-Transformadores – Corrente de energização - inrush Definição • Corrente de magnetização (corrente de inrush) durante a energização do transformador Estas correntes aparecem durante a energização do transformador, devido à magnetização e à saturação do seu núcleo, sendo sua magnitude determinada pela declividade da característica de magnetização na região saturada. Nos transformadores de elevada potência, altas correntes de inrush podem ser atingidas. CORRENTE TRANSITÓRIA DE MAGNETIZAÇÃO OU CORRENTE DE ENERGIZAÇÃO (INRUSH). Seja o transformador a vazio, conforme mostrado abaixo. Aplicando-se LKT na malha I, tem-se: Existe uma relação não linear entre i0 e φ dado pela curva de histerese. Devido a essa não linearidade, torna-se necessário algumas aproximações para obtenção de i0. A solução desejada consistirá de duas partes fundamentais: solução particular e solução complementar. O primeiro representa o regime permanente e o segundo é o termo transitório. Devido ao termo transitório pode-se observar um fenômeno constatado por Fleming em 1892. CORRENTE TRANSITÓRIA DE MAGNETIZAÇÃO OU CORRENTE DE ENERGIZAÇÃO (INRUSH). O fenômeno observado mostrou que quando um transformador é conectado à rede, por vezes há o aparecimento de uma grande corrente transitória de magnetização. O efeito da referida corrente é causar momentaneamente uma queda de tensão alimentadora e uma provável atuação de relés instantâneos ou relés diferenciais. O valor atingido nesse regime transitório depende de dois fatores: a) Ponto do ciclo da tensão, no qual a chave para o energizamento seria fechada; b) Condições magnéticas do núcleo, incluindo a intensidade e polaridade do fluxo residual. Considerando-se como primeira aproximação que os dois primeiros termos da expressão anterior podem ser desprezados e, admitindo-se que, no instante inicial do processo de energização, a tensão da fonte passa por um valor V1m.senα, em que α é um ângulo qualquer cujo propósito é definir o valor da tensão da fonte no instante t = 0, tem-se: CORRENTE TRANSITÓRIA DE MAGNETIZAÇÃO OU CORRENTE DE ENERGIZAÇÃO (INRUSH). Integrando-se a expressão, obtém-se: Os termos da equação: CORRENTE TRANSITÓRIA DE MAGNETIZAÇÃO OU CORRENTE DE ENERGIZAÇÃO (INRUSH). A figura abaixo ilustra o fluxo em função do tempo. Como o valor de pico é relativamente alto e, lembrando-se que o fluxo deve ser produzido por i0, tem-se que a relação φ = f(i0) necessita-se de uma grande corrente nos primeiros instantes. Oscilograma típico da corrente de magnetização, incluindo o regime transitório É comum encontrar um valor de pico inicial de corrente várias vezes superior ao da corrente nominal do transformador. Corrente de inrush Para um pequeno aumento de fluxo no núcleo, necessita-se uma grande corrente (devido ao fenômeno da saturação, conforme figura abaixo), denominada de inrush ou corrente de avalanche. Caso Real de ligamento de um TF Simulação Corrente Inrush Utilizando Simulink se faz uma simulação de uma energização de um trafo monofásico. Transformadores a seco São de emprego bastante específico por tratar-se de um equipamento de custo muito elevado, comparado aos trafos e líquido isolante; São empregados mais especificamente em isntalações onde os perigos de incêndio são iminentes, tais como refinarias de petróleo, indústrias petroquímicas, grandes centros comerciais, em que a norma proíbe o uso de trafo de óleo mineral, além de outras instalações que requeiram um nível de segurança elevada contra explosões de inflamáveis; Transformadores a seco São constituídos semelhantemente aos trafos a líquido isolante(núcleo laminado e enrolamentos); Os enrolamentos primários: fita de alumínio, encapsuladas em epóxi; Os enrolamentos secundários, em geral, são de folhas de alumínio; Quando da montagem, é necessário deixar grandes canais de ventilação entre o núcleo e os enrolamentos secundários, e entre estes e os primários; Transformadores a seco A isolação dos enrolamentos não garante uma proteção adequada contra contatos diretos; É necessário que o trafo seja protegido através de barreiras; A vida útil dos trafos( seco ou com líquido) é função da porcentagem de sobrecarga em que operam durante um determinado período; Eles podem sofrer períodos de sobrecarga sem afetar a vida útil, desde que a sua temperatura de operação não supere os valores máximos admitidos para a classe de isolamento (temperatura máxima nos enrolamentos) considerada Descargas Parciais Trafos com deficiência de projeto, defeitos de fabricação e com materiais de baixa qualidade estão sujeitos a essas descargas; São descargas de baixa energia; Provocam degradação acelerada do papel isolante resultando na formação de gases reduzindo a vida útil do trafo. Expectativa de Vida do Trafo A vida útil de um trafo está diretamente ligada ao carregamento que sofre ao longo do seu período de operação; Ele pode suportar uma carga superior a nominal, desde que não se ultrapassem as temperaturas limites previstas em normas. Ensaios Ensaios de rotina- executados em todas as unidades Resistência dos enrolamentos Relação de tensões Polaridade Perdas Deslocamento angular Corrente de excitação Tensão de curto Ensaios dielétricos Tensão suportável: frequência industrial e de impulso Estanqueidade Funcionamento dos acessórios Ensaios Ensaios de tipo - em geral são dispensados pelo comprador quando o fabricante exibe resultados de ensaios anteriormente executados em trafos de mesmo projeto. A seguir são mostrados alguns: Fator de potência Elevação de temperatura Nível de ruído Nível de tensão de radiointerferência Ensaios Ensaios especiais – dada a importância da instalação ou o seu grau de periculosidade Ensaio de curto Medição de harmônicos Medição de impedância de sequência zero Análise cromatográfica dos gases dissolvidos no óleo e outros.