O PERFIL CLÍNICO DOS PACIENTES COM TAQUIPNÉIA TRANSITÓRIA DO RÉCEM-NASCIDO. AUTORA: Claudia Maria Oliveira Nunes*. RESUMO A taquipnéia transitória do recém-nascido (TTRN), também conhecida como síndrome do desconforto respiratório tipo II ou síndrome do pulmão úmido, é uma doença que acomete os recém-nascidos com baixa idade gestacional, tendo geralmente uma evolução benigna, e ocorre devido ao retardo na absorção do líquido pulmonar fetal após o nascimento, seguida de melhora com 12 a 24 horas de vida. O perfil clínico e o tratamento da fisioterapia respiratória e pediátrica nos pacientes que sofrem de TTRN são de grande importância, isso porque o objetivo do mesmo é realizar a profilaxia desses recém-nascidos, medidas que visem diagnosticar e atenuar os efeitos da excessiva sedação e hidratação materna, da asfixia intra-uterina e do parto cesáreo. O objetivo principal desse artigo é analisar as produções científicas atuais que descrevem a respeito da TTRN, relatar sobre o perfil clínico e o tratamento da fisioterapia respiratória e pediátrica. O presente estudo foi feito através de uma revisão de literatura de atualização, foram utilizados artigos científicos nos idiomas inglês e português, publicados no período de 2000 a 2010 com exceção de alguns artigos de 1971, 1989, 1998 e 1999, que foram coletados nas seguintes bases de dados Scielo, Lilacs, Bireme, Medline, Pub Med. Como também acervo das bibliotecas da União Metropolitana de Educação e Cultura (UNIME) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Foram escolhidos 31, mas utilizou-se 18, pois os 13 restantes não apresentavam dados de identificação completos e ligação direta com o objetivo principal. Palavras-chaves: Recém-nascido (RN), Taquipnéia Transitória do RecémNascido (TTRN), Sinais Clínico, Fisioterapia Respiratória e Pediátrica. * Pós-Graduada em Fisioterapia Pediátrica e Neonatal pela Universidade Castelo- Rio de Janeiro e Atualiza Associação Cultural, 2010.2. Fisioterapeuta, graduada pela Faculdade Adventista de Fisioterapia- FAFIS, Cachoeira- Bahia em 2008.1. E-mail: [email protected] 2 1 INTRODUÇÃO Caracterizado como o distúrbio respiratório de evolução benigna, a TTRN também chamada de síndrome do pulmão úmido, ou síndrome do desconforto respiratório (SDR) tipo II, descrita pela primeira vez em 1966 por Avery e seus colaboradores que relataram a ocorrência do desconforto respiratório precoce de moderada intensidade, com resolução na maioria dos casos nas primeiras 24 horas de vida. A TTRN passou a fazer parte do grupo de distúrbios respiratórios comuns no período neonatal, juntamente com a doença da membrana hialina (DMH), displasia broncopulmonar (DBP), síndrome da aspiração de mecônio (SAM) ou líquido amniótico, hipertensão pulmonar persistente (HPP) e pneumonias congênitas. (AVERY, 1999; SARMENTO, 2007) A TTRN pode ser definida como síndrome clínica de caráter benigno, caracterizada por desconforto respiratório de leve a moderada intensidade, sua etiologia ainda é indefinida e discutida, uma das causas mais atribuídas é o atraso na reabsorção do líquido pulmonar, com ingurgitamento dos vasos linfáticos hilares, e a presença de espessamento da fissura interlobar, em virtude de edema subpleural e intersticial perivascular. É uma patologia freqüentemente tratada na prática clínica neonatal e está relacionada há RN’s a termo ou pré-termo limítrofes com idade gestacional de 34 a 37 semanas podendo acometer também a faixa etária de neonatos mais prematuros. Sua incidência é de aproximadamente 11 a 15 casos para cada 1.000 nascidos vivos, e apresenta uma discreta prevalência estatística no sexo masculino. (CARVALHO, 2004; KOPELMAN, 2004; PIVA, 2006; SARMENTO, 2007) O pulmão fetal contém internamente líquido secretado pelo epitélio respiratório a partir do período canalicular na 20ª semana gestacional, este líquido preenche os espaços aéreos potenciais e segue um trajeto ascendente em direção a traquéia, o volume pulmonar é mantido graças a um equilíbrio entre a produção de líquido e a atividade reflexa das vias aéreas superiores, que se relaciona intimamente com os períodos de apnéia e de movimentos respiratórios, no final da gestação sua produção de líquido é de cerca de 4 a 5 ml/kg. (CARVALHO, 2004) 3 Ao nascimento ocorrem alterações cardiopulmonares que acontecem devido às mudanças da troca gasosa placentária para a pulmonar, havendo assim a necessidade da remoção rápida do líquido pulmonar, que ocorre quando se acaba a secreção de líquido pulmonar ao mesmo tempo em que este é substituído por espaços aéreos, à absorção desse líquido inicia-se nas primeiras horas do trabalho de parto, estima-se que cerca de 70% do líquido seja absorvido durante esse processo. No momento da passagem do bebê pelo canal de parto são eliminados cerca de 5% a 10% do líquido pulmonar isso ocorre por meio da compressão torácica realizada no canal de parto. (CARVALHO, 1999; 2004) O restante desse líquido é removido nas primeiras horas de vida através dos vasos linfáticos, capilares, circulação pulmonar e por fim pelas vias aéreas superiores. De acordo com a literatura ainda são indefinidos os fatores que determinam essas mudanças no epitélio respiratório, embora alguns autores tenham relacionado esses eventos a uma elevação nos níveis séricos de catecolaminas durante o trabalho de parto, não há alteração com o uso de β-bloqueadores sugerindo que outros hormônios ou modulares químicos interfiram no processo, o retardo da instalação desse mecanismo adaptativo pós-natal leva ao edema pulmonar, causando insuficiência respiratória. (CARVALHO, 1999; 2004) Os principais fatores de risco para a TTRN são; prematuridade ou próximo do período termo, parto cesário, administração excessiva líquido na mãe, sedação materna, clampeamento tardio do cordão umbilical, diabetes materno, policitemia, gestantes asmáticas, exposição aos agentes betamiméticos e asfixia perinatal. A maior conseqüência do excesso de líquido pulmonar sobre a mecânica respiratória é o aumento da resistência de vias aéreas decorrente, principalmente da elevação do seu componente tecidual ou viscoso, além da compressão das vias aéreas condutoras pelo excesso de líquido intersticial. (CARVALHO, 2004; PIVA, 2006; SARMENTO, 2007) Os sinais clínicos mais comuns da TTRN são taquipnéia moderada, com freqüência respiratória entre 60 e 80 movimentos por minuto (mpm), podendo ocorrer valores superiores a 100 mpm, tiragem costal, retração intercostal e esternal, gemido expiratório, cianose, batimentos das asas do nariz, aumento do trabalho respiratório, redução da troca gasosa e ineficácia respiratória, esses sinais 4 transitórios persistem por 2 a 5 dias mas apresentam uma melhora progressiva e completa sem seqüelas ao final desses dias. (CARVALHO, 1999; 2004; KOPELMAN, 2004; POLIN, 1996; SARMENTO, 2007) É importante se levar em consideração que a TTRN é uma doença, que o diagnóstico é semelhante ao quadro clínico de outros distúrbios respiratórios, por isso, os achados radiológicos são importantes para seu diagnóstico. No caso da TTRN os sinais radiológicos mais comuns são: hiperinsuflação pulmonar, espessamento das fissuras interlobares, edema subpleural e intersticial perivascular, congestão pulmonar bilateral, aumento da trama broncovascular, opacificação difusa, cisurite, aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax, rebaixamento do diafragma, ingurgitamento dos vasos linfáticos, retificação dos arcos costais, inversão da cúpula diafragmática, herniação intercostal, discreta cardiomegalia, podendo haver ou não derrame pleural. (CARVALHO, 1999; 2004; DINIZ, 1994; SARMENTO, 2007) Não há tratamento específico em razão do caráter autolimitado da doença, porém deve-se levar em consideração que a realização da profilaxia no tratamento da TTRN é a medida mais importante para atenuar os efeitos do excesso de sedação, asfixia perinatal e parto cesário. O tratamento deve ser com base na avaliação clínica e monitorização dos sinais vitais, através desses fatores são instituídas as seguintes medidas de suporte: hidratação endovenosa em torno de 70 ml/kg/dia, oxigenoterapia através do oxigênio inalatório para manter os níveis de PaO 2 entre 50 a 70 mmHg, também pode ser indicado o uso de Halo, capacetes com FiO 2 35% a 40% utilizando a mistura de oxigênio e ar ambiente, deve-se indicar o CPAP (pressão positiva e contínua nas vias aéreas) ou ventilação mecânicas invasiva quando houver complicações no quadro clínico. (MALUF, 2003; PIVA, 2006; SARMENTO, 2007; SOMELLA, 1994) O RN deve estar com a dieta zero durante o tratamento do quadro agudo com a sonda nasogástrica aberta a fim de evitar distensão gástrica, a introdução da alimentação é de acordo com a evolução do quadro, O soro glicosado é indicado para nutrição parenteral, com objetivo de evitar a sobrecarga no balanço hídrico e calórico. A manutenção da temperatura corporal deve ser feito com rigor, para que se tenha controle do consumo energético, antibióticos são contra-indicados caso 5 ocorra infecções, a monitorização dos gases sangüíneos é feita via hemogasometria arterial. (MALUF, 2003; KOPELMAN, 2004) O tratamento da Fisioterapia na TTRN se baseia em realizar condutas relacionadas aos cuidados respiratórios, mas é importante lembrar que para se obter resultados satisfatórios na execução das condutas, é primordial realizar um estudo cuidadoso sobre a clínica, histórico patológico da mãe e do RN e uma avaliação criteriosa, para posteriormente ser traçado um plano de tratamento de acordo com a verdadeira necessidade do paciente. As condutas fisioterapêuticas utilizadas são técnicas manuais, posturais e cinéticas que podem ser realizadas de forma isolada ou associada com outras condutas com os seguintes objetivos: mobilizar e eliminar secreções pulmonares, melhorar a ventilação pulmonar, promover a reexpansão pulmonar, melhorar a oxigenação e troca gasosa diminuir o trabalho respiratório, diminuir o consumo de oxigênio, reeducar a musculatura respiratória, promover independência respiratória funcional, prevenir complicações e acelerar a recuperação. (CARVALHO, 2004; SARMENTO, 2007) O objetivo principal desse artigo é analisar as produções científicas atuais que descrevem a respeito da TTRN, do perfil clínico de seus pacientes e o tratamento da fisioterapia respiratória e pediátrica. Foram escolhidos 31 artigos, selecionados 18, e foram descartados 13 artigos, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão do trabalho. Dos artigos encontrados: 06 em inglês, 11 em português. Através do presente estudo, foram encontrados relatos de como é feito o tratamento da fisioterapia respiratória e pediátrica nos pacientes que sofrem de TTRN e a sua importância, com objetivo de realizar a profilaxia desses RN’s. Nesses artigos também foi verificado a importância e o grau de preocupação dos especialistas em saber como tratar, prevenir complicações e promover melhor recuperação dos RN’s acometidos por TTRN. 6 2 DESENVOLVIMENTO Um estudo relatou que a TTRN em um grupo de 8 pacientes, 7 dos quais tiveram parto vaginal a termo. Todas as crianças apresentaram ao nascimento,ou logo depois gemidos, retrações e uma freqüência respiratória aumentada, que inicialmente variavam entre 80 a 140 respirações por minutos, e os sintomas persistiram por 2 a 5 dias. Essas crianças podiam ser diferenciadas de crianças com outras doenças pulmonares agudas devido ao seu curso clínico e resultados dos exames radiográficos. Apesar da causa exata de TTRN permanece desconhecida, foi originalmente afirmado que crianças como TTRN tinham complacência pulmonar reduzida por causa da ruptura tardia do líquido pulmonar no momento do nascimento. Muitas literaturas apóiam a primeira hipótese de que a TTRN ocorre devido a distensão dos espaços intersticiais por líquido, levando a retenção do ar alveolar e complacência do pulmão diminuída. Desde a descrição original outros autores afirmaram que a TTRN pode resultar de imaturidade leve do sistema surfactante, a falta de fosfatidilglicerol em amostras de líquido amniótico obtidas de crianças com TTRN apóia os últimos conceitos. (AVERY,1999) TTRN é a causa mais freqüente de dificuldade respiratória nos primeiros dias de vida e tem sido atribuído, inicialmente um retardo na absorção do líquido pulmonar fetal. Tem sido levantada suspeita de que uma deficiência ou disfunção na produção de surfactante esteja envolvida na patogênese da doença. O objetivo desse artigo é quantificar os corpos lamelares e a função do surfactante, na aspiração do líquido gástrico de RN’s a termo, nascidos de parto cesário, com diagnóstico clínico inicial de TTRN, através da contagem dos corpos lamelares (CCL) e o teste das microbolhas estáveis (TME). Foi realizado um estudo de caso-controle incluindo 42 pacientes com idade gestacional ≥ 37 semanas de gestação (21 com diagnóstico clínico inicial de TTRN e 21 sem disfunção respiratória), todos nascidos de parto cesário, tendo sido feito neste RN’s aspiração gástrica nos primeiros minutos de vida para CCL e o TME, através do fluidificante (dithiothreitol) é possível fazer a leitura e a avaliação da secreção gástrica. Os pacientes com TTRN e os do grupo controle eram comparáveis no que refere ao peso ao nascer, idade gestacional, sexo e escore de Apgar, na comparação entre os grupos a CCL e o TME foi relativamente 7 menor no grupo com TTRN. Os RN’s com TTRN que ficaram mais de 24 horas após o nascimento em oxigênio tiveram uma CCL relativamente mais baixa em relação aos que ficaram menos de 24 horas em uso de oxigênio. Os dados sugerem que RN’s a termo com TTRN tem uma baixa produção de corpos lamelares associada, e a redução na produção de surfactante, e que quanto maiores forem estas alterações maiores são as chances da criança desenvolver a TTRN mais prolongada. (MACHADO, 2009) TTRN é uma doença autolimitada benigna respiratória que ocorre no período neonatal imediato. O surfactante é uma substância l associada à proteína B(SP-B) demonstrou ser o componente mais relevante da estrutura do surfactante responsável pela a adaptação pós-natal imediata no pulmão do RN. Este artigo trabalha com a hipótese de variações genéticas da proteína do surfactante B (heterozigoto 121 ins intron 2 e mutação 4 polimorffismo) esta relacionada por causar TTRN. Foi analisado o DNA gênomico de 83 neonatos saudáveis termo com idade gestacional entre 37 e 41 semanas completas, com peso ao nascer de 541g a 3,325g e 75 neonatos que apresentavam TTRN com a mesma faixa etária de idade gestacional já referida e com peso ao nascer de 435g a 3,091g, as avaliações foram feitas por meio da amplificação, comprimento dos fragmentos e análise da seqüência genética. A TTRN foi diagnosticada com base no sinais clínicos que são: freqüência respiratória > 60 respirações por minuto, fração inspirada de oxigênio > 0,21 e os resultados radiológicos característicos dentro de menos de 24 horas após o nascimento. Os RN’s com algumas infecções pulmonares e cardíacas, malformações, asfixia pós-parto e RN’s de mãe diabéticas foram excluídos. No grupo com TTRN a incidência de RN’s do sexo masculino foi de 68,4% e os partos cesarianos foram relativamente maiores 68,4%. Não foi encontrada nenhuma diferença estatística na freqüência de intron 4 e variações e mutações 121 ins2 SP-B entre o grupo controle e o grupo com TTRN. O presente estudo pode concluir que o polimorfismo do intron 4 e 121 heterozigoto ins2 e suas mutações não são associadas a causa da TTRN. (TUTDIBI, 2003) Em um artigo observaram que 36 RN’s portadores de TTRN, um terço dos casos era nascido de parto cesariano, sendo a maior parte deles eletivo. (SUNDELL,1971) 8 Relacionando o tipo de parto e a ocorrência de TTRN, verifica-se que a maioria dos bebês que apresentaram haviam nascido de parto cesário: 87,5% no grupo mais velho e 83,3% no grupo mais jovem. A associação da TTRN com o tipo de parto decorre do fato de, nos partos vaginais, a caixa torácica sofrer compressões durante a passagem pelo canal de parto, o que auxilia a remoção do líquido pulmonar, essencial para que se estabeleça o volume pulmonar neonatal, as características da função pulmonar e, em última instância, a adaptação pulmonar do recém nascido. (AVERY,1999) Um estudo do tipo coorte prospectivo, observacional, exploratório e documental com 107 pacientes que foram submetidas ao parto cesário eletivo, sendo excluídas aquelas que entraram em trabalho de parto antes da cirurgia. Foi realizado com objetivo de conhecer o índice de complicações maternas e fetais imediatas nas cesáreas eletivas realizadas nos Hospital São João Batista de Criciúma no período de janeiro a junho de 2008. Verificou-se que da 107 pacientes estudadas, 2 não preencheram os critérios de inclusão, resultando em 105 pacientes na amostra. A idade das pacientes variava de 27,3 anos, com idade mínima de 18 anos e idade máxima de 41 anos. Com relação à idade gestacional, a média foi 38,5 semanas, variando de 36 a 41 semanas. Neste estudo, foram observadas duas complicações imediatas; sendo uma materna e uma fetal, das 105 pacientes submetidas à cesárea, uma (0,95%) apresentou infecção puerperal, enquanto nos RN’s, um (0,95%) apresentou TTRN. Este trabalho concluiu, que apesar do índice de complicações imediatas maternas e fetais evidenciados nas cesáreas eletivas ter sido de 0,95%, a cesárea eletiva não é um procedimentos isentos de risco. (ALBAN, 2009) Neste artigo de caso controle com 67 neonatos que sofriam de TTRN e um grupo controle de 167 neonatos que não apresentavam diagnóstico de TTRN. Esta análise multivariada revelou que apenas a idade gestacional (menor que 38 semanas e maior ou igual a 38 semanas) e o parto foram apontados como principais fatores de risco para o RN desenvolver TTRN. (RISKIN, 2005) A TTRN é uma ocorrência freqüente nos berçários, o seu quadro clínico já está bem estabelecido e o seu curso é benigno. A sua etiologia, no entanto, ainda venóclise intraparto poderia ocorrer para aumentar este excedente pulmonar. Foram 9 estudados 145 RN’s, sendo 57 no grupo teste (com uso de venóclise) e 88 no grupo controle (sem uso de venóclise). Os RN’s foram incluídos ao acaso, sendo excluídos os portadores de outras patologias. Do total, 22 RN’s apresentaram TTRN (15%), sendo 15 RN’s com uma que foi significante (P < 0,1), não foi possível vincular diferença ao volume infundado, em números percentuais os partos cesáreos tiveram relevância nos casos de TTRN, porém se com significância estatística, O artigo pode concluir que o uso da venóclise intraparto aumenta a freqüência da TTRN. (TEIXEIRA, 1989) Nesse estudo transversal, cujo objetivo foi analisar a idade materna como fator de risco ou não, através da verificação de intercorrências na gestação, parto e puerpério de primigestas com idade igual ou superior a 28 anos e das condições de nascimento e alta de seus RN’s, comparado-as com o grupo de primigestas na faixa etária de 20 a 27 anos. Foi realizado em Botucatu-SP, no período de janeiro de 1990 a junho de 1995. A análise estatística, discutida ao nível de 5% de significância, foi realizada através da prova de Man-Whitney, Teste de Goodman avaliação do risco relativo e risco relativo corrigido, através da técnica de Mantel-Haenszel. O estudo concluiu que a idade materna igual ou superior a 28 anos não é um fator de risco gestacional, puerperal e intra-parto mas, por outro lado, foi fator de risco, mesmo após o tipo de parto controlado (cesário eletivo), para as seguintes intercorrências perinatais: TTRN, cianose generalizada ao nascer e infecção neonatal. (PARADA, 1999) Uma revisão de literatura realizada com 9 estudos analisou a relação entre o parto cesário eletivo e a morbidade respiratória em RN de termo e pré-termos limítrofe, concluiu haver um aumento no risco de morbidade respiratória em todos os estudos analisados e a magnitude desta relação parece apresentar dependência com idade gestacional, ocorrendo uma diminuição da morbidade com idade gestacional maior que semanas. Neste mesmo trabalho foi mencionado outro artigo que verificou que o sexo do RN (sendo masculino), prematuridade e parto cesário sem ter tido trabalho de parto foram os maiores fatores de risco apontados em um estudo retrospectivo realizado em um Hospital da Turquia com 95 RN’s com diagnóstico de TTRN. O mesmo artigo relatou que embora os sintomas usualmente regridam nas primeiras 48 horas, em alguns neonatos, a TTRN pode se prolongar 10 até o 5º dia de vida. Os autores recomendam a avaliação da freqüência respiratória nas primeiras 36 horas por se tratar de uma medida útil para predizer a evolução da TTRN, uma vez que pode evoluir para um quadro de maior severidade e requerendo suporte ventilatório visto que o diagnóstico da TTRN pode se confundir com a pneumonia congênita. (KASAP, 2008) A gestação múltipla representa um dos maiores desafios ao manejo obstétrico por estar associada a um pior prognóstico tanto materno quanto fetal. Esse artigo tem como objetivo de analisar e comparar as complicações obstétricas e neonatais em gemelares e em não gemelares nascidos no Hospital Universitário Regional de Maringá (HURM) no período de janeiro de 2000 a julho de 2003. A amostra estudada é composta por 50 gestações múltiplas e 2.229 gestações únicas. A incidência de gemelares foi de 1 a cada 50 gestações e de trigemelares 1 a cada 1.250. A ocorrência do trabalho de parto prematuro, ruptura prematura de membranas e diabetes gestacional foi significativamente maior em gemelares do que em não gemelares. A principal complicação das gestações múltiplas neste estudo foi à prematuridade, a qual costuma estar associada a outras condições e comorbidades como o baixo peso e muito baixo peso ao nascer, a doença da membrana hialina (DMH), TTRN, distúrbios metabólicos, infecções e hipóxia neonatal sendo responsável por um aumento no tempo de internação e maior mortalidade desses lactantes. O ocorreram 6 óbitos em 50 gestações múltiplas, sendo 3 intra-úteros e 3 neonatais. O artigo concluiu que, a gemelaridade está associada a um risco maior de complicações tanto para a mãe quanto para o feto. (CARDIM, 2005) Muitos autores discutem sobre as desvantagens que sofre o gêmeo que nasce por último, em relação às condições de seus nascimentos. Neste estudo foram revistos 90 casos de partos gemelares ocorridos na Maternidade da Encruzilhada (CISAM) em Recife, entre Janeiro de 1992 e Dezembro de 1993, com o objetivo de comparar variáveis perinatais entre o 1º e o 2º gemelar. Foram pesquisados a estática fetal, o canal de parto, o peso ao nascer, o Apgar do 1º e 5 º minutos, a ocorrência de complicações neonatais como a doença da membrana hialina (DMH), TTRN e infecção neonatal, e por fim, o prognóstico de cada um dos gemelares. Não houve diferença estatisticamente significativa na incidência de apresentações não 11 cefálicas, parto cesariano, baixo peso ao nascer, APGAR < 7 no 1º e 5 º minutos ou das complicações neonatais acima referidas. Não teve também diferença na mortalidade perinatal entre os gêmeos. Os resultados sugerem ser iguais as condições de nascimento dos gemelares de uma mesma gestação, devendo ser prestada uma assistência igualmente apurada a ambos pela equipe de perinatologia. (COSTA, 1998) Em um estudo retrospectivo, descritivo e de coorte transversal, realizado com objetivo de diagnosticar o crescimento intra-uterino restrito (CIUR) por meio do índice ponderal de Rohrer e sua associação com morbidade e mortalidade neonatal precoce. Foram incluídos 2.741 RN’s, sendo 2.053 casos de grávidas hígidas, 228 de pré-clâmpsia leve (PE), 52 com PE grave, 25 com PE que evoluiu para eclâmpsia, 136 de ruptura prematura das membranas (RPM) e 247 de tabagista. O índice ponderal (IP) de Rohrer foi calculado segundo a equação: IP= peso/estatura 3 x 100 e se utilizaram os valores 2,25 e 3,10 dos percentis 10 e 90 de Lubchenco. A TTRN foi à complicação mais freqüente (8,3%) entre os assimétricos, seguindo da asfixia (5,7%) e infecção (2,6%). A TTRN incidiu em 6,5% dos simétricos, seguindo da asfixia (4,3%), síndrome de aspiração de mecônio (2,2%), hipoglicemia (2,2%) e infecção (2,2%). O óbito neonatal foi semelhante entre os RN com CIUR e AIG, ambos alcançaram cifra de 0,3%. O índice ponderal de Rohrer diagnosticou os diferentes padrões de CIUR, os quais não seriam reconhecidos utilizando-se o peso em função da IG. Os RN’s assimétricos apresentaram maior taxa de TTRN e de asfixia, entretanto sem significância estatística em relação às demais modalidades de CIUR. A taxa de óbito neonatal precoce foi semelhnate entre os RN assimétricos e os AIG. (SANTOS, 2005) No Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein em São Paulo foi realizado um estudo retrospectivo, com objetivo de estabelecer uma utilidade para as medidas de peso e comprimento ao nascer na identificação de algumas doenças, independentemente do conhecimento da idade gestacional. Foram estudados 8.397 nascidos vivos na Maternidade do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), no período compreendido entre fevereiro de 1995 e janeiro de 1998. Peso e comprimento dos RN’s, obtidos ao nascimento, permitiram o estudo da adequação do peso por classe do comprimento e o índice peso/comprimento. Foram calculados 12 os percentis 10 e 90, os parâmetros obtidos entre os primeiros 4.634 RN’s foram aplicados aos sucessivos 3.763 nascidos vivos, os RN’s foram classificados em pequenos, adequados ou grandes, conforme estivessem abaixo, entre ou acima dos percentis 10 e 90. Foram pesquisadores associações dessas variáveis com algumas afecções neonatais mais freqüentes nessa população, através do teste qui quadrado (p < 0,05). A adequação e índice mostraram-se significativamente associados à seguintes afecções: asfixia, icterícia, hipoglicemia, hipomagnesemia, pneumonia congênita, hipertensão pulmonar e sepse. O índice ainda se relacionou à síndrome do desconforto respiratório, TTRN e persistência do canal arterial. As medidas de peso e comprimento ao nascer são facilmente obtidas e podem discriminar RN’s de risco para algumas das principais morbidades neonatais, independentemente do conhecimento da idade gestacional. (BERTAGNON, 2003) Este trabalho realizado pela Maternidade do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), São Paulo, com objetivo de comparar os fatores maternos e de morbimortalidade, RN’s com peso subótimo (2.500 a 2.999g) RN’s com peso ao nascer ≥ 3.000g, termo e adequado para a idade gestacional. Foram estudados 1.242 RN’s vivos com peso de nascimento entre 2.500 e 2.999g (Grupo I) e 4.907 recém-nascidos vivos com peso de nascimento ≥ 3.000g (Grupo II), termo, gestações únicas, adequados para idade gestacional, de uma população de alta renda. Características maternas e do RN foram analisadas comparativamente entre os grupos. A freqüência de RN’s de peso subótimo na população estudada foi de 20,2%. Houve associação significativa no Grupo I com peso materno e índice de massa corpórea pré-gestacionais, ganho de peso, altura, tabagismo e hipertensão arterial. O boletim de Apgar de primeiro minuto, hipoglicemia neonatal, icterícia, TTRN, pneumonia congênita e tempo de permanência hospitalar foram significativamente diferentes entre os grupos (p < 0,05). Não houve relação significativa entre os dois grupos para o boletim de Apgar de cinco minutos e hipertensão pulmonar. Os dois grupos não diferiam quanto à mortalidade. A classe socioeconômica não representou fator de risco para peso subótimo na população estudada. Fatores genéticos e ambientais associaram-se ao peso subótimo, afecções neonatais foram mais freqüentes entre esses RN’s. De acordo com esses dados, esse grupo de recém-nascidos deveria merecer atenção especial da equipe de saúde. (BOACNIN, 2008) 13 O objetivo desse trabalho é determinar qual tipo de parto tem aumentado a incidência da TTRN, ao final da gestação de RN’s prematuros e a termos. Foram verificados os casos de 85 RN’s no Hospital Universitário de Fatih, com diagnóstico de TTRN no período de janeiro de 2006 a março de 2009. Os RN’s foram escolhidos aleatoriamente, onde estes eram levados para a unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) em grupos de 4 RN’s por vez. Na UTIN eram avaliados os seguintes fatores tais como: tipo de parto (podendo ser cesariana com ou sem trabalho de parto (CS), cesário eletivo (CS-ECS), vaginal), idade gestacional ao nascer, e outros parâmetros considerados relevantes foram comparados entre os grupos de TTRN e caso-controle. Quarenta e cinco (53%) dos 85 RN’s prematuros com TTRN e 73 RN’s (86%) ao nasceram de parto de parto cesariano. Analise identificou que RN’s nascidos de parto cesariano, do sexo masculino, com idade gestacional baixa eram fatores de risco para aumentar a incidência de TTRN, e verificou que o parto cesário eletivo com continuação da gestação até 38 semanas podem diminuir os riscos de TTRN, foi constatado também que apenas o trabalho de parto antes da cesariana não é suficiente para diminuir a freqüência de TTRN, mesmo após 37 semanas de gestação, já no caso dos RN’s nascidos de parto vaginal foram menos propensos a desenvolver TTRN em relação aos outros grupos já referidos. (DERBENT, 2010) Foi realizado um estudo transversal em duas instituições hospitalares públicas da cidade de São Paulo, com objetivo de verificar os fatores de risco e os sintomas da TTRN, apontados pelas enfermarias de unidade de terapia intensiva neonatal e do alojamento conjunto, ao avaliar a função respiratória do RN no período neonatal imediato. Participaram do presente estudo 28 enfermeiras que responderam um questionário montado com perguntas relacionadas às práticas de avaliação da função respiratória do neonato. As enfermeiras consideram relevantes conhecer a evolução do trabalho de parto, o tipo de parto e o Apgar ao avaliar a função respiratória do neonato. Elas constataram a importância de encontrar os sinais clínicos através da monitorização da freqüência respiratória, ausculta pulmonar, avaliação do nível de desconforto respiratório utilizando o Boletim de SilvermanAndersen e a monitorização da saturação de oxigênio, são imprescindíveis para o atendimento de pacientes com TTRN. (KIMURA, 2009) 14 Em um estudo coorte contemporâneo de base populacional, o objetivo foi avaliar o efeito do trabalho de parto associado ao de se provocar uma TTRN em RN’s a termo. Foram analisadas características perinatais dos RN’s a termo como idades gestacionais maiores ou iguais há 37 semanas completas, que nasceram entre janeiro de 2001 e dezembro de 2005, nos estados de Hesse e Sarre na Alemanha. E de acordo com Classificação Internacional de Doenças a TTRN está 10º lugar como distúrbio respiratório que acomete RN’s. O total de RN’s que participaram do estudo foi de 275.459, mas só 239.971 preencheram os critérios de inclusão da idade gestacional maior ou igual que 37 semanas completas, nascidos de gestação não múltipla. Uma parte do grupo com 13.346 RN’s a termo foram admitidos para cuidados neonatais e destes 1.423 RN’s foram diagnosticados com TTRN. A incidência global de TTRN foi de 5,9 casos por mil nascidos vivos verificado neste estudo coorte. Cesariana eletiva, baixa idade gestacional, sexo masculino e baixo peso ao nascer estiveram associados com a TTRN, além disso, a ausência do trabalho de parto está associada com maior risco e curso grave da TTRN em RN’s a termo, com longa duração de oxigênio suplementar. (TUTDIBI, 2010) No presente artigo observou-se 96 RN’s pré-termos que necessitaram de CPAP nasal como suporte ventilatório inicial ou para desmame do respirador, com objetivo de avaliar a eficácia e os problemas associados à aplicação do CPAP nasal. O CPAP nasal foi aplicado em crianças com peso entre 480g e 245g , idade gestacional corrigida de 24 a 39 semanas. Foi indicado por apnéia (12,5%), membrana hialina (32,3%), pneumonia (4,2%), TTRN (22%) e desmame do respirador (29%), sendo que neste caso, a indicação foi mais freqüente quanto menor a criança (p<0,01). A mediana do tempo de permanência em CPAP foi de 60,3h. Após a instalação do CPAP nasal, houve melhora significativa da dificuldade respiratória, que não se refletiu nos gases sangüíneos. A percentagem de crianças com hiperemia nasal, sangramento nasal, que apresentaram distensão abdominal e crianças alimentadas foi maior quanto mais fosse o tempo de aplicação do CPAP nasal. As crianças com peso <1.000g apresentaram maior incidência de distensão abdominal (p<0,01) e as entre 1.500 a 2.500g tiveram maior dificuldade de permanecerem adequadamente conectadas ao CPAP nasal (p=0,04). O sucesso com o CPAP nasal foi de 37%entre as crianças com peso <1.000g, de 59% entre 1.000 e 1.500g, e de 83% entre 1.500 e 2.500. O CPAP é uma boa opção para 15 suporte ventilatório de pré-termos, é uma terapêutica segura com complicações geralmente tópicas, não impede que o paciente se alimente durante o seu uso e foi um método de assistência ventilatória efetivo em 59% dos pacientes estudados. (REGO, 2000) Os RN’s acometidos por TTRN geralmente não apresentam hipersecreção pulmonar, porém freqüentemente apresentam hiperinsuflação, sendo importante a de desinsuflação pulmonar e posicionamento visando à melhora do padrão respiratório do RN, essas condutas são geralmente realizadas pela fisioterapia. A fisioterapia também utiliza outra conduta que é a oxigenoterapia que em alguns casos não é suficiente para manter as trocas gasosas, por isso às vezes a necessidade do uso de ventilação mecânica não invasiva, o CPAP nasal pode ser utilizado com pressões moderadas, iniciando com pressão de 5 e 6 cmH 2O e FiO2 40% a 60% para evitar maior hiperinsuflação. A CPAP atuará desfazendo possíveis atelectasias por compressão e impedindo o colapso das vias aéreas terminais estabilizando-as. Todo esse procedimento deve fazer um monitoramento rigoroso, para se evitar distúrbios principalmente em relação ao pH e à PCO 2. Se houver ineficiência de todas essas medidas, intuba-se o RN e inicia-se a ventilação mecânica invasiva, que também deve ser realizada com parâmetros mais próximos dos valores fisiológicos. (AVERY, 1999; SARMENTO, 2007) 16 3 CONCLUSÃO A TTRN é uma doença respiratória de caráter autolimitado, também conhecida com SDR tipo II ou síndrome do pulmão úmido, é uma das patologias acomete os RN’s com baixa idade gestacional, e ocorre devido ao retardo na absorção do líquido pulmonar fetal após o nascimento. Uma das hipóteses mais aceita na etiologia da TTRN é a do retardo na absorção do líquido pulmonar fetal pelo sistema linfático pulmonar, de acordo com Avery e colaboradores, esse conceito tem sido aceito pela maioria dos autores. O aumento desse fluído causa uma redução da complacência pulmonar. De acordo com os autores e novas produções científicas utilizadas nesse presente estudo, a alguns fatores de risco que tem contribuído de forma significativa para causar a TTRN dentre esses fatores podem ser citados: baixo peso ao nascer, idade gestacional menor ou igual há 37 semanas, cesariana eletiva sem a realização do parto de trabalho e o sexo masculino, esses parâmetros foram os mais apontados pelos autores. Mas um dos autores citados afirmou que redução da produção ou ausência na taxa de surfactante nos alvéolos pulmonares foi apontada como um novo fator etiológico, isso porque na TTRN a uma diminuição significativa nos níveis de fosfatidilglicerol no fluído pulmonar e no líquido amniótico e também níveis fosfatidilcolina e fosfatidilinositol responsáveis pela produção de surfactante. Com a especulação dessas hipóteses sobre a verdadeira causa da TTRN, os especialistas cada vez mais empenhados em realizar novas pesquisas e estudos, não só para tratar da TTRN, mas para a prevenção da doença. No caso do tratamento fisioterapêutico os autores ainda relatam muito pouco a respeito do assunto, mas fica um grande um incentivo para se realizar mais estudos sobre o tratamento da fisioterapia na TTRN isso porque além dessa patologia ser fácil e com evolução benigna do paciente é possível sim que a fisioterapia junto à equipe de profissionais de saúde que cuidam desses RN’s façam um trabalho de orientação e prevenção tanto para diminuir taxa de incidência da TTRN, como também para ajudar mães dessas crianças, como elas podem se preparar melhor para ter seus filhos mais saudáveis e sem complicações respiratórias. 17 THE CLINICAL PROFILE OF PATIENTS WITH TRANSIENT TACHYPNEA NEWBORN. ABSTRACT Transient Tachypnea of the newborn (TTN), also known as respiratory distress syndrome type II or wet lung syndrome is a disease that affects newborns with any gestational age, usually having a benign course, and occurs due to delay in absorption of fetal lung fluid after birth, followed by an improvement of 12 to 24 hours of life. The clinical profile and treatment of pediatric respiratory therapy and in patients suffering from TTRN are of great importance, because it’s the same goal is to achieve prevention of these infants, measures to diagnose and mitigate the effects of excessive maternal sedation and hydration of intrauterine asphyxia and cesarean section. The main objective of this paper is to analyze current scientific studies that describe about TTRN, reporting on the clinical profile and treatment of respiratory therapy and pediatrics. This study was done through a literature review update, we used scientific articles in English and Portuguese, published between 2000 to 2010, which were collected in the following databases Scielo, Lilacs, Bireme, Medline, Pub Med and Cochrane. A well as the library collection of Metropolitan Union of Education and Culture (UNIME) and the Pontifical Catholic University of Rio Grande of the South (PUCRS). 30 were chosen, but it was used 17 because the remaining 13 had no identification data complete and direct link with the main objective. KEYWORDS: Newborn (NB) Transient Tachypnea of the Newborn (TTN), Clinical Sings, Respiratory Therapy and Pediatric. 18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ALBAN, Elisa Simionato. et al. Cesárea Eletiva: Complicações Maternas e Fetais. Arquivos Catarinenses de Medicina,. Criciúma-SC, v.38, n.1, p. 4548, 2009. Disponível em: http://lilacs.bvsalud.org. Acesso em: 3 de janeiro de 2011. AVERY, G. B. et al. 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