Newsletter mensal produzida pela Agência Brasileira de Desenvolvimento
Industrial (ABDI), com informações exclusivas sobre Nanotecnologia.
Edição: Laboratório de Química do Estado Sólido (LQES). Coordenação: Oswaldo
Luiz Alves
Outubro de 2009 - Edição XIII
A nanotecnologia chega às nossas lojas!
De olho nas duras lições aprendidas com os OGM (Organismos Geneticamente
Modificados), desta vez vamos fazer a coisa certa.
O REACH poderá necessitar bem mais animais e dinheiro que o previsto
Cientistas afirmam que custos do REACH poderão atingir níveis bem superiores às
previsões.
Nova fábrica promete revolução petroquímica
A canadense Quantiam Technologies trabalha com nanopartículas para fazer fornos
petroquímicos gigantes, mais baratos, eficientes e mais “verdes”.
Nanotecnologias: lançamento do debate público em 15 de outubro –
Estrasburgo
França promove amplo debate nacional visando avaliar a percepção pública dos
seus cidadãos sobre as nanotecnologias.
Novo catalisador à base de mono-nanotecnologia nos automóveis Mazda3
MPS
A inovação vem da formulação de um catalisador cujas nanopartículas permanecem
monodispersas, mesmo depois de submetidas a altas temperaturas.
A Arkema constrói unidade piloto de produção de nanotubos de carbono
A unidade, instalada na França, terá a capacidade de produção de 400
toneladas/ano já em 2011.
A nanotecnologia chega às nossas lojas!
O impacto previsto da nanotecnologia sobre a sociedade é tão grande, que esta,
freqüentemente, é vista como sendo “uma segunda revolução industrial.” Os avanços
rápidos da nanotecnologia prometem revolucionar os muitos modos de fabricar
produtos, produzir energia, diagnosticar e tratar doenças e aumentar a produção
global de alimentos.
Atualmente, é relativamente pequeno o número de produtos alimentícios que usam
nanotecnologia de qualquer tipo. Não obstante, centenas de projetos de pesquisa
estão em andamento e dezenas de milhões de dólares estão sendo gastos em uma
competição global para aplicar nanotecnologias na produção, processamento e
embalagem de alimentos.
Quando é, então, que o resultado dessas pesquisas com nanotecnologia aparecerá nas
prateleiras dos supermercados, em um número significativo de produtos alimentares?
Quais os potenciais benefícios e riscos? Como pode a indústria de processamento de
alimentos “alimentar” a confiança e assegurar a aceitação dos consumidores com
relação aos nanoalimentos? Em virtude da história recente das inquietações públicas e
dos equívocos envolvendo alimentos engenheirados geneticamente, a introdução de
qualquer nova tecnologia em produtos alimentares oferece desafios significativos,
tanto para o governo quanto para a indústria.
Um óleo de canola contém minúsculas nanopartículas que bloqueiam a entrada do
colesterol na corrente sanguínea. Um achocolotado é mais saboroso e mais nutritivo,
graças à adição de ingredientes de tamanho nanométrico: 100.000 vezes menores que
um grão de areia. Embalagens de alimentos são envolvidas com nanopartículas que
alertam os consumidores sobre se um produto é ou não seguro para ser consumido.
Nanomateriais aumentam a atividade biológica de suplementos alimentares ou
nutracêuticos, permitindo “delivery” de nutrientes diretamente nas células.
Tower of Babel
Nanofoods
Todos estes são exemplos de inovações em alimentos atualmente disponíveis no
mercado, tornados possíveis pela nanotecnologia usando avanços na manipulação da
matéria em nível molecular. Especialistas avaliam que a nanotecnologia girará em
torno de 20 bilhões de dólares no negócio dos produtos de consumo alimentar, em
2010, quando as maiores empresas do mundo dos alimentos usarem o superpequeno
para fazer grandes melhoramentos nas embalagens de alimentos, segurança e
nutrição. No momento, há centenas de novos projetos de produtos nanoalimentícios,
muitos deles, provavelmente, estarão nas prateleiras em um ano.
Há algum motivo para preocupação?
Consumidores e outros – tais como trabalhadores da agricultura e das indústrias
processadoras de alimentos, que poderiam entrar em contato com nanomateriais –
têm direito de saber não só ao que estão sendo expostos, mas também de conhecer os
riscos da exposição. Surpreendentemente, a resposta a essa pergunta é praticamente
desconhecida. A comercialização da nanotecnologia tem rapidamente ultrapassado a
pesquisa voltada para a saúde humana ou possíveis riscos ambientais.
Órgãos governamentais de fiscalização estão ainda muito aquém no desenvolvimento
e na realização de pesquisas e estratégias regulatórias. Uma análise da pesquisa levada
a cabo pelo Project on Emerging Nanotechnologies (Projeto em Nanotecnologias
Emergentes), do Woodrow Wilson Internactional Center for Scholars (EUA), por
exemplo, não encontrou nenhuma pesquisa sobre o impacto de nanomateriais no
trato gastrointestinal, apesar de ser esta uma preocupação significativa para
aplicações alimentares.
Não há uma contabilidade oficial dos produtos nanoalimentícios e seus riscos
potenciais associados e os benefícios. Por essa razão, ninguém sabe realmente o que
esperar nos próximos anos: 50? 500? 1 500 produtos? E quais os riscos? Um dos
problemas com a estimativa precisa das inovações da nanotecnologia está relacionado
aos alimentos e bebidas. Empresas e seus fornecedores podem ser cautelosos
aplicando o rótulo nanotecnologia a um novo produto, mesmo cientes de que um
segmento significativo do público não quer seu alimento “engenheirado” – bio, nano,
ou de outra forma.
Não há muito tempo, os avanços da ciência genética deviam transformar a indústria de
produção de alimentos, oferecendo mais segurança, métodos de produção mais
eficientes e alimentos mais nutritivos - os mesmos benefícios colocados para a
nanotecnologia. Todavia, a tendência da indústria de alimentos geneticamente
modificados – de comercializar primeiro e, mais tarde, responder às preocupações dos
consumidores – mostrou ser o principal problema. Uma falha em explorar
inteiramente os potenciais riscos e discuti-los franca e abertamente com o público
resultou em várias controvérsias que redundaram em grandes prejuízos para a
indústria de alimentos, mesmo quando colocados os problemas reais, pouca, ou
nenhuma ameaça representavam.
Mesmo quando são reconhecidos benefícios para os consumidores, a razão
risco/benefício para a nanotecnologia pode não ser tão clara para alimentos e
agricultura, como será para outros produtos, como medicamentos que salvam vidas e
dispositivos médicos. Os consumidores têm baixa tolerância ao risco, quando este diz
respeito aos alimentos que comem e que servem a seus filhos.
Os riscos são muito elevados para a indústria de processamento de alimentos acertar,
da primeira vez, com a nanotecnologia, agindo agressivamente para identificar e
abordar as preocupações sanitárias e ambientais das aplicações das nanotecnologias,
antes que os produtos cheguem ao mercado. Já se ouviu funcionários do governo e
grupos de consumidores (nos Estados Unidos) manifestarem muitas das mesmas
opiniões e preocupações sobre a nanotecnologia, assim como fizeram com os
alimentos geneticamente modificados. Aplicando as lições aprendidas, a indústria de
alimentos pode obter fantásticos retornos sobre os grandes investimentos que agora
estão sendo feitos em nanotecnologia. O mais importante: o sucesso irá garantir que
os consumidores e toda a sociedade se beneficiem da promessa significativa mostrada
pelas aplicações da nanotecnologia na produção de alimentos.
Fonte: Food Processing . (Tradução – MIA)
O REACH poderá necessitar bem mais animais e dinheiro que o
previsto
“Enquanto toxicólogos, nós sustentamos os objetivos do REACH – é o mais importante
investimento jamais realizado
em matéria de proteção dos consumidores. Todavia, pensamos que os legisladores
subestimaram o tamanho do desafio,”
afirmam Thomas Hartung e Constanza Rovinda, autores de um estudo financiado pelo
Trans-Atlantic Think Tank for Toxicology,
da Universidade Johns Hopkins, de Baltimore, Maryland (EUA) e comentado
recentemente na revista Nature.
Um desafio sem precedentes
Hartung e Constanza calcularam que o REACH poderia necessitar de 54 milhões de
animais de laboratório e 9,5 bilhões de euros (13,4 bilhões de dólares americanos) ao
longo dos próximos 10 anos, o que representa 20 vezes o número de animais e 6 vezes
o custo considerado pelas avaliações precedentes. Atualmente, a União Européia
utiliza aproximadamente 900.000 animais, para um custo de 600 milhões de euros
(847 milhões de dólares) por ano, para avaliar as novas substâncias químicas, os
medicamentos, pesticidas ou aditivos alimentares.
Quando o REACH foi votado, previa-se que 27.000 empresas submeteriam 180.000
pré-registros, relativos a 29.000 substâncias. Na realidade, perto de 65.000 empresas
efetuaram mais de 2,7 milhões de pré-registros para mais de 140.000 substâncias. O
objetivo do REACH é finalizar a compilação dos dados sobre essas substâncias em
2018. Não obstante, ao longo das últimas décadas, a União Européia avaliou 200 a 300
novas substâncias químicas cada ano, o que faz do REACH um desafio sem precedente.
“Os toxicólogos não têm instrumentos adaptados para responder a essas
expectativas,” afirmam os autores do estudo.
Medill
Animais de laboratório
Segundo eles, 90% dos animais a serem utilizados e 70% do custo previsto procederão
dos testes de reprotoxicidade. “Uma revisão dos métodos de análise, particularmente
em matéria de toxicidade em face da reprodução é essencial. Não há alternativa ao
REACH, mas o REACH não se fará sem alternativas,” afirma Hartung.
Números inexatos, segundo a ECHA
“Claramente, os números exatos não serão conhecidos a não ser quando todos os
registros forem efetuados e que todas as propostas de análise tenham sido recebidas,
mas, com base nas informações de que dispomos e de nossas discussões com a
indústria, os números fornecidos nesse estudo estão muito distantes da realidade”,
estima Geert Dancet, diretor-executivo da ECHA, a Agência Européia de Produtos
Químicos.
Segundo a ECHA, a análise de Hartung e Constanza superestima três pontos: o número
provável de substâncias que serão registradas sob o REACH e que necessitarão uma
avaliação completa, o número provável de testes e de animais de laboratórios que
serão necessários e os custos prováveis de realização dos testes.
Fonte: Premium Beauty News. (Tradução – MIA)
Nova fábrica promete revolução petroquímica
Os revolucionários revestimentos baseados em nanotecnologia, criados na Quantiam
Technologies, podem reduzir significativamente os custos de energia e manutenção
em fábricas de produção de olefinas – o maior grupo de produtos petroquímicos do
mundo.
E o bônus é que isso também reduz as emissões de gases de efeito estufa!
Após oito anos e dezessete milhões de dólares, do laboratório para projetos-piloto de
fábricas como a Nova Chemicals’ Joffre, a Quantiam está pronta para a construção de
uma fábrica em Edmonton, Canadá, de 9,2 milhões de dólares e de cerca de 11.000
metros quadrados.
Edmonton Journal (Canadá)
Steve Petrone olhando através de um tubo revestido. Ele é fundador e presidente da Quantiam
Technologies, que usa nanotecnologia para desenvolver revestimentos
de fornos que reduzem a energia usada por grandes empresas químicas
“Agora estamos prontos para dar o grande salto: de uma empresa de 15 empregados,
para oferecer um número significativo de empregos de alto valor em Edmonton”, disse
Petrone.
A indústria de olefinas, que produz produtos como plásticos, anticongelantes e
lubrificantes é, de longe, a maior usuária de energia, assegurou Petrone.
“São necessários três bilhões de gigajoules de energia para produzir 1,25 milhões de
toneladas/ano de olefinas, e cada tonelada de olefinas produz uma tonelada de CO2.
“E a tecnologia de gestão que, em 60 anos, não mudou! Estamos em uma classe única
no mundo.”
Seus revestimentos de fornos permitem trabalhar à temperaturas até 50 graus mais
baixas, o que gera uma enorme economia.
A quantidade de carbono criada no processo é, também, drasticamente reduzida, o
que significa a emissão de menos gases de efeito estufa, diz Petrone.
O desgaste e a corrosão são reduzidos, assim, paradas para manutenção em
instalações de olefinas, em vez de ocorrerem a cada mês, ocorrem a cada dois anos.
Considerando que as fábricas perdem de 100.000 a 500.000 dólares ao dia durante as
paralisações programadas, dependendo de seu tamanho, as soluções da Quantiam
representam um grande negócio.
Petrone vê as propriedades de desgaste e corrosão como atrativas para a indústria de
areias ricas em óleo (oilsands) e xisto betuminoso, com seus altos custos de
manutenção e produção.
Recentemente, a Quantiam recebeu um prêmio de inovação técnica do Conselho
Nacional de Pesquisa do Canadá, mas Petrone diz que, chegar ao estágio de fabricação
em larga escala, depois de muitos anos no laboratório e de projetos-piloto, é a parte
realmente excitante.
Agora, a tecnologia está comprovada, o custo de revestimentos do interior de
tubulações é bem baixo, diz ele. Eles cobram dos clientes entre 3 e 10 dólares a
polegada quadrada.
A Quantiam também encontrou um modo de combinar a capacidade de se encurvar
do aço, com as propriedades de desgaste e resistência ao impacto das cerâmicas para
produzir um material que antes era considerado impossível, disse Petrone.
“Fizemos isso com nosso projeto de nano, e nisso somos únicos no mundo.” E iremos
mais longe se tivermos mais financiamento, arremata.
Os projetos da Quantiam Technologies foram financiados pelo Canadá, Estados Unidos
e União Européia.
Fonte: Edmonton Journal. (Tradução – MIA)
Nanotecnologias: lançamento do debate público em 15 de
outubro – Estrasburgo
O debate público nacional relativo às nanotecnologias, anunciado para o outono
europeu pelo Ministério de Ecologia da França, terá início em 15 de outubro por uma
reunião pública em Estrasburgo e terminará em 23 de fevereiro de 2010.
As nanotecnologias dizem respeito a partículas de dimensões nanométricas (da ordem
do bilionésimo do metro). Estas apresentam um interesse principal nas numerosas
áreas (saúde, energia, materiais...), mas seus potenciais efeitos sobre o ambiente e a
saúde são ainda mal conhecidos.
Atualmente, mais de 800 produtos disponíveis no comércio (raquetes de tênis, pneus,
tintas, cosméticos, quadros de bicicletas...) contêm nanopartículas, reporta o jornal
francês Le Figaro. Em escala mundial, os estudos baseiam seus cálculos em um
mercado de 450 a 1.850 bilhões de euros (cerca de 1.170 a 4.800 bilhões de reais)
daqui a 2015 e a criação de 10 milhões de empregos. Não obstante, o
desenvolvimento suscita inquietudes quanto aos efeitos potenciais dessas tecnologias
sobre a saúde humana e o ambiente, que ainda permanecem muito mal conhecidos.
Para aclarar o debate, dezessete reuniões públicas temáticas estão previstas para toda
França, segundo o calendário validado pela Comissão Nacional do Debate Público,
indicou em um comunicado a comissão encarregada de conduzir o debate cujo
presidente é Jean Bourgougnoux.
Cartaz alusivo ao debate público a ser realizado nas principais cidades francesas
Assim, em 20 de outubro, em Toulouse, o debate portará sobre “Ciclo de vida dos
produtos nanoestruturados e proteção do ambiente”. Uma semana depois será
abordado em Orléans o tema “Nanotecnologias e proteção dos consumidores”.
As questões sobre proteção dos trabalhadores, poluição atmosférica, segurança
alimentar ligadas às nanotecnologias, assim como a nanomedicina figuram também no
número de temas fixados. E no dia 17 de novembro, em Lille, o debate versará sobre
“nanotecnologias e têxteis”.
O último debate, previsto para 23 de fevereiro, em Paris, será consagrado à “ética e
governança”.
Fonte: Good Planet. (Tradução – MIA)
Novo catalisador à base de mono-nanotecnologia nos
automóveis Mazda3 MPS
O Mazda3 MPS de nova geração inaugura, em première mundial, num Mazda3, um
novo catalisador baseado em mono-nanotecnologia montado sob o assoalho. Essa
nova tecnologia que se inscreve diretamente na estratégia “Zoom-Zoom responsável”,
da Mazda, permite reduzir a quantidade de metais preciosos necessária à fabricação
de conversores catalíticos dos motores à gasolina.
Se metais preciosos entram na composição de catalisadores é em razão das reações
químicas que se produzem sobre sua superfície e que permitem purificar o gás de
escapamento.
Todavia, sua exposição ao calor intenso dos gases de escapamento tem como efeito
provocar um deslocamento dessas partículas, que se agregam para formar partículas
de maiores dimensões.
Para lutar contra esse fenômeno é, pois, necessário utilizar grandes quantidades de
metais preciosos, uma solução particularmente onerosa que vai na direção contrária
de uma utilização racional de metais geralmente raros.
A Mazda trabalhou o problema desenvolvendo um novo substrato catalítico que
permite integrar partículas metálicas de diâmetro inferior a 5 nanômetros (nm). Essas
“mono-nanopartículas” permanecem em sua posição de origem, quando expostas ao
calor dos gases de escapamento.
Autoactualités
Mazda3 MPS de nova geração
Como não se deslocam mais, não mais se agregam para formar partículas maiores.
Além disso, elas conservam sua superfície inicial, mesmo sob o efeito de sua
degradação natural ao longo dos anos.
O catalisador que equipa o novo Mazda3 MSP utiliza, portanto, 90% menos metais
preciosos (somente 0,15 g/l contra 0,55 g/litro para um catalisador clássico) – e sua
capacidade de purificação se degrada extremamente pouco com o tempo. As
economias que ele permite fazer podem beneficiar diretamente os proprietários, e
utilizando quantidades menores de metais preciosos, reduz, na mesma proporção, o
impacto sobre o meio ambiente.
Fonte: Autoactualités. (Tradução – MIA)
A Arkema constrói, na França, uma unidade piloto de produção
de nanotubos de carbono
A Arquema, uma das líderes mundiais na área de materiais nanoestruturados, anuncia
a construção de uma unidade piloto de produção de nanotubos de carbono (NTC) em
sua planta situada em Mont (França).
Essa unidade, com uma capacidade de 400 toneladas/ano, cuja entrada em
funcionamento está prevista para o início de 2011, se apoiará em um procedimento
inovador e será a única unidade de fabricação de NTC no mundo a utilizar uma
matéria-prima inteiramente “bio”.
Em 2003, a Arkema se engajou em um projeto de pesquisa sobre NTC e suas
aplicações. A empresa começou em 2006, em sua planta de Lacq (França), o primeiro
piloto de laboratório capaz de produzir aproximadamente 20 toneladas/ano de NTC,
batizados com a marca Graphistrength®. A empresa desenvolveu particularmente uma
gama de masterbatches, que se caracterizavam por sua facilidade de combinação com
diferentes matrizes termoplásticas, elastômeros e, mais recentemente, termofixos.
Esses masterbatches de alto conteúdo tecnológico contribuem para a otimização das
propriedades aplicativas dos produtos finais.
Arkema
Imagem de microscopia eletrônica dos nanotubos de carbono Graphistrength®
Como uma empresa responsável, na aplicação do princípio de precaução a Arkema
tem desenvolvido desde a origem do projeto práticas de limpeza, segurança e
ambiente especifico para os NTCs, visando assegurar a proteção de seus operários,
usuários e do meio ambiente. Seu código de conduta se apóia em três princípios: a
prevenção; a aquisição permanente de conhecimentos e a transparência frente às
partes interessadas, em consonância com o parecer do Alto Conselho da Saúde Pública
da França, que regulou a matéria em janeiro de 2009.
A Arkema já estabeleceu numerosas parcerias nos setores de eletrônica, transporte,
energias renováveis (eólica, fotovoltaica) ou ainda de estocagem de energia (baterias,
supercapacitores) para o desenvolvimento de aplicações que requerem performances
melhoradas de condutividade elétrica, de condutividade térmica e de reforço
mecânico.
Há três anos, a Arkema está envolvida em importantes programas de
desenvolvimento, destinados a ajudar as empresas que desejam inovar com materiais
nanoestruturados. Em particular, no âmbito do programa GENESIS iniciado em junho
de 2008, a Arkema está em companhia de grandes grupos e de Pequenas e Médias
Empresas (PMEs) de vários setores industriais - automobilístico, fabricação de cabos,
compósitos, energia e ambiente -, que têm interesse em aproveitar em seus
desenvolvimentos as performances excepcionais dos nanotubos de carbono.
Esse investimento industrial coloca a Arkema no primeiríssimo ranking dos
fornecedores de novos materiais nanoestruturados.
Fonte: Edubourse. (Tradução – MIA)
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Laboratório de Química do Estado Sólido (LQES)
Coordenação: Oswaldo Luiz Alves
Edição de Conteúdo e Tradução: Maria Isolete Alves
A newsletter Nano em foco é uma publicação mensal produzida pela Assessoria de
Comunicação da ABDI, em parceria com o Laboratório de Química do Estado Sólido
(LQES) da Unicamp.
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