1 Disponibilização “Wireless” de Temperaturas do Óleo e Enrolamentos de Transformadores de Potência Para Operação em Tempo Real e de Modo Remoto Jos é Mak e T ho maz G. A. de Far ia , B&M 1 L ázar o Parta m ian C arr ie l e Iz onel Hen riques Per eira Jú nior , QU ANT UM 2 . F l á vi o Fa r ia , EL E K TR O 3 Resumo: Es t e p r o je to a pr es en ta o d esen volvimen to de me todo lo gia qu e possibilita as medições de te mp eratura dos tra ns for mad ores em te mp o re al, d isp ensa ndo a ins ta laç ão de senso res nos tra ns for mad ores , a ad ap taç ão dos i ns tr ume n tos e x is ten tes a um novo ha r dw ar e e a d is po ni bi l iz ar ão d e u m c an al de co mu nic açã o en tre as s ubes taç ões e o c e n tr o de c o n tr o le da E l ek tro 123. Pa lavr as- ch av e: T rans formad ores de Po tênc ia , T empe ra tur a do Ó l eo, T emper a tur a d o Enr ola men to , Op eraç ão em T em po R e al . I. I N T R O D U Ç Ã O A e vo luç ão da manu tençã o nas u l timas d écad as e limin ou a pr átic a d e re tir ada anu al d e oper açã o dos tr ans formad ores p ara e ns a ios pre v en t i vos . A t u al men t e s om en t e s e r et ir a u m t r ans for m ad or d e s e r viç o p or i nd ic aç ão d e fa l ha inc ip ie n te . C o m is s o , a c a l ibr ação d os t er mô me tr os de ó le o e da image m té rmica dos e nro lamen tos qu e d e ver ia ser e fe tua da a ca da do is a nos te m s ido sis te ma ticamen te p os ter gad a, r esu ltan do em um pa rque de t r a ns for mad or es p r o te gi dos p or t er mô me tr os n ão c o n fi áv e is . P or o u tr o l ad o , a f alta d e r ec ur s os para e xpans ão d os s is te mas res ultou n as recomendações do COPESP (Comissão de O per ação e Plan ejame n to d o Esta do d e São 1 2 3 José Mak e Thomaz G. A. de Faria trabalham na B & M Pesquisa e Desenvolvimento (E-mail: [email protected] e [email protected]). Lázaro Partamian Carriel e Izonel Henriques Pereira Junior trabalham na Quantum Tecnologia e Inovação). Flávio Faria trabalha na Elektro Eletricidade e Serviços S.A. Pa ulo) em 1 991 , de qu e as concess io nár ias d e ver ia m se p rep arar pa ra op era r e plane ja r p or temper atura n omina l, aba ndo nan do o c r i tér io de p o tênc ia n om in al . En tr e ta nt o o cu mpr i mento des tas r eco me ndaç ões é for temen te d epe nden te da co n fiab ilidad e d es tes termôme tros . E s tu dos fo r am d es e n vo l vi dos d ur an te a d éc ad a d e 9 0 n o s en t id o d e mo ni t or a mento d as principa is gran dezas med id as e m su bes taç ões , n um esforç o d e dispo nibilizálas à dis tânc ia , e m ce n tros de su per visã o e c o n tr o le . E n tr e tan t o o a l to c us to p or s u bes taç ão d es enc ora jo u o s e to r e lé tr ic o a u tiliz ar o c ritér io de o per ar os tra ns for mad ores por te mp era tu ra. A p le na u tiliz açã o da ca pac ida de d is p on í ve l e ns e ja , entr e t an to , o c on tr ol e da t e mp era tu r a em te mp o r ea l , e v i ta ndo as p oss íve is par tic ular id ades de a jus tes e imper fe ições da co rre laç ão d o ca rreg amen to r eg is tr ad o n o temp o e a t e mpe r a tu r a e qu i va le nte es per ada p ara cad a c ond içã o o per a ti v a do s is te ma e lé t r ic o . A par t ir da d e ter min aç ão d e a lgo r i t mos a deq uad os e co m b ase nas in formaçõ es d isp on ib iliza das e n as an álises d essas in fo rmaç ões , a pres enta-s e n este r e la tór io o es tabe lec imen to d os re qu is itos, mod elame nto e des envo l vimen to de so ftwa re d a funç ão de c álc ulo d as temp era turas d o e nr o la men to . Es tas me d iç õ es de te mp era tu ra dos tra ns for ma dor es e m te mpo r ea l dis pens a a ins ta laç ão d e se nsor es nos t r a ns for mad or es , a tr oca de te r mô me tr o e image m térmic a por eq uipa men tos digitais , a a dap t aç ão d os ins tr um en t os e x is te n tes a um n o vo har dwa r e e a d is p on ib i lizaç ão de um ca na l d e co mu nic ação en tr e as s ubes tações e o c en tr o d e c on t r o le. Es ta me to do log i a in o vad or a pe rmite ac ompan hamen to em tempo re a l , em q ua lqu er microc omp u ta dor q ue te nha acesso à in te rne t. A Figura 1 , no fina l des te d ocu men to, rep rese nta u ma visã o ger al do 2 p r o je to . Além do es tabe lec imen to do “ es tad o-da a rte” deste pro j eto de pes qu isa e d esen volvimen to, for am apr ese n tad os os f or mu lá r i os p ar a c o le t a e trata me nt o de d ados e pa ra ap lic açã o d a me todo lo gia e , e m seg uida , for am co le tados , e a na lis ados , d ados d e vár ios tr ans for ma do res , on de for am ap rese n tad os d ois e xemplos co mp le tos d e c omo es ta co le ta d e dad os é r ea liz ada e o s pr inc ipa is proc ed imen tos p ara a jus tar a lgu ns pa râme tr os . D es t e e l enco , f or am s e lec io na das a lg umas u nidad es mais s ign ifica tivas p ara a r ea liz ação d e ins peção e ens aio co mp le to . A r elação d as u n ida des se lec ion adas e nc on t r a- s e na ta be la q ue s e s eg ue . TABEL A 1 U N I D A D E S S E L E C I O N A D AS Subestaçã U n i d a d F ab r ica n o e te A n drad in a TR 1 BBC A n drad in a TR 2 BBC A r a r as 2 TR 1 TU S A G uar uj á 2 TR 1 TR A FO Mogi TR1 ASEA G uaçú 2 Pirassunun TR 2 IT EL ga R io C lar o 3 TR 1 TR A FO S.J . Boa TR 1 IT EL Vista S.J . Boa TR 2 IT EL Vista A me t od olo gi a fo i tes t ada qua n to à s ua a plica bilida de em co nd ições r ea is no s is tema com um suc esso super ior ao es per ado e já es tá d isp on íve l n a In ter ne t, p ar a uso r es tr i t o d a E l ek tro a té a c onc lus ã o d o proces s o d e r eg is tr o d a pa t en te do p rocess o T e mpO nL in e® e a res pec tiva p ropr ie da de in te lec tu al, con for me acor do es tabe lec id o no plano de tra ba lh o . II. A S P E C T O S M E T O D O L Ó G I C O S No p lan o de tr ab alho or ig in al foram a pr es en ta das as s eg ui n tes e ta pas p ar a d esen volvimen to do pr oje to : a ) Es ta be lec imen to dos trans fo rma dor es p i lo to e lev a n ta men to c om pl e to de s uas ca rac ter ís ticas de pr oje to e cons tru tivas , d ados de p lac a , ens aios em fábr ica , h is tó r ic o op era t i vo e d e m anu t enç ão . b ) L e van t am en t o em c a mpo d as te mp era tu ras r ea is atra vés de med içõ es co m ins trumen tos pad rões , c oinc id en tes co m temper aturas a mb ie n tes e co rren tes d e ca rga en volvid as , te ndo po r o bje tivo a d e ter minaçã o d e n ão con formid ades do mod elo a se r dese nvo lvido , r esp eitando os limites e as ca rac ter ís ticas dos e qu ipa me ntos em es tu do . c) Es tu do dos algor itmos d isp oníve is na litera tura mun dial e esco lh a do ma is p r om is s o r p ar a d es en v ol v im en t o de me to do log ia de c álc ulo das te mp era turas d o ó leo e en r o lam en to. d ) I nc or p oraçã o d e c r i té r i os à me t odo lo gia c e n tr a da em mú l t ip los o bj e ti v os , d e mo do a p er m i t ir a i m p lem en t aç ão e m um i ns tr ume n to mod er n o d e en v io e r ec epç ão d e da dos . e ) D es en vo l v im en t o de s o f tw ar e p ar a ca p tur a d os dad os de en tr ad a p ar a os cá lcu los , e par a d isp on ib ilizaç ão da in fo rmaç ão e m todos os níve is da co ncess ioná ria de ener gia . f ) D es en vo l v im en t o d e e s tu do p i lo to de a plicaç ão d a me todo lo gia pr op os ta em p ar te r ep r ese n ta t i va da e mpr esa, v e r i f ic aç ão de nã o c on fo r m ida des u tiliz and o-se o so ftwa re d esenvo l vido , a fim de va lidar a me to do log ia d es en v ol v id a . g ) A c o mpa nha me n to da im ple me n taçã o me to do log ia por me io do tr eina me n to d e e qu ipes . O mo delo pro pos to ap lica -se a tra ns for mad ores e au to tr ans forma dor es de : a ) C la sse 55°C : s ão a qu el es c u ja e le v ação d a te mp era tura mé dia dos en ro la me n tos , ac i ma d a a mb ie n te , n ão e xc ede 55°C e cu ja ele vaçã o de temper a tur a d o pon to ma is qu ente do e nro la me n to , ac ima da a mb ie n te , n ão e xc ede 65°C ; e b ) C la sse 65°C : s ão a qu el es c u ja e le v ação d a te mp era tura mé dia dos en ro la me n tos , ac i ma d a a mb ie n te , n ão e xc ede 65°C e cu ja ele vaçã o de temper a tur a d o pon to ma is qu ente do e nro la me n to , ac ima da a mb ie n te , n ão e xc ede 80°C . Aind a , neste mo de lo , for am u tilizad as as se gu in tes d e finiç ões : ─ T e mpe ra t ur a d o ó l eo : Te mp era tura do p on to m ais que n te d e to da a m as s a de ó le o is olante no ta nque do tra ns fo rma dor . ─ I m a ge m T ér m i ca : D is p o s i t i vo d es vi nc u lad o fis ic a me n te d o enr ol ame n to n o qu al s im u la- s e a te mp era tu r a d o po n to ma is qu en te do co bre . ─ P ot ên c ia N o m in al : C ap acida de do tra ns for mad or , em MVA, subme tido a 4 0°C am bi en t e e a c or r e n te n o mi na l, co n for me es ta be lec ido na N BR 5 356 . ─ T e mpe ra t ur a N o m ina l: Temper atura de 1 05°C con forme esta be lec ido n a NBR 5 416 /97 . ─ T e mpe ra t ur a A mb i en t e : A temper a tura a mb ie n te é u m f at or i mp or tante p ar a a 3 d e ter minaçã o d a ca pac id ade de c arga do tra ns for mad or , uma vez q ue a e le vaç ão d e te mpera tura par a q ua lq uer ca rga de ve se r ac resc id a à ambie n te pa ra se o b ter a t e mp era tu r a de o p er aç ão. P r e f ere nc ia l men t e , u t i liz a-s e a me diç ão d a temp era tura a mbien te r ea l par a se d e ter mi nar a te mp era t ura d o po n to m ais q uen t e do e nr o la men to e a c a pac ida de d e ca rga do tra ns for mado r. ─ C ic l o d e C ar ga : Os trans fo rma dor es , us ua lmen te , o pera m e m um cic lo d e ca rga q ue se repe te a ca da 24 h oras . Es te cic lo d e carg a po de ser c ons tan te ou p ode ter u m ou m ais p ic os du r a n te o pe r ío do de 24 h or as . ─ Ele va ç ões de T e mpe rat ur as do Ó leo e d o En ro l am e nto : Qu and o a pli c ad o um c iclo d e ca rga ao tr ans formad or , as te mp era tu ras d o topo do ó le o e do p on to m a is que nte d o en r o la me n to c r es c em e d ecresc em e xp one nc ia lmen te , con forme mos tra do na Figur a 2 . III. R E S U L T A D O S A L C A N Ç A D O S Par a a s eleç ão das ins talações p i lo to e dos tra ns for mad ores cu jos da dos su bsidiara m o es tudo , u tiliz ou-s e o cr itér io d e d i vis ão em três fa mílias co ns titu ídas po r fabr ica n te e p or te nsão : ─ T i po 1 : Sub es taçõ es d e 13 8 k V ─ T i po 2 : Sub es taçõ es d e 88 k V ─ T i po 3 : Sub es taçõ es d e 69 k V Vár ias su bes tações , se par adas e m gru pos , tiver am as r espec tivas tempe ra tur as do e nro la men to de se us tra ns for ma dor es a valia dos e m temp o r ea l , em fu nçã o das t e mp era tu r as i n ter nas, c omo ap r es en ta do no e xemplo da Figur a 3 . F o i r ea liz ad a uma i n ves t ig ação d o n í ve l d e c o n fi ab il i da de dos va lo r es r es u l ta n tes dos s is te mas es tuda dos . Tomo u-se como r eferê ncia o trans formado r T R1 da su bes taç ão An drad in a. F ora m ca lcu la dos , a p ar tir de d ados d este tr ans formad or e d e o u tros q ue faze m par te do p lan o piloto , os va lo res tér mic os resu lta n tes da a plic ação d os a lg or i tmos d o mo de lo par a c álc ulo das te mp era tu ras do óleo iso l an te e do pon to ma is qu en te do e nro lamen to. Andradina TR1 60 y = 5,0014x + 23,645 (Média 1) Andradina TR2 Angatuba TR1 Angatuba TR2 50 Araras2 TR1 Temperatura (ºC) Araras2 TR2 40 Arujá TR1 Arujá TR2 Atibaia TR1 30 Atibaia TR2 Bertioga TR1 Bertioga TR2 20 BJP TR1 Cajati TR1 Conchas TR1 10 Conchas TR2 Mé dia Linear (Média) 0 Fundo do Ta nque Ba se do Ra diador Topo do Radiador Topo do Tanque F i gu ra 3 - Me d içã o d as t e m pe rat ura s i n t er na s do s t r an sfor m ad or es d o G ru po 1 Os da dos d e e n trad a e os r esu lta dos ob tidos es tão d escr itos a s egu ir . F i gu ra 2 - C ic l o g enér i co co m do i s n í ve i s d e c arg a e t e m pe rat ur as res u lta nt e s Comparação das Temperaturas Medidas com as Calculadas no Período Ambiente Temperatura (ºC) ( a) C iclo gené ric o c om do is n íve is de carga; ( b) Ele vaç ão de te mp era tu ra do p onto ma is q uen t e do e nr o la men to s obr e o am b ien t e ; (c) Ele vaç ão de te mp era tu ra do p onto ma is q uen t e do enr ola me n to s o bre a te mp era tu ra do to po do óleo ; ( d) Ele vaç ão d e temp era tura do to po do ó le o s ob r e a t emp era tu r a a mb iente F ora m co mp ara das as te mp era tur as med idas e c a lcu la das , p ar a c a da un id ad e , c on forme e xemplo da Figur a 4 . Externa Topo Tanque Óleo Medido Enrolamento Óleo Calculado 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 12 13 14 15 16 Horas 17 18 19 4 F i gu ra 4 - S / E R io C la ro ( TR 1) . A p ar tir dos dad os leva n tad os da ver i ficaçã o d as me diçõ es de te mp era tura do ó le o , pod ese c ons ta ta r na Figu ra 5 , a se gu ir , os r esu ltad os das an álises p ara o tra ns for mad or TR 2 da S/E Andr ad in a . a l ta me n te d is c r epa n tes , c om c om por t am ento i n ve r s o nas hor as d e m aio r e men or c a r r eg am en t o . E m s e gu ida , p r oce deu - s e a ver i f ic aç ão do t er mô me tr o do e nr ol am en t o,c on fo r me o bs er v ado n a F ig ur a 7 . Verificação da Medição da Temperatura do Enrolamento Verificação da Medição da Temperatura do Óleo Tam b Óleo Calc Óle o Me d Ala rm e TEnr Med Trip 90 110 80 100 Tamb Alarme Trip 90 Temperatura (ºC) 70 Temperatura (ºC) TEnr Calc 60 50 40 30 20 80 70 60 50 40 30 20 10 10 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Hora 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Hora F igu ra 5 - Ve r if ic ação da me d iç ão da t em pe rat ur a d o ó l eo. F igu ra 7 - Ve r if ic ação da me d iç ão da t em pe rat ur a d o e nr ol a m ent o . Co mo r esu lta do d a aná lise co ns ta tou-s e : ─ Os er r os e n tr e os va lo r es m ed id os e o c a lcu la do s e s i tu am n a fa i xa de - 6 ,52 a + 1 1 ,44 ºC ; ─ C o mo a t e mpe r atur a do ó le o é p r a t icam ente um a med iç ã o d ir e ta , o err o d e ve f ic ar n a fa i xa d e 3 °C n o m á x i m o ; ─ S e ho u ver d i as d e g r an de ins o laç ão e ca rreg amen tos ma iores , os err os ten derão a s er maiores do q ue os apr esenta dos . Co mo r esu lta do d a an álise c onsta tou-s e: ─ O err o entre os va lo res me did os e o c a lcu la do s e s i tu am n a fa i xa de - 9 ,49 a + 1 4 ,60 ºC ; ─ O tr ans fo rmad or ap res en ta temper a tura m éd ia de f u nci ona me n to d o en r o lam en to e m to r no de 67 °C , em raz ão do per fil d e carga aplicado, de carac ter ís ticas c o ns tru t i vas e s ua ins t a laç ão ; ─ C o mo a tem per a tur a d os e nr o lam en t os é us ada como a princip al pr oteçã o p ara o t r a ns for mad or , o u s e ja , é r es p onsá v el p ela par tida d o sis tema de r es fr ia men to e p ro teç ão ao ca rr ega men to a p lic ado, r ec om end a-s e qu e o e r r o s e s i tu e na f ai x a e n tre 1 e 3°C no má ximo ; ─ S e ho u ver d i as d e g r an de ins o laç ão e ca rreg amen tos ma iores , os err os ten derão a s er maiores do q ue os apr esenta dos ; ─ Par a q ue uma c alibr age m d es tes ter mô me tr os possa s er e fetu ada na p rá tica , nã o de ve se r c ons id era do o p er ío do d a madr uga da par a a valiação de te mp era tu ra . Ac onselha -se utilizar para a ná lis e os h orár ios das 9 :00 a té as 21 :00 h oras . Este proc ed imen to d eve -se ao ind íc io de que os ins tru me n tos de m ed iç ã o es t ão c om poç os d e ó leo su per dimens io nad os , o cas io nan do uma i né r c i a n a r es p os ta . P o r s e t r a t ar de p r ob le ma q ue c a l ibraç ão e a fe r iç ão n ão r eso lvem, co ncen trou-s e no perío do co m s o luç ão p r á t ica . A par tir dos da dos le va n tad os da ve rificaç ão das med içõ es de temper a tur a d o e nro la men to , p ode-s e cons ta tar n a Figur a 6 , a seg u ir , os resu lta dos das a ná l ises par a o tra ns for mad or TR2 da S/E Andr ad ina , ond e DT é a d i fer ença d a temper a tur a do e nr o la men to me nos a t e mp era tur a do ó leo e “D es vio” é a d i ferença en tre os valores de D T c a lcu lad os e e nc on tr ad os . Análise do Erro de Medição Erro Enr Erro Oleo Desvio DT Encontrado DT Calc 35 15 10 25 5 20 15 0 Erro (ºC) Diferença de Temperatura (ºC) 30 10 -5 5 0 -10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Hora F i gu ra 6 - A n á l ise dos er ro s e d es vi o s de m e d içã o . O bser vou-se qu e os maior es d esvios e nc on t r am - s e n os h or ár ios d e ma ior es c a r r eg am en t os e m a ior es te mp era tu r as a mb ie n tes , p ar t icu la r m en t e p or v o l t a das 1 9 :00 hor as e qu e os e rros de med içã o de t e mp era tu r a d o ó leo e d os enr ola me n tos s ão F ora m feitas algumas r ecomen daçõ es s o bre os te r mô me tr os , u ma vez q ue es tã o n ecess itand o de a ferição e c alib raçã o . O t er mô me tr o de e nr o la men to es tá n ec es s i tand o d e c al ib r açã o . O t er mô me tr o d e ó le o nã o a t uar á n a hora d e vi da , por 5 es tar co m co ns tan te té rmica men or do que n ecessá ria, a n tec ipan do e m três hor as o valor máximo do c ic lo diár io. Os ajus tes p adr ões q ue de ve rão se r fe itos n a a fe r iç ão d a un id ade TR2 s ã o : ─ Par a o termôme tro do enr olamen to : En tr ada da ve n tilaç ão: 6 5ºC Alarme: 105 °C T r i p : 13 6°C ─ Par a o termôme tro do óleo : A l a r m e : 7 5°C T r i p : 90 °C O err o d eixad o a pós os n o vos a jus tes d e ver á s e s i tu ar n a f a i x a de ± 3°C em r elação ao p adr ão . Os a jus tes d e temp era tura d e ver ão ser os seguintes : Ação En tr ada Ve n tila dores A l ar me Trip d os T e mpe ra t ur a ( ºC ) Ó l eo E n ro l am e nto 65 75 90 IV. D E S E N V O L V I M E N T O 1 05 1 36 DO PROGRAMA C o m b as e n os r es u l ta dos ob t id os e m ca mp o nos trans fo rma dor es da S/E A n drad in a e m c on fr on t o c om os a lg or i t mos p rop os tos , po de-se co ncluir qu e o m od el ame nto t ér m ico a do ta do é a deq uad o e q ue o s is te ma c om pu t aci ona l que s e r i a d esen volvid o a partir des tes a lgo ritmos es tuda dos se ria con fiá vel. Dess a for ma , proce deu -se o d esen volvimen to d o so ftw are da fu nção d e c á lcu lo das te mpe r atur as do e nr o la men to , ass i m como d o tes te ap lica bilida de da me to do log ia em co nd içõ es re ais n o sis tema. V. C O N C L U S Õ E S Existem vár ias me todo lo gias , ou pro je tos , p ara me diçã o d as temper a tur as in ternas de t r a ns for mad or es , mas a pes ar d e s er em a t é b em e ficien tes , p or utiliza rem eq uipa men tos e processos s o fis tica dos , sã o g era lmente d isp end iosos torn ando s ua adoçã o in viá ve is ec ono micamen te. Por várias res triç ões , já me nciona das, so ma das à c on ju n tur a ad versa, as co ncess ioná rias têm e vita do estes tip os de so luç ões , co m g ra ves c onse qüê ncias a os e qu ipa me ntos e ao p rópr io s iste ma . En tã o e r a nec es s á r i o enco n tr ar uma a l t er na t iva viá ve l , o u p elo menos ma is a trativa . A c o nce pç ã o b ás ic a d es te pro je t o , log o de i n íc io , era p r op or u ma s o luç ã o r e la t i va me nte ec onô mica , fle xíve l e co nfiá ve l q ue d ese mpe nhass e as mes mas funçõ es d es tes p ro je tos se m u tiliz ar s ensor es , e l iminan do , a lé m dos e le vados cus tos , toda a r o tina d e a qu isiç ão , ins talaç ão , ca na is de c o mu nic aç ã o , ada p taçã o , i ns p eçã o, m an u tenç ão , c on tr o l e e s upe r visã o . A me todolog ia e o so ftw are for am e x aus t i va me n te t es t ad os e m c on fr on t o c om medições em campo c om pleno suc esso, a pon tand o p ara o fa to d e q ue es ta é r ea lme n te a s o luç ã o ( es pe r ad a) ma is a deq uad a e p le namen te viáve l técn ica e ec ono micamen te que pod e su bs tituir a u tiliz ação d os d isp en diosos proc essos que u tiliz am s ens ores . O gr an de mérito d es te pr oje to é a va n tag em ( a lé m d aqu elas ine ren tes d o p ro je to) de p ermitir o ac ompan ha me n to em te mp o r ea l, e m qua lqu er luga r , p or qu alque r p essoa au to riz ada ( qu e ten ha lo gin e se nha d o pr ogr ama) e m um microc ompu tador q ue te nha acesso à In terne t. Em o u tras pa la vr as , n ão é res tr i to às ins ta laç ões da co ncess ioná ria , po de ser acess ado em q ua lqu er l ug ar do m un do , a q ua lq uer i ns ta n te , até d as r es id ênc ias d os p ro fissionais , c omo fo i fe ito dur an te a fase d e des en vo lvimen to . VI. R E F E R Ê N C I AS B I B L I O G R Á F I C A S [ 1 ] J a r d i n i , J o s é A . , Br i tt e s , J . L . P. , “ Po w er T rans former Temper atur e Eva lua tio n for O v er loa di ng C on di t io ns” , I E EE, N o v. 2 002 . [2 ] N BR 54 16, “ Ap l icaçã o de C ar gas T rans formad ores de Po tênc ia Proc ed imen to” . Ju l. 19 97 . em – [3 ] Mc Nu tt, W.J . In ter nac ion al Seminar on T r ans f or m er L oa di ng , R io d e J a ne iro, Ele tro brás , Se t. 1 990 . [ 4 ] B r i t tes , J . L . P . , “ F unçã o d e C on tr o le de C a r r eg am en t o d e Tr ans for ma do r es de F orça por T e mper a tu ra” , STPC , N a ta lBras il, No v. 2 000 . [5 ] W i thman , L. C ., H o lcomb ,J . E..“Tr ans ien t T emper a tur e R ise o f T rans former” , AIEE T rans ac tions , Fe v. 1 96 3 . 6 [ 6 ] S i l v a , J . A . P . “ Es tu do Tér m ic o T rans formad ores” , D issertaç ão M es tr a do , E P U SP, São P au lo , 19 81 . de de [7 ] Mc Nu tt, W.J . In ter nac ion al Seminar on T r ans f or m er L oa di ng , R io d e J a ne iro, Ele tro brás , Se t. 1 990 . [8] CEI/IEC 76-1, “Power Trans formers Par t 2 – T emper a tur e R ise” . 1993 -04 . – [ 9 ] I E E E s td C 5 7 .9 1 - 1 9 9 5 I EE E “ G u i d e fo r L oad in g Minera l – Oil Imme rsed T rans former” , 199 5 . [1 0 ] IEC 3 54 “ In ter nation al Sta nda rd L oad in g Gu id e fo r Oi l I m mer s ed P ow er T rans forrne rs” , 19 91-0 9 . [1 1 ] PC 57 .11 9 “Dr a ft R eco mmen ded Prac tice for Per forrn in g temperatur e Ris e T es ts on O il Imrne rsed Po wer T rans formers at L oads Be yo nd N a me pl a te R a t in g’ , I EE E , Oc to ber 1 99 6 [12] Swift G, Molinski T. S., Lehn W. “A F un damen ta l Appr oach to T lrans former T her rna l Mo de ling - Par t I: The or y and Equivalent Circuit” , IEEE Trans . On P ow er D e live r y, v ol . 1 6 , A pr il 20 01 , p p 1 71- 175 . 7 Serviço rotineiro da ELEKTRO Captação de dados de carga do Transformador (Via Remota – S/E) Recepção dos dados da remota (via modem, microondas, telnet etc.) e armazenamento em banco de dados na rede coorporativa da Elektro Prestação de Serviço do INPE O INPE tem um diretório no seu provedor de Internet disponibilizado com o arquivo de temperatura ambiente do dia atual e posterior para que seja colhido pelo programa de captação de dados O módulo do programa de comunicação colhe os dados de carregamento de 5 em 5 min e envia para o servidor de Internet O programa de captação de dados do servidor recebe o dado de carregamento da Elektro e armazena no banco de dados. O módulo de captação de dados de temperatura ambiente colhe o arquivo de dados disponível para a ELEKTRO no servidor do INPE com as temperaturas do dia atual e previsão do dia posterior e armazena no banco de dados Abertura do Processo do TempOnLine para cálculo das temperatura do óleo e enrolamento Entrada dos dados para armazenamento: Ensaio do transformador Detalhes Construtivos Temperatura Ambiente Carregamento do Transformador Leitura dos dados construtivos, operacionais e de ensaios Cálculo do perfil de temperaturas de enrolamento e óleo Os dados obtidos e o programa TempOnLine ficam permanentemente disponíveis no servidor de Internet. Assim, podem ser acessados de qualquer lugar que tenha acesso à internet, a qualquer tempo. Com ele verifica-se a temperatura do enrolamento e óleo nas últimas 24 horas, de 5 em 5 minutos, estimar o valor de temperatura para as próximas 24 horas e pode-se acessar um histórico das últimas 4 semanas anteriores ao evento atual. Imprime, Armazena e exibe resultados na tela F i gu ra 1 - V i s ão g er al d o p ro j eto .