento de Pessoal o usa seus escritórios, às vezes, p ^ ra entrevistas diversas. 17» A quinta, ou Seção Secreta da Agência Marítima, foi responsável pelas cifras e pelo pessoal delas encarregados nos navios reconhecida como uma organização do KGB. e é Todos os oficiais que operam cifras nos navios soviéticos pertencem ao KGB5 como seu trabalho raramente ocupa todo seu tempo, eles recobom, também,a função de "funcionário político" do navio que os transporta . Pode-se admitir, portanto, que, exceto possivelmente nos navios da grande tonelagam, o funcionário político é, sempre,um olenen to do KGB. Seus deveres, segundo o desertor, são limitados segurança interna no seio da tripulação. 0 funcionário polít^ co aparece na lista de tripulantes como o Primeiro Oficial; verdadeiro Primeiro Oficial aparece como à o "Oficial em Chefia" . Se ambos os títulos não constarem de uma lista da tripulaçãojpo, da-se admitir que não existe um funcionário político no navio . 6* /W,*I0 ^9.0.^1.1/^9-4ou - 5- Nesse caso, o oficial das cifra3 será, certamento, o. representante do KGB. 18. Como comandante, o desertor tinha de preencher questionários pa_ dronizados, que continham exigências como as que se seguem: a. Estudo dos pilotos estrangeiros, para obter informações s£ bre seu passado, sua carreira, sua família e suas tendên- cias políticas e, inclusive, para obter suas fotografias } b. Obter, dos pilotos, informações acerca das cargas que trans_ portou em outros navios que dirigiu; c. Reunião de informações acerca do procossamonto de documeri tos em portos estrangeiros} d. Informações sobre instalações portuárias, embarques, etc.} e* Conservar os membros da sua tripulação sob controle, para relatar sobre a moral de cada qual e, ora caso do depressão, para evitar deserções (Neste caso, a ordem era para ati- rar no fugitivo). 19» 2 sabido que o GHU - e, presumivelmente, também o KGB - qua lifica seus elementos como tripulantes de navios mercantes para facilitar a efetivação de contatos clandestinos em outros ses. • paí-