CONGRESO LXV CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA BOTÁNICA XXXIV ERBOT - Encontro Regional de Botânicos MG, BA, ES 18 A 24 DE OUTUBRO DE 2014 - SALVADOR - BAHIA - BRASIL Latinoamericano de Botânica na América Latina: conhecimento, interação e difusão MAPEAMENTO DOS CAMPOS DE SEMPRE-VIVAS (ERIOCAULACEAE) NO MOSAICO DO ESPINHAÇO: ALTO JEQUITINHONHA - SERRA DO CABRAL, MINAS GERAIS, BRASIL AUTOR(ES):Renato Ramos da Silva;Simone Nunes Fonseca;Alexandre Bonesso Sampaio;Suelma Ribeiro Silva;Fabiane Nepomuceno Costa;Paulo Takeo Sano; INSTITUIÇÃO: Laboratório de Sistemática do Departamento de Botânica da Universidade de São Paulo -Parque Nacional das Sempre Vivas Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Sempre-vivas é a denominação popular de “flores secas”. Referem-se a escapos e capítulos que juntos são coletados de espécies da família Eriocaulaceae ou principalmente do gênero Comanthera. Incluem espécies listadas como ameaçadas de extinção nas listas do Ministério do Meio Ambiente e/ou no Estado de Minas Gerais. O Mosaico do Espinhaço: Alto Jequitonhonha-Serra do Cabral é uma importante região do extrativismo vegetal de espécies nativas do Cerrado para ornamentação. A atividade extrativista é predominantemente realizada sem manejo referenciado por dados técnico-científicos. Esse território compreende sete Unidades de Conservação de Proteção Integral, em 15 municípios com comunidades que tem a prática do extrativismo como importante fonte de renda. Para ampliar o conhecimento sobre as espécies da família Eriocaulaceae e a definição de estratégias de conservação, foi instituído o Plano de Ação Nacional para a Conservação das Sempre-Vivas. Estão previstas ações específicas no Mosaico do Espinhaço para ampliação do conhecimento do manejo adequado e a indicação dos principais campos de extrativismo. O objetivo do presente estudo foi mapear campos limpos habitat potencial para a ocorrência de sempre-vivas. Para isso foram utilizadas imagens de satélite RapidEye (resolução espacial 5m, 5 bandas espectrais) segmentadas pelo algoritmo de “crescimento de regiões” e classificadas pelo método Bhattacharya. Para treinamento das imagens foram coletadas informações de campo percorrendo-se mais de 3.000km. A área de estudo foi delimitada no interior do território do Mosaico, na cota de altitude de 900 a 1.000m, no Planalto de Diamantina (PD- incluindo áreas baixas às margens do rio Jequitinhonha), Serra do Cabral (SC), Chapada do Couto (CC), Serra do Ambrósio (SA) e Serra Negra. Dentre os diferentes ambientes de ocorrência de sempre-vivas de interesse para o extrativismo, destacam-se os campos de sempre-vivas, que variam no tipo de solo (granulometria dos grãos de areia) e cobertura vegetal. Na região predominam Campos Rupestres (lato sensu), onde estão inseridos os campos de sempre-vivas. Ao todo foram mapeados 41.775ha de campos de sempre-vivas. Destes, 13.315ha estão protegidos em Unidades de Conservação (7.025ha em APAs, 3.115ha em Parques Estaduais e 3.175ha no Parque Nacional das Sempre Vivas – dados preliminares). Os campos mais frequentes tem menos de 1ha e os campos CONGRESO LXV CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA BOTÁNICA XXXIV ERBOT - Encontro Regional de Botânicos MG, BA, ES 18 A 24 DE OUTUBRO DE 2014 - SALVADOR - BAHIA - BRASIL Latinoamericano de Botânica na América Latina: conhecimento, interação e difusão maiores de 100ha estão no PD, CC e SA. (DIBIO, CECAT, PNSV–ICMBIO; GEF Cerrado; IEF-MG; UFVJM) Palavras-chave: Extrativismo, Mosaico do Espinhaço, sempre-vivas