ANÁLISE COMPARATIVA DAS RESPOSTAS VESTIBULARES EM PACIENTES
SUBMETIDOS À EXAME VESTIBULAR COM E SEM USO DE MEDICAÇÃO
Autores: GARCIA DMJ; FRIEDMANN PSB; MOR R,
Instituição: Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica (CEFAC)
INTRODUÇÃO: os distúrbios do equilíbrio (tonturas não rotatórias e as vertigens)
são sintomas comuns em vestibulopatias periféricas ou centrais. A avaliação
otoneurológica permite caracterizar o envolvimento das funções auditivas e
vestibulares e suas relações com o Sistema Nervoso Central. Uma das formas
utilizadas para o tratamento das disfunções vestibulares é por meio do uso de
medicamentos anti-vertiginosos, os quais podem alterar o resultado das provas
oculomotoras e vestibulares que compõem a avaliação otoneurológica quando
realizadas sem haver a suspensão das mesmas. OBJETIVO: o objetivo do
presente estudo é identificar as possíveis alterações no exame vestibular em
pacientes que fazem uso de medicamentos para sintomas vestibulares e comparálos ao exame sem uso da medicação. MÉTODOS: foram avaliados 29 indivíduos,
20 do sexo feminino e 9 do sexo masculino, com faixa etária entre 20 e 77 anos,
usuários de medicação anti-vertiginosa sob orientação médica por no mínimo há
30 dias. Os indivíduos realizaram avaliação otoneurológica prévia por meio da
Vectoeletronistagmografia Computadorizada (VECWIN-NEUROGRAFF) sem uso
de medicação, tendo como resultado Síndrome Vestibular Periférica Irritativa ou
Deficitária. Durante o uso da medicação realizaram nova avaliação.
RESULTADOS: formando um grupo único (homens e mulheres) observou-se que
50% dos indivíduos com Síndrome Vestibular Periférica Deficitária tiveram seus
exames normalizados na segunda avaliação. Outro achado foi o aumento da
resposta nistágmica na segunda avaliação em comparação à primeira nas
situações de ar frio na orelha direita e ar quente na orelha esquerda e também
aumento de resposta nistágmica quando estimulado com ar quente independente
da lateralidade. CONCLUSÃO: a partir dos resultados encontrados, conclui-se
que a medicação interfere nos resultados dos exames e também no aumento da
resposta vestibular.
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