Lato Sensu em Engenharia de Segurança do Trabalho Programação 16/08 – conceitos – legislação ambiental/Resoluções CONAMA /Cetesb 23/08 – aspectos e impactos ambientais/NBR 14001 30/08 – saneamento - tratamento/disposição de resíduos - NBR 10004 13/09 – PNRS - Produção mais limpa/ estudo de caso Figura 4 – Preservando o meio ambiente, Fonte: preservando.orgfree.com Classificação de resíduos sólidos – NBR 10004 Figura: http://www.andreetta.com.br/empresa/3 Resíduos sólidos – NBR 10004 resíduos sólidos: Resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, resíduos gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água. Classificação de resíduos sólidos – NBR 10004 Referências normativas NBR 10.004:2004 - Resíduos Sólidos –Classificação NBR 10.005:2004 - Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos. NBR 10.006:2004 - Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos. NBR 10.007:2004 – Amostragem de resíduos sólidos. Resíduos sólidos – NBR 10004 3.2 Periculosidade de um resíduo Característica apresentada por um resíduo que, em função de suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, pode apresentar: a) risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou acentuando seus índices; b) riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada. Resíduos sólidos – NBR 10004 3.3 toxicidade: Propriedade potencial que o agente tóxico possui de provocar, em maior ou menor grau, um efeito adverso em consequência de sua interação com o organismo. Resíduos sólidos – NBR 10004 3.4 agente tóxico: Qualquer substância ou mistura cuja inalação, ingestão ou absorção cutânea tenha sido cientificamente comprovada como tendo efeito adverso (tóxico, carcinogênico, mutagênico, teratogênico ou ecotoxicológico). 3.5 toxicidade aguda: Propriedade potencial que o agente tóxico possui de provocar um efeito adverso grave, ou mesmo morte, em consequência de sua interação com o organismo, após exposição a uma única dose elevada ou a repetidas doses em curto espaço de tempo. Resíduos sólidos – NBR 10004 3.6 agente teratogênico: Qualquer substância, mistura, organismo, agente físico ou estado de deficiência que, estando presente durante a vida embrionária ou fetal, produz uma alteração na estrutura ou função do individuo dela resultante. Resíduos sólidos – NBR 10004 3.7 agente mutagênico: Qualquer substância, mistura, agente físico ou biológico cuja inalação, ingestão ou absorção cutânea possa elevar as taxas espontâneas de danos ao material genético e ainda provocar ou aumentar a frequência de defeitos genéticos. Resíduos sólidos – NBR 10004 3.9 agente ecotóxico: Substâncias ou misturas que apresentem ou possam apresentar riscos para um ou vários compartimentos ambientais. Resíduos sólidos – NBR 10004 4. Processo de classificação A classificação de resíduos envolve a identificação do processo ou atividade que lhes deu origem e de seus constituintes. Avaliação de características e comparação destes constituintes com listagens de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido. Resíduos sólidos – NBR 10004 4.1 Laudo de classificação O laudo de classificação pode ser baseado exclusivamente na identificação do processo produtivo, quando do enquadramento do resíduo nas listagens dos anexos A ou B. Deve constar no laudo de classificação a indicação da origem do resíduo, descrição do processo de segregação e descrição do critério adotado na escolha de parâmetros analisados, quando for o caso, incluindo os laudos de análises laboratoriais. Os laudos devem ser elaborados por responsáveis técnicos habilitados. Resíduos sólidos – NBR 10004 4.2 Classificação de resíduos a) resíduos classe I - Perigosos; b) resíduos classe II – Não perigosos; – resíduos classe II A – Não inertes. – resíduos classe II B – Inertes. Resíduos sólidos – NBR 10004 4.2 Classificação de resíduos 4.2.1 Resíduos classe I – Perigosos Inflamabilidade Corrosividade Reatividade Toxicidade Patogenicidade 10004 Sistema de divisão de resíduos Environmental Protection Agency (EPA) Resíduos inespecíficos quanto ao processo: identificados pelo numeral precedidos pela letra F (Anexo A). Resíduos de processos específicos: são identificados por números precedidos pela letra K (Anexo B). Substâncias químicas altamente tóxicas. São identificadas por números precedidos pela letra P ( Anexo D). Substâncias químicas tóxicas. São identificadas por números precedidos pela letra U ( Anexo E). Resíduos sólidos – NBR 10004 Inflamabilidade: a) ser líquida e ter ponto de fulgor inferior a 60°C, excetuando-se as soluções aquosas com menos de 24% de álcool em volume; a) b) não ser líquida e ser capaz de, sob condições de temperatura e pressão de 25°C e 0,1 MPa, produzir fogo por fricção, absorção de umidade ou por alterações químicas espontâneas. Resíduos sólidos – NBR 10004 Corrosividade: a) ser aquosa e apresentar pH inferior ou igual a 2, ou, superior ou igual a 12,5, ou sua mistura com água, na proporção de 1:1 em peso, produzir uma solução que apresente pH inferior a 2 ou superior ou igual a 12,5; b) ser líquida ou, quando misturada em peso equivalente de água, produzir um líquido e corroer o aço a uma razão maior que 6,35 mm ao ano, a uma temperatura de 55°C. Resíduos sólidos – NBR 10004 Reatividade: a) ser normalmente instável e reagir de forma violenta e imediata, sem detonar; b) reagir violentamente com a água; c) formar misturas potencialmente explosivas com a água; d) gerar gases, vapores e fumos tóxicos em quantidades suficientes para provocar danos à saúde pública ou ao meio ambiente, quando misturados com a água; e) possuir em sua constituição os íons CN- ou S2- ... Resíduos sólidos – NBR 10004 Toxicidade: Propriedade potencial que o agente tóxico possui de provocar, em maior ou menor grau, um efeito adverso em consequência de sua interação com o organismo seja por inalação, ingestão ou absorção cutânea tendo efeito adverso. Quando o extrato obtido desta amostra, segundo a ABNT NBR 10005, contiver qualquer um dos contaminantes em concentrações superiores aos valores constantes no anexo F. Resíduos sólidos – NBR 10004 Patogenicidade Um resíduo é caracterizado como patogênico se uma amostra representativa dele, obtida segundo a ABNT NBR 10007, contiver ou se houver suspeita de conter, micro-organismos patogênicos, proteínas virais, ácido desoxiribonucléico (ADN) ou ácido ribonucléico (ARN) recombinantes, organismos geneticamente modificados... ou toxinas capazes de produzir doenças em homens, animais ou vegetais. Resíduos sólidos – NBR 10004 4.2.2 Resíduos classe II - Não perigosos Os códigos para alguns resíduos desta classe encontramse no anexo H. Resíduos sólidos – NBR 10004 Resíduos classe II A - Não inertes Aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos classe I - Perigosos ou de resíduos classe II B - Inertes, nos termos desta Norma. Os resíduos classe II A – Não inertes podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. Resíduos sólidos – NBR 10004 Resíduos classe IIB – Inertes Após ensaio de solubilidade, segundo ABNT NBR 10006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor. http://www.br.com.b/prod-quim-orientacao-tecnica-residuos Resíduos sólidos – NBR 10004 http://www.crq4.org.br/sms/files/file/residuos_de_laboratorio_final_apostila.pdf NBR 10004 - Anexos Anexo A – Resíduos perigosos de fontes não específicas – resíduos com o seu constituinte perigoso e sua característica de periculosidade (se é corrosivo, reativo, inflamável, patogênico ou tóxico). NBR 10004 - Anexos Anexo B – Resíduos perigosos de fontes específicas - Lista fontes geradoras (basicamente grandes setores industriais (alumínio, ferro e aço, fabricação de tintas etc.), resíduos associados à determinadas fontes com o seu constituinte perigoso e sua característica de periculosidade (se é corrosivo, reativo, inflamável, patogênico ou tóxico). NBR 10004 - Anexos NBR 10004 - Anexos Anexo C – produtos inorgânicos e orgânicos que conferem periculosidade aos resíduos. NBR 10004 - Anexos Anexo D –substâncias agudamente tóxicas. NBR 10004 - Anexos Anexo E – substâncias tóxicas. NBR 10004 - Anexos Anexo F – Lista a concentração máxima de produtos inorgânicos e orgânicos eventualmente presentes no extrato do lixiviado. NBR 10004 - Anexos Anexo G – Lista o limite máximo de produtos inorgânicos e orgânicos eventualmente presentes no extrato do solubilizado. NBR 10004 - Anexos Anexo H – Resíduos não perigosos. Resíduos sólidos – NBR 10004 fonte: ABETRE Quadro-resumo http://www.br.com.b/prod-quim-orientacao-tecnica-residuos Destinação e disposição de resíduos perigosos •1. Procurar Agência Ambiental da CETESB mais próxima. Retirar formulário e guia para recolhimento de taxa. Para cada destinação deverá ser elaborado um CADRI. •2. Caracterizar resíduos segundo Normas ABNT (10.004 a 10.010). Esta caracterização poderá ser feita nos laboratórios da própria unidade, neste caso um relatório de análise, incluindo metodologia e resultados, deverá ser elaborado para ser anexado ao CADRI. •3. Transporte dos resíduos: deverá ser feita por uma empresa especializada em transporte de cargas perigosas. •4. Destinação final: a empresa que ficará encarregada da destinação final deverá estar cadastrada na CETESB. CADRI - Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental Documento que aprova o encaminhamento de resíduos de interesse ambiental a locais de reprocessamento, armazenamento, tratamento ou disposição final, licenciados ou autorizados pela CETESB. O CADRI é obrigatório para todos os tipos de resíduos de interesse. Exemplos de resíduos de Interesse Ambiental Resíduos industriais perigosos (classe I, segundo a Norma NBR 10004, da ABNT); Lodo de sistema de tratamento de efluentes líquidos industriais; EPI contaminado e embalagens contendo PCB (bifenilas policloradas); Resíduos de Portos e Aeroportos, exceto os resíduos com características de resíduos domiciliares e os controlados pelo “Departamento da Polícia Federal“; Resíduos de Serviços de Saúde. NBR 10004/2004 e Conama 313/2002 Fonte: MCE Cetesb NBR 10004/2004 e Conama 313/2002 Fonte: MCE Cetesb CADRI - Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental CADRI Atividade Caracterização resíduos sólidos Foto: www.biologia12.wordpress.com Classificação de resíduos Sua equipe deve avaliar o grau de periculosidade das matérias-primas utilizadas na fabricação, avaliar as não conformidades encontradas e propor meios de classificação para posterior destinação dos resíduos. Saneamento Figura: www.arionaurocartuns.com.br Tratamento de esgotos domésticos por lodos ativados O processo de lodos ativados consiste em se provocar o desenvolvimento de uma cultura microbiológica na forma de flocos (lodos ativados) em um tanque de aeração, que é alimentada pelo efluente a ser tratado. Tratamento de esgotos domésticos por lodos ativados Tratamento de esgotos domésticos O tratamento de esgoto compreende as seguintes etapas de remoção: Tratamento preliminar Tratamento primário Tratamento secundário Tratamento terciário Tratamento de esgotos domésticos por lodos ativados Figura: www.sabesp.sp.gov.br Tratamento preliminar Gradeamento Foto: arquivo pessoal Tratamento preliminar Gradeamento Foto: www.flirck.com.br Tratamento preliminar Caixa de areia Foto: arquivo pessoal Tratamento preliminar Foto: www.josianeguss.blogspot.br Tratamento primário Figura:www.sabesp.com.br Tratamento primário Decantadores primários Remoção de sólidos suspensos sedimentáveis. Em estações de grande porte, os decantadores também removem gordura. Tratamento primário Foto: www.josianeguss.blogspot.com Tratamento primário Foto: www.sabesp.com.br Tratamento secundário Figura:www.sabesp.com.br Tanque de Aeração Promove o desenvolvimento de uma colônia microbiológica, a qual consumirá a matéria orgânica do efluente. Proporciona oxigênio aos microrganismos, evita deposição dos flocos bacterianos e os mistura ao efluente. O oxigênio necessário ao crescimento biológico é introduzido no tanque por meio de um sistema de aeração mecânica. Tanque de Aeração Foto: www.agetec.com.br Tanque de Aeração Foto: portuguese.alibaba.com Tanque de Aeração Foto: www.manutençãoesuprimenos.com.br Tratamento secundário – lodos ativados O processo de lodos ativados consiste em se provocar o desenvolvimento de uma cultura microbiológica na forma de flocos (lodos ativados) em um tanque de aeração, que é alimentada pelo efluente a ser tratado. Lodo: floco produzido num esgoto pelo crescimento de bactérias com consumo de oxigênio dissolvido. É um processo biológico. Decantador secundário O lodo é enviado continuamente ao decantador secundário, onde é recirculado ao tanque de aeração a fim de manter a concentração de micro-organismos dentro de uma certa proporção em relação à carga orgânica afluente. As bactérias se agregam formando flocos biológicos. Funções do Lodo Misturar-se ao esgoto afluente, a fim de manter concentração elevada de flocos, Estabilizar matéria orgânica, Acelerar o processo de estabilização. Idade do lodo: representa o tempo médio que uma partícula de lodo permanece no sistema ( 4 a 10 dias). Funções do Lodo IVL – Índice volumétrico do lodo: volume (mL) ocupado por 1g de lodo após sedimentação por 30 minutos. Valores entre 40 e 50 – lodo de qualidade. Valores acima de 200: qualidade inferior em sedimentabilidade: necessita aumento da vazão de recirculação do lodo. Aspecto do lodo www.engenhariaambiental.unir.br Decantador secundário Foto: www.fecunicamp.com.br Decantador secundário www.engenhariaambiental.unir.br Fase sólida Figura:www.sabesp.com.br Tratamento do Lodo – Adensadores de gravidade Foto: www.fecunicamp.com.br Tratamento do Lodo – flotadores Foto: www.proffmbacelar.blogspot.com Tratamento do Lodo – Digestão Foto: www.tecpar.br Características dos digestores Reter e encaminhar o gás produzido, Permitir remoção de material sobrenadante ao tratamento, Permitir recirculação do gás e lodo para acelerar o processo, Destruir ou reduzir microrganismos patogênicos, Estabilizar matéria orgânica presente no lodo fresco, Reduzir o volume do lodo. Digestão demora em torno de 20 dias. Tratamento do Lodo – torta Foto: www.bombasbeto.com.br Tratamento secundário Reator anaeróbico de fluxo ascendente A biomassa cresce dispersa no meio A biomassa se aglutina formando grânulos Fluxo de líquido ascendente Formação de gases (CH4 e CO2) http://reatoruasbsistemadebaixocusto.blogspot.com.br/ Tratamento terciário Lagoa de maturação Cloração Raios ultra violeta Ozonização Troca iônica Figura:www.meioambiente.monteaprazivel.sp.gov.br Tratamento terciário Estimativa da eficiência de remoção esperada nos diversos níveis de tratamento incorporados numa ETE. Fonte: (CETESB, 1988 - http://www.fec.unicamp.br/~vanys/sisttrat.htm) Estudo de caso Parte 2 Foto: www.biologia12.wordpress.com Estudo de caso Sua equipe faz parte da equipe de SGI da empresa causadora do acidente, e foi indicada para realizar, com base nos resultados das análises realizadas (laudos laboratoriais abaixo), as ações seguintes ações: Interpretar os resultados das análises laboratoriais (laudos laboratoriais) com base na legislação pertinente. Definir o escopo de um Programa de Educação Ambiental a ser usado como termo de referência para a contratação de uma empresa de consultoria que executara programa (como a comunidade deverá agir perante o acidente). A apresentação deverá ser em forma de relatório e deverá ser entregue eletronicamente. Bom Trabalho.