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ICTR 2004 – CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM RESÍDUOS E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Costão do Santinho – Florianópolis – Santa Catarina
A PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS AGRICULTORES FAMILIARES DA REGIÃO DE
ARARAQUARA
Marina Strachman
Mariângela Tambelini
PRÓXIMA
Realização:
ICTR – Instituto de Ciência e Tecnologia em Resíduos e Desenvolvimento Sustentável
NISAM - USP – Núcleo de Informações em Saúde Ambiental da USP
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A PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS
AGRICULTORES FAMILIARES DA
REGIÃO DE ARARAQUARA
Marina Strachman 1
MariângelaTtambelini 2
Um estudo sobre a percepção ambiental dos agricultores
familiares da região de Araraquara, aliado aos motivos
determinantes para a utilização de algumas técnicas e práticas
agrícolas, é um importante instrumento para entender a realidade
na qual estão inseridos.
Entrevistas realizadas com pequenos agricultores que
comercializam seus produtos dentro da Feira Regional da
Agricultura Familiar (FERAF), que acontece aos sábados pela
manhã, na praça Pedro de Toledo, região central de Araraquara,
são a base deste estudo. Os entrevistados são em sua maioria
assentados da região de Araraquara, provenientes dos
assentamentos Monte Alegre e Bela Vista.
Entre os entrevistados nota-se uma maioria de migrantes.
Entre estes e os nascidos na região, percebe-se uma história de
vida semelhante, relacionada às dificuldades da lida com a terra e
a esperança de “um futuro melhor”.
A cidade de Araraquara além de estar inserida em área de
recarga do Aqüífero Guarani é uma das cidades do importante
pólo agrícola do Estado de São Paulo, atendendo o mercado
interno e externo de açúcar e álcool e também um importante
exportador de Citrus in natura e em suco.
Entender esta complexa realidade pode ser o estimulo
necessário para que atitudes positivas e propostas alternativas
venham
a
substituir
práticas agrícolas
ou
intervenções ambientais que se distanciem da sustentabilidade.
Palavras – Chave: Araraquara, percepção, interpretação,
meio ambiente, técnicas agrícolas, agricultura familiar.
Introdução
1
Marina Strachman Mestranda do programa de Pós Graduação
em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente-UNIARA
[email protected]
2
Mariângela Tambelini
Docente do programa de Pós Graduação em Desenvolvimento
Regional e Meio Ambiente-UNIARA
[email protected]
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Na região de Araraquara encontram-se solos férteis
para o plantio, que necessitam de atenção especial,
uma vez que estamos em área de recarga do Aqüífero
Guarani, região de arenito com remanescente de
vegetação do cerrado e que, segundo REATTO et al.
(1998), “vêm sofrendo degradações decorrentes das
modificações ambientais induzidas pelo homem, entre
os quais encontramos principalmente o desmatamento,
o uso do fogo, a substituição da flora e fauna por
lavouras, a introdução de insumos e pesticidas, dentre
outros”.
KRONKA et al. (1998), reforçam a gravidade da
situação alertando especificamente sobre a região em
estudo: “a região de Araraquara sofreu uma redução de
87% nas áreas das diversas formações de cerrado
entre 1962 e 1992, nas quais a ocupação do solo foi
substituída por cana-de-açúcar e citricultura”.
A questão da sustentabilidade é uma preocupação
pertinente ao quadro ambiental e social na atualidade,
entretanto existem interesses e também conceitos
distintos para o estabelecimento de parâmetros sobre o
que seja um “ambiente sustentável”. Os termos
“sustentabilidade” e “desenvolvimento sustentável”,
estão associados a conceitos econômicos, ambientais,
sociais, sendo a ênfase dependente da área de
formação dos profissionais envolvidos na discussão.
ALIROL (2001, p.24) reforça esta idéia ao dizer que
“diferentes atores não vêem os problemas ambientais e
de desenvolvimento da mesma maneira(...). O
sentimento de responsabilidade, ou a idéia que dele se
faz, varia enormemente, conforme a categoria social ou
profissional à qual se pertence.”
Para GLIESSMAN (2000, p.52) “o sentido mais amplo
da sustentabilidade é uma versão do conceito de
produção sustentável - a condição de ser capaz de
perpetuamente colher biomassa de um sistema, porque
sua capacidade de se renovar ou ser renovado não é
comprometida.”
Um estudo de algumas opções para o desenvolvimento
sustentável, incluindo práticas agrícolas alternativas
utilizadas na região, faz-se necessário, pois a cidade de
Araraquara é uma das cidades do importante pólo
agrícola do Estado de São Paulo. Encontra-se situada
em posição estratégica na área central do Estado,
cercada de grandes vias de escoamento (rodovias,
linha férrea e hidrovia). Este setor agrícola é de grande
importância para o cenário econômico do país,
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atendendo o mercado interno e externo de açúcar e
álcool e também um importante exportador de Citrus in
natura e em suco.
Em meio a este cenário de indústrias de grande porte e
de grandes produções agrícolas, encontram-se alguns
sítios onde pequenos agricultores rurais estão à procura
de melhores condições de produção e qualidade de
vida.
É importante perceber as necessidades dos pequenos
agricultores, entender sua dinâmica de trabalho, antes
de impor algum tipo de intervenção no sentindo de
adequar e controlar sua produção, pois as
necessidades não são necessariamente as mesmas.
Vários fatores interferem nas questões dos valores
adotados por cada agricultor, uma vez que valor é um
parâmetro relativo às necessidades de cada indivíduo.
Neste sentido tornam-se necessários os trabalhos de
percepção e educação ambiental para sensibilizar,
conscientizar e poder trabalhar conjuntamente as
dificuldades ou dúvidas que o interlocutor possa vir a ter
quando discutidas e apresentadas às questões
ambientais. STRANZ, PEREIRA et alli (2002, p.222)
enfatizam que “a educação ambiental é um processo
permanente no qual os indivíduos e a comunidade
tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem
conhecimentos, valores, habilidades, experiências e
determinação que os tornem aptos a agir e resolver
problemas ambientais presentes e futuros”.
Procedimentos metodológicos
O objeto de estudo desta pesquisa são os produtores
agrícolas de hortifruti que comercializam na praça
Pedro de Toledo aos sábados. De um total de 34
produtores que possuem bancas neste local, 19 (56%)
foram entrevistados, escolhidos ao acaso, entre os
presentes durante os quatro dias que efetuamos as
entrevistas.
Entre os entrevistados encontramos três universos
relativamente distintos: 84% são provenientes de
assentamentos, sendo que 63% são moradores do
assentamento Monte Alegre, 21% são moradores do
assentamento Bela Vista e 16% são pequenos
proprietários rurais da região. O Monte Alegre é um
assentamento de área maior que o Bela Vista (são 358
lotes no primeiro e 176 lotes no segundo). Sua área
encontra-se dentro do limite de três municípios:
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Araraquara, Matão e Motuca. É um assentamento mais
populoso, portanto existem mais entrevistados
provenientes deste local.
Resultados e Discussão
A grande maioria dos agricultores entrevistados (84%)
mora no sítio, 11% moram na agrovila e 5%
(correspondente a um entrevistado) reside na cidade.
Muitos migrantes se encontram entre os entrevistados,
sendo 63% provenientes de outros Estados,
principalmente da região nordeste; apenas 37%
nasceram em Araraquara ou região.
SILVA (2003, p. 19) afirma que “a partir de várias
pesquisas com trabalhadores da região de Ribeirão
Preto/SP, verificou-se que a migração constitui um dos
componentes de suas trajetórias”.
Tanto entre os nascidos em Araraquara e região quanto
entre os migrantes, as experiências vividas são bem
semelhantes. São pessoas sofridas, que em sua
maioria sempre viveu no campo ou alternou com algum
outro tipo de atividade, por necessidade. Entre os
migrantes, as “histórias dos motivos” que os fizeram vir
para a região são bem parecidas, relacionam-se com a
esperança de encontrar um “futuro melhor”.
Notamos a predominância de casais com filhos (95%).
O trabalho familiar também é predominante; em 78%
dos casos os casais trabalham com pelo menos um dos
filhos, 84% dos casais trabalham juntos, em apenas
11% dos casos o entrevistado trabalha somente com
um ou mais ajudantes não familiares.
Muitos agricultores foram para os assentamentos com
suas famílias e contando com a ajuda destes, com a
intenção de resgatar um pouco da dignidade roubada
pelas adversidades da vida na cidade.
ANTUNIASSI (2003, p 60.), diz que “é importante
ressaltar que resta nos assentamentos uma população
de agricultores pobres, muitas vezes no limite da
sobrevivência e que somente graças a seus próprios
esforços, podem ali continuar”.
Em 63% dos entrevistados pudemos perceber que os
filhos trabalham ou estudam fora, ou então até já
constituíram outra família e moram em outra cidade.
O problema da “continuidade” do trabalho com a terra é
real para estes agricultores, pois muitos dos seus filhos
estão deixando as plantações e a vida no campo. Essa
problemática se dá por falta de renda suficiente para
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manter um padrão de vida considerado razoável pela
nova geração - por razoável, aqui, deve-se entender:
alimentação, vestimenta, saúde, água, energia,
transporte e educação. Muitos destes agricultores não
estão ganhando o suficiente para manter suas famílias
na terra. Defrontamo-nos com a falta de continuidade
de propostas de políticas públicas que favoreçam este
grupo, promovendo atitudes favoráveis ao processo de
desenvolvimento sustentável.
A prefeitura Municipal de Araraquara, em uma iniciativa
modelo, concede o transporte das mercadorias e da
maioria dos assentados até as feiras e ainda, através
de convênios, promove vários cursos de capacitação
para produtores rurais, em conjunto com o SAI, ITESP,
REGAR e FMO.
De acordo com BARONE & FERRANTE (2003, p. 158)
“particularmente o poder público municipal (as
Prefeituras) até recentemente, pouca participação tinha
nos destinos dos assentamentos(...), quadro este que
vem se modificando desde o segundo mandato do
governo de Fernando Henrique Cardoso”.
Para SPAROVEK (2003, p. 137), “os fatores que fixam
as famílias no campo são vantagens decorrentes
diretamente do acesso a terra”, o autor ainda ressalta
que “(...)o fator preocupante está relacionado aos
valores absolutos de renda, que em muitos Estados foi
muito baixo” e que “(...) a renda mensal por família nos
assentamento do estado de São Paulo, assentadas de
1985 a 1994, é de R$ 317,00 (trezentos e dezessete
reais)”.
Em nosso levantamento verificamos que 68% ganham
entre R$500,00 e R$1000,00 por mês, o que não
modifica a condição citada por SPAROVEK (op.cit.),
considerando-se que sua pesquisa apresenta dados até
1994.
Nem todos vivem só de agricultura, 63% completam
sua renda com o trabalho do filho ou marido,
aposentadoria, aluguel, arrendamento de parte da área
para cultivo de cana, pensão do filho, ou ainda o
comércio de peixes com pesque e pague.
A maioria vive do trabalho agrícola desde a infância de
forma contínua ou alternando com outro tipo de serviço.
Percebemos um círculo vicioso neste dado que reflete a
formação acadêmica dos entrevistados; a maioria
estudou somente por volta da 4º série do ensino
fundamental (68%) e 16% não sabem ler ou escrever.
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A questão social que este dado encerra é preocupante
e possui implicações sobre questões ambientais e de
saúde pública, pois além de representar uma
porcentagem da população “excluída” de decisões,
privada de acesso cultural e de atividades sociais,
também restringe as oportunidades de acesso às
informações veiculadas. Tais informações são
necessárias para a adoção de técnicas agrícolas mais
apropriadas, para a manutenção da saúde da
população e para a sustentabilidade ambiental.
É preciso criar mecanismos que levem a comunidade a
se interessar, a interagir, criar senso crítico e aprender
a cuidar do espaço a seu redor. SATO & PASSOS
(2002, p. 248) comentam que “a participação ativa da
comunidade faz-se fundamental. Para tal participação,
todavia, devem-se criar mecanismos educacionais
eficientes que realmente incentivem o exercício de
cidadania da comunidade para a manutenção dos
ambientes de uma forma sustentável”.
Para SORRENTINO (2002, p.97) citando HALL (1993)
“a educação ambiental como instrumento para o
desenvolvimento sustentável não pode realizar-se por si
só, necessita de apoios como:
•um sistema de formação e orientação da opinião
pública neste campo;
•um sistema de formação e capacitação de recursos
humanos para a educação, tomada de decisões,
administração e execução de políticas;
•um sistema sócio-econômico que satisfaça as
necessidades básicas de trabalho, alimentação,
moradia, energia, vestimenta, saúde e educação da
população;
•um sistema científico e tecnológico que promova uma
tecnologia limpa e adequada;
•um sistema de administração pública e privada que
demonstre, na prática, capacidade e vontade de
promoção e controle da sustentabilidade nas atividades
de desenvolvimento”.
O modelo de agricultura que os entrevistados relataram
utilizar varia entre o “convencional” (11%), a agricultura
natural (84%) e temos uma entrevistada (5%) que
produz plantas ornamentais. Entre os que disseram ser
praticantes de agricultura natural, a maioria (56%) foi
levada a esta forma de produção devido a questões
econômicas. Muitos destes relataram claramente que
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começaram a prática da agricultura natural por falta de
recursos econômicos para a compra de insumos
químicos para a plantação; outros deram indícios de
que os motivos que os levaram a essa prática são
econômicos.
Para SCHORR (1996, p.14) agricultura convencional “é
aquele sistema agrícola que possibilita uma produção
alimentar em grande escala(...) a homogeneização da
produção e do ambiente” e ainda “...preocupa-se em
controlar e não em conviver com os chamados insetos
e ervas daninhas”.
Em artigo de EHLERS (2001, p.12) “de acordo com a
Lei Nº 659/99, aprovada em dezembro de 2000(...), é
considerado um sistema orgânico de produção: todo
aquele em que se adotam técnicas específicas,
mediante a otimização do uso de recursos naturais e
socioeconômicos disponíveis, tendo por objetivo a
sustentabilidade econômica e ecológica, a maximização
dos benefícios sociais, a minimização ou a eliminação
da dependência de energia não renovável e de insumos
sintéticos e a proteção do meio ambiente...”.
WHITAKER & FIAMENGUE (2000, p.25) afirmam que
“a ação dos agricultores nos assentamentos da reforma
agrária da Fazenda Monte Alegre (região de Araraquara
S.P.), está promovendo uma transformação ambiental,
devido à diversificação no uso e na ocupação do solo
da região”.
Apesar desta diversificação no uso do solo e de se
considerar que a maioria dos agricultores relata estar
utilizando técnicas naturais de produção, encontramos
um hiato entre o que é constatado e o que pode ser
definido como forma sustentável de produção.
Nas visitas de reconhecimento feitas a alguns sítios,
dois agricultores, que relataram ser praticante de
agricultura natural, tinham aplicado, na época das
chuvas (janeiro/fevereiro), agrotóxicos em suas
plantações. Um deles justificou a atitude como uma
providência emergencial necessária, visto que o técnico
passou em sua propriedade uma vez e retornou
somente após 60 dias.
Portanto, parece que os técnicos da Prefeitura e da
REGAR, por motivos desconhecidos pela pesquisadora,
estão tendo dificuldades em manter uma assistência
mais freqüente àqueles agricultores naturais que
optaram pela prática mais recentemente. Estes
agricultores não possuem o conhecimento técnico
necessário para manter esta forma de produção diante
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das adversidades e, por medo de perder a colheita,
recorrem às técnicas convencionais por eles conhecida.
BARONE (2000, p.62) relata que, em uma entrevista
com o corpo técnico que trabalha junto ao Monte
Alegre, “uma frase dita por um entrevistado ‘estamos
aprendendo a fazer a Reforma Agrária’ camufla uma
série de fracassos, desentendimentos e abandono.” O
autor (op. cit) descreve mais adiante que “a distância
cultural é outro problema crucial nesta tensa relação. O
que por vezes é qualificado pelos agrônomos de
‘pobreza cultural’, não é outra coisa senão a
intraduzibilidade dos mundos distintos vividos por
técnicos e assentados”.
Foi constatada, nas visitas e entrevistas, esta
“intraduzibilidade” relatada por BARONE (2000, p.62), e
que esse fato faz parte da história dos assentamentos.
Percebemos uma dificuldade em estabelecer uma
forma de diálogo que valorize o conhecimento técnico e
o tradicional.
É necessário investir em pessoal técnico e condições
materiais, criar maiores possibilidades para a adoção
de novas idéias e técnicas.
Uma questão que merece atenção relaciona-se aos
produtores que praticam a agricultura natural por falta
de crédito, e não por opção relacionada a preocupação
ambiental. Estes devem ser conscientizados de que
esta prática promove benefícios ao solo, às plantas e à
saúde, mas que podem ser perdidos com o retorno às
práticas convencionais de cultivo.
Trabalhos educacionais de conscientização ambiental
podem contribuir na relação entre técnicos e
agricultores.
O agricultor está procurando a melhor maneira para
incrementar a produção e sai à procura do auxílio
técnico. O poder público local tem as parcerias
necessárias e o apoio técnico, porém notamos uma
fragilidade nesta rede. Há necessidade de esforços
conjuntos para seu fortalecimento, buscando tornar o
pequeno produtor mais capacitado para lidar com as
técnicas naturais de produção, melhorando sua renda e
sua qualidade de vida, e constituindo um elo forte na
construção e manutenção de um ambiente mais
saudável.
Bibliografia:
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Trabalhadores
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In:
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FERRANTE, V.B. Retratos de Assentamentos. Caderno
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Paulo. São Paulo: INCRA. p.157-186. 2003.
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In: Revista Agroecologia Hoje. p. 11.ago/set, 2001.
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SCHORR,
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Terra. In: BERGAMASSO, S.M.P; AUBRÉE, M.;
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de São Paulo. São Paulo: INCRA. p. 19-46. 2003.
SORRENTINO, M. Desenvolvimento Sustentável e
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Educação Ambiental: Repensando o Espaço da
Cidadania. São Paulo: Cortez. p 15-22. 2002.
SPAROVEK, G. A Qualidade dos Assentamentos da
Reforma Agrária Brasileira. São Paulo:Páginas& Letras.
204p. 2003.
STRANZ, A.; PEREIRA, F.S.; GLIESCH, A.Projeto
Universidade Solidária - Transmitindo Experiências em
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Erechim: EdiFAPES. p. 222. 2002.
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Bioma Cerrado: aspectos pedológicos. In: SANO,S.M.;
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WHITAKER, D.C.A., FIAMENGUE, E.C. Assentamento
de reforma Agrária:uma possibilidade de diversidade
agrícola.
In:
FERRANTE,V.B.
Retratos
de
Assentamentos. Caderno de Pesquisa, ano VI, nº 8.
p.19-32. 2000.
The Region of Araraquara: The Environmental
Perception of the Agrarian Familiar Activities
A study of the perception of the familiar agrarian
activities in the region of Araraquara, São Paulo, Brazil,
the determinant reasons for using agricultural
technicians, as well as an important instrument for the
understanding of their situation.
Interviews made with some small farmers who sell their
products in an open air market, in Pedro de Toledo
square, downtown Araraquara are the basis of this
study. The interviews are mostly sattled of the
Araraquara region, coming from two different
settlements: Monte Alegre and Bela Vista. Most of them
are immigrants. Among them we notice a similar
experience of life, related to the difficulties with the earth
leading and the “dreams of a better future”.
Araraquara city is inside a very special area, the
replanishment of Guarani Aquifer, beyond being one of
the most important cities of the agriculture pole of São
Paulo. Suplying the inner and outer sugar and alcohol
market and also an important exporter of Citrus juice
and the fruit itself.
Understanding this complex reality could be the
beginning for some positive attitudes and alternative
proposals, to replace some agricultural practices or
environmental interventions that can vastly improve that
current situation.
Key-words: Araraquara, perception, interpretation,
environment, agricultural tecnitian, agrarian familiar
activities.
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Download

A Percepo Ambiental dos Pequenos Agricultores da regio de