ANEXO XI ANÁLISE COMPLEMENTAR DOS EVENTOS ANEXO XI - ANÁLISE COMPLEMENTAR DOS EVENTOS 1. Fez-se necessário também avaliar os resultados dos levantamentos na Agência sob a ótica dos eventos. Embora seja uma abordagem quantitativa, pois a análise qualitativa envolvendo os impactos prováveis por eles gerados já foi apresentada quando da análise do ICR, é aconselhável conhecer o comportamento (estatístico) destes eventos, relacionando as maiores incidências por macroprocesso/processo, por objetos de controle, e identificar como eles estão distribuídos segundo a classificação de tipologias definidas. Para tanto, foram elaborados gráficos e figuras de maneira que fosse possível uma leitura mais objetiva acerca do comportamento dos eventos identificados para a ANEEL. 2. A primeira análise se refere ao Gráfico 1 – Freqüência de eventos por macroprocesso, abaixo, o qual ilustra a distribuição da freqüência de ocorrência dos eventos de risco por macroprocesso. Do total de 166 eventos identificados, cerca de 2/3 estão distribuídos nos macroprocessos Fiscalização Técnica (33%), Regulação Econômico-Financeira (19%) e Outorga (16%). Como vimos, nem todos estes macroprocessos são os mais críticos para a ANEEL, o que de fato assegura que a quantidade de eventos levantados não necessariamente remete à maior criticidade, mas apenas aponta que estes macroprocessos contêm atividades que estão sujeitas a uma maior quantidade de eventos de risco (de menor importância relativa). 2 Projeto de Aperfeiçoamento do Controle Externo da Regulação do Tribunal de Contas da União – SEFID Brasília/DF, 29 de novembro de 2005 Anexo XI do Relatório do Mapeamento de Macroprocessos e de Sistemas Informatizados da ANEEL http://sefid.gvconsult.com.br / www.gvconsult.com.br GRÁFICO 1 - Freqüência de eventos por macroprocesso Frequência de Eventos por Macroprocesso 16% 10% 19% 14% 33% 8% Fisc. Téc. Fisc. Econ. Reg. Téc. Reg. Econ. Outorga Rel. Sociedade 3. Ainda em relação aos macroprocessos, foi realizada uma avaliação levandose em conta a participação de cada processo – portanto, um nível maior de desmembramento na escala hierárquica dos macroprocessos, na observação da participação quantitativa dos eventos no total da Agência, como mostra o Gráfico 2 - Freqüência de eventos por processo. Para este caso, destacam-se claramente quatro processos, a saber: 4.2 – Regulação tarifária, com 13% do total de eventos; 1.2 – Fiscalização técnica dos serviços de geração, com 13% do total de eventos; 5.1 – Concessão e autorização de geração de energia elétrica, com 11% do total de eventos, e 1.4 – Fiscalização técnica dos serviços de distribuição, contando com 10% do total de eventos. 3 Projeto de Aperfeiçoamento do Controle Externo da Regulação do Tribunal de Contas da União – SEFID Brasília/DF, 29 de novembro de 2005 Anexo XI do Relatório do Mapeamento de Macroprocessos e de Sistemas Informatizados da ANEEL http://sefid.gvconsult.com.br / www.gvconsult.com.br GRÁFICO 2 – Freqüência de eventos por processo Frequência de Eventos por Processo 5.4 / 1% 6.3 / 1% 6.4 / 1% 2.2 / 1% 5.2 / 1% 2.4 / 2% 2.3 / 2% 3.2 / 2% 3.4 / 2% 6.2 / 2% 2.1/ 3% 3.3 / 4% 5.3 / 4% 1.1 / 4% 3.1 / 5% 4.1 / 5% 1.3 / 6% 6.1 / 6% 1.4 / 10% 5.1 / 11% 1.2 / 13% 4.2 / 13% 0 2 4 4.2 Reg. tarifária 1.4 Fisc. dos serviços de distribuição 4.1 Reg. do Mercado 5.3 Conc. e aut. de Transmissão de E. E. 6.2 Relac. c/ consumidores e agentes 2.3 Valid. dos elementos econ. Financ. 2.2 Anuência prévia diversas 5.4 Aut. para imp. e exp. de E. E. 6 8 1.2 Fisc. dos serviços de geração 6.1 Relações instituicionais 3.1 Reg. dos Serviços de Geração 3.3 Reg. dos Serviços de Distribuição 3.4 Reg. da comercialização de elet. 2.4 Fisc. econômica dos fundos 6.4 Conselho de consumidores 10 12 14 5.1 Conc. e aut. de geração de E. E. 1.3 Fisc. dos serviços de transmissão 1.1 Fisc. de Programas e Agentes Esp. 2.1 Fisc. Econômica dos Agentes 3.2 Reg. dos Serviços de Transmissão 5.2 Conc., aut. e perm. de Dist. de E. E. 6.3 Audiência pública 4. Dando continuidade à análise dos eventos, foi elaborado o Gráfico 3 Freqüência dos eventos por tipo, visando identificar a distribuição dos eventos segundo a classificação por tipologia adotada, como é apresentado no Quadro 4 (pg. 32) – Tipologia dos eventos de riscos do Relatório principal. Desse modo, os tipos de eventos registrados com maior incidência são os relacionados a Dados e informações - 33 ocorrências, ou 19,88% do total; Apoio de terceiros - 31 ocorrências, ou 18,67% do total, e Leis e regulamentos - 26 ocorrências, ou 15,68% do total, os quais, juntos, representam aproximadamente mais da metade dos 166 registros de eventos. 4 Projeto de Aperfeiçoamento do Controle Externo da Regulação do Tribunal de Contas da União – SEFID Brasília/DF, 29 de novembro de 2005 Anexo XI do Relatório do Mapeamento de Macroprocessos e de Sistemas Informatizados da ANEEL http://sefid.gvconsult.com.br / www.gvconsult.com.br 5. Sob esta ótica, a análise resulta na necessidade de avaliar as características destes eventos de risco para a Agência, no tocante às suas fontes ou origens de ocorrência, isto é, naqueles casos onde se constatou que a origem é de ordem endógena à competência de atuação da Agência. Isso implica em uma ação de ordem mais direta por parte da ANEEL, como nos casos relacionados a Dados e informações, visando obtê-los com qualidade e precisão aceitáveis. Mas em relação àqueles tipos de eventos em que a origem se dá em instâncias exógenas à competência da Agência, a mitigação do risco é mais delicada, pois as ações não são simples. GRÁFICO 3 - Freqüência de eventos por tipo 19,88% 18,67% 15,66% 33 12,65% 31 12,65% 26 21 21 7,23% 12 6,63% 6,02% 11 10 0,60% Capacitação Técnica Ingerência outros Coordenação interna Coordenação Institucional Suporte Operacional Leis e regulamentos Apoio de Terceiros Dados e Informações 1 6. Detalhando esta avaliação, selecionou-se apenas os eventos com maior criticidade, segundo a analogia de Pareto, ou seja, 33 eventos dentre os 166. Neste sentido destacam-se os seguintes tipos: com 9 eventos críticos, ou 27,27% dos 33, são relacionados à Dados e informações; 7 eventos ou 21,21%, referentes à Coordenação institucional e, com 6 eventos ou 18,18%, Apoio de terceiros. O Gráfico 3-A abaixo, ilustra esta distribuição. Isso aponta 5 Projeto de Aperfeiçoamento do Controle Externo da Regulação do Tribunal de Contas da União – SEFID Brasília/DF, 29 de novembro de 2005 Anexo XI do Relatório do Mapeamento de Macroprocessos e de Sistemas Informatizados da ANEEL http://sefid.gvconsult.com.br / www.gvconsult.com.br para as atividades relacionadas com a fiscalização e a regulação, as quais demandam maior quantidade de dados para sua elaboração. GRÁFICO 3-A - Freqüência de eventos críticos por tipo 27,27% 21,21% 9 18,18% 7 15,15% 6 12,12% 5 4 3,03% 1 Dados e Informações Coordenação Institucional Apoio de Terceiros Leis e regulamentos Coordenação interna Ingerência 3,03% 1 Capacitação Técnica 7. Em relação ao comportamento dos eventos, segundo a ótica dos Objetos de Controle, como mostra o Gráfico 4 - Freqüência de eventos por objeto de controle, nota-se que a Modicidade Tarifária é responsável por 23,15% (vinte e três por cento) do total da quantidade de eventos identificados existentes na Agência, ou 97 (noventa e sete) ocorrências, sendo o de maior expressão. Isso reforça a conclusão acerca da sua importância em relação à criticidade dos processos que sofrem a sua influência direta, especialmente, o de Regulação Econômico-Financeira, que reúne a maior quantidade relativa de eventos críticos sob este objeto de controle. Em seguida, destacam-se os objetos de 6 Projeto de Aperfeiçoamento do Controle Externo da Regulação do Tribunal de Contas da União – SEFID Brasília/DF, 29 de novembro de 2005 Anexo XI do Relatório do Mapeamento de Macroprocessos e de Sistemas Informatizados da ANEEL http://sefid.gvconsult.com.br / www.gvconsult.com.br controle Eficiência e, Expansão e Universalização, cada um com, respectivamente, 77 (setenta e sete) e 74 (setenta e quatro) citações de diferentes eventos. 8. Estes três objetos de controle, juntos, detêm 59,19% (cinqüenta e nove por cento) do total de eventos identificados. Sucintamente, como já fora observado anteriormente, a ANEEL atua em um setor no qual há forte regulação econômica, com a possibilidade da existência de monopólios e/ou oligopólios. Por outro lado, essa é uma função relativamente nova para a instituição, pois o órgão governamental que antigamente tinha essa atribuição institucional a realizava de forma insipiente. Além disso, o setor tem complexidade técnica que demanda maiores esforços na fiscalização e regulação, e também é uma atividade que possui uma forte tradição e experiência na área técnica, sobretudo, Engenharia. 9. Particularmente, em relação à tarifa, o setor exige grande monta de investimentos – de capital intensivo, amiúde, efetuados pela iniciativa privada. A ANEEL ainda tem por determinação legal garantir a expansão e universalização dos serviços, seguindo as políticas de governo. As empresas que atuam diretamente no setor prezam pelo retorno do capital investido e buscam assegurar a eficiência dos recursos alocados, adequando o menor custo com níveis aceitáveis de qualidade dos serviços prestados. Isto, em parte, explica as relações existentes entre eventos de maiores riscos aferidos com macroprocessos e objetos de controle destacados nas análises. 7 Projeto de Aperfeiçoamento do Controle Externo da Regulação do Tribunal de Contas da União – SEFID Brasília/DF, 29 de novembro de 2005 Anexo XI do Relatório do Mapeamento de Macroprocessos e de Sistemas Informatizados da ANEEL http://sefid.gvconsult.com.br / www.gvconsult.com.br GRÁFICO 4 – Freqüência de eventos por objeto de controle 23,15% 18,38% 17,66% 97 11,22% 77 11,22% 8,83% 74 47 6,44% 47 37 3,10% 27 At. Comercial e Cortesia Outros Segurança Continuidade Qualidade Exp. e universalização Eficiência Mod. tarifária 13 10. Esta avaliação dos eventos, em suma, caracteriza a Agência em termos da especificidade dos seus eventos negativos (ou de riscos), que, de um modo ou de outro, podem exercer determinado grau de influência na execução de suas atividades essenciais, ou seja, a ANEEL pode estar mais vulnerável ao tipo de eventos associados a Dados e informações. Mas faz parte do próprio ambiente de atuação da Agência conviver com eventos de riscos relacionados à qualidade dos dados e das informações, fato que, em economia, se denomina de assimetria de informações. 8 Projeto de Aperfeiçoamento do Controle Externo da Regulação do Tribunal de Contas da União – SEFID Brasília/DF, 29 de novembro de 2005 Anexo XI do Relatório do Mapeamento de Macroprocessos e de Sistemas Informatizados da ANEEL http://sefid.gvconsult.com.br / www.gvconsult.com.br