PROF. ADEMIR AMARAL A Terra possui tanta água que recebeu o apelido de Planeta Água, desde a primeira vez em que foi visualizada do espaço. Falta de água ameaça o mundo, uma organização não-governamental da GrãBretanha está advertindo que duas em cada três pessoas em todo o mundo correm o risco de ficar sem água até 2025. ONU considera “escassez de água” a disponibilidade de menos de mil metros cúbicos anuais de água doce para cada pessoa. Essa medida põe cerca de metade da população mundial em países com escassez de água. A Jordânia está entre os mais atingidos: a média ali é de 160 m3 anuais de água doce por pessoa. O resultado disso é um severo racionamento. Os 2 milhões de habitantes da região metropolitana da capital do país, Amã, e das áreas agrícolas próximas só dispõem de água um dia por semana. Embora o volume total de água existente na Terra seja de 1.386 milhões de km3 97,5 % deste total é constituído pelos oceanos, mares e lagos de água salgada. Na parte formada pela água doce, mais de 2/3 estão nas calotas polares e geleiras, inacessíveis para o uso humano pelos meios tecnológicos atuais. Vendo as coisas dessa forma, restam apenas cerca de 1% da água para a vida nas terras emersas. Nesta parcela a água subterrânea corresponde a 97,5%, perfazendo um volume de 10,53 milhões de km3. Deste ponto de vista foi formulado o conceito da água como um recurso finito. Mesmo rico em água doce, o Brasil — aqui se concentram 20% de toda a água doce do planeta — vive um verdadeiro caos na distribuição de água potável para a população. Uma solução para acabar com a falta d'água no planeta é a dessalinização, é possível aproveitar as águas dos mares, se elas forem tratadas em processos de purificação. A água obtida por esse processo não é potável, ou seja não pode ser usada para beber, mas pode ser útil para irrigação. Como resultado da falta de água, a produção mundial de alimentos ameaça diminuir em 10%. Em média, 70% da água mundial é usada na agricultura. Num mundo com cada vez menos água disponível, os países mais pobres vão ter que escolher se usam a água para irrigação, ou para uso doméstico e industrial