IGREJA BATISTA GÊNESIS
Série: TRANSFORME-SE EM QUEM DEUS DIZ QUE VOCÊ É
Grupos Pequenos Batista Gênesis
Lição 5 – GERANDO A NOVA IDENTIDADE
TEXTO B ÍBLICO :
Efésios 4.14-16 – “Chega de ser criança. Não dá para tolerar gente ingênua, bebezinhos que
nunca crescem e por isto se tornam alvos fáceis dos impostores. Deus quer que cresçamos,
conheçamos toda a verdade e a proclamemos em amor. Precisamos ser semelhantes a Cristo
em tudo. Estamos seguindo Cristo, que é a base de tudo que fazemos. Ele nos mantém juntos.
Sua respiração e seu sangue fluem através de nós, nutrindo-nos para que possamos crescer
com saúde em Deus, fortalecidos em amor” (Versão A Mensagem).
Ponto Saliente:
(II Corintios 5:17) - “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já
passaram; eis que tudo se fez novo”.
Para conhecer e pensar:
A geração de uma nova identidade passa obrigatoriamente pelo nascimento de um novo
ser interior, de uma nova maneira de pensar e agir (João 3.3).
Objetivos deste estudo
 Poucos investem em crescimento espiritual
 O processo de crescimento passa invariavelmente pelas duras experiências impostas
pela vida.
 Como nos comportamos nas provas existenciais pelas quais passamos?
 Gerar uma nova identidade demanda tempo, paciência, persistência e desejo de ser
aquilo que Deus diz que nós somos.
Conteúdo:
Ser nova criatura é deixar para trás a velha natureza humana falha, imperfeita e infectada pelo
pecado e passar a reproduzir as atitudes de Cristo. Como isso é possível? Ele deu o
caminho para seu amigo Abraão: (Gênesis 17:1) - “Apareceu o Senhor a Abrão, e disselhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito”.
Essencialmente o caminho do crescimento, do aperfeiçoamento, vai demandar
convívio com Deus, e desejo pela busca da perfeição. É uma questão de aprender e
receber transferência do caráter de Deus sobre nós.
Por que um novo padrão de vida é necessário? O que isso significa? É necessário
porque senão todo sacrifício de Jesus na cruz não pode nos alcançar, produzir seus
benefícios em nós. Significa que todo alcançado com o perdão divino tem também que
ser regenerado. Através de como? Do novo nascimento. Se as considerarmos de forma
honesta e em oração, não há cristianismo sem novo nascimento. Não é simplesmente
porque nos tornamos religiosos que temos nascido de novo. Quando Jesus propôs o
novo nascimento para Nicodemos, ele já era um religioso e bom cumpridor da lei. No
entanto sequer havia ouvido falar em novo nascimento: (João 3:4) - “Disse-lhe
Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a
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entrar no ventre de sua mãe, e nascer?” Estava completamente desinformado do
assunto. Quais os passos que Nicodemos deveria dar?
 Reconhecer a necessidade de arrependimento dos seus pecados. Era com ele
mesmo que Jesus falava. A capa da religião esconde muitas vezes a nossa falta
de mudança.
 Pedir perdão por seus pecados, e procurar viver uma nova vida de acordo com
o novo padrão ético, moral e religioso.
A bíblia menciona que Nicodemos foi ter com Jesus pela noite. A simples menção do
horário sugere que ainda que fosse bom cumpridor dos mandamentos não queria ter
sua identidade vinculada ao Mestre. Como profundo conhecedor da lei, Nicodemos
ficou fascinado pelas histórias que ouviu de Jesus, e quis conhecê-lo. Nada mais que
isto. Certamente temia ser perseguido entre seus colegas da cúpula farisaica, ou até
descriminado por ter ido falar com Jesus. Seja o que for que Nicodemos estivesse
esperando, certamente ele não esperava a resposta que recebeu de Jesus.
A proposta de Jesus a Nicodemos revela que toda sua religião, o profundo
conhecimento da palavra, toda a sua atividade no ensino e sua posição no Judaísmo
eram de pouco valor em relação ao plano de salvação estabelecido por Deus para o
crente. Precisamos aprender a avaliar a utilidade de uma religiosidade que não produz
mudança de vida. Observem que toda nossa religiosidade fica sem sentido se não
aprendemos ainda a fazer a vontade de Deus em nossas vidas. As realizações do
passado nada representam. Precisamos recomeçar tudo novamente para sermos
capazes de desenvolver um relacionamento com Deus. A proposta desconcertou as
convicções do entendido fariseu: (João 3:4) – “Disse-lhe Nicodemos: Como pode um
homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e
nascer?” Era um erudito na palavra, mas não havia percebido que tudo o que Deus
espera de nós é que venhamos a readquirir a pureza de um coração de menino, se é
que estamos debaixo de aliança com Ele.
Israel foi sonhada por Deus, idealizada por Ele. Queria uma nação para formar um
modelo para outras nações, queria um povo que servisse de inspiração para os outros
povos. Eles sempre estiveram tão próximos de Deus, sua história tão ligada ao convívio
com o Senhor, que perderam o verdadeiro sentido do “ser filho de Deus”. Para eles
bastava ser da linhagem de Abraão, então a salvação estava garantida. Por isto quando
João Batista começou a pregar, a bíblia diz que ele veio “consertando o caminho que
levaria o judeu a salvação”. Agora não bastava ser herdeiro de Abração, tinha que
haver arrependimento, mudança de vida, confissão de pecados e o abandono do velho
estilo pecaminoso de ser. A tônica era esta: se quer ser filho de Deus, tem que ser
obediente, tem que parecer com ele, tem que agir como ele age, tem que fazer como
ele faz.
Aqueles que defendem a tese de que à doutrina da justificação basta para o crente ser
salvo, caem de queixo quando se deparam com a proposta de Jesus a Nicodemos. É
lógico que a salvação é um dom gratuito de Deus, que não fizemos nada por merecêla, que todo esforço e ação foram feitos por Jesus na cruz. Porém, o que se espera de
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um salvo é que mude de vida, que seja regenerado, que arranque os padrões
mundanos da sua mente e coração, que nasça de novo. Foi assim com Ló e sua família
quando estiveram morando em Sodoma. A proposta foi radical: “Já que vocês não
conseguem viver em Sodoma sem contaminação, proponho que saiam dela e se
ficarem serão destruídos”. Para eles ter fé só não bastava, tinha que nascer
novamente. A prova do apego da casa de Ló aos padrões de Sodoma pode ser revelada
na saída, o anjo teve que fazer pressão senão teriam ficado. Eles literalmente foram
puxados pelo anjo. A cidade prestes a ser destruída e a mulher de Ló com saudade da
vida que levava ali, olhando para trás. A bíblia fala que depois de colocarmos a mão no
arado (Lc 9:62), não podemos mais olhar para trás. Mas em um caso “sui generis” na
bíblia, o juízo veio de imediato para mulher de Ló. Foi transformada em uma estátua
de sal.
A verdade é que sem o novo nascimento nós estamos mortos em na nossa velha
natureza infectada pelo pecado e estagnados na ausência de mudança (Efésios 2:1-2).
A morte espiritual é um caso curioso, porque ela contrasta com a vida que se vê. Ou
seja, o indivíduo está morto espiritualmente, mas a aparência perceptível é de que
está vivo, porque respira, anda, pensa, age. Você só percebe que ele é um homem
morto por suas ações. As ações revelam quem nós somos e como estamos. Preso a
um corpo que carrega a semente do pecado, que carrega desejos pecaminosos na
mente, se quisermos de fato ser salvos, temos que seguir o caminho traçado por Jesus
a Nicodemos. A proposta é mesmo mudança de coração e por isto também uma
mudança de vida.
Conclusão
Vejam o que o salmista diz da sua primeira natureza: “Eu nasci na iniquidade, e em
pecado me concebeu minha mãe” (Salmo 51:5). Se a sua primeira resposta a essa
afirmação é: Conheço pessoas assim! Você pode estar totalmente cego, preso ao
engano do seu próprio coração. Nós somos habilidosos na transferência de
responsabilidades e em mascarar nossa real identidade. Paulo descreve a nossa
identidade antes do novo nascimento como “filhos da ira.” Em outras palavras, a ira de
Deus é para nós como um pai em relação a seu filho. Nossa natureza é tão rebelde, tão
egoísta e tão insensível à boa vontade de Deus para nós, que sua ira santa é uma
resposta natural e correta para nós.
A proposta é esta, o julgamento é este: “que a luz veio ao mundo, e os homens
amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele
que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem
arguidas as suas obras” (João 3:19-20). Dá para perceber o que isto produziu no
encontro entre Jesus e Nicodemos? Ele chegou com a capa da religião, ela conferia ao
“Nico” (um apelido carinhoso que eu acabei de lhe dar) uma aparência de bom. Porém
quando sua religiosidade estéril chegou diante da luz de Jesus, percebeu-se que ele
ainda não havia nascido de novo, ainda que fosse um príncipe da sua religião. Por isto
a proposta veio e ela era radical. Teria que nascer de novo, ganhar uma nova
identidade em Cristo Jesus. Ele pode fazer isto conosco, mas para isto eu tenho que
aceitar que é comigo que Ele fala, que a proposta de novo nascimento é também para
mim.
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Transforme-se em quem Deus diz que você é