HISTÓRICO Entre os antigos moradores da região, podem ser citados: coronel Leopoldo de Melo Carneiro, Antenor de Souza, Francisco Siqueira, Olegário Siqueira, Manoel Leitão, Domervil Souza Bastos, Henrique e Guilherme Neitzel, Capitão Manoel Teodoro Corrêa, Eduardo José Coutinho, Alberto Ohnisorg, Hidelbrando Gualberto, Eduardo Ferreira Dias, entre outros. Após a guerra mundial de 1914, o Governo Estadual promoveu a instalação da colônia de Bueno Brandão na margem esquerda do Rio Doce no território do atual município de Ituêta, onde se fixaram vários colonos de origem alemã. Na margem direita do Rio Doce, nas cabeceiras do córrego Quatis, formou-se uma colônia de origem italiana, que assim como os alemães, muito contribuiram para o desenvolvimento das atividades agrícolas de Ituêta. O progresso do município, porém, somente adquiriu rápido e vigoroso impulso em 1925, quando o coronel Osório Barbosa de Castro e Silva, membro de tradicional família de Palma (MG), transferiu-se para a região, onde comprou uma grande propriedade agrícola denominada "Fazenda da Barra dos Quatis". Neste mesmo ano, coronel Osório conseguiu a ida, para o local, de vários colonos, carpinteiros e pedreiros vindos de Palma (MG), e com o auxílio dos mesmos, construiu uma casa enorme, quase na foz do Córrego Quatizinho, afluente da margem direita do Rio Doce, que ficou sendo a sede da fazenda e para onde levou sua numerosa família. À época do coronel Osório, teve o município inúmeros melhoramentos, entre os quais figuram: a construção da primeira estrada de rodagem de automóveis da região, com 36 km; a construção de um desvio na ferrovia Estrada de Ferro Vitória - Minas até a sede do município, e de uma estação ferroviária localizada nas proximidades da Barra do Córrego Quatis. Com o advento da construção da Usina Hidrelétrica de Aimorés, no período de 2001 a 2005, e consequentemente pela formação do lago, a cidade de Ituêta, até então localizada na margem direita do Rio Doce, foi totalmente demolida e relocada para as margens da BR 259, na altura do trevo para o distrito de Quatituba e o município de Santa Rita do Ituêto, sendo o novo local escolhido pela própria comunidade e a cidade planejada. O topônimo Ituêta é de origem indígena e significa "Muitas Cachoeiras", sendo: Itu = cachoeira, e Eta = muitas. HISTÓRICO – VERSÃO 2 O município de Ituêta está localizado na zona fisiográfica do Rio Doce, com uma área de 456,5 km2 e com a população total de 5.641 habitantes. A ocupação mais intensa do município ocorreu após inicio da 1ª guerra mundial, ainda em 1.914, com fixação de colonos de origem alemã na margem esquerda do Rio Doce; e italianos, na margem direita. O desenvolvimento do local onde se encontra a cidade tomou impulso com a implantação, por volta do ano de 1.925, de uma grande propriedade agrícola denominada Fazenda Barra do Quatiz, na margem direita do rio. Associada à implantação da estação ferroviária, instalaram-se várias serrarias no local, fazendo crescer o povoado. A partir dos anos 50, a madeira torna-se escassa na região e as serrarias começam a fechar, provocando evasão da população da sede municipal. Em 1.956, ainda havia na cidade algumas fábricas (banha e massas), dois cinemas, dois clubes sociais e um campo de pouso. Existem atualmente na cidade dois armazéns desativados, em função da queda de produção do café e da mudança do centro de comercialização do produto para outras cidades. Em 1.939, Ituêta, cujo topônimo, de origem indígena, significa muitas cachoeiras (ITU = Cachoeiras - ETA = Muitas) é alçada a categoria de distrito. Sua emancipação política se deu em 27 de dezembro de 1.948, pela Lei n.º 336, havendo em conseqüência, sido desmembrado do município de Resplendor. Desta data, resulta os esforços desenvolvidos por uma comissão composta de diversos elementos de projeção local. O resultado das urnas fez com que o município se instalasse em 1º de janeiro de 1.949, sendo o prefeito do mesmo, o Sr. Antônio Barbosa de Castro, tomando posse em 19 de março de 1.950, ele e nove vereadores. Esta data é considerada o "Dia da Cidade". A região Rio Doce corresponde a uma das porções de colonização mais tardias do território regional. Até o final do século XIX, sua ocupação restringia-se a poucas e dispersas fazendas de criação de gado, além de núcleos muito pequenos e isolados de garimpo e agricultura de subsistência. Essa situação é alterada a partir das primeiras décadas do século XX, com a construção de estrada de ferro Vitória - Minas, que cumpre um duplo papel no processo de desenvolvimento regional. De um lado, representa uma via de acesso a áreas até então isoladas, facilitando a penetração das frentes de povoamento; e do outro, cria um canal para o escoamento da produção, estimulando o avanço da fronteira produtiva. Dentre as atividades econômicas, destaca-se a cultura do café. Junto com a cafeicultura, outra importante atividade era a exploração de madeira que usavam na fabricação de dormentes para a ferrovia. A esses fatores econômicos, somavase a existência de extensas reservas florestais, formadas pela mata atlântica. Estas explorações econômicas atraíram expressivo fluxo migratório, fomentando o povoamento da área, envolvendo elevado número de famílias de grupos étnicos europeus, sobretudo Italianos e alemães, os quais tiveram grande importância na formação e desenvolvimento sócio-econômico do município.