I. Introdução O presente Relatório é apresentado nos termos definidos no Decreto-Lei n.º 107/ 2008 de 25 de Junho e diz respeito ao ano curricular de 2009/10 do Curso de Mestrado em Educação na especialidade de Supervisão Pedagógica. II. Breve caracterização do Curso O Curso de Mestrado em Educação, especialidade em Supervisão Pedagógica, foi aprovado em Despacho n.º 1291/2010 publicado no DR de 19 Janeiro, concedido por Despacho de 23 de Outubro de 2008 do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e teve, em 2009-2010, o seu primeiro ano de funcionamento. Este curso enquadra-se no âmbito de uma especialização profissional, regulamentada pelo Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março, nomeadamente no seu ponto 4.º do artigo 18.º. Surge como resposta aos educadores de infância e professores dos Ensinos Básico e Secundário (prioritariamente para aqueles que têm desempenhado funções de supervisão nas suas escolas – professores cooperantes – em protocolo estabelecido com a ESEVC) que têm, insistentemente, manifestado necessidade de formação neste âmbito, abrangendo igualmente os professores que têm vindo a desempenhar funções de supervisores no âmbito da profissionalização em serviço. Este curso procura, igualmente, formar novos “orientadores cooperantes” que possam responder, de forma eficaz e competente, ao exigido pelo artigo 19.º do Decreto – Lei n.º 43 / 2007 de 22 de Fevereiro, no que se refere ao perfil destes profissionais. Acresce a todos estes aspectos, os novos desafios e exigências de avaliação e progressão na carreira profissional que, ao abrigo do novo estatuto da carreira docente, todos os educadores e professores têm que dar resposta. O principal objectivo deste curso de Mestrado em Educação, com especialização em Supervisão Pedagógica, é proporcionar aos formandos uma maior qualificação profissional, através de uma formação aprofundada sobre a realidade actual da docência e da supervisão pedagógica dos seus pares e da reflexão sobre as suas próprias práticas, com especial incidência no contexto do ensino e da aprendizagem. Visa, igualmente, a formação mais especializada de um profissional que possa exercer uma actividade de supervisão na organização escolar e um agente de mudança na vida e na qualidade das escolas. Assim, de forma mais específica a orientação desta formação visa como objectivos específicos: - Problematizar a supervisão educativa na escola actual. - Fomentar a aquisição e desenvolvimento de saberes, competências e experiências na área da supervisão pedagógica. - Promover a aquisição de conhecimentos ao nível do desenvolvimento e orientação da formação. - Alcançar, sustentar e desenvolver uma maior qualidade e eficácia das práticas profissionais, bem como melhorar a autonomia, a auto – formação e auto – eficácia dos formandos. - Desenvolver competências, capacidades e atitudes de reflexão e análise crítica, de inovação e de investigação sobre supervisão pedagógica no quadro da formação de professores, e em relação aos desafios, processos e comportamento do quotidiano profissional. - Consciencializar para uma postura e uma actuação ética no desempenho profissional em diversos níveis de autonomia e responsabilidade em situações e contextos diversificados. - Fomentar atitudes de trabalho individual e em equipa como condição necessária para a melhoria da sua actividade, compartilhando saberes e experiências, bem como uma capacidade de actuação que agregue as sinergias de outros agentes sociais que possam facilitar o êxito do trabalho a desenvolver. - Contribuir para o favorecimento de um clima positivo nas escolas, e de um maior grau de comunicação, abertura e colaboração dos educadores e professores entre si. - Adquirir capacidade para desenvolver o seu trabalho na sociedade do conhecimento. - Desenvolver uma atitude de formação permanente ao longo da vida, revelando ser capaz de identificar as suas necessidades de formação e de saber onde procurar recursos que as possam satisfazer. - Coordenar e motivar as equipas multidisciplinares de agentes educativos e comunidade em geral, demonstrando capacidades de liderança, comunicação, e assertividade clara no desenvolvimento das ideias e projectos; - Investir activamente na aprendizagem ao longo da vida, preparando-os para uma permanente e autónoma actualização dos conhecimentos e procura do saber. III. PLANO DE ESTUDOS DO MESTRADO EM EDUCAÇÃO – SUPERVISÃO PEDAGÓGICA Este 2.º ciclo de estudos está organizado em três semestres (90 ECTS). Integra um curso de especialização (organizado em dois semestres curriculares correspondendo cada um deles a 30 ECTS e contendo quatro unidades curriculares no 1º semestre e cinco no 2º), e um trabalho final de projecto original a realizar durante o terceiro semestre que corresponde 30 ECTS (quadro 1). Quadro 1 – Unidades curriculares constantes no plano de estudos de 2009-10 e respectivos docentes. 1º SEMESTRE 2º SEMESTRE Unidades Curriculares Teoria e Modelos de Formação de Professores Supervisão Pedagógica Análise da Instituição Escolar Tecnologias de Informação e Comunicação Modelos e Práticas de Avaliação Prática de Supervisão Metodologias de Investigação Educacional Didáctica específica 3º SEMESTRE Seminário de Apoio Projecto Projecto ECTS 7 10 7 6 6 8 6 3 7 30 Docentes César Sá Ana Peixoto César Sá José Portela Isabel Candeias Ana Peixoto e César Sá Isabel Vale e Luís Paulo Rodrigues Anabela Moura, Henrique Rodrigues, Isabel Vale, Ana Peixoto, César Sá, Gabriela Barbosa César Sá e Ana Peixoto Todos os docentes A estrutura conceptual deste Curso, a sua lógica, sequência e organização parece revelar-se como a mais adequada aos objectivos propostos, ao público-alvo, bem como à filosofia de um ciclo de estudos conducente ao grau de mestre no ensino politécnico expressa na regulamentação específica (Dec. Lei n.º 74/2006). Corpo Docente No corpo docente que leccionou o curso participaram 9 docentes, todos doutorados, com excepção de um que se encontra a finalizar o seu doutoramento (esta última docente apenas participou na unidade curricular de Didáctica do Português, uma das áreas científicas opcionais). De salientar que o curso contou ainda com a presença de 10 professores doutorados convidados de várias instituições universitárias e politécnicas que realizaram conferências integradas em seminários previstos em algumas unidades curriculares. IV. CARACTERIZAÇÃO GERAL DA POPULAÇÃO ESTUDANTIL Em resposta à abertura de candidaturas para o Mestrado inscreveram-se um total de 73 candidatos, distribuídos por 7 Educadores de Infância, 12 Professores do 1º Ciclo do Ensino Básico e 54 Professores que integravam o 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico. Após seriação dos candidatos e de acordo com as condições do Edital, foram seleccionados 21 estudantes (5 Educadores de Infância, 6 professores do 1º CEB e 10 professores do 2º e 3º CEB). De salientar que o edital previa apenas 20 vagas, mas no contingente das 5 vagas inicialmente destinadas para os Professores do 1º CEB, houve necessidade de se acrescentar uma devido ao empate ex aequo entre os dois últimos estudantes seriados. Após a inscrição, verificou-se uma desistência no grupo dos Educadores de Infância, uma nos Professores do 1º CEB (que foi substituído) e duas desistências nos Professores do 2º e 3º CEB (igualmente substituídos). Assim, o grupo final foi constituído por 20 estudantes. De salientar ainda que a uma das estudantes (Educadora de Infância) foi-lhe atribuída equivalência à parte curricular do Curso (com excepção da unidade curricular de Seminário de Apoio ao Projecto), o mesmo sucedendo a dois estudantes (um do 1º CEB e outro do 2º e 3º CEB) mas cuja equivalência somente foi atribuída à unidade curricular de Modelos e Práticas de Avaliação. Em termos práticos, frequentaram o Curso, na maior parte das unidades curriculares, 19 estudantes distribuídos da seguinte forma: 3 Educadores de Infância, 6 Professores do 1º CEB e 10 Professores do 2º e 3º CEB. V. APROVEITAMENTO ESCOLAR Avaliações e Taxas de Aprovação dos Estudantes Neste ponto do relatório pretende-se mostrar os resultados das avaliações e taxas de aproveitamento dos estudantes (quadro 2). Quadro 2 – Quadro geral dos resultados da Classe durante o ano curricular de 2009/10. Nota* 1º ano 1 Taxa estudantes avaliados Taxa aprovação relativa 94.5% 2 100% 3 94.5% 4 16.9 5 16.9 Taxa aprovação absoluta Média Geral Média geral com aproveitamento Época Normal 94.5% Época Recurso - 1.ºSem. ---- Época Recurso - 2.ºSem. 100% *Nota: 1 Taxa de estudantes avaliados – nº estudantes avaliados/nº estudantes inscritos *100 Taxa aprovação relativa - nº estudantes avaliados com aproveitamento/nº estudantes avaliados *100 3 Taxa de aprovação absoluta - nº estudantes avaliados com aproveitamento/nº estudantes inscritos *100 4 Média Geral – média de todas as notas das UC da Classe no Ano 5 Média Geral com aproveitamento – média de todas as notas positivas das UC da Classe no Ano 2 Como esperado a taxa de sucesso dos estudantes no 1º ano curricular (quadro 3) foi elevada e digna de registo, o que, de alguma forma, se compreende se atendermos à excelente qualidade e maturidade profissional, pessoal e académica que o grupo demonstrou, provavelmente muito alicerçadas na larga experiência profissional acumulada e na posse de graus académicos que alguns deles já detinham. Quadro 3 – Notas e Taxas de aprovação por Unidade Curricular Designação da Unidade Curricular Média Mínimo Máximo Aprovado Reprovado Equivalência Teoria e Modelos de Formação de Professores 16.2 16 17 100% 0% 1 Supervisão Pedagógica 17.4 17 19 100% 0% 1 Análise da Instituição Escolar 16.1 14 19 100% 0% 1 Tecnologias de Informação e Comunicação 16.3 16 19 100% 0% 1 Modelos e Práticas de Avaliação 17.4 16 19 100% 0% 1 Prática de Supervisão 18.1 18 19 100% 0% 1 Metodologias de Investigação Educacional 15.2 14 17 100% 0% 3 Didáctica Específica 17.3 16 18 100% 0% 1 18 18 18 100% 0% 0 1º SEMESTRE 2º SEMESTRE Seminário de Apoio ao Projecto Relativamente à média das notas obtidas em cada unidade curricular do 1.º ano, verifica-se que as médias varam entre o 15.2 e o 18.0, com predominância dos valores próximo do 17 (média geral 16.9). Como é visível, não existe uma grande variação entre as notas mínimas e máximas o que parece indiciar alguma homogeneidade entre os estudantes que, de alguma forma e como já referimos atrás, seria algo expectável atendendo o perfil e tipo de estudantes que frequentou este curso. Contudo, as diferenças verificadas permitiram também, como é desejável, distinguir naturalmente os valores individuais dos estudantes. Todas as UCs registaram uma taxa de aprovação máxima (100%), o que é certamente um bom indicador do sucesso individual dos estudantes, mas também do próprio curso porque reflecte a adaptação aos objectivos, metodologias e programas propostos. Como é sabido, ao nível do 2º ciclo de estudos os níveis de sucesso escolar dependem também, e em grande medida, da disponibilidade de quem os frequenta. Ora, todos os estudantes deste curso acumulam a sua actividade no Mestrado com o exercício da sua profissão de professor(a) e, neste sentido, estes resultados permitem-nos concluir que o nível de aproveitamento foi muito bom. VI. INQUÉRITOS AOS ESTUDANTES (Curso, Desempenho Docente, Unidades Curriculares, ECTS) O IPVC tem vindo a promover online a inquirição a todos os seus estudantes sobre o Curso que frequentam, os docentes do Curso e as Unidades Curriculares que frequentam. Do universo de estudantes do curso, apenas 41% (1º semestre) e 45% (2º semestre) participaram no inquérito. Não obstante o aumento percentual de estudantes que do 1º para o 2º semestre responderam ao inquérito, este nível de participação revela-se, ainda, uma limitação grande à interpretação destes resultados. A maior participação dos estudantes nestes inquéritos será um passo importante para o futuro. Análise do curso A opinião dos estudantes sobre o curso é mostrada na Figura 1. Figura 1 – Resultado do Inquérito de Opinião sobre o Curso. Os estudantes revelaram ter uma opinião bastante positiva sobre o curso, traduzida no grau de satisfação manifestado perante a estrutura do curso (respostas C1,C2, C3, C4 e C5, respectivamente 80%, 80%, 75%, 75% e 87.5%)). De realçar que na opinião expressa dos estudantes este curso corresponde às necessidades da vida profissional (C5, 87.5%) e, para 80% o curso corresponde na realidade às suas expectativas, bem como consideram perfeitamente adequada a carga horária que o suporta. A dimensão teórica e a componente prática e laboratorial do curso mereceram igualmente uma menção muito satisfatória por parte da grande maioria dos estudantes. Análise do conjunto das UCs do curso A análise às UCs foi realizada em três partes de acordo com a natureza dos itens de avaliação das Ucs (quadro 4): 1) interesse e relevância dos conteúdos da disciplina (média dos itens D1 e D2), 2) a dinâmica geral da UCs (média dos itens D3, D4, e D5), e 3) materiais e instalações de apoio à disciplina (média dos itens D6 e D7). Quadro 4 - Itens de avaliação das UCs (agrupados por categorização) D1 – O programa despertou o meu interesse D2 – O programa é relevante para o curso frequentado D3 – A componente teórica foi adequada aos objectivos da Unidade Curricular D4 – A componente prática foi adequada aos objectivos da Unidade Curricular D5 – Tive facilidade em compreender os conteúdos abordados D6 – Existe, no Instituto, bibliografia adequada à Unidade Curricular D7 – Tive facilidade no acesso e utilização dos meios laboratoriais existentes Nos itens D1 e D2 os valores atribuídos pelos estudantes variam apenas entre 2.9 e 3.4, com sete (das nove) UC classificadas acima do valor 3.0 (quadro 5). Assim, é possível constatar que todas as UCs foram classificadas pelos estudantes como de interesse e relevância para o curso. (A UC de Didáctica (Opção) não foi avaliada pelos estudantes por erro do sistema). Quadro 5 – Valores atribuídos às UCs em D1 e D2 (interesse e relevância) Unidades Curriculares D1-D2 Teoria e Modelos de Formação de Professores 2.9 Supervisão Pedagógica 3.2 Análise da Instituição Escolar 3.4 Tecnologias da Informação e Comunicação 3.3 Modelos e Práticas de Avaliação 3.3 Prática de Supervisão 3.2 Metodologias de Investigação Educacional 3.3 Seminário de Apoio ao Projecto 3.0 Em relação à dinâmica das UCs (quadro 6), os estudantes voltaram a manifestar uma satisfação bastante positiva, com praticamente todas as UCs a obter uma classificação acima dos 3.0. O valor médio situa-se nos 3.2 revelando bem o grau de satisfação dos inquiridos. Conclui-se assim que os estudantes opinaram muito favoravelmente quanto à dinâmica utilizada nas UCs do curso, isto é, quanto às componentes teórica e prática terem sido adequadas aos objectivos das mesmas, assim como ao facto da facilidade que encontraram em compreender os conteúdos abordados. Quadro 6 – Valores atribuídos às UCs em D3 a-D5 (dinâmica UCs) Unidades Curriculares D1-D2 Teoria e Modelos de Formação de Professores 3.1 Supervisão Pedagógica 3.3 Análise da Instituição Escolar 3.3 Tecnologias da Informação e Comunicação 3.3 Modelos e Práticas de Avaliação 3.4 Prática de Supervisão 3.2 Metodologias de Investigação Educacional 3.2 Seminário de Apoio ao Projecto 2.9 Relativamente à avaliação que os estudantes fazem da existência de bibliografia de apoio e ao acesso à utilização de meios laboratoriais (quadro 7), verifica-se, mais uma vez, um grande grau de satisfação, já que, de uma maneira geral, todos os respondentes consideraram-nos como positivos. Todas as UCs são avaliadas entre os 2.7 e os 3.2, com a média a situar-se nos 3.0. Quadro 7 – Valores atribuídos às UCs em D6 e D7 (materiais e instalações de apoio) Unidades Curriculares D1-D2 Teoria e Modelos de Formação de Professores 3.0 Supervisão Pedagógica 3.1 Análise da Instituição Escolar 3.1 Tecnologias da Informação e Comunicação 2.7 Modelos e Práticas de Avaliação 3.2 Prática de Supervisão 3.0 Metodologias de Investigação Educacional 3.0 Seminário de Apoio ao Projecto 3.2 VII. MUDANÇAS OPERADAS EM MATÉRIA PEDAGÓGICA. Medidas institucionais de apoio à promoção do sucesso escolar e implementação do processo de Bolonha. Tendo em atenção que este foi o primeiro ano de implementação do curso ainda não será possível falar-se em processos de “mudanças”. Na realidade, o tempo de operacionalização do curso, a maturidade e o tempo exigíveis a uma reflexão e avaliação criteriosa, bem como os feedbacks institucionais, pessoais e profissionais decorrentes da dinâmica e repercussões do curso, não permitem, no tempo e no espaço, com seriedade e rigor, efectuar qualquer tipo de mudança ou alteração na estrutura conceptual, organizativa e pedagógica do mesmo. Dir-se-ia, até, e em contrapartida, que se se atendesse apenas e tão-só aos resultados da avaliação dos estudantes, estes sugeririam que o curso teve, de facto, uma elevada qualidade e, por conseguinte, desaconselhar-se-ia qualquer tipo de mudança. Convém salientar que ao longo dos dois semestres correspondentes à parte curricular do curso foi sempre procurado (como aliás é objectivo fundamental num 2º ciclo de estudos), potenciar a autonomia científica e profissional dos estudantes, assim como criar as condições necessárias de sucesso para a boa prossecução dos objectivos gerais do curso e, em particular, de cada UC . Ao longo do primeiro semestre e acompanhando as UCs foi organizado um Ciclo de Conferências sobre as problemáticas actuais relacionadas com as instituições educativas (Escola) e com as estratégias de investigação associadas à supervisão pedagógica, aberto a toda a comunidade, e onde os estudantes tiveram a oportunidade de assistir a doze conferências dadas por reconhecidos especialistas nacionais em áreas distintas. Procurou-se ainda, na UC de Seminário de Apoio ao Projecto, e após o percurso de toda a sustentação científico – pedagógica expressa na organização curricular do curso, que os estudantes começassem progressivamente a definir os seus interesses de investimento no futuro Projecto a ser elaborado no 2º ano, no que toca ao tema, pertinência e formas de operacionalização. Este trabalho de acompanhamento colectivo resultou na construção do Pré-Projecto e escolha do orientador por todos os estudantes até ao final do 2º semestre. VIII. CONCLUSÕES Da análise dos diversos pontos abordados ao longo deste relatório e da vivência deste ano lectivo, ressaltam identificados como pontos fortes do Curso: (a) a atracção do curso por um grande número de candidatos; (b) coerência e articulação entre as diferentes UCs do curso; (c) os resultados da avaliação, sugerindo um enorme grau de satisfação pelos estudantes e uma elevada qualidade do curso; (d) os níveis de sucesso e aproveitamento escolar dos estudantes nas diferentes UCs; (e) a dinâmica geral do curso, manifestada no acompanhamento individual dos estudantes, na discussão regular no âmbito da realização dos trabalhos com elevada disponibilidade dos docentes, na interacção muito proveitosa entre as partes envolvidas propiciadoras de um excelente clima de proximidade e colaboração entre todos os intervenientes no curso; (f) a experiência e maturidade profissional dos estudantes, bem como o facto de alguns deles terem já pós graduações noutras áreas científicas; (g) a existência de um corpo docente motivado e altamente especializado; (h) os horários do curso que dado o reduzidíssimo número de faltas parecem ser do agrado de todos os participantes; e (i) a resposta positiva dada pelos estudantes aos desafios do curso. Como pontos fracos: (a) algumas dificuldades na implementação de estratégias / técnicas de supervisão em contexto escolar, decorrente da actividade profissional (docente) dos estudantes; (b) repensar a UC de Didáctica no que às suas opções em diferentes áreas de especialidade diz respeito; (c) repensar a duração do curso para quatro semestres, atendendo à necessidade de melhor conciliar conhecimento / reflexão / práticas de supervisão / definição de tema e objecto de investigação com a sua aplicação em contexto educativo; (d) as dificuldades de apoio administrativo que se fizeram sentir pelos docentes e estudantes ao longo do ano. Viana do Castelo, 28 de Dezembro de 2010 Comissão Científica: Doutor César Sá (Coordenador do curso) Doutora Ana Peixoto Doutor José Portela