UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA Karina Sayuri Hanawa Konagano Suzanne Ferreira Quaresma ANÁLISE DA VIABILIDADE FINANCEIRA DA IMPLANTAÇÃO DE UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO PARA QUATRO PAPELARIAS NA REGIÃO NORDESTE DO ESTADO DO PARÁ BELÉM 2013 2 UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA Karina Sayuri Hanawa Konagano Suzanne Ferreira Quaresma ANÁLISE DA VIABILIDADE FINANCEIRA DA IMPLANTAÇÃO DE UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO PARA QUATRO PAPELARIAS NA REGIÃO NORDESTE DO ESTADO DO PARÁ Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade da Amazônia como requisito avaliativo para obtenção do grau de Engenheiras de Produção. Orientador: Prof. Esp. Marcos Henrique Pereira Paiva. Coorientador: Prof. M. SC. Isaias de Oliveira Barbosa Júnior. BELÉM 2013 3 Karina Sayuri Hanawa Konagano Suzanne Ferreira Quaresma ANÁLISE DA VIABILIDADE FINANCEIRA DA IMPLANTAÇÃO DE UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO PARA QUATRO PAPELARIAS NA REGIÃO NORDESTE DO ESTADO DO PARÁ Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade da Amazônia como requisito avaliativo para obtenção do grau de Engenheiras de Produção. Orientador: Prof. Esp. Marcos Henrique Pereira Paiva. Coorientador: Prof. M. SC. Isaias de Oliveira Barbosa Júnior. Banca Examinadora: ________________________________________________ Prof. Esp. Marcos Henrique Pereira Paiva Orientador(a) ________________________________________________ Prof. M. SC. Léony Luis Lopes Negrão Membro Avaliador ________________________________________________ Prof. M. SC. Isaias de Oliveira Barbosa Junior Membro Avaliador Apresentado em: 09 / 12 / 2013 Conceito: APROVADO BELÉM 2013 4 Aos nossos Pais, familiares e todas as pessoas que contribuíram realização deste sonho. para a 5 AGRADECIMENTOS A Deus pelas oportunidades e conquistas que me foram dadas. Aos meus pais, Michinori e Amélia Konagano, por estarem sempre presentes na minha vida, contribuindo na minha formação pessoal e profissional, dando todo apoio, carinho e compreensão. As minhas irmãs, Noemy e Mayumi Konagano, pelos vários momentos divertidos compartilhados em família, e também por compreenderem os meus momentos de estresses. A minha avó que, certamente, sempre torceu pelo meu sucesso e crescimento pessoal e profissional, incentivando sempre a busca pelo melhor futuro. Aos Professores e Orientadores, Henrique Paiva e Isaias Barbosa, pelas críticas construtivas e sugestões relevantes para o êxito deste trabalho e pelos conhecimentos repassados nas aulas e nas orientações. Ao meu ex-professor que compõe a banca avaliadora, Léony Negrão, que muito me ensinou e me ajudou no que eu precisasse. À minha companheira de TCC, Suzanne Quaresma, que apesar de algumas dificuldades, contribuiu bastante na elaboração deste trabalho. Obrigada pela paciência, compreensão e pelo grande apoio. Ao pai da minha companheira, Oscar Quaresma, pela permissão em realizarmos o trabalho na empresa e também pelo grande auxílio no TCC. A UNAMA, por me oportunizar trilhar o caminho de sucesso de Engenheira de Produção. A todos os meus amigos e colegas, por todos os momentos de companheirismo, descontração e aprendizado compartilhados ao longo desses anos. A todas as demais pessoas que não foram diretamente mencionadas, mas que de alguma forma ajudaram na minha trajetória de conclusão de curso. Karina Konagano 6 AGRADECIMENTOS Primeiramente gostaria de agradecer a Deus, por todas as coisas maravilhosas que Ele tem feito na minha vida, em especial por ter me ajudado a alcançar mais este degrau. Sem o qual nenhuma destas realizações seria possível. Ao meu pai Oscar, e minha mãe Elza, pelo apoio e por tudo que sempre fizeram por mim, pela simplicidade, exemplo, amizade e carinho, fundamentais na construção do meu caráter. Estas palavras não conseguem expressar minha imensa gratidão a vocês. Obrigada por estarem sempre presentes, servindo como meu porto seguro e não medirem esforços para a obtenção desta conquista. A minha irmã Suellen pelo conhecimento e dicas importantes que contribuíram para a minha formação profissional. A minha amiga e autora do projeto, Karina Konagano, pela amizade, companheirismo, paciência e motivação durante esses anos de muita vitória e dedicação. Amiga você foi porto seguro, na hora em que pensei que não daria certo e você acreditou e me incentivou a alcançar o que sempre sonhamos. Ao meu orientador, Henrique Paiva, por nos ajudar com seus ensinamentos, paciência, e por sempre colocar caminhos que no qual, poderemos trilhar sem medo. Por fim, agradeço a todos os meus mestres da Universidade da Amazônia, que me ensinaram a verdadeira diferença entre professores e mestres. O resultado deste trabalho é um reflexo da dedicação de vocês, desempenhando o papel de educadores com amor pelo que fazem nos preparando para os desafios da vida. Ao Deryckson Luan ofereço um agradecimento mais do que especial, por ter vivenciado comigo esse momento, por ter me dado todo o apoio que necessitava nos momentos difíceis, todo carinho, respeito, por ter me aturado nos momentos de estresse, e por tornar minha vida cada dia mais feliz. Obrigada por tudo! Meus agradecimentos aos amigos, Ivan, Tatyane, Mauricio companheiros de trabalhos e irmãos na amizade que fizeram parte da minha formação e que vão continuar presentes em minha vida com certeza. Ao meu amigo Wesley, pelo apoio e cumplicidade. Porque mesmo distante, estava sempre presente em minha vida, pois além de amigo você é um irmão. Simplesmente sou grata por tudo que você fez e faz por mim, por sempre esta disposto a me escutar, e me ajudar a levantar nos momentos mais dificieis da minha 7 vida. Essa conquista eu compartilho com você com muita alegria, pois você participou tão de perto de cada coisa que tenho vivido você faz parte dessa vitória! A minha amiga Thayara pela amizade e companheirismo em todos esses anos, pelos seus inúmeros conselhos que sempre disponibilizou e pelas palavras de estímulos. Você é mais do que uma amiga, você é uma irmã. Suzanne Quaresma 8 “Tente uma, duas, três vezes e se possível tente a quarta, a quinta e quantas vezes for necessário. Só não desista nas primeiras tentativas, a persistência é amiga da conquista. Se você quer chegar aonde a maioria não chega, faça aquilo que a maioria não faz” Bill Gates 9 RESUMO O comércio varejista proporciona a venda diretamente para os consumidores finais, ou seja, é o elo entre a indústria em geral e os seus consumidores/clientes finais. Este setor está em constante crescimento, devido diversas organizações estarem se especializando em seus produtos e/ou serviços para oferecer aos seus clientes bens e serviços com qualidade. Por meio desse contexto, a implantação de um Centro de Distribuição (CD) se torna um fator de importância estratégica para atender de forma ágil às exigências dos consumidores. Diante da possibilidade de implantação de um CD, este projeto tem por objetivo analisar a viabilidade financeira da implantação de um Centro, através dos indicadores Valor Presente Líquido (VPL) e Taxa Interna de Retorno (TIR); tendo como instrumentos de coleta de dados visitas. Como resultado da pesquisa, espera-se que a implantação desse Centro seja viável, a fim de atender as unidades com máxima eficiência. Palavras-Chave: Previsão de Demanda. Centro de Distribuição. Análise de Viabilidade. 10 ABSTRACT The retail sector provides the sales directly to end consumers, ie, is the link between the general industry and their consumers / end users. This sector is constantly growing because many organizations are specializing in their products and/or services to offer its customers with quality goods and services. Through this context, the implementation of a Distribution Center (DC) becomes a factor of strategic importance to expeditiously meet the requirements of consumers. Facing the possibility of deploying a CD, this project aims to examine the financial viability of deploying a center, through the windows Net Present Value (NPV) and Internal Rate of Return (IRR), used as instruments of data collection visits. As a result of the research, it is expected that the implementation of this center is feasible, in order to meet the drives with maximum efficiency. Keywords: Demand Forecasting. Distribution Center. Feasibility Analysis. 11 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Funções básicas de um CD ........................................................... 28 Figura 2 – Carrinho industrial manual ............................................................. 31 Figura 3 – Empilhadeira .................................................................................. 31 Figura 4 – Paleteiro ........................................................................................ 32 Figura 5 – Rebocador industrial ...................................................................... 32 Figura 6 – Veículo guiado automaticamente................................................... 33 Figura 7 – Guindaste fixo ................................................................................ 33 Figura 8 – Pórtico ........................................................................................... 34 Figura 9 – Semi-pórtico................................................................................... 35 Figura 10 – Ponte rolante ............................................................................... 36 Figura 11 – Lei de Pareto ............................................................................... 40 Figura 12 – Previsão de Demanda método ARIMA para o produto lápis........ 67 Figura 13 – Previsão de Demanda método Média Móvel Simples para o produto lápis .............................................................................................................. 68 Figura 14 – Previsão de Demanda método de Suavização Exponencial Simples para o produto lápis ..................................................................................... 68 Figura 15 – Previsão de Demanda método SARIMA para o produto caderno 70 Figura 16 – Previsão de Demanda método Sazonalidade Aditiva para o produto caderno ........................................................................................................ 71 Figura 17 – Previsão de Demanda método Holt-Winters Aditivo para o produto caderno ..................................................................................................................... 71 Figura 18 – Previsão de Demanda método ARIMA para o produto envelope 73 Figura 19 – Previsão de Demanda método Média Móvel para o produto envelope .................................................................................................................... 74 Figura 20 – Previsão de Demanda método Suavização Exponencial Simples para o produto envelope ........................................................................................... 74 Figura 21 – Previsão de Demanda método SARIMA para o produto grampeador ............................................................................................................... 76 Figura 22 – Previsão de Demanda método Sazonalidade Aditiva para o produto grampeador .................................................................................................. 77 Figura 23 – Previsão de Demanda método de Holt-Winters Aditivo para o produto grampeador .................................................................................................. 77 12 Figura 24 – Previsão de Demanda método ARIMA para o produto quadro .... 79 Figura 25 – Previsão de Demanda método Suavização exponencial Dupla para o produto quadro ............................................................................................... 79 Figura 26 – Previsão de Demanda método Suavização exponencial Simples para o produto quadro ............................................................................................... 80 Figura 27 – Previsão de Demanda método SARIMA para o produto E.V.A. .. 81 Figura 28 – Previsão de Demanda método Holt-Winters Aditivo para o produto E.V.A. ........................................................................................................................ 82 Figura 29 – Previsão de Demanda método Sazonalidade Aditiva para o produto E.V.A. ........................................................................................................... 82 Figura 30 – Previsão de Demanda método ARIMA para o produto tesoura ... 84 Figura 31 – Previsão de Demanda método Suavização Exponencial Simples para o produto tesoura .............................................................................................. 85 Figura 32 – Previsão de Demanda método Suavização Exponencial Dupla para o produto tesoura .............................................................................................. 85 Figura 33 – Previsão de Demanda método SARIMA para o produto fita ........ 87 Figura 34 – Previsão de Demanda método Sazonalidade Aditiva para o produto fita ................................................................................................................ 88 Figura 35 – Previsão de Demanda método Holt-Winters Aditivo para o produto fita ............................................................................................................................. 88 Figura 36 – Previsão de Demanda método ARIMA para o produto pasta ...... 90 Figura 37 – Previsão de Demanda método Suavização Exponencial Simples para o produto pasta ................................................................................................. 91 Figura 38 – Previsão de Demanda método Suavização Exponencial Simples para o produto pasta ................................................................................................. 91 Figura 39 – Previsão de Demanda método Suavização Exponencial Dupla para o produto formulário .......................................................................................... 93 Figura 40 – Previsão de Demanda método Suavização Exponencial Simples para o produto formulário .......................................................................................... 94 Figura 41 – Previsão de Demanda método ARIMA para o produto formulário .................................................................................................................................. 94 Figura 42 – Previsão de demanda método SARIMA para o produto papel A4 .................................................................................................................................. 96 13 Figura 43 – Previsão de demanda método Sazonalidade Aditiva para o produto papel A4 ....................................................................................................... 96 Figura 44 – Previsão de demanda método Holt-Winters Aditivo para o produto papel A4 .................................................................................................................... 97 Figura 45 – Previsão de demanda método SARIMA para o produto caneta .. 99 Figura 46 – Previsão de demanda método Holt-Winters Aditivo para o produto caneta ....................................................................................................................... 99 Figura 47 – Previsão de demanda método Sazonalidade Aditiva para o produto caneta ........................................................................................................ 100 14 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Classificação ABC ........................................................................ 64 Tabela 2 – Base histórica de demanda do produto lápis ................................ 67 Tabela 3 – Previsão de demanda do produto lápis ......................................... 69 Tabela 4 – Base histórica de demanda do produto caderno........................... 69 Tabela 5 – Previsão de demanda do produto caderno ................................... 72 Tabela 6 – Base histórica de demanda do produto envelope ......................... 72 Tabela 7 – Previsão de demanda do produto envelope ................................. 75 Tabela 8 – Base histórica de demanda do produto grampeador .................... 75 Tabela 9 – Previsão de demanda do produto grampeador ............................. 78 Tabela 10 – Base histórica de demanda do produto quadro .......................... 78 Tabela 11 – Previsão de demanda do produto quadro ................................... 80 Tabela 12 – Base histórica de demanda do produto E.V.A. ........................... 81 Tabela 13 – Previsão de demanda do produto E.V.A. .................................... 83 Tabela 14 – Base histórica de demanda do produto tesoura.......................... 83 Tabela 15 – Previsão de demanda do produto tesoura .................................. 86 Tabela 16 – Base histórica de demanda do produto fita ................................. 86 Tabela 17 – Previsão de demanda do produto fita ......................................... 89 Tabela 18 – Base histórica de demanda do produto pasta ............................. 89 Tabela 19 – Previsão de demanda do produto pasta ..................................... 92 Tabela 20 – Base histórica de demanda do produto formulário...................... 92 Tabela 21 – Previsão de demanda do produto formulário .............................. 95 Tabela 22 – Base histórica de demanda do produto papel A4 ....................... 95 Tabela 23 – Previsão de demanda do produto papel A4 ................................ 97 Tabela 24 – Base histórica de demanda do produto caneta ........................... 98 Tabela 25 – Previsão de demanda do produto caneta ................................. 100 Tabela 26 – Investimento em Móveis e Utensílios ........................................ 102 Tabela 27 – Investimento em Máquinas e Equipamentos ............................ 103 Tabela 28 – Investimento em Instalação Elétrica ......................................... 103 Tabela 29 – Investimento em Pintura ........................................................... 104 Tabela 30 – Investimentos Fixos .................................................................. 104 15 Tabela 31 – Despesas Pré-Operacionais ..................................................... 105 Tabela 32 – Estimativa do Investimento Inicial Total .................................... 105 Tabela 33 – Custo Fixo Anual do CD............................................................ 106 Tabela 34 – Custo Fixo Anual da Loja da Vila dos Cabanos ........................ 107 Tabela 35 – Custo Fixo Anual da Loja de Belém .......................................... 107 Tabela 36 – Custo Fixo Anual da Loja de Abetetuba .................................... 108 Tabela 37 – Custo Fixo Anual da Loja de Barcarena ................................... 109 Tabela 38 – Previsões dos Custos do Centro de Distribuição ...................... 110 Tabela 39 – Previsões dos Custos das Lojas ............................................... 111 Tabela 40 – Fluxo de Caixa do Centro de Distribuição ................................. 112 Tabela 41 – Cálculo Receita de Vendas 2013 .............................................. 113 Tabela 42 – Cálculo Receita de Vendas 2014 .............................................. 113 Tabela 43 – Cálculo Receita de Vendas 2015 .............................................. 113 Tabela 44 – Cálculo Receita de Vendas 2016 .............................................. 114 Tabela 45 – Cálculo Receita de Vendas 2017 .............................................. 114 Tabela 46 – Cálculo Custo Operacional 2013 .............................................. 115 Tabela 47 – Cálculo Custo Operacional 2014 .............................................. 115 Tabela 48 – Cálculo Custo Operacional 2015 .............................................. 115 Tabela 49 – Cálculo Custo Operacional 2016 .............................................. 116 Tabela 50 – Cálculo Custo Operacional 2017 .............................................. 116 Tabela 51 – Valores Investimento e Retornos .............................................. 118 16 SUMÁRIO CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO ...................................................................... 19 1.1 TEMA E PROBLEMA................................................................................ 19 1.1.1 Definição do Problema ........................................................................ 20 1.2 OBJETIVOS .............................................................................................. 21 1.2.1 Objetivo Geral ...................................................................................... 21 1.2.2 Objetivos Específicos.......................................................................... 21 1.3 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA .............................................................. 21 1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................. 22 1.4.1 Tipo e Delineamento da Pesquisa ...................................................... 22 1.4.3 Delimitações do Estudo ...................................................................... 24 1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................. 25 CAPÍTULO 2 – REFERENCIAL TEÓRICO .................................................... 26 2.1 IMPORTÂNCIA DE UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO ............................ 26 2.2 VANTAGENS NA ADOÇÃO DO CD NO SISTEMA LOGÍSTICO ............. 27 2.3 FUNÇÕES BÁSICAS DE UM CD ............................................................. 27 2.3.1 Recebimento ........................................................................................ 28 2.3.2 Movimentação ...................................................................................... 29 2.3.2.1 Instrumentos de Movimentação ............................................... 30 2.3.2.1.1 Veículos Industriais ............................................................... 30 2.3.2.1.2 Equipamentos de Elevação e Transferência ......................... 33 2.3.3 Centro de Estocagem .......................................................................... 36 2.3.3.1 Unitização ................................................................................ 36 2.3.3.2 Paletização............................................................................... 37 2.3.3.3 Conteinerização ....................................................................... 37 2.3.4 Separação dos Pedidos ...................................................................... 38 2.3.5 Expedição ............................................................................................. 39 17 2.4 CLASSIFICAÇÃO ABC ............................................................................. 39 2.5 IMPORTÂNCIA DA PREVISÃO DE DEMANDA ....................................... 41 2.5.1 Previsão de Demanda .......................................................................... 42 2.5.2 Técnicas de Previsão de Demanda .................................................... 44 2.5.2.1 Métodos Quantitativos.............................................................. 45 2.5.2.2 Média ....................................................................................... 45 2.5.2.3 Média Móvel Ponderada .......................................................... 46 2.5.2.4 Média Exponencial Móvel ........................................................ 46 2.5.2.5 Tendência ................................................................................ 46 2.5.2.6 Sazonalidade ........................................................................... 47 2.5.2.7 Sarima ...................................................................................... 47 2.5.2.8 Arima ........................................................................................ 49 2.5.3 Erros de Previsão ................................................................................ 49 2.5.4 Método de Monte Carlo ....................................................................... 51 2.6 A IMPORTÂNCIA DO LEVANTAMENTO DOS CUSTOS PARA UM ESTUDO DE VIABILIDADE ..................................................................... 52 2.6.1 Custos de Implantação ........................................................................ 54 2.6.2 Custos de Aquisição ........................................................................... 54 2.7 ANÁLISE DE VIABILIDADE ...................................................................... 56 2.7.1 Indicadores de Análise de Investimento ............................................ 58 2.7.1.1 Valor Presente Líquido (VPL)................................................... 59 2.7.1.2 Taxa Interna de Retorno (TIR) ................................................. 60 CAPÍTULO 3 – ESTUDO DE CASO .............................................................. 62 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ........................................................ 62 3.2 DELINEAMENTO DO ESTUDO ............................................................... 63 3.2.1 Apresentação dos Produtos Selecionados ....................................... 63 3.2.2 Classificação ABC ............................................................................... 63 18 3.2.3 Previsão de Demanda pelo Crystall Ball ............................................ 66 3.2.4 Análise dos Principais Produtos do Centro de Distribuição ........... 66 3.3 PLANO DE INSTALAÇÃO ...................................................................... 100 3.4 ANÁLISE DE VIABILIDADE .................................................................... 101 3.4.1. Investimento Inicial........................................................................... 102 3.4.2 Custo Fixo Anual do Centro de Distribuição ................................... 105 3.4.3 Comparativo Entre as Lojas e o Centro ........................................... 107 3.4.4 Previsões de Custos.......................................................................... 110 3.4.5 Fluxo de Caixa.................................................................................... 112 3.4.5.1 Fluxo de Caixa em Gráfico ..................................................... 117 3.5 CÁLCULO DOS INDICADORES E A ANÁLISE DE VIABILIDADE ........ 117 CAPÍTULO 4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................ 120 4.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 120 4.2 PROPOSTAS ADICIONAIS DE PESQUISA ........................................... 121 REFERÊNCIAS ............................................................................................ 123 ANEXO I ....................................................................................................... 128 ANEXO II ...................................................................................................... 141 19 CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO Os tópicos seguintes abordarão as considerações iniciais do trabalho. Também será abordado o objetivo geral e os objetivos específicos deste trabalho, a hipótese que deve ser comprovada, o escopo da pesquisa e a metodologia utilizada na elaboração do trabalho. 1.1 TEMA E PROBLEMA Atualmente, com o aumento da competitividade, diversas empresas em segmentos diferentes utilizam o Centro de Distribuição (CD), pois este passou a ser considerado estratégico para as empresas. Através da utilização de CDs, é possível atender mais rápido o cliente, garantindo a sua fidelidade, aumentando o nível de serviço, reduzindo custos, entre outros benefícios (BALLOU, 2001). Um fato importante com relação aos CDs é que nos últimos anos, com a consolidação dos operadores logísticos no cenário nacional, os CDs não são mais considerados como papel secundário, pois os mesmos passaram a fazer parte da estratégia logística das empresas nacionais (GONÇALVES, 2007). Apesar das vantagens que o Centro proporciona, ainda deve ser realizado um estudo de viabilidade para verificar se o mesmo agregará valor para a empresa, pois através desse estudo mostrará se o investimento será viável ou não. O termo análise de viabilidade técnico-econômica é definido pela Norma Brasileira NBR 14653-4 como uma avaliação destinada a diagnosticar o sucesso de um empreendimento pela utilização de indicadores de viabilidade (ABNT, 2002). Para Maher (2001), essa análise consiste na avaliação criteriosa de um projeto de investimento, com o propósito de assegurar que o mesmo atinja seus objetivos, caso seja implementado. O mesmo autor ressalta que a qualidade dos investimentos é utilizada para explicitar como se comportam os empreendimentos sob o enfoque econômico, analisando se os resultados serão compatíveis com a massa de investimentos disponibilizada à produção. De acordo com a Pesquisa Anual do Comércio divulgada pelo IBGE no ano de 2010, o setor comercial paraense obteve cerca de R$ 9,5 bilhões em receita bruta 20 participando com 1,21% do total da receita do comércio brasileiro, que foi, aproximadamente, R$ 790 bilhões. O início do ano letivo movimenta o mercado de material escolar e papelaria em todo o País. Neste ano, os brasileiros gastaram R$ 6,8 bilhões na área, representando um crescimento de 11% em relação a 2012. Segundo o Pyxis Consumo, ferramenta de dimensionamento de mercado do IBOPE Inteligência, o consumo per capita desses produtos foram, em média de R$ 41,54, ante R$ 37,62 no ano passado (AZEVEDO, 2006). Representa que o setor papeleiro recebeu grandes investimentos em tecnologias, e o momento em que há maiores vendas é o período de volta às aulas (dezembro a fevereiro), e o incremento no volume de vendas é de 30% (SANTOS, 2013). 1.1.1 Definição do Problema Diante do exposto, a implantação de um CD não se define como gasto, e sim como investimento, pois o mesmo proporciona melhoria na logística, principalmente na distribuição dos produtos nas lojas que se encontram em diversas localidades, e também, se torna mais fácil realizar a compra dos bens em uma única vez e de um número reduzido de distribuidores, bem como proporcionará um ganho maior de confiança entre os distribuidores e o Centro. Porém, todo projeto que pode ser implementado deve ser realizada a sua análise se o mesmo será viável ou não para a empresa, pois, assim como pode trazer benefícios, pode também acarretar prejuízos, portanto, a análise de viabilidade financeira é importante, pois mostrará o quanto de retorno ela proporcionará para a empresa ou se o projeto dará prejuízos, e caso afirmativo, o projeto não dará início, apesar de todos os benefícios que o mesmo pode proporcionar. Portanto, observando este cenário, o trabalho busca responder o seguinte questionamento: Como comporta-se os indicadores de viabilidade financeira da implantação de um Centro de Distribuição para atender as quatro unidades da Papelaria na região Nordeste do Estado do Pará? 21 1.2 OBJETIVOS Nos tópicos seguintes será apresentado o objetivo geral deste trabalho, bem como os objetivos específicos do mesmo. 1.2.1 Objetivo Geral Analisar a viabilidade financeira, para a implantação de um Centro de Distribuição, para atender quatro unidades de Papelaria da região Nordeste do Estado do Pará. 1.2.2 Objetivos Específicos Para a realização do trabalho e para o alcance do objetivo, são necessários: Realizar a classificação ABC para os produtos comercializados, identificando os de classe A, B e C; Identificar os principais elementos de investimento para a implantação de um Centro de Distribuição e seus respectivos custos; Projetar as entradas de capital através de um estudo de previsão de demanda para os produtos que irão compor o mix de produtos do Centro; Criar um fluxo de caixa para a situação e determinar indicadores de análise de viabilidade financeira; Relacionar custo-benefício considerando os indicadores de viabilidade. 1.3 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA O Centro de Distribuição é um investimento de grande importância para diversos empreendimentos de diferentes ramos, dentre eles o setor de papelarias. Calazans (2001) explica que os investimentos em CDs entre 1998 e 2005 somaram US$ 1,05 bilhão. Entender a importância de um CD e aplica-lá é fundamental, principalmente para os empreendimentos que possuem filiais em várias regiões de um estado ou país, pois se torna um grande diferencial entre as organizações e também, a relação entre empresa e cliente se torna mais harmoniosa. 22 A empresa abordada na pesquisa não utiliza nenhum tipo de ferramenta para otimização da logística de forma a reduzir custos, diminuir os prazos de entregas e melhorar o gerenciamento do fluxo de produtos e informações. Em virtude disso, esta pesquisa pretende mostrar a importância da implantação de um CD para este segmento, com o objetivo de contribuir para a melhoria do processo logístico, e que a empresa venha oferecer um preço mais atrativo aos clientes, aumentar a sua margem de lucro e, principalmente, se diferenciar no mercado. Existem também, outras razões para a realização dessa pesquisa, dentre as quais podem se destacar: a grande contribuição que ocasionará a diversas empresas no que se refere à melhoria do planejamento, apresentando como consequência a reposição de produtos no tempo certo, diminuição dos desperdícios, melhor programação, melhoria na compra dos insumos comercializados e também, aperfeiçoamento da gestão de toda a organização. É importante destacar o valor deste projeto para o meio acadêmico, pois propõe, academicamente, a viabilidade de implantação de um CD no setor de papelaria do Estado do Pará, considerando dados reais da empresa e a realidade em que a mesma se encontra e assim, comparar os resultados da pesquisa com a situação real, demonstrando a possível e necessária relação entre o conhecimento teórico e a prática. 1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A metodologia utilizada para a realização deste trabalho foi baseada nos conceitos apresentados em Silva e Menezes (2005) e dividida em tópicos para maior esclarecimento, os quais seguem. 1.4.1 Tipo e Delineamento da Pesquisa Para Gil (1999), o delineamento refere-se ao planejamento da pesquisa em sua dimensão mais ampla, envolvendo tanto a sua diagramação quanto a previsão de análise e interpretação de dados, ou seja, o delineamento considera o ambiente em que são coletados os dados, bem como as formas de controle das variáveis envolvidas. 23 De acordo com o mesmo autor, o elemento mais importante para a identificação de um delineamento é o procedimento adotado para a coleta dos dados. Assim, definiram-se dois grandes grupos de delineamentos, que são: aqueles que se valem das chamadas fontes de “papel” e aqueles cujos dados são fornecidos por pessoas. Neste primeiro grupo estão incluídas a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental, já no segundo grupo está inserida a pesquisa experimental, a pesquisa ex-post-facto, o levantamento e o estudo de caso. Figueiredo (2007) explica que a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado por diversos autores sobre determinado assunto. As fontes da pesquisa bibliográfica podem ser livros, artigos, teses, dissertações e monografias. Na pesquisa documental, o documento é a fonte de pesquisa que pode ser escrito ou não, tais como filmes, vídeos, slides, fotografias ou pôsteres. A Pesquisa Experimental é toda pesquisa que envolve algum tipo de experimento. Na pesquisa ex-post-facto tem-se um experimento que se realiza depois do fato. Neste tipo de pesquisa são tomadas como experimentais situações que se desenvolveram naturalmente e trabalha-se com elas como se estivessem submetidas a controles (BANDEIRA, 2013). O mesmo autor relata ainda que o levantamento caracteriza-se pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Procedese da solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado. Estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo de um ou de poucos objetos, de maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento. Neste estudo, o tipo e delineamento da pesquisa estão inseridos tanto no primeiro quanto no segundo grupo. No primeiro é considerado como pesquisa bibliográfica, em virtude de ser desenvolvida por material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. No segundo é considerado como estudo de caso, pois está sendo realizado em uma empresa real, onde há coleta de dados. 24 1.4.2 Execução do Projeto A execução do trabalho teve duração de 9 (nove) meses, no período de março a novembro, do ano de 2013. Sua realização foi divida em tarefas que seguem os objetivos específicos do projeto, sendo definidas como: Caracterizar a Empresa: Composta por quatro lojas; o grupo como um todo possui a sua missão e sua visão; Realizar a classificação ABC: O estudo foi realizado com todos os produtos comercializados pelas lojas; foram identificados os produtos classe A e B; Realizar a previsão de Demanda: Selecionou-se o melhor modelo para cada item; essa seleção foi realizada através do menor DAM ou MAD (Desvio Absoluto Médio); Plano de Instalação: Identificação dos itens e processos necessários para instalação do CD; Analisar a Viabilidade: Levantamento dos custos de implantação do CD; montagem do fluxo de caixa; análise através de indicadores de Viabilidade (VPL, TIR). Para proceder a coleta de dados e de informações foi feito o levantamento dos elementos da Classificação ABC, da Previsão de Demanda, do Centro de Distribuição, dos indicadores de viabilidade financeira, por meio da revisão de referencial bibliográfico, incluindo livros e artigos de periódicos e congressos, bem como outros tipos de material disponibilizado em meio eletrônico. O objetivo foi capitalizar o conhecimento relacionado a esses tópicos e analisar a viabilidade financeira da implantação do Centro de Distribuição na região Nordeste do Estado do Pará. Na organização, análise e tratamento dos dados, os mesmos foram analisados, combinados e organizados em tabelas e gráficos que ratificaram a viabilidade de se implantar o Centro de Distribuição para os produtos de classes A e B. 1.4.3 Delimitações do Estudo O estudo ocorreu na região Norte brasileira, especificamente, no estado do Pará, onde são analisados o comportamento do mercado no setor papeleiro, 25 obtendo maior ênfase no Centro de Distribuição que irão atender as quatro lojas. Cada uma realiza a sua própria compra, o que gera um transtorno logístico muito grande, além do elevado custo que a empresa gasta, portanto, com a implantação do CD melhorará a logística do recebimento e entrega dos produtos, o custo irá reduzir e o cliente sairá mais satisfeito. Para que haja uma compra certa de itens a serem abastecidos às lojas, houve a realização da previsão de demanda com o auxílio do Software Crystal Ball, após foi realizada a análise de viabilidade financeira da implantação de um CD para atender as quatro lojas do grupo, considerando como indicadores de viabilidade o Valor Presente Líquido e a Taxa Interna de Retorno. 1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO O presente estudo será apresentado em quatro capítulos. O capítulo um é a introdução, onde foi apresentado o tema da pesquisa, pela definição do problema e pelos objetivos do trabalho. No capítulo dois são os conceitos importantes que se relacionam com a proposta do trabalho, constituindo o embasamento teórico. No terceiro capítulo encontra-se o estudo de caso da pesquisa, bem como os comentários dos dados gerados de forma detalhada. No último capítulo, estão as considerações finais, e nele também se encontra as propostas futuras para continuidade deste estudo. 26 CAPÍTULO 2 – REFERENCIAL TEÓRICO No presente capítulo, serão abordados os principais tópicos que compõem a pesquisa deste trabalho. O principal objetivo deste capítulo é verificar o que de mais emergente vem sendo desenvolvido sobre tais tópicos, em que contextos vêm sendo considerados e se estes já foram considerados em outras pesquisas. Assim, os tópicos: Importância do Centro de Distribuição, Previsão de Demanda e Análise de Viabilidade foram pesquisados, de forma a entender as possíveis relações entre os mesmos e justificar se será viável ou não a implantação do CD. 2.1 IMPORTÂNCIA DE UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO Santos (2006 apud CASTRO et al., 2010) afirmam que um Centro de Distribuição é um dos mais importantes e dinâmicos elos da cadeia de abastecimento. A consideração que os autores fazem está de acordo com o que se observa na realidade, pois um CD tem como principal objetivo gerenciar o fluxo de materiais e de informações, tanto com os fornecedores quanto com os clientes. Porém, é importante destacar que o CD não funciona apenas como um depósito, ou seja, simplesmente para armazenar materiais. Segundo Larceda (2000), os centros de distribuições são projetados para colocar produtos em movimento e não exclusivamente para armazená-los. São depósitos grandes e automatizados, projetados para receber produtos de várias fábricas e diversos fornecedores, com o objetivo de atendê-los com eficiência e expedir os produtos para consumidores de uma determinada região o mais rápido possível. Portanto, o CD tem como finalidade gerenciar o fluxo de produtos e informações associadas, de modo que possa contribuir para a redução das distâncias, diminuindo os prazos de entrega, contribuindo para o atendimento das necessidades dos consumidores. O CD é uma configuração regional de armazém onde são recebidas cargas consolidadas de diversos fornecedores, essas cargas são fracionadas para agrupar 27 os produtos em quantidade correta e, após, ser encaminhada para os pontos de venda mais próximos (RODRIGUES e PIZZOLATO, 2003). Os mesmos autores afirmam ainda que, após ser realizada a separação dos produtos para cada cliente, são encaminhados para os pontos de vendas mais próximos, porém, existem casos que são diferentes, como por exemplo, o centro pode ser construído com o objetivo de otimizar as compras dos produtos quando há uma rede de lojas, e pode haver lojas/clientes distantes do CD. 2.2 VANTAGENS NA ADOÇÃO DO CD NO SISTEMA LOGÍSTICO Diversas vantagens são identificadas na literatura quanto à adoção do CD no sistema logístico. Essas vantagens obtidas pela centralização de estoque podem beneficiar todos os elos da cadeia, sendo: fornecedor, empresa e consumidor. Calazans (2001) aponta as seguintes vantagens: Redução do custo de transporte; Liberação de espaço nas lojas; Redução de mão-de-obra nas lojas para o recebimento; Conferência de mercadorias; Diminuição da falta de produtos nas lojas. Bowersox e Closs (2001) identificam também duas vantagens na adoção do CD no sistema logístico: a capacidade de agregar valor ao produto (postergação) e os diferentes tipos de operações que podem ser realizadas no CD – consolidação, break bulk, cross docking e formação de estoque. Os mesmos autores apontam a vantagem obtida pelo fornecedor de produtos e serviços, a partir do ganho relacionado com a qualidade do atendimento ao cliente, agora servido mais rapidamente a partir de pontos mais próximos. 2.3 FUNÇÕES BÁSICAS DE UM CD As funções básicas de um CD, segundo Calazans (2001), são: recebimento, movimentação, armazenagem, separação de pedidos e expedição. 28 Figura 1 – Funções básicas de um CD Fonte: CALAZANS, 2001 Para a construção de um CD em um determinado local, a mesma deve possuir pelo menos essas cinco funções, caso contrário, ela não será considerada como Centro de Distribuição, propriamente dito. Como pode ser observado na Figura 1, que apresenta a relação entre todas as funções de um CD, aonde a mercadoria chega do fornecedor e é recebida pelo CD podendo ser armazenada para futura expedição ou pode ser diretamente encaminhada para expedição (cross docking); quando destinada à armazenagem, os produtos são movimentados até o seu devido local no estoque, até que seja solicitado o pedido, é então separada e encaminhada para expedição, onde será transportada até o destino adequado (BRAGA, 2011). A função de um CD não é apenas armazenar ou estocar produtos para futura expedição. É também para chegada das mercadorias de diversos fornecedores, a separação e a sua expedição; e quando os produtos chegam, estes podem ser estocados ou não, alguns não precisam ser armazenados, pois há pedidos que já foram solicitados anteriormente e também podem existir produtos perecíveis que não podem colocar em estoque. 2.3.1 Recebimento Segundo Braga (2011), a atividade de recebimento é a primeira etapa da trajetória do produto no CD. Essa etapa é essencial para a realização das outras atividades, envolvendo o descarregamento das cargas e a conferência da quantidade e da qualidade dos produtos entregues pelos fornecedores. Após o 29 registro dos produtos, o sistema de gerenciamento do armazém (Warehouse Management Systems) indica o endereço na área de armazenagem ou em outras áreas organizacionais onde os produtos deverão ser colocados. A etapa de recebimento, assim como outras etapas, precisa de um bom gereciamento, pois necessita de atenção no momento do descarregamento dos bens, pois há produtos frágeis, ou os que chegam quebrados ou com a embalagem danificada, a conferência da quantidade e qualidade é importante, assim como a armazenagem nos devidos locais também é de suma importância, e ainda pode existir de uns serem rapidamente expedidos para as lojas. 2.3.2 Movimentação Segundo Pascoal (2008), a movimentação interna dos produtos é o transporte de pequenas quantidades de produtos no armazém. Constantemente, a movimentação e o manuseio de materiais tomam bastante tempo, mão-de-obra e capital. Assim, é necessário minimizar o manuseio dos materiais, a fim de não possuir movimentos desnecessários, e também de aumentar o risco de dano ou perda do produto. Bowersox e Closs (2001) afirmam que a movimentação é realizada após o recebimento dos produtos, sendo sua primeira atividade a descarga dos veículos. A oportunidade de reduzir a intensidade da mão-de-obra e aumentar sua produtividade reside nas novas tecnologias de movimentação e manuseio de materiais que estão surgindo atualmente. O tipo de equipamento utilizado na movimentação de materiais afeta a eficiência e o custo de operação do CD (BRAGA, 2011). Existem dois tipos de movimentação dentro do CD: a transferência e a separação. A transferência consiste em transferir o material da área de recebimento para o local onde ficará estocado, e a separação é a retirada do material da área onde foi estocado e levá-lo para a área de consolidação dos pedidos. O processo de movimentação pode ser feito através da força física humana ou trabalho braçal, ou pode ser através de equipamentos como empilhadeiras e/ou transpaleteiras, quando são usados pallets ou slipsheet (folhas separadoras). A utilização de empilhadeiras tem como principal benefício uma maior produtividade, já que torna a movimentação mais rápida. A segurança da operação na utilização de 30 empilhadeiras é de responsabilidade do gestor do armazém, que deverá indicar funcionários aptos a manusearem tal equipamento. Existem equipamentos próprios para serem manuseados na parte interna do CD, mas, o equipamento precisa ser adquirido após o estudo do layout. Por exemplo, se existem prateleiras com 5m de altura, necessita de um equipamento que alcance essa altura. Porém, os corredores devem possuir o espaço necessário para movimentação desses transportes, e também de pessoas, sempre pensando no cuidado dos bens dentro do Centro. 2.3.2.1 Instrumentos de Movimentação Existem vários instrumentos de movimentação que podem auxiliar no transporte de produtos. Abaixo será descrito alguns dos instrumentos, bem como suas funções. 2.3.2.1.1 Veículos Industriais São equipamentos, motorizados ou não, usados para movimentar cargas intermitentes, em percursos variáveis com superfícies e espaços apropriados, onde a função primária é transportar e/ou manobrar. Os principais tipos são: carrinhos industriais, empilhadeiras, rebocadores, autocarrinhos (AGV) e paleteiros. São utilizados no processo de produção e também no processo de armazenagem para, não apenas transportar cargas, mas também colocá-las em posição conveniente. Sua principal característica é a flexibilidade de percurso e de carga e descarga (PRADO e PRADO, 2011). a) Carrinho Industrial Manual Trata-se de um equipamento indispensável a qualquer empresa que efetue movimentação de cargas em depósitos ou armazéns. Esse carrinho foi projetado para o manuseio de cargas como caixas e sacos, tanto na horizontal como na vertical com agilidade e segurança, como pode ser observado na Figura 2 (FIESP, 2012). Esse tipo de transporte é ideal para o transporte de cargas, pois exigem pouco esforço do operador e são para os mais diferentes tipos de carga e seus respectivos pesos. Além disso, apresenta baixo custo e ótimo rendimento 31 operacional, o carrinho manual opera normalmente em curtas distâncias e sua aplicação não tem limites, independente do setor da empresa (GUIMARÃES et al., 2012). Figura 2 – Carrinho industrial manual Fonte: GUIMARÃES et al., 2012 b) Empilhadeira Semelhantes às manuais, a diferença é que as empilhadeiras têm acoplado ao seu acionamento um motor elétrico para acelerar a operação hidráulica (Figura 3). As empilhadeiras constituem um dos equipamentos mais versáteis de transporte interno de mercadorias. Além das operações de deslocamento vertical e horizontal, ela atende às necessidades de empilhamento de cargas unitizadas e sem necessidade de trajetos fixos. São diversos os modelos de empilhadeiras e, conforme a necessidade do movimento pode ser desenvolvida em projetos especiais (LEMES, 2012). Figura 3 – Empilhadeira Fonte: LEMES, 2012 32 c) Paleteiro Lemes (2012) afirma que os paleteiros são projetados para transportar cargas unitizadas, principalmente paletizadas, o carrinho paleteiro é provido de um sistema hidráulico de levantamento e abaixamento de cargas de fácil operação. Seu braço, normalmente estruturado em barras de ferro tubulares, funciona como uma alavanca para elevação hidráulica, como mostra a Figura 4. Figura 4 – Paleteiro Fonte: LEMES, 2012 d) Rebocadores Industriais São utilizados para movimentações em grande escala, como em aeroportos e centros de abastecimento, que necessitam de operações rápidas, engates rápidos e manobras ágeis, visualizado na Figura 5 (GUIMARÃES et al., 2012). Figura 5 – Rebocador industrial . Fonte: GUIMARÃES et al., 2012 e) AGV (Veículo Guiado Automaticamente) Os veículos industriais motorizados (Figura 6) são quase uma mecanização dos modelos manuais. Com a finalidade de permitir o deslocamento de maior volume 33 e peso, acoplam-se motores ou engatam-se em veículos elétricos. Com essa iniciativa, busca-se obter aumento da capacidade de carga, velocidade na operação e maior raio de ação (PRADO e PRADO, 2011). Figura 6 – Veículo guiado automaticamente Fonte: PRADO e PRADO, 2011 2.3.2.1.2 Equipamentos de Elevação e Transferência São equipamentos destinados a mover cargas variadas para qualquer ponto dentro de uma área fixa, e a principal função é transferir. Os principais tipos são: guindastes fixos, pontes rolantes, pórticos e semi-pórticos. São utilizados principalmente para materiais pesados, volumosos e desajeitados, em curtas distâncias, dentro de uma fábrica (SANTOS et al., 2011). a) Guindastes Fixos O guindaste é um equipamento utilizado para a elevação e a movimentação de cargas e materiais pesados, assim como a ponte rolante, utilizando o princípio da física no qual uma ou mais máquinas simples criam vantagem mecânica para mover cargas além da capacidade humana, como mostra a figura 7. É utilizado para descarregar e carregar contâiners, organizar material pesados em grandes depósitos e na movimentação de cargas pesadas na área da construção civil (METÁLICA, 2009). Figura 7 – Guindaste fixo Fonte: METÁLICA, 2009 34 b) Pórticos Os pórticos, juntamente com os elementos portantes secundários, formam o esqueleto resistente do sistema construtivo, no qual são fixados os elementos de cobertura e fechamento lateral. Decompondo-se o pórtico pelos nós, têm-se elementos retos, as vigas e os pilares; a união destes elementos normalmente é considerada pelos projetistas na forma de ligações perfeitamente rígidas ou de ligações perfeitamente articuladas (E-ESCOLA, 2009). Em arquitetura, um pórtico é o local coberto à entrada de um edifício. Pode se estender ao longo de uma colunata, com uma estrutura cobrindo uma passarela elevada por colunas ou pode ser fechada por paredes, geralmente com dimensões menores que um portal; a Figura 8 mostra a estrutura do equipamento (NEGÓCIOS, 2013). Em geral, é uma estrutura constituída por peças lineares, dispostas no mesmo plano e sujeitas a um carregamento que atua segundo esse mesmo plano (SOARES e HANA, 2001). Figura 8 – Pórtico Fonte: SOARES e HANA, 2001 c) Semi-pórticos Usados normalmente em portos para descarregar grandes e pequenos contentores ou contâiners, ou embalagens padrão para transporte de cargas com capacidade de até 20 m³. Esse tipo de guindaste pode erguer até 12 contentores (contâiners) de 20m³ cada um, observado na Figura 9 (SIEMENS, 2013). 35 Figura 9 – Semi-pórtico Fonte: SIEMENS, 2013 d) Pontes Rolantes Equipamento aéreo sobre trilhos, utilizado no transporte e movimentação de cargas e materiais (ALMEIDA, 2011). Realiza o deslocamento de cargas e materiais, no sentido vertical, horizontal e longitudinal, observado na Figura 10. É considerada como ponte rolante do tipo apoiada quando a viga da ponte rolante corre por cima dos trilhos do caminho de rolamento; estes trilhos são sustentados pelas colunas de concreto do prédio ou pelas colunas de aço especialmente fabricadas para a estrutura do caminho. Entretanto, a ponte do tipo suspensa, a viga rolante corre por baixo dos trilhos das vigas do caminho de rolamentos. Ao contrário da ponte rolante do tipo uni-viga, é constituída por duas cabeceiras, uma única viga e um ou dois carros trolley que sustentam a(s) talha(s). Já a ponte do tipo dupla-viga, a ponte é constituída também por duas cabeceiras, duas vigas e um ou dois carros trolley que sustentam a(s) talha(s). O carro trolley corre em trilhos que são fixados na parte superior da viga da ponte rolante (ARKTEC, 2010). São comandadas manualmente pelo operador ou de forma automática, buscam e entregam o material em pontos pré-definidos segundo o mapeamento com coordenadas cartesianas de armazéns ou pátios externos. Sistemas anti-colisão garantem a operação segura de pontes que operam no mesmo caminho de rolamento (SENAI, 2011). 36 Figura 10 – Ponte rolante Fonte: ARKTEC, 2010 2.3.3 Centro de Estocagem Rodrigues e Pizzolato (2003) definem que a armazenagem é a guarda temporária de produtos para posterior distribuição. Os estoques são necessários para o equilíbrio entre a demanda e a oferta. Entretanto, as empresas visam manter níveis de estoques baixos, pois estes geram custos elevados: custos de pedir (custos administrativos associados ao processo de aquisição das mercadorias); custos de manutenção (referentes a instalações, mão-de-obra e equipamentos); custo de oportunidade (associado ao emprego do capital em estoque). A área de armazenagem dos CDs é composta, segundo Lacerda (2000), por várias estruturas como, porta-paletes, drive-in, estanterias e racks, que são separadas por corredores para ter acesso às mercadorias e esses corredores são sinalizados para facilitar a operação dentro do CD. O Centro de Estocagem é necessário, pois a demanda é incerta, e é o estoque de mercadorias que não deixa de atender a determinados clientes ou lojas, permitindo que estes fiquem aguardando a próxima remessa pelos fornecedores ou que o CD faça a nova solicitação dos produtos. 2.3.3.1 Unitização Corresponde à alocação de um conjunto de mercadorias em uma única unidade com dimensões padronizadas, o que facilita as operações de armazenamento e movimentação da carga de maneira mecanizada. Não constitui propriamente uma embalagem, é um acessório para o deslocamento ou transporte 37 de carga, não integrando o produto ou o conjunto de produtos armazenados (RODRIGUES e PIZZOLATO, 2003). Ao unitizar essas mesmas cargas, necessitam não apenas de equipamentos de movimentação, mas de estrutura que favoreça a ocupação vertical, reduzindo os custos indiretos, normalmente com forte vínculo com a forma de organização horizontal. A adoção desses mecanismos também pode ser considerada fator de influência na redução de acidentes no ambiente de trabalho, se utilizados de forma correta. A movimentação segura contribui para a redução de danos dos produtos movimentados, quer pela adoção de embalagens terciárias, quer pela aceleração, reduzindo o manuseio, a que os produtos são submetidos. Essa redução de tempo em sistemas produtivos contribui, sobremaneira, para a percepção e configuração de aumentos de produção e produtividade. 2.3.3.2 Paletização Lacerda (2000) afirma que a paletização utiliza uma plataforma de madeira ou estrado destinado a suportar carga, fixada por meio de cintas, de modo que sua movimentação mecânica utilize garfos de empilhadeira ou guindastes específicos para esse fim. O guindaste pode movimentar o pallet por dois lados ou por quatro lados com seus garfos, permitindo ainda que a carga seja paletizada, envolvida em filme Poli Cloreto de Vinila (PVC). A paletização consiste na adoção de sistemas de pallets para movimentar, guardar e armazenar produtos. É uma plataforma, um estrado padronizado, geralmente construído em madeira, podendo ser também construído em metal, plástico, fibra ou outros materiais, com estrutura horizontal, onde a carga é empilhada e estabilizada. Comumente, é projetado para que seja movimentado mecanicamente, por empilhadeiras ou veículos de garfo, além de guindastes. 2.3.3.3 Conteinerização A principal função é a alocação da carga em contâiners, que é um recipiente construído de material resistente o suficiente para suportar uso repetitivo, destinado a propiciar o transporte de mercadorias com segurança, inviolabilidade e rapidez, permitindo fácil carregamento e descarregamento e um equipamento adequado à 38 movimentação mecânica e ao transporte por diferentes equipamentos (LACERDA, 2000). Entre as vantagens do uso de contâiners, podem ser: redução de perdas de produtos e mercadorias, redução de problemas de roubos e de avarias à carga transportada. A redução desses aspectos causa impacto direto na eventual necessidade de contratação de seguros, assim como do seu custo. As possíveis reduções de custos, inclusive de rotulagem e embalagem, são sentidas quando a carga precisa ser submetida a grandes percursos, principalmente, nos casos em que o contâiner é transportado porta-a-porta. Ainda há que considerar as possíveis reduções de utilização de mão-de-obra na movimentação da carga, principalmente quando comparada a operação manual. Carregamentos e descarregamentos de veículos e embarcações sob condições climáticas adversas também são simplificados com a utilização de contâiners. Dentre as principais desvantagens do uso de contâiners há que se considerar sua forma de contratação. Estes são alugados para o transporte de cargas, para isso o pagamento de taxas sobre estadia pelo uso do contâiner deve ser considerado. Enquanto este ficar à disposição do usuário por um período além do contratado ou prazo livre, incorrerá um custo adicional. Outra desvantagem é a exigência de equipamentos de alto custo para a movimentação dos contâiners, além de unidades de carga nos locais de expedição e de recebimento, além dos pontos de transferência de veículo de transporte. 2.3.4 Separação dos Pedidos A separação de pedidos (picking) é a coleta do mix correto de produtos, em suas quantidades corretas da área de armazenagem para satisfazer as necessidades do consumidor. É uma etapa fundamental do ciclo do pedido, pois consome cerca de 60% dos custos operacionais de um CD (RODRIGUES e PIZZOLATO, 2003). Tal atividade dentro de um armazém é considerada como uma das mais críticas. Dependendo do tipo de armazém, 30 a 40% do custo de mão-de-obra estão associados à atividade de picking. Aliado ao custo, o tempo dessa atividade influi de 39 maneira substancial no tempo de ciclo de pedido, ou seja, o tempo entre a recepção de um pedido do cliente e a entrega correta dos produtos. A área de estocagem ocupa um grande espaço devido ao acondicionamento dos estoques. Assim, conforme Lacerda (2000), a separação de pedidos, que é realizada nessa área, implica em grandes deslocamentos por parte dos operadores. Existem algumas alternativas intermediárias para diminuir esse tempo gasto com o deslocamento, como: algorítmos para definição das rotas de coleta, lógicas de endereçamento e métodos alternativos de organização do trabalho. 2.3.5 Expedição Expedição é a última etapa a ser realizada no CD. Consiste basicamente na verificação e no carregamento dos produtos nos veículos, podendo envolver atividades como: conferência do pedido, preparação dos documentos de expedição e pesagem da carga para determinação do custo de transporte (RODRIGUES e PIZZOLATO, 2003). Para Calazans (2001), alguns complicadores são encontrados na operação da expedição que podem afetar sua eficiência: atrasos de transportadoras, atrasos na emissão da lista de separação, quebra da sincronia entre os processos de recebimento e expedição nas operações de cross docking e picos de demanda que não foram adequadamente planejados. 2.4 CLASSIFICAÇÃO ABC A classificação ABC é a etapa que antecede a previsão de demanda, na qual é caracterizada pela lei de Pareto, onde é feita através da ordenação dos itens consumidos em função de um valor financeiro, conforme a Equação 1. O produto de classe A é constituído de até 10 ou 20% dos itens e o consumo é acima de 50 até 80%. Os itens de classe B são compostos entre 20 e 30%, e o consumo varia também nas mesmas porcentagens, já os produtos de classe C têm um elevado percentual de itens, acima de 50%, porém, o consumo varia entre 5 e 10% (MARTINS, 2006 e LUSTOSA et al., 2008). Valor mensal = custo unitário x consumo médio mensal Equação 1 – Valor mensal Fonte: MARTINS, 2006 e LUSTOSA et al., 2008 40 Figura 11 – Lei de Pareto Fonte: MARTINS, 2006 e LUSTOSA et al., 2008 Interpretando a concepção dos autores, a classificação ABC é dada por produto de classe A, B ou C, na qual a classe é definida pelo grau de influência no lucro que este produto possui. Os produtos de classe A são constituídos por poucos itens e deve possuir o mínimo de estoque possível, por outro lado, tem-se um grande número de itens de classe C, porém, não é cabível possuir um grande número de itens no estoque, principalmente dos itens que não possuem um alto giro, pois isso gera custo que é prejudicial para as empresas. A classificação ABC é essencial nas organizações que trabalham com variados produtos, sendo utilizada para distinguir os produtos de acordo com a quantidade vendida e o seu respectivo custo. A quantidade de produtos ou serviços solicitados pelos clientes e ofertados por uma organização denomina-se demanda (LUSTOSA et al., 2008). Para estes autores, a demanda é definida como uma gama de produtos ou serviços requeridos por pessoas ou companhias proporcionados pelas empresas e quando analisada ao longo do tempo, pode comportar-se de maneiras diferentes devido à variedade de fatores que a influenciam, acarretando assim, em uma difícil previsão devido à alta variabilidade dos dados. O método da curva ABC é um método antigo, porém, bastante eficaz, e é realizado pelo raciocínio do Diagrama de Pareto (Figura 11), que foi desenvolvido pelo economista Vilfredo Pareto; é através dessa classificação que as empresas conseguem identificar a importância dos itens, e assim garantir um melhor controle dos podutos comercializados. 41 Trata-se de uma classificação estatística de materiais, que também pode ser utilizada para classificar clientes em relação aos seus volumes de compras ou em relação à lucratividade proporcionada etc. Em uma organização, a curva ABC é muito utilizada para a administração de estoques, mas também é usada para a definição de políticas de vendas, assim como para o estabelecimento de prioridades e também para a programação de produção. Para a administração de estoques, por exemplo, o administrador utiliza como um parâmetro que informa sobre a necessidade de aquisição de itens/mercadorias ou matérias-prima essenciais para o controle do estoque, que variam de acordo com a demanda do consumidor. Na avaliação dos resultados da curva ABC, percebe-se o giro dos itens no estoque, o nível da lucratividade e o grau de representação no faturamento da organização. Os recursos financeiros investidos na aquisição do estoque poderão ser definidos pela análise e aplicação correta dos dados fornecidos com a curva ABC (ARAÚJO; NASCIMENTO e LEONEZ, 2012). 2.5 IMPORTÂNCIA DA PREVISÃO DE DEMANDA Em empresas do setor varejista, o gerenciamento do estoque físico realizado de forma adequada pode acarretar em grandes ganhos para a organização, visto que estas lojas possuem uma alta variedade de produtos. A necessidade de se manter o volume ideal em estoque se justifica a partir da análise dos altos custos de manutenção dos produtos (MOREIRA, 2004). De acordo com Lustosa et al. (2008) o estabelecimento da quantidade ideal em estoque é fundamental para evitar problemas como o excesso dos itens com baixo giro ou possíveis vendas perdidas. Saber qual a quantidade e quais mercadorias precisam ser compradas e estocadas deve ser analisado, de forma a buscar o equilíbrio entre a oferta e a procura. Através da previsão de demanda, pode-se obter uma importante vantagem competitiva, considerando que esta fornece informações relevantes do que, quanto e quando comprar. É por meio desta previsão que se torna possível maior controle dos produtos, e assim, contribui para que os níveis de estoque se aproximem do ideal, proporcionando para a empresa maior agilidade e redução dos custos. 42 Com isso, a previsão de demanda é um dos principais alicerces para o planejamento da organização, pois é a partir dela que importantes decisões acerca do gerenciamento de estoques são tomadas (BALLOU, 2001). Tubino (2008) ressalta que as previsões possuem destacada função dentro de uma organização, pois permite aos gestores anteverem o futuro para que assim planejem suas ações de forma adequada. A previsão pode ser realizada de forma a facilitar a visão do gestor sobre a sua demanda, porém, os resultados que obtiver, o gestor deve primeiramente interpretar e após essa interpretação, tomar alguma decisão. Slack et al.(2002) definem claramente isso quando afirmam que as técnicas de previsão são constantemente utilizadas, mas estas previsões necessitam ser interpretadas de forma a dar assistência ao planejamento. Nesse sentido, cabem aos fabricantes ou empresários calcular a demanda futura, para o planejamento dos recursos e da capacidade necessária para atender satisfatoriamente tais demandas. Arnold (1999 apud PAIVA, 2011) ressalta que essa previsão é indispensável para o desenvolvimento de planos, no intuito de sastifazer demandas futuras; acrescido a isso, é fato que a maioria das empresas não pode esperar a solicitação dos pedidos para assim planejar-se o que deverá ser produzido, principalmente por que os clientes esperam um prazo mínimo possível. Portanto, as empresas têm utilizado softwares, com técnicas de previsão de demanda, para gerenciamento da cadeia de suprimentos e demanda. Estes softwares são capazes de fornecer informações fundamentais, possibilitando uma grande vantagem competitiva, auxiliando em um controle mais preciso e adequado dos estoques, buscando um melhor preparo para a organização. 2.5.1 Previsão de Demanda Segundo Lustosa et al. (2008), a demanda de um produto é o volume total que seria comprado por um grupo definido de consumidores, em um período de tempo definido, em um determinado ambiente de mercado e mediante a um programa definido de marketing. A demanda, em um conceito básico seria o volume total. Porém, as empresas que produzem bens para clientes finais ou consumidores finais não sabem a 43 quantidade exata que deve ser produzida por mês, portanto, pode haver falta ou excesso de itens, pois pode ocorrer desistência por parte dos clientes, assim como pode existir procura de vários consumidores em curto período, e a empresa deve estar preparada para esta sazonalidade. Portanto, deve ser realizada a previsão desta demanda para que a empresa saiba a quantidade mais ou menos exata para produção dos bens. Tubino (2008) define a previsão de demanda como uma estimativa do que pode ser a demanda futura. De acordo com Spanhol; Benites e Figueiredo Neto (2004 apud Paiva, 2011), deve-se compreender a previsão de demanda não como um fim em si, mas uma forma de dispor informações para uma consequente tomada de decisão, visando determinados objetivos. Já Slack et al. (2002) afirmam que a previsão é uma projeção numérica das expectativas de uma organização, retratada em um determinado momento pelas opiniões e análises de profissionais a respeito do que poderá ocorrer no futuro dentro de um mercado ao qual a empresa está inserida. Segundo Davis; Aquilano e Chase (2001), um sistema de previsão de demanda possui quatro etapas operacionais: definição do problema a ser resolvido, ou seja, qual a variável a ser prevista; obtenção do padrão de demanda (histórico de demanda) e dados contextuais; escolha do método de previsão; implementação do método selecionado e monitoramento das previsões. Os padrões de demanda são resultados do crescimento ou declínio de taxas de demanda, sazonalidades e flutuações gerais causadas por diversos fatores e existem dois tipos, regular e irregular. Os mesmos autores definem que o regular pode ser decomposto em cinco componentes: demanda média para o período; tendência; sazonalidade; fatores cíclicos; e variação aleatória (erro aleatório). Ballou (2001) define que os padrões de demanda irregular são particularmente difíceis de prever e ocorrem por vários motivos: o padrão de demanda é dominado por pedidos grandes de clientes não frequentes; a demanda pode ser derivada da demanda de outros produtos ou serviços; pode ser um resultado de dados de eventos especiais; entre outros. 44 2.5.2 Técnicas de Previsão de Demanda De forma a lidar com tantas variações, várias técnicas para a previsão de demanda foram desenvolvidas. Diferentes métodos de previsão estão disponíveis para que as organizações identifiquem o modelo mais viável para cada situação, e os métodos podem ser divididos em qualitativos, quantitativos e uma combinação destes dois métodos (PELLEGRINI, 2000). Pellegrini (2000) e Slack et al., (2002) explicam que os métodos quantitativos de previsão assumem que as causas que caracterizam a demanda histórica continuam presentes no futuro, ou seja, o comportamento passado é a base para se inferir sobre o futuro. Os métodos quantitativos utilizam dados históricos, reunidos sob a forma de séries temporais, para prever a demanda em períodos futuros, mediante a construção de modelos matemáticos que descrevem o comportamento desses dados ao longo do tempo. Os modelos mais conceituados dessa modelagem podem ser realizados pelos Box-Jenkins, de Suavização Exponencial ou Média Móvel. As técnicas quantitativas são classificadas em modelos de séries temporais e modelos causais. Os modelos de séries temporais são baseados exclusivamente no padrão de comportamento da série histórica de dados; os causais têm por finalidade descrever a demanda como função de variáveis independentes; os mais conhecidos são: Modelos de Regressão Simples e Regressão Múltipla (BALLOU, 2001). Vale acrescentar que os métodos de previsão não conduzem a resultados perfeitos, e isso se justifica principalmente porque existem fatores aleatórios que não podem ser previstos nem controlados, e, portanto, é importante uma revisão frequente dessas previsões para diminuir ao máximo o impacto gerado por essas imprecisões. Enquanto que os métodos qualitativos são baseados no julgamento e na experiência de especialistas, são utilizadas principalmente quando não existem dados disponíveis ou os dados históricos são insuficientes para a modelagem matemática; a técnica de previsão desse método mais conhecida é o método Delphi (TUBINO, 2008). Pellegrini (2000) alega que a acurácia da previsão é o fator mais importante na avaliação da previsão, portanto, é necessário utilizar alguma medida de 45 acuracidade, entre as mais conhecidas tem-se o MSE (Mean Squared Error) e o MAPE (Mean Absolute Percentual Error). 2.5.2.1 Métodos Quantitativos Esta subseção apresenta as técnicas de previsão de Médias (Móvel, Móvel Ponderada e Exponencial Móvel) e às relacionadas à Tendência (Equações Lineares e Ajustamentos) que serão utilizadas no estudo. As técnicas qualitativas não foram utilizadas, pois há dados históricos da demanda que permite análises mais precisas e objetivas. Segundo Tubino (2000) as previsões baseadas em séries temporais partem do princípio de que a demanda futura será uma projeção dos valores passados, sem influência de outras variáveis. É o método mais simples e usual de previsão e, se bem elaborados, oferece bons resultados. Sendo necessário plotar dados passados para identificar fatores nas características da curva obtida, uma curva temporal pode conter tendência, sazonalidade e variações irregulares e/ ou randômicas. 2.5.2.2 Média A previsão baseada na média privilegia os dados recentes da série histórica e normalmente representam melhor a situação real. Essas técnicas são aplicadas quando os dados históricos variam em torno de uma média, e ainda podem ser usados quando existem pequenas variações graduais no nível dos dados (TUBINO, 2000). A média móvel usa dados de um número predeterminado de períodos, normalmente os mais recentes para gerar sua previsão. Pode ser de caráter simples, exponencial ou ponderada (TUBINO, 2007). O autor enfatiza que o método de média para previsão é aplicado quando a demanda apresenta, ao longo do tempo, flutuações em torno de um valor constante. A grande desvantagem do uso da média móvel para previsões consiste em sua simplicidade operacional e facilidade de entendimento, porém, a necessidade de se armazenar um grande volume de dados principalmente se o número de períodos for grande é uma de suas grandes limitações. Recomenda- se o uso da media móvel 46 em situações em que a demanda apresenta comportamento estável e quando o produto não é muito relevante (TUBINO, 2000). 2.5.2.3 Média Móvel Ponderada A média móvel ponderada é uma varição da média móvel que consiste em ponderar a importância dos períodos da previsão, atribuindo-lhe pesos diferentes. Segundo Moreira (2004), a vantagem sobre a média móvel é que os valores mais recentes da demanda que podem revelar alguma tendência recebem uma maior importância. Entretanto, valem as mesmas observações quanto ao valor, pois quanto maior, mais suavidade terá e mais lenta será a resposta das variações. 2.5.2.4 Média Exponencial Móvel Na média exponencial móvel a importância de cada observação descresce no tempo. De acordo com Tubino (2000), cada nova previsão é obtida com base na previsão anterior, acrescida do erro cometido corrigido por um coeficiente de ponderação. O coeficiente de ponderação α é fixado dentro de uma faixa que varia de 0 a 1. Quanto maior seu valor, mais rapidamente o modelo agirá a uma variação real da demanda. Se for muito grande, as previsões ficarão sujeitas às variações aleatórias da demanda, se for muito pequeno as previsões poderão ficar defasadas da demanda real, normalmente essa variação ocorre quando os valores de α ficam entre 0,3 e 0,5. Os pacotes computacionais que trabalham com estes modelos incluem simulações para ajustar o nível de α de maneira a reduzir o erro de previsão. As previsões baseadas na média exponencial são mais utilizadas, principalmente em sistemas computacionais, pois seu modelo exige armazenagem de apenas três dados por item (previsão passada, demanda e coeficiente de ponderação) e é de fácil entendimento. 2.5.2.5 Tendência Tubino (2000) define que a tendência é utilizada para projeções de séries longas que pode possuir um comportamento ascendente ou descendente, e consiste na determinação de uma função matemática que pode estar baseada na equação 47 linear como forma de previsão ou no ajustamento exponencial, que relaciona a variável demanda, dependente, à variável tempo, independente. Interpretando a ideia do autor, tendência é empregada para dados de longo prazo e existem duas variáveis que se relacionam a partir de uma equação matemática. Tanto o ajustamento linear quanto o exponencial apresentam valores corretos, porém, deve-se analisar qual gera o menor erro e em seguida, utiliza-se o modelo escolhido para previsões futuras. 2.5.2.6 Sazonalidade De acordo com Ritzman e Krajewski (2004) a sazonalidade é caracterizada pela ocorrência de variações da demanda em intervalos regulares de tempo, para baixo e para cima nas séries temporais. O tempo de ocorrência da sazonalidade pode ser anual, mensal ou diário; onde pode ser expressa em quantidade ou em percentagem da demanda que se desvia dos valores médios. Para os autores, quando a demanda, ao longo do tempo, possui uma alternância em um padrão regular em sub-períodos de um tempo considerável, denomina-se como comportamento sazonal. 2.5.2.7 Sarima O modelo ARIMA e sua variante sazonal SARIMA são meios poderosos e úteis para representar modelos de séries temporais e para inferir previsões sobre os movimentos futuros da variável analisada, sendo esses escolhidos para modelar a variabilidade de IUV (valor máximo diário) em função de esta variável apresentar inúmeros fatores incontroláveis relativos ao clima e sazonalidade. Para determinar os parâmetros, são utilizadas as funções de autocorrelação (ACF) e autocorrelação parcial (PACF). A análise da ACF visa identificar a estacionalidade e definir o termo de médias móveis (q ou Q). A análise da função PACF possibilita identificar a ordem do termo autoregressivo (p ou P) (BECKER, 2010). Onde “d” são diferenças simples e “D”, as diferenças sazonais. Em seguida, deve- se realizar um processo de checagem do diagnóstico, isto é, de verificação da acurácia do modelo estimado na etapa anterior, com a finalidade de verificar se o 48 modelo matemático está ajustado aos dados através de testes estatísticos. Caso se verifique que um modelo não é adequado, o ciclo será repetido. Uma série temporal, denominada por Zt é um conjunto de valores sucessivos e dependentes de alguma variável (volume de vendas, temperatura etc) registrada no decorrer do tempo. Uma estatística importante na análise de séries temporais é o coeficiente de auto-correlação , sendo este utilizado para descrever a correlação entre dois valores da mesma série temporal, em diferentes períodos de tempo. De modo geral, o coeficiente de auto-correlação k mede a correlação entre observações distantes k períodos de tempo (ou seja, uma auto-correlação de lag k). A auto-correlação de lag k é medida pelo coeficiente k, definido pela equação 2. Equação 2 – Coeficiente k Fonte: BECKER, 2010 Onde µ é a média da série temporal. Lopo; Spyrides e Lucio (2012) afirmam que os modelos de Box-Jenkins assumem que os valores de uma série temporal são altamente dependentes, isto é, cada valor atual pode ser explicado por valores anteriores da série. Os modelos ARIMA e SARIMA representam uma das classes mais gerais destes modelos. Os modelos, mais especificamente são: AR (p) (auto-regressivo de ordem p) e MA (q) (média-móvel de ordem q), que podem ser integrados, gerando os modelos ARIMA (p,d,q), ou seja, composto de AR (p) e MA (q) com d diferenciações. Essas diferenciações são referentes à estacionalidade de Zt, ou seja, podem ser aplicadas diferenciações na série até que esta estabilize no tempo. Em geral, d assume os valores de 0, 1 ou 2 no máximo, sendo que para d = 0 nenhuma diferenciação foi aplicada. Existem ainda modelos com sazonalidade; esses são utilizados para analisar séries temporais que apresentam comportamento recursivo no tempo, por exemplo, a cada s períodos de tempo. Assim, se um comportamento se repete a 49 cada ano, ou seja, com sazonalidade anual, então s = 12 meses. São denominados por SARIMA (p,d,q)(P,D,Q)s, onde as letras maiúsculas denotam a parte sazonal do modelo e são análogas a p,d,q sendo que s funciona como descrito acima. Trata-se, portanto de um modelo multiplicativo geral considerando conjuntamente a parte sazonal e não sazonal (LOPO; SPYRIDES e LUCIO, 2012). 2.5.2.8 Arima Silva (2008) afirma que o ARIMA (método autoregressivo integrado de média móvel) é um método paramétrico e estatístico sendo descrito através de parâmetros assim dispostos (p,d,q). O termo p se refere à ordem da autoregressão na série, e corresponde a defasagens da série transformada. O termo d refere-se ao número de diferenciações que visam induzir estacionalidade da série e está associada a palavra integrado. O termo q se refere à média móvel dos resíduos ou as defasagens dos erros aleatórios e visa evitar a propagação dos erros e incertezas. A parte sazonal é representada através de mais três parâmetros semelhantes, sendo assim chamada de SARIMA. Este método é definido por uma parte simples de parâmetros (p,d,q) e sazonal composta de parâmetros (P,D,Q). O processo de construção de modelos ARIMA está assentado em um ciclo iterativo, composto de três estágios: identificação, estimação e checagem do diagnóstico. A identificação consiste no estabelecimento da ordem (p,d,q) ou, no caso sazonal, (p,d, q) x (P,D,Q), e deve ser determinada inicialmente. Os modelos ARIMA são mais eficientemente empregados em situações onde somente um pequeno número de séries temporais é envolvido e a administração está disposta a despender os recursos necessários para obter um alto grau de precisão nas previsões. O método é apropriado para séries de comprimento médio a longo, de no mínimo 50 e, preferencialmente, 100 observações (BECKER, 2010). 2.5.3 Erros de Previsão Ritzman e Krajewski (2004) relatam que erro de previsão é obtido através da subtração absoluta da previsão da demanda real pelo valor previsto em um dado período, conforme a expressão abaixo. De acordo com Davis; Aquilano e Chase (2001), os erros podem ser classificados em dois tipos: erros distorcidos ou erros aleatórios. Os erros de distorções ocorrem quando acontece um equívoco 50 consistente, e os erros aleatórios podem ser definidos como aqueles que não podem ser explicados pelo modelo de previsão que está sendo utilizado, conforme Equação 3. Erro = |valor real – valor previsto| Equação 3 – Cálculo erro Fonte: RITZMAN e KRAJEWSKI, 2004 Os autores relatam que erro de previsão é a diferença entre o valor da demanda real e o valor da previsão; o mesmo pode ser positivo ou negativo, valores positivos significam que os valores das demandas excederam os valores das previsões e valores negativos, o contrário. Em geral, os erros podem vir de várias fontes, uma delas é oriunda quando os dados passados são projetados para obter informações futuras e estes não podem ser eliminados, mas sim, minimizados. Além de calcular o erro, deve-se calcular a média dos erros, chamado de desvio absoluto médio (DAM) que é baseado em valores absolutos entre a demanda real e a prevista, e mede a variação dos valores entre os valores reais e os valores previstos, conforme a Equação 4 (DAVIS; AQUILANO e CHASE, 2001). À medida que as previsões forem se aproximando da demanda real, deve-se monitorar a extensão do erro entre a demanda real e a prevista, a fim de verificar se a técnica e os parâmetros empregados ainda estão sendo válidos. Em situações normais, um ajuste nos parâmetros do modelo, para que reflita as tendências mais recentes é suficiente. A manutenção e monitoração de um modelo de previsão confiável busca, principalmente, verificar a acuracidade dos valores previstos, e também identificar, isolar e corrigir variações anormais, e ainda permitir a escolha de técnicas ou parâmetros mais eficientes (TUBINO, 1999). O mesmo autor afirma que uma das formas de acompanhar o desempenho do modelo, consiste em verificar o comportamento do erro acumulado que deve tender a zero, pois se espera que o modelo de previsão gere, aleatoriamente, valores acima e abaixo dos reais, devendo assim se anular. O erro acumulado deve ser comparado com um múltiplo do desvio médio absoluto ou DAM. Em geral, compara-se o valor do erro acumulado com o valor de 4 multiplicado pelo DAM, caso ultrapasse este valor, o problema deve ser identificado e o modelo deve ser revisto. 51 MAD= Equação 4 – Cálculo MAD Fonte: TUBINO, 1999 Conforme Pereira et al. (2006), uma série de fatores pode afetar o desempenho de um modelo de previsão, sendo que os mais comuns são: A técnica de previsão pode estar sendo usada incorretamente, ou sendo mal interpretada; A técnica de previsão perdeu a validade devido à mudança em uma variável importante ou devido ao aparecimento de uma nova variável; Variações irregulares na demanda podem ter acontecido em função de greves, formação de estoques temporários, catástrofes naturais etc; Ações estratégicas da concorrência, afetando a demanda; Variações aleatórias inerentes aos dados da demanda. 2.5.4 Método de Monte Carlo O Método de Monte Carlo pode ser usado como uma ferramenta para se quantificar a incerteza que é inerente a qualquer projeto de longo prazo. A simulação pode ser feita em modelos personalizados desenvolvidos em uma planilha eletrônica qualquer ou através de softwares específicos, como o Crystal Ball. O tipo de simulação adequada para se fazer análises de risco é a simulação de Monte Carlo. Por simulação, entenda-se o processo de construção de um modelo de sistema, matemático ou lógico, e a experimentação deste modelo, a fim de obter informações que auxiliem na resolução de problemas (AREMAS, 2013). A criação de modelos para a prática de simulações requer o emprego de números aleatórios, em geral gerados por computador. Paixão; Bruni e Marback (2004) salientam que feitas às ressalvas matemáticas adequadas, não seria possível a obtenção de aleatórios genuínos por meio de computadores, mas sim, números pseudoaleatórios ou quase-aleatórios. Pois, para a garantia do seu caráter de aleatoriedade seria preciso efetuar infinitos testes gerados por um mesmo processo e seguidos por uma infinidade de testes estatísticos. Sanches et al. (2012) ressaltam que os critérios de aleatoriedade dos números pseudoaleatórios gerados em computador envolvem a obtenção de 52 valores: uniformemente distribuídos; estatisticamente independentes; reprodutíveis; não repetibilidade da série no intervalo de interesse; velocidade de geração e utilização de memória mínima de computador na geração. O uso de números aleatórios gerados eletronicamente viabiliza a realização de simulações em computadores. O Método de Monte Carlo (MMC) é uma técnica de amostragem que busca a seleção aleatória de componentes ou números e suas correspondentes aproximações para as distribuições de probabilidade, facilitando a análise de risco (CORREIA NETO; MOURA e FORTE, 2002). Na simulação de Monte Carlo, cada variável de um modelo de avaliação é representada por uma função densidade de probabilidade, ou por um intervalo de valores possíveis, e não por um simples valor como na avaliação determinística. As distribuições mais comuns são: normal, uniforme, logarítmica e a triangular. 2.6 A IMPORTÂNCIA DO LEVANTAMENTO DOS CUSTOS PARA UM ESTUDO DE VIABILIDADE Para o funcionamento de qualquer empreendimento são necessários diversos recursos. O valor pago para a utilização destes recursos são os custos da empresa, mas muitos podem julgar como despesas, por essa razão, Martins (2001) faz essa diferenciação quando ele afirma que os custos são incorridos durante a produção de um bem ou serviço; as despesas são todos os gastos incorridos após a produção, com o intuito de gerar renda, como por exemplo, a comissão do vendedor. Já Morelli (2007) cita a diferença entre custos e investimentos. Os investimentos são gastos “estocados” nos ativos da empresa, como a aquisição de máquinas, que irão beneficiar a empresa em períodos futuros; os custos recebem duas classificações, que são os custos fixos e os variáveis. Os fixos são aqueles cuja variação não é afetada pelo volume total de produção ou de vendas da empresa. Isso significa que, não importa se a empresa está vendendo pouco ou muito, eles permanecem os mesmos. Os custos variáveis são aqueles que variam com a venda de produtos e, por consequência, com as receitas. Eles costumam ser representados pela mão-de-obra direta; matéria-prima (indústria); custo da mercadoria vendida (comércio); custo do serviço vendido (serviços); embalagens; tributos (ICMS, ISS, PIS, COFINS); demais 53 gastos que ocorrem mensalmente, cuja variação se dá em função do volume de vendas (INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS, 2003). Existe ainda a classificação de custos diretos e indiretos. Os diretos estão diretamente associados à produção do produto, e tem uma relação direta com o volume de bens ou serviços recebidos. E os indiretos são aqueles onde é mais difícil quantificar o gasto para um produto, como energia elétrica ou os custos da administração da empresa (CHOPRA, 2003). Segundo Ballou (2001) os custos a serem analisados em uma rede de distribuição também podem ser divididos em custos de investimentos e custos operacionais. Os de investimentos podem ser, por exemplo, a construção de armazéns próprios, a aquisição de veículos para uma frota, entre outros; já os operacionais são os custos de transporte, de estoque, de operação do armazém. Durante o desenvolvimento de um projeto, normalmente os custos reais que serão incorridos não podem ser claramente determinados. Martins (2001) ressalta o fato de que, quando há duas estimativas para o mesmo projeto, estas raramente são equivalentes, isto ocorre porque existem diversos tipos de estimativas de custos com objetivos, métodos e precisão diferentes. E essas estimativas podem ser classificadas em três tipos: Estimativas grosseiras, que são de ordem de grandeza, utilizadas nas primeiras etapas de planejamento de um projeto, estudos de macroviabilidade ou planejamento em altos níveis. Essa estimativa pode ser feita com recursos mínimos, pois o nível de detalhamento dos custos é muito baixo; Estimativas semi-detalhadas, estas são utilizadas na orçamentação de projetos nas fases conceituais. Exigem mais recursos e mais tempo para desenvolver, quando comparado com as estimativas grosseiras; Estimativas detalhadas são empregadas durante as fases de desenho detalhado e de licitação do projeto. Suas bases são plantas, modelos detalhados, a especificação de um produto e dados dos fornecedores, e exigem um grande investimento em tempo e recurso. É fato que, para realizar o levantamento dos custos de uma obra não é uma tarefa simples e em certos casos pode tornar-se uma tarefa bastante complexa; esse 54 levantamento se for realizado por um profissional especializado, evita transtornos futuros como, por exemplo, o não enquadramento na legislação vigente, a garantia de que todas as etapas da construção estarão calculadas, a redução e eliminação de imprevistos, entre outros. 2.6.1 Custos de Implantação A primeira parte a ser abordada é a análise das possíveis macroregiões onde o CD poderá ser implementado, analisando os custos de implantação, os custos de transporte e mão-de-obra, e o impacto nas operações de manuseio e armazenagem. O grande desafio dos responsáveis pela área de logística e operações é determinar o layout ótimo que contemple menor custo de manuseio, maior flexibilidade em termos de transportes e multimodalidade, menor área ocupada dentro do armazém, melhor estratégia de investimentos para um CD e maior fluxo nas operações de carga e descarga (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME, 2012). Um projeto bem desenvolvido por profissional capacitado, e uma obra executada por empresa especializada, são garantias de que o serviço será feito com qualidade. Isso é importante porque o CD deve ter localização estratégica, que seja de fácil acesso às lojas a serem atendidas e também atentar para a disponibilidade de transporte adequado para atender as lojas nas regiões em que elas se encontram. Apenas por meio de uma análise local, o gestor poderá definir a melhor localização para a implantação do CD, a fim de assegurar a facilidade de acesso aos usuários (TESOURO NACIONAL, 2012). 2.6.2 Custos de Aquisição Custo é o gasto, ou seja, o sacrifício financeiro que a entidade arca no momento da utilização dos fatores de produção para a realização de um bem ou serviço. No comércio, a aquisição de mercadorias é o custo, já na indústria, ele é entendido como a aquisição de matérias-prima, insumos e mão-de-obra na produção de um bem (FAGUNDES, 2004). O cálculo do custo compreende: custos de posse; custos de manobra; custos de conservação, reparação e combustível. Os custos de posse incluem custos de 55 amortização, encargos relativos a juros, seguros, impostos e recolha ou armazenagem. Martins et al. (2010) indagam que o cálculo da amortização de uma máquina é necessário, portanto, primeiramente, precisa-se definir a sua vida útil, ou seja, o período, em anos, passado o qual se prevê a sua substituição por uma nova, em virtude da sua falta de rentabilidade ou aumento de custos de manutenção. Definido este valor e sendo Va o valor da aquisição da máquina e Vr o seu valor residual estimado para o fim da sua vida útil Vu, mas a preços da data de aquisição, a amortização anual em um sistema não inflacionário seria conforme a Equação 5. A = (Va – Vr) / Vu Equação 5 – Custo de aquisição Fonte: MARTINS et al., 2010 Os custos de manobra referentes às despesas com a mão-de-obra de motoristas ou maquinistas desde que afectos ao equipamento e contabilizáveis no seu custo, são determinados pelos respectivos vencimentos, encargos sociais e despesas de deslocação e alojamento. Os custos de conservação, reparação e combustível são, em geral, proporcionais às horas efetivas de trabalho (INSTITUTO DE GESTÃO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS, 2013). Para o cálculo do custo total, podem ocorrer três tipos de situações: Se a máquina está parada sem manobrar, as despesas são apenas os custos de posse: Cp; Se a máquina está parada com o manobrador à ordem (situação normal em casos de alta especialização do manobrador ou do equipamento), os seus custos são iguais a: Cp + Cm; Se a máquina está a trabalhar, efetivamente os custos totais são iguais a: Cp + Cm + Ccrc. Os Ativos Imobilizados são aqueles que terão a capacidade de gerar receita futura para a empresa durante vários exercícios. De acordo com o princípio da confrontação das receitas x despesas, se uma máquina é capaz de produzir por dez anos, o custo de aquisição dessa máquina deve ser confrontado com as receitas de todo o período (TESOURO NACIONAL, 2012). Mello et al. (2011) consideram o custo de aquisição de um bem todos os gastos necessários para o transporte e colocação do mesmo em funcionamento e operação na empresa. No caso de bens adquiridos do exterior, todos os gastos 56 necessários e ocorridos até a chegada do bem na empresa devem compor o custo de aquisição. Os mesmos autores afirmam que os gastos incorridos em reparos, consertos ou reforma dos bens de uma empresa devem ser acrescidos ao ativo imobilizado quando representarem aumento da eficiência ou produtividade do bem ou aumento de sua vida útil; bem como, os custos de manutenção efetuados no bem durante o período contábil deverão ser contabilizados como custos. 2.7 ANÁLISE DE VIABILIDADE Uma análise de viabilidade consiste em um estudo de aspecto financeiro que busca determinar as possibilidades de sucesso econômico e financeiro do projeto, independente do tipo de projeto como, por exemplo, um projeto de investimento, o lançamento de um novo produto, a entrada de um novo mercado ou um projeto de reestruturação organizacional (NUNES, 2011). Para Hack (2011), a análise econômica consiste em fazer estimativas de todas as entradas e saídas, ou seja, os gastos envolvidos com o investimento inicial, operação, manutenção e também as receitas geradas durante um determinado período, para assim, obter-se o fluxo de caixa relativo a esses investimentos, custos e receitas, e com isso calcular quais serão os indicadores econômicos conseguidos com esse empreendimento. Verifica-se que a análise de viabilidade é de suma importância na tomada de decisão aos gestores, determinando se o projeto será viável ou não. Para apresentar a resposta se o projeto terá retorno positivo, são efetuadas previsões dos proveitos e dos custos gerados pelo projeto e calculados diversos indicadores de viabilidade como, o custo-alvo do produto, as previsões de retorno do investimento e a análise de suas características, o Valor Presente Líquido – VPL, a Taxa Interna de Retorno – TIR, Método do Payback e o Fluxo de Caixa esperado com o novo produto (HACK, 2011). Bertholini e Perrone (2011) afirmam que realizar a análise da viabilidade econômico-financeira de um projeto significa estimar as perspectivas de desempenho financeiro do produto resultante do projeto, e essa análise é iniciada na própria definição do portfólio, na fase de Planejamento Estratégico do Produto (PEP). É necessária uma revisão periódica dessa análise ao longo do projeto, pois 57 na atividade de Planejamento do Projeto, estão disponíveis apenas informações preliminares, e, portanto, passíves de mudanças, sobre o ambiente em que o produto irá ser inserido. Os mesmos autores declaram ainda que essa revisão da viabilidade econômica-financeira ocorre ao final de cada uma das fases do desenvolvimento do produto. Também pode ocorrer a qualquer momento, quando grandes modificações endógenas ou exógenas ao projeto assim demandarem, para se verificar se o produto continuará financeiramente viável ou não. O principal elemento que justifica a existência de uma empresa é a geração de lucro. Para os investidores, não basta que o projeto tenha um resultado positivo e atrativo, é necessário que a quantidade de lucro gerado e o retorno do projeto sejam melhores do que aquele que a empresa poderia obter com outros investimentos, por exemplo, aplicando no mercado financeiro. Portanto, a essência da avaliação econômico-financeira é medir o retorno do projeto de maneira comparável com outros investimentos (LUCAS e RAMOS, 2006). Assim, o primeiro passo para a realização da análise econômica é a montagem do fluxo de caixa, isto é, a definição do fluxo de entradas e saídas de dinheiro durante o ciclo de vida planejado para o produto. De acordo com Martinovich (2013), o fluxo de caixa é um instrumento gerencial fundamental para tomada de decisões. Os principais objetivos são a coleta e a organização dos dados e a geração de subsídios, para a análise de desempenho financeiro e para a realização de previsões orçamentárias. Para determinar os gastos com o investimento, devem-se levar em consideração alguns fatores, como: Tipo de projeto: Dependendo do tipo de projeto, o investimento pode ser maior ou menor; Disponibilidade de recursos: São os gastos para adquirir recursos como, pessoas, máquinas, equipamentos, veículos, utensílios, computadores etc; Necessidades de adquirir patentes, tecnologias e licenças; Gastos com estudos, pesquisas de mercado, projetos e capacitação de profissionais; 58 Necessidade de possuir um capital de giro, inclusive para eventuais imprevistos. As receitas correspondem à estimativa de venda de produtos e subprodutos gerados pela produção. Para o cálculo dessa estimativa deve-se levar em consideração fatores como o preço final e a demanda dos produtos, sendo que o preço final dependerá do mercado no qual se deseja vender o produto, do bem produzido, e do lucro esperado pelo fabricante; já a demanda dependerá do produto, do mercado, do preço de venda e da análise locacional. Os custos e despesas de produção são os valores gastos diretamente e indiretamente para a produção e comercialização do produto; os principais custos são gastos principalmente com matérias-prima, embalagens, materiais auxiliares, mão-de-obra direta, consumo de energia elétrica, água e combustível, manutenção, seguros e aluguéis. As despesas são os gastos como bens ou serviços utilizados para obtenção da receita, como as vendas, financeiras e administrativas; salários do pessoal da administração; impostos e taxas municipais (INSTITUTO DE GESTÃO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS, 2013). 2.7.1 Indicadores de Análise de Investimento Quando é realizado o estudo de um projeto para verificar se o mesmo será viável, é importante analisar o investimento para tomada de decisões. A decisão de se fazer investimento de capital é a parte de um processo que abrange a geração e avaliação das diferentes alternativas que aprovem as especificações técnicas dos investimentos. Entre as técnicas de avaliação econômica de investimentos destacam-se os métodos que consideram o dinheiro no tempo, fundamentados em fluxos de caixa descontados, como o Valor Presente Líquido (VPL) e a Taxa Interna de Retorno (TIR). Contudo, observa-se uma ampla utilização no meio empresarial de métodos mais simples, como o Período de Retorno do Capital, popularmente conhecido como payback (PINHO e PENNA, 2008). No entanto, para realizar essa análise, são utilizados diferentes métodos, desde os mais simples aos mais complexos. Porém, os fins de todos esses métodos 59 é apenas um, auxiliar na tomada de decisão de investir ou não no projeto. Nesse trabalho, optou-se em trabalhar com os métodos do VPL e da TIR. 2.7.1.1 Valor Presente Líquido (VPL) De acordo com Weston e Brigham (2000) o método do Valor Presente Líquido desconta os fluxos de caixa do empreendimento a uma taxa especificada. Essa taxa é chamada de taxa de desconto, ou custo de oportunidade ou custo de capital, referindo-se ao retorno mínimo que deve ser obtido pelo projeto, de maneira que o valor do mercado da organização continue inalterado. Para Gitman (2002), o VPL é uma técnica sofisticada de análise de orçamentos de capital, obtida pela subtração do investimento inicial de um projeto pelo valor presente das entradas de caixa, descontada a uma taxa igual ao custo de capital da empresa. O VPL pode ser utilizado para calcular a atratividade de investimentos. Segundo Casarotto Filho e Kopittke (2000), o VPL pode ser visto como um ganho que é proporcionado pelo ativo, pois representa o quanto os fluxos de caixa futuros estão acima do investimento inicial. Portanto, o VPL é um método de análise de orçamento de capital, por ser uma técnica que considera o valor do dinheiro no tempo, e através desse método as entradas e saídas de caixa são traduzidas para valores monetários atuais, que podem ser comparadas ao investimento inicial. Os projetos com VPLs positivos podem ser implementados, sendo que quanto maior o VPL, maior o retorno ao investidor (GITMAN, 2002). Algebricamente tem-se, a equação 6. VPL = Co + Equação 6 – VPL Fonte: GITMAN, 2002 Onde: Co: fluxo de caixa feito na data zero; Cn: fluxo de caixa feito na data n; n : número do período em que foi feito determinado fluxo; i : taxa de juros corrente ao período n. 60 Logo, o critério utilizado para verificar se irá ocorrer aceitação ou não do projeto será calculado pelo método do VPL, pois se o mesmo for maior que zero, o projeto será considerado viável, do contrário, não será. O projeto que demonstrar o VPL maior que zero, os investidores irão obter um retorno maior que o valor do seu custo de capital. 2.7.1.2 Taxa Interna de Retorno (TIR) Segundo Lindemeyer (2008), TIR é a taxa de desconto que iguala o valor dos fluxos de caixa futuro ao investimento inicial de um determinado projeto, pois esse método determina o rendimento proporcionado pelo negócio por determinado período, que pode ser mensal ou anual. O autor explica que a TIR é calculada para determinar se a rentabilidade do projeto excede uma taxa mínima de retorno aceitável, também chamada de TMA. Com isso, a TIR de um projeto é a taxa de desconto para qual o valor presente das receitas se torna igual ao valor presente dos desembolsos, considerando que a TIR é a taxa que torna nulo o valor presente líquido do projeto. Considera-se o seguinte modelo para se calcular algebricamente o método, conforme a equação 7. VAL = Equação 7 – VAL Fonte: LINDEMEYER, 2008 Sendo: VAL= Valor Atual Líquido CF = Fluxo de Caixa do Periodo k; k= Número de anos do projeto de investimento; Ta = Taxa de atualização; Σ = Soma total dos fluxos. Esse método é considerado sofisticado, bastante utilizado para a avaliação de alternativas de investimentos, declarando se o projeto é aceitável ou não. Para que seja aceitável, é necessário que a TIR seja maior que o custo de oportunidade, caso 61 seja menor, o projeto será rejeitado, em virtude de que a TIR é maior que o custo dos fundos utilizados para investimento do projeto. 62 CAPÍTULO 3 – ESTUDO DE CASO Neste capítulo serão apresentados os procedimentos e as análises feitas com a série histórica de dados de vendas da Empresa Papelaria, e também será verificado se a implantação de um Centro de Distribuição será viável para a organização e se proporcionará resultados sustentáveis. Para verificar sua viabilidade, primeiro será analisada as características dos dados, a partir das planilhas eletrônicas do Microsoft Office Excel 2007 e algumas funções do Crystal Ball (add Excel 2007). 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA Para o alcance do objetivo proposto neste projeto, escolheu-se para realizar o estudo de caso, uma empresa comercial varejista, cujo nome empresarial será preservado para protegê-la das variantes do mercado. Devido a isto, adotar-se-á o nome fictício de “Papelaria” para a referida empresa. A empresa Papelaria é composta por quatro lojas, localizadas em diferentes municípios, são eles: Belém, Abaetetuba, Barcarena com duas lojas, uma na Vila dos Cabanos e outra na própria cidade de Barcarena; está constituída sob a forma de sociedade limitada, devidamente inscrita no Simples Nacional, e tem como objeto comercial a venda de artigos do setor de papelaria, brinquedos, jogos educativos, materiais de escritório, materiais de informática, serviços de cópias, plastificação, encadernação, descartáveis, mobiliário escolar e de escritório, e por fim, artigos para presentes. Sendo que, a primeira loja do grupo a ser instalada foi no município de Abaetetuba, inaugurada em janeiro de 1993, distante 130 Km da capital paraense. A segunda a ser construída foi na Vila dos Cabanos, com uma extensão menor do que a primeira, e após foi inaugurada outra loja na Cidade de Barcarena, e no ano de 2011 foi construída a de Belém. A missão do grupo é ser uma empresa competitiva e rentável, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região; e a visão é ser a primeira papelaria dos paraenses, das empresas e do setor público, e a melhor empresa para trabalhar, reconhecida pelo desempenho, relacionamentos duradouros e responsabilidade socioambiental, conseguindo por meio disso, sempre ser a primeira opção de 63 papelaria dos paraenses, conforme a visão da organização através da oferta de serviços diferenciados aos clientes como: entrega em domicílio, serviço de telemarketing, visita in-loco dos consultores de vendas etc., e ainda trabalham com vendas internas e externas como, conselho escolar, licitação de órgãos públicos, prefeitura e empresas. 3.2 DELINEAMENTO DO ESTUDO Analisar a viabilidade de implantação de um centro é importante principalmente para o gestor da empresa tomar a decisão de aceitar ou não implantar, pois através do estudo será comprovado se o centro trará retorno ou prejuízo; por essa razão, é de grande importância essa análise para que a decisão seja tomada com êxito. 3.2.1 Apresentação dos Produtos Selecionados Para a elaboração desta pesquisa, houve a necessidade de verificar os produtos comercializados pela empresa Papelaria. Primeiramente, foram agrupados os produtos por classe, abordando todas as marcas existentes dos produtos comercializados pelas lojas, obtendo um valor médio dos preços de venda para cada classe de produtos e juntamente com a demanda, realizou-se a Classificação ABC. Os dados selecionados para o estudo de caso foi de Janeiro de 2011 a Dezembro de 2012, valores estes que foram utilizados para a realização da classificação ABC e sucessivamente, o estudo de previsão de demanda; os valores da demanda dos produtos estão dispostos no Anexo I. 3.2.2 Classificação ABC Para a escolha dos produtos, o qual irá servir de referência aos cálculos da previsão de demanda e que irão fazer parte do CD, deve ser realizado o estudo dessa classificação. A curva ABC visa classificar os itens em estoque em três classes, designados pelas letras A, B e C. A classe A representa o grupo de maior valor de consumo e menor quantidade de itens, deve ser gerenciado com especial atenção, enquanto a classe B representa o grupo de situações intermediárias entre a classe A e C, já a classe C representa o grupo de menor valor de consumo e maior 64 quantidade de itens, portanto menos importantes, que justificam menor atenção no gerenciamento. Para que a empresa tenha uma informação precisa de quais produtos correspondem mais a receita da organização, é necessário que essa classificação seja feita, na qual, inicia-se multiplicando o preço de venda pela quantidade vendida de cada produto, gerando a receita que cada um proporciona, conforme mostra no Anexo II. Com isso, tem a possibilidade de determinar a porcentagem de participação da receita de todo e qualquer produto na receita total da empresa, observando os produtos com maior influência na receita, vindo a ser classificados como produtos classe A, ou seja, são os produtos que circulam mais, produz mais capital a empresa, e de forma decrescente é feita a classificação em B e C, conforme observado na Tabela 1. Tabela 1 – Classificação ABC CLASSIFICAÇÃO ABC Itens Demanda Valorizada % Individual Demanda Valorizada Acumulada % Acumulada Classe Papel A4 R$ 1.293.087,60 24,26% R$ 1.293.087,60 24,26% A Caderno R$ 1.073.303,50 20,14% R$ 2.366.391,10 44,40% A Fita R$ 403.051,50 7,56% R$ 2.769.442,60 51,96% A Pastas R$ 399.098,96 7,49% R$ 3.168.541,56 59,45% A Grampeador R$ 244.192,00 4,58% R$ 3.412.733,56 64,03% A Formulário R$ 225.867,75 4,24% R$ 3.638.601,31 68,27% A E.V.A. R$ 200.631,45 3,76% R$ 3.839.232,76 72,03% A Lápis R$ 183.813,30 3,45% R$ 4.023.046,06 75,48% B Envelope R$ 161.518,32 3,03% R$ 4.184.564,38 78,51% B Caneta R$ 154.766,40 2,90% R$ 4.339.330,78 81,42% B Quadros R$ 105.840,00 1,99% R$ 4.445.170,78 83,40% B Tesoura R$ 100.914,30 1,89% R$ 4.546.085,08 85,29% B Calculadora R$ 71.527,50 1,34% R$ 4.617.612,58 86,64% C Grampo R$ 65.410,92 1,23% R$ 4.683.023,50 87,86% C Marcador p/ quadro R$ 62.937,60 1,18% R$ 4.745.961,10 89,05% C Livro R$ 55.722,00 1,05% R$ 4.801.683,10 90,09% C T.N.T. R$ 51.447,60 0,97% R$ 4.853.130,70 91,06% C Impressos R$ 31.704,00 0,59% R$ 4.884.834,70 91,65% C Perfurador R$ 29.750,00 0,56% R$ 4.914.584,70 92,21% C Bobina R$ 28.253,61 0,53% R$ 4.942.838,31 92,74% C Liga R$ 23.405,90 0,44% R$ 4.966.244,21 93,18% C Clips R$ 21.693,87 0,41% R$ 4.987.938,08 93,59% C Lapiseira R$ 18.834,10 0,35% R$ 5.006.772,18 93,94% C Armário R$ 18.275,00 0,34% R$ 5.025.047,18 94,28% C 65 Cadeira R$ 18.139,00 0,34% R$ 5.043.186,18 94,62% C Caixa Corespondência R$ 17.388,00 0,33% R$ 5.060.574,18 94,95% C Cola R$ 17.279,40 0,32% R$ 5.077.853,58 95,27% C Etiqueta R$ 16.236,00 0,30% R$ 5.094.089,58 95,58% C Brinquedo R$ 15.930,00 0,30% R$ 5.110.019,58 95,88% C Pistola R$ 13.563,20 0,25% R$ 5.123.582,78 96,13% C Fichário R$ 13.392,00 0,25% R$ 5.136.974,78 96,38% C Cartucho R$ 13.060,00 0,25% R$ 5.150.034,78 96,63% C Mesa R$ 12.255,00 0,23% R$ 5.162.289,78 96,86% C Tinta R$ 11.909,40 0,22% R$ 5.174.199,18 97,08% C Apagador R$ 11.897,24 0,22% R$ 5.186.096,42 97,30% C Estante R$ 10.701,00 0,20% R$ 5.196.797,42 97,50% C Agenda R$ 10.461,00 0,20% R$ 5.207.258,42 97,70% C Borracha R$ 9.688,00 0,18% R$ 5.216.946,42 97,88% C Pinceis R$ 9.296,55 0,17% R$ 5.226.242,97 98,06% C Balão R$ 8.565,18 0,16% R$ 5.234.808,15 98,22% C Giz R$ 8.435,00 0,16% R$ 5.243.243,15 98,38% C Mochila R$ 7.995,00 0,15% R$ 5.251.238,15 98,53% C Prancheta R$ 7.737,60 0,15% R$ 5.258.975,75 98,67% C Pen Drive R$ 7.140,00 0,13% R$ 5.266.115,75 98,80% C Corretivo R$ 6.634,10 0,12% R$ 5.272.749,85 98,93% C Pilha R$ 5.745,40 0,11% R$ 5.278.495,25 99,04% C Almofada R$ 5.742,00 0,11% R$ 5.284.237,25 99,14% C Copo Descartável R$ 5.685,60 0,11% R$ 5.289.922,85 99,25% C DVD – R R$ 4.690,00 0,09% R$ 5.294.612,85 99,34% C CD – R R$ 4.669,73 0,09% R$ 5.299.282,58 99,43% C Papel R$ 4.091,70 0,08% R$ 5.303.374,28 99,50% C Apontador R$ 4.058,00 0,08% R$ 5.307.432,28 99,58% C Massa de Modelar R$ 3.604,70 0,07% R$ 5.311.036,98 99,65% C Tela R$ 3.245,64 0,06% R$ 5.314.282,62 99,71% C Isopor R$ 2.861,95 0,05% R$ 5.317.144,57 99,76% C Lenço Descartável R$ 2.714,15 0,05% R$ 5.319.858,72 99,81% C Mouse R$ 2.626,00 0,05% R$ 5.322.484,72 99,86% C Teclado R$ 2.254,00 0,04% R$ 5.324.738,72 99,90% C Prato Descartável R$ 1.907,50 0,04% R$ 5.326.646,22 99,94% C Alfinete R$ 1.663,20 0,03% R$ 5.328.309,42 99,97% C Molha Dedo R$ 1.536,27 0,03% R$ 5.329.845,69 100,00% C SOMA R$ 5.329.845,69 Fonte: Os autores, 2013 Os itens que se encaixaram nas classes A e B foram os escolhidos para o estudo da previsão de demanda ao longo de cinco anos. Os itens que serão utilizados na previsão foram os seguintes: papel A4, cadernos, fitas, pastas, grampeador, formulários, E.V.A., lápis, envelopes, canetas, quadros e tesouras. 66 3.2.3 Previsão de Demanda pelo Crystall Ball Através dos resultados obtidos pela Classificação ABC, doze produtos foram classificados como classes A e B, e com eles iniciou-se a previsão de demanda, utilizando-se algumas funções do Crystal Ball® (add do Microsoft Office Excel 2007). 3.2.4 Análise dos Principais Produtos do Centro de Distribuição Este tópico abordará a análise detalhada dos produtos classe A e B da empresa estudada, levando em consideração os principais modelos indicados pelo software Crystal Ball®, onde será identificada a melhor técnica de previsão de demanda para os dados obtidos junto a empresa, sendo utilizado como critério de seleção o menor valor do MAD (Desvio Médio Absoluto), considerando o horizonte de previsão de 5 anos ou 60 meses. Produto 1: Lápis O primeiro produto que compõe a analise é o lápis, cujo conjunto de dados obtidos na empresa não demonstra nenhum tipo de tendência, apresentando também, momentos de vales na distribuição histórica, conforme observado na Tabela 2: 67 Tabela 2 – Base histórica de demanda do produto lápis Produto: Lápis Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 16.738 Janeiro 21.544 Fevereiro 25.317 Fevereiro 2.800 Março 26.572 Março 26.971 Abril 10.649 Abril 15696 Maio 9.477 Maio 10.705 Junho 3.237 Junho 6.078 Julho 3.572 Julho 6.873 Agosto 13.431 Agosto 14.250 Setembro 14.111 Setembro 15.015 Outubro 6.290 Outubro 11.278 Novembro Dezembro Total 20.200 22.050 173.460 Novembro 18.221 Dezembro 19.320 Total 166.935 Fonte: Empresa Papelaria, 2013 Ao rodar os valores observados da Tabela 2 no software mencionado anteriormente, foi obtido que o melhor método a ser utilizado para os dados apresentados é metodologia ARIMA (2, 0, 2) e com MAD de 4.073,28, conforme pode ser observado na Figura 12: Figura 12 – Previsão de Demanda método ARIMA para o produto lápis Fonte: Os autores, 2013 Seguindo o ranking de métodos de previsão gerados pelo software Crystal Ball®, foi analisada que com MAD de 5.906,12 a segunda melhor distribuição foi a Média Móvel Simples de 12ª (décima segunda) ordem, conforme a Figura 13. 68 Figura 13 – Previsão de Demanda método Média Móvel Simples para o produto lápis Fonte: Os autores, 2013 A terceira melhor distribuição apontada foi a Suavização Exponencial Simples, com MAD de 6.508,83 e Alpha no valor de 0,0432, conforme pode ser visualizada na Figura 14. Figura 14 – Previsão de Demanda método de Suavização Exponencial Simples para o produto lápis Fonte: Os autores, 2013 Seguindo o ranking informado pelo programa utilizado, os resultados da previsão de demanda para os próximos 60 meses, através método ARIMA (2, 0, 2), está presente na Tabela 3. 69 Tabela 3 – Previsão de demanda do produto lápis Produto: Lápis 2013 Meses 2014 2015 2016 2017 Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Janeiro 17240 15714,2 14525,8 13755,6 13375,3 Fevereiro 15674,1 14222,5 13351,2 12984,7 12985,8 Março 13730,9 12782,2 12473,8 12602,9 12968,9 Abril 12004,4 11819,6 12142,1 12707,4 13314 Maio 10999,1 11600,9 12431,6 13246,5 13903 Junho 10983,6 12159,6 13229,9 14041,4 14550,5 Julho 11920,6 13296,7 14278 14844,9 15061,3 Agosto 13491 14649,4 15253,6 15417,5 15289,2 Setembro 15201 15806,1 15869,4 15598,6 15178,4 Outubro 16535,8 16431,1 15957,5 15351 14776,3 Novembro 17114,2 16360,9 15514 14766,4 14214,6 Dezembro 16796,2 15645,8 14693,4 14033 13667,4 Fonte: Software Crystal Ball®, 2013 Produto 2: Caderno Semelhante ao primeiro produto, a análise histórica demonstra variabilidade elevada em torno da média amostral, sendo observada sazonalidade na demanda, entre janeiro e março e também no mês de agosto, devido ao início ou regresso para o período letivo nas escolas e universidades, conforme observado na Tabela 4. Tabela 4 – Base histórica de demanda do produto caderno Produto: Caderno Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 6.200 Janeiro 6.882 Fevereiro 7.300 Fevereiro 7.840 Março 5.890 Março 6.895 Abril 3.280 Abril 3.400 Maio 2.500 Maio 3.136 Junho 3.150 Junho 3.385 Julho 4.030 Julho 5.185 Agosto 7.030 Agosto 8.015 Setembro 3.100 Setembro 3.995 Outubro 4.100 Outubro 5.450 Novembro 5.990 Novembro 6.038 Dezembro 6.600 Dezembro 6.880 Total 67.101 Total 59.170 Fonte: Empresa Papelaria, 2013 70 Ao utilizar os dados da Tabela 4 no software Crystal Ball®, foi obtido que o melhor método a ser utilizado para os dados apresentados, confirmando a sazonalidade da demanda, é a metodologia SARIMA (1, 0, 0)(1, 0, 0) e com MAD de 403,18, representando um erro de 8% e 7% para os anos de 2011 e 2012, respectivamente, e com intervalo de confiança de 15% para mais e para menos, conforme pode ser observado na Figura 15. Figura 15 – Previsão de Demanda método SARIMA para o produto caderno Fonte: Os autores, 2013 Como segunda opção de metodologia de previsão, o software recomenda a utilização da Sazonalidade Aditiva com MAD de 432,85, Alpha no valor de 0,7918 e Gamma de 0,3658, conforme ilustrado na Figura 16. 71 Figura 16 – Previsão de Demanda método Sazonalidade Aditiva para o produto caderno Fonte: Os autores, 2013 Como terceira opção de utilização, com resultado muito próximo do anterior, é encontrado o modelo de Holt-Winters Aditivo, com MAD de 435,93, Alpha no valor de 0,7910, Beta 0,0010 e Gamma de 0,0010, conforme observado na Figura 17. Figura 17 – Previsão de Demanda método Holt-Winters Aditivo para o produto caderno Fonte: Os autores, 2013 Os resultados da previsão de demanda com o método SARIMA (1, 0, 0)(1, 0, 0), encontra-se na Tabela 5. 72 Tabela 5 – Previsão de demanda do produto caderno Produto: Caderno 2013 Meses 2014 2015 2016 2017 Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Janeiro 6927,1 6739,7 6573,3 6425,7 6294,6 Fevereiro 7670 7398,9 7158,3 6944,8 6755,3 Março 6774,6 6604,3 6453,2 6319 6200 Abril 3643,1 3825,2 3986,9 4130,3 4257,6 Maio 3393 3603,3 3789,9 3955,5 4102,5 Junho 3605,6 3791,9 3957,3 4104,1 4234,3 Julho 5198,5 5205,6 5211,9 5217,4 5222,4 Agosto 7707,7 7432,3 7187,9 6971,1 6778,6 Setembro 4138,9 4265,2 4377,4 4476,9 4565,1 Outubro 5429,5 5410,6 5393,8 5378,8 5365,6 Novembro 5951 5873,3 5804,4 5743,3 5689,1 Dezembro 6698 6536,3 Fonte: Software Crystal Ball®, 2013 6392,8 6265,4 6152,4 Produto 3: Envelope Como produto de maior demanda unitária, os envelopes não apresentam, através da análise histórica de demanda, sazonalidade em sua distribuição. Sendo que a sua solicitação ao longo dos meses não segue uma regra de tendência específica, conforme observado na Tabela 6. Tabela 6 – Base histórica de demanda do produto envelope Produto: Envelope Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 31.482 Janeiro 38.921 Fevereiro 21.482 Fevereiro 28.150 Março 39.103 Março 48.020 Abril 3.012 Abril 35.238 Maio 22.637 Maio 37.284 Junho 21.019 Junho 25.106 Julho 17.591 Julho 15.601 Agosto 43.448 Agosto 21.821 Setembro 28.075 Setembro 22.816 Outubro 27.346 Outubro 46.251 Novembro 33.809 Novembro 17.201 Dezembro 4.005 Dezembro 43.575 Total 379.984 Total 293.009 Fonte: Empresa Papelaria, 2013 73 Ao rodar os valores obtidos da Tabela 6 no software, foi obtido que o melhor método a ser utilizado para os dados apresentados é metodologia ARIMA (2, 0, 2) e com MAD de 7.451,72, erro médio de 27% na distribuição, conforme pode ser observado na Figura 18. Figura 18 – Previsão de Demanda método ARIMA para o produto envelope Fonte: Os autores, 2013 Em análise posterior é observado que a Média Móvel Simples de 4ª (quarta) ordem apresenta MAD de 10.327,38. Porém, o software utilizado alerta para a baixa quantidade de dados utilizadas no input da previsão, sendo necessário, para o horizonte proposto, 120 meses de histórico, o resultado desta metodologia pode ser observada na Figura 19. 74 Figura 19 – Previsão de Demanda método Média Móvel para o produto envelope Fonte: Os autores, 2013 Como última metodologia analisada para classificar a demanda dos envelopes no Centro de Distribuição, a Suavização Exponencial Simples, com Alpha 0,3167, apresentou MAD de 10.477,66, conforme Figura 20. Figura 20 – Previsão de Demanda método Suavização Exponencial Simples para o produto envelope Fonte: Os autores, 2013 Os resultados da previsão de demanda com o método ARIMA (2, 0, 2), encontram-se na Tabela 7. 75 Tabela 7 – Previsão de demanda do produto envelope Produto: Envelope 2013 Meses 2014 2015 2016 2017 Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Janeiro 25810,7 28041,7 28041,4 28041,4 28041,4 Fevereiro 24838,9 28041,5 28041,4 28041,4 28041,4 Março 27906 28041,3 28041,4 28041,4 28041,4 Abril 28637,3 28041,3 28041,4 28041,4 28041,4 Maio 28173,1 28041,4 28041,4 28041,4 28041,4 Junho 27949,4 28041,4 28041,4 28041,4 28041,4 Julho 27999,6 28041,4 28041,4 28041,4 28041,4 Agosto 28051,8 28041,4 28041,4 28041,4 28041,4 Setembro 28051,3 28041,4 28041,4 28041,4 28041,4 Outubro 28041,1 28041,4 28041,4 28041,4 28041,4 Novembro 28039,4 28041,4 28041,4 28041,4 28041,4 Dezembro 28041,1 28041,4 Fonte: Software Crystal Ball®, 2013 28041,4 28041,4 28041,4 Produto 4: Grampeador Caso oposto ao do envelope, os grampeadores apresentam uma sazonalidade em sua distribuição, que ocorre principalmente entre os meses de Dezembro a Fevereiro, conforme observado na Tabela 8. Tabela 8 – Base histórica de demanda do produto grampeador Produto: Grampeador Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 1.855 Janeiro 2.540 Fevereiro 1.327 Fevereiro 2.050 Março 2.297 Março 1.180 Abril 553 Abril 688 Maio 360 Maio 321 Junho 431 Junho 285 Julho 605 Julho 752 Agosto 325 Agosto 1.567 Setembro 1.742 Setembro 2.039 Outubro 2.645 Outubro 569 Novembro 316 Novembro 2.666 Dezembro 4.666 Dezembro 5.789 Total 20.446 Total 17.122 Fonte: Empresa Papelaria, 2013 A melhor técnica de previsão apontada pelo Crystal Ball foi SARIMA (0 ,0, 1)(1, 0, 0), comprovando o mencionado anteriormente, com erro de previsão (MAD) 76 em 589,68 unidades. Comparado a média mensal da demanda, o erro corresponde a 41 e 35% para os anos de 2011 e 2012, respectivamente. O gráfico resultante desta distribuição está apresentado na Figura 21. Figura 21 – Previsão de Demanda método SARIMA para o produto grampeador Fonte: Os autores, 2013 Como segunda melhor opção informada, o método sazonalidade aditiva ocupa tal posição com MAD de 863,91, com os parâmetros Alpha 0,001 e Beta 0,2873. Porém, o programa utilizado alerta para a inconsistência nos resultados obtidos na estatística de validação de Durbin-Watson, cujo valor ficou abaixo do mínimo necessário para que o modelo seja aceitável. Os resultados podem ser visualizados na Figura 22. 77 Figura 22 – Previsão de Demanda método Sazonalidade Aditiva para o produto grampeador Fonte: Os autores, 2013 Como terceira melhor opção para a previsão estudada, o método de HoltWinters Aditivo, com MAD de 865,24 e parâmetros Alpha 0,0073, Beta 0,913 e Gamma 0,1907. Porém, novamente, o programa utilizado alerta para a inconsistência nos resultados obtidos na estatística de validação de Durbin-Watson, observado na Figura 23. Figura 23 – Previsão de Demanda método de Holt-Winters Aditivo para o produto grampeador Fonte: Os autores, 2013 Os resultados da previsão de demanda com o método SARIMA (0 ,0, 1)(1, 0, 0), encontra-se na Tabela 9. 78 Tabela 9 – Previsão de demanda do produto grampeador Produto: Grampeador 2013 Meses 2014 2015 2016 2017 Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Janeiro 1442,1 1268,8 973,2 828,7 900,5 Fevereiro 1227,3 890,3 725,5 807,4 1143 Março 795,8 607,9 701,2 1083,8 1566,2 Abril 473,8 580,2 1016,4 1566,3 1811,3 Maio 442,3 939,5 1566,5 1845,8 1047,9 Junho 851,9 1566,6 1885 975,5 2136,9 Julho 1566,8 1929,8 892,9 2216,9 3758,7 Agosto 1980,8 798,7 2308,2 4065,8 1501,3 Setembro 691,4 2412,2 4416 1492,4 1389,8 Outubro 2530,8 4815,1 1482,2 1365,2 1165,7 Novembro 5270,2 1470,5 1337,2 1109,7 998,5 Dezembro 1457,2 1305,3 Fonte: Software Crystal Ball®, 2013 1045,9 919,2 982,1 Produto 5: Quadro O item quadro não demonstra sazonalidade real, pois é visto somente um real crescimento na demanda nos meses de dezembro, sendo necessária uma amostra com horizonte de tempo maior, porém, tal demanda é justificada devido a reforma ocorrida nas escolas aos finais de ano, normalmente. Tabela 10 – Base histórica de demanda do produto quadro Produto: Quadro Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 42 Janeiro 49 Fevereiro 45 Fevereiro 58 Março 53 Março 77 Abril 55 Abril 45 Maio 62 Maio 95 Junho 71 Junho 44 Julho 18 Julho 65 Agosto 74 Agosto 54 Setembro 85 Setembro 42 Outubro 55 Outubro 49 Novembro 48 Novembro 135 Dezembro 149 Dezembro 210 757 Total 923 Total Fonte: Empresa Papelaria, 2013 79 A melhor técnica de previsão apontada pelo software Crystal Ball® foi ARIMA (1, 0, 1), considerando que houve a exclusão de um outlier no cálculo (dezembro de 2012), com MAD 26,91, ou um desvio de 43% em 2011 e 35% em 2012. Conforme pode ser observado na Figura 24. Figura 24 – Previsão de Demanda método ARIMA para o produto quadro Fonte: Os autores, 2013 Como segunda melhor opção para a previsão de demanda, foi apontado o método de Suavização Exponencial Dupla, com MAD de 27,86 unidades e com parâmetros Alpha 0,0815 e Beta 0,001. Considerando que houve a exclusão de um outlier no cálculo (dezembro de 2012), conforme Figura 25. Figura 25 – Previsão de Demanda método Suavização exponencial Dupla para o produto quadro Fonte: Os autores, 2013 80 A terceira melhor opção apresentada foi a Suavização Exponencial Simples, com MAD de 27,86 e Alpha 0,0819. Considerando que houve a exclusão de um outlier no cálculo (dezembro de 2012), conforme Figura 26. Figura 26 – Previsão de Demanda método Suavização exponencial Simples para o produto quadro Fonte: Os autores, 2013 Os resultados da previsão de demanda com o método ARIMA (1,0,1), encontra-se na Tabela 11. Tabela 11 – Previsão de demanda do produto quadro Produto: Quadro 2013 Meses 2014 2015 2016 2017 Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Janeiro 91,4 70,6 70,5 70,5 70,5 Fevereiro 56,6 70,4 70,5 70,5 70,5 Março 79,6 70,5 70,5 70,5 70,5 Abril 64,4 70,4 70,5 70,5 70,5 Maio 74,4 70,5 70,5 70,5 70,5 Junho 67,8 70,4 70,5 70,5 70,5 Julho 72,2 70,5 70,5 70,5 70,5 Agosto 69,3 70,5 70,5 70,5 70,5 Setembro 71,2 70,5 70,5 70,5 70,5 Outubro 70 70,5 70,5 70,5 70,5 Novembro 70,8 70,5 70,5 70,5 70,5 Dezembro 70,2 70,5 Fonte: Software Crystal Ball®, 2013 70,5 70,5 70,5 81 Produto 6: E.V.A. A análise do item E.V.A. demonstra sazonalidade entre os meses de Setembro e Dezembro e entre os meses de Fevereiro e Março, ainda justificado pelo retorno dos alunos as escolas e também devido ao carnaval, para a ornamentação. Tabela 12 – Base histórica de demanda do produto E.V.A. Produto: E.V.A. Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 2.298 Janeiro 1.059 Fevereiro 3.854 Fevereiro 4.677 Março 4.548 Março 6.538 Abril 2.627 Abril 2.911 Maio 2.519 Maio 3.748 Junho 1.280 Junho 2.388 Julho 1.347 Julho 1.697 Agosto 2.633 Agosto 3.502 Setembro 3.299 Setembro 4.852 Outubro 3.101 Outubro 3.469 Novembro 3.330 Novembro 4.010 Dezembro 3.851 Fonte: Empresa Papelaria, 2013 Dezembro 5.141 Ao rodar os valores obtidos da Tabela 12 no software, foi obtido que o melhor método a ser utilizado para os dados apresentados foi a metodologia SARIMA (0, 0,1) (0, 1, 1) e com MAD de 393,81, erro médio de 12% na distribuição em ambos os anos do histórico, conforme pode ser observado na Figura 27. Figura 27 – Previsão de Demanda método SARIMA para o produto E.V.A. Fonte: Os autores, 2013 82 Através da Figura 28, pode ser observado que o método de Holt-Winters Aditivo se configura como segunda melhor opção, apresentando MAD no valor de 683,67, o que representa um erro médio de 21% na previsão de demanda. Os parâmetros para o modelo citado são: Alpha 0,14, Beta 0,3065 e Gamma 0,9958. Figura 28 – Previsão de Demanda método Holt-Winters Aditivo para o produto E.V.A. Fonte: Os autores, 2013 Com o terceiro melhor resultado, encontra-se a metodologia da Sazonalidade Aditiva com MAD de 700,43, equivalente a 22% de erro na previsão e com parâmetros Alpha 0,1650 e Gamma 0,3773, ilustrado na Figura 29. Figura 29 – Previsão de Demanda método Sazonalidade Aditiva para o produto E.V.A. Fonte: Os autores, 2013 83 Os resultados da previsão de demanda com o método SARIMA (0, 0, 1) (0, 1, 1), encontram-se na Tabela 13. Tabela 13 – Previsão de demanda do produto E.V.A. Produto: E.V.A. 2013 Meses 2014 2015 2016 2017 Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Janeiro 1248,3 1213,8 1213,8 1213,8 1213,8 Fevereiro 4378,7 4378,7 4378,7 4378,7 4378,7 Março 5816,8 5816,8 5816,8 5816,8 5816,8 Abril 2808,1 2808,1 2808,1 2808,1 2808,1 Maio 3302,6 3302,6 3302,6 3302,6 3302,6 Junho 1986,5 1986,5 1986,5 1986,5 1986,5 Julho 1570,2 1570,2 1570,2 1570,2 1570,2 Agosto 3187,1 3187,1 3187,1 3187,1 3187,1 Setembro 4289,2 4289,2 4289,2 4289,2 4289,2 Outubro 3335,6 3335,6 3335,6 3335,6 3335,6 Novembro 3763,6 3763,6 3763,6 3763,6 3763,6 Dezembro 4794,3 4794,3 Fonte: Software Crystal Ball®, 2013 4794,3 4794,3 4794,3 Produto 7: Tesoura O produto tesoura não apresenta sazonalidade em sua demanda, mas ao analisar seu histórico, é perceptível a grande demanda pelo produto, principalmente nos meses de dezembro, chegando ao crescimento de 300% em relação a outros meses. Tabela 14 – Base histórica de demanda do produto tesoura Produto: Tesoura Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 776 Janeiro 3.258 Fevereiro 2.233 Fevereiro 2.547 Março 1.185 Março 2.888 Abril 832 Abril 1.350 Maio 1.899 Maio 785 Junho 796 Junho 754 Julho 801 Julho 587 Agosto 901 Agosto 1.022 Setembro 1.761 Setembro 1.255 Outubro 1.935 Outubro 2.589 Novembro 2.147 Novembro 2.431 Dezembro 3.780 Fonte: Empresa Papelaria, 2013 Dezembro 4.892 84 O melhor modelo proposto pelo software Crystal Ball®, com MAD 546,9, foi a metodologia ARIMA (2, 0, 2), com um erro médio de 31% sobre a demanda real do produto. Porém, é observado que mesmo havendo o crescimento na demanda do ano de 2011 para 2012, o modelo indica a estabilização no histórico, conforme pode ser observado na Figura 30. Figura 30 – Previsão de Demanda método ARIMA para o produto tesoura Fonte: Os autores, 2013 Como alternativa, para a metodologia citada anteriormente, o software utilizado aponta o método da Suavização Exponencial Simples, com Alpha de 0,8844 e MAD de 714,71 unidades. Através da análise dos resultados, faz-se necessário a análise das demandas da empresa, uma vez que os resultados foram alavancados devido à demanda do mês de dezembro de 2012, conforme Figura 31. 85 Figura 31 – Previsão de Demanda método Suavização Exponencial Simples para o produto tesoura Fonte: Os autores, 2013 Ainda como alternativa, a metodologia principal, o software classifica como 3ª (terceira) melhor alternativa, a metodologia da Suavização Exponencial Dupla, com Alpha 0,8832, Beta 0,001 e MAD 714,93, sendo mantida a necessidade citada anteriormente, conforme pode ser observado na Figura 32. Figura 32 – Previsão de Demanda método Suavização Exponencial Dupla para o produto tesoura Fonte: Os autores, 2013 Os resultados da previsão de demanda com o método ARIMA (2, 0, 2) encontram-se na Tabela 15. 86 Tabela 15 – Previsão de demanda do produto tesoura Produto: Tesoura 2013 Meses 2014 2015 2016 2017 Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Janeiro 3656,9 3309,8 3015,2 2768,1 2563,3 Fevereiro 3446 3061,9 2754 2509,9 2318,5 Março 2796,9 2481,5 2244,6 2069,8 1943,4 Abril 1901,4 1738,2 1634,2 1573,8 1544,6 Maio 1011,5 1039,6 1092,3 1158,8 1231,4 Junho 369,1 574,3 763,9 934,8 1085,9 Julho 140,5 460,8 731 956,2 1142 Agosto 373,5 717,8 992,3 1208,8 1377,5 Setembro 988,7 1262,6 1466,6 1615,7 1722,1 Outubro 1805,8 1937,1 2017,6 2061 2078,3 Novembro 2595,4 2553,4 2492,7 2422,3 2348,8 Dezembro 3143,6 2945,7 Fonte: Software Crystal Ball®, 2013 2765,2 2604,2 2463 Produto 8: Fita Este produto apresenta sazonalidade entre os meses de Setembro e Dezembro, onde a demanda média eleva aproximadamente 200%, voltando a se estabilizar no mês de Janeiro. Tabela 16 – Base histórica de demanda do produto fita Produto: Fita Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 4.550 Janeiro 5.620 Fevereiro 3.980 Fevereiro 4.015 Março 2.320 Março 3.220 Abril 3.841 Abril 4.987 Maio 4.385 Maio 5.220 Junho 6.220 Junho 8.220 Julho 6.050 Julho 7.330 Agosto 8.592 Agosto 13.250 Setembro 10.858 Setembro 11.989 Outubro 4.180 Outubro 6.238 Novembro 11.995 Novembro 13.483 Dezembro 13.541 Fonte: Empresa Papelaria, 2013 Dezembro 15.050 Após rodar os valores obtidos da Tabela 16 no software, obteve como melhor método a ser utilizado para os dados apresentados a metodologia SARIMA (1, 0, 0)(0, 1, 1) com MAD de 589,66, erro médio de 8% na distribuição; devido ao erro 87 gerado, a confiabilidade da previsão é alta para este item. A previsão de demanda pode ser observada na Figura 33. Figura 33 – Previsão de Demanda método SARIMA para o produto fita Fonte: Os autores, 2013 Como segunda melhor opção informada, o método sazonalidade aditiva ocupa tal posição com MAD de 812,76, com os parâmetros Alpha 0,4011 e Beta 0,5538, resultando em um erro percentual de 11% sobre a média histórica. Os resultados podem ser visualizados na Figura 34. 88 Figura 34 – Previsão de Demanda método Sazonalidade Aditiva para o produto fita Fonte: Os autores, 2013 Em análise posterior, pode ser observado que o método de Holt-Winters Aditivo se configura como 3ª (terceira) melhor opção apresentando MAD de 812,91, o que representa um erro médio de 11% (igual ao anterior) na previsão de demanda. Os parâmetros para o modelo citado são: Alpha 0,3997, Beta 0,0010 e Gamma 0,0011, conforme Figura 35. Figura 35 – Previsão de Demanda método Holt-Winters Aditivo para o produto fita Fonte: Os autores, 2013 Os resultados da previsão de demanda com o método SARIMA (1, 0, 0)(0, 1, 1), encontra-se na Tabela 17. 89 Tabela 17 – Previsão de demanda do produto fita Produto: Fita 2013 Meses 2014 2015 2016 2017 Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Janeiro 5882 5432,2 5430,1 5430,1 5430,1 Fevereiro 4412,2 4124,4 4123 4123 4123 Março 3160,7 2976,5 2975,7 2975,7 2975,7 Abril 4743,8 4625,9 4625,4 4625,4 4625,4 Maio 5023,8 4948,4 4948 4948 4948 Junho 7567 7518,8 7518,6 7518,6 7518,6 Julho 6901,2 6870,3 6870,2 6870,2 6870,2 Agosto 11595,4 11575,7 11575,6 11575,6 11575,6 Setembro 11560,5 11547,8 11547,8 11547,8 11547,8 Outubro 5448,5 5440,4 5440,3 5440,3 5440,3 Novembro 12852,1 12847 12846,9 12846,9 12846,9 14343,8 14343,8 14343,8 Dezembro 14347,2 14343,9 Fonte: Software Crystal Ball®, 2013 Produto 9: Pasta A série histórica do produto está descrito na Tabela 18. É possível verificar o aumento na demanda nos últimos meses. Tabela 18 – Base histórica de demanda do produto pasta Produto: Pasta Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 7.084 Janeiro 9.671 Fevereiro 6.897 Fevereiro 8.551 Março 8.296 Março 11.426 Abril 8.141 Abril 7.109 Maio 6.588 Maio 9.227 Junho 6.086 Junho 6.078 Julho 7.764 Julho 4.812 Agosto 6.511 Agosto 7.550 Setembro 6.074 Setembro 4.862 Outubro 7.841 Outubro 8.990 Novembro 10.667 Novembro 12.335 Dezembro 11.850 Fonte: Empresa Papelaria, 2013 Dezembro 13.654 O melhor modelo proposto pelo software Crystal Ball®, com MAD 1497,39, foi a metodologia ARIMA (2, 0, 1), com um erro médio de 18% sobre a demanda real do produto. Porém, pode ser observado que mesmo com o crescimento na demanda do 90 ano de 2011 para 2012, o modelo indica a estabilização no histórico, conforme observado na Figura 36. Figura 36 – Previsão de Demanda método ARIMA para o produto pasta Fonte: Os autores, 2013 A segunda melhor distribuição apontada pelo software foi a Suavização Exponencial Simples, com MAD de 1.874,70 e Alpha no valor de 0,3689. Tal previsão gera um erro percentual sobre a média histórica de 23%, observada na Figura 37. 91 Figura 37 – Previsão de Demanda método Suavização Exponencial Simples para o produto pasta Fonte: Os autores, 2013 Como terceira opção recomendada, o programa indica a Média Móvel Simples de primeira ordem como alternativa, demonstrando um MAD de 1.920,96 unidades, o que representa um desvio de 23% da demanda real. Porém, o software alerta para a baixa quantidade de dados fornecidos para o horizonte de previsão. O resultado desta metodologia pode ser observado na Figura 38. Figura 38 – Previsão de Demanda método Suavização Exponencial Simples para o produto pasta Fonte: Os autores, 2013 Os resultados da previsão de demanda com o método ARIMA (2, 0, 0), encontram-se na Tabela 19. 92 Tabela 19 – Previsão de demanda do produto pasta Produto: Pasta 2013 Meses 2014 2015 2016 2017 Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Janeiro 11042,9 8329,1 8221,2 8243,9 8251,1 Fevereiro 8380,6 8009,1 8192,8 8242,8 8251,4 Março 6441,3 7849,9 8189,5 8244,9 8251,9 Abril 5572 7851 8205,2 8248,6 8252,5 Maio 5715,4 7966,4 8230 8252,4 8253 Junho 6541,8 8130,5 8254,2 8255,2 8253,2 Julho 7620,5 8282,7 8271 8256,5 8253,2 Agosto 8571,9 8382,9 8277,8 8256,3 8253,1 Setembro 9160,8 8417,3 8275,5 8255,1 8252,8 Outubro 9322,6 8395 8267,3 8253,6 8252,6 Novembro 9133 8338,4 8257,3 8252,2 8252,5 Dezembro 8746,4 8273,5 Fonte: Software Crystal Ball®, 2013 8248,8 8251,4 8252,4 Produto 10: Formulário A série histórica do produto está descrito na Tabela 20. É possível verificar o aumento na demanda nos meses de Dezembro, Março e Maio. A demanda de Março de 2011 poderá ser considerada um outlier dependendo da análise utilizada, pois no período especificado a demanda equivale mais de 50% das solicitações do ano de 2011. Tabela 20 – Base histórica de demanda do produto formulário Produto: Formulário Ano: 2011 Meses Demanda Ano: 2012 Meses Demanda Janeiro 28 Janeiro 56 Fevereiro 24 Fevereiro 67 Março 1.382 Março 699 Abril 27 Abril 48 Maio 232 Maio 298 Junho 36 Junho 99 Julho 20 Julho 76 Agosto 62 Agosto 92 Setembro 20 Setembro 48 Outubro 199 Outubro 332 Novembro 31 Novembro 368 251 Dezembro 442 Dezembro Fonte: Empresa Papelaria, 2013 93 Após rodar os valores da Tabela 20 no software, obteve como o melhor método a ser utilizado para os dados apresentados a metodologia da Suavização Exponencial Dupla, com MAD de 104,81, erro médio de 51% na distribuição média anual, sendo que a marcação em vermelho representa o outlier (Março 2011). A ilustração está apresentada na Figura 39. Figura 39 – Previsão de Demanda método Suavização Exponencial Dupla para o produto formulário Fonte: Os autores, 2013 Como segunda melhor alternativa para o método citado anteriormente, foi identificado o método da Suavização Exponencial Simples, apresentando MAD de 110,04, ou seja, erro médio de 54% na previsão de demanda. Sendo que a marcação em vermelho representa o outlier (Março 2011), como mostra a Figura 40. 94 Figura 40 – Previsão de Demanda método Suavização Exponencial Simples para o produto formulário Fonte: Os autores, 2013 Em análise posterior, foi identificado que o método ARIMA (1, 1, 2) se encaixa como 3ª (terceira) opção para a metodologia de previsão de demanda, com MAD de 116,15 ou 57% de erro sobre a média histórica. A marcação em vermelho no gráfico representa o outlier (Março 2011), conforme Figura 41. Figura 41 – Previsão de Demanda método ARIMA para o produto formulário Fonte: Os autores, 2013 Os resultados da previsão de demanda com o método da Suavização Exponencial Dupla encontram-se na Tabela 21. 95 Tabela 21 – Previsão de demanda do produto formulário Produto: Formulário 2013 Meses 2014 2015 2016 2017 Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Janeiro 254,7 505,8 756,9 1008 1259,1 Fevereiro 275,7 526,8 777,8 1028,9 1280 Março 296,6 547,7 798,8 1049,8 1300,9 Abril 317,5 568,6 819,7 1070,8 1321,9 Maio 338,4 589,5 840,6 1091,7 1342,8 Junho 359,4 610,5 861,5 1112,6 1363,7 Julho 380,3 631,4 882,5 1133,5 1384,6 Agosto 401,2 652,3 903,4 1154,5 1405,6 Setembro 422,1 673,2 924,3 1175,4 1426,5 Outubro 443,1 694,1 945,2 1196,3 1447,4 Novembro 464 715,1 966,2 1217,2 1468,3 987,1 1238,2 1489,2 Dezembro 484,9 736 Fonte: Software Crystal Ball®, 2013 Produto 11: Papel A4 A série histórica do produto Papel A4 está descrito na Tabela 22. Pode ser visualizado que o produto apresenta a 3ª (terceira) maior demanda unitária entre os itens analisados, sendo possível verificar uma demanda constante do produto, onde há momento de aumento na demanda solicitada, conforme abaixo: Tabela 22 – Base histórica de demanda do produto papel A4 Produto: Papel A4 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 8.268 Janeiro 9.705 Fevereiro 9.136 Fevereiro 8.770 Março 6.354 Março 11.250 Abril 8.255 Abril 4.700 Maio 9.586 Maio 6.037 Junho 8.503 Junho 10.254 Julho 6.817 Julho 9.579 Agosto 6.544 Agosto 8.467 Setembro 8.182 Setembro 8.189 Outubro 10.555 Outubro 10.498 Novembro 8.719 Novembro 8.915 Dezembro 8.441 Fonte: Empresa Papelaria, 2013 Dezembro 9.528 96 O melhor modelo proposto pelo software Crystal Ball®, com MAD 678,81, foi a metodologia SARIMA (2, 0, 2)(1, 0, 1), com um erro médio de 8% sobre a demanda real do produto, mostrado na Figura 42. Figura 42 – Previsão de demanda método SARIMA para o produto papel A4 Fonte: Os autores, 2013 Como proposta alternativa ao método anterior, foi eleita a técnica da Sazonalidade Aditiva com MAD de 1.183,39, Alpha no valor de 0,0010 e Gamma de 0,5713, ilustrado na Figura 43. Figura 43 – Previsão de demanda método Sazonalidade Aditiva para o produto papel A4 Fonte: Os autores, 2013 97 Como terceira opção de utilização, com resultado muito próximo do anterior, é encontrado o modelo de Holt-Winters Aditivo, com MAD de 1183,39, Alpha no valor de 0,0010, Beta 0,0010 e Gamma de 0,5708, conforme observado na Figura 44. Figura 44 – Previsão de demanda método Holt-Winters Aditivo para o produto papel A4 Fonte: Os autores, 2013 Os resultados da previsão de demanda com o método SARIMA encontram-se na Tabela 23. Tabela 23 – Previsão de demanda do produto papel A4 Produto: Papel A4 2013 Meses 2014 2015 2016 2017 Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Janeiro 5093,9 10164,6 10495 6477,4 9527,1 Fevereiro 5986,5 7435,7 8180,1 7035,5 7908,1 Março 10397,2 8633 9438,4 9605,2 8548,8 Abril 9694,3 10205,2 5757,7 9311,8 9608,9 Maio 7618,3 8367,2 6992,9 7924,9 8387,9 Junho 8745,6 9690,9 9898,9 8709,1 9269,2 Julho 9931 4923,3 8998,6 9377 6364,4 Agosto 9090,1 7431,3 8400,6 8847,2 7848,8 Setembro 9055,2 9420,4 8180,5 8910,5 9124,1 Outubro 5050,3 9552,1 9879,4 6376,2 9098,8 Novembro 6997,6 8182,7 8756 7673,8 8377,2 8801,8 9038,8 8184,7 Dezembro 9418,5 7986,8 Fonte: Software Crystal Ball®, 2013 98 Produto 12: Caneta O produto Caneta é o segundo item de maior demanda no Centro de Distribuição estudado, ficando atrás somente do Envelope. A série histórica do produto está descrito na Tabela 24. É evidente que o produto em questão apresenta a terceira maior demanda unitária entre os itens analisados; é possível visualizar uma demanda constante do produto, com picos de demanda aos finais de ano, conforme abaixo: Tabela 24 – Base histórica de demanda do produto caneta Produto: Caneta Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 13.189 Janeiro 14.058 Fevereiro 14.220 Fevereiro 15.238 Março 16.932 Março 18.597 Abril 14.018 Abril 15.405 Maio 14.915 Maio 16.080 Junho 14.030 Junho 14.390 Julho 10.499 Julho 11.910 Agosto 17.429 Agosto 15.100 Setembro 14.200 Setembro 14.058 Outubro 13.350 Outubro 18.891 Novembro 20.183 Novembro 22.180 Dezembro 22.890 Fonte: Empresa Papelaria, 2013 Dezembro 25.154 O melhor modelo proposto pelo software, com MAD 678,81, foi a metodologia SARIMA (1, 0, 0)(0, 1, 1), com um erro médio de 4% sobre a demanda real do produto, conforme Figura 45. 99 Figura 45 – Previsão de demanda método SARIMA para o produto caneta Fonte: Os autores, 2013 Como segunda opção de utilização, é encontrado o modelo de Holt-Winters Aditivo, com MAD de 1.143,70, com os parâmetros Alpha no valor de 0,3667, Beta 0,0359 e Gamma de 0,9681, conforme pode ser observado na Figura 46. Figura 46 – Previsão de demanda método Holt-Winters Aditivo para o produto caneta Fonte: Os autores, 2013 Como proposta alternativa ao método anterior, foi eleita a técnica da Sazonalidade Aditiva com MAD de 1.155,78, Alpha no valor de 0,3825 e Gamma de 0,5299, ilustrado na Figura 47. 100 Figura 47 – Previsão de demanda método Sazonalidade Aditiva para o produto caneta Fonte: Os autores, 2013 Os resultados da previsão de demanda com o método SARIMA encontram-se na Tabela 25. Tabela 25 – Previsão de demanda do produto caneta Produto: Caneta 2013 Meses 2014 2015 2016 2017 Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Janeiro 14758,1 15029,1 15029,1 15029,1 15029,1 Fevereiro 15746,9 15847,4 15847,4 15847,4 15847,4 Março 19247,1 19284,3 19284,3 19284,3 19284,3 Abril 15921,8 15935,6 15935,6 15935,6 15935,6 Maio 16504,8 16509,9 16509,9 16509,9 16509,9 Junho 14521,5 14523,4 14523,4 14523,4 14523,4 Julho 12416,1 12416,8 12416,8 12416,8 12416,8 Agosto 14264,2 14264,5 14264,5 14264,5 14264,5 Setembro 14003,1 14003,2 14003,2 14003,2 14003,2 Outubro 20865,7 20865,7 20865,7 20865,7 20865,7 Novembro 22865,8 22865,8 22865,8 22865,8 22865,8 Dezembro 25884,9 25884,9 Fonte: Software Crystal Ball®, 2013 25884,9 25884,9 25884,9 3.3 PLANO DE INSTALAÇÃO Para a instalação da empresa, segundo orientação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) , é necessário realizar algumas consultas, como: situação do sócio através do CPF, nome da futura empresa, a fim 101 de verificar se não existe outro empreendimento com o mesmo nome empresarial na mesma Unidade da Federação, pedir o boletim informativo do imóvel no qual se localizará a empresa, a fim de validar se a localização do empreendimento atende as normas do Plano Diretor da cidade, que estabelece os critérios para localização e funcionamento de qualquer atividade econômica. O Boletim Informativo é necessário para a inscrição no Cadastro Fiscal da Secretaria Municipal da Fazenda e para a concessão do Alvará de Localização e Funcionamento. Além disso, é necessário consultar quais são as licenças necessárias para o funcionamento da empresa, sendo necessário também, providências quanto a inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas e também o registro na Junta Comercial e na Secretaria da Fazenda do Estado, e também deve ser providenciada a inscrição da empresa na Prefeitura de Belém, para obter o Alvará de Funcionamento. Alguns móveis e expositores que serão utilizados na implementação do Centro de Distribuição. Apresenta- se o que será necessário para a instalação da empresa. A discriminação dos custos de cada item é apresentada no subitem 3.4.1 (Investimento Inicial). Obras e Instalações Prediais: reparos e pintura das paredes e renovação da instalação elétrica do imóvel; Móveis, utensílios e equipamentos: escritório, composto por estação de trabalho, cadeiras, divisória para escritório, armário, computador, aparelho telefônico, ar condicionado; espaço de exposição dos produtos, composto por gôndolas, pallet, empilhadeira e carrinho. 3.4 ANÁLISE DE VIABILIDADE Para elaboração da análise, foi realizado um levantamento dos custos iniciais para abertura da empresa, a fim de se obter o investimento inicial necessário. Foram feitas, também, projeções de receitas e despesas, fluxo de caixa e demonstrativo de resultados para o período de cinco anos. Para determinação das receitas, como se 102 trata de diferentes produtos com preços variáveis, utilizou-se um valor médio para cada tipo de produto. 3.4.1. Investimento Inicial O investimento inicial foi realizado através do levantamento dos custos de todos os itens que irão viabilizar o funcionamento do Centro de Distribuição. Para o cálculo do investimento inicial foram considerados: a necessidade de investimento fixo inicial, englobando a necessidade de reformas prediais, equipamentos, móveis e utensílios, que correspondem aos gastos operacionais necessários para o início das atividades, incluindo o custo fixo (como por exemplo, aluguel, conta de energia elétrica, seguro, entre outros). O espaço físico do prédio possui dimensão (comprimento x largura) 40 x 15 metros e altura de 4 metros, o local onde será instalado o centro não necessitará de reformas, apenas serão feitos pequenos reparos nas paredes e uma nova pintura. Será necessária a aquisição de móveis, assim como de alguns equipamentos. Nas Tabelas 26, 27, 28 e 29 apresentam-se o detalhamento de cada parcela do investimento inicial necessários para o funcionamento do Centro, onde a análise da quantidade de itens, seus respectivos preços, totaliza um valor X, que será demonstrado adiante. Tabela 26 – Investimento em Móveis e Utensílios Móveis e Quantidade (unds) Custo Unitário Utensílios Divisória para Escritório 4 R$ 300,00 Custo Total R$ 1.200,00 Estação de Trabalho 1 R$ 900,00 R$ 900,00 Armário para Escritório 1 R$ 500,00 R$ 500,00 Cadeira Giratória 1 R$ 120,00 R$ 120,00 Gôndolas 80 R$ 215,00 R$ 17.200,00 Pallet 100 R$ 16,00 R$ 1.600,00 Total 1 Fonte: Os Autores, 2013 R$ 21.520,00 103 Tabela 27 – Investimento em Máquinas e Equipamentos Máquinas e Equipamentos Quantidade (unds) Custo Unitário Custo Total Computador completo 1 R$ 1.900,00 R$ 1.900,00 Aparelho telefônico sem fio 1 R$ 80,00 R$ 80,00 Ar condicionado 1 R$ 1.550,00 R$ 1.550,00 Carro (Ducato) 1 R$ 84.000,00 R$ 84.000,00 Carro (Doblô) 1 R$ 54.000,00 R$ 54.000,00 Carrinho (Paleteiro) 2 R$ R$ Empilhadeira 1 R$ 12.000,00 782,00 1.564,00 R$ 12.000,00 Total 2 R$ 155.094,00 Fonte: Os Autores, 2013 Os itens, divisória para escritório, gôndolas, pallet, ar condicionado e o carrinho paleteiro possuem as seguintes características: Divisória para escritório: dimensão 3,00 x 4,00 = 12,00 m² cada divisória; Gôndolas: dimensão 1 metro de largura x 1,6 metros de altura; Pallet: tamanho de 1,00 x 1,20 metros, tendo como estrutura empilhamento sobre o piso e capacidade de 2.000 Kg; Carrinho: conhecido como transpalete, possui manuseio hidráulico e tem como capacidade de 2.000 até 3.000 Kg. Tabela 28 – Investimento em Instalação Elétrica Instalação Elétrica Quantidade (unds) Custo Unitário Custo Total Fio 100 metros R$ 2,00 R$ 200,00 Tomada 4 R$ 11,50 R$ 46,00 Mão-de-Obra 1 R$ 400,00 R$ 400,00 Lâmpada 56 R$ 10,00 R$ 560,00 Interruptor 28 R$ 6,00 R$ 168,00 Disjuntor Tripolar 2 R$ 26,50 R$ 52,50 Cabo 10 metros R$ 5,00 R$ 50,00 Reator Elétrico 2 R$ 14,75 R$ 29,50 Conector Vampiro 3 R$ 8,50 R$ 25,50 Total 3 R$ 1.531,50 Fonte: Os Autores, 2013 Os itens relacionados à instalação elétrica e pintura do estabelecimento estão descritos a seguir: Tomada: tipo parafusada, do modelo tripolar, capacidade de 110 e 220 volts; Lâmpada: modelo econômica, com características de 30 watts e com voltagem de 127 volts; Parede: paredes laterais possuem dimensão de 4 metros de altura por 40 metros de comprimento; 104 Paredes dos fundos e frente: 4 metros de altura e 15 metros de largura; Teto: 15 metros de largura e 40 metros de comprimento. Tabela 29 – Investimento em Pintura Pintura Quantidade (m²) Custo por m² Custo Total Parede 320 R$ 8,00 R$ 2.560,00 Parede dos fundos 60 R$ 8,00 R$ Teto 600 R$ 8,00 R$ 4.800,00 Frente 60 R$ 8,00 R$ Total 4 480,00 480,00 R$ 8.320,00 Fonte: Os Autores, 2013 Obtendo os dados referentes à pintura, verifica-se que o valor de cada m² custa R$ 8,00 (oito reais), multiplicando-se com o valor total de m² que cada parede possui, obtém o valor real de quanto será investido. Portanto, o valor total investido em pintura será de R$ 8.320,00. Após a análise dos itens acima, o valor total do investimento em móveis e utensílios, máquinas/equipamentos, instalação elétrica e pintura é de R$ 186.465,50, mínimo necessário para que o CD esteja pronto para entrar em operação, como pode ser analisado na Tabela 30. Tabela 30 – Investimentos Fixos Móveis e Utensílios Quantidade (unds) Custo Unitário Custo Total Divisória para Escritório 4 R$ 300,00 R$ 1.200,00 Estação do Trabalho 1 R$ 900,00 R$ 900,00 Armário para Escritório 1 R$ 500,00 R$ 500,00 Cadeira giratória 1 R$ 120,00 R$ 120,00 Gôndolas 80 R$ 215,00 R$ 17.200,00 Pallet 100 R$ 16,00 Subtotal 1 R$ 1.600,00 R$ 21.520,00 Máquinas e Equipamentos Quantidade (unds) Computador completo 1 Custo Unitário R$ 1.900,00 R$ Custo Total 1.900,00 Aparelho telefônico sem fio 1 R$ 80,00 R$ 80,00 Ar condicionado 1 R$ 1.550,00 R$ 1.550,00 Carro (Ducato) 1 R$ 84.000,00 R$ 84.000,00 Carro (Doblô) 1 R$ 54.000,00 R$ 54.000,00 Carrinho (Paleteiro) 2 R$ R$ Empilhadeira 1 R$ 12.000,00 782,00 Subtotal 2 1.564,00 R$ 12.000,00 R$ 155.094,00 Instalação Elétrica Quantidade (unds) Custo Unitário Custo Total Fio 100 metros R$ 2,00 R$ 200,00 Tomada 4 R$ 11,50 R$ 46,00 Mão-de-Obra 1 R$ 400,00 R$ 400,00 Lâmpada 56 R$ 10,00 R$ 560,00 105 Interruptor 28 R$ 6,00 R$ 168,00 Disjuntor Tripolar 2 R$ 26,50 R$ 52,50 Cabo 10 metros R$ 5,00 R$ 50,00 Reator Elétrico 2 R$ 14,75 R$ 29,50 Conector Vampiro 3 R$ 8,50 R$ 25,50 R$ 1.531,50 Subtotal 3 Pintura Quantidade (m²) Custo Unitário Parede 320 R$ 8,00 R$ 2.560,00 Parede dos fundos 60 R$ 8,00 R$ 480,00 Teto 600 R$ 8,00 R$ 4.800,00 Frente 60 R$ 8,00 R$ 480,00 R$ 8.320,00 Subtotal 4 Total em Investimentos Fixos Custo Total R$ 186.465,50 Fonte: Os Autores, 2013 O Centro de Distribuição terá despesas pré-operacionais como, treinamentos através de cursos oferecidos pela empresa e a utilização de um contador para a formalização da abertura da empresa, descritos na Tabela 31 onde, o valor total necessário para as despesas pré-operacionais poderá ser obtido através do somatório dos dois itens (cursos de estocagem e contador), vindo a totalizar um valor de R$ 1.678,00. Tabela 31 – Despesas Pré-Operacionais Treinamentos Custo Cursos de estocagem R$ 1.000,00 Subtotal 1 R$ 1.000,00 Outros Custo Contador R$ 678,00 Subtotal 2 R$ 678,00 Total em despesas pré-operacionais R$ 1.678,00 Fonte: Os Autores, 2013 A seguir, apresenta-se o valor do investimento inicial estimado, somando-se o investimento fixo inicial e as despesas pré-operacionais (Tabela 32). Tabela 32 – Estimativa do Investimento Inicial Total Investimentos fixos R$ 186.465,50 Despesas pré-operacionais Investimento Inicial R$ 1.678,00 R$ 188.143,50 Fonte: Os Autores, 2013 3.4.2 Custo Fixo Anual do Centro de Distribuição Este tópico caracteriza a manutenção no período de doze meses dos itens que são necessários para que o Centro de Distribuição entre em funcionamento. Na 106 Tabela 33 encontra-se registrado os itens que irão compor a manutenção e os seus respectivos valores. Tabela 33 – Custo Fixo Anual do CD Itens Custo Mensal Custo Anual Cartucho de impressora R$ 60,00 R$ 720,00 Resma de papel R$ 28,00 R$ 336,00 Mão-de-Obra (2 pessoas) Encargos sociais Aluguel R$ 1.660,00 R$ 19.920,00 R$ 876,00 R$ 10.512,00 R$ 4.000,00 R$ 48.000,00 Telefone fixo R$ 300,00 R$ 3.600,00 Internet R$ 134,90 R$ 1.618,80 Software R$ 339,00 R$ 4.068,00 Água R$ 40,00 R$ 480,00 Energia R$ 488,00 R$ 5.856,00 Combustível R$ 672,00 R$ 8.064,00 Material de Limpeza e Higiene R$ 80,00 R$ 960,00 Sistema de Segurança R$ 150,00 R$ 1.800,00 Manutenção de Veículos R$ 400,00 R$ 4.800,00 Seguro R$ 300,00 R$ 3.600,00 Licença R$ 208,66 R$ 2.503,92 Contador (honorários) R$ 339,00 R$ 4.068,00 IPTU R$ 129,17 R$ 1.550,00 Depreciação R$ 538,00 R$ 6.456,00 Frete R$ 13.240,14 Total 1 R$ 158.881,63 R$ 287.794,35 Fonte: Os Autores, 2013 Anualmente, o Centro gastará doze unidades de cartucho de impressora com valor unitário de R$ 60,00 (sessenta reais), vinte e quatro resmas de papel A4 com um custo unitário de R$ 14,00 (quatorze reais) e disponibilizará de dois funcionários com recebimento mensal no valor de R$ 830,00 (oitocentos e trinta reais). Com isso, multiplicaram-se os valores unitários gastos mensalmente por doze, equivalente ao número de meses, vindo a obter o valor total de gasto que o Centro de Distribuição terá anualmente. Após a observação da Tabela 33, verifica-se que o valor total dessa manutenção é de R$ 287.794,35 anualmente, o suficiente para otimizar as demandas de logística e a manutenção das operações. 107 3.4.3 Comparativo Entre as Lojas e o Centro Com a obtenção do valor de quanto será investido na implantação do CD, pode-se iniciar um processo de comparação, através do cálculo do gasto anual de cada loja da manutenção de seus depósitos. A loja que se encontra na Vila dos Cabanos, distante 100 Km do local onde o Centro de Distribuição será implantado, possui um custo de manutenção anual de R$ 86.479,78, consumindo uma unidade de cartucho e de uma resma de papel A4 por mês e utilizando apenas um funcionário para ser responsável pelo depósito da loja, o total gasto está demonstrado na Tabela 34. Tabela 34 – Custo Fixo Anual da Loja da Vila dos Cabanos Itens Custo Mensal Custo Anual Cartucho de impressora R$ 60,00 R$ 720,00 Resma de papel R$ 14,00 R$ 168,00 Mão-de-Obra R$ 678,00 R$ 8.136,00 Encargos sociais R$ 337,64 R$ 4.051,68 Aluguel R$ 1.300,00 R$ 15.600,00 Telefone R$ 160,00 R$ 1.920,00 Internet R$ 100,00 R$ 1.200,00 Software R$ 339,00 R$ 4.068,00 Água R$ 20,00 Energia R$ 219,60 R$ 2.635,20 R$ 240,00 Combustível R$ 339,00 R$ 4.068,00 Sistema de Segurança R$ 110,00 R$ 1.320,00 Manutenção de Veículos R$ 150,00 R$ 1.800,00 Seguro R$ 108,33 R$ 1.299,96 Licença R$ 75,00 R$ 900,00 Material de Limpeza e Higiene R$ 60,00 R$ 720,00 Frete R$ 3.136,08 Total 1 R$ 37.632,94 R$ 86.479,78 Fonte: Os Autores, 2013 Após a obtenção dos itens e os valores que são necessários para a manutenção do depósito, o valor da manutenção anual da loja que se encontra na capital Belém, possui um custo de R$ 103.292,59, conforme Tabela 35. Tabela 35 – Custo Fixo Anual da Loja de Belém Itens Custo Mensal Cartucho de impressora R$ Resma de papel Mão-de-Obra Encargos sociais Custo Anual 60,00 R$ 720,00 R$ 14,00 R$ 168,00 R$ 678,00 R$ 8.136,00 R$ 645,08 R$ 7.740,96 108 Aluguel R$ 2.200,00 R$ 26.400,00 Telefone R$ 185,00 R$ 2.220,00 Internet R$ 100,00 R$ 1.200,00 Software R$ 339,00 R$ 4.068,00 Água R$ 40,00 R$ 480,00 Energia R$ 280,00 R$ 3.360,00 Combustível R$ 320,00 R$ 3.840,00 Sistema de Segurança R$ 150,00 R$ 1.800,00 Manutenção de Veículos R$ 130,00 R$ 1.560,00 Seguro R$ 133,33 R$ 1.599,96 Licença R$ 91,66 R$ 1.099,92 Material de Limpeza e Higiene R$ 45,00 R$ 540,00 Frete R$ 3.196,65 Total 2 R$ 38.359,75 R$ 103.292,59 Fonte: Os Autores, 2013 Enquanto a loja de Abaetetuba, distante 120 Km do Centro de Distribuição possui como custo anual de R$ 151.643,86, podendo ser comprovado na Tabela 36. Tabela 36 – Custo Fixo Anual da Loja de Abetetuba Itens Custo Mensal Custo Anual Cartucho de impressora R$ 60,00 R$ 720,00 Resma de papel R$ 14,00 R$ 168,00 Mão-de-Obra R$ 678,00 R$ 8.136,00 Encargos sociais R$ 357,64 R$ 4.291,68 Aluguel R$ 2.000,00 R$ 24.000,00 Telefone R$ 180,00 R$ 2.160,00 Internet R$ 100,00 R$ 1.200,00 Software R$ 339,00 R$ 4.068,00 Água R$ 20,00 R$ 240,00 Energia R$ 390,40 R$ 4.684,80 Combustível R$ 576,00 R$ 6.912,00 Sistema de Segurança R$ 110,00 R$ 1.320,00 Manutenção de Veículos R$ 200,00 R$ 2.400,00 Seguro R$ 300,00 R$ 3.600,00 Licença R$ 117,00 R$ 1.404,00 Material de Limpeza e Higiene R$ 55,00 R$ 660,00 Frete Total 3 R$ 7.139,95 R$ 85.679,38 R$ 151.643,86 Fonte: Os Autores, 2013 Por fim, a loja que se encontra instalada na cidade de Barcarena, distante 80 Km do Centro, possui um custo de manutenção de R$ 80.913,98, conforme Tabela 37. 109 Tabela 37 – Custo Fixo Anual da Loja de Barcarena Itens Custo Mensal Custo Anual Cartucho de impressora R$ 60,00 R$ 720,00 Resma de papel R$ 14,00 R$ 168,00 Mão-de-Obra R$ 678,00 R$ 8.136,00 Encargos sociais R$ 347,64 R$ 4.171,68 Aluguel R$ 1.800,00 R$ 21.600,00 Telefone R$ 185,00 R$ 2.220,00 Internet R$ 100,00 R$ 1.200,00 Software R$ 339,00 R$ 4.068,00 Água R$ 20,00 R$ Energia R$ 305,00 R$ 3.660,00 Combustível R$ 336,00 R$ 4.032,00 Sistema de Segurança R$ 110,00 R$ 1.320,00 Manutenção de Veículos R$ 150,00 R$ 1.800,00 240,00 Seguro R$ 108,00 R$ 1.296,00 Licença R$ 75,00 R$ 900,00 Material de Limpeza R$ 30,00 R$ 360,00 Frete R$ 2.085,19 Total 4 R$ 25.022,30 R$ 80.913,98 Fonte: Os Autores, 2013 Através da obtenção dos valores e da quantidade de quanto cada loja gasta para a manutenção dos depósitos, conforme foi observado nas tabelas demostradas acima, verifica-se que o total do custo de manutenção dos locais de armazenamento das quatro lojas é no valor de R$ 422.330,21/ano. A loja situada no município de Abaetetuba gasta anualmente R$ 151.643,86, as que se localizam em Barcarena, sendo uma no município e outra na Vila dos Cabanos, gastam, respectivamente, R$ 80.913,98 e R$ 86.479,78, e a loja da Capital Belém possui um gasto anual de R$ 103.292,59. Já o custo de manutenção relacionado ao Centro de Distribuição será no valor de R$ 287.794,35 por ano. No Gráfico 1 pode ser visualizado através das barras, o quantitativo dos custos de cada loja e do Centro de Distribuição. 110 Gráfico 1 – Comparativo custo fixo entre aslojas e o CD Custo Total Anual R$ 450.000,00 R$ 400.000,00 R$ 350.000,00 R$ 300.000,00 R$ 250.000,00 R$ 200.000,00 R$ 150.000,00 R$ 100.000,00 R$ 50.000,00 R$ 0,00 Custo Total Anual Fonte: Os Autores, 2013 Comparando-se os custos que cada empresa possui com seus depósitos e de quanto será necessário para a manutenção anual do Centro de Distribuição, verificou-se que com a implantação do CD, a empresa terá uma redução de R$ 134.535,96 relacionado a manutenção. Somente com o levantamento das despesas que serão otimizadas, pode-se concluir que a implantação do CD é plenamente viável. 3.4.4 Previsões de Custos Nas Tabelas 38 e 39, respectivamente, são apresentadas a previsão dos custos fixos anuais do Centro de Distribuição e das quatro lojas que fazem parte do grupo nos primeiros cinco anos. Sendo previsto um aumento anual de 6% ao ano dos custos, taxa esta obtida através da média dos últimos 12 meses do valor da inflação. Tabela 38 – Previsões dos Custos do Centro de Distribuição Itens Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Valores em R$ Cartucho de impressora 720,00 763,20 808,99 857,53 908,98 Papel A4 336,00 356,16 377,52 400,18 424,19 Mão-de-Obra ( 2 pessoas) 19920,00 21115,20 22382,11 23725,03 25148,54 Encargos sociais 10512,00 11142,72 11811,28 12519,96 13271,15 Aluguel 48000,00 50880,00 53932,80 57168,76 60598,89 Telefone Fixo 3600,00 3816,00 4044,96 4287,65 4544,91 Internet 1618,80 1715,92 1818,88 1928,01 2043,69 111 Software 4068,00 4312,08 4570,80 4845,05 5135,75 Água 480,00 508,80 539,32 571,68 605,98 Energia 5856,00 6207,36 6579,80 6974,58 7393,06 Combustível Material de Limpeza e higiene Sistema de Segurança 8064,00 8547,84 9060,71 9604,35 10180,61 960,00 1017,60 1078,65 1143,37 1211,97 1800,00 1908,00 2022,48 2143,82 2272,45 Manutenção de Veículos 4800,00 5088,00 5393,28 5716,87 6059,88 Seguro 3600,00 3816,00 4044,96 4287,65 4544,91 Licença 2503,92 2654,15 2813,40 2982,20 3161,14 Contador (honorários) 4068,00 4312,08 4570,80 4845,05 5135,75 IPTU 1550,00 1643,00 1741,58 1846,07 1956,83 Depreciação 6456,00 6843,36 7253,96 7689,19 8150,55 Frete 158881,63 168414,52 178519,39 189230,55 200584,38 Total 287794,35 Fonte: Os Autores, 2013 305061,99 323365,67 342767,55 363333,61 Tabela 39 – Previsões dos Custos das Lojas Lojas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Valores em R$ Abaetetuba 151.643,86 160.742,49 170.387,03 180.610,25 191.446,86 Belém 103.292,59 109.490,14 116.059,54 123.023,11 130.404,49 Barcarena 80.913,98 85.768,81 90.914,94 96.369,84 102.152,03 Vila dos 86.479,78 91.668,56 97.168,67 102.998,79 109.178,71 Cabanos Total 422.330,21 447.670,00 474.530,18 503.001,99 533.182,09 Fonte: Os Autores, 2013 Após a análise das Tabelas 38 e 39, verifica-se que a diferença entre o CD e as quatro lojas em relação à projeção dos custos fixos anuais aumenta ao longo dos anos, e isso mostra que a implantação do CD é viável. 112 3.4.5 Fluxo de Caixa Na Tabela 40 é apresentada a projeção do Fluxo de Caixa do Centro de Distribuição nos primeiros cinco anos. Tabela 40 – Fluxo de Caixa do Centro de Distribuição Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Receita Vendas 3.447.111,64 3.661.656,35 3.828.486,66 3.906.954,55 4.091.507,17 (-) Despesas Gerais e Administrativas (CD) -287.794,35 -305.061,99 -323.365,67 -342.767,55 -363.333,61 Investimento Inicial -188.143,50 (-) Custo Operacional -2.639.944,58 -2.784.509,54 -2.977.312,75 -3.065.595,41 -3.231.593,49 Total de Saídas -2.927.738,93 -3.089.571,53 -3.300.678,42 -3.408.362,96 -3.594.927,10 Saldo Líquido 519.372,71 572.084,82 527.808,24 498.591,59 496.580,07 Fonte: Os Autores, 2013 Na primeira linha encontra-se o investimento inicial necessário para a implantação do Centro de Distribuição que foi no valor de 188.143,50 no ano zero, calculado anteriormente na Tabela 32. Posteriormente, tem-se as entradas obtidas através da receita de vendas, calculada através da multiplicação do Preço de Venda do produto com a previsão de demanda calculada no item 3.2.4 para os anos de 2013, 2014, 2015, 2016 e 2017, como pode ser observado nas Tabelas 41, 42, 43, 44 e 45. 113 Tabela 41 – Cálculo Receita de Vendas 2013 Itens Preço de Venda Previsão Demanda 2013 Receita de Vendas Fita R$ 1,40 93.494,40 R$ 130.892,16 Quadro R$ 68,00 857,9 R$ 58.337,20 Caderno R$ 12,25 67.137,00 R$ 822.428,25 Caneta R$ 0,50 207.000,00 R$ 103.500,00 Envelope R$ 0,10 331.539,70 R$ 33.153,97 E.V.A. R$ 0,80 40.481,00 R$ 32.384,80 Formulário R$ 48,50 4.437,90 R$ 215.238,15 Grampeador R$ 8,00 18.730,40 R$ 149.843,20 Lápis R$ 0,15 171.690,90 R$ 25.753,64 Papel A4 R$ 14,00 97.078,50 R$ 1.359.099,00 Pasta R$ 4,50 96.249,20 R$ 433.121,40 Tesoura R$ 3,75 22.229,30 R$ 83.359,88 R$ 3.447.111,64 TOTAL Fonte: Os Autores, 2013 Tabela 42 – Cálculo Receita de Vendas 2014 Itens Preço de Venda Previsão Demanda 2014 Receita de Vendas Fita R$ 1,40 92251,3 R$ 129.151,82 Quadro R$ 68,00 845,8 R$ 57.514,40 Caderno R$ 12,25 66686,6 R$ 816.910,85 Caneta R$ 0,50 207430,6 R$ 103.715,30 Envelope R$ 0,10 336497 R$ 33.649,70 E.V.A. R$ 0,80 40446,5 R$ 32.357,20 Formulário R$ 48,50 7451 R$ 361.373,50 Grampeador R$ 8,00 18584,9 R$ 148.679,20 Lápis R$ 0,15 170489 R$ 25.573,35 Papel A4 R$ 14,00 101993,2 R$ 1.427.904,80 Pasta R$ 4,50 98225,8 R$ 442.016,10 Tesoura R$ 3,75 22082,7 R$ 82.810,13 R$ 3.661.656,35 TOTAL Fonte: Os Autores, 2013 Tabela 43 – Cálculo Receita de Vendas 2015 Itens Preço de Venda Previsão Demanda 2015 Receita de Vendas Fita R$ 1,40 92245,4 R$ 129.143,56 Quadro R$ 68,00 846 R$ 57.528,00 Caderno R$ 12,25 66287,1 R$ 812.016,98 Caneta R$ 0,50 207430,6 R$ 103.715,30 Envelope R$ 0,10 336496,8 R$ 33.649,68 E.V.A. R$ 0,80 40446,5 R$ 32.357,20 Formulário R$ 48,50 10464 R$ 507.504,00 Grampeador R$ 8,00 18350,2 R$ 146.801,60 Lápis R$ 0,15 169720,3 R$ 25.458,05 Papel A4 R$ 14,00 103779,9 R$ 1.452.918,60 Pasta R$ 4,50 98890,6 R$ 445.007,70 114 Tesoura R$ 3,75 21969,6 TOTAL R$ 82.386,00 R$ 3.828.486,66 Fonte: Os Autores, 2013 Tabela 44 – Cálculo Receita de Vendas 2016 Itens Preço de Venda Previsão Demanda 2016 Receita de Vendas Fita R$ 1,40 92245,4 R$ 129.143,56 Quadro R$ 68,00 846 R$ 57.528,00 Caderno R$ 12,25 65932,3 R$ 807.670,68 Caneta R$ 0,50 207430,6 R$ 103.715,30 Envelope R$ 0,10 336496,8 R$ 33.649,68 E.V.A. R$ 0,80 40446,5 R$ 32.357,20 Formulário R$ 48,50 13476,9 R$ 653.629,65 Grampeador R$ 8,00 18276,7 R$ 146.213,60 Lápis R$ 0,15 169349,9 R$ 25.402,49 Papel A4 R$ 14,00 99287,4 R$ 1.390.023,60 Pasta R$ 4,50 99012,9 R$ 445.558,05 Tesoura R$ 3,75 21883,4 R$ 82.062,75 R$ 3.906.954,55 TOTAL Fonte: Os Autores, 2013 Tabela 45 – Cálculo Receita de Vendas 2017 Itens Preço de Venda Previsão Demanda 2017 Fita R$ 1,40 Receita de Vendas 92245,4 R$ 129.143,56 Quadro R$ 68,00 846 R$ 57.528,00 Caderno R$ 12,25 65617,5 R$ 803.814,38 Caneta R$ 0,50 207430,6 R$ 103.715,30 Envelope R$ 0,10 336496,8 R$ 33.649,68 E.V.A. R$ 0,80 40446,5 R$ 32.357,20 Formulário R$ 48,50 16490 R$ 799.765,00 Grampeador R$ 8,00 18401,9 R$ 147.215,20 Lápis R$ 0,15 169284,7 R$ 25.392,71 Papel A4 R$ 14,00 102248 R$ 1.431.472,00 Pasta R$ 4,50 99029,7 R$ 445.633,65 Tesoura R$ 3,75 21818,8 R$ 81.820,50 R$ 4.091.507,17 TOTAL Fonte: Os Autores, 2013 Os valores das Despesas Gerais e Administrativas foram obtidas através da Tabela 38, também para cinco anos. Para obtenção dos valores do Custo Operacional, multiplica-se o custo do produto pela demanda anual do item para os anos de 2013, 2014, 2015, 2016 e 2017, demanda esta obtida por meio da previsão de demanda descrita no item 3.2.4, para os cinco anos, como pode ser visto nas Tabelas 46, 47, 48, 49 e 50. 115 Tabela 46 – Cálculo Custo Operacional 2013 Itens Preço de Compra Previsão Demanda 2013 Custos Operacionais Fita R$ 1,00 93.494,40 R$ 93.494,40 Quadro R$ 65,50 857,9 R$ 56.192,45 Caderno R$ 11,41 67.137,00 R$ 766.033,17 Caneta R$ 0,29 207.000,00 R$ 60.030,00 Envelope R$ 0,05 331.539,70 R$ 16.576,99 E.V.A. R$ 0,61 40.481,00 R$ 24.693,41 Formulário R$ 45,99 4.437,90 R$ 204.099,02 Grampeador R$ 7,20 18.730,40 R$ 134.858,88 Lápis R$ 0,07 171.690,90 R$ 12.018,36 Papel A4 R$ 10,20 97.078,50 R$ 990.200,70 Pasta R$ 2,50 96.249,20 R$ 240.623,00 Tesoura R$ 1,85 22.229,30 R$ 41.124,21 R$ 2.639.944,58 TOTAL Fonte: Os Autores, 2013 Tabela 47 – Cálculo Custo Operacional 2014 Itens Preço de Compra Previsão Demanda 2014 Custos Operacionais Fita R$ 1,00 92251,3 R$ 92.251,30 Quadro R$ 65,50 845,8 R$ 55.399,90 Caderno R$ 11,41 66686,6 R$ 760.894,11 Caneta R$ 0,29 207430,6 R$ 60.154,87 Envelope R$ 0,05 336497 R$ 16.824,85 E.V.A. R$ 0,61 40446,5 R$ 24.672,37 Formulário R$ 45,99 7451 R$ 342.671,49 Grampeador R$ 7,20 18584,9 R$ 133.811,28 Lápis R$ 0,07 170489 R$ 11.934,23 Papel A4 R$ 10,20 101993,2 R$ 1.040.330,64 Pasta R$ 2,50 98225,8 R$ 245.564,50 Tesoura R$ 1,85 22082,7 R$ 2.784.509,54 TOTAL Fonte: Os Autores, 2013 Tabela 48 – Cálculo Custo Operacional 2015 Itens Preço de Compra Previsão Demanda 2015 Custos Operacionais Fita R$ 1,00 92245,4 R$ 92.245,40 Quadro R$ 65,50 846 R$ 55.413,00 Caderno R$ 11,41 66287,1 R$ 756.335,81 Caneta R$ 0,29 207430,6 R$ 60.154,87 Envelope R$ 0,05 336496,8 R$ 16.824,84 E.V.A. R$ 0,61 40446,5 R$ 24.672,37 Formulário R$ 45,99 10464 R$ 481.239,36 Grampeador R$ 7,20 18350,2 R$ 132.121,44 Lápis R$ 0,07 169720,3 R$ 11.880,42 Papel A4 R$ 10,20 103779,9 R$ 1.058.554,98 Pasta R$ 2,50 98890,6 R$ 247.226,50 116 Tesoura R$ 1,85 21969,6 TOTAL R$ 40.643,76 R$ 2.977.312,75 Fonte: Os Autores, 2013 Tabela 49 – Cálculo Custo Operacional 2016 Itens Preço de Compra Previsão Demanda 2016 Custos Operacionais Fita R$ 1,00 92245,4 R$ 92.245,40 Quadro R$ 65,50 846 R$ 55.413,00 Caderno R$ 11,41 65932,3 R$ 752.287,54 Caneta R$ 0,29 207430,6 R$ 60.154,87 Envelope R$ 0,05 336496,8 R$ 16.824,84 E.V.A. R$ 0,61 40446,5 R$ 24.672,37 Formulário R$ 45,99 13476,9 R$ 619.802,63 Grampeador R$ 7,20 18276,7 R$ 131.592,24 Lápis R$ 0,07 169349,9 R$ 11.854,49 Papel A4 R$ 10,20 99287,4 R$ 1.012.731,48 Pasta R$ 2,50 99012,9 R$ 247.532,25 Tesoura R$ 1,85 21883,4 R$ 40.484,29 R$ 3.065.595,41 TOTAL Fonte: Os Autores, 2013 Tabela 50 – Cálculo Custo Operacional 2017 Itens Preço de Compra Previsão Demanda 2017 Fita R$ 1,00 Custos Operacionais 92245,4 R$ 92.245,40 Quadro R$ 65,50 846 R$ 55.413,00 Caderno R$ 11,41 65617,5 R$ 748.695,68 Caneta R$ 0,29 207430,6 R$ 60.154,87 Envelope R$ 0,05 336496,8 R$ 16.824,84 E.V.A. R$ 0,61 40446,5 R$ 24.672,37 Formulário R$ 45,99 16490 R$ 758.375,10 Grampeador R$ 7,20 18401,9 R$ 132.493,68 Lápis R$ 0,07 169284,7 R$ 11.849,93 Papel A4 R$ 10,20 102248 R$ 1.042.929,60 Pasta R$ 2,50 99029,7 R$ 247.574,25 Tesoura R$ 1,85 21818,8 R$ 40.364,78 R$ 3.231.593,49 TOTAL Fonte: Os Autores, 2013 Na quinta linha da Tabela 41, pode ser observado o Total de Saídas, que representa o somatório das Despesas Gerais e Administrativas com o Custo Operacional. Após o cálculo do Total de Saídas é possível calcular o Saldo Líquido, obtido através da subtração da Receita de Vendas com o Total de Saídas, representando o fluxo do período anual. 117 3.4.5.1 Fluxo de Caixa em Gráfico O Fluxo de Caixa é um objeto matemático que pode ser representado graficamente com o objetivo de facilitar o estudo e os efeitos da análise de certa aplicação, que pode ser um investimento, empréstimo, financiamento etc. Com isso, pode-se analisar o fluxo de caixa graficamente como observado no Gráfico 2. Gráfico 2 – Fluxo de Caixa Fonte: Os Autores, 2013 O gráfico é composto por setas, um diagrama formado por um eixo horizontal que representa a linha do tempo, e setas verticais posicionadas sobre datas indicando os valores de “entrada” ou “saída” em cada data. Neste estudo, obteve-se uma linha do tempo para cinco anos sendo que, o ano zero corresponde o investimento inicial e a seta deve ser posicionada para baixo, o valor deste investimento é de 188.143,50, enquanto que as setas para cima significam o valor de entrada no caixa da empresa; sendo no primeiro ano o valor de 519.372,71, no segundo 572.084,82, no terceiro ano 527.808,24, no quarto 498.591,59 e finalmente no quinto ano 496.580,07. 3.5 CÁLCULO DOS INDICADORES E A ANÁLISE DE VIABILIDADE Para verificar a viabilidade do projeto, utilizaram-se alguns indicadores que possibilitaram mostrar se o projeto será viável para o empreendedor. Os dois indicadores considerados foram o VPL (Valor Presente Líquido) e a TIR (Taxa Interna de Retorno) para obteção da resposta. Para o cálculo do VPL, considerou as taxas do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) e a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), com a soma das duas obteve o valor de 13% ao ano, que representa a Taxa Mínima de 118 Atratividade (TMA), essa taxa tem o objetivo de descaptalizar os valores até a data zero. A TMA é a expectativa de ganho do investidor que serve como referência para dizer se o projeto é ou não viável. A Tabela 51 mostra o valor do investimento na data zero e os valores do retorno ao longo de cinco anos. Tabela 51 – Valores Investimento e Retornos Ano Valor 0 -188.143,50 1 519.372,71 2 572.084,82 3 527.808,24 4 498.591,59 5 496.580,07 Fonte: Os Autores, 2013 Para o cálculo do VPL no Microsoft Office Excel 2007, primeiramente digita-se a sintaxe VPL, realiza a somatória da TMA juntamente com todos os valores positivos do fluxo de caixa, o resultado soma-se com o valor do investimento, que é um valor negativo. O investimento não pode ser somado junto aos valores positivos porque a função VPL volta sempre uma data antes do primeiro então, uma data antes do primeiro é o zero e o VPL por definição deve voltar a data zero, apresentada na Equação 8. = VPL (13%; 519.372,71 + 572.084,82 + 527.808,24 + 498.591,59 + 496.580,07) + (-188.143,50) Equação 8 – Cálculo VPL Fonte: Os Autores, 2013 Com isso, obteve o valor de R$ 1.660.621,61; isso significa que se todas as entradas forem descaptalizadas para a data zero a 13% a.a. elas cobrem o investimento inicial de R$ 188.143,50 e gera um adicional de R$ 1.660.621,61 tornando assim o projeto viável. Então, conclui-se que sempre que o VPL for positivo o projeto será viável, portanto, a implantação do Centro será viável à empresa. Outra forma de analisar a viabilidade desse mesmo fluxo é pelo método da TIR, que é um método que possui como propósito determinar qual será o retorno que o empreendimento poderá oferecer. 119 Nesse caso, a TIR vem apenas complementar a análise ou a conclusão gerada pelo VPL, ou seja, essa análise deve apontar como o VPL apontou, para a não viabilidade do negócio. A TIR significa a taxa interna do projeto, a TMA é a expectativa de ganho do investidor assim, se a TIR for maior que a TMA, o projeto será viável, como já foi concluído que o projeto será viável sabe-se que a TIR vai ser menor que a TMA. A TIR também foi calculada no Microsoft Office Excel 2007 digitando a sintaxe TIR, e realizou a somatória de todos os valores do fluxo de caixa incluindo o da data zero, que é o investimento, totalizando uma taxa de 281% a.a., maior do que a expectativa de 13% do investidor, como mostra a Equação 9. = TIR (-188.143,50+519.372,71+572.084,82+527.808,24+498.591,59+496.580,07) Equação 9 – Cálculo TIR Fonte: Os Autores, 2013 Dessa forma, conclui-se que o projeto será viável, provando que pelo VPL o gestor da empresa terá um retorno de R$ 1.660.621,61 e a TIR apresentou um valor maior que a TMA, que foi de 281%. 120 CAPÍTULO 4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste capítulo serão realizadas as considerações finais, os pontos positivos e negativos da realização desse trabalho, bem como os benefícios que a empresa terá caso o gestor opte em implantar o projeto e por fim, serão abordadas as propostas futuras para prosseguimento do trabalho. 4.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir dos dados e informações coletados por esta pesquisa, foi possível verificar todo o funcionamento do processo de se implantar o Centro de Distribuição para atender as quatro unidades da Papelaria. Onde, por sua vez, foi dado foco para o cálculo da quantidade de itens que cada loja gasta e o seu custo para a manutenção dos depósitos e o levantamento dos custos necessários para a implantação do CD. Para a realização deste procedimento, primeiramente, foi realizado a classificação ABC de todos os itens que compõem as lojas, depois de efetivado foram selecionados apenas os itens de classe A e B para a previsão de demanda ao longo de cinco anos, de 2013 a 2017 utilizando o software Crystal Ball®. Como resultado, foi obtido que cada produto teve um comportamento diferente, mas os três melhores modelos foram selecionados e esta seleção deu-se pelo menor valor do MAD e assim, foi possível gerar a previsão. Cada item apresentou como os melhores modelos distintos um do outro, pelo fato de a demanda não apresentar o mesmo comportamento. Com o valor da previsão foi possível montar o fluxo de caixa e com isso concluir o objetivo do trabalho, que é a análise da viabilidade de se implantar o Centro na capital Belém. Para maior entendimento dos dados coletados e extrair deles informações que norteiem uma decisão mais confiável, foram utilizados duas técnicas de avaliação de investimentos: VPL e TIR. Para provar as informações coletadas, chegou-se a um resultado muito satisfatório para a implantação do empreendimento uma vez que os indicadores de viabilidade foram positivos, mostrando que é viável para a empresa realizar o projeto. 121 Para a realização deste trabalho houve várias limitações, como por exemplo, os produtos que possuem variadas marcas, ou seja, de vários fornecedores, não foi possível realizar o estudo de todos, foi realizado um agrupamento dos itens, e isso foi possível pelo fato de os preços serem bem similares de um concorrente ao outro, após foi realizado a média deles, bem como de sua demanda também. Porém, apesar das limitações, foi verificado que o projeto é viável, com isso, o gestor pode optar por implantar o Centro a fim de melhorar o sistema de compras, a logística no recebimento e entrega de mercadorias, maior fidelidade entre clientefornecedor e cliente-empresa, entre outros e tantos benefícios. A empresa apresenta uma gestão profissional, com pessoas treinadas e capacitadas para desenvolver trabalhos estratatégicos, pautados no planejamento de longo prazo, sempre focalizados na missão e visão que a empresa implementou. Com a implantação do Centro de Distribuição, a empresa conseguirá adequar seu planejamento de compras, diminuindo os custos e evitando falta de materiais. 4.2 PROPOSTAS ADICIONAIS DE PESQUISA Em virtude dessa pesquisa ser um processo contínuo, é prudente pensar em trabalhos futuros, pois em um contexto empresarial de complexidade, em que as mudanças ocorrem com rapidez e intensidade, melhorias e ajustes terão que ser realizados visando a sustentabilidade dos negócios ao longo prazo. Com isso, sugere-se como complementação para propostas futuras, a realização de um Estudo de Localização para concluir se o melhor local seria na cidade de Belém ou seria em outro ponto, e com este estudo seria bem mais viável para a empresa, pois esta teria uma informação mais precisa, comprovando através de estudos mais profundos e teria uma redução dos gastos e a logística seria bem mais eficiente. Porém, fica aberta para novas possibilidades de aplicações do Estudo de Localização em outras organizações onde a tomada de decisão e o planejamento é de fundamental importância para as empresas que queiram vencer dos seus concorrentes. Também pode ser realizado um estudo para verificar o quanto a empresa gastará com a logística de entrega dos produtos do Centro de Distribuição para as quatro lojas, pois dependendo dos valores o projeto ainda pode continuar a ser 122 viável ou poderá ser inviável, portanto este é um dos principais estudos que deve ser levado em consdideração; e também pode ser realizado o estudo em relação aos custos da logística reversa, ou seja, se alguma loja recebe itens errado, pode ser efetivado o estudo de como será feita essa devolução e quanto a empresa gastará por isso. 123 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Luiz Carlos de. Segurança - Pontes Rolantes. Araucária: Pro, 2011. ARAÚJO, Dimas Lopes de; NASCIMENTO, Thiago Lopes do; LEONEZ, Wagner Richadilson Barbosa. 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São Paulo: Makron Books, 2000. 128 ANEXO I Produto: Bobina Ano: 2011 Produto: Apagador Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 1533 Janeiro 1039 Janeiro 119 Janeiro 247 Fevereiro 808 Fevereiro 838 Fevereiro 246 Fevereiro 281 Março 1048 Março 848 Março 260 Março 381 Abril 372 Abril 818 Abril 70 Abril 104 Maio 814 Maio 638 Maio 110 Maio 141 Junho 858 Junho 701 Junho 66 Junho 52 Julho 1098 Julho 716 Julho 47 Julho 97 Agosto 1389 Agosto 990 Agosto 176 Agosto 192 Setembro 856 Setembro 1186 Setembro 204 Setembro 128 Outubro 1023 Outubro 1042 Outubro 119 Outubro 121 Novembro 1389 Novembro 1052 Novembro 166 Novembro 204 Dezembro 1188 Dezembro 1010 Dezembro 113 Dezembro 115 Total 12376 Total 10878 Total 1696 Total 2063 Produto: Grampo Ano: 2011 Meses Demanda Produto: Lápis Ano: 2012 Meses Demanda Ano: 2011 Meses Demanda Ano: 2012 Meses Demanda Janeiro 2099 Janeiro 1180 Janeiro 16738 Janeiro 21544 Fevereiro 534 Fevereiro 1909 Fevereiro 25317 Fevereiro 2800 Março 534 Março 8781 Março 26572 Março 26971 Abril 498 Abril 409 Abril 10649 Abril 15696 Maio 652 Maio 1660 Maio 9477 Maio 10705 Junho 573 Junho 767 Junho 3237 Junho 6078 Julho 354 Julho 696 Julho 3572 Julho 6873 Agosto 1308 Agosto 1261 Agosto 13431 Agosto 14250 Setembro 787 Setembro 940 Setembro 14111 Setembro 15015 Outubro 648 Outubro 933 Outubro 6290 Outubro 11278 Novembro 784 Novembro 463 Novembro 18221 Novembro 20200 Dezembro 1476 Dezembro 623 Dezembro 19320 Dezembro 22050 Total 10247 Total 19622 Total 166935 Total 173460 Produto: Liga Ano: 2011 Produto: Papel A4 Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 250 Janeiro 202 Janeiro 8268 Janeiro 9705 Fevereiro 154 Fevereiro 210 Fevereiro 9136 Fevereiro 8770 Março 159 Março 217 Março 6354 Março 11250 Abril 124 Abril 160 Abril 8255 Abril 4700 129 Maio 146 Maio 226 Maio 9586 Maio 6037 Junho 160 Junho 193 Junho 8503 Junho 10254 Julho 165 Julho 195 Julho 6817 Julho 9579 Agosto 169 Agosto 227 Agosto 6544 Agosto 8467 Setembro 242 Setembro 234 Setembro 8182 Setembro 8189 Outubro 257 Outubro 234 Outubro 10555 Outubro 10498 Novembro 268 Novembro 181 Novembro 8719 Novembro 8915 Dezembro 153 Dezembro 86 Dezembro 8441 Dezembro 9528 Total 2247 Total 2365 Total 99360 Total 105892 Produto: Marcador p/ Quadro Ano: 2011 Produto: Caneta Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 1500 Janeiro 2589 Janeiro 13189 Janeiro 14058 Fevereiro 1734 Fevereiro 1492 Fevereiro 14220 Fevereiro 15238 Março 1230 Março 2460 Março 16932 Março 18597 Abril 892 Abril 1303 Abril 14018 Abril 15405 Maio 674 Maio 1238 Maio 14915 Maio 16080 Junho 687 Junho 1145 Junho 14030 Junho 14390 Julho 463 Julho 1712 Julho 10499 Julho 11910 Agosto 1220 Agosto 1355 Agosto 17429 Agosto 15100 Setembro 822 Setembro 992 Setembro 14200 Setembro 14058 Outubro 846 Outubro 934 Outubro 13350 Outubro 18891 Novembro 750 Novembro 1191 Novembro 20183 Novembro 22180 Dezembro 813 Dezembro 566 Dezembro 22890 Dezembro 25154 Total 11631 Total 16977 Total 185855 Total 201061 Produto: Livro Ano: 2011 Produto: Calculadora Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 878 Janeiro 715 Janeiro 226 Janeiro 280 Fevereiro 439 Fevereiro 572 Fevereiro 131 Fevereiro 191 Março 573 Março 622 Março 301 Março 494 Abril 322 Abril 414 Abril 154 Abril 126 Maio 412 Maio 367 Maio 209 Maio 161 Junho 454 Junho 405 Junho 104 Junho 133 Julho 588 Julho 275 Julho 145 Julho 124 Agosto 777 Agosto 505 Agosto 297 Agosto 181 Setembro 534 Setembro 366 Setembro 262 Setembro 169 Outubro 501 Outubro 463 Outubro 224 Outubro 148 Novembro 811 Novembro 295 Novembro 652 Novembro 141 Dezembro 383 Dezembro 377 Dezembro 218 Dezembro 131 Total 6672 Total 5376 Total 2923 Total 2279 130 Produto: Fita Ano: 2011 Produto: Caderno Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 4550 Janeiro 5620 Janeiro 6200 Janeiro 6882 Fevereiro 3980 Fevereiro 4015 Fevereiro 7300 Fevereiro 7840 Março 2320 Março 3220 Março 5890 Março 6895 Abril 3841 Abril 4987 Abril 3280 Abril 3400 Maio 4385 Maio 5220 Maio 2500 Maio 3136 Junho 6220 Junho 8220 Junho 3150 Junho 3385 Julho 6050 Julho 7330 Julho 4030 Julho 5185 Agosto 8592 Agosto 13250 Agosto 7030 Agosto 8015 Setembro 10858 Setembro 11989 Setembro 3100 Setembro 3995 Outubro 4180 Outubro 6238 Outubro 4100 Outubro 5450 Novembro 11995 Novembro 13483 Novembro 5990 Novembro 6038 Dezembro 13541 Dezembro 15050 Dezembro 6600 Dezembro 6880 Total 80512 Total 98622 Total 59170 Total 67101 Produto: TNT Ano: 2011 Produto: Clips Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 2875 Janeiro 3023 Janeiro 1642 Janeiro 2746 Fevereiro 1321 Fevereiro 1839 Fevereiro 886 Fevereiro 1537 Março 954 Março 2325 Março 1018 Março 1264 Abril 780 Abril 1922 Abril 948 Abril 765 Maio 1381 Maio 2282 Maio 1237 Maio 997 Junho 2979 Junho 2962 Junho 1109 Junho 948 Julho 891 Julho 5423 Julho 1098 Julho 824 Agosto 4374 Agosto 10272 Agosto 1784 Agosto 1221 Setembro 3005 Setembro 10529 Setembro 1329 Setembro 947 Outubro 2626 Outubro 1379 Outubro 1248 Outubro 836 Novembro 6410 Novembro 4162 Novembro 1044 Novembro 1149 Dezembro 8569 Dezembro 3464 Dezembro 975 Dezembro 807 Total 36165 Total 49582 Total 14318 Total 14041 Produto: Pastas Ano: 2011 Produto: Envelope Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 7084 Janeiro 9671 Janeiro 31482 Janeiro 38921 Fevereiro 6897 Fevereiro 8551 Fevereiro 21482 Fevereiro 28150 Março 8296 Março 11426 Março 39103 Março 48020 Abril 8141 Abril 7109 Abril 3012 Abril 35238 Maio 6588 Maio 9227 Maio 22637 Maio 37284 Junho 6086 Junho 6078 Junho 21019 Junho 25106 Julho 7764 Julho 4812 Julho 17591 Julho 15601 131 Agosto 6511 Agosto 7550 Agosto 43448 Agosto 21821 Setembro 6074 Setembro 4862 Setembro 28075 Setembro 22816 Outubro 7841 Outubro 8990 Outubro 27346 Outubro 46251 Novembro 10667 Novembro 12335 Novembro 33809 Novembro 17201 Dezembro 11850 Dezembro 13654 Dezembro 4005 Dezembro 43575 Total 93799 Total 104265 Total 293009 Total 379984 Produto: Perfurador Ano: 2011 Produto: E.V.A. Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 155 Janeiro 74 Janeiro 2298 Janeiro 1059 Fevereiro 37 Fevereiro 55 Fevereiro 3854 Fevereiro 4677 Março 31 Março 66 Março 4548 Março 6538 Abril 44 Abril 54 Abril 2627 Abril 2911 Maio 229 Maio 70 Maio 2519 Maio 3748 Junho 39 Junho 59 Junho 1280 Junho 2388 Julho 135 Julho 52 Julho 1347 Julho 1697 Agosto 109 Agosto 58 Agosto 2633 Agosto 3502 Setembro 164 Setembro 44 Setembro 3299 Setembro 4852 Outubro 45 Outubro 25 Outubro 3101 Outubro 3469 Novembro 49 Novembro 30 Novembro 3330 Novembro 4010 Dezembro 50 Dezembro 27 Dezembro 3851 Dezembro 5141 Total 1087 Total 614 Total 34687 Total 43992 Produto: Formulário Ano: 2011 Produto: Grampeador Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 28 Janeiro 56 Janeiro 1855 Janeiro 2540 Fevereiro 24 Fevereiro 67 Fevereiro 1327 Fevereiro 2050 Março 1382 Março 699 Março 2297 Março 1180 Abril 27 Abril 48 Abril 553 Abril 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Novembro 135 Novembro 2147 Novembro 2431 Dezembro 149 Dezembro 210 Dezembro 3780 Dezembro 4892 Total 757 Total 923 Total 19046 Total 24358 Produto: Agenda Ano: 2011 Produto: Borracha Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 215 Janeiro 220 Janeiro 3224 Janeiro 3089 Fevereiro 185 Fevereiro 192 Fevereiro 3125 Fevereiro 3350 Março 80 Março 84 Março 1250 Março 1125 Abril 35 Abril 38 Abril 630 Abril 728 Maio 20 Maio 22 Maio 601 Maio 520 Junho 12 Junho 11 Junho 425 Junho 456 Julho 8 Julho 7 Julho 280 Julho 325 Agosto 12 Agosto 14 Agosto 1820 Agosto 1910 Setembro 9 Setembro 15 Setembro 457 Setembro 401 Outubro 6 Outubro 9 Outubro 629 Outubro 589 Novembro 29 Novembro 24 Novembro 589 Novembro 623 Dezembro 325 Dezembro 331 Dezembro 720 Dezembro 814 Total 936 Total 967 Total 13750 Total 13930 Produto: Cartucho Ano: 2011 Produto: CD - R Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 27 Janeiro 32 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Produto: Isopor Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 456 Janeiro 467 Janeiro 100 Janeiro 200 Fevereiro 345 Fevereiro 365 Fevereiro 230 Fevereiro 250 Março 398 Março 421 Março 300 Março 300 Abril 254 Abril 278 Abril 100 Abril 100 Maio 198 Maio 213 Maio 123 Maio 123 Junho 175 Junho 132 Junho 90 Junho 90 Julho 296 Julho 234 Julho 59 Julho 59 Agosto 276 Agosto 348 Agosto 185 Agosto 185 Setembro 234 Setembro 267 Setembro 98 Setembro 98 Outubro 321 Outubro 432 Outubro 75 Outubro 95 Novembro 289 Novembro 331 Novembro 63 Novembro 63 Dezembro 245 Dezembro 456 Dezembro 54 Dezembro 54 Total 3487 Total 3944 Total 1477 Total 1617 Produto: Brinquedo Ano: 2011 Produto: Lapiseira Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 20 Janeiro 25 Janeiro 957 Janeiro 957 Fevereiro 11 Fevereiro 45 Fevereiro 846 Fevereiro 989 Março 12 Março 32 Março 358 Março 504 Abril 15 Abril 29 Abril 405 Abril 602 Maio 50 Maio 47 Maio 509 Maio 698 Junho 18 Junho 36 Junho 378 Junho 569 Julho 32 Julho 49 Julho 854 Julho 984 Agosto 18 Agosto 55 Agosto 634 Agosto 962 Setembro 5 Setembro 42 Setembro 480 Setembro 584 Outubro 6 Outubro 64 Outubro 429 Outubro 562 Novembro 10 Novembro 38 Novembro 365 Novembro 370 Dezembro 15 Dezembro 34 Dezembro 365 Dezembro 469 Total 212 Total 496 Total 6580 Total 8250 Produto: Mesa Ano: 2011 Produto: Copo Descartável Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 2 Janeiro 4 Janeiro 201 Janeiro 198 Fevereiro 5 Fevereiro 8 Fevereiro 209 Fevereiro 165 Março 2 Março 10 Março 178 Março 276 Abril 9 Abril 5 Abril 249 Abril 265 Maio 2 Maio 6 Maio 225 Maio 274 Junho 7 Junho 5 Junho 215 Junho 158 Julho 3 Julho 2 Julho 145 Julho 139 135 Agosto 5 Agosto 8 Agosto 198 Agosto 253 Setembro 3 Setembro 6 Setembro 149 Setembro 132 Outubro 2 Outubro 4 Outubro 163 Outubro 294 Novembro 4 Novembro 4 Novembro 103 Novembro 186 Dezembro 2 Dezembro 6 Dezembro 110 Dezembro 253 Total 46 Total 68 Total 2145 Total 2593 Produto: Armário Ano: 2011 Produto: Cadeira Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 3 Janeiro 11 Janeiro 12 Janeiro 6 Fevereiro 5 Fevereiro 8 Fevereiro 6 Fevereiro 24 Março 9 Março 5 Março 8 Março 8 Abril 12 Abril 6 Abril 15 Abril 5 Maio 3 Maio 13 Maio 5 Maio 7 Junho 6 Junho 9 Junho 3 Junho 18 Julho 2 Julho 5 Julho 9 Julho 5 Agosto 4 Agosto 10 Agosto 4 Agosto 9 Setembro 8 Setembro 6 Setembro 2 Setembro 5 Outubro 7 Outubro 12 Outubro 3 Outubro 11 Novembro 4 Novembro 8 Novembro 4 Novembro 8 Dezembro 2 Dezembro 12 Dezembro 3 Dezembro 14 Total 65 Total 105 Total 74 Total 120 Produto: Prato Descartável Ano: 2011 Produto: Lenço Descartável Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 78 Janeiro 114 Janeiro 258 Janeiro 325 Fevereiro 135 Fevereiro 196 Fevereiro 269 Fevereiro 219 Março 256 Março 112 Março 236 Março 321 Abril 75 Abril 136 Abril 264 Abril 247 Maio 92 Maio 201 Maio 225 Maio 312 Junho 89 Junho 109 Junho 212 Junho 459 Julho 85 Julho 108 Julho 198 Julho 254 Agosto 95 Agosto 158 Agosto 152 Agosto 329 Setembro 89 Setembro 115 Setembro 176 Setembro 200 Outubro 123 Outubro 111 Outubro 125 Outubro 265 Novembro 99 Novembro 112 Novembro 113 Novembro 135 Dezembro 110 Dezembro 254 Dezembro 237 Dezembro 183 Total 1326 Total 1726 Total 2465 Total 3249 136 Produto: Caixa Correspondência Ano: 2011 Produto: Impressos Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 60 Janeiro 72 Janeiro 206 Janeiro 265 Fevereiro 74 Fevereiro 64 Fevereiro 129 Fevereiro 298 Março 72 Março 48 Março 250 Março 284 Abril 45 Abril 62 Abril 284 Abril 269 Maio 40 Maio 59 Maio 198 Maio 293 Junho 69 Junho 68 Junho 165 Junho 216 Julho 58 Julho 71 Julho 203 Julho 209 Agosto 60 Agosto 79 Agosto 235 Agosto 206 Setembro 34 Setembro 83 Setembro 239 Setembro 209 Outubro 59 Outubro 58 Outubro 106 Outubro 209 Novembro 50 Novembro 83 Novembro 148 Novembro 298 Dezembro 49 Dezembro 95 Dezembro 129 Dezembro 236 Total 670 Total 842 Total 2292 Total 2992 Produto: Tintas Ano: 2011 Produto: Teclado Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 198 Janeiro 220 Janeiro 8 Janeiro 12 Fevereiro 172 Fevereiro 279 Fevereiro 7 Fevereiro 9 Março 159 Março 263 Março 12 Março 6 Abril 115 Abril 149 Abril 7 Abril 13 Maio 215 Maio 364 Maio 6 Maio 8 Junho 219 Junho 279 Junho 5 Junho 6 Julho 152 Julho 321 Julho 6 Julho 7 Agosto 188 Agosto 224 Agosto 8 Agosto 10 Setembro 142 Setembro 366 Setembro 7 Setembro 9 Outubro 178 Outubro 211 Outubro 6 Outubro 8 Novembro 118 Novembro 215 Novembro 5 Novembro 9 Dezembro 103 Dezembro 328 Dezembro 11 Dezembro 11 Total 1959 Total 3219 Total 88 Total 108 Produto: Pistola Ano: 2011 Produto: Pinceis Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 123 Janeiro 165 Janeiro 284 Janeiro 369 Fevereiro 159 Fevereiro 158 Fevereiro 269 Fevereiro 341 Março 136 Março 96 Março 123 Março 203 Abril 80 Abril 92 Abril 128 Abril 260 Maio 96 Maio 106 Maio 136 Maio 158 Junho 92 Junho 184 Junho 148 Junho 295 Julho 185 Julho 184 Julho 200 Julho 273 137 Agosto 169 Agosto 160 Agosto 209 Agosto 246 Setembro 85 Setembro 146 Setembro 168 Setembro 304 Outubro 86 Outubro 168 Outubro 164 Outubro 184 Novembro 75 Novembro 185 Novembro 156 Novembro 148 Dezembro 63 Dezembro 143 Dezembro 160 Dezembro 168 Total 1349 Total 1787 Total 2145 Total 2949 Produto: Pilha Ano: 2011 Produto: Pen Drive Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 120 Janeiro 135 Janeiro 7 Janeiro 8 Fevereiro 95 Fevereiro 124 Fevereiro 10 Fevereiro 12 Março 102 Março 98 Março 6 Março 26 Abril 98 Abril 102 Abril 10 Abril 15 Maio 89 Maio 89 Maio 30 Maio 19 Junho 109 Junho 99 Junho 14 Junho 24 Julho 98 Julho 105 Julho 28 Julho 32 Agosto 87 Agosto 140 Agosto 30 Agosto 7 Setembro 104 Setembro 108 Setembro 12 Setembro 14 Outubro 120 Outubro 120 Outubro 25 Outubro 58 Novembro 98 Novembro 95 Novembro 13 Novembro 41 Dezembro 79 Dezembro 84 Dezembro 24 Dezembro 45 Total 1199 Total 1299 Total 209 Total 301 Produto: Papel Ano: 2011 Produto: Mochila Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 469 Janeiro 501 Janeiro 6 Janeiro 29 Fevereiro 402 Fevereiro 468 Fevereiro 8 Fevereiro 22 Março 184 Março 230 Março 4 Março 10 Abril 204 Abril 127 Abril 5 Abril 18 Maio 148 Maio 139 Maio 2 Maio 11 Junho 196 Junho 185 Junho 4 Junho 18 Julho 384 Julho 569 Julho 8 Julho 18 Agosto 463 Agosto 469 Agosto 8 Agosto 20 Setembro 175 Setembro 365 Setembro 2 Setembro 8 Outubro 201 Outubro 420 Outubro 6 Outubro 7 Novembro 354 Novembro 122 Novembro 5 Novembro 19 Dezembro 258 Dezembro 83 Dezembro 3 Dezembro 5 Total 3438 Total 3678 Total 61 Total 185 138 Produto: Tela Ano: 2011 Produto: Molha Dedo Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 94 Janeiro 65 Janeiro 114 Janeiro 125 Fevereiro 75 Fevereiro 78 Fevereiro 120 Fevereiro 124 Março 83 Março 99 Março 141 Março 90 Abril 65 Abril 113 Abril 127 Abril 103 Maio 95 Maio 162 Maio 90 Maio 128 Junho 81 Junho 163 Junho 103 Junho 132 Julho 89 Julho 120 Julho 142 Julho 95 Agosto 92 Agosto 175 Agosto 95 Agosto 56 Setembro 87 Setembro 141 Setembro 84 Setembro 180 Outubro 81 Outubro 199 Outubro 38 Outubro 165 Novembro 89 Novembro 92 Novembro 45 Novembro 58 Dezembro 63 Dezembro 115 Dezembro 90 Dezembro 53 Total 994 Total 1522 Total 1189 Total 1309 Produto: Massa de Modelar Ano: 2011 Produto: Mouse Pad Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 278 Janeiro 354 Janeiro 7 Janeiro 8 Fevereiro 221 Fevereiro 320 Fevereiro 8 Fevereiro 11 Março 200 Março 136 Março 4 Março 2 Abril 158 Abril 154 Abril 4 Abril 18 Maio 165 Maio 201 Maio 5 Maio 6 Junho 196 Junho 125 Junho 2 Junho 15 Julho 310 Julho 209 Julho 3 Julho 9 Agosto 147 Agosto 260 Agosto 5 Agosto 9 Setembro 154 Setembro 226 Setembro 5 Setembro 15 Outubro 130 Outubro 158 Outubro 8 Outubro 8 Novembro 145 Novembro 254 Novembro 5 Novembro 18 Dezembro 178 Dezembro 293 Dezembro 3 Dezembro 24 Total 2282 Total 2690 Total 59 Total 143 Produto: Etiqueta Ano: 2011 Produto: Fichário Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 56 Janeiro 87 Janeiro 45 Janeiro 48 Fevereiro 45 Fevereiro 41 Fevereiro 60 Fevereiro 56 Março 87 Março 57 Março 69 Março 75 Abril 76 Abril 86 Abril 32 Abril 35 Maio 59 Maio 62 Maio 23 Maio 21 Junho 46 Junho 67 Junho 15 Junho 18 Julho 78 Julho 86 Julho 76 Julho 84 139 Agosto 61 Agosto 34 Agosto 86 Agosto 94 Setembro 43 Setembro 59 Setembro 10 Setembro 8 Outubro 97 Outubro 65 Outubro 16 Outubro 7 Novembro 56 Novembro 36 Novembro 22 Novembro 16 Dezembro 28 Dezembro 63 Dezembro 34 Dezembro 39 Total 732 Total 743 Total 488 Total 501 Produto: Corretivo Produto: Prancheta Ano: 2011 Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 101 Janeiro 85 Janeiro 657 Janeiro 762 Fevereiro 88 Fevereiro 228 Fevereiro 345 Fevereiro 367 Março 99 Março 84 Março 434 Março 523 232 Abril 323 Abril 100 Abril 89 Abril Maio 112 Maio 200 Maio 123 Maio 112 Junho 168 Junho 84 Junho 232 Junho 342 Julho 123 Julho 69 Julho 121 Julho 154 Agosto 85 Agosto 119 Agosto 235 Agosto 290 Setembro 95 Setembro 184 Setembro 301 Setembro 325 Outubro 83 Outubro 128 Outubro 213 Outubro 256 Novembro 73 Novembro 256 Novembro 165 Novembro 230 231 Dezembro 198 3289 Total 3882 Dezembro 78 Dezembro 245 Dezembro Total 1205 Total 1771 Total Produto: Giz Ano: 2011 Produto: Balão Ano: 2012 Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 589 Janeiro 780 Janeiro 254 Janeiro 495 Fevereiro 631 Fevereiro 521 Fevereiro 365 Fevereiro 463 Março 565 Março 693 Março 478 Março 695 Abril 445 Abril 425 Abril 325 Abril 432 Maio 498 Maio 505 Maio 389 Maio 423 Junho 411 Junho 652 Junho 346 Junho 457 Julho 597 Julho 898 Julho 324 Julho 499 Agosto 758 Agosto 645 Agosto 296 Agosto 500 Setembro 528 Setembro 723 Setembro 324 Setembro 493 Outubro 420 Outubro 612 Outubro 366 Outubro 798 Novembro 468 Novembro 478 Novembro 227 Novembro 598 Dezembro 669 Dezembro 796 Dezembro 562 Dezembro 733 Total 6579,9 Total 7728 Total 4256 Total 6586 140 Produto: Estante Ano: 2011 Ano: 2012 Meses Demanda Meses Demanda Janeiro 8 Janeiro 6 Fevereiro 6 Fevereiro 5 Março 6 Março 8 Abril 6 Abril 1 Maio 10 Maio 2 Junho 6 Junho 9 Julho 9 Julho 12 Agosto 14 Agosto 14 Setembro 5 Setembro 10 Outubro 6 Outubro 11 Novembro 2 Novembro 10 Dezembro 4 Dezembro 4 Total 82 Total 92 Fonte: Empresa Papelaria, 2013 141 ANEXO II CLASSIFICAÇÃO ABC Quantidade (unds) Receita R$ 12,60 102.626 R$ 1.293.087,60 R$ 17,00 63.136 R$ 1.073.303,50 Fita R$ 4,50 89.567 R$ 403.051,50 Pastas R$ 4,03 99.032 R$ 399.098,96 E.V.A. R$ 5,10 39.340 R$ 200.631,45 Formulário R$ 91,50 2.469 R$ 225.867,75 Lápis R$ 1,08 170.198 R$ 183.813,30 Envelope R$ 0,48 336.497 R$ 161.518,32 Produtos Preço de Venda Papel A4 Caderno Caneta R$ 0,80 193.458 R$ 154.766,40 Grampeador R$ 13,00 18.784 R$ 244.192,00 Quadro R$ 126,00 840 R$ 105.840,00 Tesoura R$ 4,65 21.702 R$ 100.914,30 Calculadora R$ 27,50 2.601 R$ 71.527,50 Grampo R$ 4,38 14.934 R$ 65.410,92 Marcador p/ quadro R$ 4,40 14.304 R$ 62.937,60 Livro R$ 9,25 6.024 R$ 55.722,00 T.N.T. R$ 1,20 42.873 R$ 51.447,60 Impressos R$ 12,00 2.642 R$ 31.704,00 Perfurador R$ 35,00 850 R$ 29.750,00 Bobina R$ 2,43 11.627 R$ 28.253,61 Liga R$ 10,15 2.306 R$ 23.405,90 Clips R$ 1,53 14.179 R$ 21.693,87 Lapiseira R$ 2,54 7.415 R$ 18.834,10 Armário R$ 215,00 85 R$ 18.275,00 Cadeira R$ 187,00 Caixa Correspondência R$ 23,00 97 R$ 18.139,00 756 R$ 17.388,00 Cola R$ 4,65 3.716 R$ 17.279,40 Pistola R$ 8,65 1.568 R$ 13.563,20 Fichário R$ 27,00 496 R$ 13.392,00 Cartucho R$ 40,00 327 R$ 13.060,00 Apagador R$ 6,33 1.880 R$ 11.897,24 87 R$ 10.701,00 Estante R$ 123,00 Agenda R$ 11,00 951 R$ 10.461,00 Borracha R$ 0,70 13.840 R$ 9.688,00 Pinceis R$ 3,65 2.547 R$ 9.296,55 Balão R$ 1,58 5.421 R$ 8.565,18 Tela R$ 2,58 1.258 R$ 3.245,64 Isopor R$ 1,85 1.547 R$ 2.861,95 Giz R$ 1,05 7.154 R$ 7.511,70 142 Prato Descartável R$ 1,25 1.526 R$ 1.907,50 Alfinete R$ 2,80 594 R$ 1.663,20 Prancheta R$ 5,20 1.488 R$ 7.737,60 Pen Drive R$ 28,00 255 R$ 7.140,00 Apontador R$ 0,61 6.613 R$ 4.058,00 Massa de Modelar R$ 1,45 2.486 R$ 3.604,70 Corretivo R$ 1,85 3.586 R$ 6.634,10 Pilha R$ 4,60 1.249 R$ 5.745,40 Almofada R$ 3,00 1.914 R$ 5.742,00 Copo Descartável R$ 2,40 2.369 R$ 5.685,60 DVD - R R$ 1,00 4.690 R$ 4.690,00 Papel R$ 1,15 3.558 R$ 4.091,70 Lenço Descartável R$ 0,95 2.857 R$ 2.714,15 Mouse R$ 26,00 101 R$ 2.626,00 Teclado R$ 23,00 98 R$ 2.254,00 Molha Dedo R$ 1,23 1.249 R$ 1.536,27 CD- R R$ 0,95 4.916 R$ 4.669,73 Mochila R$ 65,00 123 R$ 7.995,00 Mesa R$ 215,00 57 R$ 12.255,00 Tinta R$ 4,60 2.589 R$ 11.909,40 Etiqueta R$ 22,00 738 R$ 16.236,00 Brinquedo R$ 45,00 354 R$ 15.930,00 TOTAL Fonte: Empresa Papelaria, 2013 R$ 5.328.922,39