[ESPAÇO GRUPO HPA SAÚDE] Radioterapia Intraoperatória Mais esperança e qualidade de vida no cancro da mama A Senologia é o ramo da Medicina para o estudo global e integrador da mama normal e patológica, cujo objetivo primário é solucionar os problemas relacionados com o cancro da mama. Apesar dos avanços tecnológicos no campo do diagnóstico e do tratamento, as estatísticas continuam pouco animadoras. Em muitas situações, a ablação da mama - mastectomia - constitui a única solução possível, mas ainda assim a necessitar de continuidade de quimioterapia e radioterapia. No Grupo HPA Saúde deu-se início a novas abordagens na área do diagnóstico e da intervenção, que oferecerão mais qualidade de vida à mulher. A Oncologia será talvez uma das áreas da Medicina que num futuro próximo mais desafios enfrentará, fruto essencialmente do envelhecimento populacional, mas também pela frequência de hábitos e atitudes comportamentais. O cancro da mama, apesar de não ser dos mais letais, mantém uma elevada incidência e uma mortalidade importante, sobretudo na mulher. Estima-se que surjam em Portugal 4500 novos casos/ ano, ou seja, 11 novos casos/dia, morrendo diariamente 4 mulheres com esta doença. FATORES DE RISCO São vários os fatores de risco para o cancro da mama, sendo os mais importantes aqueles que variam de forma significativa e que dificilmente são alteráveis. Falamos dos fatores genéticos, dos antecedentes pessoais de patologia da mama e da idade do nascimento do primeiro filho. Nos últimos anos, a literatura tem acrescentado outros fatores importantes, porém modificáveis, como são a alimentação ou determinados hábitos de vida. No entanto, ser mulher continua a ser o maior e mais determinante fator de risco. RASTREIO: O MAIOR E MAIS EFICAZ ALIADO Por ser desconhecida a causa do cancro da mama, não há prevenção primária para a doença, sendo a vigilância regular o método mais eficaz na prevenção desta condição. A vigilância mensal (palpação) por parte da mulher é muito importante, apesar de só permitir detetar lesões superiores a 1 centímetro, tornando por isso obrigatória a vigilância regular pelo médico especialista. O prognóstico do cancro da mama depende do estadio da doença na altura do tratamento, daí que, mais uma vez, a deteção precoce seja a possibilidade que oferece maior margem de sucesso. A tecnologia do diagnóstico na área da Senologia tem evoluído de forma muito positiva nos últimos anos. Exemplo dessa evolução é a mamografia digital, que possibilita detetar lesões de 2 a 3 milímetros, que em conjunto com a estereotaxia alcança diagnósticos e resoluções totalmente precisos. A estereotaxia digital, ou biópsia mamária guiada por estereotaxia, permite determinar tridimensionalmente a lesão, oferecendo com grande precisão a realização de biópsias de microcalcificações, nódulos, áreas de assimetria focal ou distorção da arquitetura mamária. Vantagens da radioterapia intraoperatória 4Permite a administração de uma única dose de radiação, que é inspecionada direta e visualmente, ao invés das técnicas efetuadas por aproximação ou simulação da área, produzindo, por isso, um tratamento mais específico; 4A administração única maximiza o efeito biológico da dose, com uma bioequivalência superior em 2 a 3 vezes relativamente à dose administrada de forma convencional; 4A distribuição da dose apresenta maior homogeneidade; 4Permite a possibilidade de proteger ou excluir do campo de irradiação estruturas sensíveis ou tecidos sem lesão tumoral; 4Elimina o tempo que medeia a cirurgia e a radioterapia, diminuindo o risco das células tumorais iniciarem a sua disseminação; durante a intervenção cirúrgica, os tecidos aumentam o seu metabolismo aeróbico, o que os torna mais sensíveis à ação da radiação; 4Elimina o risco das perdas geográficas, pois sendo a administração da dose realizada de forma direta sobre as margens cirúrgicas, oferece uma visualização precisa do leito tumoral. Estima-se que 70% das pacientes acabam por sofrer perdas variáveis de radiação, sobretudo devido aos movimentos que efetuam durante o tratamento e à dificuldade em identificar o leito tumoral que foi intervencionado semanas ou meses antes; 4Elimina o risco das pacientes não completarem o tratamento convencional, devido a razões de ordem diversa, nomeadamente o transtorno das deslocações diárias, nem sempre acessíveis, além de diminuir igualmente o atraso do início da quimioterapia; 4Permite realizar de imediato a cirurgia oncoplástica; 4Apresenta-se como uma alternativa nos casos em que não é possível realizar radioterapia externa; 4Apresenta-se mais económica, uma vez que utiliza uma dose única, além de requerer menos tempo, potenciando os recursos humanos e os tempos de espera. RADIOTERAPIA CURATIVA A radioterapia consiste na utilização de radiação ionizante com fins terapêuticos, tendo como objetivo primário erradicar a doença, através da destruição do maior número possível de células tumorais ou da redução do tumor. A dose de radiação que se administra depende principalmente da dose total, do número de frações e do tempo de irradiação, bem como do tipo de tumor e ainda da presença de tecidos ou estruturas circundantes sensíveis, que podem, por vezes, ser afetados. Quase todos os programas de radioterapia curativa têm uma aplicação diária, cinco dias por semana, durante aproximadamente seis semanas, podendo utilizar-se como uma modalidade terapêutica única ou ser adjuvante de outros tratamentos. A duração de cada sessão é variável, podendo ocupar mais de uma hora (disponibilidade da equipa, tempo de preparação, posicionamento correto, entre outros fatores). Esta duração do tratamento afeta negativamente a qualidade de vida das mulheres e das suas famílias, sobretudo aquelas que vivem afastadas dos centros de tratamento ou com dificuldades de aí se deslocarem. UMA NOVA ABORDAGEM Independentemente do tipo de tratamento adotado, a precocidade na abordagem da doença oncológica é, e será sempre, um fator determinante para o seu sucesso. Desta forma, todas as intervenções que puderem ser realizadas o mais cedo possível trarão indubitavelmente melhores resultados. A possibilidade de realizar a radioterapia durante a cirurgia ao cancro da mama e numa só sessão oferece agora essa possibilidade às mulheres. Além disso, está comprovado que esta dose única de tratamento, aplicada imediatamente após a remoção do tumor, esteriliza as eventuais células tumorais residuais, apresentando menor toxicidade, menos lesões para a pele e áreas adjacentes, beneficiando também o aspeto estético. Este procedimento cirúrgico segue os protocolos internacionais de cirurgia do cancro da mama, sendo o resultado de vários anos de pesquisa e de intercâmbio entre os Estados Unidos e a Europa. Ao iniciar esta técnica a Sul do País, a par da biopsia por estereotaxia, o Grupo HPA Saúde, a partir dos seus hospitais de Alvor e Gambelas (Faro), demonstra mais uma vez o seu empenho na inovação e tecnologia, mas sobretudo a sua preocupação em participar em todas as possibilidades que possam com efetividade melhorar a qualidade de vida das mulheres com cancro da mama, a partir do rastreio, do diagnóstico e intervenção precoces. Porque a Sua Saúde é de Particular Importância, Estamos Consigo em Todos os Momentos