Cidade Quilomosso
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, visitou ontem as obras da primeira fase de construção da Centralidade do Quilomosso. As obras estão em
fase de conclusão e já é possível vislumbrar a sua grandeza, bem como o deleite para os futuros moradores da nova urbe que nasce a cerca de seis quilómetros
a sul da cidade do Uíge e herda o nome de um antigo bairro da província.
O Chefe de Estado foi ver de perto as obras e recebeu explicações sobre o curso do projecto e as suas características técnicas. A centralidade do Quilomosso
faz parte do Plano Nacional de Habitação no âmbito da estratégia do Executivo para eliminar o défice habitacional em Angola.
No actual estágio da obra, a centralidade do Quilomosso conta com 1010 moradias prontas a habitar. Para garantir aos moradores plenas condições de
habitabilidade estão a ser construídas várias infra-estruturas sociais, como escolas, unidades sanitárias, espaços comerciais, sistemas de captação,
abastecimento e fornecimento de água e energia eléctrica e outros.
Crispin Costa, coordenador comercial e marketing da construtora do projecto, Kora Angola, disse que para esta primeira fase foi dada prioridade à construção do
centro de saúde, dois centros infantis, uma escola primária e outra secundária. Está em curso a construção do sistema de captação e distribuição de água
potável e a Estação de Tratamento de Água (ETA), a Estação de Tratamento de Água Residuais (ETAR).
Qurenta lojas foram construídas na centralidade para a promoção da actividade comercial. Depois de concluídas as 4.500 moradias previstas para urbe, vão ser
construídas quatro centros infantis, seis escolas primárias, duas escolas secundárias, uma escola técnico-profissional, centro de saúde e um complexo
desportivo.“Está concluída a construção da parte habitável e é necessário que sejam já instaladas as infra-estruturas sociais para permitir aos futuros moradores
fazerem quase toda a sua vida aqui”, referiu
As moradias obedecem a três formatos de imóveis e têm todas 100 metros quadrados de área construída e são da tipologia T3 com duas casas de banho cada
e uma lavandaria. “A única diferença é que existem as moradias baixas ou em banda, classificadas como tipo A, os duplex onde as áreas sociais são por baixo e
os quartos no piso de cima e que são do tipo B e os apartamentos do tipo C. Cada edifício tem oito apartamentos, com excepção daqueles que têm no rés-dochão lojas comerciais e apenas os três andares de cima são os habitáveis”, disse.
Crispin Costa disse que os trabalhos de construção da Estação de Tratamento de Água (ETA), do sistema de captação e distribuição, da Estação de Tratamento
das Águas Residuais (ETAR) e do sistema de fornecimento de energia devem estar concluídos dentro de seis ou 12 meses. Adiantou que enquanto não se
constrõe a rede de transportação de energia eléctrica e a subestação eléctrica vão ser colocados grupos geradores para garantir o fornecimento de energia aos
mais de 6.000 habitantes que vão morar na nova cidade.
“Já foi identificada uma fonte onde vamos captar a água que vai abastecer os moradores da centralidade. A rede de distribuição e o sistema de controlo do
consumo dentro da urbanização já estão instalada, o mesmo acontecendo com a área da energia eléctrica”, sublinhou, notando que neste momento está em
construção a captação, centro de tratamento para o seu reencaminhamento até a centralidade.
Carros fora de casa
Na centralidade do Quilomosso os edifícios estão agrupados em quadras e, por isso, as moradias não possuem garagens. Foram criadas faixas de
estacionamento nas ruas para que os moradores parquearem os seus carros.
“A vida dos moradores de cada quadra é toda feita no centro da mesma. Foi assim concebido para que as pessoas continuem a ter aquele espírito de vizinhança
e se promova uma convivência comum entre os habitantes e a concórdia, irmandade e o afecto entre as pessoas seja maior”, disse.
Zonas verdes
Para conferir um ambiente mais natural à centralidade foram criados vários espaços com relva, flores e plantas a volta das casas, bem como largos e calçadas.
Foram plantadas várias árvores e plantas. “Não queremos desassociar a natureza dos habitantes. “Além de servirem para embelezar as casas e cidades, as
plantas ajudam também na absorção de oxigénio e melhoram o ar que as pessoas respiram”, recordou Crispin Costa.
Ruas sinalizadas
Para facilitar o acesso à centralidade foi feito um trabalho paliativo com a colocação de uma camada de asfalto provisória entre o entroncamento com a estrada
que vai a aldeia Casseche até à entrada da urbe. Crispin Costa disse que até a conclusão de todas as fases do projecto habitacional o troço que sai da rotunda
do hospital geral do Uíge até ao Quilomosso, bem como o outro que sai dos estaleiros da CRBC na estrada do Quitexe vão ser asfaltados e construídos sistemas
de drenagem das águas pluviais e passeios.
“São duas vias fundamentais para se aceder à centralidade e constam do projecto da Kora Angola para melhorar a transitabilidade tendo em conta o número de
pessoas que vão habitar na centralidade do Quilomosso”, disse.
As ruas da centralidade do Quilomosso estão todas asfaltadas. Têm cerca de quatro metros de largura e espaços reservados para o estacionamento das
viaturas. Os passeios nas bermas medem cerca de dois metros e facilitam a caminhada tranquila e solta dos pedestres.
Nas esquinas, viragens de sentido e rotundas as ruas estão todas sinalizadas verticalmente e nos próximos dias vai ser feita a sinalização horizontal no negro
tapete asfáltico.
Sinais de orientação, proibição e outros do ordenamento do trânsito foram instalados na nova cidade.
Forma de pagamento
A directora comercial e de marketing da Kora Angola, Lídia Santos, disse que a centralidade “Horizonte” do Quilomosso é constituída por moradias do tipo T3 que
contemplam três quartos, sala comum, duas casas de banhos, cozinha e lavandaria. A comercialização das casas começa logo que estejam totalmente
concluídas.
Referiu o preço para a venda dos imóveis ainda não está definido, mas a modalidade será o sistema de renda resolúvel num período de 15 ou 20 anos. “A renda
resolúvel é como um contrato de arrendamento que o proprietário, depois do pagamento mensal em 15 ou 20 anos adquiri a mesma”, adiantou Lídia Santos,
sublinhou.
“A renda resolúvel é como um contrato de arrendamento que o proprietário depois do pagamento mensal em 15 ou 20 anos adquiri a mesma e esta passa para o
seu nome. É um procedimento que visa facilitar as pessoas a concretizarem o sonho da casa própria”, explicou Lídia Samtos, da empresa Kora Angola.
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