UERJ – DISCIPLINA DE URBANISMO
LIÇÕES DE URBANISMO
Aula 5
por LUIZ CARLOS TOLEDO
OS FATORES GERADORES DO FEUDALISMO
Fatores estruturais:
A falta de escravos para trabalhar no campo e nas cidades.
O êxodo da população urbana que fugia das cidades para as vilas, para
escapar dos ataques às grandes cidades.
O isolamento das vilas marcou o fim do comercio entre regiões mais distantes,
limitando-o ao consumo local.
Vila de Adriano
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
OS FATORES GERADORES DO FEUDALISMO
A presença dos invasores germânicos também contribuiu para a formação do
feudalismo, impondo um sistema econômico, baseado no escambo (trocas),
uma estratificação ainda maior da sociedade, dividida entre guerreiros,
homens livres e escravos e um sistema político fundamentado no individualismo
tribal e na inexistência de um estado agregador.
Invasões Germânicas
Fatores conjunturais:
As invasões sofridas pelo império a partir do enfraquecimento do poder de
Roma, dentre elas as invasões germânicas atraídas pelos tesouros e pelos
resgates oferecidos para que as cidades não fossem destruídas.
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
OS FATORES GERADORES DO FEUDALISMO
O domínio dos muçulmanos no mediterrâneo e na península Ibérica, isolando a
Europa do resto do mundo; as invasões dos normandos e os ataques dos godos,
visigodos e os Vikings, que tinham por alvos a França, a Itália, a região de Lorena,
a Borgonha, a Espanha e o próprio império Bizantino.
Invasões bárbaras
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
OS FATORES GERADORES DO FEUDALISMO
A economia medieval:
O regime de servidão, imposto pelo senhor feudal, criava, entre os servos, o
desinteresse pelo trabalho, já que a maior parte do aumento da produção era
apropriado pelo senhor feudal.
A baixa produtividade da economia também decorria do abandono das
técnicas e práticas agrícolas romanas que, durante o período feudal,
juntamente com outros conhecimentos permaneceram trancados nas
bibliotecas dos mosteiros, sendo aplicadas apenas nas propriedades da Igreja.
Regime de servidão
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
OS FATORES GERADORES DO FEUDALISMO
O modo de produção feudal esgotou-se a partir do século XII, dando lugar ao
pré-capitalismo comercial, mais adequado à reativação do comércio regional;
ao crescimento do poder político-econômico dos mercadores e da burguesia
em ascensão com o aumento da demanda decorrente do crescimento da
população europeia a partir do século XV, o século das grandes descobertas
marítimas e da abertura de novos mercados.
Grandes navegações
A precariedade das relações comerciais entre os feudos e a baixa produtividade
da economia não poderiam atender às necessidades crescentes de consumo
da população europeia, em crescimento, recuperando-se das baixas
populacionais decorrentes das pestes e dos ataques de normandos e bárbaros
que duraram até o século XI.
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
OS FATORES GERADORES DO FEUDALISMO
Segundo MUNFORD, a peste negra que assolou a Europa durante vinte anos,
por vezes matando mais da metade da população de uma cidade, causou
apenas uma recessão temporária no ritmo de crescimento da população.
Gravura Peste Negra
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
OS FATORES GERADORES DO FEUDALISMO
As cidades, fortificadas por novas muralhas e contando com habitantes e
combatentes treinados para melhor defendê-las traziam um novo clima de
segurança que proporcionava o aumento das atividades econômicas em
escala local e regional.
Carcassone, no sul da França
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
OS FATORES GERADORES DO FEUDALISMO
A ampliação das relações comerciais num nível regional, não só diminuiu o
isolamento dos feudos, como exigiu a adoção de normas comuns de comércio e
desestimulou o uso e a criação de moedas locais.
O novo cenário da economia foi conduzido pela burguesia fortalecida pela
expansão das atividades econômicas, pela diminuição do poder feudal e da
influência das guildas e, finalmente, pela formação dos estados nacionais.
Com a recuperação das cidades e o surgimento de novos núcleos o fenômeno
da ruralização (êxodo da população urbana) deu lugar a um forte movimento
em sentido contrário.
Ascendência da burguesia
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
OS FATORES GERADORES DO FEUDALISMO
A importância das guildas:
As guildas de mercadores e artesãos eram corporações de ofício como os antigos
“colégios romanos” só que, enquanto estes se limitavam a atuar como sistema de
mutua proteção, as guildas além dessa função, tinham o poder de fixar normas
de funcionamento para os diversos ofícios, regular o trabalho das oficinas,
controlar a quantidade, a qualidade e o preço dos produtos e serviços.
Guildas
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
OS FATORES GERADORES DO FEUDALISMO
Com o aumento da população europeia e os novos mercados abertos pelas
descobertas marítimas a demanda por bens e serviços sofre forte expansão.
Nesse novo ambiente o controle das guildas passa a ser um freio às atividades
econômicas.
A reação da burguesia às guildas e a falta de normas gerais de comércio
estimulou a aliança entre os comerciantes, contrariados nos seus interesses, os
camponeses, empobrecidos pela ganância dos senhores feudais e as casas
reais, interessadas em exercer o poder, tendo por objetivo a formação de
estados nacionais, a destruição do feudalismo e do poder das guildas.
Rota de especiarias
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
OS FATORES GERADORES DO FEUDALISMO
A formação de exércitos pela realeza para derrotar os senhores feudais que se
opusessem a formação dos estados nacionais só foi possível graças ao apoio
financeiro dos comerciantes que, paralelamente, forneceram teares aos
camponeses que passaram a competir com as oficinas controladas pelas
guildas.
Tear primitivo
A qualidade inferior dessa produção não era um problema para sua
comercialização, já que os mercados abertos pelas descobertas marítimas,
ampliavam enormemente a demanda por produtos de menor qualidade e
baixo custo. O aumento das atividades comerciais a níveis local, regional e
internacional trouxeram mudanças importantes nas capitais e nas cidades que
exerciam funções portuárias.
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
TRANSFORMAÇÕES NAS CIDADES
A partir da decadência do Império as cidades sofreram grandes variações
populacionais acompanhadas por alterações no tamanho da área urbanizada
que, primeiramente, tiveram o perímetro diminuído, para depois voltar a
crescer de forma ininterrupta até a idade moderna, adaptando-se às novas
funções urbanas que passariam a desempenhar.
As mudanças ocorreram em etapas, a primeira foi o êxodo da população, que
durou do século III ao XI. Nesse período as cidades não só perderam
população, como diminuíram de tamanho, devido a falta de segurança
trazida pela inexistência de muralhas, descartadas durante os dois séculos em
que vigorou a “paz romana”.
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
TRANSFORMAÇÕES NAS CIDADES
Em Nimes e Arles, na Provença, as arenas dos antigos anfiteatros romanos
foram ocupadas por edificações, transformando-os em pequenas cidades
cujas muralhas eram as paredes dos anfiteatros.
Ocupação da antiga arena romana pela cidade de Arles
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
TRANSFORMAÇÕES NAS CIDADES
A partir do século VIII até o XI, a falta de segurança aumenta com a presença
dos vikings, excelentes marinheiros, que utilizavam os rios como vias de
penetração, para atacar as cidades, espalhando o terror por toda a Europa.
Nem as pequenas cidades e aldeias estavam mais a salvo, fazendo com que o
processo de ruralização perdesse força e a população espalhada pelo campo,
num movimento inverso, iniciasse o retorno para cidades com maior poder
defensivo.
Barco Vicking
Essas foram as condições que marcaram o início do segundo período de
construção da cidade medieval, entre os séculos XI e XIII, com o ressurgimento
e ampliação das atividades artesanais, comerciais e agrícolas.
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
TRANSFORMAÇÕES NAS CIDADES
Todos esses fatores influíram no aumento das populações urbanas de cidades
como Paris, Veneza, e Milão que, entre outras, ultrapassaram os 100.000
habitantes no fim do século XII, sendo que Paris iria atingir 240.000 habitantes
um século mais tarde.
Paris
Milão
O crescimento generalizado foi acompanhado pelo surgimento de um grande
número de cidades, como na Alemanha que, em 300 anos, surgiram cerca de
2.500 cidades e, como ensina Lewis Munford: “Em poucos séculos , as cidades
da Europa recapturaram grande parte do terreno que a desintegração do
Império Romano havia perdido”.
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
A ESTRUTURA URBANA MEDIEVAL
As mudanças sofridas pelas cidades em sua busca por maior segurança não se
limitaram às muralhas nem à diminuição de tamanho. Dentro da área urbana
ocorreram mudanças importantes, como em Roma, onde o mercado, localizado
no Fórum foi transferido, entre os séculos VIII e XII, para a colina Capitolina,
posição muito mais defensável em caso de ataques
Uma das características das cidades medievais era a alta taxa de ocupação do
solo, devido a necessidade de conter toda a população dentro das muralhas
que contribuíam para conter o crescimento horizontal, estimulando a
verticalização das edificações.
Carcassone, França
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
Construção da cidade
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
A ESTRUTURA URBANA MEDIEVAL
Outra característica da cidade medieval era a acomodação à topografia,
respeitando a morfologia do sítio, gerando um traçado tortuosos, repleto de
becos e vielas.
As ruas estreitas, algumas vezes dando passagem a uma só pessoa, serviam
tanto para desorientar o inimigo, como para atraí-lo à emboscadas.
Lisboa, Portugal
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
Siena, Itália
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
A ESTRUTURA URBANA MEDIEVAL
Assim como nas cidades gregas a cidade medieval preservou a escala humana
e um equilíbrio estratégico com o campo, cuja produção era comercializada na
praça do mercado. O comércio e as oficinas, localizavam-se perto dos portões
da cidade.
O mosteiro, a igreja, a praça do mercado, o castelo fortificado, as oficinas dos
artesãos e as muralhas, com seus diversos portões eram alguns dos equipamentos
típicos da cidade medieval.
Mosteiro medieval
Catedral de Colônia
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
Castelo de Bodiam
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
A ESTRUTURA URBANA MEDIEVAL
O ritmo de crescimento da cidade medieval, erguida à sombra do castelo
feudal era lento e se porventura a área urbanizada ultrapassasse às muralhas,
ocupando inclusive o “Pomeriun”, eram construídas novas muralhas e assim,
sucessivamente.
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
A ESTRUTURA URBANA MEDIEVAL
O traçado em grade ou ortogonal era encontrado nas cidades que exerciam
funções portuárias ou de entreposto, para facilitar a circulação de mercadorias
e oferecer maior segurança aos mercadores e visitantes. Também era
encontrado nas cidades-bastiões, erguidas em locais estratégicos para a
proteção de outras cidades. Formadas por quarteirões regulares, reproduziam a
organização espacial dos acampamentos militares.
Napoles, Itália
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
A MAIOR CONQUISTA DA CIDADE MEDIEVAL
As cidades medievais foram palcos de importantes modificações na relação servo
/ senhor, pois foi nelas que os burgueses conseguiram diminuir os privilégios do
senhor feudal, inclusive libertar-se da própria condição de servidão e de todos
aqueles que, durante um ano, trabalhassem numa Cidade Livre.
Rebelião dos servos
Em várias cidades os burgueses, negociando com o senhor feudal, conquistaram
inúmeras vantagens políticas, econômicas e sociais. Essas cidades tiveram um
duplo papel na história, pois surgindo a sombra da cidadela, tornaram-se com o
tempo responsáveis pela proteção do senhor feudal e pelo enfraquecimento do
feudalismo, contribuindo para a formação dos primeiros estados nacionais.
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
A CIDADE CELESTIAL
Na “Cidade Celestial”, assim chamada por Munford, o mosteiro tornou-se uma
nova cidadela e nele “as finalidades ideais da cidade medieval foram postas em
ordem” e foi a instituição que estabeleceu a ponte principal entre o mundo
clássico e o medieval, ao preservar os livros da literatura clássica, escritos em
papiros, copiando-os pacientemente em pergaminhos, muito mais resistentes.
Mosteiro em Mont Saint Michel, Normandia, França
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
A CONTRIBUIÇÃO DO PERÍODO MEDIEVAL À ARQUITETURA
A partir do século IV, sob a influência de Roma, as inúmeras religiões européias
dão lugar ao cristianismo e a arte clássica é tida como pagã, levando a
destruição ou a ocupação, com novas funções, templos e prédios públicos
romanos e gregos.
Lentamente, na Europa, o estilo românico começou a surgir impregnado de
sentimento religioso e obediente aos dogmas da Igreja, no oriente. O oriente,
entretanto, onde o cristianismo tinha como capital espiritual Bizâncio, criou-se
uma estética própria, que ficou conhecida como Estilo Bizantino.
Catedral de São Marcos, Veneza
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
A ARQUITETURA ROMÂNICA (1000 – 1100)
O estilo românico, criado na Alta Idade Média, dominou a arte cristã do Ocidente
europeu, rompendo a influência Greco – Romana, tornando-se “a expressão
artística dos tempos dos cruzados, das lutas dos mouros contra os cristãos, da
proliferação das Ordens Religiosas, das constantes lutas entre o imperador e o
papa, e entre os reis e os barões feudais.’’
Teto abobadado
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
Igreja em Tolouse, França
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
A ARQUITETURA ROMÂNICA (1000 – 1100)
“Expressão de um tempo belicoso e inseguro, pobre em atividades comerciais e
mercantis, os edifícios da época do românico, além de toscos, assemelham-se à
fortalezas. Era uma estética da pedra bruta, de paredes expostas quase sem
reboco, com um diminuto número de janelas e interiores geralmente sombrios”.
(http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/2005/07/14/001.htm 07/10/2010)
O estilo românico adotou vários
elementos
dos
estilos
que
o
antecederam,
principalmente
na
arquitetura religiosa. A planta baixa das
igrejas românicas segue o risco da
basílica cristã primitiva, entretanto, para
evitar os incêndios os telhados de
madeira, foram substituídos pelas
abóbodas de origem bizantina que
exigiam
paredes
espessas
para
sustentá-la.
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
A ARQUITETURA ROMÂNICA (1000 – 1100)
Os materiais mais empregados eram a pedra e o tijolo e dentre as principais
características plásticas do românico podemos citar: sobriedade, resistência,
repetição de elementos construtivos, poucas janelas fazendo com que os
interiores fossem escuros, grande espessura das paredes, consolidadas por
contrafortes ou gigantes.
St Trophine, Arles, França
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
Interior de igreja românica
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
A ARQUITETURA GÓTICA
O estilo gótico estendeu-se por 400 anos (1.100 até 1.500) e celebrizou-se,
juntamente com o estilo Românico por terem sido adotados nas magníficas
catedrais européias, que se multiplicaram por toda a Europa Ocidental devido
ao poder da Igreja Católica e da religião cristã.
Notre Dame, Paris, França
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
A ARQUITETURA GÓTICA
Suas características gerais foram a verticalidade, a invenção do arco quebrado
ou ogival e da abóbada de arcos cruzados. Notabilizou-se ainda por empregar
os vitrais das igrejas góticas
Notre Dame, Paris, França
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
Catedral de Burgos, Espanha
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
VENEZA
Enquanto o desenvolvimento de Viena, Gênova, Paris e Florença deu origem à
cidades medievais típicas, Veneza constituiu uma notável exceção, que não se
restringia aos canais no lugar das ruas, mas também porque sua atividade
comercial não foi interrompida em nenhum momento, mesmo durante a
dominação do Mediterrâneo pelos árabes.
A cidade preserva as características medievais, sendo que as águas do
Adriático, de pouca profundidade, funcionam como muralhas, dificultando
qualquer tipo de invasão.
Mapa de Veneza
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
Canal de Veneza
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
VENEZA
A cidade possuía seis unidades de vizinhança, as paróquias, onde residiam os
magistrados. Com essa divisão evitava-se a concentração da classe dominante
no centro da cidade, ainda que esse continuasse a ser o palco dos festejos e
feiras que mobilizavam toda a cidade. Foi uma das primeiras cidades a adotar
um zoneamento funcional: o cemitério ficava na Ilha de Tercello; as industrias e a
produção de pólvora na ilha do Arsenal; a produção de vidro na ilha de Murano
e já no século XIX, as atividades recreativas na ilha do Lido.
Zoneamento funcional de Veneza
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
Carnaval em Veneza
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
VENEZA
Os canais de Veneza constituem um sistema de vias hierarquizadas exemplar. O
seu estudo contribuiu para que
Colin Buchanan (1907-2001) desenvolvesse suas idéias apresentadas no livro
Traffic in Towns, de1963.
Grande canal de Veneza
LIÇÕES DE URBANISMO
por LUIZ CARLOS TOLEDO
Ponte Rialto, Veneza
LIÇÃO 5
CIDADE MEDIEVAL
Download

cidade medieval