SÍNDROME DE BANDAS DE CONSTRIÇÃO CONGÊNITAS Ricardo Kaempf de Oliveira1, Carlos Irisarri2 CONCEITO A Síndrome de Bandas de Constrição Con- sexo, sendo na maioria dos casos bilateral.(1, 3, 4) gênita (SBCC) é uma patologia rara em que se Em sessenta por cento dos casos de SBCC há observam anéis circulares que causam a constri- algum tipo de anormalidade durante a gestação. ção de um membro ou segmento durante a vida São fatores de risco prematuridade (abaixo de intrauterina. Podem ocorrer nos membros su- 37 semanas), baixo peso ao nascer (menos de periores, inferiores e ocasionalmente na cabeça 2500 gramas), tentativa de aborto e exposição e tronco. Em oitenta por cento dos pacientes materna a drogas, traumas e doenças.(1, 5) afeta os membros superiores e inferiores.(1, 2) A SBCC apresenta vários sinônimos De etiologia controversa, possui diferentes for- na literatura, entre eles Anéis de Constrição mas de apresentação. A incidência é variável na li- Congênitos, Bandas de Constrição Anelar, teratura, ocorrendo esporadicamente entre 1:1200 Síndrome de Streeter, Síndrome de Bandas e 1:15000 nascidos vivos, ou em 3% das mal for- Constrição, Síndrome de Bandas Amnióticas. mações das mãos. Não há predominância quanto a A grande quantidade de termos usados para 1 Coordenador do Grupo de Cirurgia da Mão Hospital Mãe de Deus; Ortopedista do Grupo de Cirurgia de Mão da Santa Casa; Porto Alegre, RS, Brasil. 2 Hospital Nossa Senhora de Fátima; Vigo, Espanha 1 definir essa patologia mostra a dificuldade de inerente ao desenvolvimento durante a em- identificar com clareza a sua etiologia.(2, 3, 6) briogênese. Nessa teoria, as bandas se formam Em 30% dos pacientes há presença de ou- a partir de um defeito endógeno na formação tras mal formações esqueléticas, podendo ou do tecido subcutâneo, causando hipoplasia não estar relacionadas à compressão por ban- mesenquimal focal. O suposto mecanismo foi das amnióticas. A alteração associada mais proposto baseado na similaridade histológica frequente é o pé torto congênito, seguido do das pregas da SBCC com as pregas normais de lábio leporino, luxação congênita do quadril e flexão dos membros. Em 1961 Patterson defi- escoliose por hemi-vértebra.Quando atingem niu a SBCC como uma falha primária no de- as mãos, as deformidades são acompanhadas senvolvimento do tecido subcutâneo durante o por outras alterações sistêmicas ou musculoes- período da morfogênese.(7, 8) queléticas em 70%.(3) Outros autores concordam com a teoria de Streeter, inclusive propondo outros insultos te- ETIOLOGIA ratogênicos, como infecção viral e alteração vascular. Poucos autores têm apoiado uma teoria Não há consenso na literatura quanto a origem da SBCC. Se acredita que não haja transmissão genética, porém a literatura cita poucos casos com antecedência familiar de bandas de constrição. Existem duas correntes que tentam explicar a formação das deformidades, a teoria intrínseca e teoria extrínseca. A teoria intrínseca, proposta por Streeter em 1930, sugere que a SBCC é um defeito traumática para a ruptura das membranas amnióticas, porém raramente se observa um trauma específico nos pacientes com essa síndrome e tal teoria não é comprovada ou aceita.(1, 2) A teoria mais aceita no momento foi apresentada por Torpin em 1965. Chamada de teoria extrínseca, ela propõe que a ruptura prematura da membrana amniótica formaria bandas de contrição, comprimindo e impedindo o desenvolvimento do membro.(9) 2 A teoria extrínseca é suportada por Kino amnióticas. Rupturas precoces causariam lesões que, através de estudos experimentais em ani- graves, como anencefalias, encefaloceles e extru- mais, conseguiu induzir a formação de acros- sões viscerais. Também causariam deformidades sindactilias após a ruptura da membrana am- graves nos membros como amputações. Não é niótica.(10) frequente se ver lesões em fases inicias, já que a A ocorrência de deformidades assimétricas, com maior predileção para os dedos longos e menor incidência no polegar, também ajuda a suportar a teoria extrínseca. maioria dos fetos atingidos nessa fase não são compatíveis com a vida. Já as rupturas mais tardias causam as lesões e deformidades características nos membros. A Um estudo da placenta de crianças com compressão externa causa necrose tecidual, san- síndrome de bandas de contrição evidenciou gramento e posterior cicatrização, o que expli- a presença de tecido mesoblástico, que é rela- caria a presença de sindactilias e algumas ausên- cionada a ruptura das membranas amnióticas. cias ósseas. As ulcerações do tecido epitelial com Com isso o feto ocuparia a cavidade corióide posterior cicatrização explicariam a presença de e esse processo poderia causar a presença de acrossindactilia. Ela se caracteriza por sindacti- bandas fibrosas dos restos dos âmnios e có- lias com fenestrações proximais e são bastante rions, que se enredam ao redor dos membros. comum nessa síndrome. Não se produzem por Assim a compressão externa causada pela lesão uma falha na formação e sim por uma fusão de circular dos restos das membranas amnióticas dedos já diferenciados, que as vezes conservam causaria isquemia com constrições, sulcos e até perfeitamente a comissura interdigital.(1, 2) amputações nos membros. De acordo com a teoria extrínseca, a SBCC De acordo com a teoria extrínseca, as dife- não se trata de uma verdadeira mal formação já rentes apresentações da síndrome de bandas que uma causa externa gera uma falha de for- de constrição ocorrem devido ao período da mação. Porém, como as características das lesões gestação em que há a ruptura das membranas resultantes são muito semelhantes as alterações 3 congênitas, definiu-se incluí-la na classificação mais expostos e mais afetados. O dedo médio das alterações congênitas das mãos.(11) é o mais atingido, sendo lesado em quase 90% dos casos, seguido pelo dedo pelo anular e indi- APRESENTAÇÃO CLÍNICA A grande maioria dos pacientes são diagnosticados ao nascimento, embora esteja bem descrito o diagnóstico pré-natal através de ultrassonografia entre o segundo e o terceiro trimestre de gestação. cador (25%) e depois o dedo mínimo (13%). Aproximadamente 50% dos pacientes que tem acometimento das mãos, também apresentam bandas de constrição nos pés. A apresentação clínica também depende da profundidade e a circunferência dos anéis de constrição. A extensão dos anéis variam des- A apresentação clínica varia de acordo com de simples zonas incompletas de compressões a topografia da lesão. Nos membros as altera- na pele, que não causam qualquer alteração ções podem variar de simples anéis de contri- funcional distal, até anéis profundos de cons- ção com ou sem edema distal, até a amputações trições que circulam toda a circunferência do intra-uterinas. Na cabeça são descritos casos membro ou segmento, atingindo todas as ca- de anencefalia, hidrocefalia e microcefalia. No madas de tecidos, causando sofrimento vascu- tronco pode estar associada a gastroquise, tora- lar e até amputação intrauterina. coesquise e coração extracorpóreo. A profundidade das bandas é variável num A mão é acometida em 60% dos pacientes, mesmo paciente, inclusive nos casos bilaterais, sendo o envolvimento bilateral e assimétrico. O ou até mesmo numa mesma mão ou mesma polegar raramente é afetado (7% dos casos), por banda, sendo usualmente mais profunda na ser mais curto e também por estar numa posi- região dorsal. ção mais protegida na palma da mão, o que dificultaria ser enrolado pelas bandas amnióticas. Por esse mesmo motivo os dedos centrais são os Geralmente interferem no retorno venoso e linfático causando aumento de volume distal, com edema e, algumas vezes, cianose. 4 A SBCC apresenta deformidades e anomalias associadas. A alteração mais frequente é a sindactilia. Também pode ser observada acrossindactilia, hipoplasia de falanges, braquidactilia, sinfalangia, simbraquidactilia e capmtodactilia. Outras anomalias musculoesqueléticas também podem estar presentes, como o pé torto congênito, que aparece em 25% dos casos. Bandas profundas distais nos dedos causam deformidades nas unhas, podendo inclusive estarem ausentes. Já bandas profundas proximais ao punho estão associadas a lesão nervosa.(12) O diagnóstico da SBCC é clínico. As radiografias são úteis só nos casos de amputação, uma vez que nas sindactilias não há fusão óssea. Diferente das amputações congênitas por falha de formação (agenesias) em que o esqueleto proximal pode ser afetado, nas SBCC o esqueleto proximal é sempre normal. Nas agenesias geralmente se observam amputações nas articulações (desarticulações), já na SBCC as ampu- Fig.1 - Apresentação grave da Síndrome de Banda de Constrição Congênita atingindo todos dedos da mão, com associação com acrossindactilia, hipoplasia de falanges e simbraquidactilia (A). Radiografia evidenciando sindactilia complicada (associada a síndrome) com fusões ósseas e amputações (tipo 4 de Patterson)(B). tações ocorrem na porção óssea, permanecendo uma porção óssea proximal que termina em forma de ponta. 5 CLASSIFICAÇÃO TRATAMENTO A classificação mais utilizada foi proposta O tratamento da SBCC nem sempre é ci- por Patterson em 1961. Nela a SBCC é dividi- rúrgico, somente nos casos sintomáticos e em da em quatro tipos conforme a gravidade: que há alteração vascular distal a constrição é que se indica a reconstrução. 1.Anel de constrição simples, em um ou mais O tratamento cirúrgico deve ser planejado e segmentos, sem causar deformidade ou linfe- diferentes técnicas são utilizadas para as possí- dema distal; veis combinações de lesões. 2.Anel de constrição que causa deformidade As lesões raramente se apresenta isolados, distal, com ou sem linfedema; sendo geralmente a associação de diferentes ti- 3.Anel de constrição com fusão de partes dis- pos e gravidades de lesões. Nas deformidade tal, podendo ser sindactilia ou acrosindactilia; complexas não existe um regra no tratamento, 4.Amputações intrauterinas. devendo cada caso ser tratado de maneira individualizada. Devido à presença de vários locais de constrição no mesmo paciente, a classificação de Patterson é utilizada por região ou segmento, portanto um mesmo paciente apresenta diferentes classificações dependendo da localização. Outra particularidade é que a classificação não é estática podendo progredir conforme a gravidade da isquemia. O tratamento só é urgente quando os anéis de constrição causam alterações circulatórias graves. Quando a porção distal apresentar cianose ou edema graves, as lesões podem evoluir de maneira rápida para ulceração, infecção e até amputação. Tais pacientes necessitam de tratamento urgente utilizando os mesmos princípios dos pacientes eletivos. É importante o cirurgião informar aos pais que após a cirurgia pode haver algum edema residual. O uso de luvas ou bandagens com6 pressivas podem axilar na recuperação. Nas mãos, a SBCC apresenta três formas principais de apresentação: Para anéis moderados ou severos, que necessitam de tratamento cirúrgico, os melhores resultados estéticos e funcionais são observados com a técnica de Upton e Tan (1991). Nela, primeiramente se mar- Bandas de constrição simples ou sulcos ca um dos lados da parede do anel. Ao pressionar a marca contra a parede cutânea do outro lado, a pele Manifestam-se de várias formas. Podem ser anéis simples com ou sem lesão ou alteração vascular distal, com presença de edema. Algumas vezes a porção distal ao anel de constrição pode ser um coto esférico, extremamente edemaciados com ausências de porção óssea. ficará borrada, mostrando a quantidade de pele que necessita ser ressecada. Após a ressecção do anel, retira-se a porção extra de tecido adiposo. A camada de gordura restante é mobilizada da derme e dos planos profundos, muscular ou tendinoso, nas porções proximal e distal à incisão, e é suturada sobre o local Geralmente a compressão é mais grave dorsal, onde foi ressecado o anel de constrição, corrigindo a afetando o retorno venoso e causando edema. Nos deformidade original. Depois se faz os retalhos cutâ- casos em que há alterações vasculares graves pode neos proximais e distais. A pele é suturada em forma ser necessário uma cirurgia de urgência para liberar de “Z” sobre a lesão. Durante a dissecção deve-se ter a vascularização e o retorno venoso. cuidado para preservar ao menos duas veias dorsais, O tratamento cirúrgico de anéis de constrição evitando congestão venosa. A simples ressecção dos simples, sem lesão neuro-tendinosa, deve ser com anéis de constrição, sem a realização de zetaplastia, excisão da constrição, aproximação do tecido adipo- gera um cicatriz circunferencial que retrai e provoca so subcutâneo e sutura da pele com zetaplastias. A um defeito maior que o original. retirada pode ser feita em dois tempos ou em uma Em caso de pontos segmentares de compressão cirurgia única. Sempre se deve dar muita atenção à a correção cirúrgica deve ser realizada em estágios, vascularização com um cuidado maior para o retor- sendo o local mais distal operado inicialmente. no venoso dorsal e os feixes vásculo-nervosos volares. 7 Figura 2: Banda de constrição distal nos terceiro e quartos dedos, com linfedema diatal a compressão (tipo 2 de Patterson)(A). Observa o acometimento maior da porção dorsal do dedo (B, C). Tratamento cirúrgico realizado conforme a técnica descrita por Upton, com a ressecção do anel de constrição e zetaplastia (D, E). Visão com doze meses de pós-operatório uma excelente recuperação (F). Sindactilias: As sindactilias na SBCC são bem carac- mento da acrossindactilia causada por SBCC terísticas, principalmente devido a presença é um desafio. Cada caso apresenta caracterís- constante de acrossindactilias. No seu trata- ticas diferentes e o tratamento deve ser indivi- mento, são utilizadas as técnicas cirúrgicas dualizado. Os dedos devem ser separados com clássicas para a sindactilias. Deve-se ter um zetaplastias cuidadosamente planejas. Outra planejamento prévio do procedimento, com característica da sindactilia na SBCC é que a associação de técnicas, para o tratamento não apresenta fusão óssea, só cutânea. de formas bizarras de apresentação. O trata- Nas acrossindactilias, que são sindactilias 8 com união dos dedos somente na porção dis- 3. Fechamento das porções laterais dos dedos tal, conservando parte ou toda a comissura com retalhos em “Zig-Zag”; proximal, temos a vantagem de necessitar de menos enxerto de pele, porém se deve observar que as vezes a comissura não está na posição 4. Fechamento das áreas cruentas, com defeito cutâneo, com enxerto de pele total, normalmente retirados da região inguinal; adequada. A pele das comissuras proximais na acrossindactilia não apresenta a mesma qualidade de uma pele normal, sendo mais grossa e menos elástica. Mesmo assim ela pode ser 5. Correção das alterações esqueléticas, no caso da SBCC, não há fusão óssea distal a compressão; usada no tratamento, diminuindo a necessi- 6. Para os casos onde há mais de um dedo dade de enxerto na reconstrução cirúrgica. afetado, deve-se liberar um lado do dedo de Para a correção cirúrgica da sindactilia fo- cada vez; ram descritas várias técnicas, variando princi- 7. Necessidade do uso de instrumental de palmente a forma do retalho para a confecção magnificação (lupa ou microscópio), facili- da comissura. Os princípios para a cirurgia da tando a dissecção tecidual minuciosa; sindactilia foram definidos por Flatt(4): 8. Realizar imobilização e curativo apropriado para pacientes pediátricos, protegendo o 1. Construir a comissura com o uso de pele local da cirurgia. local, geralmente dorsal; 2. Ressecar o excesso de tecido adiposo do subcutâneo, facilitando o fechamento; 9 Fig.3 - Banda de constrição atingindo a porção central da mão e poupando o polegar, característica típica da SBCC (A,B). Amputação distal a compressão (tipo 4 de Patterson)(C). Tratamento cirúrgico realizado conforme a técnica descrita por Flatt para as sindactilias, onde se deve liberar um lado do dedo de cada vez, reconstruir a comissura com o uso de pele local, geralmente dorsal, e fechar as áreas cruentas com enxerto de pele total, normalmente retirados da região inguinal(D,E,F). Amputações: Podem ocorrer em qualquer nível dos No tratamento das amputações dos dedos membros superiores ou inferiores, sendo por SBCC, devido ao pouco comprimento, mais comum nos dedos. Na SBCC as alte- deve-se posicionar a comissura mais proximal rações são transversais, sendo o membro ou possível, aumentando o tamanho relativo do dedo normal na porção proximal ao anel de dedo. constrição. 10 As agenesias (falhas de formação) apresen- mo propósito(14,15). tam características diferentes das amputações Em pacientes com amputações e hipopla- por SBCC. Nelas raramente se observa al- sias graves dá-se prioridade para reconstru- terações bilaterais, diferente da SBCC onde ção do polegar e da pinça. Para isso diferentes é comum a bilateralidade. Nas agenesias a técnicas podem ser utilizadas como a plastia porção distal (coto) da amputação há um ex- “on the top”, a policização e a transferência cesso de tecido cutâneo e de partes moles, já de dedo do pé para a mão. nas SBCC raramente há sobra de pele. Nas amputações, principalmente no polegar, terceiro e quinto dedos, pode-se aumentar a estrutura óssea com transferência livre de falanges do pé para a mão. Tal procedimento apresenta melhores resultados quando realizados até um ano de idade. Isso aumenta a função de pinça e melhora o aspecto estético da mão. Lembrar que Membros Inferiores: Nos membros inferiores as bandas de constrição apresentam praticamente as mesmas características do membro superior e o tratamento deve ser realizado da mesma forma, com ressecção do anel de constrição e reconstrução cutânea com zetaplastias.(1, 2) na SBCC não há pele de sobra na ponta da amputação, o que faz necessário o uso de retalhos cutâneos locais para a melhora da cobertura. Em crianças maiores está descrito alongamento ósseo com fixadores externos e as transferências vascularizadas, com o mes11 Fig.4 - Banda de constrição atingindo o terço distal da perna (A). Tratamento cirúrgico realizado conforme a técnica descrita por Upton para o membro superior. Com a ressecção do anel de constrição, retirada da porção extra de tecido adiposo e confecção dos retalhos cutâneos em forma de “Z” sobre a lesão (B, C). Visão com seis meses de pós-operatório mostrando uma grande melhora funcional, porém ainda com edema residual no dorso do pé (D). 12 BIBLIOGRAFIA 1. Kawamura K., Chung K. C.: Constriction Band Syndrome. Hand Clin.25: 257-264, 2009. 2. Moran S.L., Jensen M., Bravo C.: Amniotic band syndrome of the upper extremity: diagnosis and management. J Am Acad Orthop Surg 2007;15(7):397–407. 3. Pardini A. G., Santos M. A., Freitas A. D.: Bandas de Constrição Congênita. Acta Ortop Bras 9(2):3-10, 2001. palsy associated with congenital constriction band syndrome. J. Hand Surg. (Br) 16: 109-112, 1991. 13. Upton J., Tan C.: Correction of constriction ring. J. Hand Surg (Am) 16: 947-953, 1991. 14. Buck-Gramcko D.: The role of nonvascularized toe phalanx transplantation. Hand Clin 1990;6:643-659. 15. Ogino T., Kato H., Ishii S., et al.: Digital lengthening in congenital hand deformities. J Hand Surg (Br) 1994; 19(1):120–9. 4. Flatt A. 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