Projetos de Créditos de Carbono
ArcelorMittal Brasil
IV Simpósio de Mercado de Créditos de Carbono
Vitória, 19/10/2012
O Efeito Estufa
1
Variações Médias da Temperatura
do Planeta
2
IPCC (2007)
Temperatura e Concentração de CO2
3
IPCC (2007)
Cenários de Concentrações de CO2
Melhor estimativa
para cenário
otimista (B1) é de
1.8ºC [1.1ºC à
2.9ºC] e de 4.0ºC
para o cenário
pessimista (A1FI)
[2.4ºC à 6.4ºC]
4
IPCC (2007)
Protocolo de Quioto
• A COP3 adota o Protocolo de Quioto à ConvençãoQuadro das Nações Unidas sobre Mudança do
Clima em Quioto, Japão.
• Objetivo: Estabilizar e reduzir as emissões dos
Gases Efeito Estufa (GEE) - CO2, CH4, N2O e
outros;
• Divisão dos países em dois grandes grupos:
Anexo 1 e Não Anexo 1.
• Metas de redução para Países do Anexo 1
-5,2% base 1990);
•
•
Primeiro período de
compromisso 2008
a 2012.
(
Anexo 1 (20%)
• EUA, Japão, Canadá,
União Européia, Leste
Europeu, Rússia e
países desenvolvidos da
antiga URSS.
Não Anexo 1
(80%)
• Países em
Desenvolvimento (Brasil,
China, Índia, etc…).
• Não desenvolvidos da
antiga URSS.
Não há metas de redução para os países Não
5
Anexo 1 no primeiro período de compromisso.
Tratado de Quioto
• Países Não-Anexo I:
– Medidas para que o crescimento necessário de suas
emissões fosse limitado pela introdução de medidas
apropriadas.
• Mecanismos de flexibilização:
– Comércio de emissões – Anexo I;
– Implementação conjunta – Anexo I;
– Mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL) – Anexo I e
Não-Anexo I.
• Protocolo entra em vigor em 2005 e passa a ter força de
Tratado entra em vigor em 2005.
6
Tratado de Quioto
• Prós:
– Assinado por 153 países, em especial UE;
– Responsabilidades comuns, porém diferenciadas;
– Grande impacto no curto prazo;
– Informação disponível para análise da sociedade civil.
• Contras:
– Sem forte declaração de meta de emissão no longo prazo (oposição
dos EUA);
– Várias mudanças em políticas de energia/ agricultura/ florestas
podem ser manipuladas para parecer compromissos.
7
Perfil das Emissões de Gases Efeito
Estufa no Brasil
Combustíveis Transportes
9%
Combustíveis Outros Setores
6%
Fugitivas
1%
Processos
Industriais
2%
Combustíveis Indústrias
7%
Mudanças no Uso
de Terras e
Florestas (inclui
queimadas)
75%
8
Fonte: MCT – 1o Inventário Brasileiro de
Emissões Antrópicas de Gases de Efeito Estufa
Os Mecanismos de Flexibilização
Rio 92
CQNUMC
Meta de Redução
(1990: -5,2%)
186 PARTES
1º Período de
Compromisso
(2008-2012)
Protocolo
de Quioto
3ª COP/MOP
Greenhouse gases x Global
warming potential
Países Anexo I
Países Não Anexo I
Mecanismos de Flexibilização
Comércio
de Emissões
(Anexo I)
7ª COP/MOP
MDL
(Não Anexo I)
Implementação
Conjunta
(Anexo I)
Acordos de Marraqueche
9
Os Mecanismos de Flexibilização
• Estão sob as regras do Protocolo de Quioto – Artigo 12 do
Protocolo.
• Mecanismo que busca diminuir custos para se chegar a um
corte absoluto sobre as emissões.
• Países ou empresas têm que montar estratégias para se
manter abaixo da cota de emissões, possibilitando:
– Surgimento do comércio de permissões;
– Compensações de emissão – MDL – gera créditos de
carbono.
10
Geração e oferta de Créditos de Carbono
O Fluxo de
um Projeto de MDL
(4) Monitoramento
Entidade Operacional
Designada
Participantes do
Projeto
Projeto de MDL
Comissão
Interministerial de
Mudança
Global do Clima
CER
ER
Entidade Operacional
Designada
(1) PDD
(5) Verificação
(2) Aprovação
(6) Emissão
(2) Validação
Comitê Executivo
UNFCCC
(3) Registro do Projeto
11
Obs.:
MDL: Mecanismo de Desenvolvimento Limpo; PDD: Project Design Document; ER: Emission Reductions; CER: Certified Emission Reductions; UNFCCC: United
Nations Framework for Climate Change Convention
A ArcelorMittal no Mundo
PERFIL
 Líder nos principais mercados, entre eles o de automóveis,
construção, eletrodomésticos e embalagens.
 Maior produtor de aço em vendas e receita.
 Extensa rede de distribuição.
 Padrões elevados de sustentabilidade.
90.6 milhões de toneladas de aços planos e longos.
6% da produção mundial de aço.
Mais de 260 mil empregados em mais de 60 países.
Presença industrial em 20 países – 4 continentes (Europa/Ásia/Américas/África). 12
A ArcelorMittal no Mundo
13
A ArcelorMittal e o Tratado de Quioto
Países pertencentes ao
Anexo 1
Países não pertencentes
ao Anexo 1
• Muitas empresas do Grupo ArcelorMittal pertencem a
Países do Anexo 1;
• Comprometimento estabelecido na Política Ambiental da
ArcelorMittal: Gerenciamento e redução, onde
tecnicamente e economicamente viável, das origens das
emissões de CO2 na siderurgia.
• Meta do grupo: reduzir 8% as emissões até 2020.
14
ArcelorMittal Brasil
ArcelorMittal Aços Longos (e ACINDAR) + ArcelorMittal Tubarão +
ArcelorMittal Vega
 28 unidades industriais para produção/beneficiamento de aço
no Brasil/Argentina/Costa Rica/Trinidad e Tobago.
 Capacidade atual de produção de 13 milhões de toneladas/ano
 Mais de 17 mil empregados
 Maior empresa produtora de aço da América Latina.
 Benchmark em clima organizacional, incluindo-se entre as melhores
empresas para se trabalhar no Brasil.
15
Principais Unidades Industriais
Aços Longos
Aços Planos
6,5 milhões de toneladas/ano
15.233 empregados (11.662 próprios + 3.571
contratados), sendo 11.037 empregados no Brasil
(8.686 próprios + 2.351 contratados)
7,5 milhões de toneladas/ano
9.558 empregados 4.921próprios
(4.333 Tubarão/ 596 Vega)
4.637 contratados Tubarão e Vega
16
ArcelorMittal Brasil
Aços Longos ao Carbono
A área de negócio de aços longos da ArcelorMittal Brasil é representada pela
ArcelorMittal Aços Longos, Acindar (Argentina), ArcelorMittal Costa Rica,
ArcelorMittal Point Lisas (Trinidad e Tobago) e pelas Trefilarias. Neste
setor são produzidos e comercializados fio-máquina para diversas aplicações
industriais, uma completa linha de produtos para a construção civil, incluindo
vergalhões, telas, treliças e perfis e arames para aplicações na indústria e
agropecuária.
Aços Planos ao Carbono
A ArcelorMittal Brasil, por meio da ArcelorMittal Tubarão e da ArcelorMittal
Vega, oferta ao mercado placas, bobinas laminadas a quente e laminados a
frio e galvanizados para diversas aplicações industriais.
As placas de aço constituem matéria-prima para outras usinas siderúrgicas,
além de ter aplicação direta na indústria naval e de construção civil. As
bobinas a quente têm uso na fabricação dos mais variados produtos,
destacando-se: tubos, vasos de pressão, autopeças, implementos agrícolas,
material ferroviário, material eletromecânico, construção civil e embalagens
de grande porte. Mediante laminação a frio e/ou galvanização, são utilizadas
também para a fabricação de automóveis (partes expostas), eletrodomésticos
(linha branca) e eletroeletrônicos, entre outros.
17
Projetos de MDL ArcelorMittal Brasil
• Foco na eficiência energética e uso de bio-combustível.
• 06 projetos em andamento, nas seguintes fases;
– 01 na 2ª Verificação;
– 02 em registro na UNFCCC;
– 01 em Validação;
– 02 em revisão de Documento de Concepção;
• 03 metodologias de linha de base desenvolvidas e aprovadas na
UNFCCC;
• 05 projetos em âmbito de Quioto e 01 projeto em mercado voluntário;
• 1º projeto de larga escala registrado na UNFCCC em nível mundial.
• Geração de créditos da ordem 13,8 MtCO2e nos próximos 10 anos.
18
ArcelorMittal Tubarão
Projeto #1
Título
Co-geração de energia elétrica pela recuperação do Gás LDG
Descrição
Recuperação do gás LD através de um adequado sistema contemplando a remoção de
partículas, tubulações, gasômetro, e seu uso para co-geração de energia elétrica nas centrais
termelétricas, logo deslocando emissões equivalentes da parcela de geração térmica do grid
nacional.
Início de Operação
Setembro/2004
Estimativa de Créditos
450mil tCO2e
Duração do Projeto de
MDL
10 anos (2004 – 2014)
BOF
Estágio atual
1a Verificação: Maio/2007
214mil tCO2e ~ M€ 3,6
2ª Verificação: Julho/2010
19
119mil tCO2e ~ M€ 1,7
CO
100
CO2
O2
50
10
Gas Recovery Period
80
40
8
30
6
20
4
10
2
60
40
Gas Composition (%)
Gas Composition (%)
CO
CO2
20
O2
0
0
Ignition
0
2
4
6
8
10
Blowing Time (min)
12
14
0
O2 Blow Stop
16
ArcelorMittal Tubarão
Projeto #2
Título
Mudança de modal de transporte de Bobinas à Quente para Barcaças Oceânicas
Descrição
Mudança da forma de transporte de bobinas à quente através de barcaças oceânicas
para a unidade industrial de Vega do Sul. Os créditos são obtidos devido a menor
emissão de GEE pelas barcaças oceânicas em relação ao sistema rodoviário.
ES
MG
CST
VITÓRIA
SP
RJ
SÃO PAULO
PR
SÃO FRANCISCO DO SUL
SC
VEGA
RS
Ocean Barges
Início de Operação
Junho/2006
Estimativa de Créditos
840mil tCO2e
Duração do Projeto de MDL
07 years
Estágio atual
Redesenho de PDD após
aprovação da metodologia de linha
de base.
Atlantic Ocean
20
ArcelorMittal Tubarão
Projeto #3
Título
Co-geração de energia elétrica a partir da produção de coque processo Heat Recovery
Descrição
Recuperar o calor gerado na produção de coque da SOL Coqueria Tubarão, de forma a produzir
vapor através de trocadores de calor (HRSG) e turbo-geradores (SRG), e produção de energia
elétrica. Logo, haverá o deslocamento das emissões equivalentes da parcela de geração
térmica do grid nacional.
• Início de Operação
Fevereiro/2007
• Estimativa de Créditos
2,50 MtCO2e
• Duração do Projeto de
MDL
10 anos
• Estágio atual
Em fase de registro no
UNFCCC.
21
ArcelorMittal Bio-Florestas
Projeto #4
Título
Redução
de
Carbonização
metano
na
Objetivo
Queima dos gases da
carbonização, evitando a emissão
do metano na atmosfera
Registro do Projeto (Estimado):
2013
Geração de Créditos de Carbono:
6,5 MtCO2e (10 anos)
Status:
Preparação para auditoria de Validação (Nov/12)
22
ArcelorMittal Bio-Florestas
Projeto #5
Título
Programa Produtor Florestal
Objetivo
Plantar 14,000 hectares de eucalipto com o seqüestro e
armazenamento de CO2 em florestas plantadas
Registro do Projeto (Estimado): 2013
Início do Projeto: 2012
Geração de Créditos de Carbono:
1ª Fase: 5,2 mil ha => 325mil t CO2e
Status
• Projeto está em fase de preparação para validação.
• Ocorrida a pré-validação.
• A validação está programada para iniciar no primeiro
semestre de 2013.
23
ArcelorMittal Juiz de Fora
Projeto #6
Título
Usos de bio-redutores em altos fornos.
Objetivo
Utilização de bio-redutor em dois altos-fornos na unidade de Juiz de Fora. Uma vez que o
mesmo é produzido a partir de fontes renováveis, o balanço de emissões de CO2 é zero.
Registro do Projeto (Estimado):
2012
Geração de Créditos de Carbono:
3,2 Mton CO2 e (7 anos)
Status:
Aguardando a carta de aprovação da
DNA para posterior registro no UNFCCC.
24
Indefinições Pós Quioto
• EU define meta de redução de 20% a 30% para o 2º período.
• Mapa do caminho para definição do 2º período de compromisso.
• COP Copenhagem fracassou.
• EUA afirma que só entra se China tiver meta.
• Rússia e Japão contra a adesão.
• EU e G77+China a favor.
• EU provavelmente irá propor a extensão das regras de Quioto até
2018 para avançar nas negociações.
• Negociações extremamente complexas: 192 países, todos com poder
de veto.
• Novos mecanismos: REDD + CCS (mercado voluntários)
25
Indefinições Pós Quioto
Extensão
de prazo
Opções
políticas para
o Pós-Quioto
Definição de
Novo
Compromisso
Fim
de Quioto
Só
Anexo I
Mercados
Bilaterais
Anexo I e em
desenvolvimento
Crescimento do
Mercado Voluntário
26
Crise no Mercado de Carbono
• Crise Européia:
– Queda da atividade econômica;
– Desaquecimento do mercado de carbono;
– Cotação dos créditos caindo
27
O Futuro do MDL
• Queda nos preços.
• Sem expectativas de melhora nos preços até 2020.
• Excesso de oferta até 2020.
28
Ações no Brasil
• PNMC. Lei 12.187/2009:
– Projeção das emissões em 2020: 3,236 milhões tCO2-eq
– Metas voluntárias de redução:
• 1.168 milhões de tonCO2eq – 36,1%
• 1.259 milhões de tonCO2eq – 38,9%
– Criação dos planos setoriais (metas setoriais)
– Instrumentos econômicos
• Planos Estaduais de Mudanças Climáticas
29
Ações no Brasil
30
Mercado Brasileiro de Emissões
• Brasil está estudando a implementação de um mercado
nacional de emissões;
• Coordenação do Ministério da Fazenda;
• Possibilidades: CAP&Trade, Baseline +Credit, Taxação;
• Em fase de estudos para subsidiar decisão;
• Dificilmente implementação antes de 2015.
31
Mercado Brasileiro de Emissões
• Questões relevantes para um programa brasileiro:
– Como harmonizar metodologia de inventários;
– Quais setores serão regulados. Qual a metodologia;
– Fase inicial de testes voluntária. Com incentivos para
participantes;
– Como se dará as fases de implantação progressiva;
– Como “distribuir” o cap pelos setores e ao longo dos anos;
– Como construir benchmarks.
32
Muito obrigado pela
atenção !!
Guilherme Corrêa Abreu
Gerente de Meio Ambiente
[email protected]
(27) 3348-2065
33
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Projetos de Créditos Carbono ARCELOR MITTAL