22 de julho de 2011
O conteúdo das matérias é de inteira responsabilidade dos meios de origem
A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico
e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira
TRIBUTAÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO DEVE SUBIR 100%
Intenção é estabelecer royalty de 4% depois que o Congresso aprovar leis.
Governo Dilma decide implantar modelo similar ao do petróleo; cada mineral vai
ter sua alíquota redefinida
Após dois anos de negociações internas, o governo praticamente concluiu o novo marco
regulatório da mineração e decidiu fazer mudanças que devem desagradar às grandes empresas.
Com as mudanças, discutidas ontem por Dilma Rousseff com Edison Lobão (Minas e Energia), a
intenção é aproximar o modelo de cobrança de royalties na mineração ao do setor de petróleo.
Dois projetos de lei estão quase prontos para envio ao Congresso logo após o recesso parlamentar.
Um trata do novo código de mineração e da criação da agência reguladora. O outro cuida do
cálculo da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), espécie de royalty
da mineração. O governo está decidido a mudar as alíquotas da compensação. Serão estabelecidos os
royalties para cada minério via decreto. A hipótese considerada hoje mais forte por setores do
governo é fixar um teto de 10% sobre o faturamento da empresa.
Depois de aprovada a nova lei, o governo estuda publicar imediatamente decreto definindo os
royalties. O mais provável é que o incidente sobre o ferro suba de 2% para 4%. Haverá nova alíquota
para cada minério. Em alguns casos, ela pode cair.
FATURAMENTO BRUTO
O projeto também muda a base de cálculo da compensação, que passará a incidir sobre o
faturamento bruto da mineradora, e não sobre o líquido. Em outros casos, serão usados os valores
do minério cotado em Bolsa.
A expectativa é acabar com o conflito de interpretação que suscitou a crise com a Vale que,
segundo o governo, deve R$ 4 bilhões em royalties. A empresa contesta judicialmente a cobrança.
A Vale usava em sua contabilidade gastos com transporte interno dentro da mina como fator redutor
do pagamento da CFEM.
Outra mudança que o governo quer encampar é a cobrança de participação especial nas
jazidas altamente lucrativas, como a Folha noticiou há três semanas. A medida deve afetar grandes
empreendimentos - em torno de 25% de todas as minas concedidas. O foco serão as grandes
empresas.
A idéia do governo é ter participações sobre minas estratégicas como um sócio.
Com a aprovação do novo marco regulatório, o setor estima um aumento de 150% na arrecadação de
CFEM. Segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral, o país arrecadou em 2010 R$ 1,1
bilhão, 46% mais em relação a 2009. A estimativa para este ano é de R$ 1,3 bilhão.
Fonte: Folha de São Paulo, 20/07/2011
YAMANA DEVE INVESTIR R$ 600 MI EM GOIÁS
A mineradora Yamana Gold, que trabalha principalmente na prospecção e extração de ouro,
planeja investir R$ 600 milhões em três projetos em Goiás, nos municípios de Pilar de Goiás, Alto
Horizonte, Crixás e Guarinos. A companhia, braço brasileiro da Yamana Gold Inc, com sede em
Toronto, Canadá, não confirma oficialmente os investimentos, por se tratar de uma empresa de
capital aberto e ser obrigada a fazer um comunicado oficial para acionistas e imprensa.
Uma comitiva de representantes da Yamana, liderada pelo presidente do conselho da
mineradora, Antenor Silva, foi recebida em audiência pelo governador Marconi Perillo na última
sexta-feira, ocasião em que ficou acertada a assinatura de protocolo de intenções da companhia com
os municípios que vão receber os novos projetos. O evento está marcado para próximo dia 22.
Entre os projetos, o de Pilar de Goiás se encontra na fase de desenvolvimento e tem
investimentos previstos de R$ 391 milhões. Trata-se de uma mina subterrânea. De acordo com a
Yamana, a decisão de construir o empreendimento foi tomada em meados de 2010, com base nos
resultados de um estudo de viabilidade e estimativas iniciais das reservas de ouro do município. A
projeção é que o projeto seja responsável por uma produção média anual de 120 mil onças de ouro.
O início da produção é aguardado para meados de 2013.
Em Alto Horizonte, a Yamana planeja desenvolver o projeto Suruca, uma área de ouro
localizada a apenas seis quilômetros de distância do projeto Chapada, mina de ouro e cobre
explorada pela Mineração Maracá, empresa do grupo. O projeto Suruca está estimado em R$ 129
milhões. A Mineração Maracá produz concentrado de cobre e já vendeu 1 milhão de toneladas do
minério até 2010.
Como toda a produção de concentrado de cobre é destinada às vendas externas, o projeto
Chapada tornou Alto Horizonte o principal município exportador de Goiás. A Maracá é responsável
por 39% dos postos de trabalho formais do município Ainda em Alto Horizonte está previsto o
projeto CIL, de ampliação das atividades da Mineração Maracá.
Projeto Caiamar
O projeto Caiamar será implantado nos municípios de Crixás e Guarinos, e prevê uma mina
subterrânea para exploração de ouro. Em Goiás, a Yamana opera ainda em Fazenda Nova, com a
Mineração Bacilândia. A mineradora atua na Bahia, Argentina e Chile.
Segundo Marconi, o governo trabalha para tornar Goiás um parceiro da iniciativa privada no
desenvolvimento de projetos que garantam o pleno desenvolvimento da atividade de mineração. Na
semana passada, o secretário de Indústria e Comércio, Alexandre Baldy, afirmou, durante reunião
com empresários na Federação das Indústrias do Estado (Fieg), que dentro dos próximos quatro anos
o setor mineral goiano deve dobrar a produção.
Fonte: O Hoje
Data: 13/07/2011
CHANGES TO NATIONAL INSTRUMENT NI 43-101: STANDARDS OF DISCLOSURE
FOR MINERAL PROJECTS
On June 30, 2011 amendments to National Instrument 43-101 Standards of
Disclosure for Mineral Projects (“NI 43-101”) become effective. There will be an
updated and more flexible rule (“New NI 43-101”) in place for mining issuers.
New NI 43-101 reflects issuer and regulator experience with NI 43-101, and
changes in the mining industry that have occurred over the years.
New NI 43-101 allows issuers to go to market without a technical report in most circumstances
Under New NI 43-101, the trigger to file a technical report when filing a preliminary short
form prospectus (“Short Form Prospectus”) has been relaxed. It is currently the case that an issuer
must file a technical report in connection with a Short Form Prospectus, if the Short Form Prospectus
contains new material scientific or technical information not contained in a previously filed technical
report. This trigger is easy to hit: either because an issuer clearly has new scientific or technical
information; or, an issuer is unsure if the securities regulators will agree that its technical reports on
SEDAR are current at the time the Short Form Prospectus is filed. The result being issuers usually
have to file at least one technical report in connection with a Short Form Prospectus.
With New NI 43-101, an issuer must file a technical report with a Short Form Prospectus if the
Short Form Prospectus discloses, for the first time, mineral resources, mineral reserves, or the results
of a preliminary economic assessment that constitutes a material change in relation to the issuer, or
a change in this information, if the change constitutes a material change in relation to the issuer. The
securities regulators have said that in most cases, they think that first time disclosure of mineral
resources, reserves, or the results of a preliminary economic assessment on a property material to
the issuer will constitute a material change in the affairs of the issuer. Note that if disclosure of this
information was made within 45 days of filing the Short Form Prospectus, and no technical report
was filed in support, then a current technical report would have to be filed with the Short Form
Prospectus.
Currently, if an issuer were describing for the first time a material property in a Short Form
Prospectus (with or without a resource or reserve estimate or preliminary assessment), the issuer
would be required to file a technical report at the same time as filing its Short Form Prospectus.
Under New NI 43-101, the issuer would not have to file a technical report to support the scientific or
technical information at the same time as the Short Form Prospectus, unless the Short Form
Prospectus disclosed for the first time mineral resources, mineral reserves, or the results of a
preliminary economic assessment that constitutes a material change, or a change in this information,
if the change constitutes a material change.
New NI 43-101 should result in significantly less technical reports being filed in connection
with Short Form Prospectus offerings. Also, these changes remove a significant uncertainty as to
whether securities regulators reviewing the Short Form Prospectus would consider previously filed
technical reports still current and suitable to support disclosure in the Short Form Prospectus. Issuers
should therefore be able to access markets more quickly, and with less uncertainty about the
outcome of the regulatory review, under New NI 43-101.
New NI 43-101 changes how historical estimates are treated
The definition of historical estimate has changed under New NI 43-101. It now means “an
estimate of the quantity, grade, or metal or mineral content of a deposit that an issuer has not
verified as a current mineral resource or mineral reserve, and which was prepared before the issuer
acquiring, or entering into an agreement to acquire, an interest in the property that contains the
deposit.” There is no longer a calendar date (i.e. Feb 1, 2001) to make an estimate historical under
New NI 43-101.
If an issuer treats the historical estimates as historical and complies with New NI 43-101, no
technical report will be triggered (this has remained the same as under NI 43-101). What has changed
under New NI 43-101, is the time limit for filing a technical report when an issuer treats historical
estimates as current. Under New NI 43-101, the time limit has been extended to six months, subject
to the caution set out below.
New six month time limit to file technical report and related pitfall
Under New NI 43-101, issuers will have up to six months to file a technical report (subject to
the caution set out below), when the issuer discloses information that requires a technical report to
be filed under New NI 43-101 in a document that would not otherwise immediately trigger a
technical report (eg. press release), and the disclosure is, among other things, supported by a
technical report filed by another issuer that holds or held an interest on the same property. The
document would contain first time disclosure by the issuer that acquired the interest in the property
of mineral resources, mineral reserves, or the results of a preliminary economic assessment that
constitutes a material change in relation to the issuer.
Issuers should be aware that it will be easy to have the six month deadline in mind and forget
that it can be shortened if an issuer hits another trigger to file a technical report under New NI 43101 before the six months is up. For example, in the context of an acquisition, if an issuer discloses, in
a press release for instance, resource estimates on a property it is set to acquire, and that
information constitutes a material change in the affairs of the issuer, under New NI 43-101 the issuer
has six months from the date of the press release to prepare and file its own technical report on the
property, as long as there is a technical report on SEDAR that supports that information. However, if
the issuer then includes this information in an information circular or annual information form (“AIF”)
one month later, the six month deadline is shortened to the date it files its information circular or
AIF. These are not the only examples when the six month deadline will be abridged. An issuer must
be aware of all of the triggers that will shorten this time period as set out in New NI 43-101.
Changes related to qualified persons (“QPs”)
More flexibility in disclosure of scientific or technical information
Currently, all disclosure of scientific or technical information made by an issuer must be
prepared by or under the supervision of a QP. Under New NI 43-101, this scientific or technical
information is no longer required to be prepared or supervised by a QP, as long as it is approved by a
QP. For example, an issuer disclosing scientific and technical information taken from a technical
report in a news release would no longer be required to name the QP author in the news release as
having prepared or supervised the information. New NI 43-101 allows, as an alternative, a QP
employee of the issuer to be named as approving the content in the press release.
QP consent requirements are more relaxed under new NI 43-101
Some changes in New NI 43-101 that facilitate QP consents include:
(i)QP consents are limited to parts of the technical report that the QP prepared;
(ii) QP consents must identify the disclosure that it supports;
(iii) in-house QP can approve later disclosure (see example below); and (iv) updated QPconsents and
certificates are not required where issuers rely on previously filed technical reports and there is no
new material scientific or technical information (see example below).
Regarding subparagraph (iii) above, this means issuers are not required to get the original QP
that prepared a technical report to sign off on technical information that is based on that technical
report and presented in a later disclosure document. For example, if an issuer filed a technical report
in connection with resource estimates disclosed in a press release, and the issuer then uses that
same information in their AIF, the issuer does not need to name the author of the original technical
report as having prepared or supervised the preparation of the technical disclosure in the AIF.
Instead, they can get their own in-house QP to review and approve the disclosure
Regarding subparagraph (iv) above, this means that if an issuer already has a technical report
on file that supports scientific or technical information in a document the issuer is now filing (eg.
press release, AIF, information circular, takeover bid circular, offering memorandum, etc.), and there
is no new material information on the property (i.e. the technical report is still current), no technical
report is triggered under New NI 43-101. Therefore, no additional QP consents are required.
Consequential amendments to short form prospectus distributions
In addition to NI 43-101, the prospectus rule NI 44-101 Short Form Prospectus Distributions
(“NI 44-101”) requires QPs to be named in the Short Form Prospectus as experts, and requires a
written consent from those named QPs. Currently, issuers spend a lot of time trying to locate QPs for
written consents when it comes time to file a Short Form Prospectus, or final short form prospectus if
they are relying on a previously filed technical report. This often proves challenging, as QPs are
frequently in remote locations and difficult to locate.
Consequential amendments to NI 44-101 also to come into effect June 30, 2011, allow issuers
to file expert consents of the QPs by an authorized signatory of the company that employed or
employs the QP instead of the QP himself or herself, if the qualified person’s consent is required in
connection with a technical report that was not required to be filed with the Short Form Prospectus,
the qualified person was employed by a person or company at the date of signing the technical
report, and  the principal business of the person or company is providing engineering or
geoscientific services. A consent filed under the proposed amendments to NI 44-101 must be signed
by an individual who is an authorized signatory of the person or company. Also, this individual must
fall within the definition of “qualified person” (which has been revised) under New NI 43-101, except
for the requirement to have experience relevant to the subject matter of the mineral project and the
technical report.
Other changes related to QPs
New NI 43-101 contains other changes related to QPs. These include not requiring
independence for QPs when preparing technical reports for issuers listed on certain exchanges upon
becoming a reporting issuer in Canada, and the expansion of foreign codes allowed to be used in
technical reports and other disclosure, by foreign issuers or Canadian issuers with foreign properties.
In addition, the list of acceptable associations for QPs has been revised under New NI 43-101.
New NI 43-101 tailors technical reports to the stage of development of project
The technical report form under New NI 43-101 is less prescriptive and gives more discretion
to the QP on form content details. Under New NI 43-101, the technical report content requirements
are different, depending on the stage of development of the subject property. For example, there are
different requirements for illustrations in technical reports under New NI 43-101 for “exploration
project,” “advanced properties other than properties under development,” and “properties under
development or in production”.
The “advanced property” definition is new, and means: “a property that has (a) mineral
reserves, or (b) mineral resources the potential economic viability of which is supported by a
preliminary economic assessment, a pre-feasibility study or a feasibility study”.
In reality, however, when preparing the content of technical reports, there are four levels of
development of mineral properties recognized, each with different allowances and requirements
under the new technical report form: (i) exploration without mineral resources, (ii) exploration with
mineral resources, (iii) advanced properties and producing properties with a planned material
expansion, and (iv) producing properties with no material expansion planned (see below).
Under New NI 43-101, producing issuers are exempt from including economic analysis in technical
reports on properties currently in production, unless the technical report includes information on a
material expansion of current production. This will provide relief to producing issuers who often do
not want to provide this sensitive information in publically available technical reports.
Other changes under new NI 43-101
Issuers holding royalty interests will be exempt under New NI 43-101 from filing technical
reports if the owner or operator of the property is a reporting issuer in Canada. Producing issuers
listed on a specified exchange who have disclosed scientific and technical information that is material
to the royalty holder will also be exempt under New NI 43-101.
In addition, gross value of metal or mineral in a deposit or a sampled interval or drill
intersection is prohibited under New NI 43-101. As well, metal or mineral equivalent grade for a
multiple commodity deposit, sampled interval or drill intersection is prohibited, unless the grade for
each material or metal used to establish the equivalent grade is also disclosed.
Finally, there are other small changes in New NI 43-101 that, together with the changes
described in this article, should make New NI 43-101 more flexible and easier to deal with for issuers,
once issuers understand how to take advantage of these changes.
For more information on this topic, please contact: Laurel M. Petryk
[email protected]
Associate, Vancouver Office
By Laurel M. Petryk
Fonte: PDAC e-News and Activities
June 30, 2011 - No. 80
DESAFIOS DA PESQUISA NACIONAL
Goiânia — Para onde caminha a ciência brasileira? É inegável que nos últimos anos a
produção nacional cresceu a olhos vistos. Pesquisadores tupiniquins tiveram seus trabalhos
publicados nas principais publicações especializadas, as novidades surgidas nos laboratórios do país
contribuem cada vez mais para o progresso mundial e o Brasil se tornou o 13º maior produtor de
ciência do mundo. No entanto, mais do que simplesmente discutir as últimas descobertas, a 63ª
Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que terminou ontem em
Goiânia, mostrou que uma posição de maior destaque traz mais responsabilidade e exige respostas
eficazes para os dilemas científicos nacionais.
Depois de décadas de atraso, o Brasil entrou nos últimos anos no mapa científico mundial. No
entanto, como em diversas áreas, há muita desigualdade a ser corrigida. A inconstância de recursos,
a distribuição desigual da verba para as diversas áreas e as inconsistências legais são algumas das
questões apontadas como mais urgentes pelos pesquisadores reunidos no maior encontro científico
da América Latina. “Essa foi uma oportunidade de pautar o Poder Público e a sociedade sobre as
questões da ciência que merecem mais atenção. De botar a ciência como uma questão central em
um país que se desenvolve agora”, afirma Helena Nader, presidente da SBPC.
Tratar a ciência e a tecnologia como uma prioridade de Estado será essencial para manter e
melhorar a trajetória positiva. A maioria das leis que regem o setor é dos anos 1970 e 1980, quando a
produção de conhecimento não tinha nem de longe o peso e a importância da atual. “Uma medida
provisória flexibilizou as licitações das obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas, por se tratar de
uma emergência nacional. Ora, acreditamos que a ciência é uma emergência nacional”, compara
Helena Nader.
Um dos entraves mais graves, segundo os cientistas, está na aplicação da Lei nº 8.666 (Lei das
Licitações). Segundo a legislação, para um universidade federal, por exemplo, adquirir um novo
equipamento deve fazer a tomada de preço em três fornecedores e comprar o mais barato,
desconsiderando a qualidade. “Prevemos que as aquisições e contratações em projetos científicos
não passem pela 8.666, mas por uma nova lei que dê prioridade à qualidade. Se queremos estar
entre os melhores, precisamos oferecer o mínimo de qualidade para nossos pesquisadores”,
argumenta o advogado Breno Rosa, que preside um grupo de trabalho criado por secretarias
estaduais de ciência e tecnologia e por entidades locais de fomento à pesquisa.
Compromisso social
Outro problema a ser resolvido é a disparidade entre as condições de pesquisa dos diversos
setores. Enquanto a produção nacional em setores como aviação, tecnologia espacial, pesquisa em
câncer, desenvolvimento de tecnologias agropecuárias e ambientais está entre as mais avançadas do
mundo, outras áreas permanecem relegadas ao segundo plano, como a pesquisa linguística, as
ciências humanas em geral, as artes e a produção de ciência pura, ou seja, aquela que estuda os
aspectos mais básicos do saber.
Para o pesquisador da unidade baiana da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz)
Mitermayer Galvão dos Reis , esse desequilíbrio surge nas próprias instituições de fomento. “Os
órgãos de avaliação das pesquisas utilizam como parâmetro apenas questões como a publicação
em revistas de ponta, deixando de lado o impacto social do que é produzido”, reclama o
pesquisador. “Desenvolvemos um exame para confirmar com mais rapidez os casos de leptospirose.
Quem disse que isso seria aceito em uma revista de ponta? No entanto, é de extrema importância
para a população que sofre com o problema”, reclama.
Isso significa que, além de lidar com suas desigualdades internas, a comunidade científica
precisa trabalhar para eliminar as que afligem toda a sociedade. Isso fica claro na área da saúde.
“Temos que promover pesquisas de doenças ligadas à pobreza, que não tem tanta visibilidade
científica, mas que afligem milhões de pessoas”, diz a coordenadora de fomento e avaliação de
tecnologias em saúde do Ministério da Saúde, Márcia Motta. Entre os males que recebem pouca
atenção, ela lista a malária, a dengue e a febre amarela.
O problema que Mitermayer Reis e Márcia Motta apontam chama a atenção para o perigo de
focar excessivamente no reconhecimento dos grandes periódicos. A conquista de espaço em
publicações de renome é obviamente positiva.
No entanto, a forma com que a seleção de projetos é organizada hoje, baseada nessas
publicações e desconsiderando aspectos como transferência de tecnologia, diálogo com a sociedade
e impacto social do que será desenvolvido encoraja os cientistas a trilhar apenas caminhos mais
conservadores.
“As avaliações dos projetos são construídas de tal forma que induzem os pesquisadores a
trilharem caminhos já conhecidos e se aventurarem pouco em novidades”, opinou Evando Mirra,
ex-diretor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em
conferência na quarta-feira.
Falta inovação
Essa postura tem seu preço. Apesar de ser a 13ª maior potência científica do mundo, o
Brasil ocupa a 46ª posição no ranking de inovação científica. Na conferência que fez no encontro de
Goiânia na terça-feira passada, o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, citou o
exemplo do estudo sobre a copaíba, conhecida por suas propriedades medicinais. “O Brasil tem 76
publicações nos indexadores internacionais (sobre a árvore), mas não há no país uma só patente
relacionada a ela. Nos Estados Unidos, há 17 pedidos de patentes da copaíba”, alertou.
Para transformar o que é pensado na academia em produto nacional, será preciso romper
com o conservadorismo e com uma cultura de desconfiança mútua entre cientistas e empresários.
“No mundo todo, o lugar de inovação tecnológica é a empresa. No Brasil, é o contrário”, afirma
Leverson Lamonier, coordenador de inovação da Confederação Nacional de Jovens Empresários.
Fonte: Correio Braziliense
Data: 16/07/2011
EXPORTAÇÕES DE MINÉRIO DE FERRO DO BRASIL PARA A CHINA CRESCERAM
120% EM VALOR DE JANEIRO A JUNHO
As exportações brasileiras de minério de ferro processado ou em bruto para a China
cresceram de Janeiro a Junho 120% em valor para 8,6 mil milhões de dólares, de acordo com dados
divulgados em Brasília pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio.
O minério de ferro foi, de longe, o produto mais exportado pelo Brasil para a China, sendo que
em termos globais o Brasil exportou no primeiro semestre minério de ferro no valor de 18 mil
milhões de dólares, um crescimento homólogo de 90%.
A imprensa brasileira afirma que na base deste aumento exponencial esteve a alteração
introduzida na fórmula de cálculo do preço do minério de ferro que deixou de ser válida para todo
um ano em benefício de uma outra válida por um período de três meses.
Fonte: Macauhub
Data: 15/07/2011
CUSTO DA ENERGIA INVIABILIZA NOVOS INVESTIMENTOS NO BRASIL, DIZ ALCOA
Klaus Kleinfeld, principal executivo da Alcoa, maior fabricante mundial de alumínio, fez uma
rápida passagem por Brasília na quarta-feira, mas com tempo suficiente para deixar uma mensagem
contundente ao governo brasileiro: o país tem de remover barreiras que travam novos investimentos
na indústria de alumínio. O custo elevado da energia é apontado como o principal deles. A mudança
no código de mineração, que pode levar a aumento na taxação de royalty sobre a extração de
bauxita, a matéria-prima básica, é outro ponto crítico. A tarifa de energia cobrada no Brasil para
indústrias e empresas eletrointensivas é "absolutamente não competitiva" para produção de
alumínio, disse o executivo. "Atualmente, se paga mais de US$ 70 o MWhora no país; dez anos atrás
esse valor estava em US$ 27", exemplificou. O valor médio pago pela Alcoa no mundo é de US$ 35 o
MWhora.
Esse assunto foi um dos temas tratados por ele com dois ministros brasileiros - Fernando
Pimentel, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e Edison Lobão, de Minas
e Energia, além de um representante do Itamaraty. Um encontro também foi tentado com a
presidente Dilma Rousseff, profunda conhecedora da questão energética no Brasil, pois foi ministra
do MME no primeiro governo do presidente Lula. Mas não houve espaço na agenda de Dilma.
A importância dessas questões trouxe o executivo pela primeira vez à capital brasileira. Ele
chegou no avião particular da companhia antes do sol raiar. No final da tarde já embarcava para
Belém (PA), onde jantou com as altas autoridades do governo paraense. Pela manhã partiu para o
Suriname. Foi justamente no Pará que o grupo acabou de fazer investimentos de US$ 2 bilhões, na
abertura de uma nova mina de bauxita, Juruti, localizada em plena Amazônia.
O aumento da taxa de royalties na mineração de bauxita afetaria justamente os planos de
expansão dessa mina, que tem reservas para 100 anos e poderia quadruplicar seu tamanho no
futuro. "Investimentos US$ 2 bilhões, começamos a operar há menos de dois anos e ainda não
estamos tendo o retorno desse capital". Para Kleinfeld, isso soa como quebra de regras
estabelecidas. "E como ficaria a credibilidade do país? Diante disso, valeria a pena continuar
investindo no Brasil?".
O executivo aproveitou a viagem para reforçar a importância do grupo interministerial que o
governo está montando para criar, no prazo de 90 dias, um pacote de medidas para a indústria de
alumínio no país, conforme publicou o Valor na semana passada. "Essa é uma medida extraordinária,
a qual apoiamos. Vamos trabalhar juntos com esse grupo", afirmou. Só falta a publicação de uma
portaria de governo oficializando a decisão.
Na produção de alumínio, a energia tem peso crucial: responde por 25% a 35% do custo. No
Brasil, tem ficado acima desses percentuais, o que já forçou o fechamento de duas fundições do
metal: uma em 2009, pela Vale, e outra pela Novelis, em 2010.
Para ganhar competitividade na produção no país, desde 2001 a multinacional americana do
alumínio investiu em quatro hidrelétricas, junto com outras empresas industriais. Isso já lhe garante
70% de autosuficiência e até permite iniciar a substituição gradual da energia da Eletronorte que
supre sua fábrica no Maranhão.
Mas a companhia luta há vários anos para obter a licença de duas outras concessões: Santa
Isabel, no rio Araguaia (no Norte), e Pai-Querê, no Sul do país. "Isso nos daria 100% de energia
própria e aumentaria nossa competitividade", disse o executivo.
Atualmente, no Brasil, apenas a CBA, da Votorantim Metais, conta com um índice acima disso:
tem cerca de 80% de energia oriunda de hidrelétricas próprias.
A Alcoa do Brasil, reforçou Kleinfeld, é uma parte muito importante da Alcoa mundial.
"Estamos aqui há muito tempo e apenas nos últimos dez anos investimos US$ 4,9 bilhões. Temos seis
mil funcionários e acreditamos que o país vive um momento de muitas oportunidades, mas a
conversa com os representantes do governo é para ver a melhor forma de aproveitar essas
oportunidades", afirmou, pouco antes das reuniões. O grupo chegou ao país em 1965 e instalou sua
primeira fundição em Poços de Caldas (MG).
Esses recursos foram aplicados na expansão de uma refinaria de alumina no Maranhão (US$
1,6 bilhão), na abertura da mina Juruti e na construção de quatro hidrelétricas (US$ 1,25 bilhão),
feitas em consórcio com outras empresas industriais e elétricas.
Nos anos 80, a companhia, em consórcio com a BHP, investiu alto na construção da Alumar,
em São Luís (MA), estimulada pela oferta da energia a custo competitivo da hidrelétrica de Tucuruí. O
contrato foi renovado em 2004 e vai até 2024. Devido a vários fatores, como o câmbio, o custo dessa
energia já passa de US$ 70 o MWhora. A Alumar faz 450 mil toneladas de alumínio ao ano e 3,5
milhões de toneladas de alumina.
O executivo evitou compromissar um valor de investimento no país caso essas barreiras sejam
removidas, mas lembrou que as novas fronteiras de projetos no setor passam por regiões de energia
barata. Na Europa, inaugurou um projeto em 2007 na Islândia. No momento, com o governo e
investidores da Arábia Saudita monta um megaprojeto de quase US$ 11 bilhões naquele país. A
energia, a preço bem competitivo - ninguém revela a tarifa, mas é algo bem abaixo de US$ 30 o
MWhora -, valor considerado o teto competitivo da indústria.
"O Brasil não estaria totalmente em desvantagem, pois dispõe de expressivo potencial
hidrelétrico e outras vantagens, como jazidas de bauxita de excelente qualidade [é a terceira maior
reserva do mundo], mas tem de aproveitar melhor esse potencial", afirmou Kleinfeld.
A companhia chegou a avaliar investimento na hidrelétrica de Belo Monte, mas o custo da
obra, conforme verificou, deixaria a tarifa fora de competitividade para suprir uma nova fábrica de
alumínio. A Alcoa cogitava uma nova fundição no Pará ou mesmo a duplicação da Alumar. O
montante de recursos era estimado em pelo menos US$ 5 bilhões na época - dois anos atrás.
Kleinfeld disse que a empresa vislumbra novos investimentos no país no segmento de
produtos acabados de alumínio para capturar mercados importantes como o de embalagens, chapas
para latas de bebidas, materiais para a indústria aeroespacial - "a Embraer já é uma importante
cliente nossa" -, de construção civil e da indústria de transportes.. "Estamos muito entusiasmados
com as oportunidades nessa área e precisaríamos pensar em montar novas instalações para atender
esses mercados".
No Brasil, a Alcoa obteve receita bruta de US$ 1,6 bilhão no ano passado e produziu 350 mil
toneladas de alumínio em duas fundições - Poços de Caldas e São Luís (Alumar). Na fábrica de
alumina da Alumar tem 54% de participação, com 1,9 milhão de toneladas de capacidade de
produção/ano.
Kleinfeld, nascido em Bremen, Alemanha, e filho de um engenheiro aeroespacial, foi indicado
para o conselho da Alcoa em 2003. Em abril do ano passado, ele tornou-se chairman e CEO da
companhia, substituindo Alain Belda, depois de ter sido presidente e principal executivo de
operações (COO) a partir de outubro de 2007. Antes da Alcoa, o executivo teve uma carreira de 20
anos na Siemens.
Fonte: Valor Econômico
Data: 15/07/2011
SAMARCO É ELEITA A MELHOR MINERADORA DO BRASIL EM 2011 PELA REVISTA
EXAME
A recuperação da demanda por minério de ferro no ano passado, sobretudo
devido ao apetite da China, fez as vendas da Samarco saltarem 111%
A Samarco foi eleita a melhor empresa de Mineração do Brasil em 2011 pelo prêmio Maiores
e Melhores da Revista Exame. De acordo com a revista, a empresa apresentou o melhor desempenho
econômico-financeiro entre as mineradoras nacionais e foi a que mais contribuiu com produtos e
serviços para a sociedade no último ano.
A recuperação da demanda por minério de ferro no ano passado, sobretudo devido ao apetite da
China, fez as vendas da Samarco saltarem 111%. Foi o melhor resultado da história da companhia,
controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton.
No ano passado, a empresa atingiu uma produção recorde de 23,4 milhões de toneladas, um
crescimento de 34% em relação a 2009. De um ano para o outro, a receita bruta mais do que dobrou,
passando de R$ 2,8 milhões para R$ 6,3 milhões. Houve recorde também no embarque, que passou
de 21,3 milhões de toneladas em 2009 para 22,5 milhões em 2010, um crescimento de 27%. Além
disso, foram investidos R$ 83,9 milhões em projetos de gestão e proteção ambiental.
Fonte: Agazeta
Data: 14/07/2011
ANTONIO ANASTASIA E MMX ANUNCIAM INVESTIMENTO DE R$ 4 BILHÕES EM
MINAS GERAIS
O governador Antonio Anastasia e o presidente do grupo EBX, Eike Batista, assinaram, nesta
terça-feira (12), no Palácio da Liberdade, protocolo de intenções para investimento de R$ 4 bilhões
pela MMX Mineração e Metálicos no Complexo de Serra Azul, no Quadrilátero Ferrífero (próximo a
Brumadinho). Durante as obras, serão gerados 5,5 mil empregos diretos e 13,7 mil indiretos. Após a
conclusão das obras serão criados 600 empregos diretos.
O Governo de Minas assinou protocolos com o setor de mineração, nos últimos 15 dias, que
somam mais de R$ 7 bilhões em investimentos no Estado. Na semana passada, o governador Antonio
Anastasia assinou com a BHP Biliton, maior mineradora do mundo, protocolo de intenções que prevê
investimentos de R$ 3,7 bilhões nos municípios de Ouro Preto e Itabirito, com a geração de 1,1 mil
empregos diretos e outros 1,1 mil empregos indiretos.
Momento positivo
Para o governador Antonio Anastasia, o Estado vive momento muito positivo no setor mineral
e deve aproveitar a oportunidade para gerar empregos e oportunidades aos mineiros, sem perder de
vista o respeito ao meio ambiente e o desafio de agregar mais valor aos produtos minerais.
“Nós temos que aproveitar essa onda positiva, porque esses investimentos representam
empregos de qualidade em Minas Gerais, representam investimentos que vão gerar também
infraestrutura e vão se desdobrar na logística. E a logística representa, também, o apoio não só na
mineração, mas para outras atividades econômicas, não só portuária como também ferroviária. Sem,
claro, perder de vista o processo permanente de agregação de valor aos nossos produtos. Minas já se
orgulha de ter toda a cadeia produtiva, da produção do minério até a produção de automóveis. E
vamos continuar trazendo empresas que têm esse perfil econômico”, disse o governador Antonio
Anastasia.
Mineração sustentável
Durante a solenidade, Antonio Anastasia destacou ainda o papel das grandes mineradoras
com a sustentabilidade da atividade mineral.
“A mineração séria é feita de modo sustentável, com requisitos, com determinações legais.
Tanto a MMX, como grandes outras, são empresas internacionais, de grande respeitabilidade, que
naturalmente estão tomando todas as cautelas e obedecendo a legislação na sua inteireza, para que
não haja nenhum prejuízo ambiental. No mundo inteiro existe mineração, não só no Brasil, mas
também nos Estados Unidos, Austrália, África, no Canadá, e em todos esses países a mineração se dá
como aqui, agora. Ou seja, em caráter de sustentabilidade. E esse é um patrimônio importante que
temos de preservar, mantendo o equilíbrio entre a situação econômica e ao mesmo tempo a
preservação do meio ambiente”, afirmou o governador de Minas.
Expansão da MMX
A expansão do Complexo de Serra Azul permitirá à MMX o aumento da capacidade de
produção de minério de ferro dos atuais 8,7 milhões de toneladas por ano para 24 milhões de
toneladas por ano. Os investimentos também incluem a implantação de uma correia transportadora
com 10 quilômetros de extensão, ligando a mina ao ramal da MRS Logística, onde a MMX também vai
instalar um terminal ferroviário, uma adutora, linha de transmissão de energia e um pátio de
estocagem.
Além de investimentos na expansão da Unidade Serra Azul, a MMX prevê investimentos de
mais de R$ 1,5 bilhão na implantação da Unidade Bom Sucesso, em Bom Sucesso, no Centro-Oeste
mineiro. No total, a empresa planeja investir R$ 5,5 bilhões em Minas Gerais.
Capacitação
A companhia vai incentivar suas prestadoras de serviço a também contratarem trabalhadores
locais. A MMX está desenvolvendo um programa de capacitação de trabalhadores, em parceria com
o Senai, para atender à demanda das obras de implantação.
Os R$ 4 bilhões serão investidos no decorrer deste e dos próximos três anos. Para alcançar
uma produção anual de 24 milhões de toneladas, a MMX vai construir uma das maiores e mais
modernas usinas de beneficiamento de minério de ferro do mundo. Será também a primeira usina de
beneficiamento de itabirito compacto do país.
A MMX vai construir este modal para reduzir a utilização do transporte rodoviário, eliminando
cerca de 260 mil viagens de caminhões entre as operações da empresa e os terminais ferroviários. De
acordo com o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), desenvolvido para este projeto, a MMX vai, ainda,
reduzir o consumo de combustíveis fósseis, a emissão de gases poluentes e evitar o consumo de 12
mil pneus por ano.
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do projeto foi feito pela Brandt Meio Ambiente,
empresa independente responsável pelo inventário social, ambiental e econômico da região onde
serão implantadas as novas estruturas da MMX. De acordo com o EIA, os impactos negativos da
implantação do empreendimento foram avaliados como “pouco expressivos” ou “inexpressivos”.
O terminal ferroviário terá capacidade para embarcar 24 milhões de toneladas por ano e fará
a integração entre a mina e os trens da MRS, que levarão o minério até o Superporto Sudeste. A
MMX está finalizando a aquisição deste porto, localizado em Itaguaí, litoral sul do Rio de Janeiro.
Com essa aquisição, a MMX se coloca na posição de empresa consolidadora da região de Serra Azul,
uma das mais tradicionais em mineração de Minas Gerais.
Responsabilidade Ambiental
Como toda atividade mineradora, a atuação da MMX modifica a paisagem da região. Para
esse projeto, toda a região de Serra Azul passou por uma completa análise socioeconômica e
ambiental, que apontaram os caminhos para a viabilidade da expansão. As áreas com perdas
ambientais serão recuperadas ou terão o impacto minimizado.
O bom aproveitamento da água é prioridade para a MMX, por isso 85% da utilização desse
recurso no processo é de água recirculada. Para repor as perdas no processo, será feita captação no
rio Paraopeba. A MMX também investe em estudos de aproveitamento de rejeitos do processo
minerário em elementos de outras cadeias produtivas, bem como a reciclagem de resíduos do
processamento.
Fonte: Defato online
Data: 13/07/2011
COMPANHIA PREVÊ PREÇO DO MINÉRIO DE FERRO ACIMA DE U$ 150 POR
CINCO ANOS
O preço do minério de ferro continuará acima de US$ 150 por tonelada por pelo menos cinco
anos, segundo a Vale, maior mineradora mundial do produto.
A previsão de preços altos de Guilherme Cavalcanti, diretor de finanças do grupo minerador, é
a mais recente no debate sobre as perspectivas do mercado de minério de ferro, que vêm
polarizando analistas e investidores.
Usado na produção de aço, o minério de ferro é a maior fonte de lucro para os três grupos
líderes na mineração: BHP Billiton, Vale e Rio Tinto. Se a previsão da Vale estiver correta, seria de se
esperar que as ações das três empresas apresentem forte valorização.
Perguntado por quanto tempo espera os preços acima de US$ 150 por tonelada, Cavalcanti
disse "pelo menos nos próximos cinco anos", argumentando que as mineradoras terão dificuldades
para atender a demanda em alta da Ásia. Sua previsão, em entrevista de vídeo para o "Financial
Times", vai contra o pensamento geral.
As ações da BHP, Vale e Rio Tinto estão sendo precificadas levando em conta previsão de forte
queda nos preços. As ações da BHP, Vale e Rio Tinto estão sendo precificadas levando em conta
previsões de forte queda nos preços do minério referencial entregue à China, do valor quase recorde
de US$ 174 para US$ 100 ou menos por tonelada, talvez já em 2012, segundo analistas.
Há, no entanto, cada vez mais pessoas acreditando que os preços continuarão em um patamar
elevado por vários anos, já que o aumento nos custos e problemas de atrasos e logística vêm
impedindo as mineradoras de elevar a oferta de forma suficiente. "Há uma grande desconexão entre
os valores das ações e as previsões de preços de referência", afirmou Melinda Moore, analista de
commodities do Credit Suisse. "Acho que as pessoas ainda estão acreditando que haverá muita
oferta no próximo ano ou no seguinte."
Na semana passada, a Vale reduziu em 10% sua meta de produção de minério de ferro em
2015, enquanto a BHP revisou as estimativas de custo para um grande plano de expansão na
Austrália Ocidental.
Outras mineradoras menores também enfrentam atrasos e cancelamentos em projetos, por
motivos que vão desde a falta de mão de obra capacitada ao custo de infraestrutura em torno às
novas minas.
A Sinosteel, estatal chinesa produtora de metais, anunciou em junho a suspensão dos
trabalhos em um projeto de minério de ferro de US$ 2 bilhões na Austrália, por contratempos no
desenvolvimento da infraestrutura.
"Há uma pletora de problemas que estão causando um desempenho fraco no lado da oferta",
disse Colin Hamilton, analista de commodities, da Macquarie. "Colocar novos projetos de minério de
ferro no mercado está mais difícil do que nunca."
A lentidão no desenvolvimento de novos projetos de minério de ferro significa que o mercado
será obrigado a depender das pequenas mineradoras chinesas da commodity para atender a
demanda, dizem analistas.
As ações do setor de mineração também estão sob pressão pelos receios quanto a uma
desaceleração na demanda chinesa por commodities. Cavalcanti, no entanto, disse que a Vale não
detectou nenhuma desaceleração nas vendas de minério de ferro ao país: "Continuamos vendendo
tudo o que produzimos."
Fonte: Portosenavios
Data: 7/07/2011
FERTILIZANTES
Setor quer reduzir dependência das importações
Na abertura do 1º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, que aconteceu dia 12 de julho, a
maior preocupação demonstrada é a dependência externa do setor de fertilizantes e do agronegócio.
Para o presidente da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), Carlo Lovatelli, diante das
perspectivas de entregas recordes de fertilizantes no Brasil, que podem bater em 26 milhões de t em
2011, contra 24,5 milhões t no ano passado, esta dependência tende a crescer. O executivo acredita
que uma reviravolta possa acontecer apenas em 2014, quando os resultados dos investimentos de
importantes empresas do setor, como Vale e Petrobras, darão seus primeiros sinais. Lovatelli
destacou ainda que o setor tem que enfrentar problemas de logística, infraestrutura e de política
tributária. O diretor do Departamento de Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp), Benedito da Silva Ferreira, destacou o caráter estratégico da produção nacional de
fertilizantes. “Não podemos ser dependentes. Aumentar a produção é uma questão de segurança
nacional. Mas já há empresas aumentando seus investimentos na área”, ressaltou. O presidente da
Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), Mario Alves Barbosa Neto, defendeu o aumento
na produção do setor como forma de atender à demanda mundial e fez questão de ressaltar a grande
presença de público no evento, ratificando a importância do setor. “Contávamos com 200 vagas e
estamos recebendo 800 participantes”, concluiu.
Fonte: Brasil Mineral On Line n° 510
Data: 14/07/2011
MINERAÇÃO I
Moçambique quer participação nos ganhos das empresas
O Governo de Moçambique prepara nova lei de mineração, na qual o Estado deverá ter maior
participação nos ganhos das empresas. Multinacionais da Austrália, Índia, China, além da Vale, têm
diversos projetos nas reservas de carvão, minério de ferro, ouro, cobre, diamante, urânio e gás
natural. A proposta do Governo é a criação de uma estrutura tributária que propicie uma divisão
equânime para que o Estado possa se beneficiar da exploração das riquezas minerais do país. Os
projetos da Vale têm investimentos em hospitais, escolas e em responsabilidade social. A mineradora
afirma que os contratos devem ser respeitados, e que qualquer mudança na lei deve estar de acordo
com as duas partes. A lei deve ficar pronta no final de 2011.
Fonte: Brasil Mineral On Line n° 510
Data: 14/07/2011
MP FECHA O CERCO ÀS MINERADORAS QUE AMEAÇAM O PATRIMÔNIO
HISTÓRICO E CULTURAL DE MINAS
Na contramão do avanço rápido e ancorado em cifras bilionárias da indústria da mineração
em Minas Gerais, o Ministério Público do estado vai endurecer na avaliação dos riscos da atividade
para a preservação do patrimônio histórico e cultural dos municípios mineiros que abrigam ricas
jazidas. A Promotoria Estadual de Defesa do Patrímônio Cultural e Turístico de Minas decidiu apertar
a cobrança sobre os órgãos responsáveis pelo licenciamento ambiental de projetos de abertura e
expansão de minas para que considerem esses acervos ao aprovar ou barrar novos
empreendimentos do setor. A fiscalização será maior no controle dos estudos e relatórios de impacto
ambiental (EIA/Rima) que , pela legislação, devem prever os efeitos da exploração mineral sobre o
conjunto arquitetônico das cidades históricas, incluindo obras como os Profetas de Antônio Francisco
Lisboa, o Aleijadinho, de Congonhas, as igrejas de Ouro Preto e Mariana e as ruas antigas de Caeté e
Conceição do Mato Dentro.
Sítios arqueológicos e o patrimônio religioso reforçam o ritmo mais duro de trabalho dos
promotores de defesa do patrimônio público que passaram a atuar em conjunto às promotorias do
meio ambiente, informou ao Estado de Minas o coordenador da Promotoria Estadual de Defesa do
Patrimônio Cultural e Turístico, Marcos Paulo de Souza Miranda. Entre ações civis públicas e
investigações, a instituição está conduzindo 20 procedimentos relativos a atividades minerárias em
cidades históricas não só da Região Central de Minas, como do Norte do estado, considerado uma
nova fronteira da indústria mineral.
O cerco da promotoria atende às recentes manifestações da população de municípios como
Mariana, Ouro Preto, Congonhas e Conceição do Mato Dentro, contra o crescimento da ação das
mineradoras. “Adotamos postura mais ativa e de cobrança, para evitar riscos ao patrimônio cultural e
o edificado (que envolve acervos como sítios arqueológicos, grutas e cavernas). Questionamos até a
localização do empreendimento”, diz Marcos Paulo Miranda. O Instituto Brasileiro de Mineração
(Ibram) reage, alegando que o estado impõe restrições excessivas ao setor. “Assistimos a um
extremismo que pode afugentar investidores”, afirma Rinaldo Mancin, diretor de Assuntos
Ambientais do Ibram.
Do bolo de US$ 68,5 bilhões em investimentos previstos por grandes mineradoras para o
Brasil até 2015, Minas receberá mais de um terço (33,6%), segundo o Ibram. A participação mineira
no valor da produção mineral do país pulou para 49,4% em 2010, atingindo US$ 19,7 bi. Na semana
passada, foi anunciada nova investida, projeto da BHP Billiton, maior mineradora do mundo, orçado
em R$ 3,7 bi na exploração de minério de ferro em Ouro Preto e Itabirito.
Daqui para o futuro Congonhas vai começar a multar
Sem conseguir acordo com as mineradoras, a Prefeitura de Congonhas vai adotar medida
drástica para conter o absurdo acúmulo de poeira e lama de minério nas ruas da cidade histórica,
fiscalizando e multando os veículos sujos das empresas mineradoras e prestadoras de serviços à
atividade que trafegarem na área urbana. Todo dia, são retiradas de 5 a 7 toneladas de pó e lama de
minério das ruas. A iniciativa batizada de “Guerra contra a poeira”, segundo o prefeito Anderson
Costa Cabido, está amparada na nova lei ambiental sancionada semana passada, no Código Municipal
de Posturas e no Código Nacional de Trânsito. A primeira blitze será feita no dia 22. A multa por
veículo será de R$ 100, valor que cresce na reincidência e pode levar à cassação do alvará da
empresa.
Inquérito para checar impactos
Em Mariana, insatisfeito com as explicações da Vale S/A sobre o projeto para reabrir a mina
Del Rey, localizada a um quilômetros das vilas Del Rey e Maquiné e a 4km do centro histórico, o
promotor de Defesa do Meio Ambiente Antônio Carlos de Oliveira abriu inquérito para avaliar os
impactos do empreendimento. “O objetivo é verificar se as licenças serão dadas da forma correta.
Não queremos que Mariana se transforme numa Itabira (berço de atuação da Vale no país) ou em
outra Congonhas.”
A Vale informou, por meio de nota, estar arrendando a reserva, como parte da estratégia de
manter o foco em grandes operações. A mina deverá entrar em operação a partir de 2014, com a
expectativa de abrir 300 empregos. “À Vale caberá promover auditorias na operação arrendada.
Trata-se de uma operação com pequenas movimentações, com baixo impacto ambiental, logística
interna e processo simplificado”, detalha a empresa.
O movimento Mariana Viva, organização da sociedade civil, se manifestou contra a reabertura
da mina e a atividade nos perímetros urbanos. “Defendemos a mudança desse modelo de
desenvolvimento econômico para se privilegiar a qualidade de vida, o patrimônio paisagístico e a
identidade mineira das cidades que nasceram entre as montanhas”, diz a socióloga e professora da
Universidade Federal de Ouro Preto Giulle da Mata.
Em Ouro Preto, o prefeito Ângelo Oswaldo afirma ter sido tomado de surpresa pelo anúncio
do megaprojeto da BHP Billiton e que só na segunda-feira terá acesso a informações, em reunião
marcada com representantes da BHP. Ele destaca que o município atua em sintonia com o Instituto
de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e mantém integrados os serviços das secretarias
municipais de Meio Ambiente e de Patrimônio e Desenvolvimento Urbano, além do Conselho
Municipal de Patrimônio.
Fonte: Estado de Minas
Data: 16/07/2011
OURO ULTRAPASSA PELA 1ª VEZ US$ 1.600 A ONÇA EM NOVA YORK
O ouro superou nesta segunda-feira pela primeira vez na história os US$ 1.600 a onça na Bolsa
Mercantil de Nova York, que nos últimos quatro dias fechou com recorde graças a sua posição de
valor refúgio diante das dúvidas sobre a sustentabilidade das contas públicas na Europa e nos Estados
Unidos.
Cerca de duas horas após do início das negociações no mercado, o futuro do ouro mais
negociado, com vencimento para agosto, somava US$ 10,8 a onça (0,68%) e tocava US$ 1.600,9,
superando pela primeira vez em Nova York a simbólica cota de US$ 1.600.
O ouro continuava assim esta segunda-feira com tendência de alta na semana passada, na
qual o metal precioso acumulou avanço de 3,1% após amarrar quatro recordes históricos
consecutivos: na terça-feira fechou US$ 1.562,3, na quarta-feira US$ 1.585,5, na quinta-feira US$
1.589,3 e na sexta-feira terminou a US$ 1.590,1.
A escalada do ouro responde "a falta de disciplina fiscal em Washington e na Europa,
principalmente quando os investidores esperam que o Federal Reserve [Fed, banco central
americano] lance um novo plano de estímulo e vejamos mais resgates na zona do euro", segundo
explicou nesta segunda-feira à Agência Efe o sócio de investimento Perpetual Portfolio, Tom Winmill.
O economista prevê que este ano o ouro alcance preço máximo de US$ 1.700 a onça,
enquanto garante que em 2012 o metal alcance US$ 1.800.
A abertura em alta do preço futuro do ouro em Nova York respondia um dia mais à
estagnação das negociações entre republicanos e democratas no Congresso dos Estados Unidos para
elevar o teto de endividamento do país, até agora limitado a US$ 14,29 trilhões, já que, se não
alcançar acordo, a nação teria de declarar moratória a partir de 2 de agosto.
As preocupações que levantam a situação, assim como as crescentes dúvidas sobre a dívida
soberana de diferentes países da zona do euro, provocaram nesta segunda-feira o preço da onça de
ouro à vista também alcançasse pela primeira vez US$ 1.600 no mercado de Londres.
Fonte: Folha.com
Data: 18/07/2011
MONTES CLAROS (MG)
Mineração atrai milhões para a região
A exploração de jazidas de minério de ferro nas microrregiões de Irapé, Serra Geral e Alto Rio
Pardo esquentou o debate durante seminário, com o questionamento do prefeito de Salinas, José
Prates, quanto à falta de um plano para a exploração do pólo ferrífero.
O secretário de Desenvolvimento Regional e Política Urbana, deputado Bilac Pinto, disse que a
Sedru vai elaborar o Plano Regional Estratégico, anunciado pelo governador Anastasia, para a
exploração de jazidas de minério de ferro por parte de grandes empresas nacionais e multinacionais
na região nos próximos anos. Segundo o secretário, a previsão de investimentos é da ordem de R$ 7
bilhões.
José Francisco Viveiros, presidente da MIBA; Haroldo Fleischfresser, diretor da SAMVotorantim Novos Negócios; Daniel Kivari, presidente da Mineração Riacho dos Machados; e Edson
Ribeiro, diretor de Planejamento Estratégico e Projetos da Vale S/A apresentaram os projetos a
serem desenvolvidos pela empresas na região minerária e como o minério será processado.
O presidente da MIBA, José Francisco Viveiros, ressaltou que a agregação de valor tem que
seguir a vocação natural de cada região e disse que está aberto a discussões para que o trabalho da
MIBA no Alto do Rio Pardo possa ser acompanhado de forma transparente pela comunidade da
região.
O secretário de Estado de Transporte e Obras públicas, deputado Carlos Melles; Djalma
Morais, presidente da Cemig; e o presidente da Gasmig, Fuad Normam, apresentaram as propostas
do governo, através de seus setores, em apoio às mineradoras, vislumbrando um exponencial
desenvolvimento da região.
- As microrregiões serão estruturadas de forma sustentável para oferecer condições para que
as mineradoras se instalem como condições de transporte para o minério, saneamento, iluminação
em todas as comunidades rurais e distribuição de gás em todos os lugares – destacou Carlos Melles.
O seminário terminou com a palestra do prefeito de Itabira, João Izael Querino Coelho, que
compartilhou com os norte-mineiros a experiência de seu município com a exploração mineral em
larga escala. A economia da microrregião de Itabira é alicerçada na mineração e siderurgia, abrigando
as operações da CVRD, Belgo-Arcelor, Gerdau e CAF (reflorestamento).
Fonte: Onorte.net
Data: 18/07/2011
ANGLOGOLD AMPLIARÁ EXTRAÇÃO DE OURO EM MG
A AngloGold Ashanti Brasil, subsidiária da mineradora sul-africana AngloGold Ashanti, estuda
reativar as operações na São Bento Mineração, em Santa Bárbara, na região Central do Estado. A
companhia mantém investimentos da ordem de US$ 200 milhões para ampliar a extração e
beneficiamento de ouro na mina Córrego do Sítio, no mesmo município.
De acordo com a empresa, estão sendo realizados estudos de viabilidade para a exploração
subterrânea nesta mina. A São Bento Mineração foi adquirida pela AngloGold em 2008. A operação
movimentou US$ 70 milhões.
Além disso, a companhia já está em fase final e início de operação do projeto que
compreende o tratamento do minério extraído na mina Córrego do Sítio na planta de beneficiamento
da mina São Bento. Para isso, grande parte das instalações e da infraestrutura foi aproveitada nas
obras de reforma da unidade de beneficiamento e apuração do ouro.
A empresa também estuda a viabilidade de realizar a lavra subterrânea em Córrego do Sítio.
Até o final deste ano será concluída a primeira fase dos trabalhos de abertura da mina de subsolo,
que terá capacidade para produzir 140 mil onças de ouro/ano, que correspondem a 4,3 toneladas
anuais, a partir de 2013.
Com os investimentos em expansão a mineradora pretende passar de uma capacidade de 140
mil onças por ano, ou em torno de 4,4 toneladas de ouro, para 240 mil onças por ano, ou em torno
de 7,5 toneladas de ouro, em 2016. O volume representa incremento de 71%.
Além dos investimentos em expansão das operações já existentes, a AngloGold também
realiza investimentos em prospecções de jazidas. Conforme informações da empresa, serão cerca de
US$ 50 milhões em aportes nesta área no país neste ano.
Deste total, Minas Gerais receberá US$ 25 milhões em 2011. As pesquisas em estágios mais
avançados são realizadas na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). De acordo com a
empresa, não há nenhum estudo para as demais regiões do Estado.
O ouro vem registrando valorização significativa no mercado internacional, o que está
impulsionando os investimentos por parte das mineradoras. Segundo levantamento do Instituto
Brasileiro de Mineração (Ibram), apenas entre 2011 e 2015 a previsão é de aportes de US$ 2,4
bilhões. Minas Gerais deverá receber ao menos 50% desses investimentos - cerca de US$ 1,2 bilhão.
Kinross - A canadense Kinross Gold Corporation, por exemplo, que tem operações no município de
Paracatu, na região Noroeste, deverá investir US$ 700 milhões na expansão da produção até 2012,
conforme já informado. Os principais investimentos serão realizados na implantação do terceiro e do
quarto moinho de bolas para o processamento do minério, com capacidade instalada de 10 milhões
de toneladas/ano cada. Até 2012, a capacidade passará de aproximadamente 45 milhões de
toneladas para 61 milhões de toneladas.
No município de Riacho dos Machados, no Norte de Minas, a mineradora de mesmo nome,
controlada pela canadense Carpathian Gold Inc., prevê investimentos de US$ 150 milhões.
As exportações mineiras de ouro aumentaram 29% no primeiro semestre em relação ao
mesmo intervalo do ano passado, conforme informações do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior (Mdic). A receita totalizou US$ 638,396 milhões, ante US$ 494,523
milhões em 2010.
Os embarques de ouro atingiram 13,9 toneladas no primeiro semestre de 2011. O resultado
representa um leve incremento de 2,5% na comparação com o exercício passado, quando ele
totalizou 13,5 toneladas.
Fonte: Diário do Comércio
Data: 16/07/2011
PROJETOS DA VALE ENFRENTAM RESISTÊNCIA
Em Mariana, cidade histórica mineira a 115 quilômetros de Belo Horizonte, moradores
também se mobilizam para tentar barrar a reabertura da Mina Del Rey, arrendada pela Vale. O
Ministério Público Estadual (MPE) instaurou inquérito após representação da comunidade. Famílias
que vivem próximas à área de mineração temem que a exploração ameace o conjunto histórico e os
mananciais do município.
A Vale também enfrenta resistência no licenciamento ambiental do projeto Apolo, orçado em
R$ 4 bilhões, nos municípios de Caeté, Santa Bárbara, Raposos e Rio Acima. O projeto prevê uma
extração de 24 milhões de toneladas de minério de ferro a partir de 2014. Mas só deve avançar com
a criação do Parque Nacional das Águas do Gandarela, na Serra do Gandarela. A reserva de minério
de ferro é de cerca de 600 bilhões de toneladas.
Conforme a Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda), a Serra do Gandarela faz
parte de um conjunto montanhoso que integra o complexo do Espinhaço, área de extrema relevância
ambiental, declarada reserva natural da biosfera pela Unesco.
Segundo a mineradora, trata-se de uma operação com baixo impacto ambiental. Sobre o
Projeto Apolo, afirma que o empreendimento "está em fase de licenciamento, seguindo
rigorosamente os trâmites legais".
Fonte: Estadão.com.br
Data: 11/07/2011
BAHIA VAI CRIAR 6,4 MIL VAGAS NA MINERAÇÃO ATÉ 2015
Levante a mão quem nunca desejou achar uma mina de ouro e ficar rico. Se o sonho parece
distante demais, trabalhar no setor da mineração é uma realidade cada vez mais próxima dos
baianos.
Até 2015, o setor prevê a criação de pelo menos 6.480 vagas na operação de minas na Bahia,
em dez empreendimentos que já estão em fase de implementação, de acordo com protocolos
assinados com o governo do Estado.
São vagas para profissionais com 1º e 2º graus completos para os cargos de operadores de
equipamentos, com salários que variam de R$ 1 mil a R$ 2 mil, além dos técnicos, com remuneração
entre R$ 2 mil e R$ 4 mil. Para nível superior, a maior oferta é para engenheiros e geólogos, com
rendimentos que ultrapassam R$ 7 mil.
Se levada em consideração a estatística do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que
prevê a criação de 13 empregos indiretos para cada direto, os números podem chegar a mais de 83
mil postos de trabalho no interior do Estado, em municípios como Jaguaquara, Uranidi, Ilhéus,
Caetité, Maracás e Santaluz, dentre outros.
Aquecimento - Os números são possíveis graças ao forte reaquecimento da demanda mundial
por matérias-primas após a crise de 2008. Por conta disso, o Ibram anunciou inclusive um novo
recorde de investimentos para o setor no Brasil. Os números que eram de U$ 64,8 bilhões (R$ 101
bilhões) entre 2011 e 2015 subiram US$ 68,5 bilhões (R$ 106,8 bilhões) para o mesmo período.
De acordo com a Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração do Estado (SICM), a Bahia
deve responder por mais de 10% deste total, com investimento de R$ 12,6 bilhões nos próximos
quatro anos.
Fonte: A Tarde On Line
Data: 09/07/2011
VALE: INFRAESTRUTURA LIMITA PRODUÇÃO DE FERTILIZANTES
O aumento da produção de fertilizantes no Brasil está sendo barrado por problemas de
infraestrutura e frete, disse hoje o diretor da Vale Fertilizantes, Mario Barbosa, que também é
presidente da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). "Temos que ter uma solução para
produzir fosfato no Brasil central e levar para outras regiões do País", disse.
Hoje, uma das metas da Vale no setor de fertilizantes é se tornar um dos maiores produtores
mundiais e, com isso, diminuir a dependência do fertilizante importado. No caso do potássio, a
dependência chega a 90% e para o fósforo, a 44%.
Rio Colorado
O diretor da Vale destacou que o projeto do Rio Colorado de potássio, em Mendoza,
Argentina, terá a sua produção destinada exclusivamente para atender a demanda brasileira.
O projeto em Mendoza foi liberado na semana passada pelo governo da província argentina,
após ter sido paralisado diante da acusação do governo de que a mineradora brasileira não estava
cumprindo exigências impostas, como a contratação de mão de obra local e de fornecedores da
região. O projeto, orçado em US$ 5,5 bilhões, possui uma capacidade inicial estimada em 2,4 milhões
de toneladas de potássio."As jazidas de potássio estão restritas. Os projetos que estamos vendo hoje
são brownfield", disse.
Sergipe
A Vale deverá investir US$ 1,5 bilhão em seu projeto de potássio no Estado de Sergipe em um
período de até dois anos, afirmou o diretor da Vale Fertilizantes, Mario Barbosa. A produção inicial
está sendo estimada em 1,2 milhão de toneladas anuais de cloreto de potássio.
Em abril, a Vale recebeu da Administração Estadual de Meio Ambiente do Estado de Sergipe
(Adema) a licença prévia para o projeto de extração de potássio no Estado.
Segundo Barbosa, a expectativa é que a dependência de potássio importado pelo Brasil caia
dos atuais 90% para 80% em 2015. Nesse ano, a Vale projeta que produzirá 3,4 milhões de toneladas.
O executivo participou hoje do Congresso Brasileiro de Fertilizantes, em São Paulo.
Fonte: Estadão.com.br
Data: 12/07/2011
VALE E PETROBRAS ACERTAM MEGAPROJETO DE POTÁSSIO
A Vale e a Petrobras estão em entendimentos finais para destravar a instalação de um
megaprojeto de fertilizantes em Sergipe, avaliado em até US$ 4 bilhões. O empreendimento será
integrado com uma mina de carnalita – minério do qual se extrai cloreto de potássio – e uma unidade
química de processamento de adubos, com produção prevista de 2,2 milhões de toneladas por ano, a
partir de 2015. Esse volume vai permitir a redução da dependência brasileira de matéria-prima
estrangeira.
O assunto foi discutido no Planalto nessa quarta, dia 20, entre a presidente Dilma; o ministro
de Minas e Energia, Edison Lobão; o presidente da Vale, Murilo Ferreira; e o presidente da Petrobras,
Sergio Gabrielli. A pauta tratou do arrendamento ou cessão para a Vale da jazida de carnalita que a
Petrobras tem em Muruim, Sergipe. Isso é fundamental para se montar o megaprojeto.
A Vale já tem uma mina de potássio em Rosário do Catete, também em Sergipe, em fase final
de vida útil. Para a empresa desenvolver o novo projeto é crucial que seja selado o acordo. Falta a
Petrobras decidir se vai optar pelo arrendamento ou cessão da reserva.
O projeto da Vale é estratégico para o país, razão pela qual Dilma quis acompanhar a reunião.
O potássio é um insumo imprescindível na produção de fertilizantes, e o Brasil é dependente em 90%
de importações – o equivalente a 6 milhões de toneladas. Hoje, a Vale produz 600 mil toneladas ao
ano de cloreto de potássio na mina de Sergipe, também arrendada da Petrobras nos anos 1990.
Os encontros entre as duas empresas já ocorrem há algum tempo. Não se trata de joint
venture. O projeto é 100% da Vale. O ex-presidente da mineradora, Roger Agnelli, chegou a se reunir
com o governador de Sergipe, Marcelo Déda, em 2010, para buscar um entendimento que garantisse
o investimento. A indefinição da Petrobras era o último obstáculo.
A mineradora tem a produção de fertilizantes como prioridade. No ano passado, a Vale
comprou, por US$ 5 bilhões, ativos da Fosfértil e da Bunge. Recentemente, a companhia optou por
fechar o capital da Vale Fertilizantes por causa do grande portfólio de projetos no setor.
No momento, a companhia desenvolve o projeto de potássio de Rio Colorado, em Mendoza,
na Argentina, que deve entrar em operação em 2014. Também está trabalhando no projeto de
Regina, no Canadá, que começa a produzir em 2015; e tem sob análise o projeto de Salitre, em
Patrocínio, no Triângulo Mineiro.
Fonte: Valor Econômico
Data: 21/07/2011
SOCIETY OF ECONOMIC GEOLOGISTS
Special Publication 15: The Challenge of Finding New
Two Volume Set: Special Publication 15: The Challenge of Finding New Mineral Resources: Global
Metallogeny, Innovative Exploration, and New Discoveries Volume I: Gold, Silver, and CopperMolybdenum Volume II: Zinc-Lead, Nickel-Copper-PGE, and Uranium.
Product Code: SP15
Author/Editor: Editors: Richard J. Goldfarb, Erin E. Marsh, and Thomas Monecke
Publisher: Society of Economic Geologists, Inc.
Year: 2010
ISBN: Vol. I: 978-1-934969-27-4, Vol. II: 978-1-934969-28-1
Media: Print - Soft Cover
Edition: 1st
Pages: Vol. 1: 316 p.; Vol. 2: 430 p.
Additional Information: http://www.segweb.org/store/info/SP15Contents.pdf
Price: Retail Price: $100.00 Member Price: $80.00
COMUNICADO
12TH INTERNATIONAL CONGRESS OF THE BRAZILIAN GEOPHYSICAL SOCIETY &
EXPOGEF
15 a 18 de agosto de 2011
Rio de Janeiro – RJ
Informações:
http://sys2.sbgf.org.br/congresso/
Download

Intenção é estabelecer royalty de 4% depois que o