Aplicabilidade do Teste de caminhada de seis minutos (TC6) e de duas equações preditas em hipertensos participantes de reabilitação cardiovascular Caroline Ribeiro de Sousa, Larissa de Paula Cardoso, Marcela Couto Coelho, Thaís Toledo de Barros Ribeiro, Andréia Maria Silva, Giovane Galdino de Souza, Juliana Bassalobre Carvalho Borges. Universidade Federal de Alfenas / Escola de Enfermagem / Curso de Fisioterapia [email protected] Resumo: Introdução: O teste de caminhada de seis minutos (TC6) tem sido preconizado e utilizado na avaliação da capacidade funcional em portadores de fatores de risco cardiovascular e na avaliação de resultados do programa de reabilitação. O objetivo do presente estudo foi comparar a distância percorrida no TC6 antes e após um programa de reabilitação cardiovascular em indivíduos hipertensos, além de aplicar e comparar duas equações preditas do TC6: Enright e Sherrill (1998) e Iwama e cols. (2009) nessa população. Material e Métodos: Estudo realizado na clínica de fisioterapia da UNIFAL/MG, aprovado pelo comitê de ética. A amostra foi composta por 39 pacientes de ambos os sexos (masculino: 11 e feminino: 28) com hipertensão arterial (HAS), média de idade 57,5 ±11 anos. A avaliação, inicial e final, constou: massa corporal, altura, IMC, pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) e teste de caminhada de seis minutos (TC6). Todos os indivíduos completaram 16 sessões de reabilitação cardiovascular (RCV), duas vezes na semana, 60 minutos. Para análise da distância predita foram utilizadas duas equações de referência: Equação 1: Enright; Sherrill: Sexo masculino: DTC6m = (7,57 x estatura cm) – (5,02 x idade anos) – (1,76 x peso kg) – 309. Sexo feminino: DTC6m = (2,11 x estatura cm) – (2,29 x peso kg) – (5,78 x idade anos) + 667. Equação 2: Iwama e cols. Ambos os sexos: DTC6m = 622,461 – (1,846 x Idade anos) + (61,503 x Gênero homens = 1; mulheres = 0). Na análise estatística foi utilizado o teste de Kolmogorov Smirnov para testar a normalidade, seguido de teste t pareado, adotou-se nível de significância de 5%. Resultados e discussões: Encontrou-se 12% de pacientes hipertensos com associação de diabete e 79,4% acima do peso. Em relação ao IMC observou-se média de 30,5 ±8,25 kg/m2; valores médios da PA sistólica (PAS) 128,0 ±15,5 e diastólica (PAD) 82,0 ±13,6. A distância média percorrida no TC6 antes foi 382,4 ±116,3 m e após a RCV, distância percorrida de 514,7 ±100,6 m; sendo esse resultado significante (p<0,001). Em relação aos valores preditos do TC6, na equação 1 foi 499,7 ±77,7 m, na equação 2 foi 516,1 ±22,2 m; comparando esses valores foi observado resultado não significante (p=0,112). Houve diferença estatística na comparação do TC6 percorrido inicial com os valores preditos das duas equações (p<0,001); já na distância percorrida final o resultado foi não significante. Conclusões: A distância percorrida após a RCV foi semelhante aos valores preditos, mostrando que a RCV é um programa eficiente para produzir benefícios na capacidade funcional dessa população. Os resultados sugerem que as duas equações em estudo, Enright e Sherrill (1998) e Iwama e cols. (2009), tem aplicabilidade semelhante na população de indivíduos hipertensos brasileiros. Referências: [1] ENRIGHT, P.L.; SHERRILL, D.L.1998. Reference equations for the six-minute walk in healthy adults. Am J Respir Crit Care Med.v.158: n.5:1384–7. [2] IWAMA, A.M. et al. 2009. The six-minute walk test and body weight-walk distance product in healthy Brazilian subjects. Braz J Med Biol Res. V.42: n.11, p.1080–5. Alfenas – MG – Brasil 12, 13 e 14 de novembro de 2015