REQUISIÇÃO DA AUTORIDADE JUDICIÁRIA PARA A INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL Ilmo. Sr. Delegado de Polícia Venho por meio desta requisitar a V. Sa. a instauração de inquérito policial para apuração da prática do delito de falso testemunho por parte de X. Segundo consta dos autos do Processo-Crime n. ______, que a Justiça Pública move em face de Y, X afirmou em seu depoimento na Delegacia de Polícia: "Conheço y lá do bairro; no dia dos fatos ele estava levando dez trouxas de maconha para distribuir quando foi preso". Posteriormente, depondo como testemunha compromissada perante este Juízo, negou a verdade, declarando: "Não conheço o réu; não vi quando ele foi preso no dia dos fatos". Destarte, a fim de melhor apurar a prática do delito do art. 342, § 1º, do Código Penal, remeto em anexo cópia das principais peças do processo supra-referido. Local e data. Juiz de Direito REQUISIÇÃO DO MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA A INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL Ilmo. Sr. Delegado de Polícia Venho por meio desta requisitar a V. Sa. a instauração de inquérito policial para apuração da prática do delito de uso de documento falso por parte de X, RG n. _____. No dia ___/____/____, por volta das _____ horas, X, após ser preso em flagrante delito por furto, identificou-se à autoridade policial como sendo Y, fazendo uso de documento de identidade falso, o qual apontava que seu RG era n. _________. A fim de melhor apurar a prática do delito do art. 304 do Código Penal, remeto em anexo cópia das principais peças do inquérito suprareferido. Local e data. Promotor de Justiça Observação: Havendo requisição, não é necessário que a autoridade policial baixe uma portaria. A autoridade policial não pode indeferir a requisição, salvo quando a ordem for manifestamente ilegal. REQUERIMENTO DO OFENDIDO PARA A INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL Ilmo. Sr. Delegado de Polícia X, casada, comerciante, portadora do documento de identidade RG n. _______, residente e domiciliada na Rua _________ n. ___, nesta cidade, vem, respeitosamente, perante V. Sa., com fulcro no art. 5º, II, do Código de Processo Penal, requerer a instauração de inquérito policial para apuração do crime de estelionato por Y, brasileiro, maior, solteiro, comerciante, portador do documento de identidade RG n. _____, residente e domiciliado na Avenida ________ n. ____, nesta cidade, pelos fatos a seguir expostos: 1. A requerente é proprietária de um posto de gasolina, situado na Rua _________ n. ___, nesta cidade, e no dia __/___/___ vendeu para Y R$ 40,00 (quarenta reais) em gasolina, que foram pagos com o cheque do Banco ______, conta corrente ________, agência ______, número ______, de titularidade do requerido; 2. No dia ___, a requerente depositou o cheque, o qual foi devolvido dois dias depois por falta de fundos; 3. Após este fato, a requerente tentou, por inúmeras vezes, entrar em contato com o requerido, a fim de receber amigavelmente a quantia a que tem direito, restando todas infrutíferas; 4. Isto posto, tendo em vista a ocorrência do delito do art. 171, § 2º, VI, do Código Penal, requer a instauração de inquérito policial; 5. Para melhor instrução, encaminha em anexo o cheque devolvido e indica como testemunhas A e B, frentistas do posto de gasolina que atenderam o requerido. Termos em que, Pede deferimento. Local e data. AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE DELEGACIA DE POLÍCIA DE PRESIDENTE PRUDENTE AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE Em __/__/__, nesta cidade, deste Estado, às __ horas, onde se achava o senhor X, Delegado respectivo, comigo, escrivão de seu cargo ao final assinado, aí compareceu o condutor, Y, filho de A e B, brasileiro, casado, portador do documento de identidade RG n. _______, soldado da Polícia Militar, residente e domiciliado nesta cidade, na Rua _______ n. __, sabendo ler e escrever. Aos costumes disse nada. Compromissado na forma da lei e inquirido pela autoridade policial respondeu: "hoje, por volta das ____ horas, estava em patrulhamento de rotina, na companhia do soldado Z, quando, ao passarmos pela Avenida _____, na altura do n._____, deparamo-nos com um indivíduo que, ao perceber a aproximação da viatura, passou a empreender fuga. Após uma breve perseguição, conseguimos deter o indivíduo, o qual, posteriormente, vim a saber tratar-se da pessoa de C. Efetuando busca pessoal, logramos encontrar em seu poder um revólver calibre 38, marca Taurus, numeração pinada, municiado com dois cartuchos íntegros. Nesse instante, o conduzido confessou que a arma lhe pertencia e que não tinha porte nem autorização para conduzi-la, sendo então lhe dada voz de prisão em flagrante delito e, posteriormente, conduzido a este Distrito Policial". Nada mais disse. Em seguida, presente a segunda testemunha, M, filho de N e O, brasileiro, solteiro, portador do documento de identidade RG n. ____, soldado da Polícia Militar, residente e domiciliado nesta cidade, na Rua ____ n.__, sabendo ler e escrever. Aos costumes disse nada. Após prestar o compromisso de dizer a verdade do que soubesse e lhe fosse perguntado, respondeu: "no dia de hoje, por volta das __ horas, juntamente com o soldado Y, encontrava-me em patrulhamento de rotina pelo centro da cidade. Ao passarmos pela Avenida das Nações Unidas, próximo ao n._____, encontramos um sujeito em atitude suspeita, o qual, ao perceber a aproximação de nossa viatura, passou a empreender fuga. Ato contínuo, seguimos no encalço do indivíduo, o qual vim a saber, posteriormente, tratar-se de C, conseguindo detê-lo logo em seguida. Ao efetuarmos busca pessoal no indivíduo, logramos encontrar um revólver calibre 38, marca Taurus, numeração pinada, municiado com dois cartuchos íntegros. Questionado sobre a arma, o indivíduo confessou que era sua e que não tinha licença para portá-la. Neste instante foi-lhe dada voz de prisão em flagrante e conduzido a este Distrito Policial". Nada mais disse. Em seguida, presente a terceira testemunha, G, filha de H e I, brasileira, solteira, portadora do documento de identidade RG n. ___, balconista, residente e domiciliada nesta cidade, na Rua ___ n. __, sabendo ler e escrever. Aos costumes disse nada. Após prestar o compromisso de dizer a verdade do que soubesse e lhe fosse perguntado, respondeu: "não conheço o indivíduo que foi detido, o qual vim a saber tratar-se de C. Trabalho numa óptica situada próxima ao local dos fatos. No dia de hoje, por volta das __ horas, pude presenciar que o indivíduo aqui detido, ao perceber a aproximação do carro da Polícia Militar, começou a correr, como se estivesse fugindo. Os policiais saíram correndo atrás dele, conseguindo detê-lo a poucos metros da loja em que trabalho. Ao lhe revistarem, encontraram uma arma em seu poder, a qual ele confessou que lhe pertencia e que não tinha licença para portá-la. Não sei dizer qual a marca ou calibre da arma, nem se se encontrava ela carregada ou não". Nada mais disse. Passando em seguida a autoridade policial a interrogar o conduzido, o qual respondeu: "me chamo C, tenho __anos, sou filho de ___, meu pai é desconhecido, sou brasileiro, solteiro, portador do documento de identidade RG n. _____. Trabalho como ajudante geral e moro nesta cidade, na Rua ____ n. __, sabendo ler e escrever. Não tenho advogado e não desejo ser assistido neste ato por qualquer advogado. Dispenso a comunicação da minha prisão a qualquer membro de minha família ou outra pessoa. Cientificado dos meus direitos, desejo fazer uso do direito constitucional de permanecer calado e só me pronunciar em juízo". Nada mais. Após a lavratura deste auto, determinou a autoridade as seguintes diligências: 1) expedição da nota de culpa do conduzido, com a observância do art. 306 e seu parágrafo único do CPP; 2) lavratura do auto de exibição e apreensão da arma; 3) solicitação de exame pericial na arma apreendida, a fim que seja elaborado o laudo de sua eficácia; 4) que se oficiasse ao MM. Juiz de Direito, comunicando-lhe a prisão e anexando-se cópia do presente auto; 5) fosse o conduzido devidamente identificado e pregressado (art. 6º, VIII e IX, do CPP). Nada mais. Lido e achado conforme, vai devidamente assinado pela autoridade, pelo condutor, pelas testemunhas, pelo conduzido e por mim, escrivão, que o datilografei e assino. Autoridade Policial Condutor Primeira Testemunha Segunda Testemunha Terceira testemunha Conduzido Escrivão REPRESENTAÇÃO ORAL REDUZIDA A TERMOS DELEGACIA DE POLÍCIA Em ___/___/___, nesta cidade, na sede da ____ Delegacia de Polícia, onde se achava o Dr. _______, Delegado respectivo, comigo escrivão, de seu cargo, ao final assinado, compareceu X, filha de A e B, brasileira, solteira, maior de 18 anos, bancária, natural de ____, portadora do RG n. ________e do CPF n. __________, residente e domiciliada na _________, n. ___, nesta cidade, e declarou que, nos termos do art. 39 do Código de Processo Penal, deseja representar contra Y, brasileiro, casado, desempregado, residente e domiciliado nesta cidade, na Avenida _______ n. ____, uma vez que, no dia ___/___/__, por volta das ____horas e __ minutos, o representado, seu vizinho, invadiu sua casa e, ameaçando-a com uma faca de cozinha, obrigou-a a com ele praticar felação. Declara não poder prover às despesas do processo, requerendo a esta autoridade que lhe seja fornecido atestado de pobreza. Solicita, outrossim, seja instaurado inquérito policial para apuração do fato, a fim de que possa, oportunamente, o DD. membro do Ministério Público promover a ação penal, nos termos dos arts. 214 e 225, §§ 1º, I, e 2º, ambos do Código Penal. Nada mais. Lido e achado conforme, vai devidamente assinado. Eu, __________, escrivão que o datilografei e assino. PROCURAÇÃO COM PODERES ESPECIAIS PARA OFERECER REPRESENTAÇÃO PROCURAÇÃO Por este instrumento particular de mandato, por mim datilografado e assinado, eu, ______, brasileiro, solteiro, comerciante, natural de _____, portador do RG n. ____, CPF n. ____, residente e domiciliado na Avenida _____ n. ___, nesta cidade, constituo e nomeio meu bastante procurador ______, brasileiro, portador do RG n. _____, CPF n. ______ e OAB/SP n. _____, residente nesta cidade, com escritório na Rua ____ n. __, para o fim especial de oferecer representação perante a autoridade competente contra X, filho de A e B, brasileiro, casado, comerciante, residente e domiciliado na Rua _____ n. ____, nesta cidade, visando à instauração de inquérito policial e posterior propositura de ação penal pelo DD. Membro do Ministério Público, a fim de que seja processado pelo crime de furto qualificado (art. 155, § 4º, II, do Código Penal), uma vez que, entre os dias ____, em horário indeterminado, ele subtraiu R$ 600,00 (seiscentos reais) que ficavam guardados na última gaveta do armário do quarto de seu irmão. A fim de instruir o inquérito e posterior ação penal, poderá o outorgado, ora constituído, praticar os atos necessários à persecução penal, arrolando testemunhas, requerendo diligências e tudo o mais quanto for necessário ao fiel desempenho do presente mandato, inclusive substabelecer a quem convier, com ou sem reserva de iguais poderes, o que tudo dará por firme e valioso. Local e data. Nome RELATÓRIO IPOL N. __________ - Furto Indiciada: __________ Vítima: __________ MM. Juiz: Instaurou-se o presente inquérito policial para apuração do delito de furto praticado por ________________(qualificada a fls. 05) contra ___________, no dia ___/___/___, por volta das ___ horas e __ minutos, na Rua _____ n. ___, Bairro______, nesta cidade. A indiciada foi presa em flagrante, no dia, horário e local acima mencionados, subtraindo um videocassete, marca JVC-45 (apreendido a fls. 04 e avaliado em R$ _______), da residência de X. O vizinho da vítima, percebendo a ocorrência do furto, acionou a Polícia Militar, a qual logrou deter a indiciada quando esta já se encontrava na posse mansa e pacífica do referido objeto. O soldado da PM Y foi ouvido a fls. 02 e declarou que a indiciada foi presa em flagrante delito quando já havia deixado a residência da vítima, ainda em posse do bem furtado. A mesma versão foi apresentada pelo soldado da PM Z a fls. 03. O vizinho da vítima, A, declarou a fls. 03 que percebeu que uma mulher desconhecida havia entrado na casa de X forçando uma das janelas, ocasião em que acionou a Polícia Militar. A vítima X foi ouvida a fls. 08 e declarou que no dia dos fatos não se encontrava em casa. Declarou ainda que a janela de sua casa encontravase arrombada e que reconhecia o videocassete apreendido como sendo de sua propriedade. Nada mais havendo a relatar, remeto os autos a V. Exa., a fim de que oportunamente possa se manifestar o DD. Membro do Ministério Público. Local e data. Delegado de Polícia ARQUIVAMENTO PROCESSO N. ________ Vara Criminal da Comarca de _______ ARQUIVAMENTO MM. Juiz: O presente inquérito policial foi instaurado para apuração da prática de homicídio culposo figurando como indiciado____________, qualificado a fls. 56, e como vítima ___________. Segundo foi apurado, no dia ___/___/___, na parte da manhã, a vítima foi levada ao Pronto Socorro do Hospital Antonio Giglio, porque estava passando mal. Após esperar por cerca de 40 minutos, a vítima foi atendida pelo médico X, o qual, após examiná-la, concluiu que estava com dor abdominal e obstipação intestinal crônica, receitando a medicação necessária e dando alta para o paciente. No dia __/__/___, por volta das __ horas e ___ minutos, a vítima veio a falecer, constando como causas do óbito infarto do miocárdio, edema pulmonar e gastrite hemorrágica (fls. 10). Os filhos da vítima, que a levaram até o hospital, sustentam que o médico nem sequer examinou o paciente, limitando-se a dizer que este estava com gases, prescrevendo medicação e liberando-o em seguida. Declararam ainda que o médico foi informado de que o paciente estava com dor no peito e falta de ar (fls. 32/34). O médico indiciado, por seu turno, declarou que tais sintomas não haviam sido comunicados pelos familiares, além do que, durante o exame, o paciente não apresentava falta de ar, não tinha febre, estava estável do ponto de vista hemodinâmico, não estava roxo e estava hidratado (fls. 56/57). Aduziu que, se a família tivesse comunicado os sintomas de falta de ar ou dor no peito, ou se estes tivessem sido diagnosticados, seria um profissional de outra especialidade que teria atendido a vítima. Por fim, estranhou a versão dos familiares de que a vítima estava em estado de saúde tão grave e, mesmo assim, não procuraram outro atendimento médico. O parecer do IML reconheceu que o paciente tinha moléstias infecciosas que levaram ao diagnóstico feito pelo indiciado. O infarto do miocárdio, principal causa mortis, verificou-se subseqüentemente à consulta (após 12 a 20 horas), manifestando-se de forma fulminante (fls. 77/78). A análise dos elementos constantes dos autos permitem concluir que o indiciado diagnosticou corretamente o mal do paciente, medicando-lhe adequadamente. O parecer do IML declarou que não houve displicência ou outro vício de atenção médica no presente caso (fls. 77/78). Ademais, o tempo decorrido entre a consulta e o falecimento (entre 12 e 20 horas) e a característica de fulminante do infarto que a vítima sofreu, indicam que, quando da consulta, a vítima não estava apresentando manifestações de infarto. Como ressaltado no parecer do IML, as apresentações clínicas desta doença são pluriformes e por vezes atípicas - o que, em tese, poderia sugerir que as dores abdominais da vítima já seriam um sinal do infarto. Todavia, a vítima apresentava um quadro com diversas moléstias abdominais, de modo que seria impossível isolar aquela manifestação (dor abdominal) como sinal indicativo de um início de infarto, sem que se apresentassem os demais sinais característicos da patologia. À vista do exposto, ausente qualquer indício de negligência ou imperícia no comportamento do indiciado, requeiro o ARQUIVAMENTO destes autos. Local e data. Promotor de Justiça